2010 | 2011 LeituraNum mundo de trabalho em permanente mudança, vale a pena contar com as redes...

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Redes Sociais Por definição, uma rede so- cial é, e passo a citar: “uma estrutura social composta por pessoas e organizações, conectadas por um ou vários pos de relações que par- lham valores e objevos co- muns”. pág. 7 Leitura sem dogmas 2010 | 2011 Ano XIV nº 3 1ª Tiragem Escola Sec. de Rio Tinto Desemprego em Portugal: até quando? pág. 3 Stress estudanl pág. 8 ...E assim vai o mundo... pág. 9

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Redes Sociais Por definição, uma rede so-cial é, e passo a citar: “uma estrutura social composta por pessoas e organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações que parti-lham valores e objetivos co-muns”. pág. 7

Leiturasem dogmas

2010 | 2011Ano XIV nº 3 1ª Tiragem

Escola Sec. de Rio Tinto

Desemprego em Portugal: até quando?pág. 3

Stress estudantilpág. 8

...E assim vai o mundo... pág. 9

2 ∙ Leitura sem dogmas

Editorial Emília Reis (Prof.ª Português/Francês)

Eis que se aproxima o fim do ano letivo e com ele o início das férias e dos tempos livres. Muitos de vocês vão, certamente, passar horas a fio na internet e isso levou--me a uma reflexão sobre as redes sociais, tema que foi objeto de reflexão na Escola e de que se dará notícia mais adiante na Sec-ção Sociedade.Em 2008, 25% da população portuguesa já possuía uma presença nas redes sociais, o que posicionava Portugal como o tercei-ro país europeu nas redes sociais. No ano passado, alheio à crise económica mundial, este mercado da Internet continuou a cres-cer, quer ao nível de utilizadores quer de investimento publicitário. Em 2009, a sua dimensão aumentou significativamente em Portugal chegando aos 3.6 milhões de registos. Para este aumento muito contri-buíram as eleições de 2009, uma vez que os representantes dos partidos políticos recorreram às redes sociais para contac-tarem com o eleitorado analogamente ao que se passou nas eleições presidenciais dos Estados Unidos um ano antes.A adoção da rede social Facebook em Por-tugal e a utilização do Twitter nos meios de comunicação social também contribuíram para este crescimento. Contudo, a rede com maior adesão continua a ser hi5, rede social para os mais jovens, que conta com uma presença significativa de utilizadores portugueses há anos.As redes sociais entram agora numa se-gunda fase, com tipos de utilização mais próximos dos comportamentos adultos. Por outras palavras, o social networking já serve gente com rotinas típicas do dia a dia, transpostas e adaptadas à Internet, que potencia a comunicação de formas in-críveis.As redes sociais como o Facebook, orkut, Hyves, Tuenti, Nasza-klasa, hi5, iWiW ou myVIP merecem cada vez mais a prefe-rência dos jovens. Um quarto das crianças e dos jovens que utilizam sítios de redes sociais afirma que o seu perfil foi definido como «público», o que significa que qual-quer pessoa o pode ver. Muitos destes per-fis indicam o endereço e/ou o número de telefone. Além disso, é possível adicionar fotos, partilhar dados, adicionar amigos, e

é no meio de tudo isto que, muitas vezes, estão os perigos, ficando os utilizadores vulneráveis a aliciamento de estranhos, perigos para os quais a Comissão Europeia tem chamado a atenção. Bruxelas constata que crianças com idades cada vez mais bai-xas utilizam redes sociais e muitas não es-tão conscientes dos principais riscos para a privacidade. Ao exporem-se demasiado e ao tornarem públicas as suas fotos e os seus dados pessoais verdadeiros correm o risco de serem assediados e aliciados por desconhecidos, e, em casos extremos, isso pode conduzir a encontros na vida real que acabam em roubos, raptos, violações, en-tre outro tipo de crimes.Estas ameaças são reais principalmente para quem não tem noção desses perigos e que acredita que é perfeitamente seguro partilhar informações pessoais nas redes sociais, deixando-as visíveis para qualquer utilizador da Internet.Neste contexto, é fundamental o papel dos pais, que precisam de saber o que os filhos fazem na Internet, que tipo de informações dão e recebem, que fotografias publicam.Em contrapartida, em termos profissio-nais, uma boa rede de contactos cria valor e facilita a vida. As empresas ainda não re-conhecem as capacidades que têm ao seu dispor na web, mas as pessoas que nelas querem ingressar não as desprezam.Num mundo de trabalho em permanente mudança, vale a pena contar com as redes sociais para a divulgação de currículo, que, associado à disponibilidade e à capacida-de de relacionamento com os outros, gera oportunidades de trabalho.Um estudo da Universidade de Coimbra re-velou que os portugueses adultos não dão importância alguma à sua privacidade nas redes sociais, nomeadamente no Facebook e revelou ainda que mais de sete mil ser-vidores, dos quais 1251 são estatais, têm um esquema de criptografia (técnica para esconder informação) de tal modo vulne-rável que permite a um possível atacante informático ter acesso a toda a informação e partilhá-la publicamente, como se tem verificado com o caso Wikileaks.

Sejam, pois, prudentes, e não estraguem as vossas férias! Até para o ano!

Leitura sem dogmas ∙ 3

Desemprego em Portugal:

até quando?O desemprego é uma das maiores preocupações dos jovens, uma vez que, estando atentos à realidade cir-cundante e às notícias cada vez mais preocupantes que circulam no dia a dia, começam, desde já, a ver ensombrado o seu futuro.Assim, na tentativa antecipada de desanuviar os tem-pos vindouros, procurou-se encontrar respostas al-ternativas às tradicionais, visando saídas autónomas para cidadãos produtivos e responsáveis.O desemprego deve ser combatido através de uma mudança de mentalidades, da valorização dos Cursos Profissionais e da criação de micro-empresas.Na base do desemprego estão fenómenos como:a) falta de inovação num tecido empresarial conser-vador, que leva à fraca competitividade e, por con-sequência, ao encerramento de empresas, ao fim de postos de trabalho ou ao recurso aos trabalhos de caráter temporário e a recibos verdes;b) ausência de espírito empreendedor;c) falta de incentivos ao empreendedorismo, que co-loca Portugal abaixo da média do empreendedorismo jovem da Europa.Assim, para que ocorra uma mudança de mentalida-des, e se possa combater este fenómeno, a escola tem um papel fundamental. Não se pode continuar a transmitir a ideia de que todos os alunos deverão obter uma licenciatura, a que corresponderá uma remuneração elevada ou astronómica. Assim sendo, importa equacionar outras saídas, que passam pela valorização/implementação de cursos profissionais que respondam às necessidades da comunidade onde estão inseridas as escolas que os promovem.A escola tem de ter a preocupação de preparar os alunos para o mercado de trabalho, dinamizando atividades teórico-práticas, nomeadamente estágios de curta duração, visitas orientadas às unidades em-pregadoras, em parceria com os agentes económicos, que, num diálogo desejado constante e profícuo, ma-nifestem/evidenciem as necessidades mais premen-tes do mercado, quer para um futuro imediato, quer para um futuro mais remoto.Como é que se passa para essa mudança de menta-lidades?Esta mudança de mentalidades deve começar, desde logo, na orientação vocacional: nem todos os alunos querem, de facto, prosseguir para o ensino superior. Muitos pretendem alcançar, cedo, a sua autonomia e independência e contribuir para a economia familiar e do país. No entanto, ficam impedidos de concretizar a sua escolha, quer por influência dos encarregados de educação, quer, muitas vezes, por influência do próprio psicólogo escolar. Um bom aluno é, tradicio-nalmente, encaminhado para o prosseguimento de estudos, preferencialmente para os mais conceitua-dos (não é por acaso que todos os anos, aquando das colocações, se vai verificar quantos alunos da escola entraram em Medicina ou Arquitetura).Também em relação aos encarregados de educação

é preciso agir: os filhos não podem nem devem ser a concretização dos seus sonhos irrealizados. Mais, têm direito aos próprios sonhos e é preciso respeitá--los. Por isso, é importante a sensibilização que a es-cola possa vir a fazer junto das famílias, no sentido de alargar mentalidades e horizontes, bem como na eliminação de ideias preconcebidas e preconceituo-sas em relação aos cursos profissionais.Quanto aos alunos, também alguns necessitam de “reciclagem”: se, por um lado, um curso profissional não é, de modo algum, desprestigiante para quem o frequenta, também não é uma porta direta para a obtenção de um emprego. À semelhança de todas as outras atividades, profissionais ou até lúdico-despor-tivas, implicam trabalho, esforço, empenho, sacrifício e disciplina. É muitas vezes graças a esse esforço e determinação que as portas do mercado de traba-lho se abrem ou permitem que sejam eles próprios a abri-las. Neste sentido, importa aplicar a máxima de que a «necessidade aguça o engenho» e pode e deve conduzir ao empreendedorismo.No entanto, nenhuma das soluções anteriores po-derá vingar sem um apoio financeiro governamental e empresarial, que poderá não ser tão complicado ou oneroso como se possa pensar. O financiamento por parte das empresas de algumas das atividades a desenvolver nos cursos profissionais pode ter con-trapartidas quase imediatas, mediante a divulgação de serviços, a publicidade visível em espaço escolar, etc. e ser fundamental para a sua consolidação – não esqueçamos que a escola é um espaço aberto a um público muito heterogéneo e alargado!Implementadas e incrementadas a mudança de men-talidades e a valorização dos cursos profissionais, torna-se necessário dar visibilidade aos jovens em-preendedores que necessariamente surgirão.Como?Através de:• promoção e desenvolvimento do empreendedo-rismo nos jovens assume extrema relevância, na medida em que fomentará o surgimento de mais e melhores empresas, mesmo que familiares, as quais constituirão receitas indispensáveis à saúde financei-ra do estado do nosso país, o que implica a anulação de eventuais subsídios de desemprego ou rendimen-tos sociais de integração, criando novos postos de trabalho, que levarão mais impostos para os cofres do estado;• atribuição de incentivos financeiros e benefícios fiscais às empresas que contratem jovens empreen-dedores cujos projetos sejam mais dispendiosos e impossibilitem a obtenção de um crédito individual;• concursos regionais e workshops para jovens em-preendedores para combater a centralização massiva e abusiva das feiras de profissões existentes.Este projeto(1) não tem por objetivo o encontro de soluções miraculosas e/ou imediatas, antes pelo contrário, pretende, tendo uma perspetiva de futu-ro, analisar as causas que hoje se encontram na base do desemprego, nomeadamente a incapacidade de adaptação a novas realidades profissionais, novas necessidades profissionais e apontar caminhos pos-síveis no combate a este flagelo.

(1) Projeto de candidatura ao Concurso EntrePalavras/JN que será defendido por Beatriz Pinto e Rita Figueira (9ºD) , Luís Pache-co (7ºC) e Sofia Muzichak (8ºB)

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VISITA DE ESTUDOAlunos do Curso Profissional de Técnicos de Turismo (12ºL)

Realizou-se no âmbito das disciplinas de Português, Informação e Animação Turística, Comunicar em Espanhol e Técnicas de Empreendimento Turístico, uma visita de estudo à vila de Melgaço visando dar a conhecer aos alunos dos Cursos Profissionais de Turismo de 10º, 11º e 12º anos algumas unidades hoteleiras, nomeadamente Pousada da Juventude, o Hotel Rural do Prado, as termas de Melgaço, casas de turismo em espaço rural e turismo de aldeia.Melgaço é a região mais setentrional de Portugal. A Vila, que é limitada, a norte, pelo rio Minho, que o separa e o liga à Galiza, a oeste, pelos concelhos de Monção e Arcos de Valdevez , goza de um raro, vasto e incomparável património cultural, histórico e natural. O seu espólio arqueológico também é rico e diverso a avaliar pela quantidade e qualidade de mo-numentos megalíticos, arte rupestre, castros e monu-mentos relacionados com a arquitetura religiosa, civil e militar, como igrejas, castelos e pontes, de que a vila é detentora. Existem um pouco por toda a parte solares, palácios e casas senhoriais, o que confirma a importância turística da região.Se o património, por si só, já merece a nossa aten-ção, as paisagens e as tradições do povo de Melgaço exigem-no! Em franco desenvolvimento, o turismo e o lazer desfrutam, nesta vila, de recursos e equi-pamentos excelentes, que reforçam as enormes po-tencialidades do concelho para turismo de habitação, turismo rural, turismo de natureza, turismo aventura, turismo de saúde, ecoturismo, enoturismo, turismo cultural e gastronómico.O lema «Aqui começa Portugal» constitui um convite para que o turista se inicie na descoberta dos dife-rentes percursos que a região lhe oferece: percurso pelo Megalitismo – fenómeno cultural Pré-histórico caracterizado pela existência de monumentos de pe-dra e laje (dólmens, antas e mamoas); percurso pelas pontes (recomenda-se a visita às pontes em diferen-tes estações do ano); percurso pelas Alminhas – as Alminhas são pequenos monumentos erguidos em montes e vales, povoados e caminhos com inegável valor etnográfico porque nelas atua o ingénuo senti-do artístico do povo; percurso pelo românico – estilo

predominante da Idade Média; percurso pela cultura – destinado a promover e divulgar o património do Concelho; percurso pela rota do Alvarinho na zona ri-beirinha que possui adegas, quintas e produtores de vinho Alvarinho; percurso pelas Brandas – as brandas e as inverneiras constituíam espaços ocupados alter-nadamente pelo povo e em função do calendário. As primeiras eram habitadas no verão e as segundas no inverno.O rio Minho e seus afluentes oferecem as condições necessárias à prática de desportos náuticos (Canyo-ning, Rafting, Canoagem/Kayak), proporcionando aos mais arrojados emoções fortes e aventuras incríveis.São variadas as atividades que se podem realizar nas paisagens desta região minhota: passeios de Jipe e Moto 4 e BTT, Rappel, Slide, Escalada, Paintball, ca-minhadas pelos trilhos de montanha e o Ecoturismo.Alunos e professores que participaram nesta visita testemunharam que a Vila de Melgaço merece novas visitas de estudo.

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Entrevista a

Alexandre O’NeillMaria Inês Resende e Tiago Ferreira (10ºB)

Jornalista: Bom dia! Hoje temos connosco Alexandre O’Neill, um prestigiado escritor português, embo-ra descendente de irlandeses. Alexandre nasceu no dia 19 de dezembro de 1924, em Lisboa, e escreveu textos em prosa, poesia, gravou discos de poesia, fez traduções e antologias. Mas não se limitou apenas à vida literária: foi também colaborador em programas de televisão, em guiões de filmes e em peças de te-atro, foi crítico de programas de televisão, trabalhou em alguns jornais e trabalhou também em publici-dade, sendo alguns dos seus slogans bastante co-nhecidos. Foi também fundador do surrealismo em Portugal, formando um grupo, em 1948, que se extin- guiu mais tarde. Casou duas vezes, tendo dois filhos. Uma curiosidade a seu respeito é a de que escreveu a canção “Gaivota”, interpretada pela fadista Amália. Bom dia, Alexandre! Lembra-se de quando começou a escrever?

Alexandre O’Neill: Bom dia! Sim, lembro-me de que sempre gostei de escrever, mas só em 1943, quan-do tinha 17 anos, publiquei os meus primeiros versos num jornal em Amarante.

J: Sabemos que as suas obras são influenciadas pelo surrealismo, mas também podemos considerar algu-mas delas como uma sátira a Portugal e aos portu-gueses, pode falar-nos disso?

A.O.: Eu sempre condenei a vida mesquinha que se levava naquela altura e a dor que se vivia constante-mente, por isso tinha de as retratar nos meus livros. Achei que a melhor maneira de o fazer era contra-pondo estas ideias ao absurdo da vida e utilizando humor. Eu até cheguei a inventar calão, gíria, onoma-topeias, neologismos...

J: Podemos reparar que se refere várias vezes nas suas obras ao bairro Príncipe Real, em Lisboa. Alguma razão em especial?

A.O.: Vivi lá a maior parte da minha vida, tendo lá pas-sado bons momentos, com os meus dois casamentos e os nascimentos dos meus filhos, mas também maus

momentos, como os meus divórcios. Por isso, consi-dero-o um lugar que me dá alguma inspiração para as minhas obras.

J: Sabemos que foi preso algumas vezes pela PIDE, mas não há registos de ter aderido a algum partido político.

A.O.: Como já disse, eu fui fundador do Movimento Surrealista de Lisboa. Éramos um grupo revoltado com o facto de o racionalismo estar a dominar a arte e a destruí-la. Não nos chegava publicar as nossas obras com textos sem nexo e sem sentido lógico, por-tanto, fizemos várias manifestações, coisa que não era propriamente admitida na altura.

J: Sabemos que a sua saúde nem sempre foi a melhor, acabando mesmo por ter um ataque cardíaco em 1976 e dois acidentes vasculares cerebrais, em 1984 e em abril de 1986, resultando do último a sua morte no dia 21 de agosto de 1986. Não acha que deveria ter tido mais cuidado com a sua saúde?

A.O.: A minha saúde poderia ter sido melhor, mas não me culpo por isso. A vida desgraçada que sempre le-vei, como deve compreender, nunca contribuiu para o bem da minha saúde, por isso é a única culpada.

J: Obrigada por ter vindo ao nossos mundo para nos dar esta entrevista e tenha um bom regresso!

A.O.: Obrigado eu! Bom dia.

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Jovens, Internet e

Redes Sociais VirtuaisAna Santos (Prof.ª e Coordenadora do Plano Tecnológico de Educação)

É do conhecimento geral a crescente importância que tem a Internet nas nossas vidas; o seu lado positivo, mas também os riscos inerentes à sua utilização me-nos cuidadosa.Esta situação preocupa-nos, quer como pais, quer como professores. Como tal estamos atentos e orien-tamos os nossos alunos quanto ao uso que fazem da Internet.Mas apesar de mantermos uma permanente aten-ção, a equipa Plano Tecnológico da Educação com o apoio da Biblioteca Escolar/Centro Recursos Educati-vos da escola, não quis deixar de realizar uma semana de sensibilização para os riscos do uso descuidado da Internet - Semana da Internet Segura. Durante esta semana, de 7 a 11 de fevereiro, foram dinamizadas várias atividades sobre o referido tema das quais des-tacamos: Tertúlia sobre os perigos das redes sociais virtuais (dirigida aos Encarregados de Educação); Debates e esclarecimentos sobre a segurança na In-

ternet dentro da sala de aula – público alvo: 3º ciclo; Divulgação de notícias sobre o tema Internet Segura em espaço próprio; Realização de atividades e jogos disponibilizados no site www.internetsegura.pt; Di-vulgação através da homepage, plataforma Moodle, jornal da escola dos alertas veiculados no site www.internetsegura.pt; Afixação de cartazes sobre o tema “Internet Segura”.Conscientes de que é importante a supervisão dos pais neste processo convidámo-los para uma Tertúlia com a Dra. Rosa Mary Manso, em que o tema central foi o das Redes Sociais Virtuais.O tema não foi escolhido ao acaso. Sabemos que os jovens investem cada vez mais do seu tempo que passam na Internet nas redes sociais como Facebook, hi5, orkut, entre outras. O aparecimento destas pla-taformas fez aumentar o risco de insegurança. Nestas é possível colocar fotos, partilhar informações pesso-ais, adicionar amigos... Todos os dados aqui disponi-bilizados acabam por ser públicos, expondo jovens a variados perigos. Muitas vezes além dos seus dados ainda expõem os dados de familiares e amigos. As-sim é importante que os pais estejam informados, de modo a que possam acompanhar os seus filhos e aju-dem professores a prevenir situações menos agradáveis.Tal como defende a Dra. Rosa Mary Manso. “Os pais têm que ser muito ajudados. Devem ter formação para poderem entrar no mundo dos filhos. Além dis-so, é preciso trabalhar os valores quer na escola, quer nos diferentes espaços educativos”.

Algumas Recomendações:• Em computadores públicos (como por exemplo os das bibliotecas), faz sempre logout do teu perfil e nunca deixes que o computador memorize a tua password; • Tem cuidado com as informações que colocas online (sobre ti ou sobre terceiros); • Pensa sempre que a Internet é um espaço público. A partir do momento em que co-locas uma informação online, o mais provável é que nunca mais consigas removê-la;• Não te relaciones com estranhos; • Não acredites em tudo que lês.

linhaalerta.internetsegura.pt

Leitura sem dogmas ∙ 7

As Redes Sociais Inês Mocetão Nº14 10ºB

Por definição, uma rede social é, e passo a citar: “uma estru-tura social composta por pessoas e organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações que partilham valores e objetivos comuns”.Nos dias de hoje é quase como uma espécie de lei universal ter um Facebook, um Twitter ou um hi5.Uma rede social não é, totalmente, dedicada ao blá blá ou às «cusquices» mais recentes ou mesmo para dar a conhecer às pessoas, que aparentemente por tudo isto se mostram inte-ressadas, as músicas, vídeos ou fotos favoritas.Uma rede social pode servir também para fins empresariais ou profissionais. O Linkedin é uma espécie de hi5 para os mais trabalhadores. Existem também redes políticas, redes comu-nitárias entre muitas outras.O ponto comum é a troca e a partilha de informações, conhe-cimentos, interesses com vista a alcançar e a partilhar objeti-vos comuns. Mas esperem, isto não mostra que as pessoas que fazem parte destas redes sociais são um pouco «cuscas» e intrometidas? Pois, eu também acho que não!A utilização destas redes traz, realmente, vantagens pois as

pessoas divulgam currículos, trabalhos, blogs, informações de empresas, partilham músicas, vídeos, conhecem-se pessoas novas, reencontram-se velhos amigos ou colegas e podemos mesmo, isto se tivermos sorte, encontrar o par perfeito!Outras vantagens destas redes (e falo particularmente do Fa-cebook) é que mostram-nos a ser mais maduros e responsá-veis. Eu, por exemplo, levanto-me às seis horas da manhã para dar de comer ao António e à Rosinha, que são o novo casal de patos lá da minha quinta. Alguém pouco responsável não se dava ao trabalho!Mas nem sempre é tudo assim tão bonito.Com estes novos passaportes para a vida pessoal das pessoas surgiram os crimes virtuais, os golpes, pessoas que se aprovei-tam de outras para benefício próprio, as falsas informações, o cyberbulling, os falsos perfis e a lista continua.Amostras de como o nosso mundo é inovador e participa em todos os novos gritos da tecnologia, vários países do norte de África, nomeadamente organizações compostas por jovens indignados, iniciaram as suas manifestações de descontenta-mento no Facebook.Outro exemplo, mas não menos importante é o facto de o nosso presidente da república, sua excelência, o Professor Ca-vaco Silva fazer recorrentemente comunicações na sua página do Facebook. É um sinal de modernismo, sem dúvida!Espero que aceite o meu pedido de amizade para lhe ir po-dendo fazer uns «likes»!Para finalizar, digo apenas que sou apologista do uso destas redes que, ultimamente, são o palco do mundo!

Redes Sociais e os jovensAna Rita Ribeiro Nº2 10ºB e Ana Sofia Campos Nº4 10ºB

Vamos começar por abordar um tema conhecido de todos os adolescentes. Quem nunca ouviu falar no Face-book? Ou no hi5? Não há como negar que as tecnologias trouxeram um grande avanço para a vida das pessoas e 2010 foi o ano das redes sociais. Está claro que estas são ótimas para conhecer pessoas, trocar opiniões, divulgar currículos e trabalhos, contudo a nossa opinião em relação a estes locais na Internet difere um pouco do habitual. A partir do momento em que começaram a existir as tão populares redes que nos permitem estar em contacto com toda a gente, mesmo com aqueles que estão longe, com elas vieram os crimes virtuais, as falsas informa-ções, os perfis falsos, as brigas expostas a todos os utilizadores, a exposição gratuita de imagens e da vida pessoal.A verdade é que a Internet, e principalmente as redes sociais, se tornaram para muitos, um vício compulsivo. Muitos ficam dependentes das redes sociais e esquecem o mundo real. Todos nós gostamos de estar em per- manente contacto com os nossos amigos, mas já pensamos que às vezes estamos a pôr isso à frente das nossas responsabilidades? Quem nunca teve a janela do Facebook ou do Twitter abertas enquanto fazia um trabalho para a escola? Mas coisas como estas são males menores.Segundo o Jornal de Notícias, a taxa de cyberbullying em Portugal pode ser superior à de outros países, como a Espanha, a Turquia ou a Alemanha, e está muito próxima da taxa americana.O cyberbullying pode ser tão simples como continuar a enviar emails para alguém que já disse que não quer mais contacto com o remetente, ou pode incluir também ameaças, comentários sexuais, discursos de ódio, tornar as vítimas alvo de ridicularização em fóruns ou «postar» declarações falsas com o objetivo de humilhar. A violência entre os jovens por coisas banais, como comentários feitos em perfis, tem vindo a aumentar. Recentemente vários vídeos de violência entre os jovens têm sido divulgados nas notícias. E a verdade é que a maior parte dos vídeos foram encontrados em perfis de usuários do Facebook ou de qualquer outro local na Internet. Por isso, na nossa opinião, deviam ser criadas medidas com vista a controlar, não só as redes sociais, como qualquer outro local na Internet. Mas a verdade é que nos últimos anos apesar das imensas tentativas, tem sido impossível con-trolar os problemas nas redes sociais.Após a nossa pesquisa, ficámos com a ideia de que não há muito que se possa fazer para combater situações como o cyberbullying. Achamos que a melhor forma de prevenir estas situações talvez seja não responder a emails agressivos, guardar sempre todas as ameaças que possam servir como prova, promover a aproximação entre jovens e adultos para que estes se sintam à vontade para falarem sobre o que os perturba, para contarem o seu dia a dia na escola, para que tenham confiança suficiente para contarem aos pais tudo o que se passa dentro do seu mundo virtual.

8 ∙ Leitura sem dogmas

Stress estudantil Ana Paula Lopes França Nº1 10ºB

Hoje em dia, grande parte dos jovens sofrem de stress estudantil. Ou porque têm boas notas mas não se sentem satisfeitos, ou porque os pais projetam nos filhos um desejo, um sonho deles por cumprir, for-çando-os a seguir aquilo que os filhos não desejam. O stress pode também ser devido a não se sentirem bem onde estão, quer seja por causa da escola ou por causa (da falta) dos amigos. Mas há também a pres-são pela escolha do curso através do ensino regular ou do profissional.Chegados ao 9º ano, os alunos vêem-se obrigados a optar por um caminho, o ensino regular ou um curso profissional.Se escolhem um curso regular, vêm-se obrigados a escolher entre economia, ciências, línguas ou pelas artes, mas alguns alunos, ainda não têm o seu obje-tivo de vida bem delineado, não sabem ainda qual a sua profissão de sonho, e tudo isto se torna bastan-te «stressante» para um aluno com dúvidas. O aluno pode ter todo o apoio através de psicólogos com os testes psicotécnicos, mas sejamos realistas, a maior parte das vezes os alunos não fazem a escolha que irá mudar a sua vida através destes testes. O que muitas vezes acontece é que se vêem obrigados a repetir o 10º ano porque não se sentem confortáveis naquele curso quer por causa das notas, quer porque desco-briram que afinal não é aquilo que desejam, o que se poderá fazer para inverter esta situação? Fazer como na Suíça onde os alunos vão para o curso de acordo com as suas médias? Também não o acho correto, mas que há necessidade de mudar, isso há.Por outro lado, se os alunos decidem optar por um curso profissional, não porque estejam desinteressa-dos no seu futuro, mas sim porque no fundo sabem que não é através do ensino regular que irão vingar, não por não quererem, mas sim por necessitarem de outro tipo de desafios que o ensino regular não lhes coloca, são de certa forma excluídos. Está nas mãos de todos nós mudar esta mentalidade, de que os alunos que vão para os cursos são uns “sem des-tino”, uns desinteressados, ou uns preguiçosos que simplesmente não querem trabalhar nem têm um objetivo na vida. Afinal, nem todos podemos querer e desejar o mesmo, pois não? Senão este pequeno mundo onde habitamos transformar-se-ia num au-têntico campo de batalha. Alguns sonham vir a ser ar-quitetos, outros sonham vir a ser cabeleireiros, mas tudo isto tem de existir, porquê “cortar as pernas” a quem quer seguir algo onde não haja um objetivo tão elevado? Para a nossa sociedade funcionar correta-mente tem de haver empregos em que é preciso um curso tirado na faculdade e empregos onde apenas é necessário um curso profissional.Há que mudar mentalidades e mudar todos estes ti-pos de “agressão psicológica”, porque stress, é uma agressão ao ser humano e à sua integridade men-

tal, devido a este tipo de pressões e muitas outras, os adolescentes cometem erros, que os irão marcar, para o resto das suas vidas.

Leitura sem dogmas ∙ 9

Cronicando ...E assim vai o mundo...! Vasco Paz-Seixas (Técnico Superior)

No sentido de dar continuidade às crónicas sociais com os meus pensadores de eleição, subordinados a mais um mote “...E assim vai o mundo...” leiam o que eles pensam.

Liliana Bastos Nº15 12ºD

“Mas, como vai mesmo o Mundo? Com a azáfama do quotidiano pouco mais sei do Mundo do que aquilo que me é dito nos jornais ou na televisão e tão pouco sei se tal corresponde à realidade (espero que não!). Contudo, nos poucos segundos que dedico à observação nada vejo que me faça querer olhar.As brincadeiras mudaram; a violência é cada vez mais uma resposta sempre pronta a ser dada sem sequer ou-vir a pergunta; a bondade, a generosidade, a simpatia assemelham-se a espécies em vias de extinção, sendo admiradas com o maior espanto quando finalmente sur-gem.E tudo isto percebo, mesmo não querendo ver, porque me é impossível negar aquilo que me agoniza sempre que me atrevo a olhar”.

Andreia Lopes Nº15 11ºA

“...E assim o mundo vai. E nós nem nos apercebemos. Estamos sempre tão preocupados connosco próprios, tão atarefados nas nossas rotinas extenuantes que nos vamos deixando ir. Vamos como que embalados na cor-rente.Todos os dias ouvimos notícias que nos falam do estado caótico em que o mundo se encontra, de todos os pro-blemas em que o mundo vive. Mas estas tornaram-se já num hábito tão consumado que já nem lhes damos a de-vida atenção. Só quando, por acaso, lá surge o tema, em conversa, comentamos: «Como este mundo vai!».O problema é que nos esquecemos que o mundo somos nós. E, ao dizermos «Como este mundo vai», o que que-remos realmente dizer é «Como nós vamos!». Só que a realidade é demasiado violenta para a encararmos. Recusamo-nos a admitir que não estamos a agir correta-mente, que estamos constantemente a tomar decisões erradas. Recusamo-nos a acabar com as guerras ou a desistir de projetos que ponham em causa a vida no pla-neta como o conhecemos. Tudo porque é o mundo que vai mal.Precisamos urgentemente de mudar. Parar de achar que o mundo gira à nossa volta, porque não gira. A verdade é que precisamos de parar de falar separadamente do «eu» e do «mundo», como se fossem sujeitos isolados sem qualquer relação, para que sejamos capazes de nos unirmos a ele e fundirmos os nossos objetivos, a fim de conseguirmos alcançar um fim comum. Nós vamos mal. O que estamos dispostos a fazer para mudar?”

Ana Paula Lopes França Nº1 10ºB

“E assim vai o mundo... E assim vai o mundo, um mundo por vezes muito assustador e intimidante. Hoje em dia há pessoas capazes de matar, ou fazer qualquer outro tipo de ameaça à integridade física e por vezes psicológica, apenas para atingirem os seus objetivos ou alcançarem os seus ideais. Isto é desumano. As pessoas estão em constante competição, “chegar o mais alto possível” é o lema mais ouvido nos dias de hoje. Por mais impensável que isto pareça e seja, começa muitas vezes no secundá-rio ou até mesmo na primária, onde são os próprios pais que incutem aos filhos (crianças e jovens, adultos do fu-turo) a fazerem de tudo o que estiver ao seu alcance para atingir o mais elevado estatuto. Incutem ao “Futuro” a ideia de que tudo isto, de que a vida é uma constante competição, isto não é saudável a nível algum, mas a rea-lidade é que é isto que acontece.Além disto somos diariamente abordados pela comuni-cação social onde mais uma vez nos dão conhecimentos acerca de todo o tipo de desgraças. Mas algo que me chocou extremamente foi um pai de família que no meio do parlamento na Grécia onde os governantes discutiam a (grave) situação económica do país, se colocou no topo do parlamento e gritou com todas as forças que se ia ma-tar porque não tinha forma de dar de comer aos filhos e que desta forma eles iriam ter esse direito (tinham direi-to a uma “reforma”, que os filhos recebem por morte do pai ou mãe), e atirou-se até chocar com o chão sem que ninguém o conseguisse agarrar. Isto é apenas um exem-plo de várias desgraças que acontecem diariamente, e al-guém que toma este decisão, que tem o sangue frio para o fazer é porque realmente está numa situação muito má, e isto “apenas” demonstra o estado de decadência em que o mundo se encontra.Mas que mundo é este afinal em que muitas vezes quem tem mais sucesso são aqueles que “espezinham” quem se cruza no seu caminho?O mundo está doente, infetado pelos poderosos, que apenas querem ser ainda mais poderosos. Está nas nos-sas mãos alterar este ciclo vicioso, está nas nossas mãos formar um mundo onde todos convivem com iguais oportunidades de vida e em plena harmonia.”

10 ∙ Leitura sem dogmas

ENERGIA COM VIDA Susana Carrilho (Prof.ª Ciências Fisico-Químicas)

O projeto “Energia com Vida”, promovido pela EDP Gás, foi dirigido a todas as escolas de 2º e 3º ciclos do ensino básico, públicas ou privadas.O conceito do projeto é “Através dos Jovens, pelas Es-colas, com a Comunidade”. Vamos motivar os alunos da nossa escola a ajudar os que hoje precisam, dan-do-lhes a oportunidade de chegarem à idade adulta com o sentimento de que conheceram os problemas e de que agiram no sentido de os minimizarem ou até resolverem.Este projeto será composto por sete fases, previa-mente definidas pela entidade promotora, quer ao nível dos objetivos, quer ao nível da calendarização, e será desenvolvido durante todo o ano letivo.A nossa equipa é constituída por 9 alunos do 9ºC e o seu nome é “De Mãos Dadas”. Após ter sido feito o “Levantamento da situação” da nossa região, a equi-pa escolheu o tema “Pobreza e Fome” para desenvol-ver durante este ano letivo. Até então, dinamizámos e realizámos as seguintes atividades:Dia do Leite – Todas as 5º feiras do mês de dezembro, a nossa escola ofereceu leite a todos os alunos, pro-fessores e funcionários;Recolha de bens alimentares para a elaborar um cabaz de Natal, para oferecer a uma instituição de apoio a crianças e adolescentes desfavorecidos da nossa região - Obra ABC.Desafio - “Se és criativo e nos queres ajudar, diz-nos como Poupar!” – este desafio foi colocado aos alunos da nossa escola, através da solicitação de ideias cria-tivas a colocar numa caixinha para posteriormente serem trabalhadas pela equipa do projeto.

Beatriz Nunes 9ºD

Qual de nós nunca se comoveu ao olhar os mais des-favorecidos da sociedade? As vítimas de pobreza e fome, os analfabetos e os desempregados, os doen-tes ou as pessoas mais diferentes, os mais idosos ou até mesmo o ambiente que nos rodeia e que, todos os dias, tanto é por nós, maltratado? Quem nunca desejou poder ajudar e tornar mais felizes, nem que fosse por um segundo, essas pessoas tão carenciadas e tão incrivelmente humanas e únicas?A verdade é que, mais uma vez, a nossa escola não baixou os braços e abraçou um novo projeto, um pro-jeto pioneiro de solidariedade, “Energia com Vida” patrocinado pela EDP gás e lançado a todas as esco-las da região Norte, e resolveu estender a mão aos outros marcando a diferença.De Mãos Dadas, a equipa de voluntárias do 9ºC, Ana Monteiro, Verónica Meneses, Sara Novais, Cátia Fer-reira, Tatiana Marques, Raissa Vieira, Marisa Silva e Marta Marques, coordenadas pela professora Susana Carrilho, tornaram a nossa escola numa Escola mais Solidária e não se pouparam a esforços com o seu projeto de lema “Dar e Formar” pois, tal como diz o ditado, “Para ajudar não basta dar o peixe, tem que se ensinar a pescar”.Depois de um ano de trabalho, incluindo estudos das necessidades da região, recolhas de bens essenciais e workshops para os mais novos, a sua missão foi re-conhecida pelo que a nossa escola e a sua equipa foi uma das 10 brilhantes distinguidas de entre 53 esco-las e 89 equipas participantes neste projeto, sendo a única Escola Secundária a conseguir tal proeza.Assim, a equipa De Mãos Dadas e a sua coordenado-ra, acompanhadas de perto pelo LSD, marcaram pre-sença na Sede Oficial da EDP do Porto no passado dia 2 de junho para um dia de convívio, reconhecimento e, sobretudo, um dia de transmissão de valores e re-flexão sobre a ajuda ao próximo.Após a chegada, por volta das 10h30, e a entrega das respetivas credenciais, seguiu-se a atribuição de um dos prémios às dez equipas distinguidas, uma visita guiada pelos caminhos angulosos da Casa da Músi-ca, um dos mais caricatos ícones da cidade do Porto, projetada pelo arquiteto holandês Rem Koolhass em 2001 como parte do evento Porto Capital Europeia da Cultura e tendo ficado concluída em 2005, intri-gante pelo seu aspeto de meteorito despenhado no solo, pelas suas milhentas salas e camarotes criativos e detalhados e pelos seus incríveis pormenores acús-ticos que, girando em torno de Guilhermina Suggia, a sala principal em honra da primeira violoncelista portuguesa a promover a igualdade entre géneros, a tornam única e extremamente especial.Já da parte da tarde, depois de um almoço nos jardins da Boavista, ocorreu a exposição dos diferentes pro-jetos de cada equipa e respetiva escola no auditório da Sede da EDP, apresentada pela jornalista Fernanda Freitas e devidamente documentada pela RTP e pelo LSD, onde, entre outras personalidades, se destacou o engenheiro José Saraiva, Diretor Geral da EDP gás e verdadeiro impulsionador do projeto. Também a nossa escola teve direito a destaque tendo a nossa equipa bem como a coordenadora sido entrevistada

Leitura sem dogmas ∙ 11

e, mais tarde, reconhecida com o devido mérito.Aproveitando o Ano Europeu do Voluntariado (2011) esta iniciativa permitiu alguma aplicação dos Obje-tivos do Milénio localmente através de temas como Pobreza/Fome (o tema por nós trabalhado), Susten-tabilidade Ambiental, Pareceria Global para o De-senvolvimento Humano, Analfabetismo, População Sénior, Desemprego, Conviver com a Diferença e Do-enças Graves.Sem dúvida que constituiu uma experiência muito enriquecedora e consciencializadora para todos os envolvidos e, havendo vontade e disponibilidade, fica

a promessa de uma segunda edição na Exponor por-que estes grupos foram apenas “um exemplo para os muitos mais grupos que se seguirão e refarão os seus passos por esta caminhada de apoio e solidarieda- de”, diz José Saraiva.Por isso, contamos com a participação de todos para dar continuidade a esta obra pois, nas palavras de Fernanda Freitas: “O Mundo só será melhor do que até aqui quando conseguirmos fazer pelos outros mais do que por nós próprios”.

O que beber?Água potável ouÁgua engarrafada ? Alunos do 12ºB: Ana Rita Silva, Andreia Almeida,Joana Miranda, Pedro Pacheco

Os consumidores gastam milhões de euros anual-mente em água engarrafada porque pensam que lhes faz melhor à saúde, mas a verdade é que a água da torneira é preparada com toda a segurança por espe-cialistas de saúde pública. Pelo baixo preço e alta qua-lidade, a água da torneira é boa para todos os tipos de consumo, como beber, tomar banho, lavar a roupa e loiça, cozinhar, regar plantas...

10 Razões para beber água da torneira:1- Porque 70% do teu corpo é água, esta é sem dúvida a melhor forma de repores naturalmente o equilíbrio do teu organismo. 2- Porque deves beber cerca de 1,5 litros de água por dia. 3- Porque na Águas do Douro e Paiva (ADP) a água é analisada cerca de 80.000 ve-zes por ano. 4- Porque o trabalho da ADP oferece-te a garantia de uma preocupação com a qualidade, o ambiente, a higiene, segurança e a responsabilidade social. 5- Porque é tratada numa fábrica (ETA de Lever) da ADP. Esta empresa foi premiada pela qualidade do seu trabalho. 6- Porque basta abrires a torneira para teres e usares toda a água que precisas. 7- Porque ela está presente em todos os dias da tua vida, 365 dias por ano. 8- Porque é boa para beber, cozinhar ou to-mar banho. 9- Porque estás a valorizar o trabalho de muitas pessoas. 10- Porque é a escolha que permite aos teus pais poupar mais dinheiro, para que depois possam divertir-se um pouco mais contigo.No dia 22 de março, Dia da Água, a Lipor esteve na nos-sa Escola para sensibilizar a comunidade escolar para o consumo da água da torneira.

12 ∙ Leitura sem dogmas

Alimentação, Desporto e Saúde Alunos do 12ºB:Ana Rita, Catarina Teixeira, Daniela Rodrigues, Pedro Barros

A Europa tem assistido a um aumento preocupan-te do número de jovens obesos. Além de ingerirem muitos alimentos com um elevado teor de gordura e açúcar, muitas crianças em idade escolar passam o dia sentadas em frente à televisão a petiscar, em vez de queimarem calorias com atividade física. Por isso mesmo, no âmbito da disciplina de Área de Projeto, o grupo IV do 12ºB decidiu desenvolver este tema “Ali-mentação, Desporto e Saúde”.Queremos com a publicação deste trabalho e com o nosso projeto alertar para a necessidade da prática de exercício físico e também de uma alimentação equilibrada de acordo com o nosso estilo de vida.A conjugação de uma alimentação saudável e da prática de desporto contribui para a manutenção do peso e melhora a condição física de cada um. O exer-cício físico ajuda a diminuir a ansiedade, o stress e a depressão, e ainda melhora o humor e a auto estima. Caso não o façamos temos maior probabilidade de sofrer de doenças como a obesidade, a diabetes, a anorexia, a bulimia e doenças cardíacas relacionadas, nomeadamente, com o aumento de colesterol que podem levar à morte.Aqui ficam alguns conselhos: Pratica atividade física regularmente; Tem uma alimentação equilibrada; Come de 3 em 3 horas; Bebe 1,5 litro de água por dia.

“Os que não encontram tempo para o exercício terão de encontrar tempo para as doenças.”

Edward Derby

BANCO ALIMENTARAlunas do 12ºB:Catarina Trindade, Mariana SilvaMarta Gonçalves, Sílvia Lopes

2011 é assinalado como o Ano Internacional do Vo-luntariado, como tal devemos reforçar a importância das práticas voluntárias e da ajuda comunitária.O voluntariado é uma actividade relacionada com acções de cidadania que resultam numa relação so-lidária com o próximo, participando, de forma livre e organizada, na solução dos problemas que afectam a sociedade em geral, sem qualquer contrapartida monetária.Qualquer pessoa pode ser voluntária, porém é neces-sário ter consciência e sentido de responsabilidade. Também é necessário ser-se solidário, para se poder sensibilizar com acções sociais, e assim cooperar.Contudo, quando desejamos fazer voluntariado é preciso ter em conta que isto pode ter um grande desgaste psicológico (dependendo do tipo de volun-tariado desempenhado), e por isso devemos ter a capacidade de nos adaptarmos aos diferentes tipos de situações.Hoje em dia, podem-se identificar vários tipos de vo-luntariado, uma vez que a sociedade está cada vez mais empenhada em ajudar os mais desfavorecidos. As campanhas solidárias são um exemplo disso, das quais se destacam as do Banco Alimentar.Achamos que seria uma boa maneira de tomarmos consciência do que é o voluntariado dando também o nosso testemunho, como tal já participamos numa campanha do Banco Alimentar, numa recolha de ali-mentos.A melhor maneira de saber o que é o voluntariado é praticando-o. Desta forma, junta-te a nós e participa na próxima campanha do Banco Alimentar que se vai realizar nos dias 28 e 29 de maio. Inscreve-te no site www.bancoalimentar.pt.No final terás a perceção de que podes ajudar os ou-tros dispensando apenas um pouco do teu tempo e poderás ter feito alguém mais feliz.

Leitura sem dogmas ∙ 13

Deputadas da Assembleia da República

Vieram à Escola

Bárbara Neves 10ºJ

No passado dia 10 de janeiro, esteve presente na nos-sa escola a deputada Catarina Martins do Bloco de Esquerda, no sentido de debater com os jovens do Ensino Básico o problema da violência em contexto escolar, tema do Parlamento dos Jovens do ano letivo 2010/2011.A deputada Catarina Martins enveredou pela carrei-ra política por acaso em dezembro de 2009. Respon-dendo a uma das questões colocadas pelos jovens da nossa escola, a deputada partilhou que a lei que mais lhe custou votar para ser aprovada foi a lei do casa-mento entre pessoas do mesmo sexo, sem a possibi-lidade de adoção.Durante a discussão do tema central do debate - Vio-lência em Meio Escolar - foram adiantadas medidas consideradas capazes de a combater tais como a necessidade da responsabilização dos culpados em-bora se tenha sublinhado que a prevenção é essen-cial. Também se abordou o problema da educação em Portugal que estará relacionado com a educação machista que tem vingado em Portugal, que, entre os jovens, predomina a ideia de que a descoberta dos pontos fracos dos outros e a humilhação é que ven-cem. Enfatizou-se que, na escola, a lei do mais forte até pode predominar, mas que, quando o indivíduo sai do seu ambiente-padrão, toda a sua superiori-dade é abalada. A escola é um lugar privilegiado de desenvolvimento intelectual e formação da persona-lidade, por isso, quem a frequenta tem necessidade e o direito de se sentir protegido. Segundo esta deputa-da, está em debate no parlamento da Assembleia da República a ideia da tipificação da lei de Bullying, para que este seja considerado crime. Os presentes des-tacaram a necessidade de implementação de equi-pas multidisciplinares, para se poder atuar em vários setores e, sobretudo, na prevenção e o aumento do número de funcionários especializados era também

extremamente importante.Com o avanço das tecnologias surgiram novas formas de violência mais perversas, como a utilização da re-des sociais.No debate do dia 17 do mesmo mês , entre alunos de Ensino Secundário e a deputada Margarida Almeida (PSD), defendeu-se a necessidade de implementação e fomento de cursos profissionais na escola pública em parceria com empresas, que poderão oferecer estágios durante os quais os jovens contactam com o mundo do trabalho. Estes estágios são para as em-presas uma mais valia uma vez que podem contar com jovens ambiciosos, dispostos a aprender e a con-tribuir para a sua economia. Também se insistiu no incentivo ao empreendedorismo jovem. Não significa isto que cada jovem tenha o dever de criar a sua pró-pria empresa. Há muitas formas de se ser empreen-dedor: qualquer jovem, com espírito criativo, pode vender uma ideia, um projeto, um plano a um em-presário com poder económico para o pôr em prática.Foram muito enriquecedores estes debates e muito participados.

Palestra “Sexualidade” Alunos do 8ºC

No dia 6 de junho, a turma do 8ºC assistiu a uma pa-lestra subordinada ao tema da “Sexualidade” apre-sentada por duas alunas do 12º ano do curso profis-sional de Técnico de Apoio Psicossocial.Depois de ser distribuído um inquérito aos alunos e professora, foi feita uma apresentação que versava sobre os diversos métodos contracetivos, suas vanta-gens e desvantagens.À medida que decorria a apresentação, foram distri-buídos folhetos informativos alusivos ao tema. Já no fim da palestra, foi mostrada à turma do 8ºC uma entrevista a uma vítima de HIV que muito a sen-sibilizou.A atividade terminou com apreciações críticas ao tra-balho realizado.

14 ∙ Leitura sem dogmas

ENO Tree Global Project Sara Martins Nº22 10ºR

ENO Tree é um projeto que envolve centenas de esco-las em 150 países dos cinco continentes. Este projeto teve início em 2000 e vai até 2017, ocorrendo duas vezes por ano, em maio e setembro.Este projeto tem como objetivo a plantação de um milhão de árvores até ao fim de 2017, de forma a col-matar a desflorestação que ocorre em todo o planeta.No dia 20 de maio por volta das 10h, a Escola Secun-dária de Rio Tinto participou na plantação de um Pi-nus pinaceae. A turma responsável por este projeco é uma turma do 10º ano do curso profissional de Técni-co de Gestão do Ambiente, na qual um aluno discur-sou sobre os problemas ambientais e a necessidade de se realizarem mais eventos como este.A ENO Tree não se limita apenas à plantação de uma árvore mas também dá conhecimento acerca de algu-mas espécies no local da plantação.Neste evento estiveram presentes cerca de 48 pes-soas, duas turmas, professores de Biologia, Conser-vação da Natureza, Física e Química, Qualidade Am-biental e de Educação Física, agraciaram-nos com a sua presença o Presidente da Junta de Freguesia de

Rio Tinto, Marco Martins, a Directora da escola, Dra. Luísa Pereira e um aluno que cumpre serviço de vo-luntariado nos Bombeiros da Corporação de Valongo.A turma irá desenvolver este projeto durante os três anos do curso, bem como o acompanhamento do de-senvolvimento da flora da escola.Este projeto foi um pequeno gesto de importância global!

Coordenadora do projeto: Cláudia Rodrigues (Prof.ª Ed. Física)

Leitura sem dogmas ∙ 15

como peixe no MAR

Andreia Silva, Luís Barbosa, Márcio Fonseca, Marta Gonçalves (12ºB)

O grupo III do 12ºB, no âmbito da disciplina de Área de Projeto, está a desenvolver o projeto “Socorrismo - Como atuar em caso de emergência?”Uma das várias atividades que desenvolvemos foi a realização de uma entrevista online a uma nadadora salvadora.Adelaide é uma jovem de 20 anos apaixonadíssima pelo mar e pela vida.Sempre muito simpática, ela contou-nos várias histó-rias, inclusive a do seu primeiro salvamento…

- O que te motivou para tirar o curso de nadadora sal-vadora?- Pratiquei natação de alta competição durante muito tempo, quando deixei senti necessidade de continuar com esta prática, mas dando-lhe outra utilidade, a de salvar vidas. Amo a praia, não me custou a adaptação ao trabalho, consegui juntar dois gostos num mesmo emprego.- Tens uma boa relação com o mar?- Tenho uma ótima relação com o mar! Sinto-me mui-to bem a nadar em mar alto, sou uma apaixonada!- Qual a tua formação (curso de socorrismo)? Há quanto tempo a fizeste?- Tal como todos os nadadores salvadores, tive de tirar o curso classificado pelo I.S.N. (Instituto de So-corro a Náufragos), onde também damos socorrismo, incluindo temáticas como oxigenoterapia. Já faz dois anos que tenho o curso, para o próximo ano terei de o renovar, uma vez que fazemos “reciclagem” de três em três anos.- O que te entusiasma mais?- O bom sucesso que temos tido nos salvamentos desta zona, e ainda a correta prevenção que utiliza-mos. Além disso, estar sempre perante novas situa-ções e dificuldades motiva para o treino constante, com diversos materiais e meios, e isso é excelente!- O que mais te assusta?- A falta de responsabilidade dos banhistas, sem dúvi-da! Há imensas situações que poderiam ser evitadas, se os mesmos cumprissem com as regras básicas de segurança.- Lembras-te do teu primeiro salvamento? Como foi? O que sentiste?- O meu primeiro salvamento foi uma situação mui-to especial, a uma menina espanhola com os seus 11 ou 12 anos. Tudo porque, enquanto estava baixa

mar (“maré vaza”), o pai pegou nela e num filho ainda mais novo, e avançou um bom bocado, foi chamado a atenção, mas ignorou-nos, afirmou praticar body-surf e por isso sabia o que estava a fazer. Acontece que, quando a maré começou a encher, as crianças ficaram “sem pé”, e quando o pai levou com uma vaga nas costas, largou as duas crianças... Entrei ra-pidamente dentro de água, como as crianças foram arrastadas para correntes opostas, socorri a menina, que estava mais distante do pai que se dirigia para o rapaz. Quando me aproximei da menina, coloquei a bóia de salvamento à sua frente, mas ela avançou para os meus braços, normalmente mantemos uma distância de segurança da vítima, para nossa prote-ção caso a mesma entre em pânico, mas não achei que fosse o caso e deixei que ela me agarrasse. Disse--me olá e perguntou-me se estava cansada, logo per-cebi que a pequena não se apercebeu que estava a ser afastada... Disse-lhe que estava só um bocadinho e ela perguntou-me se queria ir para terra, sorri-lhe e disse que sim, então ela responde “vamos que eu ajudo-te”, achei incrível! Foi um salvamento fácil, bas-tante tranquilo para a corrente em que nos tínhamos metido. Depois do salvamento, senti-me feliz, não pela situação ter ocorrido, mas pelo meu primeiro salvamento ter ocorrido desta forma.- Qual foi o acontecimento mais marcante desde que és nadadora salvadora?- Tive muitos, positivos e negativos também... Mais marcante, talvez a reanimação a um rapaz de 32 anos, que se fez à água de mortal, e ficou imediatamente inconsciente. Fizemos 45 minutos de reanimação fora de água, e cerca de 5-7 enquanto o resgatávamos da água. Todo o resto da história teve um final menos feliz, já que ficou imobilizado duas semanas e acabou por falecer.- Já tiveste de pôr em prática os teus conhecimentos fora das horas de trabalho?- Infelizmente, já. Tanto salvamentos e resgate aquá-tico, como reanimação e manobra de Heimlich.- Já te sentiste em perigo de vida durante um salva-mento?- Já me senti preocupada em algumas situações me-nos fáceis... Resumidamente, já estive a uns poucos metros de um tubarão, já nadei atrás de um senhor embriagado, cujo resgate não foi nada fácil, já nadei 30 minutos para chegar a uma vítima, etc. Em dois anos já passei por várias situações.- Achas que os nadadores salvadores são reconheci-dos e suficientemente valorizados pelo seu trabalho?- Não mesmo! Há em muitos a imagem de “jovens malandros com trabalhito de Verão”, mal sabem que a maioria frequenta ensino superior ou já estão mes-mo formados. Fora isso, posso dar o exemplo de ser desconhecido o facto de existirem provas nacionais e mundiais de resgate aquático. Há poucos agradeci-mentos quando realizamos algo com sucesso, mas há logo notícias de TV quando, por motivos de irrespon-sabilidade dos banhistas, estes se perdem no mar e os nadadores não os resgatam.

16 ∙ Leitura sem dogmas

ser PoetaAndreia Pinto Nº4 7ºA

Sou poeta ou pelo menos «quase»Nas minhas palavras colocoSentimentos e sonhosE espero que quem os leia os recebaOs poetas choram e riemEm cada um dos seus poemas.Ser poeta é isso.Ser poeta é sentir o que se escreve.Sinto-me poeta.Poeta escreve odores e cores.Poeta escreve sabores.Poeta escreve com amor e solidãoTristeza e compaixão.Poeta escreve com o coraçãoE espera que todos prestem atenção.O Poeta.O Poeta quer que todos sintam o queEle sente quando escreve.O Poeta escreve poemasPoemas esses,Que servem para muitas coisas.Podem ser lidos ou cantados.Os poemas são tudoO que os poetas quiseremPoeta, Poema, Poético.De tudo isto eu gosto.De poemas,Gosto de os lerE de os escrever.Sou alguém que admira todoO tipo de poemas.

ao muro de BERLIMCatarina Vieira Nº10 10ºB (2009)

Pela paz no mundo Eu me faço ouvir. Pelo sonho das crianças, Eu não me vou calar.

Agarra-te à vida Porque ela te foi dada. Se não sabes onde está a razão Por favor, escuta o coração!

Neste mundo eu quero viver, Neste mundo eu quero crescer. Não tenho culpa do que fizeram Ao mundo que me propuseram.

Cuida do mundo para mim, Assim como já cuidaram para ti. E eu cuidarei dele.

Para que depois de mim, Alguém seja feliz assim!

Caderno de Letras

Leitura sem dogmas ∙ 17

no teu MUNDOVasco Paz-Seixas (Técnico Superior)

Quero encontrar no teu mundoAs palavras que me faltamPara construir um livroDe paz e entendimentoOnde nas páginas floresçaEsperança em cada linha,Amor em cada momento

«Inacabado FIM»José Carlos Nº18 9ºA

Nada,No deserto,Água? É escassa,Calor, por aí anda,Aqui,Hão de vir ter connosco,Guarda –me,Nas nossas noites,Paixão vital,Fictícia,Coração solto,Dançarina alma,Bela,Coisa cinzenta,Por vezes,Determinada,A terminarTudo feito,No entanto,Continua…Incompleto…

E assim vai o MUNDOAna Filipa Marques Nº2 9ºB

Só poluiçãoTanta confusão!Só desastresE catástrofes…Isto está a ficar uma espeluncaEstamos pior que nunca..Nos meus sonhos eu viO que estava a acontecerNão fizemos nada antesAgora vamo-nos arrepender.Já ouço as gerações futuras a gritar:“COMO VAMOS AQUI FICAR?”Vamos tentar dar a volta por cimaQue isto não é uma rima!É a nossa realidade,É pura verdade.Vamos reciclar poupar e….ReutilizarSem isto não vai darVamos todos nos esforçarPara um mundo melhor…Não vamos falar temosÉ de praticar!O que queremos é um mundo saudávelE para isso cada ser humano tem éQue ser saudável.Temos de ser felizesNão há mais vidas, por isso,Temos de tratar das nossas cicatrizes.Tudo tem de ser perfeitoE não pode haver preconceitoNão nos podem criticar por fazermos o que está certo.Um dia vão dar valorSe virem o fim de perto.Agora é executar, não podemos pararPara um novo mundo ganhar!!!

Caderno de Letras

18 ∙ Leitura sem dogmas

Emigration Immigration Liliana Costa 11ºB

Normally, we all were born and grew up in a certain country with a history behind it, a proper language and environment, with a soul. We are our country, people together make their country and they should be proud of it.There are many reasons why people decide to move to another country and they should try to understand and assimilate that new culture, but, in my point of view, it doesn’t mean they have to forget where they came from! It’s just wrong. They can live their new life without forgetting what made them the person they are in the present, the country which saw them grow up, be happy, make mistakes and at last the country which watched them leave.It is important to never forget our origins, where we came from, so if one day we feel lost and we forget who we are, we can always go back to where our journey began and find ourselves again.

Artigo de Apreciação Crítica Pedro Silva Nº20 10ºA

«A Turma» é um filme de Laurent Cantet com o obje-tivo de retratar as tensões de uma escola de um bair-ro muito problemático de Paris.Na minha opinião, o filme retratou muito bem o que se vive hoje na escola. Aborda temas desde a educa-ção, ao desagrado de muitos pais ao sentirem que os filhos estão descuidados, as polémicas que se geram, a difícil integração de alguns alunos nos diferentes meios e, principalmente, a forma interessante como os professores avaliam os alunos.Em relação à educação, observam-se algumas atitu-des agressivas perante outros colegas na sala de aula e também o desrespeito da maior parte dos alunos perante o professor.Achei interessantes as reuniões individuais com os responsáveis de cada aluno em que o diretor de tur-ma acaba por estabelecer uma relação mais aberta

com cada um dos encarregados de educação para lu-tar, lado a lado, pelo mesmo ojetivo.Percebe-se também uma certa tensão gerada entre os alunos na sala de aula não aceitando as opiniões de outros colegas, perante certos assuntos, nomea-damente o futebol e, por fim, a avaliação que os pro-fessores fazem de cada aluno em que discutem o que o aluno fez de bem, onde pode melhorar e felicitam os alunos ou encorajam-nos a melhorar o seu desem-penho escolar.Penso que este filme serve de exemplo a todos nós e deve ser, assim, um meio de reflexão acerca da edu-cação em Portugal.

Leitura sem dogmas ∙ 19

Sorte Grande Alunas 9ºD:Beatriz Nunes, Beatriz Pinto, Margarida Martins, Rita FigueiraProfessoras: Filipa Nogueira, Glória Huet e Zaida Vieira

Hoje é o meu dia de sorte! A manhã correu-me mes-mo bem. Subi a minha nota a matemática e encontrei 2 euros nas escadas da escola. E a tarde? A tarde foi ainda melhor! Na aula de Educação Física, marquei 2 cestos e o último mesmo ao fim do jogo salvou a minha equipa da derrota.Agora estou aqui, estendido na minha cama, a relaxar e a jogar um jogo fantástico que acabei de encontrar na net. De repente, reparo que no cimo da página web, num pequeno rectângulo, estava escrito que eu, eu mesmo, entre mais de um milhão de meninos, ti-nha sido o escolhido para ganhar a consola dos meus sonhos. Aquela que já há muito ando a pedir aos meus pais, aquela que sempre, mas sempre desejei… e estava só à distância de um clique!Entusiasmado, fiz tudo o que lá dizia para fazer, in-cluindo a introdução dos meus dados pessoais, tais como o meu nome completo, a minha morada e o meu número de telemóvel. Afinal não queria perder esta oportunidade única! Não contei nada disto aos meus pais pois quando me virem com a minha conso-la de jogos nova, irão ficar realmente surpreendidos.Bem, agora está na hora, vou-me deitar. Não sei se vou conseguir dormir, só espero que a consola che-gue em breve…Aconteceu uma coisa muito estranha. Hoje de manhã recebi uma mensagem pelo telemóvel a informar que tinha aderido ao clube Noisix. Não sei o que aconte-ceu, provavelmente enganaram-se, afinal nunca ouvi falar de tal clube!As coisas estão a piorar todos os dias, desde que re-cebi aquela mensagem recebo imensas que não con-sigo abrir, mas descontam imenso no meu saldo. Da consola nem sinal, já passaram quase três semanas e nem uma cartinha. Estou aborrecido.Já não sei o que fazer, o meu saldo ficou nulo, e quan-to a cartas, as únicas que recebi foram contas de mais de 3000 euros que escondi…Os meus pais descobriram as contas debaixo da mi-nha cama. Ficaram muito irritados e pediram-me ex-plicações. Não resisti e contei tudo. Falei da consola,

dos dados que inseri, das mensagens e do saldo que já não tinha. Eles ficaram muito zangados, mais por lhes ter escondido a verdade que pelo mal que fiz.O meu pai tentou informar-se sobre esse tal clube, no entanto nada descobriu. Tentámos cancelá-lo várias vezes, mas sem sucesso.Passaram-se meses até que, por fim, com a ajuda da polícia conseguimos acabar com tudo isto.Ficámos aliviados mas com grandes prejuízos finan-ceiros. Os meus pais têm vários empregos para po-dermos pagar as altíssimas contas em atraso.Agora que sei coisas que dantes desconhecia, escrevo este texto para alertar a todos: não se deixem iludir pelas falsidades da Internet.As aparências iludem!Sorte grande a minha por ter conseguido resolver esta grande alhada e ter aprendido a lição. Sorte grande a vossa por terem alguém que vos alerte para estes perigos.

20 ∙ Leitura sem dogmas

PassatemposDécouvre les quatorze adjectifs concernant le portrait .

Bernardo Amorim Nº11 7ºF

Devinettes et blagues:

1. Comment un éléphant grimpe-t-il dans un arbre?2. Comment fait un éléphant pour descendre d’un arbre?3. Comment mettre un éléphant au frigo en trois mouvements?

Comment appelle-t-on quelqu’un qui parle trois langues? - TrilingueComment appelle-t-on quelqu’un qui parle deux langues? - BilingueComment appelle-t-on quelqu’un qui ne parle qu’une langue? - Français

1. Il se met sur un arbuste et attend qu’il pousse.2. Il se met sur une feuille en attendant l’automne.3. On ouvre le frigo, on y met l’éléphant, puis on ferme le frigo.

SOLUÇÕES:

Hi, I’m Mary!

Hi, I’m Peter!

TWITTER, and you? Where are you

from?

Ficha Técnica

Editor

Emília Reis prof.ª

Português e Francês

Redator

Catarina Chaves 11ºI

Chefe de Reportagem

Bárbara Neves 10ºJ

Repórter

Beatriz Nunes 9ºD

Ana França 10ºB

Andreia Lopes 11ºA

Pós-produção

Ana Santos prof.ª

Informática

Fotógrafo

Daniela Freitas 10ºJ

Design

Mário Freitas

designer e prof.

Revisão

Ana Reis arquiteta

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Z B E A U T I F U L N A Z P C S

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I L K E I N T E L L I G E N T A

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