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Moçambique Sustentabilidade 2012

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MoçambiqueS u s t e n t a b i l i d a d e2012

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Introdução

A Vale é a maior produtora mundial de minério de ferro e pelotas e a segunda maior produtora de níquel. Produz também minério de manganês, ferroligas, metais do grupo da platina (PGMs), ouro, prata, cobalto, potássio, fosfatados e outros fertilizantes, além de atuar nos setores de logística, siderurgia e energia.

Américas

1 Brasil Sede mundial da Vale

2 Paraguai

3 Chile

4 Argentina

5 Peru

6 México

7 Canadá

8 Estados Unidos

9 Barbados

Operações

Escritórios

Joint ventures

Exploração mineral/ projetos em desenvolvimento

África

10 Angola

11 Zâmbia

12 Moçambique

13 Malawi

14 Guiné

15 República Democrática do Congo

Europa

16 Suíça

17 Áustria

18 Reino Unido

Ásia e Oceania

19 Índia

20 China

21 Omã

22 Emirados Árabes Unidos

23 Japão

24 Coreia do Sul

25 Taiwan

26 Filipinas

27 Tailândia

28 Malásia

29 Cingapura

30 Indonésia

31 Austrália

32 Nova Caledônia

33 Papua Nova Guiné

Posição em abril de 2013

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Visão Geral

MissãoTransformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável.

VisãoSer a empresa de recursos naturais global número um em criação de valor de longo prazo, com excelência, paixão pelas pessoas e pelo planeta.

Valores A vida em primeiro lugar Valorizar quem faz a nossa empresa Cuidar do nosso planeta Agir de forma correta Crescer e evoluir juntos Fazer acontecer

Pilares da estratégia da Vale Cuidar das pessoas Incorporar a sustentabilidade aos negócios Gerenciar o portfólio com rigor e disciplina Focar em minério de ferro Crescer através de ativos de classe mundial

A implantação da visão estratégica ganhou força ao longo de 2012 com o alinhamento da gestão do negócio à agenda do desenvolvimento sustentável. O modelo de governança corporativa da Vale está fundamentado nos princípios de clareza de papéis, transparência e estabilidade, necessários para posicionar a empresa em sua trajetória de crescimento e criação de valor.

A caminho da Sustentabilidade

Ao longo das últimas décadas, organizações passaram a incorporar o conceito de sustentabilidade.

Para apresentar a sustentabilidade de seus negócios e demostrar sua visão estratégica, a Vale tem publicado nos últimos seis anos, o Relatório de Sustentabilidade, elaborado de acordo com as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), versão G3, incluindo o Suplemento Setorial de Mineração e Metais. Seu conteúdo segue o princípio da materialidade, isto é, cobre os temas e indicadores mais relevantes que refletem os impactos econômicos, ambientais e sociais das atividades da empresa.

O objetivo deste relatório é mostrar a sustentabilidade dos empreendimentos da Vale em Moçambique, reunindo os resultados dos indicadores de sustentabilidade dos empreendimentos localizados nessa região.

O presente relatório, dedicado aos empreendimentos situados em Moçambique, analisa os indicadores do Relatório de Sustentabilidade 2012 dessa localidade, que se caracterizam por atividades industriais e de transporte. Trata-se da análise de uma das principais regiões operacionais da Vale, apresentando o diagnóstico da situação de sustentabilidade dos empreendimentos ali localizados e comparando-os ao conjunto de empreendimentos da empresa nos diversos países onde atua.

O maior investimento da Vale, em carvão, é a mina de carvão de Moatize, localizada em Tete, província central de Moçambique. O Projeto Carvão Moatize foi o primeiro projeto Greenfield fora do Brasil e, consequentemente, exigiu um rigoroso compromisso com as melhores práticas de sustentabilidade, bem como as diretrizes de instituições internacionais, como o Banco Mundial.

O Relatório de Sustentabilidade 2012 mantém o nível de aplicação A+ da GRI que relata todos os itens de perfil, informações sobre a forma de gestão e de indicadores de desempenho essenciais, conforme estabelecidos pela GRI.

3Vale Moçambique 2012

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Empreendimentos Vale em Moçambique

Diretoria de Operações Carvão Moatize DICM

Vale Moçambique (Moatize Operação)

Diretoria de Projetos de Carvão DICV

Moatize Expansão

Projeto Nacala (Porto e Ferrovia)

Legenda

Diretoria

Empresa ou Unidades Próprias Vale

Ferrovia Moatize - Beira (Operação)

Ferrovia Moatize - Nacala (Projeto)

Porto de Nacala a Velha

Porto de Beira

Mina Moatize

Hotspots

Wilderness

Províncias

Limite nacional

Cabo Delgado

Porto de Nacala a Velha

Nampula

Nampula

Zambezia

Porto de Beira

Sofala

Manica

Mina de Moatize

Tete

Niassa

Southern

Central

4 Vale Moçambique 2012

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Os trabalhos de implantação da primeira fase do Projeto Carvão Moatize, iniciado em 2008, envolveu investimento de US$ 1,9 bilhão. Em julho de 2011, a mina de carvão de Moatize entrou em operação com capacidade de produção, ao final do seu ramp up, de 11 milhões de toneladas por ano (Mtpa) de carvão metalúrgico e térmico. Em 2012, registrou produção de 3,8 milhões de toneladas de carvão, sendo 2,5 milhões de carvão metalúrgico e 1,3 milhão de térmico.

Ainda em 2011, iniciou-se o desenvolvimento da segunda fase do projeto (Moatize II), uma expansão que adicionará 11 milhões de toneladas anuais à capacidade de produção atual da planta. As obras de engenharia civil no pátio de estocagem e britador primário estão em andamento. O início da operação de Moatize II está previsto para 2015, com investimentos estimados em US$ 2,1 bilhões.

Um dos maiores desafios do Projeto Carvão Moatize é a logística. Para escoar o carvão, foram realizados investimentos em duas ferrovias que se conectam a portos: Linha do Sena e Corredor Nacala. A Linha do Sena, que interliga Moatize ao porto da Beira, ao sul, está em operação e transporta o carvão produzido na primeira fase, com 575 km de extensão e capacidade de escoamento de seis milhões de toneladas de carvão por ano.

Indicador Descrição

EC6 Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes.

EC7 Contratação local.

EC8 Investimentos em infraestrutura.

EN3 Consumo de energia direta

EN4 Consumo de energia indireta.

EN8 Água retirada por fonte.

EN10 Água reciclada e reutilizada.

EN11 Localização dentro de áreas protegidas ou de alto índice de biodiversidade.

EN13 Hábitats protegidos ou restaurados.

EN15 Número de espécies da Lista Vermelha da International Union for Conservation of Nature (IUCN).

EN16 Emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa.

EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso.

EN21 Descarte de água.

EN22 Peso total de resíduos.

EN30 Investimentos em proteção ambiental.

LA1 Trabalhadores por tipo de emprego e região.

SO1 Gestão de impactos das operações nas comunidades.

MM2 Número e percentual de unidades operacionais que necessitam de planos de gestão da biodiversidade.

MM3 Quantidades totais de estéril, rejeitos e lamas e seus riscos associados.

O Corredor Nacala é um investimento da Vale e dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), projetado com o objetivo de criar uma alternativa para incrementar o escoamento da produção do carvão proveniente da bacia carbonífera de Moatize, incluindo a expansão do Projeto Carvão Moatize. O projeto contempla a implantação de infraestruturas de ferrovia e porto. A ferrovia passa por dois países, Moçambique e Malawi, totalizando 912 km de extensão, dos quais 684 km serão reabilitados e 228 km serão construídos. O porto, localizado na baía de Nacala, possui águas profundas e será multi-usuário, possibilitando acesso de diversas empresas às infraestruturas. Estão previstos investimentos de cerca de US$ 4,3 bilhões.

A construção e a recuperação de ferrovias na África auxiliam o desenvolvimento econômico e social do continente. Além de escoar a produção, as ferrovias facilitam o transporte de outros produtos da região.

A análise de sustentabilidade dos empreendimentos de Moçambique fundamentou-se na avaliação de dezenove indicadores de desempenho. Os demais indicadores correspondem a informações consolidadas para toda a empresa ou a aspectos pouco significativos no contexto de uma análise regional. É importante destacar que a série histórica da maioria dos indicadores deste relatório não apresenta informações para o ano de 2010, já que Moatize naquele ano ainda estava em projeto, iniciando a operação em julho de 2011.

5Vale Moçambique 2012

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Estufas na Comunidade de Cateme, Tete Fo

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O controle sobre o uso de matérias-primas como água, energia e outros insumos, e a redução de resíduos e de emissões atmosféricas, além de contribuírem para a eliminação do desperdício, constituem a base do caminho para a sustentabilidade. Fundamentada neste princípio, a Vale estabelece em seu Plano de Ação em Sustentabilidade (PAS) metas para os indicadores que medem o uso desses insumos.

O PAS é uma das ferramentas utilizadas para impulsionar a concretização da visão estratégica da empresa em práticas operacionais e benefícios tangíveis, aplicável às operações nas diferentes localidades em que a empresa opera. Os indicadores que o compõem são vinculados a temas que buscam a melhoria contínua dos ativos da empresa, tais como energia, água, resíduos, emissões e recuperação das áreas degradadas (RAD). Para esses indicadores, são estabelecidas metas que contribuem, direta ou indiretamente, para melhorar o desempenho da Vale.

O ano de 2013 foi o primeiro de implantação do PAS em Moçambique e, como ocorre em todas as operações que ingressam no plano, a primeira abordagem é qualitativa. Ou seja, a meta é o cumprimento de milestones relacionados aos temas de Sustentabilidade.

Indicadores de Sustentabilidade – Moçambique

Os dispêndios socioambientais e os demais indicadores de desempenho, relatados a seguir, mostram o esforço das unidades de negócio sediadas em Moçambique, em cumprir seu papel econômico, social e ambiental, atuando de forma responsável.

Para a realização das metas estabelecidas e o desenvolvimento de sua estratégia de negócio, a Vale aplicou, em 2012, US$ 1,3 bilhão em ações socioambientais, dos quais US$ 36,9 milhões, 2,7% do total, foram destinados aos empreendimentos localizados em Moçambique.

6 Vale Moçambique 2012

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Mineração de carvão, Moatize

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Visão Estratégica

Dispêndio Socioambiental Nas unidades de Moçambique, os dispêndios socioambientais passaram de US$ 18,9 milhões em 2011 para US$ 36,9 milhões em 2012. Os gastos em ações sociais passaram a representar a maior parte dos dispêndios socioambientais. O maior percentual dos dispêndios sociais, em 2012, foi em ações de infraestrutura (49,6%) e

gestão de impacto (38,7%), referente aos projetos de minimização dos impactos das operações e das obras de expansão das unidades operacionais. Os dispêndios ambientais, realizados em 2012, concentram-se em ações de gestão ambiental (46,1%), controle de emissões atmosféricas (21,6%) e gestão de recursos hídricos (16,1%).

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Dispêndios SocioambientaisEm US$ milhões

2011 20122010

SocialAmbientalSocialAmbiental SocialAmbiental

Outros países Moçambique

727,0 10,0

737,0

392,9 5,6

398,5

1.017,9

12,5

450,8 6,4

1.015,3

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290,4 26,8

1.030,4 457,2 1.025,3 317,2

7Vale Moçambique 2012

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Dispêndios AmbientaisTipo de Dispêndio Valor (US$ milhões) %

Gestão ambiental 4,6 46,1

Emissões atmosféricas 2,2 21,6

Recursos hídricos 1,6 16,1

Áreas degradadas e áreas protegidas 0,8 7,8

Resíduos 0,5 5,2

Estudos ambientais e processos de licenciamento ambiental 0,1 1,1

Barragens, diques e pilhas de estéril 0,1 0,8

Áreas contaminadas 0,1 0,6

Novas tecnologias ambientais 0,0 0,0

Outros 0,1 0,8

Total 10,0 100

Dispêndios SociaisEixo de Atuação Valor (US$ milhões) %

Infraestrutura 13,3 49,6

Gestão de Impacto 10,4 38,7

Desenvolvimento Humano e Econômico 3,1 11,7

Relacionamento Institucional Corporativo 0,0 0,0

Diagnóstico Socioeconômico/PGIS 0,0 0,0

Patrocínio 0,0 0,0

Outros 0,0 0,0

Total 26,8 100

Natureza dos Dispêndios Socioambientais – Vale MoçambiqueEm US$ milhões

2010 2011 2012

13,91,6

13,45,5

24,812,0

Obrigatório Voluntário

15,6 18,9 36,9

Dispêndios Socioambientais 2012 por DiretoriaEm US$ milhões

DICV DICM

SocialAmbiental SocialAmbiental

5,4 17,3 4,7 9,6

8 Vale Moçambique 2012

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Gente Ao final de 2012, a Vale empregava em Moçam-bique 6,4 mil pessoas, um número 18% maior do que o ano anterior.

Para deixar o legado positivo nas regiões em que atua, a Vale sabe a importância que os investimentos na capacitação e na contratação da mão de obra local exercem no desenvolvimento socioeconômico das comunidades. Por isso, a empresa reforça o seu compromisso de respeitar as realidades locais e suas necessidades, assim como identificar e implemen-tar iniciativas que considerem sempre as vocações

regionais. Em 2012, o percentual de contratação localI em Moçambique foi de 82,1% e o de membros da alta gerênciaII provenientes da comunidade local foi de 28,6%. Ambos os indicadores apresentaram uma ligeira elevação quando comparados a 2011, em que foram de 80,6% e 27,4%, respectivamente.

I Apesar de o cálculo do indicador ter considerado local o estado de nascimento dos empregados, a prática de contratação adotada pela Vale, quando aplicável, prioriza residentes no estado, e não necessariamente os naturais dele.II A Vale considera “alta gerência” os níveis hierárquicos de gerente geral e diretores.

Empregado da Vale em Tete, Moçambique

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Pessoas

A Vale tem o compromisso de investir nas pessoas e construir um relacionamento de qualidade e confiança com seus empregados, criando um ambiente de trabalho que valoriza o talento de cada um e permite que todos possam contribuir para os objetivos da empresa.

Quadro de profissionais – MoçambiqueEm milhares

2011

5,4

2010

8,3

2012

6,4

9Vale Moçambique 2012

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Além da certificação em educação formal (Programa de Formação Educacional), a Vale investe na boa formação e na qualificação dos seus empregados. A estratégia de educação desenvolvidapela empresa contempla a formação de todos os seus profissionais a partir dos modelos educacionais: trilhas técnicas, trilha de gestão e liderança, mapa de desenvolvimento e competências transversais. A Vale acredita que, ao qualificar os profissionais que trabalham em suas operações, maximizará os resulta-dos do negócio e contribuirá para elevar o nível educacional do território.

Desde 2009, quando a empresa começou a desen-volver treinamentos em Moçambique, mais de 800 técnicos foram qualificados em áreas de mina, usina, manutenção e operação de locomotiva (maquinis-tas). Destes, 186 já complementaram sua formação com um período de treinamento prático no Brasil. Apenas em 2012, o investimento em educação em Moçambique foi superior a US$ 10 milhões.

Entre os cursos oferecidos, estão a Especialização em Engenharia Ferroviária, realizado em parceria com o Instituto Superior de Transportes e Comunicações

Cateme, Tete

A Vale não mediu esforços, em 2012, para avançar no desafio de alcançar o dano zero.

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(ISUTC) e os Portos e Caminhos de Ferro de Moçam-bique (CFM). Participaram da formação 31 engenhei-ros da Vale, dos CFM e do Ministério dos Transportes e Comunicações.

A formação profissional das comunidades locais tem sido outra prioridade da empresa, com inves-timentos na formação de pessoas dos bairros de Cateme e Moatize. Alguns exemplos dos cursos oferecidos são carpintaria, construção civil, corte e costura, eletricidade, pintura, gestão de pequenos negócios e serviço de mesa e bar. Com o apoio da Direção Provincial do Trabalho, a Vale intensificou, também, a contratação de pessoas dos bairros de Cateme e 25 de Setembro para integrarem as equi-pes operacionais de Tete.

Saúde e SegurançaEm 2012, a Vale continuou os esforços em preven-ção de doenças/lesões severas. O início da imple-mentação do Sistema Global de Gestão de Saúde e Segurança, associado à criação dos princípios de-nominados “Regras de Ouro”, além de treinamentos contínuos e compartilhamento de melhores práticas, contribuem para o crescimento da maturidade

10 Vale Moçambique 2012

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em saúde e segurança na empresa. Entre as ações realizadas também em Moçambique, destacam-se a criação do grupo de prevenção de fatalidades em operações e projetos e as inspeções realizadas pelo programa Olhos Abertos, com objetivo de identificar situações de riscos à segurança.

Na segurança do trabalho, são realizados cursos em diferentes frentes de operação, além dos Diálogos de Saúde e Segurança, para conscientizar os integrantes e trabalhadores da empresa sobre os cuidados para garantir a saúde e a segurança individual e coletiva. Estas e outras ações fazem parte da Campanha Glo-bal de Prevenção de Acidentes de Trabalho da Vale.

Cerca de cinco mil trabalhadores da Vale e das empresas contratadas reuniram-se em Maputo, Beira, Tete, Nampula e Nacala para participar no Dia da Reflexão 2012. Durante várias horas, os empregados refletiram sobre as experiências vividas no seu dia-a--dia pessoal e profissional e constataram a importân-cia da aplicação das Regras de Ouro, dos Requisitos de Atividades Críticas e das normas de Saúde e Segurança para evitar acidentes e fatalidades.

ComunidadesNa implementação de ações de promoção de de-senvolvimento social e econômico foram realizadas diversas ações, destacando-se entre elas: os pro-jetos de reforma de escolas, orfanatos e hospitais, além do reparo de casas para famílias reassentadas, construção de escolas, postos de polícia e de saú-de e clínica médica.

Nas infraestruturas públicas em Cateme, a Vale pro-moveu o melhoramento do sistema de drenagem, manutenção e expansão do sistema de abasteci-mento de água, construção de reservatórios e inves-timentos em processos para irrigação da produção agrícola em benefício da população local.

A Vale investiu também na construção e reabilitação de estradas, na expansão da rede de distribuição elétrica e na viabilização de transporte coletivo para a população. A Vale promoveu ainda treinamentos para capacitação de mão de obra local e distribuiu alimentos para famílias, no âmbito do programa “Comida Pelo Trabalho”.

Com o objetivo de criar atividades que permitam a geração de renda da população, a Vale em parceria com Direção Provincial da Agricultura de Tete, distri-buiu 100 hectares de terra arada e pronta para culti-vo para 200 famílias de Cateme. A ação foi acompa-nhada pela entrega de sementes para produção de feijão bóer e gergelim, duas espécies com elevado potencial agrícola na região.

Em 2012, a Vale prosseguiu com a assistência às 1.365 famílias das comunidades de Malabwe, Chi-panga, Bagamoio e Mithete que foram reassentadas em Cateme e Unidade 6 do Bairro 25 de Setembro. Concluído o processo de reassentamento, iniciou-se a implantação de programas de melhoria da quali-dade de vida das famílias afetadas. Um dos principais focos do programa, iniciado em 2012, foi propor-cionar condições para que as famílias produzissem alimento para consumo próprio, além da oportuni-dade de gerar renda pela venda do excedente. Há também programas de plantio de árvores de frutas, o desenvolvimento da cadeia de valor do frango e de horticultura, além da constituição de grupos de poupança e crédito.

Na área de gestão pública, foram promovidas atividades sobre nutrição e treinamento de professores e administradores escolares, além de um seminário sobre panejamento e gestão de educação e tecnologia.

A Vale busca ser referência em atuação social. Por isso, empreendeu esforços ao longo de 2012 para reafirmar o compromisso de deixar um legado positivo.

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A Vale ofereceu à comunidade de Cateme uma ambulância, no âmbito de um Memorando de Entendimento (MoU) assinado com o Governo para a disponibilização, em 2013 de várias outras infraestruturas tais como, Clínica da Noite na Vila de Moatize, Centro de Saúde de 25 de Setembro, Casa Mãe Espera, farmácia e uma rádio comunitária.

Para incentivar o esporte, foram envolvidos os líderes comunitários na realização do Programa Social de Desporto da Vale. Em coordenação com as Direções Distritais de Desporto e de Cultura de Moatize, a Vale promoveu um encontro com os líderes comunitários de Cateme para obter apoio e sensibilizar jovens e adolescentes a participar nas atividades desportivas. Entre os temas abordados destaca-se a inclusão de duas danças nos próxi-mos jogos tradicionais de Cateme, a gestão dos campos e o papel dos líderes na mobilização dos jovens e s professores.

Ainda referente ao desporto, a Vale lançou, em 2012, a primeira pedra do Centro Desportivo de 25 de Setembro, que beneficiará a população daquele bairro, da vila de Moatize e cidade de Tete. O empre-endimento representa um investimento de cerca de 5,5 milhões de dólares e inclui a construção de um campo de relva sintética, uma pista de atletismo, dois blocos de bancadas, vestiários e salas multiusos para a prática de atividades culturais e desportivas.

Em relação à segurança ferroviária, foram realiza-das campanhas na Beira e em Tete. A ação, organi-zada pela Vale, em parceria com outros parceiros

Em 2012, a Vale realizou um amplo trabalho para estruturar um modelo de governança que integre projetos e operações, possibilitando o planejamento e o tratamento mais eficaz de questões sociais ligadas a empreendimentos da empresa localizados em um mesmo território ou área de influência.

utilizadores da Linha de Sena, percorreu todos os distritos atravessados pela linha férrea para sensibilizar as populações sobre a importância da prevenção de acidentes envolvendo comboios.

A Vale reconhece a importância de criar meca-nismos para receber queixas e resolver questões relativas às compensações e ao reassentamentos.Como forma de aprofundar o diálogo social com as comunidades, a empresa iniciou o processo de contratação de agentes comunitários, em repre-sentação de todas as comunidades de interesse para a Vale.

Pesquisa e InovaçãoA empresa investiu na primeira fábrica de produ-ção de antirretrovirais do continente africano, cuja construção recebeu US$ 4,5 milhões da Vale. Seu principal objetivo é fortalecer a assistência farma-cêutica de Moçambique, por meio da produção anual de 226 milhões de antirretrovirais e de 145 milhões de outros medicamentos.

O Centro de Tecnologia de Ferrosos da Vale (CTF), localizado em Nova Lima, Minas Gerais abrigará um laboratório avançado de análises e testes de carvão mineral extraídos das reservas da empresa em Moçambique e na Austrália. O CTF já recebe amostras de carvão da mina de Moatize para tes-tes metalúrgicos e análises microscópicas.

12 Vale Moçambique 2012

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Linha férrea, em Tete

Território

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A Vale aprimorou a gestão integrada de território em 2012, agregando os temas ambientais, sociais e culturais para contribuir na geração de um legado positivo nos locais onde atua. A empresa contempla políticas e procedimentos que valorizem as especificidades de cada região.

BiodiversidadeEm função do tipo de atividade realizada pela Vale, suas operações acarretam impactos que podem causar alterações na biodiversidade e nos serviços ecossistêmicos relacionados, principalmente, às alterações nos componentes do meio natural, que funcionam como suporte para os seres vivos.

Os planos de Gestão da Biodiversidade de cada unidade operacional visam assegurar a proteção e a melhoria dos habitats e da biodiversidade nas áreas sob influência das atividades da empresa, sendo compatíveis com as particularidades de cada tipo de operação e com o contexto ambiental local.

Esses planos reúnem ações relacionadas à gestão da qualidade do meio físico (água, ar e solo) que influenciam a biota, além de ações específicas para a proteção de espécies da fauna e da flora nas áreas sujeitas à intervenção. Os empreendimentos loca-lizados em Moçambique implementam Planos de Gestão da Biodiversidade.

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Uma importante ação de gestão ambiental realizada em Moatize consistiu na coleta e no processamento de sementes de árvores nativas da região para a implantação de um viveiro, que reúne atualmente 47 espécies, incluindo baobá, marula, sewa e ntsanha. Para estimular o plantio, a empresa doou mais de duas mil mudas a líderes comuni-tários, instituições públicas e organizações não governamentais.

O clima seco de Moatize, os solos expostos e os ventos fortes contribuem para a formação de poeira excessiva. Para avaliar o impacto ambiental desta situação, instalou-se uma rede de sensores que monitoram continuamente a qualidade do ar, os gases produzidos pela queima de combustíveis e as condições meteorológicas.

A empresa também monitora a fauna e a flora regio-nais, visando à sua proteção. Como resultado, cerca de dois mil animais estão sendo protegidos e apro-ximadamente três mil foram resgatados, entre eles,

cobras, ratos, pássaros e gazelas – esta ação faz parte do Programa de Resgate de Fauna, parte integrante do Sistema de Gestão Ambiental da Vale. Resultados positivos também têm sido obtidos na proteção da flora local, com a marcação das árvores a serem preservadas, o que já possibilitou a conservação de cerca de 7,7 mil árvores nativas.

De acordo com a lista da International Union for Conservation of Nature (IUCN), há registro de quatro espécies de plantas na categoria vulnerável (Tricaly-sia africana, Sterculia appendiculata, Sterculia quinque-loba e Lannea sthulmannii).

Área impactada e em recuperaçãoEm 2012, as unidades operacionais de Moçambique impactaram 3,73 km2 e recuperaram 0,54 km2 em caráter permanente. A mina de carvão em Moatize impactou 2,87 km2, enquanto que as obras de expansão da ferrovia no corredor Nacala impactaram 0,86 km2.

A Vale publicou, em 2012, documento normativo com foco em identificar a sinergia entre as áreas envolvidas em atividades de RAD, de modo a otimizar esforços, reduzir custos e maximizar resultados.

Área impactada e em recuperação permanente e provisória em Moçambique em 2012(km2)

Unidade Operacional Recuperação Permanente1 Recuperação Provisória1 Área Impactada

Mina Carvão Moatize 0,54 - 2,87

Corredor Nacala - - 0,86

Total 0,54 - 3,73

1 A recuperação das áreas degradadas é um processo gradativo e que demanda ações de médio e longo prazos, sendo adotado o termo “em recuperação” para indicar as áreas nas quais as atividades foram implantadas e encontram-se em andamento (recuperação inicial de algumas funções ecossistêmicas e gradativo incremento de espécies objetivando o retorno da vegetação a um estado de estabilidade). O termo “em recuperação permanente” corresponde a áreas que não serão mais interferidas pelas atividades da empresa, e “em recuperação provisória” compreende aquelas que podem vir a ser novamente empregadas em atividades operacionais.

14 Vale Moçambique 2012

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Resíduos minerais Em 2012, as unidades operacionais de Moçambique produziram 53 milhões de toneladas de estéril e 8 milhões de toneladas de rejeito, totalizando 61 milhões de resíduos minerometalúrgicos. No geral, o aumento em relação a 2011 foi de 69% e é justificado pelo aumento de produção da mina de carvão de Moatize.

Resíduos não minerais Em 2012, foram geradas 1.074 mil toneladas de resíduos pelo total de empreendimentos da Vale, dos quais 97% classificam-se como não perigosos e 3%, como perigosos. Em Moçambique, foram geradas 19 mil toneladas, 1,8% do total, das quais 92% correspondem a resíduos não perigosos. Comparando-se à geração anual destes resíduos, verifica-se um aumento entre 2011 e 2012, o que reflete o crescimento das atividades produtivas, em especial as ampliações da mina e da ferrovia de Nacala. A principal contribuição para o aumento na geração de resíduos não perigosos são as sobras de madeira, que corresponderam a 67,7% dos resíduos

Parque Nacional de Gorongosa, Moçambique

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o

2011 2012

Moçambique Moçambique GlobalGlobal

Rejeito Estéril

202552

133624

853

135

Total de resíduos minerometalúrgicosEm milhões de toneladas

754 36 757 61

15Vale Moçambique 2012

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Tipos de Resíduos não minerais – Vale Moçambique(mil toneladas)

2011 2012

Tipo de resíduo Valor % Valor %

Resíduos não perigosos

Madeira 0,5 14,5 12,5 67,7

Borrachas e pneus 0,1 4,4 1,2 6,5

Metálicos 0,6 17,9 0,7 3,5

Resíduos domésticos 0,5 15,8 0,5 2,7

Lodos e poeiras não perigosos de sitema de tratamento

0,2 6,4 0,1 0,8

Areia, brita, entulho de obra 0,0 1,2 0,0 0,0

Resíduos mistos (ex: resíduos eletroeletrônicos, fios, EPls etc.)

0,0 0,0 0,0 0,0

Outros resíduos não perigosos 0,8 23,7 1,9 10,5

Resíduos perigosos

Óleos e graxa e resíduos contaminados com óleos e graxas

0,3 8,9 1,4 7,4

Lodos e borras 0,0 0,0 0,0 0,0

Outros resíduos perigosos 0,2 7,1 0,2 0,9

Total 3,2 100 18,5 100

gerados em 2012. Os óleos e graxas e os materiais por eles contaminados representaram 7,4% do total de resíduos perigosos gerados em Moçambique.

Em 2012, 62% dos resíduos tiveram como destinação a disposição em solo, 37% foram encaminhados para o reúso e rerrefino e 1% para reprocessamento e reciclagem.

Com relação à destinação de resíduos não minerais, a unidade vem desenvolvendo parcerias na localidade de forma a viabilizar o aproveitamento energético de resíduos em fornos de cimento, a partir de avaliações do potencial de aproveitamento e testes operacionais e ambientais.

Volume de geração de resíduos não minerais – Vale MoçambiqueEm mil toneladas

2011 2012

Perigosos PerigososNão perigosos

Não perigosos

Outros países Moçambique

6003

821

1.02717

282

603 83 1.044 30

Disposição e destinação de resíduos1

Total de 2,2 mil toneladas

%

Disposição em solo2 62

Reprocessamento/reciclagem 1

Outros 37

1As diferenças entre a quantidade de resíduo gerado e a quantidade de destinação final devem-se à estocagem temporária. 2 Aterro sanitário externo, aterro sanitário interno e disposição em pilha estéril.

62%

37%

1%

Outros 37 %

Reúso / rerrefino 37

Incineração 0

16 Vale Moçambique 2012

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Emissões atmosféricasA Vale busca constantemente maneiras de reduzir as suas emissões de material particulado, sejam elas provenientes de fontes pontuais ou difusas. Em relação à emissão de material particulado, a região não possui fontes pontuais significativas, apenas fontes difusas para as quais não existe uma metodologia consagrada que possibilite a sua medição.

Em 2011, iniciou-se um conjunto de estudos para melhorias na gestão das emissões atmosféricas nas operações da Vale em Moçambique. Foi realizado, inicialmente, um estudo de dispersão atmosférica para avaliar os potenciais cenários de qualidade do ar decorrentes dos empreendimentos existentes e futuros em Moatize e Nacala. Adicionalmente, foi realizado um dimensionamento de redes de monitoramento da qualidade do ar nas áreas potencialmente impactadas pela Vale. Este trabalho contemplou a realização de inventários de fontes de emissões, modelagens matemáticas de dispersão atmosférica, avaliação dos cenários de qualidade do ar e seleção das áreas mais adequadas para a instalação dos equipamentos de monitoramento. Como resultado, foram propostas redes de monitoramento da qualidade do ar para as regiões de Moatize e Nacala.

Em 2013, está sendo realizado um estudo com o objetivo de propor melhorias de desempenho da unidade de Moatize no controle de emissões de material particulado. Esse estudo contempla as etapas de diagnóstico das fontes de emissões atmosféricas e dos sistemas de controle associados, avaliação das melhores práticas existentes para o controle destas emissões e apresentação de um conjunto de recomendações para redução das emissões.

NOx em MoçambiqueOs processos de combustão são os principais responsáveis pela emissão de óxidos de nitrogênio (NOx). A quantidade desses gases está diretamente relacionada ao volume de combustível consumido. Dessa forma, as emissões são calculadas a partir de fatores de emissão específicos para o tipo de combustível e para o equipamento no qual este é utilizado.

Em 2012, as operações da mina de Moatize emitiram 3,2 mil toneladas de NOx, o que representa 2,2% do total emitido pelos demais empreendimentos Vale.

Comboio da Vale, mineração de carvão, Moatize

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Ber

nard

o

117,1-

143,4 3,2

Emissões de óxido de nitrogênio (NOx) Em mil de toneladas

Outros países Moçambique

2011I

I Em 2011 não houve coleta de dados desse indicador para Moçambique

2012

117,1 146,5

17Vale Moçambique 2012

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Mudanças Climáticas e Energia

A Vale tem o compromisso de reduzir 5% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) projetadas para 2020 (Meta Carbono). Um dos caminhos é engajar sua cadeia de valor e esse tem sido o seu foco de atuação em 2012, contemplando 55% de fornecedores estratégicos com treinamentos sobre inventários de emissões de carbono.

Viveiro Vale de mudas, Moatize, Tete

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Para cumprir a meta de baixo carbono, a empresa desenvolve pesquisas relacionadas à captura de carbono e à diversificação da matriz energética a partir de fontes renováveis.

Em 2012, as unidades operacionais de Moçambique responderam por 2% das emissões de gases de efeito estufa da Vale.

98%

2%

%

Outros países 98%

Moçambique 2%

Escopo 1 + escopo 2

2+98

18 Vale Moçambique 2012

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Ao longo dos anos, a Vale busca promover a conservação e o uso racional de energia por meio do mapeamento e da implantação de oportunidades de redução de consumo (tanto em operações existentes quanto em projetos de capital), da adoção de ferramentas de gestão de energia, da revisão e elaboração de documentos técnicos com foco no

uso racional do recurso e da realização de workshops e fóruns técnicos para mobilizar diversas áreas da empresa sobre o potencial de economia de energia.

Em 2012, a energia de fontes renováveis correspondia a 18% da energia consumida nas unidades operacionais de Moçambique.

Anualmente, a Vale quantifica as suas emissões de gases do efeito estufa e identifica oportunidades de redução de emissão, além de desenvolver e atualizar documentos normativos com diretrizes corporativas relativas ao tema mudanças climáticas.

Matriz energética consolidada Em mil Tj

Outros países Moçambique

Não renovável

Renovável

2012

Não renovável

Renovável

43,9-

43,9

179,9

-

179,9

43,9 0,4

44,3

178,6 1,9

180,5

Matriz energética consolidada 2012 – Vale Moçambique

82%

18%

Renovável Não-renovável

19+81Tipo de energia consumida

Não Renovável 82%

Diesel 82

Eletricidade não renovável GRID 0

Renovável 18%

Eletricidade renovável GRID 18

2011I

I Em 2011 não houve coleta de dados desse indicador para Moçambique

19Vale Moçambique 2012

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Dada a importância dos recursos hídricos para suas operações, a empresa monitora em suas áreas de influência o consumo e a qualidade da água, a geração e o descarte de efluentes e os recursos hídricos subterrâneos.

Em Moçambique, o total de água captada aumentou de 2011 para 2012 em virtude do crescimento da produção da mina de Moatize. Do total de água utilizada no processo, 47% são reaproveitados.

A geração de efluentes líquidos foi de cinco bilhões de litros em 2012, destinados à barragem de rejeito.

A Vale reconhece os impactos inerentes de suas atividades nos recursos hídricos e trabalha para garantir sua conservação, proteção e qualidade, desenvolvendo iniciativas que ultrapassam o atendimento aos requisitos legais.

Paisagem, com ponte ao fundo, Tete

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Água

20 Vale Moçambique 2012

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Global Moçambique

Outros países Moçambique

Total de água captada Em bilhões de litros

20122011

420,1

0,5

379,0 4,9

420,6 383,9

Total de água captada 2012 por Diretoria Em bilhões de litros

DICV DICM

0,6 4,3

70% 47% 77% 47%

Percentual de água reaproveitada (reutilizada + recirculada) 2012 por Diretoria %

DICV DICM

0% 50%

Percentual de água reciclada e reutilizada %

20122011

Outros países Moçambique

Volume total de efluentes líquidos gerados Em bilhões de litros

2012

109,2

-

88,9 5,0

109,2 93,9

2011I

I Em 2011 não houve coleta de dados desse indicador para Moçambique

21Vale Moçambique 2012

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Para agregar valor a seus produtos, a Vale utiliza a Análise do Ciclo de Vida(ACV) como ferramenta para determinar os impactos ambientais dos seus empreendimentos, considerando diversos fatores como consumo de energia, emissões atmosféricas e de gases de efeito estufa (GEE), consumo de água, geração de efluentes, toxicidade e riscos potenciais.

Criação de valor

Na promoção da agenda de sustentabilidade, em seus compromissos contratuais a Vale investe na promoção dos direitos humanos, especialmente na prevenção de violações junto à cadeia de valor. Além disto, procura manter um diálogo transparente com toda a cadeia produtiva, relacionando-se com entidades que compartilhem os princípios e valores disseminados pela empresa.

Contribuindo para o desenvolvimento dos fornecedores nas regiões onde atua e a dinamização da economia local, procura oferecer maior autonomia às áreas de negócios e fomentar as compras locais. A gestão do relacionamento com seus fornecedores engloba três etapas: qualificação com base nos valores da empresa; avaliação do cumprimento de obrigações legais e contratuais; e monitoramento do desenvolvimento e da saúde econômico-financeira das empresas.

Desenvolvimento de fornecedores locaisÉ compromisso da Vale desenvolver fornecedores locais para colaborar com a dinamização da economia nas regiões em que atua, assim como qualificar e estimular empresas para operar em um mercado cada vez mais competitivo.

O Índice de Desempenho do Fornecedor (IDF) abrange 100% dos fornecedores no Brasil e, desde 2011, também monitora o desempenho de empresas em Moçambique, Peru, Argentina, Paraguai e Malásia. Esse processo representa para a Vale a consolidação de um padrão global de avaliação e monitoramento de fornecedores.

O IDF também é insumo para a geração do ranking dos melhores fornecedores da Vale, que, anualmente, são reconhecidos em diversas categorias através do Prêmio Fornecedor de Valor. Em 2012, foi criada uma nova categoria, Destaque em Sustentabilidade, contemplando as empresas que apresentam amelhor combinação de ações sociais, ambientais e econômicas. A ideia é promover a observação das práticas dos fornecedores, por meio da avaliação da qualidade dos serviços contratados pela Vale, com as políticas e diretrizes sustentáveis adotadas e divulgadas pelas empresas.

Percentual Médio de Compras – Vale Moçambique

Moçambique

60% 60%

Percentual médio de compras realizadas no país 60%

Percentual médio de compras nas principais províncias 60%

2012

22 Vale Moçambique 2012

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Expediente

Coordenação geralDiretoria de Meio Ambiente

Apoio editorialDiretoria de Comunicação Corporativa

Apoio operacionalAccenture CSC Computer Sciences Brasil S.A.

Consultoria, análise técnica e redaçãoPolítica e Planejamento Ambiental (PPA)

Projeto gráfico, diagramação Report Sustentabilidade

Foto da capaVanessa Bernardo

Família tipográficaPMN Caecilia Peter Matthias Noordzij, 1990 Myriad PRO Robert Slimbach e Carol Twombly, 1992

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