2. Fenomenologia Do Ato Humano
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A tica e os Atos Humanos
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Uma distino fundamental:
atos humanos
(fazer)
e
atos do homem (acontecer)
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Na tica se distinguem:
Atos do HomemRealizam-se sem domnio racional e voluntrio. Por exemplo, a circulao do sangue, a digesto, etc.
Atos Humanosaes, externas ou internas, que o homem realiza com conhecimento (advertncia do que faz, deliberao) e vontade livre (porque quer, faz uma coisa ou a omite; faz uma coisa ou outra)
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Atos humanos so...
o homem dono de tal modo que pode fazer ou omitir, Pode faz-los de um modo ou de outro.So as aes livres, ou seja, aquelas que procedem da deliberao racional e da vontade, quer seja imediatamente (amor, desejo, dio, etc.) ou atravs de outras potncias (falar, trabalhar, etc.).*
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Atos do homem...
o homem no possui domnio direto (desenvolvimento fsico, circulao do sangue, digesto etc.).
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Fazer e acontecer...
Para facilitar a compreenso os verbos fazer e acontecer.
Um ato humano - o homem tem conscincia de ser ele mesmo o autor, a causa desse acontecimento pessoal: a ao humana est unida vivncia de ser eu o agente ativo e responsvel, a verdadeira causa do que fao.
Um ato do homem - o sujeito tem, pelo contrrio, a conscincia de que algo acontece com ele, como se o seu ser fosse um cenrio no qual algo acontece, sem sua participao pessoal ativa.
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Conduta humana
S com relao aos atos humanos falamos propriamente de conduta humana, porque com eles o homem conduz a si mesmo para seus objetivos, servindo-se para isso de seu conhecimento da realidade e do ambiente em que vive.*
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Autodeciso
As aes humanas dependem inteiramente desse centro de autodeciso que chamamos de pessoa. S elas podem ser postas em relao ao modo de ser moral da pessoa (ethos). S elas implicam responsabilidade moral; j que o sujeito pessoal pode responder (dar razo) quelas aes. autor dessas aes.*
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Podemos concluir dizendo que...
...as aes da pessoa humana so objeto material da tica enquanto que so livres, isto , enquanto so a atuao da deliberao racional e da vontade.
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O objeto formal da ticab. A moralidade dos atos humanos
Os atos humanos sob o ponto de vista de sua retido moral ou moralidade.
O objeto formal da tica consiste na qualificao dos atos humanos enquanto bons ou maus.
A bondade ou maldade das aes humanas enquanto tais se chama genericamente moralidade.
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O Objeto da tica: os atos humanos
A Psicologia e a Filosofia Natural tambm estudam o ser humano, mas em termos especulativos.
A tica estud-lo- em termos prticos:
qual a finalidade da vida humana?
Em que consistem a perfeio e a felicidade?
Como atingi-las?
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1) Fatores que influenciam na realizao de um ato humanoa) A violncia coao externa
Se somos forados, com violncia no somos responsveis. No realizados livremente.Ato imoral de quem coage. -
b) Paixes movimentos do apetite sensitivo que se comove espontaneamente diante do bem ou do mal.
Por exemplo: a percepo de algum bem provoca a paixo do amor. Se no se tem esse bem, nasce o desejo; se se tem, nasce a alegria. Quando se capta um mal, surge o dio; quando o mal nos atinge, nasce a averso ou fuga; se o mal est presente, surge a tristeza. Tambm paixo a esperana, ou percepo de um bem ausente, difcil, mas possvel; se o bem impossvel, nasce a desesperana. - A vontade livre pode dominar as paixes,
salvo quando elas suprimem um dos elementos imprescindveis do ato humano:
o conhecimento e a vontade livre.
Fazer as coisas com paixo , em principio, bom:
tudo depende da moralidade do ato.
Por exemplo, fazer um ato bem superando a desesperana duplamente meritrio.
tambm bom ter grandes desejos de aes honestas.
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c) Medo: paixo produzida pela ameaa de um mal iminente e dificilmente supervel.
Para que impea o ato humano deve ser intenso, forte. Normalmente no tira a voluntariedade do ato e pode aumentar o seu valor tico. Por exemplo, o medo ante as conseqncias desagradveis de uma ao boa tem que ser superado, incrementando-se assim o valor moral da conduta. - A ignorncia ausncia de conhecimento. Diferente do erro
(conhecimento falso).
a) Invencvel: completa - no pode ser superada.
b)Vencvel: pode-se venc-la, mas no se quer.
Por exemplo, no quero procurar saber de quem este relgio, para poder apropriar-me dele com tranqilidade. Culpa; pode agrav-la. - Lembrar que a primeira exigncia tica o dever de conhecer a lei moral. Conhecimento que deve desenvolver-se ao longo da vida humana e com especial referncia ao trabalho. A tica profissional: aplicao dos princpios ticos gerais num ambiente determinado: o mundo da economia, do ensino, da medicina, do jurdico, do poltico.
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2) Determinao da moralidade dos atos humanosComo se sabe que um ato bom ou mau?
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Considerar o seu objeto,
as circunstncias e
a finalidade
- A realidade perseguida pelo ato.
Ex.: o objeto do roubo? Tomar posse de algo que pertence a outra pessoa e, assim, no cumprir um princpio da lei moral.
O objeto mau; portanto, o ato tambm . Qual o objeto da ajuda a algum que est em perigo? Evitar que perca a sua vida, que um bem; logo esse ato bom.Objeto
- os diversos fatores ou modificaes que afetam o ato humano.
Concretamente : quem age, onde, com que meios, por qu, como,
quando. H circunstncias que atenuam, agravam ou que convertem o ato
em outro distinto.
Por exemplo, agir sob o impulso de uma paixo pode conforme os casos atenuar ou agravar a culpabilidade.
Circunstncias
- A inteno que move o agente a realizar o ato. Pode coincidir ou
no com o objeto da ao. No lcito roubar com a boa inteno (ou
finalidade) de repartir o dinheiro entre os pobres. E se algum
realiza uma ao boa por exemplo, ajudar o prximo, com a inteno de
ser bem considerado por causa disso, est comportando-se mal, ainda
que a ao realizada seja boa.
Finalidade
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Para que um ato seja bom tambm devem ser bons o objeto, as circunstncias e o fim. Um ato mau, se mau qualquer dos trs elementos: o objeto, as circunstncias ou o fim.