Lngua Portuguesa e Literatura Brasileira - Transferncia e Obteno de Novo Ttulo - 2011
2010 Elani Marinho Pereira - o Uso Das Mdias No Ensino de Lngua Espanhola Uma Viso Dos Alunos Do...
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Universidade Federal da Paraba
Centro de Cincias Humanas, Letras e Artes
Departamento de Letras Estrangeiras Modernas
Licenciatura em Letras Habilitao em Lngua Espanhola
O USO DAS MDIAS NO ENSINO DE LNGUA ESPANHOLA:
Uma viso dos alunos do curso de Letras Espanhol
Elani Marinho Pereira
Orientadora: Prof. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli
Joo Pessoa
Novembro de 2010
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Universidade Federal da Paraba
Centro de Cincias Humanas, Letras e Artes
Departamento de Letras Estrangeiras Modernas
Licenciatura em Letras Habilitao em Lngua Espanhola
Elani Marinho Pereira
O USO DAS MDIAS NO ENSINO DE LNGUA ESPANHOLA:
Uma viso dos alunos do curso de Letras Espanhol
Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em Letras da
Universidade Federal da Paraba como requisito para obteno do
grau de Licenciado em Letras, habilitao em Lngua Espanhola.
Orientadora: Prof. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli
Joo Pessoa
Novembro de 2010
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Catalogao da Publicao na Fonte.
Universidade Federal da Paraba.
Biblioteca Setorial do Centro de Cincias Humanas, Letras e Artes (CCHLA).
Pereira, Elani Marinho
O uso das mdias no ensino de lngua espanhola: uma viso dos alunos
do curso de Letras Espanhol. / Elani Marinho Pereira. - Joo Pessoa, 2010.
45f. : il.
Monografia (Graduao em Licenciatura em Letras) Universidade Federal da Paraba - Centro de Cincias Humanas, Letras e Artes.
Orientadora: Prof. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli
1. Lngua espanhola ensino-aprendizagem. 2. Mdias uso na aprendizagem. 3. Lngua estrangeira - aprendizagem. I. Ttulo.
BSE-CCHLA CDU 811.134.2
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ELANI MARINHO PEREIRA
O USO DAS MDIAS NO ENSINO DE LNGUA ESPANHOLA:
Uma viso dos alunos do curso de Letras Espanhol
Trabalho de concluso de curso, como requisito parcial para a obteno do grau de graduada
em Letras do curso de Lngua Espanhola da Universidade Federal da Paraba.
Habilitao: Letras Espanhol
Data de aprovao
____/____/____
Banca Examinadora:
________________________________
Profa. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli
Orientadora
Universidade Federal da Paraba
________________________________
Profa. Dra. Patrcia Espinar
Examinadora
Universidade Estadual de Campina Grande
________________________________
Profa. Ms. Maria Hortncia Murga
Examinadora
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AGRADECIMENTOS
Agradeo a Deus em primeiro lugar, por sua sabedoria infinita, por seu cuidado e por
rodear-me de pessoas amigas e verdadeiras. Sem Ele eu no chegaria at aqui.
Aos meus queridos e amados pais e irmos, pelo apoio e por toda a dedicao dada a
mim durante o curso. Obrigada!
Aos meus tios que me acolheram com muito carinho durante estes trs anos e meio,
sentirei saudades de titia e titio forever. E aos demais familiares.
Agradeo aos meus amigos que oraram por mim e de longe deram-me foras e
acreditaram em minha vitria (IASD- Itabaiana).
Agradeo tambm a todos os amigos que tive o privilgio de conhecer neste curso, no
citarei nomes para no ser injusta esquecendo-me de alguns.
Agradeo a minha querida orientadora professora Ms. Ana Berenice Peres Martorelli,
por ter aceitado trabalhar com um tema to distante de sua linha de pesquisa e mesmo assim
ter me ajudado. Foi uma me pra mim!
Agradeo ainda a todos os meus professores do curso de Letras Espanhol, em especial
a: professora Dra. Maria Luiza minha eterna tutora, a professora Ms. Maria Hortncia minha
querida coordenadora, a professora Ms. Andrea Ponte por toda a ateno quando precisei de
textos, ao professor Ms. Marcelo Rangel pelo carinho em ceder-me sua dissertao de
mestrado. E aos demais professores do DLEM.
No posso deixar de citar os meus companheiros da disciplina Trabalho de Concluso
de Curso que sofreram junto comigo, nas madrugadas escrevendo o trabalho e compartilhando
os desabafos, dando foras uns aos outros. E a querida professora que nos acompanhou at
aqui, Dra. Carla L. Reichmann.
Enfim, a todos o meu muito obrigada.
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RESUMO
O passo a passo no processo de ensino aprendizagem da lngua estrangeira exige do
professor muita desenvoltura. necessrio saber os mtodos e as abordagens que devem ser
usados. Alm disso, importante saber tambm os recursos didticos necessrios para o que se
quer ensinar. As mdias veculos de comunicao podem surtir efeito no momento da
aprendizagem dos alunos. At que ponto as mdias ajudam, e at onde elas atrapalham? Se
mdia veculo de comunicao, o que so mdias? A viso dos alunos do curso de Letras
Espanhol, do bsico II e intermedirio III, sobre o uso desses recursos miditicos em sala de
aula e sua relevncia para a aprendizagem da lngua estrangeira.
Palavras-chaves: Ensino, Abordagens, Mtodos e Mdias
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SUMRIO
Introduo....................................................................................................................7
1 ENSINO APRENDIZAGEM DE LNGUA E OS PRINCIPAIS MTODOS E ABORDAGENS ....................................................................................................9
1.1 Ensino aprendizagem da lngua estrangeira.................................................9
1.1.1 Processo de ensino aprendizagem....................................................9
1.2 Principais mtodos e abordagens...................................................................11
1.2.1 Mtodo gramtica e traduo...........................................................12 1.2.2 Mtodo direto...................................................................................13 1.2.3 Abordagem udio-lingual.................................................................14 1.2.4 Metodologia audio visual.................................................................15 1.2.5 Abordagem comunicativa.................................................................15 1.2.6 Ps-mtodo.......................................................................................17
2 O USO DAS MDIAS NO ENSINO DE LNGUAS ESTRANGEIRAS...........19
2.1 Mdias no ensino de lnguas............................................................................21
3 METODOLOGIA.................................................................................................24
3.1 Natureza da Pesquisa....................................................................................24 3.2 Contexto da Pesquisa....................................................................................25 3.3 Procedimento de coleta dos dados................................................................25 3.4 Procedimento de anlise dos dados..............................................................26
4 ANLISE ................................................................................................................27
4.1 Espanhol Bsico II..............................................................................................27 4.2 Espanhol Intermedirio III..................................................................................27 4.3 Anlise contrastiva.............................................................................................28
CONSIDERAES FINAIS.......................................................................................30
REFERNCIAS...........................................................................................................32
ANEXOS.......................................................................................................................33
APNDICES.................................................................................................................34
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INTRODUO
Este trabalho, conforme seu objetivo, pretende identificar quais os recursos miditicos
mais utilizados na formao de professores do Curso de Letras Espanhol da Universidade
Federal da Paraba, de acordo com a percepo dos alunos dos nveis Bsico II e Intermedirio
III.
A viso, do uso das mdias, engloba a perspectiva de formao e facilitao do
aprendizado, como forma de dinamizao das aulas, entretenimento, ou, apenas, como
atividades ldicas desenvolvidas sem a finalidade de uma possvel facilitao do aprendizado
da lngua estrangeira.
A busca de informaes atinge, tambm, a vida extraclasse do estudante, ou seja, como
ele manuseia e qual a finalidade do uso de recursos miditicos em sua vida particular. O ponto
de vista desses alunos, de Letras Espanhol dos nveis supracitados, importante porque,
enquanto estudam na realidade, fazem uma reflexo da situao vivida por eles prprios.
A apresentao de recursos miditicos em sala de aula faz com que o aluno entenda
que seu uso , principalmente, um elemento facilitador do aprendizado e no apenas uma
mudana de metodologia de ensino.
No primeiro captulo, fizemos uma reflexo a respeito do ensino de lnguas, sobre o
que ensinar e o como ensinar, refletindo sobre os papis que professores e alunos
desempenham na sala de aula, para um melhor desenvolvimento da aprendizagem. Entre os
autores que tratam do assunto, escolhemos Marcuschi para embasar nossa primeira reflexo.
Usando tericos como Martinez, fizemos um breve repasso histrico sobre os principais
mtodos e abordagens, pensados para o ensino de lnguas estrangeiras. So eles: gramtica e
traduo, mtodo direto, abordagem udio-lingual, abordagem udio-visual, abordagem
comunicativa e a era ps-mtodo.
O segundo captulo foi marcado por uma reflexo a respeito do conceito de mdias,
segundo Tori, que nos levou a concluir que as mesmas, sejam elas modernas ou no, esto
presentes em todos os momentos da aprendizagem. Estudamos, entre outros autores, Gordillo
verificando at que ponto as mdias favorecem ou dificultam o ensino aprendizagem e Rangel
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levando em considerao o alcance que podem proporcionar na comunicao entre muitos.
Os procedimentos de anlise dos dados levantados para a pesquisa fazem parte do
terceiro capitulo. Como os dados foram coletados, em que contexto se enquadra a pesquisa,
quem so seus participantes, e o processo de anlise dos dados.
A anlise dos dados coletados para a pesquisa consta do quarto captulo, no qual
tentamos organizar as idias de todos os pesquisados para cumprir os objetivos propostos.
Aps o processo de anlise e contextualizao desta pesquisa chegamos a concluso a
respeito das mdias mais usadas no ensino de lngua espanhola da Universidade Federal da
Paraba, e as concepes do uso das mdias segundo os participantes da pesquisa.
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CAPTULO I ENSINO APRENDIZAGEM DE LNGUA E OS PRINCIPAIS MTODOS E ABORDAGENS
Iniciamos este captulo com uma breve reflexo sobre o ensino aprendizagem das
lnguas estrangeiras, levando em considerao o que e o como ensinar, bem como a relao da
motivao construida entre professores e alunos.
Na segunda etapa deste captulo, fazemos um repasso terico dos principais mtodos e
abordagens relacionadas ao ensino de lnguas estrangeiras desde o mtodo gramtica e
traduo at a era ps-mtodo. Dentro desta reviso observamos os principais recursos
miditicos usados ao longo da histria do ensino aprendizagem das lnguas estrangeiras.
1. 1 Ensino aprendizagem da lngua estrangeira
Dentro do processo de ensino aprendizagem da lngua estrangeira o aprendiz passa por
muitas situaes sociais "(...) momento da fala, pelo lugar onde a fala pronunciada, pelas
relaes de papis que ocorrem, mais ou menos implicitamente, entre os participantes, pelo
tipo de interao que eles desenvolvem. E todos esses parmetros esto inscritos em uma
situao social e so parcialmente definidos pelo comportamento da comunidade."
(MARTINEZ, 2009. p. 18). O fator cultural afetar, segundo MARTINEZ, o discurso do
aprendiz da lngua estrangeira e toda sua progresso enquanto atuante nessa lngua. O modo
como isto se d que deveria ser respondido, pois no se sabe ao certo em que momentos o
aprendiz reagir de forma verbal em lngua estrangeira. Mas podemos dizer que o uso das
mdias em sala de aula pode ajudar ou melhor facilitar o contato com a lngua e o seu
desempenho.
Antes de adentrarmos no processo de aprendizagem da lngua estrangeira, queremos
aqui estipular um termo nico para a lngua, chamando-, conforme MARTINEZ (2009), de
lngua estrangeira. Para efeitos deste trabalho, ser considerada lngua estrangeira toda aquela
que o indivduo adquire depois da sua lngua materna. Sendo assim, a lngua materna ser a
lngua na qual o indivduo recebeu sua educao formal e informal a que aprendeu em casa
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com seus pais e formalizou-a na escola.
Tendo dito o que entendemos por lngua estrangeira, vejamos o processo pelo qual o
aprendiz passa para a aquisio da lngua estrangeira.
1.1.1 Processo de Ensino Aprendizagem
"A lngua(gem) no pode ser nunca encarada como algo
transparente, unicamente a servio da comunicao."
Ucy Soto
Quando pensamos em ensino de lngua estrangeira logo nos vem a mente o que
ensinar; cultura, histria, gramtica, vocabulrio. Como bem frisa Marcuschi:
(...) sempre o ensino de uma viso do objeto e de uma relao com ele. (...)
Sempre que ensinamos algo, estamos motivados por algum interesse, algum
objetivo, alguma inteno central; o que dar o caminho para uma produo
tanto do objeto como da perspectiva. (MARCUSCHI, 2008 p.50 - 51 )
O ensino plural, no sentido de que se tem muitas opes de o que ensinar, porm, a
partir das necessidades da turma que o professor organizar o material que possa corresponder
a tais necessidades, tendo sempre em vista que a sala um mundo no qual torna-se difcil
abarcar todas as dificuldades. Afinal, cada indivduo tem um propsito, que o levou a estudar a
lngua estrangeira, e de acordo com cada proposito uma necessidade distinta.
Todas tm sua motivao, algumas podem estar mais bem fundamentadas e
outras podem ser mais explicativas. Mas nenhuma vai ser a nica capaz de
conter toda verdade. (MARCUSCHI, 2008 p. 51)
Para o aluno, o processo de aprendizagem passa pela necessidade que o mesmo tem da
lngua estrangeira. Seja para o trabalho, por status, seja por quais razes forem, haver sempre
uma necessidade e um motivo para que este aprendiz tenha se interessado em estudar a
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lngua.
Mas aprender tambm decorre de uma conduta voluntria e permanente. Uma
atitude positiva diante da L2 determina o processo desde a motivao inicial,
mesmo que a escolha no tenha sido verdadeiramente escolha: o caso de
quando quem escolhe a famlia do aprendiz ou uma deciso das autoridades
polticas e educativas. (MARTINEZ, p. 34)
Durante a aprendizagem de uma lngua estrangeira, o aprendiz tem que ter a vontade
permanente, ou at mesmo constante, de aprender a lngua alvo. Pensando em tudo isso,
podemos imaginar o quanto os mtodos usados pelo professor podem ser, tambm, fatores
determinantes para que o aprendiz siga com a motivao ou construa nova(s) motivao(es)
uma motivao ao longo do curso. O uso das mdias pode influenciar na aprendizagem do
aluno, ajudando-o a interagir com outros.
Outro fator influenciador na motivao dos alunos, pode ser o uso das mdias em sala
de aula, as quais permitem a seus participantes uma maior interao com o mundo real, com a
sociedade que norteia a lngua estrangeira e com os falantes nativos deste lugar.
Vejamos os principais mtodos e abordagens que influenciaram, de alguma forma, o
ensino de lnguas estrangeiras, e os recursos didticos usados em cada mtodo, averiguando
uma possvel evoluo nos recursos didticos usados no ensino dessas lnguas.
1.2 Principais mtodos e abordagens
Desde que se comeou a pensar no ensino de lnguas estrangeiras que se tenta criar um
mtodo e/ou uma abordagem que seja eficaz para esse ensino sejam essas lnguas quais forem.
Desde as primeiras lnguas ensinadas, como o grego e o latim, as famosas lnguas clssicas,
tenta-se desvendar uma metodologia capaz de englobar todas as dificuldades que o aprendiz
venha a ter ao longo do aprendizado. Ao menos, (...) a impossibilidade de existncia de um
mtodo perfeito (...) se transformou na busca de um mtodo mais adequado. (DUQUE, 2004
apud VILAA, 2008 p. 82)
Pensando nisto, este captulo tem como principal foco e objetivo fazer um repasso dos
principais mtodos e abordagens que j foram pensados e desenvolvidos durante o ensino de
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lnguas.
Antes de revermos os principais mtodos e abordagens no ensino de lnguas,
apresentamos os conceitos de mtodos e abordagens adotados por ns. Este enfoque no
apresenta todos os mtodos e abordagens relativos ao ensino aprendizagem de lngua
estrangeira. Escolhemos os mais utilizados e descritos por Martinez: gramtica e traduo;
mtodo direto; abordagem udio-lingual; metodologia udio-visual; abordagem comunicativa
e ps-mtodo.
H muitos autores que definem mtodo e abordagem, porm, para este trabalho
acreditamos que a definio de VILAA (2008) seja a mais relevante. Para tanto, vejamos a
definio de mtodo.
O mtodo mas especfico, ao passo que a abordagem mas ampla.
Segundo VILAA (2008, p. 75) (....) o conceito de mtodo est relacionado a um
caminho que, seguido de forma ordenada, visa a chegar a certos objetivos, fins, resultados,
conceitos etc. (...) mtodo refere-se a um caminho necessrio para a obteno de um fim.
A abordagem, por outro lado, (...) refere-se viso geral sobre o que seja uma lngua
e sobre o que seja ensinar e aprender uma lngua.(ANTHONY, 1963 apud VILAA, 2008, p.
76).
1.2.1 Mtodo Gramtica e Traduo
Um dos primeiros, seno o primeiro mtodo pensado para o ensino de lnguas
estrangeiras foi o mtodo gramtica e traduo que surgiu no sculo XIX, no ano de 1840, e
permaneceu forte dentro do ensino de lnguas estrangeiras at o sculo XX, no ano de 1940.
O ensino de lnguas estrangeiras dentro desse mtodo dava-se atravs da traduo de
textos das lnguas clssicas para a lngua materna. Dessa forma, podia-se ter um entendimento
total do texto estudado e traduzido, visando a uma aprendizagem sobre a parte normativa da
segunda lngua e o entendimento literrio dos textos clssicos, j que, as lnguas estudadas
eram as clssicas, como o grego e o latim, e esta ltima, j era considerada lngua morta.
Alguns dos principais objetivos desse mtodo, segundo RICHARDS e RODGERS,
eram:
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La lectura y la escrita eran los focos principales; se da poca o ninguna
atencin sistemtica a hablar y escuchar. La seleccin de vocabulrio se basa
solamente en los textos de lectura utilizados y las palabras se ensean a travs
de listas bilinges, el estudio del diccionario y la memorizacin. En un texto
tipo, se presentan e ilustran las reglas gramaticales, se presenta una lista de
vocabulario con sus equivalencias y se realizan ejercicios de traduccin.
(2001, p.11-12)
Os erros nesse tipo de abordagem eram inadmissveis e o tratamento com a oralidade
da lngua era impensado j que o objetivo era traduzir textos. A interao entre o professor e o
aluno era precria dado que o primeiro neste tipo de abordagem, era visto como o nico
detentor do saber e o aluno seria o que receberia todas as informaes advindas de seu mestre
que mais parecia um instrutor.
Aunque este mtodo crea a menudo frustracin en los alumnos, exige poco a
los profesores. Todava se utiliza en situaciones donde la comprensin de
textos literarios es lo ms importante en el estudio de las lenguas extranjeras
y hay poca necesidad de hablarlas. (RICHARDS e RODGERS, 2001, p. 12)
Sendo assim, os nicos recursos didticos usados nesse mtodo eram os textos
clssicos. O material era: papel, lpis, dicionrio e, claro, o texto a ser traduzido. Estas eram as
tecnologias usadas na poca.
Esse mtodo perdurou durante muito tempo no ensino de lnguas estrangeiras. Aps
ele, vieram muitos outros, com perspectivas e metodologias pouco diferenciadas e que apenas
tentavam meramente substituir o antigo mtodo.
1.2.2 Mtodo Direto
Se nas abordagens tradicionais o foco era a leitura e traduo de textos clssicos, na
abordagem direta o foco ser a oralidade. No primeiro dia de aula o professor entra em sala
falando na lngua estrangeira. Agora deve-se falar a lngua e no a respeito dela. A traduo
neste tipo de abordagem no era bem vista, j que o objetivo era fazer com que o aluno falasse
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ou aprendesse determinadas estruturas sem precisar recorrer a sua lngua materna e nem
traduo literal das palavras.
A abordagem direta vai tentar resolver algumas das questes sobre as quais o
ensino patinava em vo ou que tentava ignorar. (...) se em tal situao, tal
palavra parece provocar tal reao (como um bom dia suscita seu equivalente), se tal enunciado em um ambiente que nos parea anlogo, sem
passar nem pela traduo, nem pela explicao lexical ou gramatical.
(MARTINEZ, 2009, p. 51)
A pronncia tambm obter toda a ateno que o professor possa manifestar, j que
atravs dela que ele verificar o avano do aluno no aprendizado da lngua estrangeira. E a
partir (...) da observao refletida das recorrncias que so extradas as regras de
funcionamento da lngua. (MARTINEZ, 2009, p. 52)
Os recursos didticos usados na abordagem direta eram, basicamente: a voz do
professor que, neste mtodo, preferencialmente, teria que ser nativo; e o livro didtico
tambm, porm, pouco usado. A competncia lingustica do professor primordial para o
aprendizado do aluno.
A abordagem direta alcanou xito durante o final do sculo XIX e incio do sculo
XX, mas logo perdeu terreno vindo, aps esse mtodo, a abordagem udio-lingual.
1.2.3 A Abordagem udio-lingual
Antes de entrarmos no que seria este tipo de abordagem, faz-se necessrio esclarecer a
nomenclatura dada a cada abordagem. A abordagem udio-lingual est separada do udio-
visual, por uma questo de diferena de autores. Martinez, que nosso principal terico, as
separa, e ns acreditamos ser pertinente tal separao e resolvemos adot-la neste trabalho.
O foco desse tipo de abordagem, como o prprio nome sugere, que a partir da escuta
se obtenha uma produo oral da segunda lngua. Dentro da sala de aula o professor no pode
falar na lngua materna, fazendo uso exclusivo da lngua estrangeira, e os alunos, a partir da,
tentam reproduzir o que escutam.
Richards e Rodgers (1986) resumem a metodologia que resultar dessas
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premissas, entre 1930 e 1960, insistindo na prioridade concedida ao oral, no
uso exclusivo da lngua alvo em classe, no fato de que os novos elementos
introduzidos serem sempre introduzidos em situao. (MARTINEZ, 2009, p
54)
A gramtica entra, assim que os mdulos lingsticos estejam considerados seguros
pelo professor, segundo o que ele observou no aprendiz da lngua estrangeira.
O lugar do vocabulrio e da gramtica no deixado ao acaso, leitura e
escrita intervm, to logo os meios lingsticos para tanto estejam
assegurados. (MARTINEZ, 2009, p. 54)
Os recursos didticos usados nesta abordagem eram, alm da voz, os gravadores, com
exerccios estruturais em situaes que se assemelhavam ao real. A partir daqui houve um
progresso, um avano maior e comea a surgir o uso de recursos miditicos no ensino de
lnguas estrangeiras.
Aps a abordagem udio-lingual, ainda na busca da melhor abordagem para o ensino
de lngua estrangeira surge outra abordagem muito conhecida e usada, assim como todas as
outras citadas at hoje no ensino de lnguas (a depender do professor que atua): foi a
metodologia udio-visual.
1.2.4 Metodologia udio-visual
A abordagem udio-visual, como diz MARTINEZ, no foi meramente uma associao
entre a imagem e o udio, foi alm disso. Para isso, define ainda MARTINEZ que (...) Ser
qualificado de mtodo audiovisual aquele que, no se limitando apenas a associar a imagem e
o som para fins didticos, una-os estreitamente, de modo que em torno dessa associao que
se constroem as atividades. (2009, p. 57).
E neste tipo de abordagem no se ensina de qualquer forma, qualquer coisa em
qualquer ordem, existe uma coerncia entre as partes.
Apresentao do contedo novo, sob uma forma viva, em uma situao de
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comunicao e com suportes variados em que texto, imagem e som se
encontram associados. (2009, p. 59)
Nesta abordagem a repetio fundamental para a fixao dos contedos ensinados em
sala de aula.
A repetio se mantm como um dos meios de alcanar a fixao, por meio
de procedimentos diversificados: aprendizagem de cor, individual, em grupo,
na sala de aula ou em casa, com o auxlio do gravador, do laboratrio de
lnguas, autnoma ou no, por meio de dramatizao ou do jogo de papis
etc. Vemos que se podem combinar diversas possibilidades de repetio e de
correo. (2009, p. 61)
perceptvel que os recursos didticos usados nesta abordagem so: som com o uso de
gravadores, e imagens que poderiam ser trazidas: a) em slides; b) em uma fita cassete e
projetadas com o auxilio da tv, ou em um retroprojetor. Enfim, o emprego em aparelhos que
permitam a visualizao e/ou, at mesmo, a juno entre o som e a imagem. Tambm jogos de
papis como diz MARTINEZ. Quanto mas se avana no tempo, mais funcionais ficam sendo
os recursos didticos usados no ensino de lnguas estrangeiras.
Aps a abordagem udio-visual, temos a abordagem comunicativa que vem, tambm
para inovar o ensino de lnguas estrangeiras.
1.2.5 Abordagem Comunicativa
A abordagem comunicativa para ns vista como o boom das abordagens, j que
com ela que o aluno passa a interagir melhor com o professor e onde a construo do saber
parece fazer sentido para o aprendiz.
O aprendiz tem total liberdade neste tipo de abordagem, aprendizagem passa a ser
autnoma, no sentido de que o aluno busca mais conhecimento sem depender tanto do
professor. Onde o aprendiz passa a construir-se como sujeito social na lngua estrangeira,
enfim,o aprendiz posto na situao de ser o agente autnomo de sua aprendizagem.
(MARTINEZ, 2009. p.71)
O papel do professor na abordagem comunicativa ser diferente, passando a exercer o
papel de facilitador do saber e no de detentor do saber. O professor abandona o
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protagonismo, deixando o papel central para o aprendiz.
Diante disso, o papel do professor s poderia estar profundamente
modificado. No h dvida de que ele ainda continua a ser a referncia
lingstica, aquele que corrige com moderao e avalia os desempenhos, em
um momento ou noutro. (2009, p. 71)
A abordagem comunicativa parece respeitar as heterogeneidades da sala de aula e
buscar maior interao entre os participantes da conversa. A interao passa a ser apenas
orientada.
(...) a abordagem comunicativa pode ser considerada como um sistema
voltado para a integrao de disposies diversificadas e para aquelas que
tm como finalidade envolver o aprendiz em uma comunicao orientada.
(2009, p. 72)
Os recursos didticos usados na abordagem comunicativa eram: mais uma vez a voz,
como um dos principais recursos e que est presente em quase todos os mtodos e abordagens;
lista de palavras que o aprendiz tinha que memorizar; e a criatividade do aprendiz faz parte do
processo de ensino aprendizagem. Aqui, tambm, era possvel a utilizao de mdias como
reportagens televisivas do pas da lngua estrangeira, que trouxesse, ao estudante, uma
interao e aproximao a um contexto mais real, envolvendo-o em uma prtica social. Vale
ressaltar que a utilizao destes recursos trouxe um avano no que concerne ao ensino de
lnguas, visto que os alunos passaram a ter uma interao maior com o professor e a atuar de
forma mais realista com pessoas de outros pases.
Podemos aqui chegar a uma pequena concluso sobre todos os mtodos acima citados,
dizendo, ou at mesmo afirmando, que nenhum mtodo puramente eficaz dentro do ensino
de lnguas. At porque a lngua algo em constante mudana, exigindo, assim, de seus
usurios, uma desenvoltura maior com relao ao seu uso.
E, claro, no se esquecendo do professor que a utiliza, que deve estar em constante
atualizao, principalmente quando a lngua que estiver sendo ensinada no a sua, materna.
perceptvel tambm a evoluo com relao aos recursos didticos usados em sala de
aula, passando a serem recorrentes o uso de tecnologias dentro do ensino de lnguas quando se
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tornou possvel o acesso a elas. J que nos primeiros mtodos a utilizao era mais difcil, pela
inexistncia e depois pela inacessibilidade das tecnologias que inovaram o ensino.
Aps tantos mtodos criados para tentar, de alguma forma, preencher as lacunas
deixadas pelos mtodos anteriores, chega-se era do ps-mtodo.
1.2.6 Ps-Mtodo
O ps-mtodo surge como forma de libertao dos professores de todos esses mtodos
j citados, com a desobrigao de seguir um mtodo especfico, ou, at mesmo, a liberdade de
escolher o que achar melhor, ou, ainda, usar vrios ao mesmo tempo. o mesmo que dizer, o
mtodo adequado este ser usado, tirando o foco sobre a busca incansvel de um mtodo
perfeito capaz de resolver todos os problemas relacionados ao ensino aprendizagem de uma
lngua estrangeira.
Agora com o ps-mtodo, o professor passa a ter mais autonomia no ensino, a ser
crtico com relao a sua prpria prtica docente e, claro, assume uma responsabilidade ainda
maior, j que no poder por a culpa em nenhum mtodo especfico caso o ensino no
funcione; a culpa, neste caso, recair no professor, talvez no por incompetncia, mas, talvez,
por falta de senso crtico a sua auto-formao. A partir da o professor passa a andar com as
prprias pernas, sem estar seguindo, de alguma forma, um padro.
A era do ps-mtodo, deve ser vista como a era onde cada educador desempenhar o
papel que julgar melhor dentro da sua sala de aula, respeitando, assim, os ambientes sociais,
culturais e econmicos onde ele atua.
Os recursos usados aqui so de total escolha do professor, que tem maior liberdade
para escolher e trazer, sua prtica docente, o que julgar melhor. A utilizao das tecnologias
aqui maior, com a utilizao de blogs, jornais online, filmes, msicas etc.
at possvel pensar em uma sala de aula totalmente digital, onde ao invs de se ter
uma aula distncia se aproximam alunos, professores e outras pessoas que participam, direta
ou indiretamente, na educao, rompendo barreiras e aproximando as fronteiras ao que
concerne a uma lngua estrangeira.
Ainda pensando no ensino de lnguas estrangeiras, temos hoje, assim a mdia como um
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recurso a ajudar o professor em sua prtica e, claro, facilitar o aprendizado do aluno que atua
ou interatua com ela.
Vejamos o que as tecnologias podem fazer em favor desse ensino.
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CAPTULO II UM REPASSO HISTRICO SOBRE O AVANO DAS MDIAS E O USO DELAS NO ENSINO DE LNGUAS ESTRANGEIRAS
Neste captulo, pretendemos fazer um breve relato histrico sobre o avano das mdias
apontando quais so as antigas e as atuais.
Pretendemos, ainda, abordar o uso das mdias relacionadas ao ensino de lnguas
estrangeiras, explicitando ao longo do texto as mais relevantes.
2.1 Um pouco de histria
As mdias que surgiram no inicio da histria da evoluo humana no so as mesmas
usadas hoje em dia. Pois o homem continuou a evoluir e, juntamente com ele, as mdias. A
humanidade sempre sentiu o desejo da comunicao e, para tanto, fazia-se necessrio uma
formalizao no s da educao como tambm dos meios usados para educar e para
armazenar as histrias narradas de pais para filhos, e os relatos sacerdotais nos templos
antigos.
Cada poca implementou dentro de um contexto de atividades especficas, relacionadas a certas prticas sociais concretas ferramentas que criaram novas possibilidades, e tambm limites e restries. Uma pedra lascada, um
osso polido, uma lana, um jornal, um computador: todos eles instrumentos
exteriores ao homem, mas que o modificam profundamente em sua forma de
pensar e de se relacionar com o mundo. (SOTO, 2008, p. 13)
SOTO (2008), trs como antigas tecnologias os pictogramas, o papiro, o pergaminho, o
papel, o livro e o computador. O pictograma foi "uma primeira tentativa de representar
idias/histrias em um suporte fora do crebro humano (MEC, 2001 apud SOTO, 2008). A
pedra foi um dos suportes que permitiu ao homem no s a possibilidade de transmitir sua
mensagem, mas, principalmente, de deix-la para outros homens." (SOTO, 2008, p. 14)
O papiro, o pergaminho e o papel, segundo SOTO, foram os "(...) suportes mais
comuns sobre os quais o homem escreveu, mo, com tinta. Mas, to importante quanto o
material onde se escrevia, foi a idealizao e cristalizao de um determinado formato para
guardar e transportar o que estava escrito: o cdice, que associamos, hoje, automaticamente,
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ao livro, como se ele s estivesse existido sob essa forma." (2008, p. 15-16)
Como toda nova mdia, o livro no tinha o preo acessivel "a possibilidade de
produo artesanal faziam do livro algo singular alm de um bem caro e, consequentemente,
acessvel a poucos. (2008, p. 18)
Segundo SOTO, para que o livro fosse usado e compreendido por todos, fez-se
necessrio a unificao do sistema de escrita. Deve-se escolher um sistema que padronize a
lngua, tornando-a entendida por todos.
Depois da padronizao da lngua veio o livro didtico impresso, e somente aps o
livro impresso que surge o computador que no s modernizou o mesmo, como tambm
facilitou o acesso a ele, atravs da sua disponibilizao na internet.
Aps este repasso histrico sobre algumas mdias, vejamos o conceito de mdia trazido
por TORI e sua classificao.
2.2 Uma reflexo sobre mdia
Eu considero que a nova mdia est transformando as maneiras de se fazer educao. Consequentemente est
mudando como os adultos (crianas) encaram a educao.
R. Kozma, Media and Learning, apud, TORI.
A epgrafe acima parece pertinente se refletirmos sobre o mundo a nossa volta, e
enxergarmos o quanto ele aparenta ter mudado. Parece lgico dizer que se o mundo muda, o
que est nele tambm se transforma. Assim como mudaram e surgiram novos mtodos
relacionados ao ensino, os recursos, por sua vez, tornaram-se mais avanados. No mundo
moderno em que vivemos, as mdias que nos envolvem transformaram-se em mdias de
tecnologias avanadas, e parece inevitvel que ns, professores, avancemos juntos. E quase
que inadimissvel que ns, que temos a nossa disposio todos os meios tecnolgicos que
promovam a interao, continuemos apenas no quadro negro e giz. At porque o aluno de
ontem no o aluno de hoje e, consequentemente, no ser o de amanh. Somos conscientes
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de que podemos fazer muito mais pelos nossos alunos.
Este captulo tem como objetivo proporcionar uma viso suscinta no que diz respeito
utilizao dos recursos miditicos no ensino. No entanto, faz-se necessrio, num primeiro
momento, definirmos o termo mdia.
Segundo TORI (2010), a mdia um veculo de comunicao, ou seja, a mdia vista
como provedora da interao que vai mais alm do computador que conhecemos. Mdia
qualquer recurso que promova a interao. Para esse autor:
O jornal impresso e o livro utilizam o mesmo sistema de smbolos (letras,
palavras e imagens), mas so mdias diferentes, uma vez que utilizam
tecnologias distintas (formato, qualidade do papel e da impresso, por
exemplo) e possuem capacidades de processamento diversas (um dirio e
descartvel, o outro perene; seus processos de leitura, fsicos e cognitivos
so distintos). O cinema, a televiso e o DVD player utilizam-se do mesmo
sistema de smbolos (som e imagem em movimento), mas tambm se
diferenciam pela tecnologia e pelo sistema de processamento. (TORI, 2010,
p. 37)
As mdias podem ser caracterizadas a partir de trs aspectos, segundo TORI (2010):
sua tecnologia, seu sistema de smbolos e a capacidade de processamento que oferece. Dentro
de cada caracterstica que a integram esto outras categorizaes.
A tecnologia subdividida em, eletrnica e concreta. A eletrnica, por sua vez, est
subidividida em digital e analgica. As digitais so: computadores, CD de udio, CD-ROM,
DVD etc. J as analgicas so: rdio, televiso, telefone, cinema etc. A concreta est
subdividida em material e corporal. A material so: livro; apostila; slides etc. J a corporal
so: palestras; dana; teatro; e canto. Estas so as caractersticas da tecnologia que compe a
mdia.
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2.1-Tecnologia da Mdia
(TORI, 2010; p.54)
A simbologia est subdividida em duas partes, so elas: esttica e contnua. Compem
a esttica, o texto trazendo: livros; apostila; partituras; transparncias etc; e a imagem com, o
desenho; pintura; fotografa; slides. A contnua, por sua vez, trz vrias categorias. Dentre
elas esto o discurso, trazendo as palestras (sem imagens), audiobook, telefone, chat etc. A
msica, por sua vez, trz o CD de udio, MP3 player etc. A animao trs, desenhos
animados, expresso corporal etc. J a performace trz a, palestra (com imagem em
movimento), cinema, teatro, dana, show musical e etc. Para finalizar as simbologias, temos a
exercitao que est acompanhada de simuladores, dinmica de grupos, jogos, laboratrios
etc.
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2.2 - Simbologia da Mdia
(TORI, 2010; p.53)
A capacidade de processamento est dividida em duas partes: uma de distncia e
outra de contedo, que, por sua vez, esto subdivididas em muitas outras categorias. No
entando, no que concerne ao corpo deste trabalho, faremos apenas a explanao quanto aos
componentes de distncia, porque pretendemos, aqui, tentar enxergar at onde podem ser, ou
no, rompidas as fronteiras e a questo da interao entre os participantes, professores e alunos
usurios das mdias.
Com relao capacidade de processamento o autor TORI apresenta seis
subdivises: local; remota; sincrnica; assincrnica; expositiva; e interativa.
A local so as salas de aula, laboratrio etc; as remotas so as teleconferncias,
televiso, vdeo, cinema etc. Sendo ambas vistas sobre o enfoque da distncia espacial. A
sincrnica so televiso, chat, teleconferncia, aula presencial etc; a assincrnica so DVD
player, livro, correio eletrnico, cinema etc. Sendo as duas vistas como em distncia temporal.
A expositiva so a TV, DVD player, livro, aula expositiva etc. A interativa so os jogos
interativos, aula experimental, dinmica de grupo etc. Sendo estas categorizadas como
distncia interativa.
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2.3-Componentes de Distncia da Mdia
(TORI, 2010; p.54)
Podemos observar que, sero mdias tudo que promova a interao e que a mesma
mdia pode ser caracterizada atravs de vrios aspectos. Tomemos como exemplo o livro.
Quanto a sua tecnologia o livro classificado como concreto, quanto a sua simbologia
esttico e quanto a sua capacidade de processamento pode ser assincrnico e expositivo.
Pensando no ensino de lnguas estrangeiras, vejamos como se desenvolve a interao e
os perigos que o emprego de determinadas mdias pode ocasionar devido ao seu mal uso.
As mdias sobre as quais estaremos refletindo a respeito de seu uso so: e-mail; blogs;
jornais online; redes sociais (mdias relacionadas a internet); filmes; telejornais (mdias
relacionadas a televiso e cinema); msicas (mdia relacionada ao rdio, porm pode ser
ouvida no computador, no mp3, na televiso, ou seja, relacionada a tudo que permita a sua
execuo).
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2.2.1 Internet
A internet possibilita ao aprendiz uma maior adeso ao universo do que o faz o livro
didtico. No entanto, importante ressaltar que, dificilmente, um material didtico poderia
substituir o livro que h tanto tempo nos acompanha e que sempre surge de forma
modernizada, como o caso dos livros online.
2.2.2 Blogs
Os blogs so meios usados por estudantes que querem manter-se em contacto real com
a lngua. Atravs de leituras de textos produzidos em lngua estrangeira, possibilitanto um
acesso maior a segunda lngua; permitindo ao aluno a publicao de suas prprias produes
em lngua estrangeira.
2.2.3 Jornais online
Os jornais online permitem ao aluno um contato real com a lngua estrangeira. Permite,
ainda, o conhecimento do que atualmente se passa no lugar da lngua alvo, o acesso cultura
do outro etc. O jornal online um dos meios que oferece, alm de tudo o que foi citado, um
contato com a variante formal da lngua estrangeira.
2.2.4 Redes sociais
J as redes sociais possibilitam, ao aprendiz, um contato com pessoas que esto a
quilmetras de distncia, como se aquela pessoa estivesse a seu lado. As redes sociais
permitem, ao aprendiz da lngua estrangeira, uma interao imediata de forma mais
participativa e direta.
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2.2.5 E-mail
O e-mail tambm uma mdia que oportuniza muitos contatos com pessoas de outros
lugares. o nosso correio online, para onde destinamos muitas coisas que transmitem a
informao que queremos passar, como recados, cartas, sugestes de links, currculo etc. A
lnguagem dentro do e-mail, passeia por entre o formal e o informal, a depender do
destinatrio.
2.2.6 Televiso
A televiso um dos meios pelos quais os aprendizes podem entrar em contato com a
lngua estrangeira, trabalhando a parte auditiva da lngua estrangeira e entrando em contato
com a realidade do lugar onde falada, isso acontece atravs dos telejornais nos canais abertos
e dos filmes que, por sua vez, podem ser vistos em outros ambientes como o cinema.
2.2.7 Telejornais
Os telejornais trazem para os aprendizes a mesma informao veiculadas pelos jornais
online, s que, desta vez, de forma narrada, na qual o aprendiz tem contato com a pronuncia
da lngua estrangeira e conhece, de forma visual e, muitas vezes, em tempo real o que est
ocorrendo naquele lugar.
2.2.8 Filmes
Os bons filmes produzidos na lngua ofcicial do pas que o aprendiz est estudando,
podem trazer, para o estudante, realidades de vocabulrio que muitas vezes passam
despercebidas por professores e uma infinidade de expresses que fazem parte da cultura
daquele lugar. Fazem com que o aluno tenha uma viso dinmica da lngua, constatando
que ela no esttica. E que, de acordo com o lugar, as expresses podem, e so muitas,
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29
vezes diferentes.
2.2.9 Rdio e tudo que proporcione a escuta da msica
A msica poder tambm ajudar o aluno de forma mais potica a visualizar no s as
expresses da cultura de um povo como tambm lhe permite ver como so as pronncias de
determinadas palavras. Ela trabalha, no aprendiz, a parte auditiva, acrescentando,
ricamente, seu vocabulrio.
Porm, o que aqui nos interessa saber em que medida o uso das mdias so vistas
pelos alunos. Se como facilitadoras do aprendizado, meio de interao real e uma
construo scio-virtual da realidade onde todo o meio favorece o aprendiz, ou se apenas
como atividades ldicas e, at mesmo, simples meio de entretenimento em sala de aula.
Interessa, mais especificamente, neste estudo, apontar se o curso de Letras Espanhol do
CCHLA/UFPB, desde uma perspectiva dos grupos pesquisados, usa as novas mdias ou se,
ainda, continuamos utilizando as antigas.
2.2.10 Moodle
No podemos deixar de citar ainda como informao das mdias relacinadas a internet
o Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment), seu idealizador foi
Martin Dougiamas, "como parte de sua tese de doutorado em cincias da computao e
educao na Universidade Curtin da Austrlia" (TORI, 2010).
Para ter acesso ao moodle basta ter um provedor de internet, e para instalar o moodle
necessrio uma plataforma Linux. Porque segundo TORI (2010), os recursos oferecidos por
esse sistema so "(...) repositrios de contedos, correio, frum e whiteboard entre outros."
(2010, p. 139)
Alm de todas as facilidades no momento da instalao o custo zero para a obteno
de uma plataforma moodle.
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2.3 Mdias no Ensino de Lnguas
Muito se ouve falar sobre a utilizao dos recursos miditicos dentro do ensino de
lnguas estrangeiras, como um meio facilitador para o aprendizado, ajudando o aluno a se
inserir na cultura, no meio social e, at mesmo, econmico do pas da lngua estrangeira.
Pensando nisto, as mdias podem proporcionar ao aluno alguma autonomia no
momento da aprendizagem, j que permitem ser usadas em um ambiente informal, ou seja,
fora do contexto escolar. Permite ao aluno que busca autonomia um acrscimo de seus
conhecimentos, aperfeioando-se na lngua estrangeira.
Uma das mdias em alta, hoje, no ensino aprendizagem de lnguas estrangeiras a
internet. Podemos perguntar aqui, o que necessariamente? Tudo que vecule o aprendiz em
uma rede social, na qual possa interagir, em um ambiente social real, com pessoas que falam a
lngua estrangeira, aproximando, assim, o aluno de uma realidade virtual.
Todas estas mdias podemos encontrar dentro de uma nica mdia chamada internet.
A internet pode trazer muitos beneficios como diz GORDILLO,
(...) internet se ha diseado para permitir un acceso fcil, econmico y de
gran flexibilidad a la ilimitada informacin que aloja y a los programas
necesarios para la navegacin, programas pensados para que cualquier
usuario sin apenas conocimientos informticos pueda usar todos los recursos
de la red. (2001, pg. 19)
Tambm pode trazer algumas desvantagens segundo GORDILLO,
(...) internet es un espacio de intervencin pblico y libre en el que
prcticamente no hay fiscalizacin, cualquiera puede incluir contenidos e
informacin. Habr entonces que tener muy en cuenta el origen y las
caractersticas de los recursos a los que accedemos. (2001, pg. 21)
Porm por meio desse recurso didtico que o professor pode proporcionar ao seu
aprendiz materiais didticos autnticos. Alm de desenvolver nos alunos determinadas
habilidades que facilitem sua autocriticidade, tornando o aluno mais seletista, crtico e
autocritico, estratgico, tcnico e etc. Assim como bem frisa GORDILLO, (2001) "(...)
contribuye al desarrollo de habilidades, tcnicas, y estratgias de estudios en aspectos como":
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La familiarizacin con la tecnologa, su lenguaje y sus procedimientos.
El tratamiento de la informacin (bsqueda, seleccin, manipulacin, organizacin...).
La competencia linguistica, al ser una fuente inmediata de recursos idiomticos, con un valor aadido, ya que los variados elementos que
configuran el hipertexto refuerzan el aprendizaje.
GORDILLO, (2001) constre uma lista de constribuies que o uso da internet pode
trazer ao estudante da lngua estrangeira. importante ressaltar que atravs das chamadas
redes sociais, os alunos passam a ter uma aprendizagem colaborativa, facilitanto assim na
troca de conhecimentos e na interao entre os aprendizes.
Esta representa o meio de comunicao que permite, pela primeira vez na
histria da humanidade, a comunicao de muitos com muitos num tempo e
espao indeterminados e escala global. (RANGEL 2008, p. 19)
Podendo a mesma romper com as barreiras e porque no dizer fronteiras, quando
pensamos no ensino de lnguas estrangeiras. Barreiras essas levando em considerao a
distncia fsica. Aproximando de outras maneiras as pessoas.
Dentro deste novo cenrio educacional, o professor assume novos papis. O professor
agora orientador, no mais detentor do saber. O professor dentro desta nova perspectiva,
poderia ser visto como profissional atuante na rea do ensino de forma profissionalizada e
modernizada. Saindo de uma viso tradicionalista do ensino, onde o professor era o nico
detentor do saber e os alunos apenas aprendizes que no tinham nada o que trocar com o
professor, apenas aprender.
O uso das mdias no ensino trouxe no s a modernizao para o aprendizado, como a
facilitao do mesmo e a possibilidade de um maior alcance ao mundo real, social e
economico cultural da lngua estrangeira.
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CAPTULO III - METODOLOGIA
Este captulo trata da descrio de todo o processo de desenvolvimento da pesquisa,
explicitando os pontos relevantes para este trabalho, deixando registrada a construo do
corpus, a pilotagem e por fim o processo de anlise dos dados recolhidos para a pesquisa, a
contextualizao da pesquisa, a natureza da mesma, o perfil dos participantes, e o
procedimento de coleta dos dados.
3.1 Natureza da Pesquisa
A pesquisa desenvolvida enquadra-se em um mbito quantitativo, pois levamos em
considerao as respostas dadas pelos informantes desde uma anlise nmerica dos
questionrios.
Como a nossa pesquisa foi realizada a partir da viso dos alunos de Letras Espanhol
dos nveis Bsico II e Intermedirio III, da Universidade Federal da Paraba, ela pode ser
categorizada, tambm, como um estudo de caso, dado que este
(...) uma categoria de pesquisa cujo objeto uma unidade que se analisa
profundamente. Pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade
bem definida, como um programa, uma instituio, um sistema educativo,
uma pessoa ou uma unidade social. Visa conhecer o seu como e os seus porqus, evidenciando a sua unidade e identidade prprias. uma investigao que se assume como particularstica, debruando-se sobre uma
situao especfica, procurando descobrir o que h nela de mais essencial e
caracterstico.
(http://mariaalicehof5.vilabol.uol.com.br/#Estudo de Caso)
3.2 Contexto da Pesquisa
Os participantes da pesquisa so alunos da Universidade Federal da Paraba, Centro de
Cincias Humanas letras e Artes, do curso de Letras-Espanhol dos nveis: Bsico II e
Intermedirio III.
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A escolha destas turmas, em especial, deu-se para que possamos averiguar a viso que
alunos de dois nveis tm do uso das mdias em sala de aula, no caso, alunos de um nvel mais
avanado e alunos quase iniciantes do curso, para verificar se h contrastes de viso entre os
grupos.
Esta pesquisa nasceu da curiosidade da prpria investigadora, j que nenhum dos
projetos do curso de Letras Espanhol era voltado para a rea de tecnologias. Viu-se necessrio
saber at que ponto o aluno do referido curso encara o uso destes recursos didticos dentro da
sala de aula, e sua possvel importncia para manter-se em constante contato com a lngua
estrangeira.
Veremos, mais adiante, como se procedeu a anlise e o desenvolvimento da coleta dos
dados relevantes para a pesquisa.
3.3 Procedimento de Coleta dos Dados
O questionrio utilizado para colher as informaes de interesse da pesquisa foi
construido e reconstruido diversas vezes at tornar-se adequado. Para nos assegurar de que, de
fato, estava funcional o questionrio, foi feita uma experincia na turma de trabalho de
concluso de curso da professora Carla Reichmann. A turma mista contemplando alunos do
curso de ingls, francs e espanhol.
O questionrio est composto por oito questes, sendo quatro fechadas e quatro
abertas, portanto caracterizando o questionrio como misto.
Como parte da diviso do questionrio temos a identificao, na qual pedimos que os
alunos participantes da pesquisa explicitem o nvel em que esto no curso de espanhol: inicial,
intermedirio ou avanado. Aps esta identificao partimos direto para as perguntas. O nome
dos participantes no foi pedido, por questes de tica dentro do trabalho, acreditamos ser
mais propcio que os alunos no se identificassem.
Tivemos um total de vinte e dois questionrios respondidos, sendo quatorze do nvel
Bsico II e oito do nvel IntermedirioIII.
Aps o processo de coleta dos dados, foram computadas manualmente, as respostas
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obtidas.
3.4 Procedimento de anlise dos dados
Para esclarecer a no obrigatoriedade de resposta dos alunos participantes, s
respondeu quem de fato estava interessado em participar e contribuir, de alguma forma, para a
realizao da pesquisa.
A anlise dos dados foi feita, inicialmente, de forma separada (por turma) j que alm
da identificao do uso das mdias os estudos pretendem verificar o contraste de informaes.
De cada pergunta levantamos a quantidade de respostas obtidas para a mdia
designada. Fazendo um levantamento quantitativo das respostas obtidas. A partir da podemos
responder a pergunta que fizemos no inicio da pesquisa: Quais mdias so mais usadas nas
turmas do Bsico II e Intermedirio III, do curso de Letras Espanhol da Universidade Federal
da Paraba (UFPB)?
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CAPTULO IV - ANLISE DOS DADOS DA PESQUISA
4.1 Espanhol Bsico II
Os dados analisados da presente pesquisa obtiveram os seguintes resultados, segundo o
corpus. Para a turma de Espanhol Bsico II, com quatorze participantes1, foi possvel constatar
que as mdias mais usadas foram: filmes, jornais online, lembrando que esses jornais, em sala
de aula, so impressos, porque nas salas de aulas do CCHLA/UFPB no se tem computadores:
nem para o docente e, muito menos, para o discente e msicas. As demais mdias so usadas,
no entanto, como o objetivo desse trabalho era averiguar as mais recorrentes, achou-se
interessante citar as mdias mais marcadas pelos participantes.
Com relao freqncia de uso das mdias, onze pessoas responderam que o uso
delas se d apenas s vezes.
Os informantes entendem a utilizao objetiva desses recursos com fins prticos e
como parte do desenvolvimento da aprendizagem.
A importncia do uso desses recursos didticos para entender melhor a lngua, para
uma ampliao do vocabulrio e como prtica.
Partindo para um contexto extra-escolar, ou seja, fora da sala de aula, dos quatorze
alunos participantes doze responderam afirmativamente dizendo fazer uso dos recursos
miditicos fora da sala de aula. E apenas dois responderam negativamente, dizendo no fazer
uso de nenhum dos recursos miditicos fora da sala de aula. Dos doze participantes que
responderam afirmativamente, apenas cinco usam sempre, e sete usam s vezes. Dos
participantes que usam sempre e s vezes as mdias, o ambiente de utilizao dessas mdias
so suas respectivas residncias, com onze respostas obtidas para est pergunta, apenas um
participante citou a Universidade.
Ainda dentro do contexto extraclasse, as mdias mais usadas pelos participantes fora da
sala de aula so: filmes, com dez respostas; msica, tambm, com dez; e e-mail com, apenas,
quatro respostas. Outras mdias foram citadas como: revista; jornais online; dicionrio online;
canais de tv em espanhol; e livros, todos estes com apenas uma resposta para cada.
1 Ver Apndice 1 (Bsico II), para uma melhor visualizao dos resultados obtidos na pesquisa.
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4.2 Espanhol Intermedirio III
No que diz respeito ao Espanhol Intermedirio III, com oito informantes2 para a
presente pesquisa, as respostas obtidas foram s seguintes. As mdias mais usadas em sala de
aula de lngua espanhola, so: filmes, com seis respostas; jornais online, com quatro respostas
e email, com cinco respostas. Considerando apenas as mdias com maiores frequncias. A
freqncia de uso dessas mdias, segundo os participantes da pesquisa, , s vezes, de cinco
respostas.
Os objetivos de utilizao desses recursos em sala de aula, segundo os participantes,
ter um maior contato com o idioma, obtendo trs respostas; e motivao pra no deixar a aula
montona, com duas respostas. Outros dois responderam promover a interao; e um
respondeu que facilita a aprendizagem.
O uso desses recursos fora da sala de aula vista como forma de praticar a lngua
estrangeira neste caso o espanhol. E os outros quatros responderam que com o uso desses
recursos possvel se manter em contato com a lngua estrangeira, aprendizagem mais afetiva,
aprendizagem da lngua espanhola e comunicao com os estrangeiros. Obtendo, para cada
uma nica resposta.
Todos os participantes da pesquisa responderam afirmativamente com relao ao uso
dessas mdias fora do contexto acadmico. Cinco dos participantes usam sempre e trs usam
as mdias s vezes. Seis usam em casa e duas no trabalho.
As mais usadas fora da sala de aula so: msicas, com sete respostas, filmes, com seis
respostas, jornais online e e-mail cada um com trs respostas.
4.3 Anlise contrastiva
Podemos dizer que as vises sobre a utilizao das mdias em sala de aula no to
diferente com relao ao nvel em que os participantes se inserem, j que ambos os grupos
pensam que com a utilizao dos recursos miditicos possvel facilitar o aprendizado, a
2 Ver apndice 2 (Intermedirio III), para uma melhor visualizao dos resultados obtidos na pesquisa.
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prtica e a interao. Observou-se que a viso dos alunos iniciais bem mais amadurecida do
que a viso dos alunos intermedirios, visto que os alunos do Bsico acreditam na facilitao e
na, interao, enquanto os avanados acreditam que serve para no ser montona a aula,
lembrando que no a viso da maioria. No entanto, considervel rever que como estes
poucos alunos que responderam isso, vem a utilizao dos recursos didticos extras. Ser que
todos os recursos extras levados so para no deixar a aula montona, por usar apenas o livro
didtico? Acreditamos ser importante refletir sobre tais respostas.
A maioria dos alunos do nvel intermedirio v o uso das mdias como auxlio
aprendizagem da lngua estrangeira, j que atravs das mdias que podem ter um contato
maior com muitas pessoas diferentes, e a prtica nessas horas ajuda muito. importante
ressaltar que as mdias que permitem um contato mais real com o mundo em volta dos que
aprendem a lngua estrangeira so usadas, no na Universidade, e, sim, em suas casas e em
seus locais de trabalho.
As mdias mais usadas so, praticamente, as mesmas por ambos os grupos,
diferenciando-se, apenas, na msica e no e-mail, sendo este usado pelos participantes do
Intermedirio III e a msica pelos alunos do Bsico II.
Ambos vem a utilizao desses recursos extraclasse como possibilidades de praticar a
lngua estrangeira e, ampliao do vocabulrio. Ambos os grupos disseram fazer uso dos
recursos miditicos fora do mbito acadmico.
E as mais usadas por ambos os grupos so: msicas; filmes; e-mail e jornais online que
esto presentes na resposta dos grupos participantes da pesquisa.
Podemos dizer que nossos alunos constituem-se como alunos autnomos, j que,
buscam, por conta prpria, que tipo de material poder ajud-los no aprendizado da lngua
estrangeira. Acreditamos que selecionam com rigor, as informaes que devem guardar e se
essas informaes so relevantes ou no.
Entendemos, ainda, que o no uso das redes sociais como orkut, facebook, twiter, entre
outras, no se d porque os alunos no as usam e sim pelo fato de que talvez no a utilizem
para seu aprendizado na lngua estrangeira.
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CONSIDERAES FINAIS
Concluimos com a seguinte pesquisa que as mdias mais usadas no ensino de lngua
espanhola do curso de Letras Espanhol, do Bsico II e Intermedirio III da Universidade
Federal da Paraba so: msicas, jornais online lembrando que o uso desses jornais so
impressos, e-mail e filmes. atravs destas mdias, que os alunos de letras tentam manter-se
em total conjuntura com a lngua espanhola. Cumprindo assim os objetivos propostos a
principio quando iniciamos a nossa pesquisa, ou seja, apontar quais os recursos miditicos,
mais usados no ensino de lngua espanhola, desde uma perspectiva dos alunos do Bsico II e
Intermedirio III.
Respondendo tambm a partir da viso dos mesmos se a utilizao das mdias voltada
para o aprendizado ou dinamizao das aulas. Obtendo as seguintes respostas a partir dos
dados anlisados, que sim. So vistas para uma possivel facilitao do aprendizado.
Observou-se ainda, que os participantes da pesquisa, usam as mdias para manter-se em
contato com a lngua quando esto fora da universidade. Mostrando serem autnomos na
aprendizagem. A viso dos alunos sobre a utilizao das mdias (que muitas vezes pode no
refletir o porque do uso de determinadas mdias) que so mdias que favorecem no momento
da aprendizagem, so vistas como um recurso didtico.
As vises sobre o uso das mdias e quais mdias (usar ou ainda se) so usadas para
aprender espanhol, bem semelhante entre os grupos. No demonstrando assim uma viso
diferenciada entre o uso, nem de quais so mais usadas e se so usadas para aprener a lngua
estrangeira.
claro que houve uns e outros que em suas respostas demonstraram certa imaturidade,
por falta at de conhecimento talvez, alegando que o uso das mdias para dinamizao das
aulas e no para facilitar o aprendizado da lngua estrangeira. Talvez muitas destas concepes
sejam alimentadas por falta de uso das mdias por parte dos professores de espanhol. No que
no queiram usa-las, mas por falta de estrutura da prpria universidade.
bem verdade que de fato as mdias so usadas em sala de aula, se observamos a
definio de TORI de que tudo que sirva para a comunicao uma mdia. Ento nossos
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professores fazem uso delas sim. Agora no que diz respeito as mdias com tecnologias mais
avanadas, no podemos dizer o mesmo. J que as usadas mostram uma certa debilidade se
olharmos para as modernas que existem hoje, como a internet, as redes sociais, que permitem
uma interao maior entre as pessoas.
Podemos constatar que diante de tantas mdias de tecnologias mais avanadas, as que
usamos em sala de aula so mais antigas. Precisamos nos atualizar e dessa forma acompanhar
o mundo moderno.
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40
REFERNCIAS
ALICE, Maria. Estudo de casos. Disponvel em:
Acessado dia 22/11/2010 s 10h54min
CELANI, Maria Antonieta Alba. Questes de tica na pesquisa em Lingstica Aplicada.
Linguagem & Ensino, Vol. 8, N 1, 2005 (101-122) - Pontifcia Universidade Catlica de So
Paulo, So Paulo, 2005.
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