"2012: O ano 2.0 do Turismo em Portugal ?" Revista hotelaria jan 2012

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Já o dissemos aqui, e repetimos para todos que ainda terão paciência para nos ouvir, que o “2.0” não se reduz às tecnologias; tem, sim, tudo a ver com inovação, mudanças, quebra de paradigmas, dogmas e tabus. E neste sentido, analiso com redobrado entusiasmo vários indicadores “2.0” para o nosso Portugal, como Destino e como Marca

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. indicadores / Opinião

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Ainda estava eu a recuperar dos (magros) inves-timentos de natal, e dos (gordos) abusos gastro-nómicos do fim do ano e a preparar-me (apreen-sivamente) para este ano 2012 quando, afinal, fui presenteado com sinais (felizes) que talvez este seja o ano 2.0 do turismo em Portugal!Já o dissemos aqui, e repetimos para todos que ainda terão paciência para nos ouvir, que o “2.0” não se reduz às tecnologias; tem, sim, tudo a ver com inovação, mudanças, quebra de paradigmas, dogmas e tabus. E neste sentido, analiso com re-dobrado entusiasmo vários indicadores “2.0” para o nosso Portugal, como Destino e como Marca: Aposta no Marketing Digital. Aposta no sector Privado. Aposta no “Colaborativismo”Como consultor, identifico-me nestes indicadores pela procura na eficiência de processos e recur-sos. Como marketeer, aplaudo a coragem de se ter dado finalmente voz à indiscutível relevância dos canais online. Como profissional de turismo, e como português, já vejo uma luz ao fim do túnel.

“Redes sociais, Segmentação e Distribuição Online”Quem acompanha o nosso trabalho, online e offline, pode imaginar os nossos pulos de alegria ao ouvir a últimas orientações (ou formulação de desejos, a ver vamos) de entidades governamentais na imprensa onde foi anunciado um “reforço da presença institu-cional em redes sociais, através de uma maior presen-ça na distribuição online”. Claro que não sabemos ainda “como” vai ser feito, mas neste momento nem quero perder linhas a escrever sobre o copo meio vazio. Importante mesmo é realçar que o grito do ipiranga foi dado, tendo a mensagem sido recebida “loud & clear”. Sem querer ensinar a quem sabe, re-comendava em particular o seguinte: devemos apro-veitar as redes sociais e outros canais digitais para perceber como a “Marca Portugal” é (1) percebida, (2) valorizada e (3) por quem! Este trabalho será fundamental para, de seguida, em coerência e causa, moldarmos e ajeitarmos a tal “Marca Portugal” para esta ser competitiva e diferenciada no turismo mun-dial, onde a diversidade e quantidade da oferta é cada vez maior. Só aí, estaremos prontos para comunicar a mensagem certa, nos canais correctos, para os seg-mentos relevantes. Vamos a isto!

“A união faz a força, e a força está nos empresá-rios do sector”“Ai, ai, ai” como diria o outro! Mas permitam-me explicar este ponto controverso, exemplificando em duas vertentes: a alavancagem do destino e da oferta. Defendo, e sempre defendi, que um modelo assente no pressuposto que devemos andar a reboque, ou à espera que sejam as entidades oficiais a fazerem por nós, é e será sempre, um modelo perdido à nascen-ça! Da mesma forma, o empresário de turismo não pode sobreviver a prazo se só trabalhar na promoção do seu estabelecimento ou produto. Deve (e pode, neste caso) promover, sim, o seu destino! E para tal, não há como fugir ao “colaborativismo”; ou seja, deve promover o destino em conjunto com os seus pares, em vez de estar obcecadamente a chamar-lhes concorrentes. Um micro exemplo em Portugal será do programa “Living Sagres”, o outro é já um ben-chmark no Brasil, no caso do destino turístico cha-mado “Bonito”, no Matogrosso do Sul (recomendo “Googlarem”)! Aqui, quero deixar uma palavra de apreço pela Drª Cláudia Almeida da universidade do Algarve que já vem falando, com visão, na “Coopeti-ção” há algum tempo.Em relação a alavancagem pela oferta, tivemos ago-ra um sinal claro e exemplificativo: a fusão comercial dos grupos Lágrimas e Alexandre de Almeida. Re-presenta de facto uma mudança de paradigma e que, ou muito me engano, ou irá servir de guia para ou-tros. O potencial de ganhos a nível de promoção, de cross-selling, de eficiência de processos e recursos é uma jogada, não de mestre, mas de marketeer!“Together, we will fly so high” (Pet Shop Boys)São estes os modelos de união que fazem a força, seja ao nível do destino ou da oferta de produtos. Se a isto, conseguirmos juntar um trabalho concertado de definição da “Marca Portugal” agregadora de pro-dutos nacionais e sustentada por uma distribuição online, podemos afirmar como o grande Zig Ziglar dizia: “I will see you, not at the top, but over the top” !E ainda nem abordamos o tema do momento, que será esclarecido ainda este trimestre, acerca do mode-lo das regiões turísticas... Mas, mais uma vez, tenho a sensação que o que discutimos aqui hoje será reflec-tido nas novas definições. Aproveito para desejar a todos um ano 2012 muito positivo, junto-lhe o repto 2.0: “Think & Run...Portugal”!

[email protected]

oliVier soares/ consultor

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Mário Candeias/ director de hotel

Hoteleiro desde sempre, Mário Candeias tem um MBA pela UALG e pós-graduações em Harvard e Insead na área de Corpora-te Finance e em Cornell e Lausanne, em Administra-ção Hoteleira. Ligado pes-soal e profissionalmente ao Algarve, tem desenvolvido actividade no Grupo Tivo-li, mantendo colaborações pontuais com a Formação de Executivos, na UALG e no Turismo de Portugal.No pouco tempo que lhe res-ta, costuma ler publicações das áreas de Economia, Ges-tão, Finanças e Estratégia.

. colaboradores

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olivier soares/ consultor

Proveniente de uma família de hoteleiros, o gosto pela hotela-ria e o turismo sempre esteve presente. A procura constante de soluções inovadores levou-o a investir nas potencialidades das plataformas de redes so-ciais como factor de sucesso para o desenvolvimento co-mercial dos vários produtos turísticos, fomentando o bran-ding do destino e a divulgação de experiências.Foi através da sua página no Facebook “Turismo 2.0 – Pensar Online “que a sua ac-tividade ganhou notoriedade.

Filipa vinha/ sócia fundadora da Miles-tones “Strategic Thinking in Tourism”

É sócia e fundadora da Miles-tones, empresa especializada em marketing e vendas para o sector do turismo, hotelaria e lazer. Marketing Digital, E-commerce, Revenue Manage-ment, Gestão Canais Online e Contratação Comercial são alguns dos serviços prestados. Antes de fundar a Milestones foi Directora de Marketing do Pine Cliffs Resort & Sheraton Algarve e Responsável de Ma-rketing da Amorim Turismo. Tem um MBA pela Universi-ty of Porto Business School e Mestrado pela mesma institui-ção, tendo apresentado a tese sob o tema: “o turismo de ex-periências proporcionado pelo legado regional autêntico”.

luís CarMo Costa/ Sócio neoturis

Licenciado em Economia pela Faculdade de Econo-mia do Porto, Luis Carmo Costa tem o Curso de Ges-tão e Técnica Hoteleira da Escola de Hotelaria e Turis-mo do Porto e a especializa-ção em negociação de con-tratos de gestão hoteleira na Cornell. Foi consultor de turismo da Deloitte (1994-1998), revenue manager e market analyst do Sheraton Lisboa (1998-2001) e é ac-tualmente sócio da neoturis.

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A REVISTA DO GESTOR HOTELEIRO Ano 08 • Nº 75 • Janeiro 2012 • Mensal • Preço de Capa: €10 (Portugal)

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MSF TUR.IMAbre cAmpo de golfe no oeste

dossier

+Na primeira edição do ano revelamos

as aberturas previstas para 2012. LA Hotel, Conrad Algarve,

Douro 41 ou Myrad by Sana Hotels têm data de abertura para este ano. Mas há mais. Conheça quais, região a região.

OS hOTéIS qUe abReM eM 2012

aCCOR bAte novo recorde de AberturAs em 2011

01-02 e 51-52 Capa.indd 1 24-01-2012 13:57:01