2. UM RELATO DE EXPERIÊNCIA: AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA...

Sobral, ano 3, v.1, n.5, p.16-24, jul-dez 2014. ISSN: 2317-2649

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2. UM RELATO DE EXPERIÊNCIA: AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA NA MODALIDADE DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A EXPERIENCE REPORT : ANTHROPOLOGY DISCIPLINE

ASSESSMENT IN THEOLOGICAL MODE DISTANCE

EDUCATION

RESUMO

Este trabalho consiste na estrutura do relato de experiência, da avaliação da disciplina de Antropologia Teológica que ocorre na modalidade de Educação à distância no primeiro semestre dos cursos de graduação do Instituto Superior de Teologia Aplicada - INTA, situada em Sobral- CE, tem como fito avaliar e refletir a disciplina nesse modelo que tem se mostrado cada vez mais adequado e eficaz proporcionando ensino de qualidade. A disciplina foi desenvolvida em três momentos: Competências I, II e III subdividas em: autoavaliação, avaliação formativa, estudo dirigido, fórum e avaliação presencial. A

pesquisa de cunho quali-quantitativo foi realizada com base nos relatórios desenvolvidos pelo sistema moodle.

Palavras-chave: Relato de experiência. Avaliação. Educação a Distância.

ABSTRACT

This work is the structure of reporting experience , the evaluation of the discipline of Anthropology Theological occurring in the form of distance education in the first semester of graduate courses in the School of Applied Theology - INTA , located in Sobral EC , has the purpose evaluate and reflect the discipline in this model that has proven increasingly providing adequate and effective quality education . The course was developed in three stages : Skills I, II and III subdivided into : self-assessment , formative assessment , directed study , forum and classroom assessment. A survey of qualitative and quantitative nature was based on reports developed by Moodle system.

Keywords: Experience report. Evaluation. Distance Education.

Antonio Diego Dantas Cavalcante

- UVA/INTA

[email protected]

Maria Adalgisa Alves Rodrigues

mailto:[email protected]


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INTRODUÇÃO

Este artigo é resultado de uma pesquisa realizada na área da Educação a Distância (EaD),

na disciplina de Antropologia Teológica do Instituto Superior de Teologia Aplicada – INTA. Nos

questionamos como poderíamos fazer um melhor avaliação da aprendizagem do EaD, na

referida disciplina.

A EaD está no seu auge, devido as inovações da globalização, tudo torna-se mais rápido,

as informações são mais rapidamente processadas e decodificadas. Portanto, essa globalização

requereu uma maior exigência no mercado, logo as pessoas precisam estar cada vez mais

enriquecidas de informações.

Nesta ocasião faz-se necessário ter em proximidade a educação o que nos remete a

Educação a Distância. A mesma que se tornou uma educação de qualidade e de maior

praticidade, porém, exigi do educando um compromisso fidedigno com ele mesmo.

O desafio que a EaD “impõe” é justamente o educando ter autonomia para aprender,

busque conhecimentos diversos e informação, fazendo interlocuções entre o aprender e o

fazer conhecimentos. É o que nos diz Grossi (2013) a exigência atual de saber fazer requer um

indivíduo capaz de aprender constantemente e com autonomia.

Torna-se evidente que a Educação a Distância tem como propósito facilitar, atender e

ajudar as demandas das pessoas que almejam ter sucesso profissional. E as faculdades do Brasil

e do mundo estão investindo bastante nessa modalidade de estudo. Rodrigues deixa evidente

quando diz:

Em virtude das exigências do mercado mundial e da globalização, faz-se

necessário criar a educação a distância, que é uma forma de aprender

mais rápido através das tecnologias digitais em ambientes distanciados

geograficamente. As pessoas necessitam de informação rápida,

capacitação constante para obter competência para poderem competir

globalmente. (RODRIGUES, 2013, p.45)

As faculdades INTA local onde foi realizada a pesquisa, investiu e investi bastante na

qualidade da inovação pedagógica, preferencialmente ao seu público alvo, que são os

acadêmicos da IES, a grande faceta foi ofertar a disciplina de Antropologia Teológica a distância


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que tem como intuito explanar o Homem em sua totalidade, envolvendo-os na realidade virtual

de aprendizagem.

O que queremos dizer é bem ilustrado por Belloni (2002, p. 123) parte de um processo

de inovação educacional mais amplo que é a integração das novas tecnologias de informação e

comunicação nos processos educacionais.

No ano de 2010 foi pensado em uma inovação no estudo de graduação presencial, na

busca incessante de manter o acadêmico na Globalização. Eis que surgiu a ideia de colocar uma

disciplina que melhore o lado “humano” dos mesmos, uma vez que, estes irão trabalhar com

outras pessoas e de uma melhor forma de explorar o que há de mais “novo” em educação a

inclusão do ensino a distância.

Desde então, esta proposta foi tão bem aceita que até hoje ainda temos em oferta não

somente esta disciplina, mas como também outras de cunho específico de cada área, mas para

esta iniciativa desse certo, foi preciso fazer uma abordagem na qualidade do ensino com

referência na avaliação do projeto, pois já é muito difícil se falar em avaliação na modalidade

aberta imagine na modalidade a distância.

Estrada (1999) apóia esta afirmação quando fala que a avaliação de qualidade que

expressa como um juízo de valor sobre um atributo ou um conjunto de atributos acerca dos

insumos (ou entradas), processos, resultados ou produtos educativos, ou das relações entre

eles”. Hadji (2001, p.15) complementa a questão da avaliação é multidimensional.

Para tanto, a EaD consegue fazer com que o aluno não pense somente em aprovação ou

reprovação, mas veem além, visam o processo de aprendizagem. Luckesi deixa evidente em:

Os estudantes estão sempre na expectativa de virem a ser aprovados ou

reprovados (...). Os professores utilizam as provas como instrumento de

ameaça e tortura prévia dos alunos, protestando ser um elemento

motivador da aprendizagem (...). O nosso exercício pedagógico escolar é

atravessado mais por uma pedagogia do exame que por uma pedagogia

do ensino/aprendizagem. (LUCKESI, 2008, p. 19)


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O RELATO DA EXPERIÊNCIA

O modelo de avaliação da disciplina foi construído a partir das concepções advindas da

Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação (SEED/MEC, 2003, p.13,14) que

relata alguns critérios.

(...) desenhar um processo um processo contínuo de avaliação quanto:

a) à aprendizagem dos alunos; b) às práticas educacionais dos professores ou tutores; c) ao material didático (seu aspecto científico, cultural, ético e estético,

didático-pedagógico, motivacional, de adequação aos alunos e às TIC e informação utilizadas, a capacidade de comunicação, dentre outros) e às ações dos centros de documentação e informação (midiatecas).

d) ao currículo (sua estrutura, organização, encadeamento lógico, relevância, contextualização, período de integração, dentre outros).

e) ao sistema de orientação docente ou tutoria (capacidade de comunicação através de meios eficientes; de atendimento aos alunos em momentos a distância e presenciais; orientação aos estudantes; avaliação do desempenho dos alunos; avaliação do desempenho dos professores; papel dos núcleos de atendimento; desenvolvimento; desenvolvimento de pesquisas e acompanhamento do estágio, quando houver;

f) à infraestrutura material que dá suporte tecnológico, científico e instrumental ao curso.

g) Ao projeto de educação à distância adotado (uma soma dos itens anteriores combinada com análise do fluxo dos alunos, tempo de integralização do curso, interação, evasão, atitudes e outros;

A estratégia pedagógica foi instigá-los a ter um bom desempenho acadêmico na

disciplina, além de seguir todas as orientações disponíveis no Ministério da Educação.

A experiência vivenciada no semestre 2014.1 nos revelou um grande potencial no

quesito avaliação. Proporcionando aos acadêmicos melhor aproveitamento da disciplina, que é

vista como “novo”, uma disciplina a distância numa realidade cujos cursos são presenciais. Esse

foi um grande desafio, um modelo de avaliação bem criteriosa e dinâmica ter sido bem

sucedida.


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Rocha (2002, p. 146) define que nos curso à distância existe essa busca por métodos de

avaliação online que possibilitem a avaliação formativa do aluno, baseada no

acompanhamento e orientação da participação destes no desenvolvimento de tarefas

individuais ou em grupo.

Por isto é importante que os cursos sejam dinâmicos e que contemplem todos os

critérios de avaliação do MEC.

Silva em seu livro intitulado Avaliação da aprendizagem em educação online nos relata

como deve ser uma avaliação virtual.

A avaliação da aprendizagem na sala de aula online requer rupturas com

o modelo tradicional de avaliação historicamente cristalizado na sala de

aula presencial. Se o professor não quiser subutilizar as potencialidades

próprias do digital online, ou se não quiser repetir os mesmos equívocos

da avaliação tradicional, terá de buscar novas posturas, novas

estratégias de engajamento no contexto mesmo da docência e da

aprendizagem e aí redimensionar suas práticas de avaliar a

aprendizagem e sua própria atuação. (SILVA, 2006, p.23)

Logo se percebe que a IES se apropriou de uma linguagem mais moderna,

trazendo consigo o que há de mais novo em educação.

O perfil dos acadêmicos era do 1º semestre de cada Curso. A avaliação da disciplina se

deu em 03 (três) momentos em cada umas três competências. No primeiro momento foi

realizada uma auto avaliação, no segundo uma avaliação formativa, estudo dirigido e fórum e

no terceiro momento realizou-se a prova presencial.

O ambiente virtual

A auto avaliação teve basicamente o primeiro contato com o ambiente virtual e com a

disciplina. A finalidade deste momento foi criar um lugar que o acadêmico pudesse sentir que o

“novo” não seria um obstáculo para sua aprendizagem, mas pelo contrário, seria um lugar de

apoio para o desempenho acadêmico. O estudante entraria no moodle e iria encontrar todas as

informações necessárias para o desenvolvimento da disciplina de Antropologia Teológica na

modalidade a distância.


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Atividades

Esta situação foi caracterizada pela avaliação formativa, os acadêmicos após lerem os textos

referentes a competência II responderiam a 04(quatro) questões subjetivas correspondentes

aos textos anteriormente lidos. A correção dessas questões era realizada pelos professores da

disciplina. Dando assim o retorno de suas notas para que os mesmos pudessem fazer uma

autoanálise de seus resultados obtidos.

O estudo dirigido foi constituído de 03 (três) questões objetivas onde cada questão tinha 05

(cinco) opções de alternativas que poderiam ser todas verdadeiras ou todas falsas, ou então

apenas 3 verdadeiras e 2 falsas. As respostas ficariam intercaladas.

O fórum entraria como ferramenta imprescindível para avaliação grupal, aqui os estudantes

poderiam dividir seus conhecimentos os demais, sendo orientados pelos tutores.

Avaliação presencial

Momento ímpar, aqui todos os estudantes estariam face a face com todos os participantes da

disciplina incluindo os professores e os tutores para realizarem a avaliação presencial. A mesma

é composta de 10 (dez) questões pertinentes ao módulo completo todas objetivas.


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RESULTADOS

A pesquisa foi realizada nos meses de março a junho de 2014 junto aos Cursos de

Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, História, Medicina Veterinária, Nutrição, Pedagogia e

Serviço Social num total de 1208 acadêmicos. A seguir apresentam-se os resultados.

Curso Total de

estudantes

Aprovaçã

o

Reprovaçã

o

% de

reprovação

Enfermage

m

283 196 87

19,51

Farmácia 193 120 73 16,37

Fisioterapia 215 137 78 17,49

História 34 21 13 2,91

Medicina

Veterinária 129 80 49 10,99

Nutrição 194 114 80 17,94

Pedagogia 40 29 11 2,47

Serviço

Social

93 50 43

9,64

Jornalismo 61 49 12 2,69

TOTAL 1242 796 446 100,00

Percebe-se que as aprovações são superiores aos índices de reprovações, deixando de

forma clara que o processo de avaliação da disciplina de Antropologia Teológica foi muito

positiva e, mesmo sendo uma “inovação” para os cursos de ensino presencial, algo novo para

os estudantes ingressantes.


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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A avaliação é importante pelo fato de ser um instrumento para qualidade do ensino e

para construção de sucessos. É, portanto, uma experiência que propicia a ideia de que o ensino

a distância, faz muita diferença na qualidade de vida dos indivíduos que aceitam essa

modalidade para sua carreira acadêmica.

O método de avaliação adotada pela IES é capaz de averiguar todo o processo de

ensino-aprendizagem auxiliando a construção do perfil dos acadêmicos, identificação de

problemas e redefinindo estratégias.

Este estudo relata de fato que a avaliação do ensino a distância é uma iniciativa que deu

muito certo, pois o nosso termômetro nos mostra que a estratégia e método dinâmico e

inovador foi um grande sucesso.


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BELLONI, M. L. Ensaio sobre a educação a distância no Brasil. Educação & Sociedade, n. 78,

p.117-42, 2002.

ESTRADA, L. R. G. Hacia un modelo de evaluación de la calidad de instituciones de educación

superior. Revista Iberoamericana de Educación, Madrid, n. 21, p. 93-103, dez. 1999.

GROSSI, Manoela Gomes and KOBAYASHI, Rika Miyahara.A construcao de um ambiente virtual

de aprendizagem para educacao a distancia: uma estrategia educativa em servico. Rev. esc.

enferm. USP [online]. 2013, vol.47, n.3, pp. 756-760. ISSN 0080-6234.

HADJI, Charles. Avaliação desmitificada. Porto Alegre: ArtMed, 2001.

http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/ReferenciaisdeEAD.pdf acessado em: 13 de agosto

de 2014 às 22h38min.

LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo. Cortez, 2006

ROCHA, H. V. O ambiente TelEduc para educação a distância baseada na Web: princípios,

funcionalidades e perspectivas de desenvolvimento. In: MORAES, M. C. (Org.). Educação a

distância: fundamentos e práticas. Campinas, SP: UNICAMP, NIED, 2002.

RODRIGUES, Nice Vânia Machado. Avaliação da aprendizagem em educação a distancia através

do Fórum (Interface Educacional). Interfaces Científicas-Educação Aracaju, SE:. V01.

N.03,jun.2013.

SILVA, Marco. Avaliação da aprendizagem em educação online. São Paulo, SP: Loyola, 2006.

http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/ReferenciaisdeEAD.pdf

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