1º. Ciclo de Debates sobre a Qualidade do Gasto Público

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1º. Ciclo de Debates sobre a Qualidade do Gasto Público Elaboração e Execução Orçamentária e seus Impactos sobre a Qualidade do Gasto Público VALDEMIR PIRES (www.pires.pro.br) Economista, professor de Finanças Públicas e Orçamento do Curso de Administração Pública da UNESP/FCL-Araraquara/SP 25/07/2012

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1º. Ciclo de Debates sobre a Qualidade do Gasto Público. Elaboração e Execução Orçamentária e seus Impactos sobre a Qualidade do Gasto Público VALDEMIR PIRES (www.pires.pro.br) Economista, professor de Finanças Públicas e Orçamento do Curso de Administração Pública da UNESP/FCL-Araraquara/SP - PowerPoint PPT Presentation

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1º. Ciclo de Debates sobre a Qualidade do Gasto Público

Elaboração e Execução Orçamentária e seus Impactos sobre a Qualidade do Gasto Público

VALDEMIR PIRES(www.pires.pro.br)

Economista, professor de Finanças Públicas e Orçamento do Curso de Administração Pública da UNESP/FCL-Araraquara/SP

25/07/2012

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Visão geral

1. Dimensões da qualidade do gasto público

4. Desafios à gestão orçamentária e fiscal qualificadora do gasto público

3. Tendências contemporâneas da gestão orçamentária e fiscal

5. Evolução histórica e perspectivas da gestão orçamentária no Brasil

2. Aspectos da realidade e da gestão que influenciam a qualidade do gasto público

6. A contribuição da gestão orçamentária e financeira para a qualidade do gasto público

7. Delineamento de uma proposta de ação

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1. Dimensões da qualidade do gasto público

Gasto Público

Qualidade

Eficiência Eficácia Efetividade

Sustentabilidade

Legitimidade

Legalidade

Transparência

Flexibilidade

Âmbitos

Político

Fiscal/Financeiro

Gestão

Governabilidade, governança,

desenvolvimento socioeconômico

sustentável

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2. Aspectos da realidade e da gestão que influenciam a qualidade do gasto público

Gasto público qualificado

Regime político e sistema de governo

Estrutura e conjuntura econômicas

Federalismo fiscal

Integração global e regional

Modelos de gestão

Sistemas de gestão de

suprimentos

Planejamento governamental

Gestão de políticas públicas

Sistemas de informação contábil

Orçamentação

Técnicas e tendências

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3. Tendências contemporâneas da gestão orçamentária e fiscal

Adoção de metas fiscais

Implementação de orçamento de resultados*

Disciplina fiscal agregada

Eficiência alocativa

Estabilidade fiscal e macroeconômica Conjuntura e

curto prazo

Microeconomia do setor público

Estrutura e longo prazo

Globalização financeira

Crises fiscais

Tendências ideológicas, econômicas e de gestão

Neoliberalismo, economia do lado da oferta, “reinvenção do governo”, nova administração

pública

Atuação de organismos multilaterais

Visão crítica e novas propostas

Relativo fracasso na implementação + crise de 2008

Reformas do Estado

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4. Desafios à gestão orçamentária e fiscal qualificadora do gasto públicoConstrução e uso de indicadores de desempenhoIntegração das informações sobre resultados à decisão e à gestão orçamentáriaContabilidade de custos

Regime de competência nos registros contábeisGestão patrimonial considerando-se depreciação e investimentos públicos

Integração do gasto tributário ao orçamento e aos balanços

Desenho de sistemas de incentivos (agente principal) focado na busca de resultados

Sistemas integrados de gestão

Compatibilização dos perfis das informações para uso Executivo e do LegislativoPlurianualidade (integração cronológica entre orçamento e projetos de longo prazo e sustentabilidade fiscal da dívida)Incrementalismo versus novas prioridadesControle político/legal versus discricionaridade

Integração Planejamento-PPA-LDO-LOACompatibilização de prazos no processo orçamentárioTratamento para restos a pagar compatível com gestão orçamentáriaRedução da rigidez orçamentáriaMelhores parâmetros técnicos para abertura de créditos adicionais

Regras e metas fiscais

Adequação entre a natureza autorizativa e impositiva do orçamento

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4. Desafios à gestão orçamentária e fiscal qualificadora do gasto público

Papel dos órgãos de apoio ao Legislativo para o controle (Tribunais de Contas)

Integração entre as abordagens da gestão orçamentária e de gestão de políticas públicas

Tendências à ritualização das reformas orçamentárias ou sua captura por intersses contrários aos seus objetivos (desafio meso)

Transparência e controle societalAgências reguladoras e contratos de gestão

Prevenção contra a corrupção

Harmonização fiscal e orçamentária

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5. Evolução histórica recente e perspectivas da gestão orçamentária no Brasil

Lei 4.320/1964

Constituição Federal de 1988

Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000)

PPA 2000-2003

Nova lei das finanças públicas (Art.165 §9 CF)

“Janela de oportunidade” (Democracia consolidada, bom momento econômico, contas públicas sob controle, responsabilidade fiscal

estabelecida, avanços na gestão fiscal)

Arcabouço legal/técnico para gestão orçamentária/Orçamento programa

Sistema orçamentário (PPA, LDO, LOA), 3 Orçamentos (Fiscal, Seguridade, I. Estatais), fim da conta-movimento

Gestão financeira, fim dos fatos consumados, transparência, controle de riscos fiscais

Tentativa de orçamentação por resultados

SIAFI (1986-87) Informatização e integração orçamentária-financeira, contabilidade em tempo real, caixa único

Class. func./progr.1974

Nova lei de licitações

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6. A contribuição da gestão orçamentária e financeira para a qualidade do gasto públicoOs problemas atualmente enfrentados pela gestão orçamentária, em todos os países (com diferentes níveis de gravidade e capacidades de tratamento), são vários, alguns deles presentes desde as primeiros esforços de reforma, nos anos 1950. As medidas e providências para resolvê-los se aceleram com o avanço das dificuldades fiscais, subordinando a orçamentação quase que exclusivamente às tarefas necessárias à estabilização macroeconômica (obtenção de superávits primários).Em tais contextos, as técnicas e metodologias do orçamento de resultado são recomendadas para que a) sejam evitados desperdícios a fim de se poupar para a solução da dívida; b) seja possível realizar mais com menos, para se evitar problemas de governança e de governabilidade como decorrência de cortes impostos pela política fiscal estabilizadora.

Se o que se quiser for mais do que seguir estas recomendações, é preciso perguntar: de que maneira a gestão orçamentária (que é diferente da gestão financeira, embora ambas sejam inseparáveis) pode contribuir para a elevação da qualidade do gasto público?

Talvez seja o caso de se admitir que a gestão orçamentária tem mais a receber de contribuição da boa gestão do gasto (ao longo da execução orçamentária) do que a contribuir com ela. Isto porque os aspectos essenciais da orçamentação concentram-se no planejamento e na avaliação (para que a sociedade seja respeitada nas escolhas feitas para o destino dos recursos públicos e para que sejam prestadas contas do deles feito).

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6. A contribuição da gestão orçamentária e financeira para a qualidade do gasto público

A orçamentação pode contribuir mais intensamente na qualificação do gasto público nos seguintes aspectos: legalidade, legitimidade, transparência, sustentabilidade e flexibilidade (tendo certa dificuldade para fazê-lo neste último).

A eficiência deve estar “embebida” nos processos de escolha e decisão ao longo da execução orçamentária, de modo que também forneçam subsídios por ocasião do planejamento orçamentário.

A eficácia e a efetividade podem ser melhor controladas no interior de processos de gestão de políticas públicas e da prestação de serviços públicos.

É preciso evitar posturas que concebem o orçamento público como o instrumento, e a orçamentação pública como a técnica e o campo de atuação que devem concentrar os esforços de qualificação do gasto público. Isto porque a complexificação do papel do Estado e das técnicas governativas, por um lado, impedem que um único instrumento e um único campo da gestão pública possa cumprir este papel e, por outro lado, gerou novos campos e métodos de trabalho para isso. A integração de novas visões, métodos e tecnologias, com um olhar multidisciplinar, é o caminho para a qualificação e controle do gasto público, em contextos democráticos aprofundados e novas exigências de governança e governabilidade.

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7. Delineamento de uma proposta de açãoEsforço institucional articulado para, aproveitando a “janela de oportunidade”, promover

reformas na gestão do gasto público (orçamentação e licitação/gestão de compras e contratos)

Constituição de força-tarefa: MPOG/SOF, MF/STN, CGU, TCU, CMO, ESAF/ENAP/Universidades, Cons. Secr. Estaduais de Fazenda, Conselho de Gestão Fiscal(LRF), Fórum dos SPOAS, ABOP, representantes da sociedade civil. 2 anos para proposta. 5 para monitorar implementações (visão de processo).

Objetivos: Orçamento de resultados sob perspectiva crítica e compras públicas numa abordagem de gestão da cadeia de suprimento

Valores de base: democracia substantiva/neorepublicanismo e gerencialismo tecnopolítico centrado em protagonismo do gestor público com sentido de missão

Abordagem operacional: inovação institucional/histerese (path dependency) para implementar mudanças/reformar