2011s2 Caderno 6Noções de Macroeconomia e 7Oferta e Procura Agregadas

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    Departamento de Economia,Gesto e Engenharia Industrial

    Universidade de Aveiro

    Introduo Economia2 semestre

    Ano Lectivo 2010/2011

    Caderno de Apoio N. 6

    Noes Gerais de MacroeconomiaOferta e Procura Agregadas

    (Solues)

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    Todas as economias enfrentam conflitos entre objectivos. Aumentar a taxa decrescimento do produto a longo prazo pode exigir um maior investimento em educao e

    capital, mas um maior investimento exige um menor consumo no presente () osdecisores polticos so forados a intervir na economia atravs de polticas

    macroeconmicas quando esta cresce demasiado rpido, ou quando o desempregodiminui muito devagar, de forma evitar o aumento da inflao.

    Samuelson & Nordhaus in Macroeconomia(2005), pg. 407.

    1. Diga o que entende por:

    a)Macroeconomia e principais objectos de estudo.

    A Macroeconomia o ramo da economia que estuda o comportamento da economiacomo um todo. Examina as foras que afectam o conjunto das empresas, dosconsumidores e dos trabalhadores, ao mesmo tempo.No mbito do estudo da macroeconomia destacam-se as flutuaes de curto prazo (doproduto, do desemprego e dos preos (inflao)) e as tendncias de longo prazo (doproduto e dos nveis de vida e do crescimento e desenvolvimento econmico).

    Os temas centrais da macroeconomia so os ciclos econmicos e o crescimentoeconmico.-Os ciclos econmicos incluem as flutuaes do produto, do emprego e dos preos

    nacionais que perduram habitualmente por um perodo de 2 a 10 anos. Ocorrem cicloseconmicos quando o PIB efectivo cresce (expanso) ou se reduz (retraco ourecesso) em relao ao PIB potencial.- J o crescimento econmico mostra as tendncias de longo prazo no produto e nos

    nveis de vida (aumentodo produto total de um pas ao longo do tempo). Geralmentequantificado pela taxa de crescimento anual do PIB real (ou potencial real) de um pas.Os objectivos actuais da macroeconomia so manter um nvel elevado e crescimentorpido do produto nacional; um nvel elevado de emprego e desemprego involuntrioreduzido; e, garantir a estabilidade do nvel de preos (ou com aumento suave).

    Os Instrumentos da macroeconomia baseiam-se na Poltica Monetria (controlo daoferta de moeda para determinar as taxas de juro), na Poltica Oramental (Despesapblica; impostos) e na Poltica Comercial e de Finanas Internacionais.

    b)

    Procura e oferta agregadas.

    Procura Agregada (AD de Aggregate Demand) refere-se ao montante total que osdiferentes sectores da economia de um pas esto dispostos a gastar num dado perodo,mantendo-se tudo o resto constante. Representa a soma da despesa efectuada em todosos sectores produtivos pelos consumidores, empresas e administrao pblica (Estado)[D=C+I+G+X-M] e depende do nvel de preos, da poltica oramental, da polticamonetria e de outros factores.Oferta Agregada (AS de Aggregate Supply) refere-se quantidade total de bens eservios que as empresas de um pas esto dispostas a produzir e a vender num dado

    perodo, mantendo-se o resto constante. Depende do nvel de preos, da capacidadeprodutiva da economia (ou produto potencial) e do nvel de custos.

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    Expanso Econmica constitui uma fase de expanso num ciclo econmico, isto ,crescimento geral na actividade econmica por um certo perodo de tempo, registandosubidas no nvel de produo (PIB), diminuio do desemprego, aumento dorendimento das famlias, aumento das taxas de lucros e estmulo para o investimento epara o desenvolvimento. Numa poca de expanso econmica, o Estado aumentar asua receita atravs dos impostos devido ao aumento das taxas de lucro.

    f)Inflao.

    Inflao consiste na subida generalizada e sustentada do nvel de preos dos bens numaeconomia num determinado perodo de tempo. O oposto da inflao a deflao.A inflao calculada como a taxa de variao do ndice de Preos no Consumidor(IPC)Tipos de inflao: Hiperinflao (aumento muito elevado no nvel de preos mil % ouum milho %); Galopante (a taxa assume 2 ou 3 dgitos 20% ou 100%); e Moderada(a taxa assume 1 dgito 5%).

    g)

    Produto; PIB; PIB a preos constantes; PIB a preos correntes; PIB a preosreais; PIB nominal; Produto Potencial.

    Produto: Valor da produo de um pas ou regio num determinado perodo de tempo. geralmente avaliado pelo PIB, por ser esta a medida mais abrangente do produto total deuma economia e pode ser calculado atravs de trs pticas diferentes (do produto, dorendimento e da despesa) que correspondem s trs actividades essenciais de qualquersistema econmico (a produo de novos bens e servios capazes de satisfazeremnecessidades humanas, a distribuio do rendimento criado nesse processo produtivo e adespesa de novos bens e servios que se pode realizar com esse rendimento) e queconduzem a uma das identidades bsicas da Contabilidade Nacional =>

    Produto=Rendimento=Despesa.PIB: a quantificao do valor de mercado de todos os bens e servios finaisproduzidos por um pas lquidos de importaes. O PIB, em valor absoluto, umindicador da produo; porm, se for medido em termos percapita, um indicador donvel de vida. Ou seja, o PIB a medida mais importante do desempenho global de umaeconomia.

    PIB a preos constantes: PIB calculado tendo em conta os preos de um perodoconsiderado base. Exemplo, PIB de 2010 calculado aos preos do perodo base 2000.

    PIB a preos correntes: PIB calculado a preos do prprio perodo. Exemplo, PIB de2010 calculado aos preos de 2010.

    PIB a preos reais: calculado a preos constantes.PIB nominal: medido a preos correntes de mercado.

    Produto potencial: representa o nvel sustentado mximo de produto que a economiapode gerar. Tende a crescer continuamente dado que os factores produtivos e o nveltecnolgico variam lentamente ao longo do tempo. Este determinado pela capacidadeprodutiva da economia, que depende dos factores produtivos disponveis (capital, terra,trabalho, etc.) e da eficincia tecnolgica da economia.

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    h)Teoria Keynesiana.

    A Teoria Keynesiana foi desenvolvida por Keynes (1936) considerado o pai damacroeconomia - com a publicao do livro A Teoria Geral do Emprego, do Juro e doDinheiro. Segundo Keynes, a economia pode experimentar perodos longos de

    desemprego persistente devido ausncia dos mecanismos auto-correctores clssicos(preos e salrios), bem como ter capacidade subutilizada.Esta teoria distingue-se pela forma como Keynes analisa o comportamento da procuraagregada, a qual ajuda a explicar as foras que produzem as flutuaes econmicas,sugerindo uma abordagem para o controlo dos piores excessos do ciclo econmicoatravs da escolha de polticas econmicas apropriadas, defendo a interveno doEstado na economia atravs de polticas monetrias e oramentais para corrigirdesequilbrios de mercado.Keynes criticou a teoria de Adam Smith e a eficincia da mo invisvel, pois se osmercados actuarem livremente, geraro a melhor afectao de recursos possveis eaumenta o bem-estar econmico. Contudo, necessria uma interveno estatalapropriada para controlar as flutuaes do mercado.

    Os ideais de Keynes surgiram para dar soluo crise sentida pela Grande Depresso,pois este defendia que as polticas oramentais e monetrias conduzem ao plenoemprego, estimulam a Economia nas depresses ou combatiam a inflao.Aps a 2 Guerra Mundial, reflectindo tanto o aumento da influncia das ideiaskeynesianas como o medo de uma depresso, o Congresso dos EUA proclamouformalmente o papel do governo na promoo do crescimento do produto e do empregoe na manuteno da estabilidade dos preos (Employment Act).

    i)Lei de Say.

    A Lei de Say (1803) de Jean Baptiste Say estabelece que a relao econmica que

    exprime a teoria macroeconmica da Economia clssica baseia-se em que A oferta criaa sua prpria procura.Sendo o Poder de Compra = Rendimento = Produo Total => Excesso Procura =Excesso Oferta = 0, ento uma unidade monetria adicional de rendimento eratotalmente gasta, logo a propenso marginal a consumir era de 1. Todavia, Saysustentava que os preos e os salrios eliminam qualquer excesso de oferta ou deprocura e restabelecem o pleno emprego.Era esta a teoria que prevalecia antes da Grande Depresso.

    j)Crescimento econmico.

    O Crescimento econmico traduz-se no aumento do produto total de um pas ao longodo tempo, constatado atravs das tendncias de longo prazo no produto e nos nveis devida.Geralmente, o crescimento econmico quantificado pela taxa de crescimento anual doPIB real (ou potencial real) de um pas.

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    k)Ciclo econmico.

    Ocorrem ciclos econmicos quando o PIB efectivo cresce (expanso) ou se reduz(retraco ou recesso) em relao ao PIB potencial. Estes ciclos permitem avaliar asflutuaes do produto, do emprego e dos preos nacionais que perduram habitualmente

    por um perodo de 2 a 10 anos

    l)

    Mo Invisvel versus Mo Visvel do Estado.

    Mo Invisvel de Adam Smith defende que os preos e salrios como so flexveiseliminam os excessos de oferta ou procura e restabelecem o pleno emprego e o produtode plena capacidade e que a Poltica macroeconmica no determinante na reduo dedesemprego ou na estabilizao das flutuaes econmicas.

    Mo Visvel do Estado de Keynes contraria a ideia da existncia de uma Moinvisvel, uma vez que em concorrncia perfeita, e no existindo falhas de mercado, os

    mercados iro conseguir obter dos recursos disponveis tantos bens e servios teisquantos os possveis. Porm, existem monoplio poluio ou idnticas falhas demercado, os quais abalam os ideais de eficincia da mo invisvel.Assim sendo, os mercados a actuar livremente geram a melhor afectao de recursospossveis e aumenta o bem-estar econmico. Contudo, necessria uma intervenoestatal apropriada para controlar as flutuaes do mercado, ficando responsvel pelodesempenho macroeconmico, dai ser necessria a Interveno da Mo Visvel do

    Estado.

    m) Principais objectivos da macroeconomia, Politica Oramental e PolticaMonetria.

    Objectivos da macroeconomia: manter um nvel elevado e crescimento rpido doproduto nacional; um nvel elevado de emprego e desemprego involuntrio reduzido; e,garantir a estabilidade do nvel de preos (ou com aumento suave).Objectivos da Poltica Oramental: utilizada principalmente para influenciar ocrescimento econmico de longo prazo, atravs do seu impacto sobre a poupananacional e sobre os incentivos ao trabalho e poupana. A poltica oramental baseia-seem dois instrumentos: a despesa pblica e a receita pblica (impostos).-A despesa pblica influencia a dimenso relativa do consumo pblico e do consumoprivado. Constitui a despesa em bens e servios (construo de estradas, pagamentosdos funcionrios pblicos, etc.) mais as Transferncias do Estado (segurana social =reformas, por exemplo). Esta despesa determina a dimenso dos sectores pblicos e

    privado, isto , que parcela do PIB consumida colectivamente e no de modo privadoe afecta o nvel global de despesa na economia e assim afecta o PIB.- Os impostos (receitas pblicas) subtraem-se ao rendimento, reduzem a despesa privadae afectam a poupana privada; alm disso afectam o investimento e o produto potencial.Os impostos afectam o rendimento disponvel (Yd) das pessoas; afectam o montanteque as pessoas gastam em bens e servios, bem como o montante da poupana privada.Ainda, os impostos afectam os preos dos bens e dos factores de produo e, por isso,influenciam os incentivos e o comportamento.

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    Objectivos da Poltica Monetria: actuam atravs das variaes da oferta de moeda quefazem variar as taxas de juro e afectam a despesa em sectores como o investimento dasempresas, a habitao e o comrcio internacional. A Poltica Monetria conduzidaatravs da gesto da moeda, do crdito e do sistema bancrio do pas. Ao alterar a ofertade moeda pode-se influenciar: taxas de juro, preos das aces, preos das habitaes etaxas de cmbio

    Ao restringir a oferta de moeda, as taxas de juro aumentam, o investimento cai, logo oPIB desce e inflao tambm desce. Em contrapartida, se enfrentar uma recada daeconomia: O Banco Central pode aumentar a oferta de moeda e as taxas de juro descempara estimular a actividade econmica.

    n)Oferta agregada keynesiana versus oferta agregada clssica.

    Oferta agregada Keynesiana => AS horizontal. A capacidade produtiva de tal maneiraexcedentria que as empresas esto dispostas a produzir qualquer quantidade de produtoao nvel de preos existente pressupe a inflexibilidade dos preos e dos salrios.Oferta agregada Clssica => AS vertical. A produo correspondente ser igual aoproduto de pleno emprego, e manter-se- a esse nvel, qualquer que seja o nvel depreos porque os salrios e preos so perfeitamente flexveis e as expectativas do nvelgeral de preos so iguais ao nvel de preos observado, da o equilbrio no mercado detrabalho estabelecido sempre ao nvel de pleno emprego.

    2. Comente e explique as seguintes frases:

    a)

    A escolha das polticas econmicas adequadas ajudam a controlar aeconomia evitando os piores excessos do ciclo econmico.

    O instrumento de poltica uma varivel econmica sob o controlo do Estadoque podeinfluenciar um ou mais objectivos macroeconmicos. Existem dois principais tipos depoltica para atingir objectivos: a poltica oramental e a poltica monetria.Apoltica oramental consiste na despesa pblica e nas receitas pblicas (impostos) e a

    poltica monetria, conduzida pelo Banco Central, determina a oferta de moeda e ascondies financeiras.Desta forma, atravs da manipulao dos instrumentos, consegue-se controlar o produtoda economia e combater os ciclos econmicos, nomeadamente, as flutuaes doproduto, do emprego e dos preos nacionais e evitar os maiores excessos do cicloeconmico.Existe um ciclo econmico quando o PIB efectivo cresce (expanso) ou se reduz(retraco ou recesso) em relao ao PIB potencial.

    T, G, Tr

    T, G, Tr

    Yp

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    b) Os impostos Indirectos afectam os rendimentos das famlias e das empresase os impostos directos afectam o preo dos bens e dos factores de produo,ambos afectam os incentivos e comportamentos dos agentes econmicosprivados.

    Impostos indirectos: incidem sobre os bens e servios transaccionados no mercado.Exemplo, o IVA.

    Impostos directos: incidem directamente sobre o rendimento. Exemplo, IRS, IRC.

    c) At aos anos de 1960s o desemprego tinha uma relao inversa com ainflao.

    At aos anos 1960, registou-se: A Grande Depresso (30); II Guerra Mundial (45) e aReconverso no ps-guerra (at 60)

    Em perodos de grande instabilidade:

    - Aumenta o desemprego durante as recesses ou recadas do ciclo econmico e diminuidurante as expanses.

    - Diminui a inflao. Numa recesso, aumenta a despesa e o produto cai em relao aoque poderia ser produzido. Numa expanso, diminui a despesa e aumenta o produto.

    (ver grficos 20-3 (slide 17) e grfico 20-4 (slide 18))

    d) Durante o primeiro choque petrolfero, traduzido num choque adverso daoferta, verificou-se uma situao de estagflao.

    Para combater a inflao, AD reduz. (ver figura do lado esquerdo)

    Para combater o desemprego, AD aumenta. (ver figura do lado direito)

    AS

    AS => IRC e IVA

    AD

    AD =>IRS

    1

    2

    3

    Y

    YYY

    P

    PP

    P

    AS

    AD

    AD

    AS

    AD

    AD

    P P

    Y Y

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    Choques petrolferos (anos 70) => Estagflao: Coexistncia de desemprego elevado ede inflao persistente devido a um choque adverso da oferta.

    e) A estabilidade de preos um aspecto muito importante para as economiascontemporneas.

    A estabilidade dos preos importante porque um sistema de mercado a funcionar semsobressaltos exige que os preos transmitam correcta e facilmente informao sobre aescassez relativa.

    Inflao elevada => custos elevados numa economia.

    Custos:

    - Descredibilidade na moeda (desvalorizao fixar o valor a uma moeda estrangeira)aumenta o preo das importaes. A moeda estrangeira mais cara.

    - Distores econmicas

    - Afecta taxas de juros e salrios

    - Enfraquece os mercados financeiros

    - Diminui a competitividade

    f)

    A expanso em tempo de guerra impulsionada pelo aumento da procuraagregada.

    Durante o perodo de guerra, a despesa militar acrescida faz aumentar a despesaagregada, deslocando a procura agregada de AD para AD e aumenta o produto deequilbrio de E para E.

    AS

    AS

    AD

    Y

    P

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    g) O crescimento do produto potencial determina o desempenho econmico delongo prazo.

    Aumenta os factores produtivos mas h tambm melhoria da capacidade produtiva edesenvolvimento de novos produtos.

    3. Explique de que forma o Nvel de Preos (P) e o Produto (Y) so determinadospela interaco da oferta e da procura agregadas.

    Nota: ver slides 28, 29 e 30.

    Um equilbrio macroeconmico uma combinao da quantidade e preo globais comos quais os compradores e vendedores esto satisfeitos com as suas compras, vendas epreos.Se o nvel de preos for superior ao equilbrio (P=200), as empresas desejariam vendermais c mas os compradores desejariam comprar b => excesso de oferta (bens nomercado) => Os bens vo acumular-se nas prateleiras se as empresas produzissem maisdo que os consumidores compram => as empresas acabam por reduzir a produo => ospreos caem => o diferencial entre a despesa desejada e as vendas reduz-se at chegar a

    P=150 e Y=3000.Se fosse P=100 => as empresas desejariam vender f e os consumidores a => excesso deprocura => escassez de bens no mercado => as empresas comeam a produzir mais =>aumenta o preo para compensar => os consumidores comeam a comprar cada vezmenos => o diferencial entre a despesa desejada e as vendas reduz-se at chegar aP=150 e Y=3000.Uma vez alcanado o equilbrio, nem compradores nem vendedores desejam alterar assuas quantidades procuradas ou vendidas e no existe presso para alterar o nvel depreos.No ponto E, o equilbrio ocorre num nvel geral de preos em que as empresas estodispostas a produzir e a vender o que os consumidores e os outros agentes da procuraesto dispostos a adquirir.

    AS AS

    AD

    P

    Y

    AS

    AD

    Y (PIB real)

    P

    E

    b c

    af

    330030002300

    100

    150

    200

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    4. Seleccione a alnea correcta:a) Qual das seguintes variveis pode variar sem provocar um deslocamento na

    curva da procura agregada?i) Taxa de juro;ii) Nvel de preos;iii)

    Taxas de imposto;

    iv)

    Expectativas relativamente inflao.

    b) Numa poca de elevada inflao qual das seguintes formas de riquezadesejaria menos deter?

    i) Vinho do Porto vintage;ii) Ouro;iii)Propriedades;iv)Moeda.

    c) O ndice mais usado para medir a inflao :i)

    O ndice de preos no produtor;

    ii)

    O Deflator do produto;iii)

    O ndice de preos habitao;iv)O ndice de preos do consumidor.

    d)Um pas sofre de falta de competitividade externa. Supondo que a economia representada por um modelo procura agregada (AD) / oferta agregada (AS), areposio daquela pode ser conseguida atravs de:

    i)

    Um choque adverso da oferta;ii) Uma diminuio da respectiva inflao interna;iii)

    Uma poltica oramental expansionista;iv)Nenhuma das medidas anteriores.

    e)

    A actuao do governo no sentido da estabilizao macroeconmica de curtoprazo tem como objectivo:

    i) Repor a situao inicial de equilbrio da economia, na sequncia de umaumento do desemprego de equilbrio;

    ii) Reduzir a amplitude das oscilaes do desemprego em torno do seuponto de equilbrio;

    iii)Fornecer de forma estvel bens e servios aos consumidores;iv)

    Implementar estabilizadores automticos.

    5. A procura agregada (AD) a soma dos gastos e da procura dos privados,empresas e entidades pblicas, mais a exportao lquida de bens e servios.

    a)

    Explique porque que a AD est inversamente relacionada com o nveldos preos.

    Informao adicional:

    AD descreve as combinaes do nvel de preos e do nvel de produto nas quais osmercados monetrios e de bens se encontram simultaneamente em equilbrio.IS => Y=D=C+I+G+(X-M), onde C+I+G representa a procura de privados, empresas eentidades pblicas.

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    Taxa de juro vem do mercado monetrio cujo equilbrio se d entre a igualdade entre aprocura e a oferta de moeda.

    LM=> LD=(M/P)S

    Se i => P =>(M/P) => I =>YIS (Mercado do produto) e LM (Mercado monetrio) => AD

    Graficamente:

    Voltando a alnea a)AD tem inclinao negativa => mantendo-se tudo o resto constante, o nvel da despesareal diminui quando o nvel geral de preos na economia aumenta.

    Quando o nvel de preos aumenta, o rendimento disponvel real cai, levando a umdeclnio nas despesas reais de consumo. A despesa real reduz-se com um nvel de

    preos superior, devido ao efeito de preos mais elevados sobre os rendimentos reais, ariqueza real e a oferta de moeda real.

    b)

    Que outras variveis, para alm do nvel de preos, podem afectar a AD?

    O nvel de preos afecta a AD, no por a deslocar mas por afectar o nvel de despesareal => da a inclinao negativa.Outros factores podem deslocar a AD, tais como:

    - Poltica monetria (oferta de moeda para determinar as taxas de juro)- Poltica oramental:

    - atravs da despesa pblica => influenciam a dimenso relativa do consumo pblicoe privado- atravs dos impostos => para controlar despesas de consumo e poupana privada

    - Outros factores: Exemplo, expectativas quanto inflao e outras foras exgenas:guerras, clima, etc.

    i

    Y

    P

    YADAD

    IS

    LM

    LM

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    c) O que acontece AD quando estas variveis se alteram?

    G (gastos); Tr (transferncias); T (impostos); (M/P)S (oferta de moeda) =>Deslocam a AD para cima e para a direita paralelamente.Exemplo: Numa guerra aumenta a despesa pblica.

    Movimentos ao longo da procura agregada vs deslocaes da procura agregada

    -Movimentos ao longo da AD=> Um nvel de preos mais elevados, com uma oferta de

    moeda fixa, leva a um aperto monetrio, a taxas de juro mais elevadas e a umadiminuio da despesa em investimento e consumo sensveis ao juro. Isto ilustra ummovimento ao longo da curva AD, de B para C, quando o restante se mantm constante.

    -Deslocaes da AD=> Neste caso, o restante j no permanece constante. Variaesnas variveis subjacentes a AD (como a oferta de moeda, a poltica fiscal, ou despesamilitar) leva a variaes na despesa total, num dado nvel de preos. Isto leva a umadeslocao da curva AD.

    AS

    AD

    AD

    P

    Y

    Ye

    Pe

    AD

    P

    Y

    AD

    P

    Y

    AD

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    Quadro-Resumo

    Varivel Impacto na Procura AgregadaVariveis de Poltica

    - Poltica Monetria(M/P)S=>i => alteraes nas condies de crdito => I =>consumo debens durveis. Numa economia aberta, a poltica monetria afecta a taxa decmbio e as exportaes lquidas.

    - Poltica OramentalG => Despesa (ou T ouTr)=> Yd => C. Os investimentos fiscaiscomo um crdito fiscal para investimento podem induzir uma despesa maiselevada num sector especfico.

    Variveis Exgenas

    - Produto externoO aumento do produto no exterior leva a um aumento das exportaeslquidas.

    - Valor dos activosO aumento do mercado bolsista aumenta a riqueza das famlias e por isso,aumenta o consumo. Leva tambm a um menor custo de capital e I dasempresas.

    -Progresso na tecnologiaProgressos tecnolgicos podem criar novas oportunidades para oinvestimento das empresas. Exemplos importantes foram o caminho-de-ferro, o automvel e o computador.

    - OutrosAcontecimentos polticos, acordos de comrcio livre e o fim da guerra friapromoveram a confiana das empresas e dos consumidores e fomentam adespesa em investimento em bens durveis.

    6. O que acontece fronteira de possibilidades de produo e curva AS quandoh uma inovao tecnolgica ou quando existe um aumento da oferta detrabalho?

    A FPP representa as quantidades mximas de produo que podem ser obtidas por umaeconomia, dados o seu conhecimento tecnolgico e a quantidade de factores deproduo disponveis.

    Com inovao tecnolgica Com aumento da oferta de trabalho( o conhecimento tecnolgico) (factor produtivo)

    O deslocamento no simtrico

    AS=> Descreve para cada nvel de preos, a quantidade de produto que as empresasesto dispostas a fornecer. A oferta agregada depende do produto potencial e dos custosde produo.

    Mquinas

    Bens Bens

    Bens

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    Inovao tecnolgica e aumento da oferta de trabalho

    Aumento do Produto Potencial (diferente de produto mximo) => O crescimento doproduto potencial sem alterao dos custos de produo faz deslocar a curva AS para adireita de AS para AS.

    Aumento dos custos => Quando os custos de produo aumentam devido, por exemplo,a maiores salrios ou custos de importao de matrias-primas, mas sem alterao doproduto potencial. A curva da AS desloca-se verticalmente de AS para AS.

    Quadro-Resumo

    Variveis Impacto na oferta agregada

    Produto Potencial- Factores deproduo

    Aumentos de K, L e Terra: O produto potencial ocorre quando o desemprego ede outros factores se situam em nveis no inflacionistas. Esses aumentos =>PIB potencial e da oferta agregada.

    - Tecnologia eeficincia

    A inovao e o progresso tecnolgico e o aumento da eficincia aumentam onvel de produto potencial e aumentam a oferta agregada.

    Custos de Produo- Salrios Salrios mais baixos levam a menores custos de produo. Custos inferiores

    para um dado produto potencial significam que a quantidade oferecida sermaior para cada nvel de preo.

    AS

    AS

    Y

    P

    AS

    Y

    AS

    P

    Yp Yp

    AS

    Y

    AS

    ProdutoPotencial

    P

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    - Preos deimportao

    Uma reduo dos preos externos ou uma apreciao da taxa de cmbio, reduzo preo das importaes. Isto leva a custos de produo inferiores e ao aumentoda oferta agregada.

    - Custos dos outrosfactores

    Preos inferiores do petrleo ou uma regularizao ambiental menos exigente,reduz os custos de produo e, desse modo, aumenta a oferta agregada.

    7. Qual a diferena entre uma curva de oferta agregada Keynesiana e uma curvade oferta agregada Clssica?

    A diferena entre as duas prende-se pela forma.

    Curva de oferta agregada Keynesiana=> Aqui a capacidade produtiva de tal formaexcedentria que as empresas esto dispostas a produzir qualquer quantidade de produtoao nvel de preos existentes. A abordagem Keynesiana insistiu na inflexibilidade dospreos e dos salrios e numa curva AS horizontal. Na abordagem de Keynes, a ofertano cria a sua prpria procura. A procura pode ter uma vida prpria.

    Curva de oferta agregada Clssica => pressupe que os preos e os salrios eramflexveis, o que implicava uma AS vertical. Acreditava-se que a economia conseguiasempre vender tudo o que produzia sem qualquer tipo de interveno. A produo serigual ao produto do pleno emprego e manter-se- a esse nvel, qualquer que seja o nvelde preos.

    8. Considere o caso da Oferta Agregada Clssica

    a)

    Encontre o equilbrio para o output e para o nvel de preos.

    Para o caso da oferta agregada clssica, o preo de equilbrio vai depender dainterseco da procura agregada com a oferta agregada => Pe.Pois a quantidade de equilbrio ser a correspondente ao produto de pleno emprego daeconomia.

    P

    Y

    AS

    Y

    ASP

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    b)

    Um aumento nos gastos do governo,ceteris paribus, faz alterar a curva AD ouAS? De que forma?

    Um aumento dos gastos do Governo, com tudo o resto constante, fazendo parte dapoltica oramental, vai fazer deslocar a curva AD. Vai desloc-la para cima e para adireita paralelamente.G => directo da despesa => Consumo pblico => Deslocao da AD.

    c)

    O que acontece ao output de equilbrio e o nvel de preos quando os gastosaumentam,ceteris paribus?

    O output de equilbrio permanece constante no caso da oferta agregada clssica,mantendo-se no produto do pleno emprego.A consequncia do aumento dos gastos pblicos reflecte-se num aumento do preo deequilbrio.Nesta situao, como o produto e o consumo privado permanecem constantes, umaumento dos gastos vai provocar uma diminuio do mesmo montante no investimentoprivado, atravs do aumento induzido na taxa de juro => Crowding-out total. Istoporque se G, tambm a procura de moeda, pelo que o preo esta (i) .

    d)

    Suponha agora que, nas condies iniciais, existe um avano tecnolgico. Oque acontece s curvas AD e AS e ao nvel de equilbrio para Y e para P?

    Avanos tecnolgicos provocam alteraes na AS, e como no caso clssico a AS vertical, a que corresponde o nvel de produto de pleno emprego, este aumenta.

    E a P?

    Y

    PAS

    AD

    Ye

    Pe

    Y

    AD

    Ye

    Pe

    PAS

    Pe

    AD

    Y

    PAS

    AD

    Yp

    AS

    Yp

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    Contudo, progressos na tecnologia podem criar novas oportunidades para oinvestimento das empresas => tendem a aumentar a procura agregada e a deslocar parafora a curva AD.

    Resumindo as duas alternativas teremos:

    Resultado final: Yp => Yp e tratando-se de deslocamentos paralelos em ambas ascurvas, isto leva a um aumento de Pe.

    e)

    O que podemos generalizar acerca do efeito no output e no nvel de preos deuma alterao na AD quando a AS Clssica?

    Quando a AD se altera para o caso da AS clssica s ocorrem alteraes ao nvel dopreo. A quantidade permanece igual e no nvel do produto de pleno emprego.

    Para a direita Para a esquerda

    Yp mantm-se e Pe Yp mantm-se e Pe

    Y

    AD

    P

    AD

    Y

    AD

    Yp

    PePe

    AD

    AS AS

    P

    Yp

    AS

    ADAD

    AS

    AD

    AD

    Y Y

    YpYp

    PP

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    9. Considere a seguinte figura:

    a) A curva da oferta agregada Keynesiana ou Clssica?

    Keynesiana porque horizontal

    b)

    Um aumento do investimento,ceteris paribus, faz alterar a curva AD ou AS?

    Investimento (componente da despesa privada) => o investimento leva com frequnciaa variaes acentuadas da procura agregada e afecta o ciclo econmico. O investimentoleva acumulao de capital.

    A procura agregada a quantidade total (ou agregada) do produto que h disposiopara adquirir com um determinado nvel de preos, mantendo-se tudo o resto constante. AAD a despesa desejada em todos os sectores produtivos (consumo, investimento interno,privado, compras de bens e servios pelo Estado e as exportaes lquidas) =>D=C+I+G+X-MEnto, o do investimento => deslocao paralela da AD para AD para a direita.

    c) Considerando a variao ocorrida na alnea b), encontre graficamente oequilbrio final para o output e para o nvel de preos.

    A AD desloca-se paralelamente para a direita e o equilbrio final passa a ser no ponto B: ooutput passa a ser Y2(aumenta) e o nvel de preos ser P1(mantm-se constante).

    d) O que acontece ao output de equilbrio e ao nvel de preos quando oinvestimento aumenta,ceteris paribus?

    Para o caso da oferta agregada Keynesiana, quando I => P (mantm-se) e YSe AD=> e Y(ponto B)Se AS(para baixo) =>Pe Y=> h mais oferta (ponto C)Se ASe AD=> Pe Y(ponto D)

    A

    S

    AD

    Y*Y1

    P1 A B

    Y

    P

    Y2

    AD

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    10.

    10.1.Um aumento da confiana dos consumidores, ceteris paribus, faz alterar acurva AD ou AS? Represente graficamente indicando o equilbrio.

    Aumento da confiana traduz-se num aumento da procura para cada nvel de preos. Logoa afecta a AD deslocando paralelamente para a direita (de AD para AD).

    a)

    O que acontece ao output de equilbrio e ao nvel de preos quando osconsumidores esto mais optimistas?

    H um novo ponto de equilbrio passando Pe e Ye, ou seja, Pe Y

    10.2.Suponha agora que apenas existe um aumento do preo de matrias-primasessenciais. Que efeito ter este fenmeno no equilbrio anterior? Representegraficamente.

    O aumento do preo das matrias-primas traduzem-se em custos superiores para um dadoprodutor potencial, logo a quantidade oferecida ser menor para cada nvel de preos.A AS desloca-se paralelamente para a esquerda, passando a ser AS.

    H um novo ponto de equilbrio passando Pe e Ye, ou seja, Pe Y

    AS

    AS

    AD AD

    Y

    P

    A B

    C D

    AS

    AD

    AD

    Y

    P

    Pe

    Pe

    Ye Ye

    AD

    AS

    Y

    Pe

    Pe

    Ye

    P

    AS

    AD

    Pe

    YeYe