2. Estudo de Caso - Deficiência Intelectual
-
Upload
igor-fernandes -
Category
Documents
-
view
218 -
download
0
Transcript of 2. Estudo de Caso - Deficiência Intelectual
-
8/18/2019 2. Estudo de Caso - Deficiência Intelectual
1/3
ESTUDO DE CASO - FORMAÇÃO CONTINUADA
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
-
8/18/2019 2. Estudo de Caso - Deficiência Intelectual
2/3
2
ESTUDO DE CASO 1
Idade: 17 anos Escolaridade: 3º ano Tipo de deficiência: Deficiência intelectual moderado (conformedescrição em laudo médico) Necessidade Especializada: Mariana não consegue desenvolver no processoensino- aprendizagem. Não compreende o que é ensinado. Não aprende a ler. Apresenta problemas na fala:às vezes fala rápido e sai tudo enrolado, outras vezes, gagueja e quando está mais calma consegue falarmelhor.
Mariana foi uma criança desejada, mas a mãe teve problemas de saúde durante a gestação, pois tevemuitas brigas com o marido e passou muita raiva. Em uma das brigas a bolsa rompeu com 06 meses degestação, sendo que perdeu todo o líquido. Ela e a irmã gêmea, nasceram de 06 meses. Mariana nasceuprimeiro. Ficaram no Hospital de Clínicas por 04 meses e Mariana fez 04 cirurgias de Hérnia. O parto foi comfórceps. Após o parto, a mãe teve depressão, pois a família do esposo, falava que eram filhas de outrohomem. Até pensou em dá- la aos outros. Mamou em mãe de leite no Hospital de Clínicas de Uberlândia edepois, usou leite de latinha. Quando pequena trocava a noite pelo dia. Atualmente tem o sono leve, masdorme bem tranqüila. Tem horário para dormir, no máximo às 20:00 horas e dorme com a mãe, o pai e a irmãno mesmo quarto, mas, em camas separadas. Mariana sentou – se aos 09 meses; não engatinhou; ficou depé aos 11 meses e andou com 01 ano. Controlou o esfíncter anal com 03 anos e vesical com 04 anos. Nãoapresentou nenhum problema motor.
Não demonstra ter curiosidade sexual, porém a mãe explica sobre gravidez e não deixa namorar. Explicatudo, para ela não sofrer como a mãe que teve 07 filhos. Se tivesse esclarecimento não teria tantos filhos.Teve pneumonia e hérnia quando pequena.
Começou a falar com 02 anos e apresentou problemas na fala. A mãe não entendia nada, aprendeu afalar mesmo, depois dos 07 anos. Não consegue dar recados, pois as pessoas não entendem o que ela fala.Canta músicas inteira o dia todo, às vezes com palavras erradas, outras vezes certas.
Iniciou sua trajetória escolar aos 07 anos e teve problemas, então a escola encaminhou Mariana para aEscola de Educação Especial.
Nessa escola ficou por 4 anos até ser reencaminhada para a escola de ensino comum, onde estáatualmente.
Sua vida escolar ficou da seguinte forma:2000 (Mais ou menos 2 meses) = Escola Estadual ensino comum – 07 anos. 2000 até 2003 = EEEE
Escola Especial – 07 a 10 anos. 2004 até 2008 = 1ª série (Escola regular) – 11 a 15 anos. 2009 até 2010 = 2ªsérie (Escola regular) – 16 a 17 anos
A mãe tem completa noção de dificuldade que a filha tem na escola, pois não consegue alfabetizar e tema fala muito comprometida. É repetente na 1ª série por cinco vezes. Tem horário para estudar em casa,sempre à noite que faz o dever, pois dorme a tarde toda. No relacionamento familiar gosta muito de brincar.Os irmãos gostam muito dela, é muito amada. Ajuda a mãe em todas as atividades domésticas. Mora com ospais, a irmã gêmea e mais 4 irmãos, sendo que um irmão de 15 anos tem laudo constando retardo mental, jáfoi aluno do AEE mas atualmente cursa o 6º ano do ensino fundamental na Educação de Jovens e Adultos,
sendo que sua deficiência se comparada a de Mariana, apresenta menor grau. A irmã gêmea tem dificuldadede aprendizagem, mas consegue superá-las e segundo a mãe, o médico disse que essa filha “não apresentanenhum problema mental”.
Informações das professoras AEE/Ensino comum:Mariana apresenta muita dificuldade em compreender o que é ensinado. Desenvolveu a caligrafia, mas
não memoriza, não apresenta percepções e nem raciocínio lógico- matemático satisfatórios. É concentradapara copiar e desenhar, e presta atenção às aulas, mas não assimila. Observa – se problemas na fala.Quando fala devagar, consegue se expressar melhor, mas se falar rápido, gagueja, troca fonemas e falapalavras completamente desconexas. Na leitura demonstra não reconhecer todas as letras.
Atualmente a aluna está mais vaidosa, arruma o cabelo, faz maquiagem, colocou até piercing no nariz, e
está sempre perfumada. Em conversa com a mesma, detectamos que esse fato ocorre pela influência da irmãgêmea que está sempre bem arrumada.
-
8/18/2019 2. Estudo de Caso - Deficiência Intelectual
3/3
3
Conforme relatou gosta muito da escola e os colegas a tratam bem e se preocupam até mesmo empassar “cola” nas avaliações, visto o problema de não saber ler. Sua maior referência na escola é a
professora do AEE e de psicomotricidade de quem gosta muito e a esta última, demonstra ter mais confiançapor conversar mais com a mesma.
Por ser muito introvertida, não pede explicações à professora, sendo que esta, já procurou o AEE parasaber o que fazer.
O AEE indicou trabalho com jogos de memória, quebra – cabeça, montagem de frases envolvendo toda aturma e vários trabalhos em grupo e se prontificou a estruturar o planejamento junto à essa professora.
A aluna demonstra muito interesse pelo ORKUT e a professora do AEE pegou esse gancho pararealizarem algumas atividades no computador e a mesma agora já está começando a reconhecer algumassílabas.
O seu centro de interesse é o desenho quando o faz demonstra muita concentração relatando àprofessora do AEE que “quando desenha fica bem”.
Seus desenhos são normais comparados à uma criança de mais ou menos 10 anos, mas o colorido éforte e criativo.
Desde que entrou no AEE em 2007, é realizado um trabalho voltado para fatores como auto – estima,auto- conhecimento, autonomia, desenvolvimento da linguagem, memorização e percepções variadas.
A escola juntamente com AEE fez encaminhamento para a mãe tentar conseguir uma fonoaudióloga. A
mãe relatou que já tentou, e que está na lista de espera, mas depois de cerca de 4 anos de tentativa, nuncafoi chamada.