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PROJECTO DE COOPERAÇÃO TRIANGULAR SUL-SUL ANGOLA-BRASIL-FAO PLANO ESTRATÉGICO DO INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO AGRONÓMICA – IIA RESUMO EXECUTIVO Angola, 2015 AGRICULTURA DE PRECISÃO

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PROJECTO DE COOPERAÇÃO TRIANGULAR SUL-SUL

ANGOLA-BRASIL-FAO

1º PLANO ESTRATÉGICO DO INSTITUTO DE

INVESTIGAÇÃO AGRONÓMICA – IIA

RESUMO EXECUTIVO

Angola, 2015

AGRICULTURA DE PRECISÃO

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Equipe de Elaboração

GRUPO GESTOR DE ESTRATÉGIA (GGE) DO IIAMANUEL NZINGA (ENGº. AGRÓNOMO)

MONIZ PAULO MUTUNDA ( PhD)

SANTOS JOÃO DA COSTA QUIZEMBE (PhD)

ALBERTO FERREIRA LONDA (PhD)

NICOLAU GUILHERME CANETA (PhD)

DIBANZILUA NGINAMAU (MSC)

PASCOAL ANTONIO MUONDO (PhD)

MARIA DE FÁTIMA DO NASCIMENTO (PhD)

KIAKANUA MANUVANGA (PhD)

.

CONSULTORES DA EMBRAPA-FAOANTÔNIO MARIA GOMES DE CASTRO, PhD

SUZANA MARIA VALLE LIMA, PhD

LUÍS FERNANDO VIEIRA, PhD

MARLON VINICIUS BRISOLA, Dr.

COMITÊ GESTOR DO PROJETO:JOSÉ AMARO TATI - Representante MINAGRI (Presidente)

MPANZO DOMINGOS - Coordenador Nacional e Director do IIA

CLEONICE COSTA - Directora do IIV

MAMMADOU DIALLO, Representante FAO

CARLOS HENRIQUE CANESIN - Representante EMBRAPA/SRI

CECÍLIA GONÇALVES MALAGUTI DE SOUZA DO PRADO - Representante ABC

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Apresentação

Um dos desafios mais importantes do processo de desenvolvimento de Angola, frente as dificuldades que

o País enfrentou durante os anos de conflito interno, é a organização da produção interna de alimentos,

para suprir as necessidades de uma população que urbanizou-se fortemente nos últimos anos.

A maior parte da população que vive nas cidades depende da agricultura para suprir suas necessidades

de alimentação. Entre estes, destaca-se como foco de atenção do Governo os segmentos de baixa renda,

para os quais o custo dos alimentos tem grande peso na economia familiar. Produzir alimentos

saudáveis e a preços acessíveis é a forma de criar oportunidades de crescimento para estas famílias.

Actualmente, o País é muito dependente de importações para atender a demanda de alimentos. A

agricultura angolana tem contribuído pouco para suprir esta demanda, devido ao baixo desempenho em

eficiência produtiva das explorações agropecuárias nacionais. A baixa intensidade tecnológica das

explorações e a limitada capacidade gestão dos produtores são factores que concorrem para os baixos

rendimentos.

O desenvolvimento da produção agropecuária de Angola passa por um intenso processo de inovação

tecnológica e de gestão nas cadeias produtivas prioritárias para a produção de alimentos. Esta inovação

necessita de estruturas de investigação agropecuárias de alta capacidade, para gerar os conhecimentos e

tecnologias exigidas pela modernização da produção agrícola do País.

Angola já dispõe dessas estruturas, representadas pelo Instituto de Investigação Agronómica (IIA) e do

Instituto de Investigação Veterinária (IIV). Na busca da excelência técnico-científica que os habilite a

produzir as inovações tecnológicas e de gestão que o País necessita, o Ministério de Agricultura

estabeleceu um acordo de cooperação com a EMBRAPA do Brasil e a FAO, para transferência de

conhecimentos e experiências daquela Empresa de investigação brasileira para os Institutos Angolanos.

A primeira actividade dessa cooperação trilateral foi conduzida para formular os Planos Estratégicos

do IIA e do IIV, para o período de 2015 a 2020. Este processo, e os documentos resultantes, foram

trabalhados e elaborados por equipas técnicas dos Institutos, supervisionados por um comité

representativo das instituições envolvidas na cooperação, com a assessoria de especialistas em gestão de

organizações de pesquisa da Embrapa.

Tomou-se em conta a situação actual das cadeias produtivas de Angola, o potencial e os problemas dos

ecossistemas do País e as necessidades dos consumidores de Angola, para definir as grandes frentes de

actuação dos Institutos neste período. Ao mesmo tempo, o Plano Estratégico traz indicações das

intervenções necessárias no interior de cada Instituto, para que os mesmos possam cumprir com a missão

de produzir as inovações que a agricultura Angolana está a necessitar.

Mpanzo Domingos

Diretor Geral do IIA

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O Propósito do IIA: Missão, Visão e Valores

MISSÃO: Desenvolver inovações tecnológicas para

melhoria do desempenho das cadeias produtivas

agrícolas, contribuindo para a segurança alimentar da

população de Angola, tendo em conta o uso sustentável

do meio ambiente.

REALIZARÁ P&D PARA MELHORAR:

a. A eficiência das cadeias produtivas agrícolas, ou seja, a redução de custos de produção e/ou o aumento da produtividade;

b. A qualidade de produtos das cadeias produtivas agrícolas;

c. A competitividade dos produtos agrícolas angolanos; e

d. A equidade na apropriação dos benefícios gerados pelas cadeias produtivas.

PRINCÍPIOS E VALORES DO IIA1. Transparência e ética profissional; 2. Respeito a diversidade de opinião;

3. Valorização do conhecimento e autodesenvolvimento;

4. Rigor científico;

5. Aprendizagem organizacional;

6. Visão sistêmica e interdisciplinaridade;

7. Responsabilidade social.

VISÃO: Trabalhará para retomar a posição de referência em excelência técnico-cientifica na investigação agronômica do país e na

Região Austral de África.

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Abrangência de atuação do IIA

Biomas, cadeias e segmentos de produtores priorizados pelo IIA

BIOMACADEIAS

PRODUTIVASSISTEMAS PRODUTIVOS

Atuará em todo o

espaço geográfico

de Angola, em

particular nos

biomas

Zambesíaco e

Miombo, Mosaico

de Floresta

Congolesa e

Planalto do

Kalahari

Todas as cadeias

produtivas agrícolas,

priorizando as

cadeias do milho,

arroz, mandioca,

banana, feijão, soja,

massango e

massambala.

Serão beneficiários directos: agricultores familiares, produtores agrícolas empresariais, agroindústria e, directa ou indirectamente, os consumidores de produtos agrícolas de Angola, sobretudo os de baixa renda.

A Investigação do IIA: Investigação aplicada e adaptativa, recorrendo

eventualmente à investigação básica e estratégica, para gerar inovações tecnológicas a ser transferidas e adoptadas

pelos beneficiários directos.

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OBJETIVOS ESTRATÉGICOS PARA O AMBIENTE EXTERNO: ECOSSISTEMAS, CONSUMIDORES FINAIS, CADEIAS

PRODUTIVAS AGRÍCOLAS

Objetivos Específicos:

1. Desenvolver materiais melhorados e insumos adequados à agricultura familiar nos biomas prioritários.

2. Desenvolver técnicas de monitoramento e maneio integrado de pragas e doenças para a agricultura familiar.

3. Desenvolver sistemas de produção adequados para agricultura familiar nos biomas prioritários.

4. Desenvolver conhecimento no domínio da engenharia agrícola para os sistemas de produção da agricultura familiar nos biomas prioritários.

5. Desenvolver metodologias e ações de difusão e transferência de tecnologia para incorporação de inovações na agricultura familiar.

OBJETIVO ESTRATÉGICO 1:

MELHORAR A EFICIÊNCIA PRODUTIVA E A QUALIDADE DE PRODUTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR.

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OBJETIVO ESTRATÉGICO 2: PROMOVER A COMPETITIVIDADE DAS CADEIAS PRODUTIVAS BÁSICAS E DE RENDIMENTO PRIORITÁRIAS.

Objetivos Específicos:

1. Desenvolver materiais melhorados e insumos adequados à agricultura intensiva nos biomas prioritários.

2. Desenvolver técnicas de monitoramento e maneio integrado de pragas e doenças para a agricultura intensiva.

3. Desenvolver sistemas de produção adequados para agricultura intensiva nos biomas prioritários.

4. Desenvolver conhecimento no domínio da engenharia agrícola para os sistemas de produção da agricultura intensiva nos biomas prioritários.

5. Desenvolver metodologias e ações de difusão e transferência de tecnologia para incorporação de inovações na agricultura familiar intensiva.

OBJETIVO ESTRATÉGICO 3: GERAR CONHECIMENTO PARA A PROSPECÇÃO, O MANEIO E O USO SUSTENTÁVEL DOS ECOSSISTEMAS PRIORITÁRIOS.

Objetivos Específicos:

1. Gerar conhecimentos sobre as condições edafoclimáticas dos biomas prioritários.

2. Desenvolver mecanismos de gestão de água para exploração agrícola nos biomas prioritários.

3. Desenvolver conhecimentos e tecnologias para maneio e conservação dos solos, água e biodiversidade.

4. Prospectar produtos de valor a partir da exploração sustentável da biodiversidade.

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OBJETIVO ESTRATÉGICO 4: CONTRIBUIR PARA A SEGURANÇA ALIMENTAR E O ABASTECIMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS.

Objetivos Específicos:

1. Contribuir para a redução de preços dos alimentos básicos por meio da inovação tecnológica nas cadeias produtivas.

2. Contribuir na estabilização da produção e no abastecimento de alimentos básicos por meio de inovação tecnológica.

OBJETIVO ESTRATÉGICO 5:ADOTAR E EXPANDIR O CONHECIMENTO CIENTÍFICO EM ÁREAS DE PONTA (BIOTECNOLOGIA, AGRICULTURA DE PRECISÃO, ENGENHARIA AGRÍCOLA, NANOTECNOLOGIA) PARA A GERAÇÃO DE TECNOLOGIA.

Objetivos Específicos:

1. Aplicar conhecimento de biotecnologia para a caracterização de recursos genéticos vegetais e para a melhoria genética dos cultivos angolanos;

2 - Aplicar conhecimento de Engenharia Agrícola para a redução de impactos negativos sobre os biomas priorizados.

3 - Aplicar conhecimento de Agricultura de Precisão para aumento da eficiência produtiva na produção vegetal, pelo manejo adequado de tecnologias, e pela gestão econômica da atividade pecuária.

4 - Aplicar conhecimento de Nanotecnologia para o controle e a redução de impactos de doenças que afetam os cultivos alimentares em Angola.

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ESTRATÉGIA PARA AMBIENTE INTERNO: OBJETIVOS ESTRUTURANTES PARA O IIA

OBJETIVO ESTRUTURANTE 1:

Desenvolver um sistema de gestão de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para o Instituto.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1 - Desenvolver um modelo institucional para o IIA, como base para formulação do

sistema de gestão.

2 - Desenvolver um modelo de inovação especifico para o IIA como referência para a

gestão de P&D no Instituto.

3 - Desenvolver um sistema de medição e avaliação do desempenho institucional,

como componente do sistema de gestão de P&D.

4 - Revisar e actualizar o sistema de gestão da P&D no IIA, nos seus componentes estratégico, táctico e operativo e nas dimensões de programação, acompanhamento e avaliação final.

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OBJETIVO ESTRUTURANTE 2:

Articular e negociar com o Governo o apoio político e financeiro para a aprovação e

implementação do Plano Estratégico do Instituto.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1 - Estabelecer processo de negociação com os níveis decisórios do Governo para alocação de recursos financeiros suficientes para a implantação do Plano Estratégico do IIA.

2 - Viabilizar a autonomia para aplicação e gestão dos recursos financeiros.

OBJETIVO ESTRUTURANTE 3:

Desenvolver um sistema de gestão de recursos humanos para o Instituto alinhado as

necessidades de implementação do Plano Estratégico.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1 - Rever e ajustar o quadro do pessoal ás necessidades de implementação do Plano Estratégico.2 - Estabelecer um programa de capacitação continua de curta e longa duração do quadro do pessoal.3 - Rever e ajustar o plano de cargos e salários do Instituto. 4 - Articular junto aos órgãos responsáveis para obter autonomia de gestão dos recursos humanos do Instituto.5 - Desenvolver e implementar um sistema de avaliação de desempenho de pessoal e de premiação de desempenho.

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OBJETIVO ESTRUTURANTE 4:

Desenvolver um plano de reestruturação física do Instituto para viabilizar a

implementação do Plano Estratégico.

OBJETIVO ESPECÍFICO

1 - Diagnosticar o alinhamento da estrutura física do Instituto ao Plano Estratégico. 2 - Formular um plano para a reestruturação física do Instituto.3 - Adequar a estrutura organizacional e o Estatuto Orgânico à nova estrutura física do Instituto.4 - Articular com as entidades decisórias a base legal e a alocação de recursos financeiros para viabilizar a implementação do Plano de Reestruturação Física do Instituto.

OBJETIVO ESTRUTURANTE 5:

Definir e implementar uma política de parceria estratégica para o Instituto.

OBJETIVO ESPECÍFICO

1 - Desenvolver e implementar um sistema de gestão de parcerias que inclua a monitoria e avaliação dos resultados obtidos.Meta - Desenvolvido e implementado o sistema de gestão de parcerias até 2017.

2 - Fortalecer as parcerias com Instituições nacionais e internacionais de inovação tecnológica e de pesquisa ambiental.

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PROJETOS ESTRUTURANTES DO IIA