2. 3 a romanização da península ibérica

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O MODELO ROMANO A Integração de uma região periférica no universo imperial: A Romanização da Península Ibérica

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O MODELO ROMANO

A Integração de uma região periférica no universo imperial: A Romanização da Península Ibérica

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A ROMANIZAÇÃO DA PENÍNSULA IBÉRICA

Fases da conquista

da Penísula Ibérica

212 d.c.

Edicto de

Caracala

PAXRoman

a

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Diversos povos, com diferentes graus de desenvolvimento.

Havia ainda pequenas colónias-feitorias comerciais costeiras, Gregos, Fenícios e Cartagineses, com pouca influência

QUE POVOS VIVIAM NA PENÍNSULA IBÉRICA ANTES DA CHEGADA DOS ROMANOS?

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LUSITANOS ? “Ao norte do Tejo é a Lusitânia ocupada

pelo povo mais poderoso entre todos os iberos, aquele que manteve, por mais tempo, a guerra contra os romanos. É limitada, a sul pelo Tagus (Tejo).

A sua parte oriental (Serra da Estrela) é montanhosa a e rude. A sua continuação é uma planície que se estende até ao mar.

A Lusitânia é um país muito fértil, cortada por grandes e pequenos rios, a maior parte navegáveis. Os mais conhecidos, além do Tagus, o Mundas (Mondego) e o Vaccua (Vouga). O limite norte é o Durius (Douro).

A Lusitânia abrigava diferentes povos, que tinham nomes diferentes. Cada um formava uma pequena república, que tinha as suas leis, seus usos e costumes. É ocupada por cerca de 50 povos diferentes.” (…)

Estrabão ( c.64 a. C.- c.24 a. C.) - historiador e geógrafo grego.

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A ROMANIZAÇÃO DA PENÍNSULA IBÉRICA

Organização Administrativa

Octávio dividiu estaregião do Império emtrês províncias:

- Lusitânia, cuja capital era Emerita Augusta;

- Tarraconense, a mais extensa, com capital em Tarraco;

- Baetica, a mais rica e desenvolvida com capitalem Corduba.

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A ROMANIZAÇÃO DA PENÍNSULA IBÉRICA

Os povos conquistados abandonam progressivamente a sua forma de viver adotando

a cultura e os hábitos dos conquistadores.

Doc. 33 – pag112

Agentes daRomanização

Legionários - que se fixam na P. Ibérica - hispânicos que integram o exército romano

Imigrantes vindos de itália

Mercadores – desenvolvem laços comerciais com a população indígena, a quem compram e vendem produtos diversos.

Autoridades locais

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Acção das autoridades provinciais

Tolerância em relação aos povos conquistados

Clima de paz e confiança

Construção de obras públicas

Educação romana e criação de elites locais

A ROMANIZAÇÃO DA PENÍNSULA IBÉRICA

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VEÍCULOS DA ROMANIZAÇÃO

As cidades que os romanos tornaram centro da sua vida e onde tudo o que era importante acontecia.As cidades com importantes funções administrativas atraíam a pouco e pouco os habitantes dos povoados indígenas que os abandonam.

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Planta de Emerita Augusta

As cidades possuíam diferentes estatutos:- Colónias – cidades criadas de raiz

por romanos oriundos da Península Itálica que escolhiam as novas regiões para viver.

Assim nasceu Emerita Augusta (por vontade de Augusto que aí instalou os soldados reformados) Scalabis e Pax Julia

Feitas à imagem e semelhança de Roma, as colónias romanas foramimportantes pólos de desenvolvimento, de romanização e de aculturação dos povos locais.

VEÍCULOS DA ROMANIZAÇÃO

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Municípios – Eram cidades já existentes antes da chegada dos Romanos a quem estes concediam privilégios e autonomia e que se regiam por instituições semelhantes às da cidade de Roma, nomeadamente a Cúria (que correspondia ao Senado e um corpo de magistrados no top dos quais se situavam os duúnviros (que correspondia aos cônsules de Roma). Eram municípios Ebora (Évora), Salacia (Alcácer do Sal), Myrtilis (Mértola)e Olisipo (Lisboa).

Myrtilis

Ebora

Salacia

VEÍCULOS DA ROMANIZAÇÃO

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Video: Conimbriga, Cidade Romana Séc. IIIdc

VEÍCULOS DA ROMANIZAÇÃO

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VEÍCULOS DA ROMANIZAÇÃO

O Latim Inicialmente utilizado nos

documentos e actos oficiais, depressa passou a ser falado amplamente, facilitando a comunicação e aproximando conquistadores e conquistados que passaram a ter o latim como a sua língua.

A língua latina foi a mais duradoura herança deixada pelos romanos

Torna-se a base das línguas peninsulares, sobrepondo-se às línguas locais.

Inscrição em latim num marco miliário da Via Nova, que ligava Braga a Astorga

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A religião Os romanos estenderam os

seus deuses a todas as regiões do império, tolerando contudo os deuses locais, coexistindo pacificamente uns e outros.

A arqueologia demonstrou a existência de monumentos dedicados a deuses locais escritas em latim, a par de templos sumptuosos dedicados a deuses romanos.

VEÍCULOS DA ROMANIZAÇÃO

Ara romana dedicada ao deusindígena Nabia - séc. II d. C.

Templo romano de Évora, provavelmente dedicado ao culto imperial - sec. I d. C.

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O Direito O respeito pela lei, por

parte de dominadores e dominados era a garantia da ordem, protecção, segurança e paz.

Por outro lado, a grande abrangência das leis romanas permitia a resolução de problemas diversos.

VEÍCULOS DA ROMANIZAÇÃO

Placa de bronze encontradanas em Aljustrel contendolegislação sobre a exploraçãodas minas (impostos, rendas,profissões, etc.) – séc. I a. C.

Doc. C Pag. 117

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Rede viária Os romanos tiveram uma especial atenção

para com as vias de comunicação. Construídas com fins militares e

administrativos, as estradas Romanas e as pontes que as complementaram, ajudaram ao desenvolvimento do comércio, à circulação das pessoas e à formação de um só espaço económico.

VEÍCULOS DA ROMANIZAÇÃO

Marco miliário

Doc. F - pag119

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Desenvolvimento económico

A economia dos povos peninsulares sofreu alterações profundas com a romanização:

Agricultura – Nas villae desenvolveu-se uma agricultura intensiva com aproveitamento dos solos e produção de cereais, vinho e azeite, ao mesmo tempo que se desenvolvia a criação de gado bovino, suíno e ovino.

VEÍCULOS DA ROMANIZAÇÃO

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Desenvolvimento económico

Indústria – Os romanos desenvolveram as indústrias mineira, da tecelagem e conserveiras (de peixe).

Comércio – desenvolveram-se feiras e mercados e a moeda pouco conhecida de alguns povos, circula em abundância, sendo muitas vezes cunhada localmente.

VEÍCULOS DA ROMANIZAÇÃO

Industria de Salga de Peixe em Tróia

Minas de Tresminas – Vila Pouca de Aguiar

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Antes Depois

Uma agricultura colectiva de montanha, com culturas episódicas de cereais nas encostas e aproveitamento dos produtos dos bosques (bolotas, castanhas).

Uma indústria rudimentar e local.

Povoados fortificados (castros) de montanha, com casas de pedra solta, chão de terra batida e cobertura de colmo ou lousa.

Uma economia de trocas rudimentar.

Inúmeros dialectos falados

A uma economia agrícola baseada na propriedade individual, com intensivo dos aproveitamento dos solos, emprego regular do arado e exploração simultânea do trigo, da vinha, do olival e da vinha.

Uma indústria desenvolvida ligada à exploração mineira, à tecelagem, à olaria, à salga de peixe.

Povoações e cidades aberta, instaladas nas planícies ou vales, com casas de tijolo ou adobe, chão de ladrilho e telhas de cobertura.

Uma economia comercial e monetária altamente desenvolvida.

Uso do latim, elemento de comunicação e unificação dos povos ibéricos.

TRANSFORMAÇÕES