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CURSO DE LETRAS LINGUÍSTICA TEXTUAL PROFA: ALBA HELENA F. CALDAS [email protected]

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CURSO DE LETRAS

LINGUÍSTICA TEXTUAL

PROFA: ALBA HELENA F. CALDAS

[email protected]

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EMENTA A Linguística Textual na história; Conceito linguístico;

o texto como unidade de sentido; as condições de textualidade;

o contexto; conectividade: coerência e coesão; Informatividade;

inserção histórica; intertextualidade; texto e pragmática; A

pragmática e a sala de aula;

considerações sobre o conceito de coerência; Tipos de

coerência: Coerência semântica; Coerência sintática; Coerência

estilística; Coerência pragmática;

considerações sobre o conceito de coesão;

mecanismos de coesão – coesão gramatical; Coesão frástica,

coesão interfrástica, coesão temporal, coesão referencial e coesão

lexical; coerência e coesão – papel na compreensão e produção de

textos.

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Carga horária: 67 horas/aula,

divididas em 80 aulas.

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Instrumentos de avaliação: assiduidade;

participação nas atividades;

exercícios em sala;

tarefas para casa;

Trabalhos em equipes;

prova bimestral.

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PERCURSO HISTÓRICO

No desenvolvimento da linguística na história, é possível identificar que vários estudos foram se modificando com o passar do tempo.

No século XX, modelos linguísticos sofreram influências e/ou influenciaram outros estudos.

Rever alguns conceitos principais que marcaram a linguística no século XX, no intuito de compreendermos o que levou ao surgimento de uma importante vertente da ciência da linguagem: a Linguística Textual.

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ESTRUTURALISMO

Século XIX – época do estudo histórico e comparativo das línguas, o século posterior marca uma importante ruptura na linguística.

Século XX - advento do estruturalismo saussuriano, lançamento póstumo do livro de Ferdinand de Saussure intitulado Cours de Linguistique Génerale (Curso de Linguística Geral), publicado em 1916.

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Saussure deu uma importante contribuição para os estudos da linguagem, sistematizou a língua, tomando-a como seu objeto de estudo.

A língua (langue) passou a estabelecer uma oposição à fala (parole). Isso se deu porque a língua passou a ser vista como homogênea e abstrata, podendo ser sistematizada e estudada. Já a fala era tida como homogênea e concreta, não sendo possível, portanto, ser sistematizada nem, por conseguinte, estudada.

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LÍNGUA: sistemática; homogênea; abstrata; estudável.

FALA: assistemática; heterogênea; concreta; não-estudável.

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No momento em que, a exemplo da prática escolar, numa época na qual se estudar uma língua significava estudar textos, os seus sentidos, inclusive a partir de disciplinas intituladas “compreensão de texto”, Saussure apresenta uma nova abordagem linguística.

Ele propõe não mais se ater à função significativa de texto, à prática da linguagem, e sim ao seu funcionamento, a sua teoria.

Com o referido deslocamento, separa-se, portanto, a prática da linguagem de sua teoria.

Nesse sentido, a língua passa a ser pensada como sistema de signos e a fala fica excluída dos estudos científicos da linguagem.

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Ferdinand de Saussure

A linguística no século XIX era histórica e comparativa. Por conta dos estudos de Saussure, a linguística no século XX deixa de ser histórico-comparativa.

O motivo da mudança se baseia na ideia do mestre genebrino de que não havia sentido estudar a língua em sua historicidade (ou diacronia), mas mediante o seu viés descritivo (sincrônico).

Diante disso, podemos dizer que ele prefere, então, estudar o estado da língua, e não sua evolução.

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No intuito de tornar a referida questão mais clara, Saussure compara a língua em seu estado com um jogo de xadrez.

Sua tese é de que, assim como num jogo de xadrez, o “jogo da língua” apresenta um sistema de valores.

Numa partida de xadrez, qualquer posição dada tem como característica singular estar libertada de seus antecedentes; é totalmente indiferente que se tenha chegado a ela por um caminho ou por outro; o que acompanhou toda a partida não tem a menor vantagem sobre o curioso que vem espiar o estado do jogo no momento crítico; para descrever a posição, é perfeitamente inútil recordar o que ocorreu dez segundos antes.

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O jogo de xadrez, um jogo racional e sistemático

por excelência. No sistema de xadrez, cada peça tem um valor definido pela sua indispensabilidade, poder de ataque e de defesa. Porém, sua nomenclatura e valoração é arbitrária, assim como a língua também é arbitrária. Pode-se substituir uma pilha por um peão sem prejuízo para a partida. Da mesma forma, alguém que conhece as regras pode pegar uma posição de um jogo num dado momento e deduzir a situação e as possibilidades de desdobramento sem ter visto o histórico da partida.

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Por isso que, para Saussure, o linguista proposto a compreender o estado da língua deve analisá-lo em um dado momento, descrevendo-o, e ignorar sua evolução, ignorar sua história, ignorar sua diacronia.

A língua é uma forma e não uma substância

No estruturalismo, a língua será vista como forma, e a fala, substância.

Nesse sentido, forma deve ser compreendida como essência, em seu sentido filosófico. A forma é constante, como a língua. Já a substância é circunstancial – como a fala –, é tida como aparência, e não como essência.

No jogo de xadrez, por exemplo, as regras estão para a forma, já as peças do jogo, para a substância.

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Nóis comprô a rôpa.

O que importa para o estruturalismo ao estudar a língua é a forma, as regras, não a substância, a aparência.

Assim, temos a seguinte regra de constituição da frase:

Pronome + verbo + objeto

Os desvios ortográficos, por exemplo, estão ligados aos traços da fala. Esses traços, para Saussure, são de ordem individual, ou seja, peculiar a determinados falantes, e não social, geral como o é a regra.

Os traços podem variar, a depender do falante, do momento em que se emite a frase. Portanto, é um ato

individual.

Assim, apesar do desvio à norma culta, sua estrutura continua a ser de uma frase da língua portuguesa.

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No quadro abaixo, vamos visualizar algumas dessas diferenças estruturalistas apresentadas: LINGUA FALA

Social Individual

Homogênea Heterogênea

Sistemática Assistemática

Constante variável

Essencial Acidental

Sistema Realização

Forma Substância

Essência Aparência

Constante Circunstancial

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GERATIVISMO No século XX, por volta do final da década

de 50, influenciou muito o pensamento linguístico: O gerativismo.

Quando falamos em gerativismo, um nome fundamental vem à mente: Noam Chomsky. Ele foi o criador do gerativismo, estudo que propõe uma gramática gerativa (doravante GG) que passou a ser conhecida a partir da obra de Chomsky, Syntactic structures, publicada em 1957.

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Ela propõe principalmente que a geração dos enunciados seja, pelo menos parcialmente, determinada pelo estado da mente/cérebro.

O referido autor vê o cérebro como um órgão do corpo humano que deve ser estudado como se estuda o corpo humano. Para ele, cada parte teria sua função. Portanto, uma parte do cérebro seria responsável pela linguagem.

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Se a linguagem é vista como uma propriedade da mente/cérebro do falante, fica fácil começar a entender a afirmação de que a linguagem é inata. Essa ideia difere do estruturalismo americano, o qual vê a aquisição da linguagem como resultado de repetição, estímulo/resposta, a partir da experiência, sendo, assim, um constructo social, e não mental.

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Lembre-se:

Para o gerativismo, aquisição da linguagem é inata, portanto, já nascemos com ela.

Outro ponto importante tratado pelo gerativismo é a existência de uma gramática universal (GU).

A partir dessa concepção, todas as línguas têm pontos em comum, têm princípios gerais.

Diante disso, fica clara a afirmação de que, diferente dos estudos estruturalistas, os quais se baseavam nas diferenças, nas dicotomias, o gerativismo vai se voltar para as semelhanças, para os princípios universais existentes em todas as línguas.

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E é no intuito de descrever o conhecimento implícito do falante mediante um quadro teórico-explicativo que Chomsky elabora a teoria da gramática gerativa.

1. Construir gramáticas destinadas a línguas particulares. 2. Construir princípios gerais para a capacidade da linguagem (princípios universais linguísticos).

Nos estudos de Chomsky, a sintaxe ganha um lugar de destaque. Dessa forma, ele mesmo diz o seguinte: “Uma língua é um conjunto (finito ou infinito) de orações, cada uma delas de tamanho finito e construída a partir de um conjunto finito de elementos”. Assim, a sintaxe ganha uma autonomia, já que, a partir dela, são geradas as orações gramaticais coerentes.

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O conhecimento que os falantes possuem de uma língua em suas mentes é chamado de competência linguística.

A competência, então, é justamente o conhecimento linguístico internalizado que permite ao falante ter a propriedade de utilizar o conjunto de regras que se encontram presentes em sua mente. A competência possibilita que o falante faça uso da linguagem e a adquira na infância, vez que a linguagem é uma propriedade inata.

É preciso distinguir a competência linguística da performance. A performance se refere ao modo com que o falante vai utilizar a linguagem. A esse fator são incorporadas questões extralinguísticas, envolvendo o ambiente, a sociedade, os interlocutores.

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A preocupação central da teoria gerativa é a aquisição da linguagem.

Se fôssemos buscar uma pergunta fundamental que pudesse resumir o propósito da teoria gerativa seria a seguinte:

Como conseguimos falar?

Portanto, não esqueça:

O objeto de estudo do gerativismo é a competência.

Para entender a possível existência de uma gramática universal, comum a todas as línguas, nós podemos pensar na seguinte situação:

Ao ouvir a frase “Eu comi um bolo”, é possível que uma criança diga “Eu vi um cachorro”.

Bem, mesmo que ela nunca tivesse ouvido tal enunciado, não deixou de conjugar corretamente o verbo. Para Chomsky, essa propriedade é inata.

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Apesar de falarmos das diferenças entre o estruturalismo e o gerativismo, isso não significa que esses dois movimentos sejam totalmente opostos, que não tenham pontos em que se tocam.

Nesse sentido, faremos umas considerações aos momentos em que se aproximam para, a partir de singularidades entre eles, ser possível compreender melhor o surgimento do que nos é primordial discutir nesse tema: a constituição histórica da Linguística Textual.

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Semelhanças entre estruturalismo e gerativismo

Se analisarmos a proposta de Saussure, veremos que ele se volta para o trabalho descritivo da língua (langue). A partir daí, segundo a visão de língua como sistema, esses estudos linguísticos giram em torno desse sistema, ou seja, das “regras do jogo”. Isso acarreta em não se considerar como principal o aspecto da comunicação, e sim a estrutura em si

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A comunicação no estruturalismo é tratada como emissão e recepção de mensagens. Diante desse processo, a mensagem é enviada, recebida e decodificada. Dá para perceber que, mediante tal processo, a comunicação humana não se diferencia da comunicação entre máquinas, não é?!

Ao observarmos o gerativismo, perceberemos que ele toma como objeto de estudo a competência linguística, que tem caráter universal e se insere na mente/cérebro. Já a performance é deixada de lado. Bem, como a comunicação tem a ver com o uso da língua em situações determinadas, ela se insere no plano da performance, do desempenho linguístico do falante.

Dessa forma, é possível compreender que, como a comunicação está no plano da performance, ela é deixada de lado pelos estudos gerativistas.

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Um breve percurso histórico

• A Linguística Textual constitui um novo ramo da linguística, que começou a desenvolver-se na década de 60, na Europa, e de, modo especial, na Alemanha.

• A origem do termo linguística textual pode ser encontrada em Cosériu (1955), embora, no sentido que lhe é atualmente atribuído, tenha sido empregado pela primeira vez por Weinrich (1966, 1967).

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Um breve percurso histórico

• Sua hipótese de trabalho consiste em tomar como unidade básica, ou seja, como objeto particular de investigação, não mais a palavra ou a frase, mas sim o texto, por serem os textos a forma específica de manifestação da linguagem.

• Surgimento dos estudos sobre o texto – constituição de um campo que procura ir além dos limites da frase, que procura reintroduzir o sujeito e a situação de comunicação.

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• Década de 60: esforço teórico de construir uma Linguística para além dos limites da frase, a chamada “Linguística do Discurso”.

• Segundo Marcuschi (1998a) “seu surgimento deu-se

de forma independente, em vários países de dentro e de fora da Europa Continental, simultaneamente, e com propostas teóricas diversas”.

• Houve não só uma gradual ampliação do objeto de

análise da Linguística Textual, mas também um progressivo afastamento da influência teórico-metodológica da Linguística Estrutural saussureana.

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Três grandes momentos podem ser observados na sua evolução:

• Análise transfrástica: o interesse voltava-se para fenômenos que não conseguiam ser explicados pelas teorias sintáticas e/ou pelas teorias semânticas que ficassem limitadas no nível da frase.

• Construção de gramáticas textuais: descrição da competência textual do falante.

• Teoria do texto: o texto passa a ser estudado dentro de seu contexto de produção e a ser compreendido não como um produto acabado, mas como um processo.

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Análise transfrástica

• Parte-se da frase para o texto

Texto:

“uma sequência pronominal ininterrupta” (HARWEG,1968)

“sequência coerente de enunciados” (ISENBERG, 1970)

Pedro foi ao cinema. Ele não gostou do filme.

Não há uma simples substituição do nome pelo pronome.

• Uso do pronome – instruções de conexão

• Outros fenômenos “transfrásticos”: a pronominalização, a seleção dos artigos (definido e indefinido),

• a concordância dos tempos verbais, a relação tópico-comentário e outros.

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Relação entre uma sequência e outra sem a presença de um conector

• (1) Não fui à festa de seu aniversário: passei-lhe um telegrama.

• (2) Não fui à festa de seu aniversário: estive doente.

• (3) Não fui à festa de seu aniversário: não posso dizer quem estava lá.

• Elaboração de gramáticas textuais: não considerar o texto apenas como uma simples soma ou lista dos significados das frases que o constituem.

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Gramáticas textuais

• Representaram um projeto de reconstrução do texto como um sistema uniforme, estável e abstrato.

• Postulava-se o texto como unidade teórica formalmente construída, em oposição ao discurso, unidade funcional, comunicativa e intersubjetivamente construída.

• As propostas de elaboração de gramáticas textuais de diferentes autores, tais como Lang, Dressler, Dijk e Petöfi surgiram com a finalidade de refletir sobre fenômenos linguísticos inexplicáveis por meio de uma gramática do enunciado.

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• Esses autores consideram que: não há uma continuidade entre frase e texto porque há, entre eles, uma diferença de ordem qualitativa e não quantitativa, já que a significação de um texto constitui um todo que é diferente da soma das partes.

• O texto é a unidade linguística mais elevada, a partir da qual seria possível chegar, por meio da segmentação, a unidades menores a serem classificadas. Todo falante nativo possui um conhecimento acerca do que seja um texto.

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• Segundo Charolles (1989), todo falante possuiria • três capacidades textuais básicas: • capacidade formativa; • capacidade transformativa; • capacidade qualificativa. Segundo Fávero & Koch (1983), se todos os usuários da língua possuem essas habilidades, que podem ser nomeadas genericamente como competência textual, poderia justificar-se, então, a elaboração de uma gramática textual. • Verificação do que faz com que um texto seja um

texto; • Levantamento de critérios para a delimitação de

textos; • Diferenciação de várias espécies de textos.

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Projeto de elaboração de gramáticas textuais – influenciado pela perspectiva gerativista.

Essa gramática seria, semelhante à gramática de frases proposta por Chomsky, um sistema finito de regras, comum a todos os usuários da língua, que lhes permitiria dizer se uma sequência linguística é ou não um texto bem formado. Esse conjunto de regras internalizadas pelo falante constitui, então, a sua competência textual.

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Teoria do Texto • Ao contrário das gramáticas textuais, preocupadas em

descrever a competência textual de falantes/ouvintes idealizados, propõe-se a investigar a constituição, o funcionamento, a produção e a compreensão dos textos em uso.

• Tratamento dos textos no seu contexto pragmático.

• No final da década de 70, a palavra de ordem não era mais, segundo Marcuschi (1998), a gramática de texto, mas a noção de textualidade LT (atualmente): “uma disciplina de caráter multidisciplinar, dinâmica, funcional e processual, considerando a língua como não-autônoma nem sob seu aspecto formal” (MARCUSCHI, 1998)

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Conceito de texto Período da análise transfrástica e da elaboração de gramáticas textuais:

• acreditava-se que as propriedades definidoras de um texto estariam expressas na forma de organização do material linguístico(textos/não-textos). Segundo Koch (1997), os conceitos de texto variaram desde “unidade linguística superior à frase” até “complexo de proposições semânticas.”

Período da elaboração de uma teoria do texto:

• São consideradas as condições de produção e de recepção de textos.

• A definição de texto deve levar em conta que: a produção textual é uma atividade verbal (atos de fala), é uma atividade verbal consciente e é uma atividade interacional.

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35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45

P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4

CONS3GU3 F4Z3R CO1545

1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O!

NO COM3ÇO 35T4V4 M310

COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4

M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO

QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M

PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO?

POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O!

SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3!

P4R4BÉN5!

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A construção dos sentidos no texto

• Texto: resultado de uma atividade verbal, que revela determinadas operações linguísticas e cognitivas, efetuadas tanto no campo de sua produção, como no de sua recepção.

• Segundo Koch (1997):

• Coerência: “diz respeito ao modo como os elementos subjacentes à superfície textual vêm a constituir, na mente dos interlocutores, uma configuração veiculadora de sentidos”.

• Coesão: “O fenômeno que diz respeito ao modo como os elementos linguísticos presentes na superfície textual encontram-se interligados, por meio de recursos também linguísticos, formando sequências veiculadoras de sentido.”

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O QUE É LINGUAGEM?

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LINGUAGEM VERBAL

É A linguagem realizada com O uso da palavra:

- A linguagem escrita

- A linguagem falada

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LINGUAGEM NÃO VERBAL É o tipo de linguagem, cuja comunicação não se

realiza pela “palavra” e sim por símbolos, os quais exprimem ideias e conceitos numa linguagem figurativa . A compreensão dos símbolos se dá a medida que vamos aprendendo a interpretá-los.

Símbolos

Cores,

Placas

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Nos quadrinhos....

As falas das personagens vêm circunscritas por balões. Dentro dos balões também podem vir imagens, sinais de pontuação ou símbolos. Os balões mudam de formato dependendo da maneira que a personagem se expressa (por meio de fala, pensamento, grito, sussurro...) ou da emoção que demonstra (surpresa, alegria, raiva, medo, cansaço, etc.).

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Não Verbal

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Símbolos

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Símbolos

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Falas em balões

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Expressa sentimentos

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ONOMATOPÉIAS

Significa imitar um som com um fonema ou palavra. Ruídos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana .

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Agora é a sua vez!! Souza, Mauricio de. Turma da Mônica. Disponível em:

<http://www.monica.com.br/comics/tabloide/tab098.htm>.

Acesso em 07 nov. 2012

Fernanda. Blog da Professora Nanda. Disponível em

<http://fernanda-profnanda.blogspot.com.br/2011/06/plano-de-

aula-historia-em-quadrinhos.html> Acesso em 07 nov. 2012

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