2011Caderno 1 Soluções

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Departamento de Economia, Departamento de Economia, Departamento de Economia, Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial Gestão e Engenharia Industrial Gestão e Engenharia Industrial Gestão e Engenharia Industrial Universidade de Aveiro Universidade de Aveiro Universidade de Aveiro Universidade de Aveiro Introdução à Economia 2º semestre Ano Lectivo 2010/2011 Caderno de Apoio Nº. 1 A Ciência Económica

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Universidade de AveiroUniversidade de AveiroUniversidade de AveiroUniversidade de Aveiro

Introdução à Economia

2º semestre

Ano Lectivo 2010/2011

Caderno de Apoio Nº. 1

A Ciência Económica

Introdução à Economia – 2º Semestre Ano Lectivo 2010/2011 pág. 2/13

1.1. Defina sucinta e objectivamente: a) Economia É a ciência que “estuda como as pessoas e a sociedade escolhem o emprego de recursos escassos

que podem ter usos alternativos, de forma a produzir vários bens e a distribuí-los para consumo, agora e no futuro, entre as várias pessoas e grupos na sociedade” (Paul Samuelson, 1948).

b) Ciência Económica (1º Teste de Avaliação Mista 2009/2010) É a ciência que estuda a afectação eficiente de recursos escassos para satisfazer necessidades

virtualmente ilimitadas. c) Custo de oportunidade Valor do uso alternativo para um bem económico, ou o valor da alternativa que é prejudicada. d) Fronteira de possibilidades de produção (1º Teste de Avaliação Mista 2009/2010) Representa as quantidades máximas de produção que podem ser obtidas por uma economia dados

os conhecimentos tecnológicos e as quantidades de factores disponíveis num dado momento. Representa assim o conjunto de bens que podem ser produzidos por uma economia. No caso

frequentemente citado a escolha é reduzida a 2 bens. Os pontos fora da FPP (a nordeste dela) não podem ser alcançados. Os pontos no interior são ineficientes, porque os recursos não estão a ser completamente utilizados, ou não estão a ser usados adequadamente ou porque estão a ser utilizadas técnicas de produção obsoletas. Os pontos sobre a fronteira são os pontos eficientes.

e) Objecto de estudo da Economia A produção, a troca e o consumo de bens e serviços em sociedade. A ciência económica diz que uma economia está a produzir eficientemente quando não pode

aumentar o bem-estar económico de um indivíduo sem prejudicar o de um outro indivíduo qualquer. A essência da ciência económica é compreender a realidade da escassez e de seguida prescrever como deve a sociedade organizar-se de um modo que corresponda ao uso mais eficiente dos recursos.

f) Microeconomia versus Macroeconomia Microeconomia – ramo da economia que trata do comportamento de entidades individuais como

os mercados de bens específicos (o das laranjas, p.ex.), as empresas e as famílias. Macroeconomia – ramo da economia que trata e avalia o desempenho global da economia

(nacional, continental ou até mesmo mundial). Examina questões como o investimento, o consumo globais, como se faz a gestão da política monetária e fiscal, e como estas afectam a economia como um todo.

1.2. Explique: a) O que são recursos económicos? São os recursos à disposição para se conseguir produzir e posteriormente conseguir consumir.

Temos recursos: naturais (terra); humanos (força de trabalho); capital (os produzidos pelo homem); iniciativa empresarial e tecnologia (conhecimento tecnológico / inovação).

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b) Porque se coloca a questão da escassez? A escassez consiste na impossibilidade de os bens disponíveis satisfazerem as necessidades

presentes. São as necessidades humanas que determinam a escassez. Só existe problema económico quando temos escassez e escolha. A escassez pode surgir porque os recursos são limitados e as necessidades crescentes.

c) Explique o significado da afirmação: “A Ciência Económica é o estudo da escassez”. A ciência económica tenta compreender a realidade da escassez, e dado que trata da afectação de

recursos, prescreve como deve a sociedade organizar-se de um modo que corresponda ao uso mais eficiente dos recursos.

d) Explique o conceito de “custo de oportunidade”, apresentando exemplos práticos que ilustrem

o conceito. É o valor do bem ou serviço de que se prescinde. Exemplo 1: O das espingardas em detrimento da manteiga numa FPP (o número de unidades de

espingardas produzidas de que se prescinde para produzir mais unidades de manteiga). Exemplo 2: Instalar uma mina num parque natural – as qualidades deste são prejudicadas pelo

ruído, poluição da água e do ar e a degradação do aspecto aprazível. O custo de oportunidade da perda da vida selvagem seria de facto muito grande ou até mesmo não quantificável.

Exemplo 3: Se um bem é preferível a outro na sociedade, ao deixar-se de produzir o que a sociedade não quer o custo de oportunidade associado com esta perda é zero.

e) De que forma a escassez se relaciona com o custo de oportunidade? Só existe problema económico quando temos escassez e escolha. Se existe escassez e escolha

existe custo de oportunidade, que é o valor do que melhor deixámos de fazer para fazer o que fizemos. Então “não há refeições na cantina gratuitas”.

O nosso mundo é um mundo de escassez e os desejos ilimitados – é preciso usar os recursos eficientemente. Desse modo, deve-se medir o custo de oportunidade quando se decide sobre o uso dos recursos, ou seja, medir o custo de alternativas existentes. Exemplo: Há um custo de oportunidade ao produzir mais espingardas, que é o custo de deixar de produzir manteiga. Há um custo de oportunidade também associado ao facto de deixar de ter produção futura.

f) De que forma o lucro económico se relaciona com o custo de oportunidade? O lucro económico é a diferença entre as receitas das vendas (RT=PxQ) e o custo de

oportunidade total (CT+CO) dos recursos envolvidos na produção dos bens. O lucro económico (ou supranormal) (Le = RT-CT-CO) distingue-se do lucro contabilístico

(Lc = RT-CT) por avaliar os factores de produção pelos seus custos de oportunidade. O custo económico é um custo de oportunidade - envolvendo o que o produtor gastou para obter

o bem ou serviço, mas ainda a perda dos benefícios que para ele adviriam da segunda melhor escolha. O lucro contabilístico corresponde à diferença entre o rendimento obtido e os custos totais. No entanto, se o produtor renunciou a uma actividade complementar para se dedicar exclusivamente à actividade principal, então temos de abater ao lucro contabilístico essa perda. O lucro económico corresponde à consideração do custo de oportunidade no cálculo do lucro contabilístico. A diferença entre lucros contabilísticos e lucros económicos assenta no facto de estes serem calculados por referência aos custos de oportunidade que possam ser

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considerados, enquanto aqueles são achados por referência aos custos explícitos. Assim, os ganhos contabilísticos são superiores aos gastos económicos.

Custos explícitos são os que correspondem a pagamento efectivo feito para a aquisição de factores de produção. Há, no entanto, custos implícitos, que correspondem a vantagens ou desvantagens inerentes ao próprio produtor. Este pode ter acesso privilegiado a determinadas matérias-primas ou contar com a excepcional competência de determinados trabalhadores. Nesse caso, há uma vantagem comparativa para esse produtor e uma desvantagem para os seus concorrentes. Também pode acontecer que a decisão de um produtor no sentido de iniciar determinada actividade envolva o sacrifício de uma outra actividade económica - pelo que terá de abater ao que venha a ganhar o que perdeu.

g) De que forma o conceito “preferências” se relaciona com o de custo de oportunidade? Se um bem é preferível (mais desejado que) a outro na sociedade, ao deixarmos de produzir o que

a sociedade não quer o custo de oportunidade associado com esta perda é zero. h) Porque é que a FPP é negativamente inclinada e côncava?

Considerando dois bens, a FPP é negativamente inclinada porque não existem bens gratuitos e é côncava pela lei dos custos relativos crescentes. Esta lei diz que à medida que vamos sacrificando de um bem para obter outro, este vai custando cada vez mais unidades do primeiro.

1.3. Responda às seguintes questões. a) Caracterize a metodologia da Ciência Económica. Tratando-se de uma ciência, a economia utiliza como instrumento o método científico. Inclui

estes quatro componentes fundamentais – a observação, a experimentação, amensuração e a análise. Existem algumas fontes de erro, ou falácias, frequentes a evitar, e que se encontram relacionadas com: esquecimento da hipótese ceteris paribus (“mantendo tudo o resto constante”); esquecimento da característica estatística das leis económicas; incerteza; subjectividade; “falácia da composição” (o que se passa numa parte não é necessariamente válido para o todo); e “falácia do post hoc” (atribuir causalidade a dois factos apenas contemporâneos).

b) De que forma a interdisciplinaridade se relaciona com o objecto de estudo da Economia? Interdisciplinaridade: vários agentes económicos envolvidos no processo de decisão económica

(agentes económicos, empresas, particulares, estado) e precisa de outras disciplinas como a Matemática, o Ambiente, o Direito, etc…, para que consiga atingir a melhor afectação de recursos possíveis. Sendo o objecto de estudo da economia a produção, troca e o consumo de bens e serviços em sociedade, a economia precisa da interacção de todas estas disciplinas e agentes, perceber como estas podem interagir e afectar o comportamento dos agentes, para ajudar a tomar as melhores decisões económicas (relacionadas com a escassez – na produção, troca e consumo).

c) Como são desenvolvidos os modelos económicos? Qual a sua função? Os modelos económicos são descrições teóricas simples que capturam os mecanismos

fundamentais de funcionamento de uma economia. Conjunto de hipóteses sobre a realidade económica a partir das quais se pode deduzir logicamente uma ou mais conclusões relativas a um determinado problema económico.

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É necessário proceder à verificação empírica dos modelos económicos, se este é um modelo válido, a sua explicação, previsão e controle. Um modelo só permanece válido enquanto não for refutado e substituído por outro que se ajuste melhor às observações empíricas. Os requisitos para a explicação são também apropriadas para a previsão, mas é possível fazer previsões incorrectas, se certas condições de base não estiverem satisfeitas. É necessário utilizar para efeitos de controlo, modelos que tenham bom poder explanatório e previsional.

d) Quais os principais problemas de metodologia que se colocam à compreensão da Economia?

Explique-os. Problemas de metodologia: 1) O princípio de optimização – princípio simplificador segundo o qual os agentes económicos

optimizam o seu critério de escolha sujeitos a restrições que delimitam o respectivo conjunto de possibilidades de escolha. É um princípio unificador mas também simplificador da realidade.

2) O princípio do equilíbrio económico – princípio segundo o qual os agentes económicos que operam num dado mercado não desejam rever as decisões planeadas, dada a consistência dos seus planos. Há flutuações a ocorrer constantemente.

e) Quais as principais questões da organização económica e o processo típico da decisão económica?

As questões da organização económica são: O quê? O como? E para quem? O processo típico da decisão económica prende-se com: 1) Definição do problema; 2) Identificar

os objectivos e os instrumentos; 3) Identificar as soluções possíveis; 4) Prever as consequências; 5) Tomar e implementar a decisão.

f) Quais as hipóteses básicas de toda a teoria económica? Explique-as. As hipóteses básicas de toda a teoria económica são: 1)Postulado da racionalidade (os agentes

são racionais) e o postulado do equilíbrio (os mercados equilibram) (Neves, 2004:23,24). 1) Cada pessoa, nas suas decisões procura escolher o agente económico que lhe parece melhor.

A racionalidade, por outras palavras, significa a recusa do desperdício, selecciona a melhor alternativa. Os agentes económicos são racionais. O princípio da racionalidade implica optimização e coerência: os agentes procuram o que melhor satisfaz os seus objectivos, e nas mesmas circunstâncias tomam as mesmas decisões.

2) O princípio do equilíbrio - Não se aplica às decisões de um agente económico mas à interacção entre várias decisões racionais efectuadas por diferentes agentes económicos. Diz-se simplesmente: Os mercados equilibram.

1.4. Sabendo que a Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP) é o lugar geométrico dos pontos

de produção máxima, dado um certo montante de recursos, num dado momento.

1.4.1. Caracterize os pontos interiores, coincidentes e exteriores à FPP.

Pontos interiores são pontos ineficientes – porque os recursos não estão a ser utilizados ao máximo, há subutilização de recursos.

Pontos exteriores são pontos impraticáveis ou inatingíveis – haveria sobre-utilização de recursos o que não era possível com os disponíveis => importações.

Pontos coincidentes são pontos eficientes – em que se obtém os máximos que se consegue dos dois bens ou combinações óptimas de utilização dos mesmos.

Nota: Representar graficamente esses pontos e explicar com recurso à definição da FPP.

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1.4.2. Ilustre graficamente o efeito sobre a FPP de:

a) uma alteração dos gostos e preferências dos consumidores;

Apenas provoca deslocação ao longo da FPP em que nos movemos do ponto 0 para o ponto 1 por exemplo, porque se trata de preferências, portanto consumimos mais de um ou menos do outro de acordo com a preferência e a produção é transferida. b) do progresso tecnológico; O progresso tecnológico conduz ao crescimento económico, logo há deslocação paralela da FPP para cima e para a direita, mais do lado dos bens de capital.

c) uma catástrofe natural;

Nesse caso teríamos uma diminuição do crescimento económico e a FPP deslocar-se-ia para dentro proporcionalmente.

1.5. Um agricultor sul-americano obteve a seguinte informação relativamente às possibilidades de produção de diferentes combinações de açúcar e café na sua propriedade agrícola, dado o número fixo de maquinaria agrícola e do número de horas de trabalho:

Produção conjunta:

A B C D E

Açúcar (X) 0 1000 2000 3000 4000

Café (Y) 5000 4500 3500 1750 0

a) Represente num gráfico a correspondente FPP.

y 1

0

x

Bens consumo

Bens capital

Bens consumo

Bens supérfulos

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b) Indique qual o declive entre A e B e diga qual o seu significado.

5,01000

500

01000

50004500

12

12 −=−=−

−=−−=

xx

yym

Para ter uma unidade adicional de açúcar preciso de abdicar de meia unidade de café.

c) Sugira um motivo que explique a deslocação da FPP para dentro. E para fora?

Para diminuir a FPP deslocando-a para dentro (esquerda): as depressões do ciclo económico; catástrofe natural; escassez de recursos; introdução/aumento de um subsídio ao desemprego, etc… Para aumentar a FPP deslocando-a para fora (direita): um aumento súbito da taxa de natalidade/população; descoberta de importantes recursos no subsolo; progresso tecnológico; aumento dos factores produtivos no geral, etc… Para explicar os movimentos ao longo da FPP: gostos e preferências, um aumento de impostos sobre o tabaco (implica aumento preço, e isso implica deslocamentos ao longo da fronteira); intensificação de campanhas publicitárias que altera os gostos; a desvalorização de um dos bens em termos de consumo, etc…

d) Supondo que o agricultor está a produzir 3000 unidades de açúcar, diga qual o custo de oportunidade de produzir mais 1000 unidades.

Passa a produzir em E = (4000; 0) e como o custo de oportunidade é igual ao valor do bem ou serviço de que se prescinde teremos -1750 unidades de café. Neste exercício o custo de oportunidade é extremo pois fica-se sem produção de café na economia.

Café

Açúcar

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1.6. Considere o caso de um dado trabalhador que tem de marcar as suas férias anuais. Suponha que ele tem 30 dias para repartir entre ir para a neve e ir para a praia.

a) Desenhe um gráfico que englobe todas as opções de neve e de praia disponíveis.

b) A relação entre neve e praia é uma recta? Qual a sua inclinação?

Vai ser uma recta porque há uma relação linear entre o número de dias de neve e de praia. O declive da recta vai ser m = -1 = (0-30)/(30-0)

Nota: Se se conhecer o declive do gráfico da equação e um dos seus pontos (x1,y1) obter-se-á a representação algébrica da equação recorrendo à fórmula “ponto-declive”: y – y1 = m (x-x1) � y – 0 = - 1*(x - 30) = 30 – x, logo a equação desta recta será: y = 30 – x.

c) Se o trabalhador optar por 10 dias na neve, qual o ponto do gráfico que vai escolher? E se

decidir passar 15 dias na praia? Que movimento se deu entre os dois pontos?

Se fizer 10 dias de neve vai ter apenas 20 dias de praia, ponto E0. Se decidir passar 15 dias na

praia terá 15 dias para passar na neve, ponto E1. Movimento ao longo da recta e ascendente pois está relacionada com as alterações de preferências sobre neve e praia.

e) E se o tempo de férias passar para 35 dias? Qual o novo conjunto de opções entre neve e

praia? Que movimento se deu no gráfico que desenhou inicialmente?

Neve

Praia

E0

E1

Neve

Praia

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Neste caso expande-se o tempo de férias, logo há uma deslocação paralela para a direita e a equação

da recta passa a ser: y = 35 – x, mantendo-se o mesmo declive, m = -1. 1.7. O João tem um computador Macintosh e está a pensar aumentar a respectiva memória RAM

para poder utilizar software mais avançado e para ter um acesso mais eficiente à Internet. Por cada megabyte adicional de RAM a instalar no seu computador o João terá de pagar 10€. No entanto, ele estaria disposto a pagar até 50€ pelo primeiro megabyte adicional; 25€ pelo segundo; 12,5€ pelo terceiro e assim sucessivamente.

Perante estas circunstâncias, pretende-se saber quantos megabytes adicionais o João instalará no seu computador? Custo de cada Megabyte adicional = 10€ Disposição a pagar: 50€ pelo primeiro Mb adicional; 25€ pelo segundo; 12,5€ pelo terceiro; 6,25€ pelo quarto; 3,125€ pelo quinto; … Logo, o João instalará no seu computador até 3 megabytes pois a partir daí o benefício é inferior ao custo (6,25 < 10 !). Para saber o valor exacto de bytes basta aplicar uma regra de 3 simples ou por interpolação linear:

4,325,6

75,185,2

3

5,1210

34

5,1225,6 =−

−−=⇔−

−=−−

xx

Logo, a partir de 3,4 megabytes, o custo de cada Mb adicional = 10 é > à valorização que o João faz do bem e logo deixa de comprar.

1.8. Suponha que um certo consumidor ainda não se decidiu porque meio de transporte, autocarro

ou avião, deve utilizar para se deslocar de Lisboa para o Porto. O preço do bilhete de autocarro é de 50 euros e a duração da viagem de seis horas, enquanto a viagem de avião apenas demora uma hora, embora custe 100 euros. Nestas circunstâncias qual é o meio de transporte mais económico para o caso de este consumidor ser:

a) Um homem de negócios, para quem uma hora custa 40 euros? O bilhete do autocarro custa 50€ e a viagem dura 6h; O bilhete do avião custa 100€ e a viagem dura 1h; 6h * 40€ = 240€ > 100€ => escolhe o avião

b) Um estudante, para quem uma hora vale 4 euros?

6h*4€ = 24€ < 50€ => escolhe o autocarro.

Praia

Neve

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1.9. Indique se as seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas, corrigindo as falsas:

a) A Microeconomia lida com problemas ao nível dos preços e do emprego; (Falso – relativamente aos preços sim se estivermos a falar do preço de um bem específico; mas questões sobre o nível de preços para a economia e o emprego são questões da Macro)

b) Se o consumo é função do rendimento disponível, então deve ser a variável dependente; (Verdadeiro – Nota: se y = x2 + x então y=f(x); c = f(Yd) em que c é a variável dependente, ou endógena ou explicada; Yd é a variável independente ou exógena ou explicativa; O consumo é uma variável endógena determinada pelo funcionamento interno do sistema económico e nomeadamente pelo rendimento disponível dos particulares)

c) Duas variáveis estão positivamente relacionadas quando têm uma evolução no mesmo sentido; (Verdadeiro)

d) O valor da variável independente é determinado pela variável dependente; (Falso – o da dependente é que é determinado pela independente)

e) Os gráficos proporcionam uma representação visual da relação entre duas variáveis; (Verdadeiro)

f) Se o declive de uma recta é negativo, o valor de y desce quando x aumenta; (Verdadeiro) g) O declive de uma linha recta horizontal (y = constante) é infinito e o de uma linha recta

vertical (x = constante) é nulo; (Falso – Sendo y = constante então m=0; se x = constante então m = infinito)

h) O declive de uma equação linear que passa nos pontos (x,y) = (2,3) e (x,y) = (5,12) é 4;

(Falso – y = mx + b; 433

9

35

312

12

12 ≠==−−=

−−=

∆∆=

xx

yy

x

ym . Nota: Se se conhecer o declive

do gráfico da equação e um dos seus pontos (x1,y1) obter-se-á a representação algébrica da equação recorrendo à fórmula “ponto-declive”: y – y1 = m(x – x1).)

i) Um modelo económico é uma representação completa da realidade; (Falso – representa uma visão simplificada do problema em estudo)

j) A Economia estuda a escolha em condições de escassez, sob o prisma da afectação de recursos à satisfação de necessidades; (Verdadeiro)

k) Um agente é irracional se entre dois bens iguais escolher o mais caro; (Verdadeiro)

1.10. Para cada um dos seguintes pontos, diga se esse se insere no âmbito da Microeconomia ou da Macroeconomia:

a) O salário mínimo nacional. (Macro) b) O nível geral de preços. (Macro) c) A percentagem da população trabalhadora que está desempregada num dado período de

tempo. (Macro) d) Os salários dos trabalhadores da indústria siderúrgica. (Micro – A taxa de salário é

determinada na economia e fixada ao nível de equilíbrio para cada empresa. No caso da concorrência perfeita contrata-se trabalho até que o produto marginal do trabalho iguale a taxa de salário. Como é para um mercado específico é Micro, se fosse a fixação do salário mínimo como em a) por ser para o geral da economia era Macro)

e) O volume de produção de uma economia. (Macro) f) O consumo de bens e serviços em Portugal. (Macro) g) A relação entre o preço do trigo e a quantidade oferecida no mercado. (Micro ) h) O funcionamento do sistema monetário. (Macro) i) A procura e oferta de hambúrgueres. (Micro )

a. A diminuição da procura de chapéus-de-chuva. (Macro) j) A relação entre desemprego e produção. (Macro)

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1.12. Seleccione a alínea correcta:

1.12.1. O termo ceteris paribus é utilizado na economia quando: a) duas variáveis estão positivamente relacionadas; b) duas variáveis estão negativamente relacionadas; c) o valor da variável independente que afecta o valor da variável dependente é mantido

constante; d) o valor da variável dependente que afecta o valor da variável independente é mantido

constante.

1.12.2. Qual das seguintes afirmações não se refere à Macroeconomia? a) O estudo da actividade económica agregada. b) O estudo do comportamento e da tomada de decisão individual de unidades

económicas como os consumidores, os produtores e os recursos. c) O estudo das causas e políticas que remedeiam o desemprego. d) O estudo das causas da inflação.

1.12.3. Quando o valor da variável independente aumenta, o valor da variável dependente: a) Diminui quando existe uma relação positiva entre as duas variáveis b) Também aumenta quando existe uma relação negativa entre as duas variáveis; c) Também aumenta quando existe uma relação positiva entre as duas variáveis; d) Diminui quando não existe qualquer relação entre as duas variáveis.

1.12.4. O custo de oportunidade de um aluno que frequenta sempre as aulas é: a) Obter aprovação na disciplina; b) O valor das fotocópias que necessitou de tirar; c) O número de horas que passou na sala de aula; d) O valor de tempo de lazer perdido.

1.12.5. Quando se diz em economia “Não existem refeições gratuitas” significa: a) Existe uma clara necessidade de gastar dinheiro para obter bens; b) Os benefícios são menores que os custos; c) Se for almoçar com um amigo um dos dois terá de pagar a conta obrigatoriamente; d) Ao escolher em contexto de escassez existe sempre um custo de oportunidade

associado. 1.12.6. A Ana já trabalha à mais de 5 anos e está a pensar em voltar à Universidade, o que a

obrigará a deixar de trabalhar. O Luís está desempregado e também está a pensar em voltar a estudar. Ambos terão de pagar propinas. Com base nestes dados, qual das afirmações seguintes é a verdadeira?

a) Ambos têm o mesmo custo de oportunidade; b) O custo de oportunidade será maior no caso do Luís; c) O custo de oportunidade será superior para a Ana; d) Não existe qualquer custo de oportunidade associado à escolha;

1.12.7. No gráfico seguinte, quando nos movemos de A para B, o custo de oportunidade

correspondente é (Exame Final, 17 Junho de 2009): a) 172 Horas de passeio; b) 72 Horas de passeio; c) 196 Horas de passeio; d) 96 Horas de passeio; e) Nenhuma das respostas anteriores;

Exercício Extra

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1.5. Imagine que uma determinada economia consegue produzir as seguintes quantidades de bens e serviços, num determinado período de tempo, e com o uso eficiente de todos os recursos disponíveis, bem como para uma dada tecnologia.

Bens (unidades) 100 80 60 40 20 0 Serviços (unidades) 0 50 90 120 140 150

a) Represente graficamente a fronteira de possibilidades de produção desta economia.

b) É possível a esta economia produzir as seguintes combinações de bens e serviços: i) 80 unidades de bens e 50 unidades de serviços; ii) 70 unidades de bens e 90 unidades de serviços; iii) 40 unidades de bens e 100 unidades de serviços?

i) Se representarmos o ponto (80,50) veremos que está sobre a FPP, logo é ponto coincidente. Sim.

ii) Se representarmos o ponto (90,70) veremos que está fora da FPP, logo é um ponto impossível. Não.

iii) Se representarmos o ponto (100,40) veremos que está dentro da FPP, logo é ponto ineficiente. Mas sim pode ser representado e produzido.

c) Qual o custo de oportunidade em termos de serviços de produzir 20 unidades adicionais de

bens se inicialmente a economia se encontra a produzir: i) 60 unidades de bens; ii) 20 unidades de bens? i) Para 60 unidades de bens temos 90 unidades de serviços, logo para produzir 80

unidades de bens, deixamos de produzir (90-50) = 40 unidades de serviços, sendo este o custo de oportunidade.

ii) Para 20 unidades de bens temos 140 unidades de serviços, logo para produzir 40 unidades de bens passaremos a produzir somente 120 unidades de serviços, sendo assim o custo de oportunidade de (140-120) = 20 unidades de serviços.

d) Que alteração terá de ocorrer na economia para que esta consiga produzir a combinação 100

unidades de bens e 80 de serviços?

Para se conseguir produzir no ponto (80, 100) que é um ponto exterior, logo inatingível teria de haver uma deslocação da FPP para a direita. Para se conseguir isso teria de acontecer uma das

Bens

Serviços

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seguintes situações: Aumento de recursos (capital físico ou humano, ou até mesmo terra) e/ou avanço na tecnologia.