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1º SILTED - SIMPÓSIO DE LINGUÍSTICA E TECNOLOGIA EDUCATIVA

“Linguagens, tecnologias, práticas de leitura e escrita: convergências”

01 a 03 de dezembro de 2011

UNIFRAN – SP

CADERNO DE RESUMOS

Comissão Executiva

Coordenação Profa. Dra. Maria Regina Momesso

Docentes

Prof. Dr. Fernando Aparecido Ferreira Prof. Dr. Juscelino Pernambuco

Profa. Dra. Maria Flávia Figueiredo Profa. Dra. Maria Regina Momesso

Prof. Dr. Matheus Nogueira Schwartzmann Profa. Dra. Naiá Sadi Câmara

Profa. Dra. Vera Lucia Rodella Abriata

Discentes Ana Cláudia Garcia de Carvalho

Fabrícia A. Migliorato Corsi Jéssica Cristina Celestino Maria Lúcia Costa Fiúza Renata Cristina Duarte Ythallo Vieira Borges

Comissão Científica

Profa. Dra. Ana Amélia Carvalho Profa. Dra. Ana Sílvia Couto de Abreu

Profa. Dra. Daniela Melaré Profa. Dra. Isadora Valencise Gregolin Prof. Dr. Fernando Aparecido Ferreira

Prof. Dr. Juscelino Pernambuco Profa. Dra. Leda Verdiani Tfoune

Profa. Dra. Maria Flávia Figueiredo Profa. Dra. Maria Regina Momesso

Prof. Dr. Matheus Nogueira Schwartzmann Profa. Dra. Naiá Sadi Câmara

Profa. Dra. Vera Lucia Rodella Abriata

Apoio CAPES, INEP, OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO, UNIFRAN

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Sumário

Painéis

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Aline Suzana de Freitas Vaz, Léa Silvia Braga de Castro Sá - USC

ANÁLISE SEMÂNTICA DA CANÇÃO “O QUERERES”, DE CAETANO VELOSO

11 Ana Márcia Zago, Fernando Aparecido Ferreira (orientador) - UNIFRAN AS PRÁTICAS DISCURSIVAS DO PLÁGIO: A AUTORIA DO LOGO EM HOMENAGEM A STEVE JOBS

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Clemilda Felix Correa , Naia Sadi Câmara (orientadora) - UNIFRAN

COMPETÊNCIA COMUNICATIVA DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

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Eduardo Yoshimoto, Maria Regina Momesso (orientadora) - UNIFRAN

PODCAST: SUPORTE DE APRENDIZAGEM E OS EFEITOS DE SENTIDO DO DISCURSO PEDAGÓGICO DE

UTILIZAÇÃO

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Érika Dias Soares, Emerson Izidoro dos Santos - USP

ANÁLISE SEMIÓTICA DE LIVROS INFANTIS: RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E LEITURA NOS PRIMEIROS ANOS

DO ENSINO FUNDAMENTAL.

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Frank Sérgio Pereira, Naiá Sadi Câmara (orientadora) - UNIFRAN

AS DIFICULDADES DE COMUNICAÇÃO ENTRE DOCENTES E DISCENTES DOS CURSOS DE DIREITO

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Jéssica Cristina Celestino, Matheus Nogueira Schwartzmann (orientador) - UNIFRAN

TRISTEZA E SAUDADE: ANÁLISE SEMIÓTICA DO POEMA “SÁ-CARNEIRO”

15 Laura Viviani dos Santos Bormann, Hamilton Vieira de Oliveira - UFPA PROGRAMA UM COMPUTADOR POR ALUNO: A FORMAÇÃO DE EDUCADORES DA ESCOLA ESTADUAL JERÔNIMO MILHOMEM / LIMOEIRO DO AJURU-PA 15 Márcia Regina Bregagnoli, Juscelino Pernambuco (orientador) - UNIFRAN INTERTEXTUALIDADE ENTRE UM FILME E UM ROMANCE

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Maricília Lopes da Silva - UNIFRAN

O SUJEITO IDOSO NA REDE ELETRÔNICA: MOVIMENTOS DE SENTIDOS

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Marilda Franco de Moura - Centro Universitário UNISEB Interativo

GESTÃO EDUCACIONAL, TECNOLOGIA E MARKETING DESAFIOS NA FORMAÇÃO DE SABERES

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Mateus César Oliveira da Silva, Vera Lucia Rodella Abriata (orientadora) - UNIFRAN

ESTRATÉGIAS ENUNCIATIVAS EM “SUBSTÂNCIA” DE GUIMARÃES ROSA

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Michelle Aparecida Pereira Lopes, Maria Regina Momesso (orientadora) - UNIFRAN

AMÉLIA OU LULUIZINHA: O ETHOS FEMININO NA REDE SOCIAL TUMBLR

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Orlando Aparecido Cabrera, Fernando Aparecido Ferreira (orientador) - UNIFRAN

AS PRÁTICAS DISCURSIVAS E OS EFEITOS DE SENTIDO DA HARPER`S BAZAAR NA SUA EDIÇÃO DE

ESTRÉIA NO BRASIL

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Renata Cristina Duarte, Vera Lúcia Rodella Abriata (orientadora) - UNIFRAN

A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO EM “MEIO COVARDE”

19

Sinelle Duarte, Maria Flávia Figueiredo (orientadora) - UNIFRAN

DA PAIXÃO À MOTIVAÇÃO: O ESTUDO DO INGLÊS NA VIDA DOS ADOLESCENTES

20

Sumaya Florence Tavares da Silva, Naiá Sadi Câmara (orientadora) - UNIFRAN

O DICURSO PEDAGOGICO NOS CURSO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

20 Trindade Viana Souza - UNIFRAN AS VOZES IDEOLÓLOGICAS E DIALÓGICAS NA PERSONAGEM MACÁRIO DE ÁLVARES DE AZEVEDO

21

Ythallo Vieira Borges, Maria Regina Momesso (orientadora) - UNIFRAN

A CONSTRUÇÃO VIRTUAL DO SUJEITO ADOLESCENTE DO ENSINO MÉDIO NO FACEBOOK

Comunicações individuais

23

Adilson Pereira Teodoro, Maria Flávia Figueiredo (orientadora) - UNIFRAN

ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS PRESENTES EM LIVROS DIDÁTICOS DIRECIONADOS AOS

CUIDADORES DE SAÚDE

23

Adriana Carla Ap. de Oliveira Gonçalves, Maria Flávia Figueiredo (orientadora) - UNIFRAN

ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS EM ENTREVISTA TELEVISIVA

24

Adriana Pernambuco Montesanti, Juscelino Pernambuco (orientador) - UNIFRAN

A RUPTURA ENTRE OS ÉTHE PROJETIVO E EFETIVO DE SANDY, NO SLOGAN “TODO MUNDO TEM UM

LADO DEVASSA”.

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Ana Claúdia Garcia de Carvalho, Juscelino Pernambuco (orientador) - UNIFRAN

O INTERACINISMO BAKHTINIANO E O LIVRO DIDÁTICO

25

Ana Paula Corrêa Pimenta Santos - UFG

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E SUAS IMPLICAÇÕES NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

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Andreia Maria Ribeiro Silva, Maria Regina Momesso (orientadora) - UNIFRAN

O ESTATUTO DO IDOSO SOB A PERSPECTIVA DA ANÁLISE DO DISCURSO

26

Carlos Cesar Silveira, Maria Flávia Figueiredo (orientadora) - UNIFRAN

O ÉTHOS DO APÓSTOLO PAULO MANIFESTADO NA II ESPÍSTOLA AOS CONRÍNTIOS

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Carolina Taciana Pinati, Naiá Sadi Camara (orientadora) - UNIFRAN

DISCURSO PEDAGÓGICO E LETRAMENTO: UMA ANÁLISE DE TEXTOS DO MATERIAL DIDÁTICO DE

LÍNGUA PORTUGUESA

27 Carolina Tomasi - USP PRÁTICA DE LEITURA DE HQS: A CORRIDA ATRÁS DO OBJETO, UM CASO DE ANTISSUJEITO ÁTONO 28

Claudete Ap. Garcia Bosshard, Maria Regina Momesso (orientadora) - UNIFRAN

CIBERBULLYNG NO FACEBOOK: SIMULAÇÕES DE SI E DO OUTRO

29 Dalva Kellen Dizaró, Maria Regina Momesso (orientadora) - UNIFRAN SEXUALIDADE NA MATURIDADE: A RE(CONSTRUÇÃO) DOS SUJEITOS NOS “ENTA” NO SITE DE

RELACIONAMENTO MAISDE50.

29

Danilo Vizibeli, Maria Regina Momesso (orientadora) - UNIFRAN

UM ACONTECIMENTO DISCURSIVO NO BLOG DO FOLHATEEN: “MERDA E OURO”, SENTIDOS

(DES)ESTABILIZADOS EM UMA ESCRITA DE SI

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Edna Aparecida Rodrigues da Silva, Matheus Nogueira Schwartzmann (orientador) – UNIFRAN

ENTRE CLAUSURA E LOUCURA: ANÁLISE SEMIÓTICA DE “CASA TOMADA”, DE JULIO CORTÁZAR

31

Elci Patti - USP, UNIFRAN

Leny Pimenta - USP, UNIFRAN

Liene Bittar - FATEC

Silvia G. Andréo - UNIFRAN

O BULLYING ENQUANTO UM FENOMENO DIFICULTA(DOR): LEITURA, ESCRITA E APRENDIZAGEM

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Fabiana Parpinelli Gonçalves Fernandes, Maria Regina Momesso (orientadora) - UNIFRAN

DISCURSO CONTEMPORÂNEO: O SUJEITO TRADUTOR E INTÉRPRETE NA REDE DIGITAL

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Fabrícia A. M . Corsi, Juscelino Pernambuco (orientador) - UNIFRAN

A PRODUÇÃO DE GÊNEROS A PARTIR DO TRABALHO COM JORNAL IMPRESSO

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Fabrício Floro e Silva, Vera Lucia Rodella Abriata (orientadora) - UNIFRAN

O DIA EM QUE A CASA CAI EM “A HORA E VEZ DE AUGUSTO MATRAGA”: O TEXTO LITERÁRIO E SUA

ADAPTAÇÃO TEATRAL

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Flávia Aparecida Soares, Maria Flávia Figueiredo - UNIFRAN

A CONSTRUÇÃO DE REFERENTES TEXTUAIS EM TEXTOS DO BLOG DO FOLHATEEN

34

Glória Maria Palma - USC, Fausi dos Santos - FIB

OS MECANISMOS DE CONTROLE DO DISCURSO E AS INSTITUIÇÕES DE PODER

34 Ismael Silva Cândido, Luiz Antonio Ferreira (orientador) - PUC A FORÇA DO ETHOS NO DISCURSO POLÍTICO DE JOSÉ SARNEY 34

Jaciara Mesquita Rosa, Maria Helena de Paula - CAC/UFG

O DICIONÁRIO ELETRÔNICO COMO INSTRUMENTO DIDÁTICO PARA A AQUISIÇÃO DE UM NOVO

IDIOMA

35 José Ribamar Lopes Batista Júnior - UFPI O USO DO LETRAMENTO DIGITAL NO ENSINO MÉDIO PROFISSIONALIZANTE: LINGUAGENS E TECNOLOGIAS

36

Julieta M. Franchini Neves, Matheus Nogueira Schwartzmann (orientador) - UNIFRAN

ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA E WEB: NOVAS TECNOLOGÍAS E PRÁTICAS DIDÁTICAS

36 Laura Viviani dos Santos Bormann, Marilucia Barros de Oliveira (orientadora) – UFPA INTERVENÇÃO METODOLÓGICA NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO ESTADO DO PARÁ

37

Leandro Rodrigues Doroteu, Matheus Nogueira Schwartzmann (orientador) - UNIFRAN

UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DE “A ELITE DA TROPA”

37

Leide Candido de Andrade, Vera Lucia Rodella Ariata (orientadora) - UNIFRAN

“CONVERSA DE BOIS”: UM EXERCÍCIO DE ANÁLISE SEMIONARRATIVA E SEMIODISCURSIVA

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38 Ligiane Pessoa dos Santos Bonifácio - UNISUL Margareth Maura dos Santos - UFPB UM OLHAR "ENTRE OS MUROS DA ESCOLA": UMA PROPOSTA DE ENSINO DO GÊNERO DISCURSIVO

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Lilian Maria Marques e Silva Araújo, Edna Maria Fernandes dos Santos Nascimento - UNESP

O ESTEREÓTIPO FEMININO EM “ANA DE AMSTERDAM”: A NOVA MULHER DA DÉCADA DE 70

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Luís Cláudio Dallier Saldanha, Milca da Silva Tscherne - USP

DIÁLOGO PEDAGÓGICO E ESCRITA NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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Marcos Aurélio Gomes Alves da Silva, Maria Regina Momesso (orientadora) - UNIFRAN

RIO DE PAZ: OLHARES DISCURSIVOS SOBRE/SOB A VIOLÊNCIA

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Maria Lúcia Costa Fiúza, Juscelino Pernambuco (orientador) - UNIFRAN

O JORNAL EM SALA DE AULA COMO RECURSO AUXILIAR NA PRODUÇÃO DE TEXTOS NO ENSINO

FUNDAMENTAL

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Marina Gláucia Verzola, Maria Flávia Figueiredo (orientadora) - UNIFRAN

O ETHOS RETÓRICO DE PRESIDENTAS DA AMÉRICA LATINA

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Mauricio Junior Rodrigues Silva - UNESP

AS 21 VEZES DA MEMÓRIA EM FOUCAULT: CONSIDERAÇÕES SOBRE A MEMÓRIA DISCURSIVA NA

ARQUEOLOGIA FOUCAULTIANA

42 Mauricio Junior Rodrigues Silva, Maria do Rosário F.V. Gregolin (orientadora) - UNESP DA CASA AO TEMPLO DO SABER: IDENTIDADES INTELECTUAIS NA REDE ELETRÔNICA

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Maricília Lopes da Silva, Maria Regina Momesso (orientadora) - UNIFRAN

AS VOZES DO EITO: UMA LEITURA DISCURSIVA SOBRE RELATOS E IMAGENS VIRTUAIS DE

CORTADORES DE CANA

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Pedro Paulo Cardoso Balieiro, Vera Lucia Rodella Abriata (orientadora) - UNIFRAN

A CONSTRUÇÃO DO ATORES “MIGUILIM” E “DITO” EM “CAMPO GERAL” DE GUIMARÃES ROSA

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Priscila Florentino Melo, Vera Lucia Rodella Abriata (orientadora) - UNIFRAN

A SEMIÓTICA COMO PRÁTICA DE LEITURA DE CHARGES

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Raquel da Silva Meira Fortes, Vera Lucia Rodella Abriata (orientadora) - UNIFRAN

OS ESTADOS DE ALMA DO ATOR “BEATRIZ” EM UM ERRO EMOCIONAL

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Rosana Cardoso, Juscelino Pernambuco (orientador) - UNIFRAN

COESÃO E COERÊNCIA EM “RETRATO” DE CECÍLIA MEIRELES

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Rosana Ferrareto Lourenço Rodrigues - IFSP/UNESP

NOVAS TECNOLOGIAS E O ENSINO DE INGLÊS EM CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS AO ENSINO MÉDIO

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Rosimeire Lovo, Maria Regina Momesso (orientadora) - UNIFRAN

FACEBOOK: LEITURA, DISCURSO, SUJEITO E REDES SOCIAIS

47

Saulo Nogueira Schwartzmann - UNESP

A LINGUAGEM E O EROTISMO EM DUKE LEE

47 Vanessa Souza da Silva - UERJ PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO RIO DE JANEIRO

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Vinícius de Almeida Boutelet, Vera Lucia Rodella Abriata (orientadora) - UNIFRAN

“INCOMPATIBILIDADE DE GÊNIOS” UM ESTUDO SEMIÓTICO

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Wellington Rildo da Silva Marques

O USO DO E-MAIL COMO FERRAMENTA DE APOIO À PRODUÇÃO ESCRITA EM LÍNGUA PORTUGUESA

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Wellington Rildo da Silva Marques, Elizangela Maria da Silva

A PRODUÇÃO TEXTUAL MEDIADA PELO ADVENTO DO BLOG

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Resumos - painéis

ANÁLISE SEMÂNTICA DA CANÇÃO “O QUERERES”, DE CAETANO VELOSO

Aline Suzana de Freitas Vaz

Léa Silvia Braga de Castro Sá USC

A canção “O Quereres” de Caetano Veloso é a sétima faixa do disco Velô de 1984. O objetivo deste artigo é a analisar a semântica no processo de interlocução leitor-texto e também apreciar a obra fazendo uso de instrumentos teóricos provenientes das áreas do processo literário, visto que à canção “O Quereres” de Caetano Veloso dialoga com elementos extratextuais na procura de sua clareza e compreensão além de considerar a “canção” como um gênero próprio que possui interfaces com a literatura e com a música, ao mesmo tempo em que se revela autônomo e de difícil categorização. Este trabalho trata também o ponto de vista Extramelódico-textualidades (análise extracancional) este elemento pondera a presença implícita e explícita de elementos externos, ou seja, sua relação com outras canções, sua relação com outros autores, com a tradição poética luso-brasileira, a presença de elementos intertextuais e sua possibilidade de diálogo com elementos da época, da arte e do conhecimento suscitados a partir de um atento processo de leitura-escuta. Contudo busca-se um procedimento analítico que contemple a integridade da obra que conhecemos como “canção” evitando a separação entre letra e música. Palavras- chave: Semântica; Canção; Letra.

AS PRÁTICAS DISCURSIVAS DO PLÁGIO: A AUTORIA DO LOGO EM HOMENAGEM A STEVE JOBS

Ana Márcia Zago Prof. Dr. Fernando Aparecido Ferreira (orientador)

UNIFRAN O trabalho busca investigar quais são os efeitos de sentido das práticas discursivas, sobre o plágio no design, veiculadas na mídia digital de matérias/reportagens e entrevistas dos sites Yahoo, UOL e da versão eletrônica da revista Exame. Ao entender que o profissional de design é reconhecido pela atividade criativa e técnica que visa oferecer soluções dotadas de inovações, funcionalidade e estética, é de extrema relevância que se compreenda quais discursos circulam na internet sobre a questão da autoria e do plágio. E, também, como esses discursos são recepcionados e atuam como referencial de competência criativa do profissional de design. O corpus da pesquisa configura-se na seleção de recortes de publicações diversas do portal de notícias UOL, do site Yahoo e da Exame.com que tratam da autoria do logo criado como homenagem a Steve Jobs por ocasião de sua morte. Este trabalho baseia-se em estudos de abordagem teórico-metodológica e pretende, por meio da Análise do Discurso francesa. É sob a ótica de Foucault, que concebe a autoria como um fenômeno complexo que se assenta a presente análise. Para o filósofo, não existe o autor, mas a “função autor”, que é conceituada por ele como um modo de existência, de circulação e de funcionamento de alguns discursos no interior de uma sociedade que delimitam quem pode dizer e assumir determinado discurso em um determinado tempo e espaço. Assim, o plágio em certa medida acaba por trazer um discurso polêmico em torno da questão da autoria, uma vez que o autor do “primeiro logo”

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considera que o “autor do plágio” conseguiu dar uma nova função ao logo, qual seja: a da representação da morte de Steve Jobs que não era presente no discurso “original”. A análise inicial do corpus revela que o espaço digital funciona como um canal que permite a rápida apropriação de conteúdos discursivos imagéticos, que modificados e alterados podem causar conflitos, relações de força que tendem a determinar quem pode ou não assumir a “paternidade” da criação. Palavras-chave: Discurso; Autoria; Plágio.

COMPETÊNCIA COMUNICATIVA DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Clemilda Felix Correa Profa. Dra. Naia Sadi Câmara (orientadora)

UNIFRAN

Atualmente, observamos uma defasagem na construção da competência leitora dos alunos do Ensino Fundamental e Médio. Este fato pode ser identificado nos resultados dos diferentes instrumentos de avaliação utilizados no país, tais como: SARESP, PROVA BRASIL e ENEM. A fim de verificarmos as causas desse problema, realizaremos, em nosso projeto de mestrado, uma pesquisa com o objetivo de analisar o processo de ensino-aprendizagem da competência leitora de alunos do Ensino Fundamental II de uma Escola Pública Estadual da cidade de Franca. A metodologia utilizada será descritiva e reflexiva com base nas concepções teóricas da obra de Bakhtin e nas bases teóricas da Linguística Textual. Para Koch, a leitura é um processo de construção de sentidos que necessita de estratégias sóciocognitivas que são divididas em três sistemas de conhecimento: conhecimento linguístico ( gramatical e léxica); conhecimento enciclopédico (o de mundo);e conhecimento interacional ( formas de interação por meio da linguagem). Para a constituição do corpus, selecionaremos produções de textos realizadas pelos alunos dos 8º e 9º anos. Selecionaremos, nas propostas de redação, textos de diferentes gêneros a fim de verificarmos o grau de apreensão dos mesmos. Serão utilizados nas atividades um texto literário: Uma galinha de Clarisse Lispector, um texto jornalístico (a escolher) e um clip( a escolher). A partir dessas produções pretendemos identificar as potencialidades e fragilidades apresentadas. Palavras-chave: Competência leitora; Aprendizagem; Gêneros.

PODCAST: SUPORTE DE APRENDIZAGEM E OS EFEITOS DE SENTIDO DO DISCURSO PEDAGÓGICO DE UTILIZAÇÃO

Eduardo Yoshimoto

Profa. Dra. Maria Regina Momesso(orientadora) UNIFRAN

Este trabalho pretende refletir sobre as práticas discursivas pedagógicas, que tratam da utilização de podcasts por professores universitários e de educação básica e quais os efeitos de sentido de tais práticas no que tange a construção da concepção e representação de aprendizagem por meio da audição e sem a presença do professor. A proposta teórica e metodológica escolhida é a perspectiva discursiva francesa, com estudos de Foucault, os

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escritos sobre a modernidade líquida de Bauman e Carvalho com o uso e a taxonomia dos podcasts. O podcast é um arquivo digital de áudio, atualmente este tipo de arquivo pode ser produzido de forma rápida e simples sem grandes custos com software e hardware. Outra característica interessante deste meio é poder ouvi-lo em vários lugares de diversas formas, inclusive realizando tarefas concomitantes a sua execução, além disso, ele possui uma tecnologia de distribuição em massa rápida e simples. Esta pesquisa se faz importante pelo fato de termos poucas pesquisas acadêmicas a respeito desse assunto no país e por esta mídia ainda ter seu potencial pouco explorado educacionalmente e comercialmente. Palavras-chave: Discurso; Podcast; Aprendizagem.

ANÁLISE SEMIÓTICA DE LIVROS INFANTIS: RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E LEITURA NOS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Érika Dias Soares Emerson Izidoro dos Santos

USP Neste trabalho apresentamos uma análise semiótica de uma obra da literatura infantil considerando o seu uso com alunos em processo de alfabetização. Nossa análise baseia-se em conceitos da semiótica greimasiana e tem por objetivo verificar o programa narrativo da história, como, por exemplo, a relação entre sujeito e continuidade estimulada pelo destinador e a descontinuidade imposta pelo antissujeito. Além disso, analisamos os acontecimentos da narrativa e os relacionamos ao quadrado semiótico, com destaque para a potencialização (átona e tônica) entre a realização e a virtualização e finalizamos com a análise do quadro actancial e tensivo, bem como os ajustes tensivos que a narrativa propõe e que regula a apreensão dos acontecimentos. A obra analisada, ‘Essas não são minhas orelhas’, de autoria de Carla Baredes e Ileana Lotersztain, publicada em 2006 pela Editora Callis, conta a história de uma menina chamada Sofia que, em seu sonho, conversa com diversos animais em diferentes ambientes e esses demonstram e explicam-lhe as características e a função de suas orelhas. Esse trabalho é a primeira fase de uma pesquisa de mestrado que pretende abordar o uso de livros infantis como uma estratégia para abordagem de temas de ciências nas séries iniciais. A proposta é a aplicação de uma sequência didática que parta da leitura, mas que vá além, buscando despertar o interesse nas crianças por temas das ciências, ao mesmo tempo em que incentive uma prática de aprendizado social e contextualizado. Palavras-chave: Semiótica; Ciências; Leitura.

AS DIFICULDADES DE COMUNICAÇÃO ENTRE DOCENTES E DISCENTES DOS CURSOS DE DIREITO

Frank Sérgio Pereira Profa. Dra. Naiá Sadi Câmara (orientadora)

UNIFRAN Como professor de um curso de Direito há alguns anos, observamos que uma das principais causas dos problemas de aprendizagem dos alunos relaciona-se com suas dificuldades de

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comunicação. Entendendo como comunicação a capacidade de ler e produzir textos, o objetivo desta pesquisa é apresentar uma análise da competência comunicativa de alunos do curso de Direito de uma universidade particular da cidade de Franca/SP. Partindo, então, do pressuposto de que a capacidade de comunicação é uma das principais competências para a formação profissional verificaremos as fragilidades e potencialidades dessa competência a fim de propor estratégias que auxiliem a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem nestes cursos. Nosso corpus será constituído por textos produzidos pelos alunos ingressantes no ano de 2012. Serão analisadas as produções realizadas nas disciplinas de Linguagem Jurídica e Direito Civil I – Parte Geral, ambas pertencentes à grade do 1º ano do curso. As referidas disciplinas foram escolhidas por serem bases teóricas e práticas para a inserção do acadêmico no curso de Direito: a Linguagem Jurídica trabalha a extensão de conteúdos da disciplina de Língua Portuguesa voltada para o universo jurídico e o Direito Civil por ser a primeira disciplina com a qual o aluno tem contato com o discurso técnico-científico: o Código Civil, que por sua natureza metalinguística apresenta dificuldades de compreensão tanto para o profissional quanto para os alunos. Utilizaremos as concepções teóricas da Linguística textual, especialmente os trabalhos de Koch. Com base numa concepção sócio interacionista, a autora define o conceito de leitura como um processo de construção de sentidos que ocorre na interação sujeito-texto. Esse processo exige várias estratégias que segundo Koch se divide em 3 sistemas de conhecimento: conhecimento linguístico (gramatical e lexical); conhecimento enciclopédico ou de mundo (repertório pessoal e cultural); conhecimento interacional (ilocucional, comunicacional, metacomunicativo e superestrutural). Palavras-chave: Competência comunicativa; Leitura; Prática docente.

TRISTEZA E SAUDADE: ANÁLISE SEMIÓTICA DO POEMA “SÁ-CARNEIRO”

Jéssica Cristina Celestino Prof. Dr. Matheus Nogueira Schwartzmann (orientador)

UNIFRAN A presente pesquisa, que está inserida no âmbito do projeto intitulado “Linguagens, Códigos e Tecnologias: práticas de ensino de leitura e de escrita na Educação Básica – Ensino Fundamental e Médio”, financiado pelo Observatório da Educação, pretende levar a escolas de Educação Básica análises textuais de poesias visando, ao mesmo tempo, desenvolver práticas de leitura com os alunos, estimulando a análise investigativa, e desmistificar a complexidade considerada inerente a esse gênero. Para este trabalho, estabelecemos como córpus o poema “Sá-Carneiro”, de Fernando Pessoa, por ser pouco conhecido pela crítica e tratar de maneira inusitada a figura do poeta modernista português Mário de Sá-Carneiro, pouco estudado nas escolas do Ensino Básico. No poema em questão, observamos a existência um enunciado de estado inicial que aponta para a relação do sujeito “Fernando Pessoa” com o objeto “amigo Sá-Carneiro” e um enunciado de fazer do sujeito “morte” que acaba por transformar a relação do sujeito com esse objeto, mudando assim os seus estados afetivos, levando-o, graças à disjunção, a estados de “tristeza” e “saudade”. Desse modo, o objetivo do trabalho é apresentar uma análise semiótica modelar, apoiada nos preceitos propostos pela teoria semiótica francesa, sobretudo, nos conceitos de figuras e temas, isotopia, paixões e formas de vida, que descreva o universo figurativo construído em torno desses afetos instaurados no texto, buscando evidenciar como tais sentimentos ligam-se à noção de amizade pessoana. Palavras-chave: Prática de leitura; Poesia; Paixões.

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PROGRAMA UM COMPUTADOR POR ALUNO: A FORMAÇÃO DE EDUCADORES DA ESCOLA ESTADUAL JERÔNIMO MILHOMEM / LIMOEIRO DO AJURU-PA

Laura Viviani dos Santos Bormann Hamilton Vieira de Oliveira

UFPA

O presente painel traz sucintamente a experiência de formação de professores do Programa Um Computador por Aluno, que em sintonia com o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE e com os propósitos do Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo, visa criar e socializar novas formas de utilização das tecnologias digitais nas escolas públicas brasileiras, para ampliar o processo de inclusão digital escolar e promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação. O programa está em sua segunda fase experimental e por isso abarca apenas algumas escolas do Brasil. Uma das escolas contemplada pelo projeto é a Escola Estadual Jerônimo Milhomem no município de Limoeiro do Ajuru-PA, na qual empreendemos a etapa de formação dos professores, gestores e alunos monitores. As atividades elaboradas foram semipresenciais e buscou auxiliá-los sobre a inserção dos equipamentos portáteis no cotidiano escolar e, sobretudo, de sua utilização de forma pedagógica. A chegada dos computadores à escola trouxe desafios novos à formação e exigiu de gestores e professores uma preparação e postura fincada nos objetivos de ensino e aprendizagem dos educandos por meio de recursos tecnológicos. Apesar das várias carências estruturais a formação deu-se de maneira satisfatória com o empenho surpreendente de toda a comunidade escolar (administração, professores, pais e alunos) que conseguiram superar os entraves e já se encontram numa outra etapa do programa que é o uso dos laptops em sala de aula. Palavras-chave: Formação de Professores; Inclusão Digital; Laptops Educacionais.

INTERTEXTUALIDADE ENTRE UM FILME E UM ROMANCE

Márcia Regina Bregagnoli Prof. Dr. Juscelino Pernambuco (orientador)

UNIFRAN O texto literário atrai o leitor à medida que provoca nele um verdadeiro choque de reconhecimento. O leitor pode reconhecer-se no texto naquilo que ele traz de valores e mensagens. Assim, leitor competente é o que consegue perceber no texto as diferentes vozes que nele estão presentes e o diálogo que ele trava com outros textos. O presente trabalho propõe enveredar-se na tentativa de evidenciar alguns dos conceitos de intertextualidade e dialogismo na leitura do filme “A letra escarlate”, lançado em 1995, e o livro “Frei Luiz de Sousa”, escrito em 1844, por Almeida Garret. Com base na teoria da Linguística Textual, especialmente em Koch (2008) e Marcuschi (2009) e nas reflexões e descobertas de Bakhtin (2003), faremos uma análise intertextual do diálogo que se verifica entre o filme e o romance citados. O contexto histórico em Frei Luiz de Sousa é o da moralidade religiosa lusitana que não deixava margens para a aceitação do adultério. Já o contexto do filme, que se deu no início da colonização dos E.U.A., o adultério já podia ser tolerado. O objetivo do trabalho será comprovar se existe o diálogo intertextual entre o filme e o romance com base na visão de

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Bakhtin e dos estudiosos da Linguística Textual. A metodologia consistirá na análise da organização textual do romance e da organização própria do filme e da observação dos valores predominantes nos dois gêneros distintos. Espera-se com este trabalho verificar os diferentes modos de intertextualidade entre gêneros diferentes e propor alternativas de possibilidades de leituras comparativas entre um filme e um romance.

Palavras-chave: Linguística Textual; Filme; Romance.

O SUJEITO IDOSO NA REDE ELETRÔNICA: MOVIMENTOS DE SENTIDOS

Maricília Lopes da Silva UNIFRAN

A temática da melhor idade tem sido muito estudada por vários pesquisadores, pois a maior parte da população mundial é constituída de idosos. O envelhecimento tem levado muitas pessoas à deterioração da rede social, visto que, nesta fase, ocorre a perda de amigos, de parentes, de cônjuges e até mesmo o isolamento provocado pela solidão e abandono. Com o advento da internet, observa-se uma revolução social que traz à tona um envolvimento diferenciado nos relacionamentos pessoais e um movimento interativo capaz de aproximar usuários de todas as faixas etárias, inclusive, idosos. O estudo, de cunho teórico, qualitativo e comparativo dos dados, é parte das pesquisas realizadas no curso de graduação em Letras/Espanhol, da Universidade de Franca, e, é pautado nos pressupostos da Análise do Discurso francesa, especialmente nos trabalhos relacionados aos estudos de Michel Pêcheux e os conceitos de sujeito e discurso, numa abordagem acerca da rede eletrônica, sua estrutura e movimentos relacionados ao sujeito-navegador. Tomamos como corpus o blog http://amis95.blogspot.com, em língua espanhola, de uma senhora de 95 anos de idade, Maria Amélia, como modalidade discursiva, buscando investigar os discursos que permeiam este ambiente virtual e compreender como se constitui o sujeito, os sentidos dados pela memória e condições de produção do dizer apresentado no blog e analisar a inserção social na internet. Palavras-chave: Análise do Discurso; Rede eletrônica; Melhor idade.

GESTÃO EDUCACIONAL, TECNOLOGIA E MARKETING DESAFIOS NA FORMAÇÃO DE SABERES

Marilda Franco de Moura Centro Universitário UNISEB Interativo

Este artigo discute informações sobre a aplicação dos conceitos e da importância da tecnologia e do Marketing educacional como instrumentos de gestão pelas instituições de ensino a distância. Qual o conceito de marketing e como ele contrasta com a gestão educacional? Que tarefas básicas desempenham os gestores de instituições ou gestores de marketing para a busca da qualidade de ensino? Em que mercado devemos procurar nos inserir? Enquadrado no pensamento estratégico, a educação é um processo social, em plena competitividade. Nessa perspectiva, o uso da tecnologia e a “criação de Marketing” são alternativas novas às empresas do setor educacional, e surge enquanto uma política, que procura resultados

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positivos, reais e duradouros, vista à queda de captação de alunos e receita dessas instituições. O sujeito do fazer educação somos nós que, inseridos na comunidade, num tempo e espaço, assumimos e caracterizamos a realidade. E, hoje, essa realidade é transposta pela presença da tecnologia e do Marketing educacional. É nesse contexto que buscamos alianças estratégicas para inovações em educação que comunicam o espaço ocupado pela gestão escolar, uma vez que nele se expressa o delineamento de metas a serem seguidas, construídas e legitimadas na formação de uma educação de qualidade, o qual se torna marca identitária da escola. Palavras-chave: Gestão educacional; Tecnologia; Marketing.

ESTRATÉGIAS ENUNCIATIVAS EM “SUBSTÂNCIA” DE GUIMARÃES ROSA

Mateus César Oliveira da Silva

Profa. Dra. Vera Lucia Rodella Abriata (orientadora) UNIFRAN

RESUMO: O conto “Substância”, do livro Primeiras Estórias, de João Guimarães Rosa, é corpus constituinte de nossa pesquisa que se fundamenta na teoria semiótica francesa. Temos como objetivo analisar as estratégias enunciativas utilizadas pelo enunciador na construção da história, observando o modo de projeção do narrador, do espaço e do tempo na narrativa e os efeitos de sentido criados no texto a partir de tais projeções. Objetivamos também analisar o caráter mitopoético do texto, observando as figuras e temas que nele se manifestam. O narrador relata a história de amor entre os atores Maria Exita e Sionésio, utilizando a figura do polvilho como auxiliar mítico. Nesse sentido, a moça que era temida por todos, pois parecia ter o destino para sempre marcado pelo sofrimento: fora abandonada pela mãe prostituta, o pai era leproso e os irmãos criminosos, a partir do contato com o polvilho, tem seu destino transformado. Essa transformação também se dá devido a sua relação afetiva com o ator Sionésio, que assume inicialmente o papel temático de seu patrão em cuja fazenda ela trabalhava. Assim, seu trabalho com o polvilho, e a brancura simbólica que ele representa, tem o poder de fazer com que Sionésio magicamente esqueça seu trágico passado e a peça em casamento. Palavras-chave: Guimarães Rosa; Semiótica; Estratégias enunciativas.

AMÉLIA OU LULUZINHA: O ETHOS FEMININO NA REDE SOCIAL TUMBLR

Michelle Aparecida Pereira Lopes Profa. Dra. Maria Regina Momesso (orientadora)

UNIFRAN Objetiva-se neste trabalho refletir sobre as práticas discursivas e a constituição do ethos feminino de adolescentes de uma escola particular da cidade de São Sebastião do Paraíso, faixa etária de 13 e 15 anos, na rede social Tumblr, bem como essas práticas e a imagem de si podem servir de subsídio para entender melhor o mundo das adolescentes fora do âmbito escolar, que tem ainda forte influência no espaço da escola. O arcabouço teórico e metodológico escolhido é a perspectiva discursiva francesa, nos estudos de Maingueneau e Amossy, em relação aos conceitos de ethos e imagem de si, de Telles quanto a escrita feminina

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e de Chartier, Marinho e Orlandi quanto às questões das práticas de leitura. As jovens do século XXI não são como os do século XIX, tampouco como os do século XX, visto que vivenciam uma história diferente e estão cercadas de novos modos de pensar e de dizer, ainda que nestes possam ser identificados traços discursivos de outros tempos, ou seja, um já lá, um já dito, como por exemplo, o romantismo de séculos passados. Os lugares discursivos, especialmente o do feminino, são diferentes neste século, principalmente nas redes sociais como o Tumblr, em que as adolescentes produzem discursos que tentam fugir do estereótipo da ‘Amélia’ e da ‘submissão’ e, sobretudo, de ‘dependência’. Essas adolescentes parecem buscar o lugar discursivo de seu tempo, em que se destacam a independência da mulher, a liberdade de pensamento e de atitudes e o reconhecimento profissional. Essa pesquisa é interessante por permitir entender um pouco do universo feminino das adolescentes fora do âmbito escolar e verificar em que medida a escrita delas pode servir de subsídio para elaboração de estratégias de abordagem para o ensino de leitura e produção de textos na escola. Palavras-chave: Discurso; Ethos feminino; Redes sociais.

AS PRÁTICAS DISCURSIVAS E OS EFEITOS DE SENTIDO DA HARPER`S BAZAAR NA SUA EDIÇÃO DE ESTREIA NO BRASIL

Orlando Aparecido Cabrera Prof. Dr. Fernando Aparecido Ferreira (orientador)

UNIFRAN

O presente estudo busca analisar as práticas discursivas e os efeitos de sentido da escrita e da imagem de si e do outro, sugeridos pela edição de estréia da revista Harper’s Bazaar no Brasil. Este exemplar, que configura o corpus da pesquisa, apresenta, em sua carta editorial, os propósitos da revista e a relação que ela pretende estabelecer com suas leitoras, a saber: valorizar o que está nas ruas e não só o que está nas passarelas, “sugerir” e não “ditar” moda, reconhecer a leitora como alguém que tem “personalidade marcada, identidade, informação e inteligência de sobra para perceber este universo (da moda) e assim seguir seu próprio estilo”. Considerando-se a revista como um todo, percebe-se a presença de um conflito entre o texto do editorial e as demais matérias e anúncios publicitários que compõem a edição. O editorial contém um discurso que idealiza a leitora da “Harper’s Bazaar” como um sujeito dono de si, com liberdade para escolher e ditar a sua própria moda. Entretanto, as outras seções da revista contêm dicas que propõem à leitora maneiras de se diferenciar sem “cair no ridículo”, informações sobre tendências, anúncios e imagens que reforçam um padrão de beleza que acaba por estabelecer limites para a citada “liberdade”. Baseando-se em estudos de abordagem teórico-metodológica, este trabalho pretende, por meio da Análise do Discurso francesa, empregar os conceitos de Foucault para identificar, no discurso do objeto de estudo, como se constitui a imagem de si da revista e do seu público leitor e as relações de saber e poder presentes neste processo. Palavras-chave: Discurso; Moda, Revista.

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A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO EM “MEIO COVARDE”

Renata Cristina Duarte Profa. Dra. Vera Lúcia Rodella Abriata (orientadora)

UNIFRAN

O corpus constituinte desta analise é o conto “Meio Covarde” presente no livro O ladrão de sonhos e outras historias, do autor Ivan Ângelo. Nesse conto o enunciador projeta um narrador que relata um episódio de sua vida ocorrido quando ele ainda era jovem. Nesse período, ele conheceu uma mulher, então sua vizinha, bem mais velha, e o texto trata do envolvimento entre eles e da iniciação sexual e amorosa do sujeito protagonista. Respaldamo-nos na teoria semiótica de linha francesa como referencial teórico por meio do qual objetivamos analisar a construção desse sujeito como ator, descrevendo seus papéis actanciais, temáticos e patêmicos e as transformações de estado que ele sofre a partir das experiências vivenciadas. Para isso, partimos da concepção de texto como objeto de significação e fazemos uma descrição de sua estruturação interna que o tece como um todo de sentido, focalizando essencialmente a construção do ator protagonista e seu percurso narrativo, assim como a relação que estabelece com o outro sujeito, a mulher madura, que passa a ser seu objeto-valor. Devemos ressaltar que, em semiótica, as estruturas narrativas simulam a história do homem em busca de valores que dão sentido a sua existência. Esta análise faz parte da nossa pesquisa de iniciação científica desenvolvida no âmbito do projeto “Linguagens, códigos e tecnologias: práticas de ensino de leitura e de escrita na educação básica – ensino fundamental e médio”, desenvolvido na UNIFRAN e financiado pelo Observatório da Educação. Nesse projeto, analisamos contos contemporâneos, que focalizam a construção da subjetividade do jovem, figurativizados nos textos, com o objetivo de aplicar os conhecimentos adquiridos à prática de leitura de textos litePrários nas salas de aula de ensino médio. Palavras-chave: Conto contemporâneo; Ator; Subjetividade.

DA PAIXÃO À MOTIVAÇÃO: O ESTUDO DO INGLÊS NA VIDA DOS ADOLESCENTES

Sinelle Duarte

Profa. Dra. Maria Flávia Figueiredo (orientadora) UNIFRAN

Autores como Bzuneck (2000) e Balancho & Coelho (1996) advogam que a motivação pode ser entendida como aquilo que suscita ou incita uma conduta, ou seja, é aquilo que move uma pessoa, colocando-a em ação ou fazendo-a mudar de curso. Já Aristóteles, instigado pelo entendimento das reações humanas frente aos diferentes discursos, postulou: paixões são sentimentos que alteram as pessoas de tal modo, que fazem diferir seus julgamentos. Sendo assim, o presente estudo pretende analisar a correlação entre as paixões despertadas nos alunos e o nível de motivação apresentado por eles durante o aprendizado da língua inglesa. Sabemos que o aprendizado do inglês e a língua inglesa em si despertam diferentes paixões nos alunos e essas acabam por influenciar a motivação que possuem frente o aprendizado da língua. Portanto, a fim de rastrear a presença das paixões nos aprendizes desse idioma, neste estudo, serão analisadas redações escritas por dois grupos de alunos adolescentes: o primeiro constituído por alunos que frequentam um curso de idiomas e o segundo, por alunos que têm acesso ao ensino da língua somente no ambiente escolar. A constituição desse corpus se deu de forma que pudéssemos confrontar essas duas realidades de ensino a partir de redações em

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que os alunos expõem o papel que o aprendizado do inglês exerce em suas vidas. Para a análise desses textos far-se-á uso da teoria da Argumentação e da Retórica por meio da análise das paixões segundo Aristóteles. Com esse estudo, pretende-se atingir uma compreensão mais abrangente do conceito de motivação a partir das reflexões ocasionadas pelo estudo das paixões. Palavras-chave: Língua inglesa; Paixões; Motivação.

O DICURSO PEDAGOGICO NOS CURSO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Sumaya Florence Tavares da Silva Profa. Dra. Naiá Sadi Câmara (orientadora)

UNIFRAN Com base em nossa experiência docente em cursos superiores na modalidade EAD de uma Universidade particular de Franca, observamos que o material didático utilizado nesses cursos apresenta problemas em sua estrutura, no conteúdo e inclusive no seu desenvolvimento. A fim de identificar as fragilidades e potencialidades desse material, pretendemos analisar o discurso pedagógico utilizado em diferentes graduações oferecidas a distância com o objetivo de identificar as características que configuram o gênero didático utilizado na modalidade EAD. Os cursos em EAD se caracterizam por ser mais acessível financeiramente e por possuir a condição de o aluno fazê-lo sem a presença física na Instituição a partir de qualquer lugar, por meio de um computador com acesso à internet. Os alunos após a matrícula recebem um código de aluno que lhe dará entrada no ambiente virtual educacional. Neste espaço, ele possui links com o respectivo material, que é oferecido no formato digital e impresso. Para caracterizar esse gênero observaremos o tipo de material utilizado – apostila, livro didático entre outros, sua estrutura textual, as linguagens utilizadas e as estratégias de persuasão. A partir da identificação dos pontos positivos e negativos, objetivamos propor um manual de orientação para a produção desse tipo de material. Nossa pesquisa terá como base teórica as concepções da Linguística textual e o conceito de gênero segundo Bakhtin. Para o autor, gênero discursivo é definido como modelos discursivos que relacionam-se às praticas sociais e se caracterizam pelo tema, pelo estilo e pela compocionalidade. Palavras-chave: Linguística Textual; Gênero Discursivo; Bakthin.

AS VOZES IDEOLÓLOGICAS E DIALÓGICAS NA PERSONAGEM MACÁRIO DE ÁLVARES DE AZEVEDO

Trindade Viana Souza

UNIFRAN Este artigo tem por objetivo traçar uma análise dialógica e ideológica na peça teatral ‘Macário’, de Álvares de Azevedo. Para tanto se desenvolverá uma análise observando como esses diálogos e ideologias são manifestadas pelas personagens: Diabo e Penseroso e como eles além de contribuem para a formação ideológica de Macário, personagem protagonista da obra, também evidenciam os valores da vida, da literatura, das mulheres e da arte, em um determinado momento histórico e cultural – o Romantismo – no Brasil. Também será verificado como essas vozes representam e retratam a ideologia da proposta Ultrarromântica brasileira. Para desenvolver esse nosso estudo, tomaremos por base teórica, os estudos e teorias de Makhail Bakthin acerca dos conceitos de dialogismo e ideologia, depois iniciaremos

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uma investigação no corpus para analisar os diálogos travados entre os personagens teatrais da obra em questão: o Diabo e Penseroso. Essa pesquisa se justifica para ajudar a compreender como as vozes ideológicas e as relações dialógicas manipulam e condicionam as ações e comportamentos do sujeito protagonista Macário e também para auxiliar em uma possível leitura interpretativa da mesma. Acredita-se que esta pesquisa, além de contribuir para os nossos estudos enquanto pesquisadores, também auxiliará leitores da obra de Álvares de Azevedo, bem como de outras obras literárias. Palavras- chave: Dialogismo; Ideologia; Álvarez de Azevedo.

A CONSTRUÇÃO VIRTUAL DO SUJEITO ADOLESCENTE DO ENSINO MÉDIO NO FACEBOOK

Ythallo Vieira Borges

Profa. Dra. Maria Regina Momesso (orientadora) UNIFRAN

O presente estudo faz parte do Projeto Observatório da Educação 2010 intitulado "Linguagens, Códigos e Tecnologias: Práticas de Ensino de Leitura e de Escrita na Educação Básica - Ensino Fundamental e Médio", realizado pelo Mestrado em Linguística da Universidade de Franca. O Facebook é uma rede social que oferece recursos para interação com outros usuários por meio de informações e compartilhamento de interesses. Objetiva-se observar como se dá a construção do sujeito virtual do adolescente de ensino médio no facebook, por meio da análise de suas práticas discursivas, de leitura e escrita que emergem neste espaço virtual. Entende-se que é por meio das práticas discursivas, de leitura e de escrita que se tece o sujeito, uma vez que, ao escrever, este sujeito mostra em seu dizer toda a conjuntura social, à qual está vinculado, seus modos de ver, pensar e sentir o mundo. Para desvelar o processo de constituição do sujeito discursivo, é preciso pensá-lo como um ser que fala de uma instância que é social-histórica e ideologicamente marcada pelas relações de saber e poder. Entende-se que o conceito de ensino de leitura e de escrita na escola é instituído pela sociedade por meio de racionalidades políticas. Discursos sobre questões de dificuldades de adolescentes do ensino médio nas habilidades de escrita e leitura tornaram-se comum na sociedade e na mídia. Diante desse cenário, entende-se que para a construção de bons leitores e/ou escritores é necessário conhecer quem são esses adolescentes, o que escrevem e, por fim, como pensam, como sentem o mundo e a vida, e o facebook é um espaço que proporciona ao sujeito a expressão de seu discurso. E ao conhecermos as condições de produção, recepção e circulação de discursos dos adolescentes dos mais variados perfis no facebook, poderemos chegar à concepção do modo como se dá a construção desse sujeito. Suas preferências e suas leituras podem revelar -nos caminhos para o trabalho em sala de aula na produção de textos e/ou no ensino de leituras que possam ser interessantes e prazerosas para esse sujeito que se encontra em plena formação de caráter, ideias, enfim, alguém que se prepara para entrar na fase adulta. Palavras-chave: Facebook; Discurso; Sujeito.

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Resumos - Comunicações individuais

ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS PRESENTES EM LIVROS DIDÁTICOS DIRECIONADOS AOS CUIDADORES DE SAÚDE

Adilson Pereira Teodoro Profa. Dra. Maria Flávia Figueiredo (orientadora)

UNIFRAN Historicamente conhecida e destacada como a ciência do bem cuidar, a enfermagem tem como um de seus pilares a qualidade na atenção dispensada aos clientes, sobretudo àqueles que se encontram hospitalizados. Esta atenção é tanto melhor quanto maior for o conhecimento obtido junto ao cliente/paciente a ser cuidado. Desta forma a interação cuidador-paciente torna-se fundamental na determinação das práticas que poderão ser adotadas para o atendimento das demandas deste paciente, bem como no tipo de relação que será estabelecida entre os agentes envolvidos no processo terapêutico. É imprescindível, para que haja trocas entre cuidador e paciente, tanto para o primeiro, na sua necessidade de julgamento e definição do estado clínico, quanto para o segundo, na expectativa de bom atendimento e reestabelecimento da sua saúde, que a comunicação seja eficiente. Consequentemente, o domínio de habilidades comunicativas é imperativo para o profissional cuidador de saúde, haja vista a constância das relações que se estabelecem. Assim, buscando compreender como estes profissionais são formados antes de chegarem ao mercado de trabalho e como o processo comunicativo é abordado nas faculdades, propomos um olhar sobre as obras (livros, revistas especializadas, teses acadêmicas entre outras) que se reconhecem como didáticas no ensino de comunicação em Enfermagem, utilizando como sustentação teórica para esta análise os conceitos da Teoria da Argumentação contidos nos estudos de Reboul, Perelman & Olbrechts-Tyteca, Meyer e Abreu. Nosso objetivo primeiro é identificar a presença de possíveis técnicas argumentativas nas propostas que tratem da questão da interação cuidador-paciente, por considerar o aspecto persuasivo um dos principais veículos de acesso à realidade do indivíduo a ser tratado. Pretendemos ainda observar, nas referências bibliográficas dos instrumentos pedagógicos analisados, a presença de possíveis fundamentos teóricos oriundos de estudos linguísticos, que até o presente estágio desta pesquisa, constituem a maior carência das publicações na área da Enfermagem. Palavras-chave: Estratégias argumentativas; Livro didático; Interação cuidador-paciente.

ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS EM ENTREVISTA TELEVISIVA

Adriana Carla Ap. de Oliveira Gonçalves Profa. Dra. Maria Flávia Figueiredo (orientadora)

UNIFRAN Em um país onde a baixa escolaridade e a falta de leitura é fato recorrente, é comum que a informação acerca dos acontecimentos nacionais e internacionais ocorra por meio de telejornais. É o que acontece no Brasil, principalmente em época de eleições. Durante esse período, os telespectadores têm a oportunidade de assistir a inúmeros debates, programas com políticos e entrevistas com o objetivo de persuadir os eleitores. E uma ótima oportunidade para os eleitores conhecerem os seus candidatos são as entrevistas. Por isso, a escolha de um telejornal que atenda às necessidades dos telespectadores e que possua

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entrevistadores competentes e que saibam argumentar com firmeza e respeito é de grande importância. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar os aspectos argumentativos utilizados pelos entrevistadores na construção de suas perguntas. A entrevista utilizada como corpus de análise foi realizada no dia 9/8/2010, pelo Jornal Nacional – Rede Globo – durante o primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil. Dilma Rousseff foi a candidata entrevistada. Em termos metodológicos, efetuou-se, primeiramente, a gravação da entrevista, disponível em um site da Internet e, em seguida, foi feita a sua transcrição. A partir daí, iniciou-se a análise do corpus. A fim de observar as muitas formas em que a argumentação apareceu no texto, a análise baseou-se nos preceitos da argumentação e da retórica desenvolvidos pelos teóricos Citelli (2002), Perelman & Olbrechts-Tyteca (2005), Reboul (2004), Abreu (2009), Ferreira (2010), Cabral (2010), Koch (2008), Ducrot (1987). Pôde-se observar que os entrevistadores se valem de estratégias argumentativas na construção de suas perguntas, podendo levar os telespectadores a confiar na veracidade de seus enunciados. Palavras-chave: Argumentação; Entrevista; Telejornal.

A RUPTURA ENTRE OS ÉTHE PROJETIVO E EFETIVO DE SANDY, NO SLOGAN “TODO MUNDO TEM UM LADO DEVASSA”

Adriana Pernambuco Montesanti Prof Dr. Juscelino Pernambuco (orientador)

UNIFRAN

A polifonia da enunciação que foi concebida por Ducrot tem fundamento na teoria da polifonia literária de Bakhtin e toma como objeto de análise as vozes que se fazem presentes nos enunciados, mesmo os não-literários. Pensa-se no locutor e no enunciador do discurso, não mais na perspectiva da unidade do sujeito, mas agora no sentido crítico dessa unicidade. Para Ducrot, existem dois tipos de sujeito: o locutor e o enunciador que apresentam diferentes pontos de vista e são os protagonistas da enunciação. Com base na polifonia, na perspectiva de Ducrot, pretende-se analisar o slogan “Todo mundo tem um lado Devassa”, na propaganda de uma cerveja de nome Devassa. O objetivo do trabalho é mostrar possíveis vozes que se confrontam no texto, representadas pela mídia, observando os aspectos morais, sociais, conceitos, ideologias e também os objetivos específicos da empresa na escolha pela cantora para a criação desse slogan. A cantora Sandy, tida como modelo de boa moça, traz outras possíveis leituras através de uma ruptura estabelecida a partir do slogan, entre os Éthe projetivo e efetivo, que, de acordo com as contribuições de Meyer, são conceituados como “ethos projetivo” aquele que é construído no discurso e o“ethos efetivo” que está relacionado ao sujeito/orador em sua ação real. Partindo do pressuposto de que váriaz vozes se instauram nessa ruptura, pretende-se analisar a imagem exemplar de boa moça que foi construída pela cantora Sandy durante sua carreira, sob uma ótica controversa, agora reconstruída pelo slogan. A mudança de comportamento e de aparência física da cantora, que agora aparece loura e com vestes mais sensuais, reforçaram esse imediato estranhamento e questionamento da mídia. A metodologia utilizada é a de revisão bibliográfica, através da consulta dos livros, revistas, artigos-científicos e do slogan, observando o antes e o depois da ruptura do Ethos. Palavras-chave: Polifonia; Ethos; Slogan.

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O INTERACINISMO BAKHTINIANO E O LIVRO DIDÁTICO

Ana Claúdia Garcia de Carvalho Prof. Dr. Juscelino Pernambuco (orientador)

UNIFRAN O objetivo deste trabalho é analisar o modo como se realiza o ensino de gramática com base no livro didático e discutir novas possibilidades pedagógicas, com base na interação verbal. A fundamentação teórica deste trabalho serão as reflexões de Mikhail Bakhtin sobre o interacionismo e os estudos de Geraldi (1997) sobre a Análise Linguística.Pretende-se analisar o livro didático intitulado Português Linguagens, 8ª série (9° ano), da autoria de Willian Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães, para verificar se os princípios teóricos que fundamentam os exercícios gramaticais propostos para o trabalho do professor estão baseados nas orientações dos PCNs e no interacionismo verbal na perspectiva bakhtiniana.A interação verbal é a realidade fundamental da língua, e o discurso é o modo pelo qual os sujeitos produzem essa interação, um modo de produção social da língua. A problematização do trabalho está contida em perguntas como: Por que não fazer da situação de ensino um momento de interação com a vida social dos alunos? Por que ignorar as hipóteses do aprendiz, se é com base nelas que o sujeito elabora conhecimento novo? Espera-se, com esta pesquisa, comprovar que o ensino de gramática poderá ser mais produtivo, se o professor conseguir promover na sala de aula a interação verbal incessante entre os alunos, com base no uso da língua e não fizer do ensino apenas a busca do saber a respeito da língua. Palavras-chave: Livro didático; Ensino de gramática; Bakhtin; PCNs; Análise linguística.

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E SUAS IMPLICAÇÕES NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Ana Paula Corrêa Pimenta Santos UFG

A despeito de incorrer em lugar-comum, retomar o tema da variação linguística e o trabalho dedicado a ela em sala de aula, é oportuno e inevitável já que a realidade do ensino de língua portuguesa (em grande parte do país) ainda efetiva-se por uma prática pedagógica anacrônica e conservadora, baseada, sobretudo, em uma concepção de língua que toma a língua padrão (ou norma culta) como a verdadeira (e única) língua; oficializada como tal em detrimento das demais “línguas” faladas em toda sua variabilidade. Observa-se que a língua é constituída por numerosas variações que podem manifestar-se tanto na fala quanto na escrita, gerando diferenças fonéticas, sintáticas, morfológicas, lexicais, semânticas e pragmáticas. Assim, a variação linguística é consequência da propriedade da linguagem de nunca ser idêntica em suas formas através da multiplicidade do discurso. Diante disso, propõe-se uma discussão sobre a relação oralidade/escrita, mediante análise da interferência da variedade linguística do aluno no processo de consolidação da escrita. Na verdade, são vários os fatores que levam o alunado a transpor em seus textos escritos a sua fala. Um desses fatores é o próprio ensino da gramática, que na maioria dos casos se confunde no ensino de uma nomenclatura, e a análise, particularmente, sintática, de sentenças descontextualizadas. Desta feita, o aluno não consegue associar e compreender as regras isoladas contidas na gramática, tampouco entender que a escrita e a fala são processos distintos. Por esse motivo é comum encontrar nos textos escritos, marcas oriundas de sua variação linguística, mais comumente utilizada na

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fala. Portanto, pretende-se refletir sobre a importância dos conhecimentos linguísticos como requisito essencial para formação e atuação dos professores de língua. Palavras-chaves: Língua, variação linguística, ensino, escrita.

O ESTATUTO DO IDOSO SOB A PERSPECTIVA DA ANÁLISE DO DISCURSO

Andreia Maria Ribeiro Silva Profa. Dra. Maria Regina Momesso (orientadora)

UNIFRAN O presente trabalho toma como corpus de análise a Lei n° 10.741, de 1° de Outubro de 2003, que “dispõe sobre o Estatuto do Idoso”. A referida Lei é parte integrante de um conjunto de práticas discursivas que dotam a velhice de significação, a partir de imagens pré-construídas que passam a nortear o modo de apreensão da realidade contemporânea do idoso. As diversas formas de representação da velhice presentes no Estatuto evidenciam o interdiscurso que permeia cada título, capítulo e artigo dessa Lei, a qual é a materialização de discursos políticos, sociais e de especialistas na área que afirmam se esforçarem para garantir uma vida digna à população idosa do Brasil. Nesse sentido, o que se pretende é a análise do discurso jurídico sobre o idoso brasileiro presente na Lei nº 10.741/2003, de modo a captar, nos diversos artigos de lei, efeitos de sentido possíveis para a velhice e como estes constroem a representação do idoso brasileiro. Para tanto se optou pela perspectiva discursiva francesa, a qual possibilita a análise das condições sócio históricas do surgimento do discurso jurídico sobre o idoso presente no Estatuto do Idoso. A metodologia de pesquisa pauta-se na análise qualitativa, discursiva e comparativa dos dados, bem como na pesquisa bibliográfica. Os resultados preliminares sugerem que as condições psíquicas, biológicas e sociais interferem diretamente na maneira como cada sujeito e a própria sociedade concebem essa fase da vida humana. Posto isto, parece ser impossível ignorar tais condições mesmo no processo legiferante. Assim, o interdiscurso que permeia o Estatuto do Idoso, traz em seu bojo uma relação marcada pelo conflito: integridade/capacidade/autonomia vs fragilidade/limitação/dependência. Os efeitos de sentido provocados por esse discurso conflituoso e por vezes polêmico demonstram e ressaltam a fragilidade, a dependência e a falta de perspectiva e autoestima do idoso, além da disforização dessa fase da vida por parte do próprio idoso e da sociedade em geral. Logo, é preciso repensar os lugares discursivos que engendram o imaginário sobre o idoso na sociedade brasileira, a fim de desmistificar sua condição e garantir-lhe uma vida mais plena e cidadã.

Palavras chave: Efeitos de sentido; Idoso; Discurso jurídico.

O ÉTHOS DO APÓSTOLO PAULO MANIFESTADO NA II ESPÍSTOLA AOS CONRÍNTIOS

Carlos Cesar Silveira

Profa. Dra. Maria Flávia Figueiredo (orientadora) UNIFRAN

A bíblia, como um dos pilares da literatura universal, tem em Paulo um de seus mais relevantes escritores. Sendo assim, o presente trabalho, à luz dos estudos retóricos, tem como objetivo analisar o éthos do apóstolo Paulo a partir de escritos a ele atribuídos nos textos bíblicos. Entre as várias cartas escritas por Paulo encontradas na bíblia (Romanos, I e I

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Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossensses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito e Filemon), selecionamos como corpus do presente trabalho, a II Epístola de Paulo aos Coríntios. Nesta carta Paulo fala de sua experiência com Deus e de seu relacionamento com a igreja de Corinto, procurando orientá-la contra as mensagens (heresias) pregadas pelos falsos mestres. A escolha desse corpus se deu pelo fato da II Epístola aos Coríntios ser uma carta em que Paulo se revela como homem, apresentando diferentes facetas de sua personalidade. Nosso arcabouço teórico compreenderá os diferentes estudos a respeito da constituição do éthos a partir dos estudos retóricos. Para isso, fundamentaremos nosso trabalho em autores como: Aristóteles, Michel Meyer , Ruth Amossy, Ekkehard Eggs e Galit Haddad. Em termos metodológicos, efetuaremos uma pesquisa bibliográfica, com uma abordagem qualitativa de análise a fim de atingir o objetivo proposto. Palavras-chave: Paulo; Éthos; Coríntios

DISCURSO PEDAGÓGICO E LETRAMENTO: UMA ANÁLISE DE TEXTOS DO MATERIAL DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Carolina Taciana Pinati Profa. Dra. Naiá Sadi Camara (orientadora)

UNIFRAN

Resumo: O objetivo desta comunicação é analisar o discurso pedagógico apresentado no material didático de Língua Portuguesa, a fim de refletir sobre o processo de construção de autoria na aparente deriva dos textos didáticos. Essa comunicação é parte de uma pesquisa mais ampla que inclui a comparação de duas escolas públicas e seus materiais didáticos: uma delas inserida no Projeto Observatório de Educação (UNIFRAN/INEP) e a outra uma escola estadual de qualidade reconhecida. Com a pesquisa, pretende-se verificar o grau de letramento proposto por esse material a fim de identificar se há diferença significativa entre uma apostila e um livro didático. O discurso pedagógico se caracteriza por leis, documentos, movimentos, parâmetros, projetos, livros, apostilas, entre outros. Para encaminhar nossa proposta de trabalho pretendemos analisar o discurso didático presente no material de alunos do 3º ano do nível fundamental. Nossa perspectiva de abordagem é a da Análise do Discurso de Linha Francesa em interface com a teoria de letramento proposta por Leda Tfouni, a qual nos permite a reflexão sobre o processo de construção de autoria na aparente deriva dos textos pedagógico. Esses dispositivos analíticos permitem um olhar instigante porque autorizam deslocamentos. Ao fugir da armadilha dos genéricos, buscamos compreender como os discursos dos materiais didáticos produzem sentidos, por meio, ou melhor, através dos seus mecanismos de funcionamento. Por fim, cabe ressaltar que as análises desta comunicação são subsídios para uma pesquisa maior, inserida no escopo de nosso projeto de mestrado, em fase de desenvolvimento no Programa de Mestrado em Linguística da UNIFRAN. Palavras-chave: Discurso pedagógico; Letramento; Formações discursivas.

PRÁTICA DE LEITURA DE HQS: A CORRIDA ATRÁS DO OBJETO, UM CASO DE ANTISSUJEITO ÁTONO

Carolina Tomasi USP

“Futboil” é uma HQ de Luiz Gê que contém em sua maioria quadrinhos emissivos (ZILBERBERG), o que traduz bom exemplo do movimento contínuo. Das sete HQs de Território

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de bravos, nosso corpus de estudo, ela é a que melhor reproduz o movimento cinematográfico. Esse efeito de cinema é resultado, portanto, do elevado número de difusões em meio a um número reduzido de quadrinhos remissivos (concentrados). “Futboil”, com suas aberturas e emissividade, leva o enunciatário a correr os olhos sobre cada quadrinho, a cada virada de página, numa continuidade que só se esgota ao final da HQ, o que configura um efeito de sétima arte. Nesta proposta de comunicação, apresentamos algumas reflexões do estudo do fazer missivo nas HQs, tomando como exemplo a HQ de Luiz Gê, em que vemos que a emissividade está para difusão, que está para aceleração, que está para o cinema, que está para “Futboil”. Dessa forma, essa HQ nos dá uma boa amostra de como o sujeito, adotando valores emissivos, corre “desbravadamente” atrás de seu objeto, transpondo facilmente os antissujeitos de seu percurso narrativo. Palavras-chave: Semiótica tensiva; Missividade; História em quadrinhos.

CIBERBULLYNG NO FACEBOOK: SIMULAÇÕES DE SI E DO OUTRO

Claudete Ap. Garcia Bosshard Profa. Dra. Maria Regina Momesso (orientadora)

UNIFRAN As novas tecnologias da informação acarretam na fluidez e na efemeridade das relações humanas. Hoje, os internautas buscam interação, afeto, expansão de netfriends, sem a preocupação de estreitamento dessas relações. O descompromisso do jovem aliado à velocidade com que tudo acontece, refletem na convivência e no respeito entre os envolvidos. Tal sintoma, segundo o sociólogo Bauman, é uma característica da sociedade contemporânea. Pretende-se nesta comunicação refletir discursivamente sobre o ciberbullyng, presente num perfil fake criado por um adolescente de ensino médio e profissionalizante de uma escola pública do interior de São Paulo, na rede social do Facebook. E como as práticas discursivas do ciberbullyng constroem a representação de si e dos outros no perfil fake em questão. O aporte teórico e metodológico é o da análise de discurso francesa, os pressupostos de foucaultianos no que tange as práticas discursivas e identitárias, os de Bauman para as temáticas que concernem à mudança de relacionamentos afetivos que a modernidade liquida proporciona. Embora a rede social do facebook seja um dispositivo que se apresenta como um entretenimento, lugar de encontro de amigos, sabe-se que é também um lugar de observação de empresas, de instituições financeiras e do próprio mercado. Assim, todos os presentes nesse espaço virtual encontram-se enredados pela rede e esforçam-se por se apresentarem de uma forma que atraia as atenções ou que possa conseguir reconhecimento e consideração do grupo ao qual pertence ou pretende pertencer. Neste ambiente, pode-se encontrar os mais diversos discursos de apresentação de si. Tem-se uma dinâmica constante de encontrar estratégias discursivas que possam levar a um trabalho de pensar em si e nos outros e de modificar uma visão cristalizada de si. Palavras-chave: Adolescentes/Escola; Ciberbullying; Facebook.

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SEXUALIDADE NA MATURIDADE: A RE(CONSTRUÇÃO) DOS SUJEITOS NOS “ENTA” NO SITE DE RELACIONAMENTO MAISDE50

Dalva Kellen Dizaró Profa. Dra. Maria Regina Momesso (orientadora)

UNIFRAN

O discurso do senso comum é de uma fase em que o sujeito com cinquenta anos em diante se encontra em declínio para as atividades sexuais e sociais tornando-se quase um peso para a sociedade. A partir desse raciocínio a pesquisa tem por objetivo analisar as práticas discursivas sobre a sexualidade e a maturidade na comunidade virtual maisde50, com o intuito de verificar quais identificações e identidades são construídas ou (re)significadas para aqueles que se encontram na faixa etária dos enta. O corpus de análise compõe-se dos e-textos, comentários das editorias Sexualidade e Maturidade presentes no site www.maisde50.com.br. O referencial teórico centram-se na perspectiva discursiva francesa, especificamente nos estudos de Foucault sobre a ordem do discurso, formação discursiva, sujeito e tecnologias de si. Recorre-se a outros autores da área do discurso, tais como Gregolin, Orlandi. Para as reflexões sobre sexualidade, Prata, Revel e Stearns. Nas questões da maturidade nos estudos dos filosófos: Bauman; Freitag; Lloret, Neri, Sobrinho. No que tange as redes sociais e comunidade, recorreu-se aos autores Bauman, Castells, Hall, Lemos, Lévy, Primo, Recuero, Tomaél e Ugarte. Os resultados preliminares demonstram que as práticas discursivas dos usuários do site colocam-se como alguém que se reconhece maduro, no entanto, sentem-se numa fase complexa em que os problemas existentes são de difícil solução, a ignorância quanto as suas capacidades vitais e de virilidade. Assim os e-textos das editorias Sexualidade e Maturidade trabalham com discurso informativo, que aos olhos dos usuários são esclarecedores e promovedores da elevação da autoestima das pessoas nos “enta”. Os usuários do site identificam-se e parecem (re)significar sua identidade no sentido de se sentirem mais ativos, úteis, felizes e capazes de viver intensamente sua sexualidade e descontruindo a imagem de antes de pessoas inativas, assexuadas e à margem da sociedade. Palavras-chave: Maturidade; Práticas discursiva; Redes sociais; Sexualidade; Sites.

UM ACONTECIMENTO DISCURSIVO NO BLOG DO FOLHATEEN: “MERDA E OURO”, SENTIDOS (DES)ESTABILIZADOS EM UMA ESCRITA DE SI

Danilo Vizibeli Profa. Dra. Maria Regina Momesso (orientadora)

UNIFRAN

Entendendo o discurso como uma estrutura que pode gerar um acontecimento, definindo este conceito último como um ponto em que um enunciado rompe com a estrutura vigente, instaurando um novo processo discursivo, este artigo objetiva analisar o post “Merda e Ouro” do Blog do Folhateen (http://blogdofolhateen.folha.blog.uol.com.br), para refletir a partir do posicionamento do sujeito discursivo escrileitor desta rede social, se o discurso manifestado

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nesse conjunto enunciativo é um acontecimento discursivo e como emerge a escrita de si por meio das relações de poder e saber presentes num aprendizado interativo por meio do blog. O Blog do Folhateen é escrito por adolescentes (faixa etária de 13 a 18 anos) do grupo de apoio da Folha de São Paulo. Utilizamos os pressupostos da Análise de Discurso Francesa, principalmente os postulados de Michel Pêcheux e no que tange às tecnologias de si e às relações de poder e saber as definições de discurso de Michel Foucault. Esse estudo aqui proposto é uma parte da pesquisa desenvolvida no Mestrado em Linguística da Universidade de Franca (SP), pelos referidos autores, na qual se procura investigar as práticas de leitura e escrita na contemporaneidade em suportes da Web 2.0 discutindo como ocorre a construção da identidade e a consolidação ou o apagamento das subjetividades adolescentes em um cenário permeado pela fluidez da modernidade líquido. Palavras-chave: Discurso; Leitura; Cibermídia.

ENTRE CLAUSURA E LOUCURA: ANÁLISE SEMIÓTICA DE “CASA TOMADA”, DE JULIO CORTÁZAR

Edna Aparecida Rodrigues da Silva

Prof. Dr. Matheus Nogueira Schwartzmann (orientador) UNIFRAN

O presente trabalho propõe analisar as estratégias discursivas presentes no conto “Casa Tomada”, do livro Bestiário, do escritor argentino Julio Cortázar. Tendo como ponto de partida a metodologia da teoria semiótica de linha francesa, percebe-se que os mecanismos discursivos de debreagem enunciativa e ancoragem espacial e temporal estão na base da construção do sentido do conto, já que nele se narra a convivência de um casal de irmãos que vivem enclausurados em uma mesma casa, herança de família, que se constitui para eles como o seu cenário principal e palco de suas existências. Os personagens vivem, portanto, uma rotina muito rígida dedicada exclusivamente a casa, como se ela, embora um ser inanimado, tivesse vida e fosse capaz de determinar, talvez como um destinador-manipulador, como buscaremos mostrar, os modos de ação dos seus moradores. O conto é desenvolvido sob um tom de mistério, criando em seu interior um forte clima de expectativa e suspense que desencadeiam estados afetivos nos sujeitos. Ou seja, durante o percurso narrativo, o ator principal, o irmão, aponta informações sobre seu estilo de vida exótico, revelando comportamentos estereotipados – manias, medos, obsessões – construídos linguisticamente, que nos permitem pensar em uma isotopia da loucura. Assim, esta análise buscará mostrar como o enunciador do conto constrói a sua identidade, a da irmã Irene e a da própria casa, além de refletir sobre como as transformações dos sujeitos estão ligadas às ideias de loucura, sanidade, realidade e irrealidade que parecem circundar todo o texto. Palavras-chave: Estratégias discursivas; Isotopia; Loucura.

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O BULLYING ENQUANTO UM FENOMENO DIFICULTA(DOR) : LEITURA, ESCRITA E APRENDIZAGEM

Elci Patti

USP, UNIFRAN Leny Pimenta

USP, UNIFRAN Liene Bittar

FATEC Silvia G. Andréo

UNIFRAN

Este estudo tem como objetivo esclarecer o fenômino bullying como dificultador da aprendizagem nos adolescentes. Teremos como parâmetros teóricos a Análise do Discurso pêcheutiana e a Psicanálise com a releitura de Lacan. O corpus deste estudo constitui-se de fragmentos de discursos, de um grupo de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola particular, durante uma intervenção preventiva, diante de atos hostis entre colegas de sala. Na atualidade, há um imperativo de gozo em que as necessidades dos outros ficam inferiorizadas diante da pressa da própria satisfação e não aceitação de diferenças. Nas relações escolares, reedita-se essa posição do sujeito de não aceitar aqueles muito diferentes, ocorrendo um posicionamento subjetivo sado-masoquista diante das relações. Nesse ambiente, o bullying é cada vez mais frequente, como indício desta desordem na qual estamos inseridos. Para a Psicanálise o Sujeito é movido por dois sentimentos básicos, o amor e a agressividade. Enquanto fenômeno que denuncia a hostilidade nas relações humanas, o bullying é considerado como um desvio desses dois sentimentos, faz parceria com a destrutividade. É um fenômeno que sempre esteve presente nas relações humanas, mas que teve um crescimento histórico a partir das relações de poder que podem ser assumidos ou não pelo sujeito, a depender das posições discursivas que este poderá ou não ocupar em função do funcionamento da ideologia, o que ocorre de forma inconsciente. Quando um ou mais sujeitos são capturados por este fenômeno, como algoz ou como vítima, percebe-se desordens generalizadas na subjetividade de cada um, assim como no grupo implicado. O discurso enunciado tem repercussão nos laços sociais e na aprendizagem, inclusive comprometendo o processo de leitura e escrita. Nesta situação, o gozo perverso é o que impera e aprisiona o sujeito em um processo destrutivo e tampona o desejo pelo prazer da aquisição do conhecimento. Palavras chave: bullying; Discurso; Aprendizagem.

DISCURSO CONTEMPORÂNEO: O SUJEITO TRADUTOR E INTÉRPRETE NA REDE DIGITAL

Fabiana Parpinelli Gonçalves Fernandes Profa. Dr. Maria Regina Momesso (orientadora)

A presente pesquisa pauta-se na reflexão de como o sujeito “tradutor e intérprete” contemporâneo constitui-se em sua prática discursiva em uma comunidade virtual na Internet intitulada Tradutores/Intérpretes BR, a maior e mais antiga comunidade de tradutores e intérpretes brasileiros formada por 9.241 membros. Para compreendermos que identidade(s)

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são constituídas neste processo, nos amparamos na análise de discurso de linha francesa de Michel Pêcheux (1969); nas leituras de Michel Foucault (1987, 1992, 1998) sobre as práticas discursivas, subjetivação, arquivo e técnicas de si; Bauman (2001; 2007) nas questões sobre contemporaneidade; Coracini (2007), no que diz respeito à profissão do tradutor; e em autores que contribuíram com as reflexões sobre pós-modernidade, novas tecnologias e seus efeitos de sentido. Palavras-chave: Sujeito; Identidade; Tradutor; Intérprete; orkut.

A PRODUÇÃO DE GÊNEROS A PARTIR DO TRABALHO COM JORNAL IMPRESSO

Fabrícia A. M . Corsi Prof. Dr. Juscelino Pernambuco (orientador)

UNIFRAN

Este trabalho pretende investigar a utilização do jornal impresso no ensino de produção de gêneros textuais escritos e também no processo ampliação da habilidade de leitura de alunos da escola pública. A pesquisa será desenvolvida nas séries finais do Ensino Fundamental de uma escola pública do estado de Minas Gerais. Pretende-se desenvolver um trabalho orientado pela perspectiva sociointeracionista da linguagem, o que significa uma mudança de rumos, passando de uma visão estruturalista de ensino da língua para uma visão amplamente social de uso da língua. Seguindo os postulados de Bronckart (1997), devemos valorizar as representações do agente-produtor em relação ao seu contexto social, subjetivo e físico. O ensino de Língua portuguesa, segundo os PCNs, deve ter como objetivo preparar o aluno para a vida, qualificando-o para o aprendizado permanente e para o exercício da cidadania. Então, faz-se necessário que os professores diagnostiquem as reais dificuldades dos alunos na produção de textos e, de acordo com a realidade social deles, planejem e executem um trabalho produtivo com a produção de gêneros textuais. Os textos são produtos da atividade de linguagem em funcionamento permanente nas formações sociais, em função de seus objetivos, interesses e questões específicas. A fundamentação teórica da pesquisa serão os estudos, reflexões e descobertas de Bakthin (2003), Koch (2006), Marcuschi (2008), Bronckart (1997) Pernambuco (1993). Espera-se que os resultados da pesquisa comprovem que o trabalho com o jornal no ensino de produção de diferentes gêneros textuais e leitura pode ser de real utilidade. Palavras-chave: Estudos baktinianos; Gênero textual; Ensino

O DIA EM QUE A CASA CAI EM “A HORA E VEZ DE AUGUSTO MATRAGA”: O TEXTO LITERÁRIO E SUA ADAPTAÇÃO TEATRAL

Fabrício Floro e Silva Profa. Dra. Vera Lucia Rodella Abriata (orientadora)

UNIFRAN

Temos como objetivo analisar o diálogo que se processa entre “A hora e vez de Augusto Matraga”, adaptação teatral do diretor Antunes Filho e o conto do mesmo nome de Guimarães Rosa, que pertence ao livro Sagarana. Utilizaremos como arcabouço teórico a

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Semiótica Francesa e levaremos em conta o percurso gerativo de sentido para recuperar no conto de Rosa especialmente as figuras e temas manifestados e, assim, analisar de que maneira esses elementos da semântica discursiva do texto de base se manifestam na versão teatral da obra. No conto, o ator protagonista é nomeado de três formas diferentes, como Matraga, Augusto Esteves e Nhô Augusto, assumindo identidades distintas que se associam às diferentes fases de um mesmo sujeito na história. Observamos que o protagonista, Augusto Esteves, de início, assume uma postura autoritária e ostenta seu poder, no entanto, apesar dos traços de prepotência, respeita os ritos religiosos e, em determinado momento de seu percurso, a eles se apega, o que evidencia a sua identidade dual. Desse modo, pretendemos observar, neste trabalho, a construção da cena em que o narrador conta o momento em que o ator protagonista entra em disjunção com seus bens e a família, perde seus capangas para o seu inimigo Major Consilva, além de cair numa emboscada, ficando à beira da morte, o que lhe possibilitará transformar seu estado. Analisaremos, portanto, como essa reviravolta acontece e buscaremos estabelecer as relações dialógicas entre o texto literário e o texto teatral. Palavras-chave: Guimarães Rosa; Percurso Gerativo de sentido; Diálogo.

A CONSTRUÇÃO DE REFERENTES TEXTUAIS EM TEXTOS DO BLOG DO FOLHATEEN

Flávia Aparecida Soares Profa. Dra. Maria Flávia Figueiredo

UNIFRAN

Esta pesquisa parte do pressuposto de que a (re)construção de referentes no(s) texto(s) consiste em escolhas enunciativas dos indivíduos como sujeitos sociais e representa a maneira como eles veem e (re)constroem sua relação com as coisas e com o mundo em que vivem. Nesse sentido, postulamos que a escolha de referentes é muito mais do que uma escolha de palavras que serve para nomear/renomear determinada expressão no texto. Para nós, a construção de referentes textuais ou objetos de discurso significa as escolhas do indivíduo como sujeito, leitor/produtor, e revela as crenças, as ideias, os pontos de vista e os valores por ele assumidos ao escolher um referente textual e não outro na produção de seus textos. Neste trabalho, pretendemos analisar especificamente o processo de referenciação em textos escritos e publicados por adolescentes no blog do Folhateen (http://blogdofolhateen.folha.blog.uol.com.br). Esse blog, que compreende um espaço de interação com os leitores e é publicado às segundas-feiras na Folha de São Paulo, é escrito por jovens que fazem parte do grupo de apoio ao Folhateen: 29 adolescentes que se reúnem regularmente com a equipe do caderno para sugerir, criticar e analisar cada edição. Nosso trabalho, que tem como respaldo a Linguística Textual e as teorias da Referenciação, nos permitiu concluir que os textos publicados no blog do Folhateen podem ser utilizados como instrumentos didáticos pelos professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental e Médio, uma vez que permitem despertar um interesse maior do(s) adolescente(s) alunos/leitores para produzir seus próprios textos e reconstruir adequadamente os referentes textuais nos textos por eles elaborados. Palavras-chave: Blog do Folhateen; Linguística textual; Referenciação.

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OS MECANISMOS DE CONTROLE DO DISCURSO E AS INSTITUIÇÕES DE PODER

Glória Maria Palma USC

Fausi dos Santos FIB

O trabalho propõe discutir os mecanismos de controle dos discursos utilizados pelas Instituições de Poder para manter a estabilidade e controle de seus valores, e como esta ordem é confrontada por meio de discursos “marginais.” Tem como fundamentação a obra de Michel Foucault “A ordem do Discurso;” e a obra “Quarto de Despejo” de Maria Carolina de Jesus. O objetivo do trabalho é observar a relação dialética existente entre a ordem discursiva aceita pelas instituições poder e as vozes que se constroem à margem do discurso oficial. Palavras chave: Discurso; Poder; Instituições; Controle; Vozes marginais.

A FORÇA DO ETHOS NO DISCURSO POLÍTICO DE JOSÉ SARNEY

Ismael Silva Cândido Luiz Antonio Ferreira (orientador)

PUC Na política brasileira, é patente a escassez de líderes capazes de conduzir uma comunidade com argumentos sólidos. A falta de um representante que possa despertar no eleitorado uma paixão pela pátria, que se utilize da argumentação, do convencimento e não da compra de votos é um problema recorrente nos dias atuais. Dessa forma, ao analisar o discurso do Senador José Sarney, sua biografia pessoal e política, que é o objetivo da pesquisa, buscaremos dimensionar o grau de influência do uso da retórica como perpetuação do poder político, haja vista que Sarney é hoje o político com o maior número de mandatos ainda em atividade. Buscaremos, também, confrontar o poder de convencimento do Senador e estabelecer uma relação entre sua aceitação política e seu ethos, o qual foi desenvolvido ao longo de toda a sua trajetória. Nossa pesquisa se pautará na leitura atenta dos discursos do Senador José Sarney, bem como nos subsídios encontrados nas imagens de seus pronunciamentos em várias oportunidades, buscando observar sua postura, sua colocação vocal e expressão facial como elementos importantes na formação do ethos. Para amparar teoricamente nossa pesquisa, pretendemos lançar mão de autores como Aristóteles, Perelman e Tyteca, Amossy, Charaudeau, Eco, Mosca, Reboul e Ferreira. Palavras-chave: Ethos; Política; Retórica.

O DICIONÁRIO ELETRÔNICO COMO INSTRUMENTO DIDÁTICO PARA A AQUISIÇÃO DE UM NOVO IDIOMA

Jaciara Mesquita Rosa Maria Helena de Paula

CAC/UFG Diante de um mundo globalizado, o professor de escola pública precisa se adequar às necessidades dos alunos adolescentes que hoje vivem, em grande parte, em um mundo

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multimídia, com acesso à internet, jogos on-line e programas interativos na TV. Em suas casas, esses mesmos alunos realizam várias tarefas ao mesmo tempo e são ágeis. As aulas expositivas e sem apelo, muitas vezes encontradas nas escolas públicas, podem ser um obstáculo de aprendizagem, principalmente, quando falamos de línguas estrangeiras. O inglês, atualmente, pode ser considerado um idioma mundial. E sua influência na língua portuguesa do Brasil é forte e constante, porém, também há a recorrência de palavras francesas e/ou de origem francesa, os galicismos. A partir dessa observação, pretendemos mostrar que, através do dicionário, o nosso repositório de acervo lexical, é possível encontrar essas palavras em sua forma original, ou seja, com a mesma pronúncia e grafia da língua-fonte. Para isso, vamos fazer um recorte no dicionário eletrônico português (HOUAISS, 2001) e mostrar a inserção desses galicismos no léxico português. Para comprovar a origem francesa, utilizaremos o dicionário “Le Petit Robert de Poche”. O referido dicionário da língua portuguesa pode ser um instrumento salutar de aprendizado de língua estrangeira, pois o aluno reconhecerá, em interfaces de fácil manuseio e no computador, seu próprio vocabulário com palavras usadas constantemente e que, na verdade, são de origem estrangeira, nesse caso francesa, e possivelmente despertar nesse estudante o interesse em aprender outros vocábulos e assim adquirir um novo idioma ou, pelo menos, novas unidades lexicais. Palavras-chave: Lexicografia; Dicionário Eletrônico; Galicismos.

O USO DO LETRAMENTO DIGITAL NO ENSINO MÉDIO PROFISSIONALIZANTE: LINGUAGENS E TECNOLOGIAS

José Ribamar Lopes Batista Júnior UFPI

Neste trabalho, relatamos duas experiências realizadas com alunos/as do Ensino Médio Profissionalizantel do Colégio Agrícola de Floriano/UFPI, em que promovemos um conjunto de atividades com o objetivo de refletir sobre as potencialidades do uso das novas tecnologias e das redes sociais (blog, twitter, flickr e youtube) como recurso didático-pedagógico para desenvolver práticas de letramento (práticas de leitura e escrita), através do acesso e produção de gêneros textuais/digitais e produtos culturais que permeiam esses espaços virtuais. Em 2010, discutimos diversos temas atuais: a lei sobre palmada, aborto, drogas, violência doméstica, eleições, Enem entre outros temas. Em 2011, trabalhamos com produtos da esfera cultural: CD, DVD, filme e livro. A metodologia adotada nos dois projetos compreendeu leituras e discussões de textos; elaboração, correção e reescritura de diversos gêneros textuais (e-mail, roteiro, sinopse, ficha técnica, resenha, propaganda, comentário); criação de blogs, de canal no youtube e perfis no twitter e no flickr; realização de enquetes, por meio da internet; apresentação e publicação das atividades na internet e nas redes sociais; e avaliação (oral e escrita) dos projetos. Os resultados dessa experiência demonstraram melhoria na leitura e, principalmente, na formação identitária dos/as alunos/as como leitores/as eficientes. Além disso, o uso das novas tecnologias e das redes sociais configura-se como um importante recurso didático-pedagógico que pode favorecer e facilitar o ensino, possibilitando aprendizagens significativas, a partir de experiências vivenciadas pelos alunos em ambientes cada vez mais utilizados pelos jovens, no âmbito da informática e da Internet. Palavras-chave: Letramento Digital; Redes sociais; Ensino Médio Profissionalizante.

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ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA E WEB: NOVAS TECNOLOGÍAS E PRÁTICAS DIDÁTICAS

Julieta M. Franchini Neves Prof. Dr. Matheus Nogueira Schwartzmann (orientador)

UNIFRAN O objetivo deste trabalho é analisar as propostas do ensino de língua estrangeira no ambiente digital. Assim, pretendemos contribuir para a integração das novas tecnologias no ensino de E/LE. O que importa, nesse caso, é apreender o sentido a partir de situações, ou seja, de produções de sentido globais, e não apenas de fatos gramaticais localizados. Se pensarmos ainda pela perspectiva semiótica francesa, na proposta do ensino via WEB, podemos dizer que há um caso forte de delegação do fazer didático ao próprio aluno. Isto é, ao aluno cabe se auto-modalizar por um /querer-saber/. Nesse processo, apaga-se de certa forma, de início, a imagem de um professor-didata, como destinador manipulador. Teríamos, assim, no caso desse tipo de interação didática pela web, um processo de auto-manipulação do sujeito aluno-aprendiz. Assim sendo, a metodologia das novas tecnologias pode ser inserida no contexto da sala de aula, de tal modo que vá ao encontro das propostas curriculares nacionais. Além disso, as estratégias de ensino de línguas estrangeiras possibilita também desenvolver atividades interdisciplinares, uma vez que a WEB dispõe de um leque de assuntos variados que podem ser trabalhados no ambiente escolar. Essa interdisciplinaridade pode ser tomada como um fruto natural da prática de comunicação on-line. E é a partir dessa percepção dos mecanismos de funcionamento dessas práticas digitais que se pode pensar nas propostas mais recentes de Jacques Fontanille que, mantendo o foco nos processos de textualização, engloba ainda as práticas de interação dos sujeitos com os objetos-suportes desses textos. Sabendo, portanto que a rede pode ser uma fonte de informação sem limites que dá oportunidade, tanto aos professores quanto aos estudantes, de buscar sites interessantes que podem ser utilizados para compreender atividades comunicativas, este trabalho justifica-se pela possibilidade de se sistematizar os processos de construção das práticas de ensino e da aprendizagem on-line.

Palavras-chave: Língua estrangeira; Sentido; WEB.

INTERVENÇÃO METODOLÓGICA NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO ESTADO DO PARÁ

Laura Viviani dos Santos Bormann Marilucia Barros de Oliveira (orientadora)

UFPA

Com o presente trabalho pretende-se expor a experiência realizada em uma escola pública da rede estadual de ensino do Estado do Pará (EEEM Paes de Carvalho) a partir do Programa de Apoio a Projetos de Intervenção Metodológica (Papim), da Universidade Federal do Pará, que teve como objetivo promover a inclusão digital de professores da Educação Básica e professores em formação no que se refere à utilização de ferramentas digitais para uso próprio e tendo em vista o ensino-aprendizagem de Línguas e/ou demais disciplinas do ensino médio e superior. O projeto desenvolveu-se a partir de um curso de capacitação para os professores da referida escola, onde a principal atividade foi a construção de Webquests – que é uma atividade investigativa por meio da qual os alunos executam uma pesquisa orientada e inteligente na internet – por docentes de diversas disciplinas. Na finalização do projeto

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tivemos seis Webquests (três de Língua Portuguesa, uma de Física, uma de Biologia e uma de Sociologia) construídas em colaboração pelos professores da escola e por estudantes de graduação do curso de Letras. Com a conclusão do projeto, pudemos perceber: a interferência positiva que a Universidade pode ter no que se refere à busca de soluções para problemáticas enfrentadas pela escola, o grau de abertura dos docentes à inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC’s na sala de aula e o conseqüente enfrentamento de barreiras advindas de uma educação tradicional. Palavras-chave: Tecnologias Educacionais; Formação de Professores; Webquest.

UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DE “A ELITE DA TROPA”

Leandro Rodrigues Doroteu Prof. Dr. Matheus Nogueira Schwartzmann (orientador)

UNIFRAN O objeto de análise deste trabalho, que tem por base o referencial teórico da semiótica francesa, é o percurso do autor narrador na obra A Elite da Tropa 2, de Luiz Eduardo Soares, Claudio Ferraz, André Batista e Rodrigo Pimentel. Tomaremos os capítulos da obra em que o autor narrador assume a posição de usuário da rede social Twitter, ou seja, publica suas “postagens” na obra sob o pseudônimo de Dracon1ano. A enunciação é representada em formato similar ao das postagens da rede social, contudo, adaptada ao texto impresso. Objetivamos descrever as relações que o ator instaurado no texto mantém com outros policiais e o modo como se constroem tanto as oposições ente a honestidade e a desonestidade em sua narrativa quanto a modalização desses sujeitos em relação aos seus objetos-valor, isto é, buscaremos analisar o modo como o autor narrador constrói em sua obra a imagem ambígua dos policiais, ora vistos como honestos, ora desonestos e integrantes de milícias e o papel da simulação da rede social na construção do seu discurso. Nesse sentido, descreveremos os percursos desses sujeitos e seus papéis actancias, temáticos e patêmicos, observando que muitos deles passam de sujeitos a antissujeitos. Nossa hipótese é a de que o que inicia a mudança constitutiva na identidade desses sujeitos são, portanto, justamente, as formas afetivas que usam para se relacionar com os valores honestidade e desonestidade, ou seja, as paixões da ambição e do poder que, patemizando os sujeitos, modalizam também os objetos trocados por e entre eles, tais como o dinheiro, a influência política entre outros. Palavras-chave: Paixões; Ambição; Twitter.

“CONVERSA DE BOIS”: UM EXERCÍCIO DE ANÁLISE SEMIONARRATIVA E SEMIODISCURSIVA

Leide Candido de Andrade

Profa. Dra. Vera Lucia Rodella Ariata (orientadora) UNIFRAN

O trabalho tem por referencial teórico a Semiótica francesa, e tem por objetivo analisar a construção dos atores “Tiãozinho” e “bois”, no conto “Conversa de Bois “ de João Guimarães Rosa. No texto, os bois conversam enquanto levam o defunto, pai de Tiãozinho, este menino e

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o carreiro Agenor Soronho. Os bois dialogam sobre a complexidade do ser humano, enquanto o menino ouve os desaforos do carreiro e imagina quanto mais sofreria depois da morte do pai. O homem mantinha relações com sua mãe; o garoto pensa em vingança e tais pensamentos são captados pelos bois em dado momento. Aplicamos ao conto elementos do percurso gerativo de sentido para analisar a fusão que o enunciador estabelece entre o pensamento dos atores animais e do ator humano, o que está relacionado ao universo rosiano alicerçado no panteísmo – o sertão é o mundo, tudo é uma só coisa. Tendo em vista o nível narrativo do texto, observamos que Tiãozinho queria libertar-se de Soronho, era um sujeito virtual, mas considerava que não sabia e não podia conquistar a liberdade, o que acontece no momento em que o carro-de-bois para de repente porque os bois se assustam com o grito de Tiãozinho e Agenor Soronho cai e é atropelado pela roda. No percurso da viagem, o menino tem seu estado transformado, o que será objeto desta análise ─ de menino oprimido passa a sujeito liberto, e é o Destino, como sujeito do fazer, que se encarrega de libertá-lo. Inicialmente, o menino está disjunto da liberdade, está fragilizado pelos maus tratos do carreiro, mas depois entra em conjunção com esse objeto-valor . Palavras-chave: Guimarães Rosa; Ator; Panteísmo

UM OLHAR "ENTRE OS MUROS DA ESCOLA": UMA PROPOSTA DE ENSINO DO GÊNERO DISCURSIVO

Ligiane Pessoa dos Santos Bonifácio UNISUL

Margareth Maura dos Santos UFPB

Tendo como base a concepção bakhtiniana de gênero (1997), este trabalho tem como objetivo analisar os múltiplos sentidos do conteúdo discursivo que permeiam o filme Entre os muros da Escola, dirigido pelo cineasta francês Laurent Cantet e baseado no livro de François Bégaudeau. Neste trabalho, revisitamos o conceito de gêneros discursivos presente na perspectiva bakhtiniana (1997), analisamos a estrutura composicional, o estilo e o conteúdo temático, evidenciados como fatores preponderantes para a construção do sentido do gênero filme. Em seguida, propomos uma atividade de ensino-aprendizagem que leve em consideração elementos daquele conceito, com a intencionalidade de trazer visibilidade a uma proposta de ensino que reconhece a possibilidade de tomar os gêneros do discurso (Bakhtin, 1997) como um dos eixos articuladores do processo de ensino e aprendizagem da língua portuguesa. A escolha de utilizarmos o filme Entre os Muros da Escola se dá pelo fato de que, por meio dele, podemos pensar e propor uma reflexão acerca dos vários aspectos que estão por detrás dos muros da escola. Comungamos com Marcuschi (2009) a ideia de que uma das consequências diretas deste tipo de olhar para o ensino é a ideia de que não se ensina um gênero como tal e sim se trabalha com a compreensão de seu funcionamento na sociedade e sua relação com os indivíduos situados naquela cultura e em instituições. Além de tratarmos os fatores norteadores da comunicação e da linguagem, tentamos explicitar os pontos motivadores que possibilitam estabelecer uma interação entre alunos, professores e comunidade por entre os muros da escola. Palavras-chave: Gênero discursivo; Perspectiva bakhtiniana; Ensino e aprendizagem da língua portuguesa.

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O ESTEREÓTIPO FEMININO EM “ANA DE AMSTERDAM”: A NOVA MULHER DA DÉCADA DE 70

Lilian Maria Marques e Silva Araújo Edna Maria Fernandes dos Santos Nascimento

UNESP/ARARAQUARA Pretendemos definir a forma de vida da mulher enunciada na canção “Ana de Amsterdam”, composta por Chico Buarque e Ruy Guerra, em 1972. Propomo-nos verificar a construção do sujeito-mulher da década de setenta e as paixões que o modulam. É nessa década que surgem os primeiros assuntos polêmicos e as quebras de tabus sobre o comportamento feminino. Para isso, analisamos a canção a partir do embasamento teórico da semiótica francesa e dos recentes postulados de Fontanille e Zilberberg no que se refere às formas de vida. Em 1973, alguns textos de Chico Buarque são censurados. A capa do disco da canção “Ana de Amsterdam” trazia a palavra “Calabar” pichada num muro. Os censores concluíram que aquela palavra pichada tinha um significado subversivo, o que resultou na proibição da capa. A resposta de Chico Buarque foi lançar o álbum com uma capa totalmente branca e sem título. O disco trazia o registro das canções da peça vetada, por esse motivo tiveram várias músicas, todas elas em parceria com Ruy Guerra, que amargaram nas malhas da censura sendo gravada no disco uma versão somente instrumental da canção e posteriormente, a letra de “Ana de Amsterdam” teve vários trechos censurados. Trata-se de uma canção que traz uma amostra da forma de vida da mulher como era retratada nessa época. Investigamos, portanto, nas cenas enunciativas projetadas no texto, por meio do percurso gerativo de sentido, a construção do sentido dessa forma de vida. Palavras-chave: Formas de vida da mulher; Canção; Chico Buarque.

DIÁLOGO PEDAGÓGICO E ESCRITA NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Luís Cláudio Dallier Saldanha Milca da Silva Tscherne

USP

Identificação e análise das possibilidades de mediação e de diálogo pedagógicos na educação a distância por meio da escrita digital, suportada por ferramentas das novas tecnologias da informação e da comunicação. O trabalho parte da necessidade de se responder à crítica de que a ausência física do professor e as implicações dessa não contiguidade são elementos que inviabilizariam o diálogo pedagógico e a formação na educação a distância. Essa crítica é considerada a partir de duas dimensões. Primeiramente, busca-se caracterizar a mediatização do diálogo pedagógico dentro de um contexto no qual as tecnologias favorecem a relação com o conhecimento e a relação intersubjetiva. Neste sentido, destaca-se a análise da escrita desde uma perspectiva histórica, pontuando sua relação com as técnicas e tecnologias que lhe serviram de suporte e de manifestação. Ressaltam-se as implicações dessa escrita nas experiências de formação ou de construção do conhecimento, argumentando-se que o texto escrito é historicamente uma mídia privilegiada na relação com o conhecimento e na mediação pedagógica. Em segundo lugar, consideram-se as implicações dos diálogos planejados e não planejados nos textos dos chats e fóruns nos ambientes virtuais de aprendizagem, considerando-se as características da linguagem digital e presente na Internet. São apontadas,

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então, as possibilidades de relações intersubjetivas entre professor-aluno a partir do uso adequado dessas novas tecnologias. Palavras-chave: Escrita digital; Novas tecnologias; Mediação pedagógica.

RIO DE PAZ: OLHARES DISCURSIVOS SOBRE/SOB A VIOLÊNCIA

Marcos Aurélio Gomes Alves da Silva Profa. Dra. Maria Regina Momesso (orientadora)

UNIFRAN

“O tiro que acertou O peito, atingiu os nossos olhos”, este é o slogan da última manifestação da ONG Rio de Paz acerca da morte de Gelson Domingos, cinegrafista da Band, morto em 06/11/2011 quando fazia a cobertura do confronto entre policiais e traficantes da favela de Antares, no Rio. O contra discurso sobre a violência tem sido uma constante na cidade do Rio de Janeiro, como indignação e como forma de desabafo e angústia por se viver sob a mira de uma violência avassaladora que não se importa em tirar a vida. Diante do exposto, o trabalho objetiva analisar o discurso presente na frase destacada em faixas, afixadas nas praias do Rio de Janeiro, pela ONG Rio de Paz e seus efeitos de sentido. O corpus em análise configura-se do site www.riodepaz.org.br e da imagem fotográfica da faixa em referência. A análise pauta-se na perspectiva discursiva francesa e nos estudos foucaultianos acerca da ordem de discurso, das relações de saber e poder. A análise preliminar indica que o discurso da ONG Rio de Paz retoma a formação discursiva de que só por meio da dor vista é que se pode conseguir a atenção do outro para que seja possível uma conscientização. A metáfora dos olhos ou do olhar é vinculada implicitamente ao fato de que os olhos são as janelas para se atingir a alma do ser humano, seja para promover o amor que transforma a vida e traz paz ou a dor que se transforma em rancor, ódio e faz a guerra e culmina na morte. Palavras-chave: Discurso; Olhar; Violência.

O JORNAL EM SALA DE AULA COMO RECURSO AUXILIAR NA PRODUÇÃO DE TEXTOS NO ENSINO FUNDAMENTAL

Maria Lúcia Costa Fiúza Prof. Dr. Juscelino Pernambuco (orientador)

UNIFRAN Este estudo visa a demonstrar a importância da busca por alternativas que possam facilitar o trabalho do professor de português enquanto mediador do saber. Optou-se pela leitura do jornal na sala de aula e pela criação do próprio jornal da classe. Esta pesquisa buscou confirmar ser possível a ampliação da habilidade de produção textual, devido à diversidade de gêneros textuais existentes na confecção do jornal em sala de aula. Melhores resultados foram alcançados, quando este pôde ser desenvolvido e orientado por um mesmo professor seguidamente no ensino fundamental e com a mesma turma. O objetivo aqui, será verificar como os textos foram produzidos e qual é seu conteúdo temático, sua estrutura composicional e o estilo de cada um dos gêneros. O foco é analisar se o gênero textual utilizado está adequado à situação de produção e se atende às características próprias dele.. Os textos apresentados foram produzidos pelos mesmos alunos, durante o período em que cursavam o

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8º e 9º ano do ensino fundamental, no momento da realização do projeto. De forma que este estudo tem como objetivo analisar os efeitos da escolarização sobre a produção de diferentes gêneros textuais, com base em um projeto de ensino desenvolvido pelo mesmo professor para uma mesma turma de alunos, ao longo de seis anos. A metodologia consistiu na análise de diferentes textos dos mesmos alunos, para verificar o efeito do trabalho realizado pelo mesmo professor. Espera-se com o trabalho de análise comprovar os efeitos positivos de um projeto de ensino baseado no uso do jornal em sala de aula, por um mesmo professor, para uma mesma turma de alunos ao longo de seis anos. Palavras-chave: Jornal; Gênero Textual; Escrita.

O ETHOS RETÓRICO DE PRESIDENTAS DA AMÉRICA LATINA

Marina Gláucia Verzola Profa. Dra. Maria Flávia Figueiredo (orientadora)

UNIFRAN

Durante o período de eleições governamentais, percebemos, em qualquer comunidade, discussões acerca dos principais candidatos, suas vidas, discursos e expectativas. A política faz parte do dia a dia de todo cidadão e, por isso, o assunto torna-se ainda mais relevante quando analisamos a situação política mundial e constatamos: mesmo que esta realidade venha sofrendo mudanças, as mulheres continuam a ocupar um lugar bem restrito no que se refere a cargos de liderança. Hoje, apenas oito por cento dos governantes no mundo são mulheres, isto significa 18 líderes do sexo feminino, contando com a atual presidenta do Brasil, Dilma Rousseff. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar como se dá a constituição do ethos retórico em discursos de líderes governamentais femininas. Para isso, delimitamos discursos de três governantes as quais julgamos mais relevante para nosso objetivo: além de nossa atual presidenta da República, Dilma Rousseff, escolhemos outras duas líderes governamentais contemporâneas, a presidenta da Argentina, Cristina Fernández Kirchner e a presidenta da Costa Rica, Laura Chinchilla Miranda. Como arcabouço teórico, fundamentamo-nos nos estudos da Argumentação e da Retórica sobre o ethos, sobretudo nos trabalhos de Michel Meyer, Olivier Reboul e Chaïm Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca. Em termos metodológicos, delimitamos o corpus e fizemos a transcrição de cada um dos discursos efetuados. Em seguida, procedemos à análise dos excertos que apresentam a constituição do ethos retórico das líderes em questão. Dessa forma, acreditamos atingir o objetivo de analisar como as presidentes citadas construíram suas imagens garantindo suas respectivas eleições por meio da persuasão de seus auditórios, ou seja, de seus eleitores. Palavras-chave: Ethos; Presidentas; Retórica.

AS 21 VEZES DA MEMÓRIA EM FOUCAULT: CONSIDERAÇÕES SOBRE A MEMÓRIA DISCURSIVA NA ARQUEOLOGIA FOUCAULTIANA

Mauricio Junior Rodrigues Silva FCLAr - UNESP

O conceito de memória discursiva é certamente um dos importantes instrumentos teóricos utilizados nas pesquisas desenvolvidas no Brasil na hodernidade com base na Análise do

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discurso francesa derivada de Michel Pechêux e Michel Foucault. A memória discursiva formulada por J.J. Courtine em 1981, não diz respeito a um aspecto psicológico do discurso, mas faz referência à existência histórica de enunciados no seio de práticas instrumentalizadas pelos aparelhos ideológicos. Um dos grandes méritos do conceito courtiniano é que ele permite pensar a formação discursiva enquanto um conceito móvel, que se desloca no tempo por meio da memória discursiva. Em outros termos, a noção de memória discursiva possibilita que determinada formação de linguagem tenha circulado em formações anteriores, nos já-ditos, nos já-enunciados. Para Courtine, o conceito é tributário da Arqueologia do Saber de Michel Foucault, uma vez que pensa as formações discursivas a par de uma historicidade que lhe é incita, que faz ressoar no seio das mesmas as vicissitudes da memória discursiva. A partir disso, cabe ao presente trabalho analisar a Arqueologia do Saber de Michel Foucault, para perceber como se dá a apropriação desse conceito que aparece 21 vezes na obra foucaultiana. Não se trata de questionar a pertinência teórica do conceito em Foucault, mas de perceber como ele se relaciona com outros importantes conceitos foucaultianos como formação discursiva, arquivo, acontecimento. Em suma, cumpre ao trabalho restituir sumariamente parte dessa memória da memória discursiva, que por vezes é silenciada nos trabalhos que tem por objeto uma análise do discurso. Palavras-chave: Memória discursiva; Discurso; Arqueologia do Saber; Foucault.

DA CASA AO TEMPLO DO SABER: IDENTIDADES INTELECTUAIS NA REDE ELETRÔNICA

Mauricio Junior Rodrigues Silva Maria do Rosário F.V. Gregolin (orientadora)

UNESP

O presente trabalho busca investigar como certos ambientes virtuais produzem, por meio de mecanismos discursivos, identidades acerca da intelectualidade. Para isso, é importante inquirir como o intelectual é tomado discursivamente em lugares distintos da rede eletrônica, a saber: o site de uma empresa cultural e o site de uma base de dados vinculada a uma importante agência de fomento à pesquisa. De modo mais específico, tratou-se de eleger como corpus os sites: Casa do Saber, um ambiente virtual de uma empresa situada em regiões nobres das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, que atua na área cultural; e Plataforma Lattes, uma base de dados de currículos, instituições e grupos de pesquisa das áreas de Ciência e Tecnologia, vinculada Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Para suscitar os problemas de representação e identidade do intelectual nesses ambientes, o trabalho faz uso do referencial teórico da Análise do Discurso de filiação francesa, derivada de Michel Pêcheux e de Michel Foucault, sobretudo na perspectiva de se considerar saber e poder como âmbitos indissociáveis. Pautado por essa perspectiva, atuou-se em termos procedimentais da seguinte maneira: seleção e localização das fontes de informação referentes ao tema proposto; pesquisa bibliográfica e de obras relacionadas tanto à questão da intelectualidade, quanto ao campo da Análise do Discurso, para se chegar a uma profícua problematização da intelectualidade na modernidade líquida; apreciação de textos relacionados à modernidade líquida, bem como textos sobre cibercultura, cibermídia, ciberespaço, web 2.0, etc. Ao seguir essa vereda metodológica, é possível confrontar discurso com as relações de poder, elementos que são preponderantes à produção de sujeitos que se constituem majoritariamente por práticas discursivas. Baseado nessa percepção advém o mote fundamental da pesquisa: perceber como na modernidade líquida (BAUMAN, 2005) certas práticas não discursivas determinam as práticas discursivas atinentes à intelectualidade. Palavras-chave: Intelectual; Mídia, Discurso.

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AS VOZES DO EITO: UMA LEITURA DISCURSIVA SOBRE RELATOS E IMAGENS VIRTUAIS DE CORTADORES DE CANA

Maricília Lopes da Silva Profa. Dra. Maria Regina Momesso (orientadora)

UNIFRAN A partir do site www.pastoraldomigrante.com.br foram selecionados e-textos e imagens dos cortadores de cana para a constituição do objeto de estudo e, ainda, foram selecionados relatos do livro Vozes de eito, para a explanação, como forma de investigar e analisar a questão das práticas discursivas dos migrantes em ambos os casos, uma vez que os relatos foram primeiramente escritos no livro e depois postados no site, que se propõe a expor e publicar num espaço on line as “Vozes do Eito”, ou seja, a voz dos cortadores de cana. Optamos pela escolha do corpus dentro de uma nova tecnologia, a internet, por sua complexidade comunicativa e inclusiva e, por ser a Pastoral, uma entidade relacionada diretamente com o cortador de cana, ou seja, o migrante nordestino. É comum o migrante ser apresentado e ter sua fala reproduzida pelo pesquisador, mas são poucas as pesquisas que trabalham com a sua própria voz e discurso. E, diante de inquietações relacionadas aos estudos de Michel Foucault, em que esse autor toma o discurso como acontecimento e para que houvesse questionamento inerente ao discurso, diferentemente da análise da língua, porém na medida em que toma o campo do acontecimento discursivo, em sua dispersão enunciativa, partindo do princípio de discurso como prática discursiva que constitui saberes/poderes desses domínios, o presente trabalho tem como perspectiva teórica a Análise do Discurso de linha francesa, principalmente os estudos foucaultianos e os conceitos de discurso, sujeito e formação discursiva. Palavras-chave: Discurso; Sujeito; Cortador de cana.

A CONSTRUÇÃO DO ATORES “MIGUILIM” E “DITO” EM “CAMPO GERAL” DE GUIMARÃES ROSA

Pedro Paulo Cardoso Balieiro Profa. Dra. Vera Lucia Rodella Abriata (orientadora)

UNIFRAN

O presente trabalho tem como objetivo analisar a novela “Campo Geral”, da obra “Corpo de baile”, de João Guimarães Rosa. O referencial teórico é a semiótica francesa, da qual utilizaremos elementos do percurso gerativo de sentido, focalizando especialmente os níveis narrativo e discursivo. O texto rosiano projeta um narrador em terceira pessoa que recria o mundo mitopoeticamente a partir da perspectiva de uma criança, um ator cujo antropônimo é “Miguilim”. Em Semiótica um ator é constituído de, no mínimo, um papel actancial e de um papel temático. Partindo, portanto, do conceito de ator em semiótica, analisaremos a construção dos atores “Miguilim” e “Dito”, observando não somente seus papéis actanciais e temáticos, mas principalmente seus papéis patêmicos. Desse modo, nossa análise incidirá sobre as relações afetivas que se estabelecem entre Miguilim e seu irmão Dito, observando o valor que eles atribuem a seus objetos de valor. Quanto ao nível discursivo, voltamo-nos para as projeções actoriais, temporais e espaciais que se manifestam no texto e para os efeitos de sentido que se criam a partir de tais projeções. Além disso, analisaremos os percursos figurativos e temáticos do texto, tendo em vista o modo como a

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enunciação recria em seu texto, de forma poética, o universo do sertão mineiro, atribuindo-lhe uma dimensão universal. Palavras-chave: Guimarães Rosa; Semiótica; Ator.

A SEMIÓTICA COMO PRÁTICA DE LEITURA DE CHARGES

Priscila Florentino Melo Profa. Dra. Vera Lucia Rodella Abriata (orientadora)

UNIFRAN

Pretendemos com este trabalho analisar duas charges as quais apresentam como atores protagonistas “Dilma Rousseff” e o ex-presidente “Luiz Ignácio Lula da Silva”. As charges foram veiculadas no jornal Folha de São Paulo, no ano de 2010, e são posteriores às eleições presidenciais daquele ano, ou seja, Dilma já era presidente eleita, mas não havia ainda tomado posse do cargo. O referencial teórico a ser utilizado será a semiótica de linha francesa. Nosso intuito é levar o enunciatário-leitor a perceber a construção da figura da ironia nas charges, tomando como base os elementos do percurso gerativo de sentido em seus três níveis: fundamental, narrativo e discursivo visando ainda a apreender a construção da significação dos textos. Por tratar-se de um texto sincrético, que mescla elementos do plano de conteúdo e do plano de expressão, o texto chargístico requer também uma análise de elementos do plano de expressão visual. Desse modo, serão analisadas as categorias cromáticas, relacionadas às cores, as eidéticas, que se associam às formas, e as topológicas, relativas ao espaço, as quais se manifestam no plano visual dos textos. Nesse aspecto, o objetivo é observar a relação de homologia entre categorias dos dois planos para descrever os efeitos de sentido das relações semissimbólicas na construção dos textos. Palavras chave: Semiótica; Charge; Semissimbolismo.

OS ESTADOS DE ALMA DO ATOR “BEATRIZ” EM UM ERRO EMOCIONAL

Raquel da Silva Meira Fortes Profa. Dra. Vera Lucia Rodella Abriata (orientadora)

UNIFRAN Elegemos o romance Um erro emocional, do escritor brasileiro Cristóvão Tezza e a teoria semiótica francesa para analisar a construção do ator “Beatriz” ao longo da narrativa e descrever os estados de alma que a movem. Da perspectiva da semiótica, as paixões devem se entendidas como efeitos de sentido de qualificações modais que transformam o sujeito de estado. No romance relatado por narrador em terceira pessoa em focalização interna, Beatriz é uma mulher solitária, em estado de desilusão devido a um casamento fracassado, é revisora de textos, admiradora de Paulo Donetti. Convidada para revisar o seu mais novo trabalho do escritor, é por ele surpreendida com a revelação de por ela estar apaixonado no momento em que chega a seu apartamento na noite em que se processa a trama do romance. Para tal análise selecionamos excertos do romance em que se delineia o perfil do ator Beatriz e sua subjetividade. Ao selecionar os excertos, nossa hipótese é que os estados passionais que movem Beatriz são simultaneamente a paixão amorosa e o medo de a ela se entregar. Procuraremos, assim, estudar o movimento de Beatriz no texto, bem como a importância das

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estratégias enunciativas utilizadas pelo sujeito da enunciação ao delegar voz ao ator do enunciado, levando o enunciatário a entrar em contato com o que se passa de sua mente através da utilização do discurso-indireto-livre, observando que o foco da narrativa, são suas memórias e as do ator “Paulo”, num romance que, em termos de ação, praticamente nada acontece, a não ser um jantar na casa de Beatriz que tem como convidado Donetti para tratarem os detalhes sobre a revisão de atual romance. Dessa perspectiva, observaremos, no nível da sintaxe e da semântica discursiva, respectivamente o modo de projeção do ator Beatriz no texto e as figuras e temas nele projetados, buscando explicar as estratégias enunciativas utilizadas pelo enunciador para persuadir o enunciatário a se envolver numa forma de narrativa que se volta para o universo interior do ator. Palavras-chave: Ator; Paixão; Paixão amorosa; Medo.

COESÃO E COERÊNCIA EM “RETRATO” DE CECÍLIA MEIRELES

Rosana Cardoso Prof. Dr. Juscelino Pernambuco (orientador)

UNIFRAN

Neste trabalho analisaremos o poema “Retrato”, de Cecília Meireles, nos aspectos de coesão e coerência, conforme estudos da Linguística Textual. É nos textos que a linguagem se manifesta de forma específica e a coerência e a coesão são princípios de compreensão textual. O leitor constrói a coerência através de seus conhecimentos e da materialidade linguística do texto. A coesão é um conceito semântico que diz respeito às relações de sentido entre os elementos do texto, a qual é notada explicitamente no texto por meio de marcas linguísticas, já a coerência ocorre de forma implícita no texto, pois está sempre relacionada aos contextos de situação. A coesão se relaciona com a coerência, pois coesão significa a ligação ou conexão dos elementos que compõem o texto. A interação do leitor com o texto e a situação comunicativa são elementos essenciais no processo da coerência. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é verificar de que forma a coesão e a coerência se manifestam no poema “Retrato”, de Cecília Meireles. A análise é baseada especialmente nos estudos de Koch (2009) e Travaglia (1989), para os quais coesão e coerência são princípios de interpretabilidade do texto, havendo entre elas uma relação recíproca no processo da compreensão textual. A consideração inicial aponta para a seguinte conclusão: com base nos conhecimentos advindos da Linguística Textual, tais como a coesão e a coerência, verificamos que há no poema de Cecília Meireles uma organização textual bem elaborada o que lhe garante o engendramento de um sentido de transitoriedade da vida, transmitido com muito lirismo e musicalidade, que são marcas da poesia dessa autora consagrada da literatura brasileira.

Palavras-chave: Coesão; Coerência; Poema.

NOVAS TECNOLOGIAS E O ENSINO DE INGLÊS EM CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS AO ENSINO MÉDIO

Rosana Ferrareto Lourenço Rodrigues

IFSP/UNESP As orientações curriculares para Línguas Estrangeiras (LE) de 2008 visam a introduzir as teorias sobre a linguagem e as novas tecnologias e dar sugestões sobre a prática do ensino de LE por

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meio delas. Considerando a exploração dos recursos das novas tecnologias como canal no fazer da linguagem, deve-se pensar a tecnologia educativa como prática comum nos contextos de ensino-aprendizagem dos institutos de tecnologia. Além disso, a questão das práticas de leitura e escrita em suas diferentes abordagens é uma preocupação constante do professor envolvido nessa tarefa do aprender a fazer (UNESCO) durante as aulas de LE em cursos técnicos na Educação Básica. Voltar-se para o virtual como espaço pedagógico consiste, por exemplo, em utilizar a Internet como fonte de informação (acesso a materiais autênticos, preparação de aulas) e de distribuição de conteúdo (compartilhamento de atividades). Esta comunicação pretende divulgar os resultados de um projeto anual realizado com o 1º ano do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio do IFSP em São João da Boa Vista nas aulas de inglês, cujo objetivo foi desenvolver as quatro habilidades da língua a partir de ferramentas tecnológicas disponíveis gratuitamente na web. As atividades foram assim organizadas: (1) escrita: produção de uma história em quadrinhos sobre identidade em www.bitstrips.com; (2) leitura: atividade de interpretação e vocabulário a partir da seleção de uma notícia sobre tecnologia em www.newsmap.jp; (3) compreensão oral: apresentação de seminários de música em que a proposta era conhecer, interpretar e traduzir a letra de uma canção; (4) produção oral: atividade de conversação em www.englishcentral.com e criação de vídeos a partir de temas da grade técnica do curso e gêneros textuais estabelecidos no currículo da disciplina de inglês. Além do desenvolvimento das habilidades linguísticas mediado pelas novas tecnologias, verificou-se que os alunos exercitaram a criatividade de modo contextualizado e motivado. Palavras-chave: Cursos integrados; Ensino de inglês; Novas tecnologias.

FACEBOOK: LEITURA, DISCURSO, SUJEITO E REDES SOCIAIS

Rosimeire Lovo

Profa. Dra. Maria Regina Momesso (orientadora) UNIFRAN

Este trabalho pretende identificar e refletir sobre as novas práticas discursivas, identitárias e de leitura que se fazem em redes sociais, tais como o Facebook, utilizadas por estudantes do Ensino Fundamental de do nono ano em uma escola pública de Franca. O aporte teórico é a perspectiva discursiva, derivada de Pêcheux e Foucault a qual considera o sujeito discursivo em constante processo de construção a partir de fatores sociais, históricos e ideológicos. Entende-se nesta pesquisa que a observação das práticas de leitura e escrita pode revelar como o sujeito aluno se constrói, seus modos de pensar e agir no mundo. Trabalha-se com a hipótese de que o conhecimento das condições de produção discursivas, de leitura e de escrita dos alunos no espaço virtual pode servir de subsídio para o professor no preparo de aulas e de recursos para melhorar o ensino e aprendizagem da leitura e da escrita na escola. Os resultados preliminares apontam que as práticas de leitura e escrita existentes nas redes sociais ainda não estão completamente sistematizadas como meio de uma prática de leitura reflexiva e de interpretação mais apurada. Palavras-chave: Facebook; Práticas discursivas e identitárias; Leitura.

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A LINGUAGEM E O EROTISMO EM DUKE LEE Saulo Nogueira Schwartzmann

UNESP A obra de Wesley Duke Lee contempla algumas pinturas que compõem a série “das Ligas” em que o erotismo se faz evidente. Este trabalho apresenta como as relações entre o plano da expressão (PE) e o plano do conteúdo (PC) podem sugerir um tipo de erotismo e seus efeitos de sentido. Além disso, investigamos as categorias da expressão estilo linear vs. estilo pictórico para tentarmos explicitar uma relação semissimbólica entre os estilos mencionados (PE) com a categoria do conteúdo estático vs. dinâmico (WÖLFFLIN; PIETROFORTE). Por um lado, o estilo linear, pela definição dos contornos, faz com que um quadro de Duke Lee se aproxime mais do “erotismo estático”; por outro lado, o estilo pictórico, pela imprecisão dos contornos, dinamiza mais a imagem, o que sugerimos aqui como “erotismo dinâmico”. Dessa forma, as obras de Duke Lee oscilam entre um tipo de erotismo e outro, conforme a apresentação dos elementos da expressão. Palavras-chave: Semiótica; Artes plásticas; Erotismo.

PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO RIO DE JANEIRO

Vanessa Souza da Silva

UERJ

O objetivo deste artigo é compreender como as orientações curriculares da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro trabalham com práticas de letramento. A partir do conceito de letramento como o estado ou condição de quem exerce as práticas sociais de leitura e de escrita no mundo letrado e considerando a relevância da noção de letramento como horizonte ético-político para o trabalho pedagógico, investiga qual deve ser o objeto de ensino priorizado pelas orientações curriculares em questão para alcançar o letramento dos alunos. Para tal, apresenta o documento Reorientação Curricular de Língua Portuguesa, proposto pela Secretaria de Estado de Educação do Estado do Rio de Janeiro, e entregue às escolas em 2006, e o currículo mínimo, que tem sido a atual orientação curricular utilizada pela Rede. O arcabouço teórico contempla a abordagem teórica de M. Bakhtin sobre o conceito de gêneros do discurso e os pressupostos teóricos dos documentos em estudo. Este estudo toma como estratégia metodológica a análise documental e os resultados revelam que os documentos utilizam o texto como unidade de ensino e os gêneros como objeto de ensino essencial para o letramento da clientela escolar.

Palavras-chave: Práticas de letramento; Gêneros; Língua Portuguesa.

“INCOMPATIBILIDADE DE GÊNIOS” UM ESTUDO SEMIÓTICO

Vinícius de Almeida Boutelet

Profa. Dra. Vera Lucia Rodella Abriata (orientadora) UNIFRAN

A canção “Incompatibilidade de gênios”, de João Bosco e Aldir Blanc, é córpus constituinte deste trabalho, que tem como arcabouço teórico a Semiótica greimasiana. A análise não será

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voltada para o plano de expressão melódico, mas sim para o plano de conteúdo textual. Tendo em vista o contexto educacional atual, em nível de ensino fundamental e médio, consideramos importante a análise de canções populares, para ampliar o referencial cultural dos discentes com que trabalhamos. Utilizaremos o percurso gerativo de sentido, para análise dos níveis fundamental, narrativo e discursivo do texto. Como o título da canção manifesta, o texto revela a incompatibilidade de gênios entre os atores que se manifestam no nível da enunciação e no nível do enunciado. Sabe-se que, em semiótica, um ator deve apresentar, no mínimo, um papel actancial e um papel temático. Nesse sentido, focalizaremos não só os papéis actanciais e temáticos dos atores, mas também seus papéis patêmicos, voltando-nos especialmente para a relação afetiva que se estabelece entre eles, um sujeito masculino e feminino, os quais estão prestes a se separar. Em termos de nível narrativo, analisaremos, portanto, a rivalidade entre os sujeitos masculino e feminino e as paixões que eles manifestam. Em nível discursivo, a análise observará o diálogo do narrador com o narratário a quem o primeiro relata a relação conflituosa que mantém com o sujeito feminino que, em nossa hipótese, constitui-se num antissujeito. O antissujeito feminino é descrito, pelo olhar do narrador, como manipulador e responsável pelo conflito entre eles. Palavras chave: Semiótica; Manipulação; Paixão.

O USO DO E-MAIL COMO FERRAMENTA DE APOIO À PRODUÇÃO ESCRITA EM LÍNGUA PORTUGUESA

Wellington Rildo da Silva Marques Frente à utilização do gênero digital e-mail como mais um meio facilitador da interação professor-aluno e, também, como um recurso didático que auxilie no desenvolvimento da escrita em língua portuguesa, a presente pesquisa desenvolvida na turma do 7º ano, do Ensino Fundamental II, de uma rede particular de ensino, Educandário Nova Geração, no município de Sirinhaém-PE, propõe-se a relatar o uso do email como ferramenta pedagógica que pode auxiliar os alunos tanto em suas produções escritas como na forma de ampliar conhecimentos e de se obter uma maior interação entre alunos e professor fora do ambiente escolar. Por meio de emails, propomo-nos a orientar os alunos em suas produções textuais, complementando as aulas em sala de aula, como também, proporcionando um diálogo interativo voltado para assuntos como comunicação de trabalhos, avisos sobre a ausência do professor, alterações de uma possível mudança de teste ou de trabalho e justificativa de faltas por parte dos alunos, esclarecimento de dúvidas, etc. Dentre outros aspectos positivos, destacam-se o uso do email como responsável pelo melhor desempenho na aprendizagem da língua portuguesa e um estímulo ao exercício da escrita, além de considerar que o educador diante dessa nova era digital deve desenvolver um trabalho de sala de aula mais próximo do uso das tecnologias, já que os meios de informações estão cada vez mais avançados. As contribuições do email para o aprendizado de língua portuguesa relacionam-se à percepção do professor em usá-lo como um instrumento de difusão e partilha de conhecimento. Os resultados apontam para a importância da comunicação dialogada como estratégia adequada no processo da produção escrita para consolidação do uso das TIC e seus adventos em língua portuguesa. Palavras-chave: Gênero digital; Tecnologia; Escrita

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A PRODUÇÃO TEXTUAL MEDIADA PELO ADVENTO DO BLOG

Wellington Rildo da Silva Marques Elizangela Maria da Silva

No bojo das reflexões desenvolvidas sobre a produção textual na sala de aula, pode-se afirmar que a mesma é uma das atividades que valoriza o papel do sujeito na sociedade, uma vez que é por meio de enunciados escritos que o indivíduo pode interagir em seu ambiente social, expor seu posicionamento e agir sobre o mundo. Pesquisadores e estudiosos, com base em pesquisas, sugestões, conselhos e recomendações, têm apontado caminhos para que a escola possa desenvolver nos alunos o gosto pela leitura e pela escrita. O arcabouço das tecnologias digitais marcado por avanços tecnológicos e descobertas científicas surge como mecanismo resultante da aprendizagem de produção e reprodução nas práticas do ler e do escrever. Os gêneros digitais, por exemplo, trazem consigo uma série de situações de comunicação nunca vividas antes da chegada das inovações tecnológicas mediadas pelo computador: os chats, os e-mails, as listas de discussão, os fóruns, os blogs entre tantas redes virtuais desapontam como ferramenta para o efetivo uso da escrita escolar. Dessa forma, este trabalho objetiva apresentar resultados referentes ao dinamismo e à receptividade dos alunos no tocante à produção textual mediada pelo advento do blog. Os passos do trabalho foram: leitura de documentos sobre blogs, aplicação de questionário com os sujeitos da pesquisa (6 alunos da turma do 9º ano, do Educandário Nova Geração-PE, com idade entre 14 e 17 anos) e debate sobre a importância do gênero digital blog como instrumento de aprendizagem da leitura e da escrita na escola. Os resultados evidenciaram que a escrita na tela, bem como a presença do hipertexto, diferente do texto no papel limitado ao modo tradicional, possibilitam significativas mudanças nas formas de interação entre escritor e leitor e entre escritor e texto.

Palavras-chave: Produção textual; Blog; Letramento digital.