1_apetrechos Pesca Ornamental - Xingu

download 1_apetrechos Pesca Ornamental - Xingu

of 9

Transcript of 1_apetrechos Pesca Ornamental - Xingu

  • 7/22/2019 1_apetrechos Pesca Ornamental - Xingu

    1/9

    Centro de Pesquisa e Gesto de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte

    Bol. Tc. Cient. Cepnor, v. 11, n. 1, p: 71 - 79, 2011 71

    APETRECHOS DE PESCA ORNAMENTAL UTILIZADOS PELOS JURUNA DA TERRAINDGENA PAQUIAMBA (PAR, BRASIL)

    Jaime Ribeiro CARVALHO JNIOR1, Diego Maia ZACARDI1, Suzana Carla da Silva BITTENCOURT1,

    Marcia Francineli da Cunha BEZERRA1, Jos Leocyvan Gomes NUNES2 & Luiza NAKAYAMA3

    RESUMOCom o objetivo de descrever os apetrechos de pesca e os mtodos de conduo da pesca ornamental naTerra Indgena Paquiamba, realizou-se entrevistas com os pescadores Juruna e acompanhamento da rotinadessa atividade pesqueira na aldeia e seu entorno. Os principais espcimes comercializados pertencem famlia dos acaris (Loricariidae) e das arraias (Potamotrygonidae), sendo capturados vivos, por meio de: redes(malhadeira, tarrafa, tarranha e pu) e armadilhas, usando vaqueta e mergulho (livre ou autnomo). Nomergulho autnomo, ressalta-se vrias situaes de risco sade, entretanto, acredita-se que a elaboraode alternativas e implantao de tecnologias, que auxiliem a captura dos peixes ornamentais, melhoraria ascondies da atividade na terra indgena Paquiamba, uma vez que a proibio dessa modalidade poderiaacarretar em desemprego, xodo e marginalidade dos Juruna.Palavras chave: Pesca artesanal, apetrecho de pesca, indgena.

    FISHING GEARS ORNAMENTAL USED BY JURUNA OF INDIGENOUS LAND PAQUIAMBA(PAR, BRAZIL)

    ABSTRACTIn order to describe the shing gear and conduct methods of ornamental shing on Indigenous LandPaquiamba, it were held interviews with Juruna shermen and routine monitoring of shing activity in thevillage and its surroundings. The main traded specimens belong to the family of acaris (Loricariidae) and rays(Potamotrygonidae), being captured alive, through: networks (nets, cast nets, tarranha and pu) andtraps, using cowhide and diving (free or autonomous). In autonomus diving, it is pointed out several situations ofhealth risk, however, its believed that the development and deployment of alternative technologies, facilitatingthe capture of ornamental sh, improve the activity conditions, since the prohibition of this modality could resultin unemployment, exodus and Juruna marginality.

    Key words: Fishery craft, shing gear, indigenous.

    _____________________1- Doutorando, Programa de Ps-Graduao em Cincia Animal, Laboratrio de Biologia de OrganismosAquticos, Universida Federal do Par2- Matemtico3- Programa de Ps-Graduao em Cincia Animal, Laboratrio de Biologia de Organismos Aquticos,Universida Federal do Pare-mail: [email protected]

  • 7/22/2019 1_apetrechos Pesca Ornamental - Xingu

    2/9

    Boletim Tcnico-Cientifco do CEPNOR

    Bol. Tc. Cient. Cepnor, v. 11, n. 1, p: 71 - 79, 2011 72

    INTRODUO

    O mercado mundial de peixes ornamentais gera quase 300 milhes de dlares com aexplorao desse recurso em guas continentais, sendo 60% das exportaes provenientesde pases em desenvolvimento e apenas 10%, desse capital, correspondente a peixes deambientes naturais (PRANG, 2007).

    Pinheiro (2008) relata que a maioria das espcies de peixes pode ter uso ornamentalou ser alvo de coleta com essa nalidade, havendo sempre algum interessado em fazer usoornamental de alguma espcie, seja pela beleza ou pelo estranhamento que possa causar.Contudo, a problemtica em relao a este recurso natural consiste na incipiente cadeiaprodutiva, na dinmica do mercado nacional e internacional e na capacidade de agregar umalto valor ao longo dos seus elos, envolvendo, ainda, aspectos biolgicos de cada espciee os fatores ambientais ligados aos locais de explorao (HERCOS; QUEIROZ; ALMEIDA,2009).

    Na regio Norte brasileira, as artes, os mtodos e os apetrechos empregados napesca artesanal so variados, de acordo com a rea, profundidade, perodo do dia ou

    conforme a espcie alvo (CHAO, 1992, 1993; CAMARGO; GIARRIZZO; CARVALHOJr., 2005; TORRES, 2007; CINTRA et al., 2009), representando, de acordo com Batistaet al. (2000), uma adaptao humana explotao dos peixes em um ambiente regionalextremamente diversicado. Assim, o conhecimento emprico em relao extrao dosrecursos sempre est em funo da interao homem-meio ambiente (POSEY, 1983, 1997;DIEGUES, 1995, 1996).

    Em se tratando especicamente da arte de pesca ornamental, destaca-se os trabalhosde Chao (1992, 1993) no rio Negro e Torres (2007) na bacia do rio Guam. No contextosocial, este estudo busca relatar o conhecimento local e as experincias de explorao,alm de caracterizar apetrechos e manejos de pesca, utilizados pelos pescadores Juruna,da Terra Indgena Paquiamba (TI Paquiamba) de Volta Grande do Xingu (VGX).

    MATERIAL E MTODOS

    DESCRIO DA REA DE ESTUDO

    A terra indgena Paquiamba pertence ao municpio de Vitria do Xingu - PA, naregio denominada Volta Grande (Figura 1), que faz parte da rea de Inuncia Direta erea Diretamente Afetada, do Aproveitamento Hidreltrico Belo Monte. Os Juruna habitam amargem esquerda do rio Xingu (Coordenadas geogrcas: S 033011.9/W 0514810.9),

    entre os igaraps Paraso e Mangueira, sendo a aldeia composta de 18 casas, com um totalde 82 moradores.

    A regio se caracteriza por elevada pluviosidade (meses de dezembro a abril) eum curto perodo seco, por menor pluviosidade (julho a outubro), de acordo com Moraeset al. (2005) para o estado do Par. No perodo seco, Carvalho Jr. et al. (2009) e Vieiraet al. (2009) relatam que o nvel da gua do rio Xingu baixa, formando reas de pedraismais rasas e com corredeiras. Portanto, a pesca ornamental depende, principalmente, dasazonalidade das espcies e do ciclo hidrolgico.

    COLETA DE DADOS

    Para conhecer os apetrechos de pesca ornamental dos Juruna, foram entrevistados 26moradores, indicados pelos prprios membros da comunidade e destes, foram selecionados

  • 7/22/2019 1_apetrechos Pesca Ornamental - Xingu

    3/9

    Centro de Pesquisa e Gesto de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte

    Bol. Tc. Cient. Cepnor, v. 11, n. 1, p: 71 - 79, 2011 73

    18 para participar do estudo, durante o perodo de fevereiro de 2008 a dezembro de 2010.Alm das entrevistas, os pescadores tambm foram acompanhados em sua atividadediria, nas reas de coletas, localizadas prximas da aldeia Paquiamba. A atividade eos apetrechos de pesca ornamental foram lmados e fotografados para compor o acervode imagens e as entrevistas foram gravadas e transcritas. Todo o estudo foi devidamenteautorizado pela instituio responsvel Fundao Nacional do ndio (FUNAI) e pelas

    lideranas Juruna.

    Figura 1 - Terra Indgena Paquiamba, Volta Grande do Xingu-PA. Fonte: Vieira et al. (2009),com modicaes.

    RESULTADOS E DISCUSSO

    Conforme relatos, h 20 anos os Juruna pescam nos arredores da TI Paquiambacapturando uma grande diversidade de peixes ornamentais. Os acaris espcies dafamlia Loricariidae, da regio de Altamira, comearam a ser comercializados nas lojasdo mercado americano de peixes ornamentais por volta de 1989 (SEIDEL, 1996). Apesarde mais de duzentas espcies de peixes ornamentais ocorrerem no rio Xingu (ISAAC etal., 2002; PIECZARKA et al., 2003; CAMARGO et al., 2004), a pesca concentra-se em:acari zebra (Hypancistrus zebra), acari marrom (Hypancistrus sp.), arraia (Potamotrygonorbignyi), picota ouro (Scobiancistrus auratus), boi-de-bota (Panaque aff. nigrolineatus),

    ona (Leporacanthicus heterodon), amarelinho (Baryancistrus spp.), cutia (Scobiancistruscf. pariolispos) e jacund (Crenicichla cyclostoma). Alguns entrevistados comentaram quea pesca ainda se concentra nessas espcies embora, a partir de 2005, o IBAMA tenhaproibido a pesca de acari zebra e de arraias, que constituam as espcies mais solicitadaspelo mercado internacional.

    A maior parte das espcies comercializadas pelos indgenas (Figura 2) estassociada forma de uso pela aldeia, denidas basicamente como: espcies de pequenoporte, comercializadas como ornamentais e no utilizadas para o consumo; e de mdioporte: utilizadas para o consumo, com algumas espcies, comercializadas no mercadoornamental, quando capturadas na fase juvenil.

  • 7/22/2019 1_apetrechos Pesca Ornamental - Xingu

    4/9

    Boletim Tcnico-Cientifco do CEPNOR

    Bol. Tc. Cient. Cepnor, v. 11, n. 1, p: 71 - 79, 2011 74

    Figura 2 - Espcies de peixes ornamentais que ocorrem nos arredores da terra indgenaPaquiamba: A) arraia-preta (Potamotrygon leopoldi); B) amarelinho (Baryancistrus sp.); C)ona (Leporacanthicus heterodon); D) picota ouro (Scobinancistrus aureatus); E) boi-de-bota (Panaque nigrolineatus) e F) acari-zebra (Hypancistrus zebra).

    Os indgenas utilizam a malhadeira ou rede de espera (Figura 3A), redes retangularesconstrudas com nylon multilamentos de vrios tipos de malhas (6, 8, 10, 12, 18 cm) etarrafa ou rede de arremesso (Figura 3B), na captura de espcies voltadas para o consumo,mas, ocasionalmente, alguns representantes da fauna acompanhante, como vriasespcies de acaris de pequeno porte, so retirados cuidadosamente e mantidos vivos, paraposterior comercializao no mercado ornamental, sendo grande parte exportados paraos Estados Unidos, Japo e Alemanha, como observado por vrios autores (FOREIGN

    TRADE DIVISION, 2007; OLIVIER, 2001; FUJIYOSHI, 2002; RIBEIRO et al., 2008, 2009).

    Figura 3 - Redes utilizadas, ocasionalmente, na captura de peixes ornamentais, na terraindgena Paquiamba, Par. A) Malhadeira (rede de espera) e B) Tarrafa (rede de arremesso).

    Dentre as espcies de maior interesse econmico esto os peixes da famlia dosacaris (Loricariidae) e arraias (Potamotrygonidae), os quais so capturados principalmentenas reas de pedrais e de corredeiras e nas regies mais rasas do rio (sequeiros).

    Os mtodos de captura mais empregados pelos Juruna na atividade de pescaornamental, durante o perodo de menor pluviosidade, so: Vaqueta ou espada que consisteem um pedao de madeira resistente, com dimenses de 40 a 70 cm de comprimento e 2 a4 cm de largura, com extremidade em ponta na e lixada (Figura 4A), com esse instrumentoo pescador desentoca o peixe e, em seguida, apreende-o pela cabea ou nadadeira, naextremidade da vaqueta. Tarranha (Figura 4B) que consiste em uma rede de algodo,utilizada para capturar os peixes, encobrindo blocos inteiros de pedra, pequenos refgios

    A CB

    D E F

    BA

  • 7/22/2019 1_apetrechos Pesca Ornamental - Xingu

    5/9

    Centro de Pesquisa e Gesto de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte

    Bol. Tc. Cient. Cepnor, v. 11, n. 1, p: 71 - 79, 2011 75

    (fendas, rachaduras e pequenos buracos) e armadilhas (amontoado de pedras ou detroncos).

    Figura 4 - Apetrechos utilizados para a captura da pesca ornamental. A) vaqueta ou espada;B) tarranha.

    Outro apetrecho de pesca utilizado o pu, que consiste em uma rede em forma de

    funil (com sobras de malhadeira), cuja haste circular feita de ferro ou cip. No perodomais seco, serve para pescar em regies prximas s margens e pequenas corredeirascom pedregulhos do tipo cascalho/seixo (gorgulhos) e no perodo de maior pluviosidade,capturar peixes no meio da vegetao sazonalmente inundada (sarobal) entre as ramagensdas plantas submersas (Figura 5).

    Figura 5 - Pu utilizado para capturar peixes ornamentais, nas margens ao longo do rioXingu, na terra indgena Paquiamba - PA.

    Ressalta-se que, no perodo chuvoso, a prtica de mergulho (livre e/ou autnomo) a principal modalidade de captura de peixes ornamentais. O mergulho livre caracterizadobasicamente pela utilizao do ar contido nos pulmes, com uso de mascareta (mscarade mergulho) e vaqueta, para coleta manual dos peixes.

    O mergulho autnomo, diferentemente do mergulho livre, consiste na prtica desubmergir na gua utilizando um compressor de encher pneu automotivo (Figura 6A,B)

    adaptado a um motor de 3,5 Hp de potncia e movido a gasolina ou gs butano, no qual acoplado um o eltrico entrelaado a uma mangueira transparente do tipo rgido (polegadas) e em sua extremidade a chupeta (o bocal para suco, Figura 6C) e a lanterna

    A B

  • 7/22/2019 1_apetrechos Pesca Ornamental - Xingu

    6/9

    Boletim Tcnico-Cientifco do CEPNOR

    Bol. Tc. Cient. Cepnor, v. 11, n. 1, p: 71 - 79, 2011 76

    (comum, mas com lmpada de motocicleta, Figura 6D), que fundamental para iluminaras reas e orientar a seleo de peixes. comum o compressor possuir de trs a cincosadas individuais para conectar s mangueiras, cujos comprimentos (de 20 m at 50 m)so estabelecidos de acordo com a profundidade e deslocamento para captura. Nessamodalidade, os pescadores conseguem permanecer submersos de duas a trs horas, emlocais mais profundos (superior a 5 metros), em pescarias praticadas nos perodos diurnos

    e noturnos.

    Figura 6 - A) Aparato para prtica da pesca por mergulho autnomo e B) Esquema docompressor de ar adaptado ao motor: 1. Compressor de ar; 2. Vlvula de suco do archupeta (C) e lanterna (D); 3. Sistema hidrulico de captao do ar; 4. Recipiente paracombustvel; 5. Motor de 3,5 Hp, adaptado ao sistema de dnamo, utilizado para acionar ocompressor e para produzir energia eltrica; 6. Conjunto de vlvulas ligado mangueira,que conduz ar proveniente do compressor at o mergulhador.

    As condies precrias na coleta e a exposio a baixas temperaturas, maior pressoe turbidez da gua, alm da forte correnteza, que se agravam nos perodos mais chuvosos,

    so citados como causas de dores corporais, aps muitas horas de submerso. Por noexistir qualquer tipo de ltro, no aparato da Figura 6, os pescadores acabam respirandoar de motor, ou seja, ar contendo poluentes de combustvel (benzeno, hexano, chumbo,enxofre, dentre outros), que causam danos sade, que vo desde uma simples tonturaa cncer, como citados por Gibotti (1999) e Dib et al. (2007). Alm disso, podem ocorreracidentes fatais por problemas como exploso do compressor e/ou ruptura da mangueira,caracterizando o mergulho autnomo como perigoso e imprprio para a sade.

    Adicionalmente, estes pescadores trabalham individualmente ou em pequenos grupos(ncleos familiares) que se deslocam para expedies longas (uma ou duas semanas)dependendo das espcies solicitadas pelo mercado, fato j vericado por Carvalho Jr. et al.

    (2009), com pescadores no indgenas do Xingu, gerando alguns acidentes, como lesescausadas pelos odontodes (estruturas sseas e de forma cnica) dos acaris (Loricaridae)e ferres (estrutura ssea serrilhada) de arraias (Potamotrygonidae), que so capturadosmanualmente, sem equipamento e/ou artefato de proteo.

    Portanto, a pesca de peixes ornamentais na terra indgena Paquiamba realizadautilizando-se vrios mtodos e apetrechos de coleta (Figura 7), a m de capturar umadiversidade de espcies em diversos ambientes, segundo peculiaridades e sazonalidadelocal. Ressalta-se que a futura construo da Usina Hidreltrica de Belo Monte, j consideradauma realidade para a regio da Volta Grande do Xingu, provocar a diminuio da vazo dorio Xingu nessa rea, causando diversos impactos para a biodiversidade, principalmente os

    organismos aquticos, reduzindo os recursos pesqueiros.

  • 7/22/2019 1_apetrechos Pesca Ornamental - Xingu

    7/9

    Centro de Pesquisa e Gesto de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte

    Bol. Tc. Cient. Cepnor, v. 11, n. 1, p: 71 - 79, 2011 77

    Figura 7 - Modalidades de pesca artesanal, utilizadas pelos ndios Juruna, na Terra IndgenaPaquiamba - PA, para a captura das quatro principais famlias de peixes ornamentais.

    CONSIDERAES FINAIS

    Apesar da expressiva variedade de peixes ornamentais capturados na regio, osprincipais espcimes comercializados pertencem famlia dos acaris (Loricariidae) e das

    arraias (Potamotrygonidae), sendo capturados vivos, por meio de: redes (malhadeira,tarrafa, tarranha e pu) e armadilhas, usando vaqueta e mergulho (livre ou autnomo).

    No mergulho autnomo, h vrias situaes de risco sade, entretanto, acredita-se que a elaborao de alternativas e implantao de tecnologias, que auxiliem a capturados peixes ornamentais, melhoraria as condies da atividade na TI Paquiamba, umavez que a pesca ornamental a principal fonte de renda e subsistncia: a proibio dessamodalidade de pesca poderia acarretar em desemprego, xodo e marginalidade dos Juruna,nos municpios do entorno da aldeia.

    Alm disso, a construo da Usina Hidreltrica de Belo Monte, com a consequentealterao do nvel e do curso dgua, provavelmente, implicar em mudanas tanto nas

    modalidades quanto nos apetrechos de pesca, assim como nas espcies capturadas naregio.

    AGRADECIMENTOS

    A FAPESPA pela concesso da bolsa de doutorado ao primeiro autor. A FUNAI peloapoio logstico e nanceiro. Aos pescadores Juruna pelo interesse e apoio a este projeto.

    REFERNCIASBATISTA, V. S.; FREITAS, C. E. C.; SILVA, A. J. I.; FREIRE-BRASIL, D. The shing activityof the river people in the oodplain of the Central Amazon. In: JUNK, W. J.; OHLY, J. J.;

  • 7/22/2019 1_apetrechos Pesca Ornamental - Xingu

    8/9

    Boletim Tcnico-Cientifco do CEPNOR

    Bol. Tc. Cient. Cepnor, v. 11, n. 1, p: 71 - 79, 2011 78

    PIEDADE, M. T. F.; SOARES, M. G. M. (Eds.). The Central Amazon Floodplain: actual useand options for a sustainable management. Leiden: Backhuys Publishers, p. 417-431, 2000.

    CAMARGO, M.; GIARRIZZO, T.; CARVALHO Jr, J. R. Levantamento ecolgico rpido dafauna ctica de tributrios do mdio-baixo Tapajs e Curu. Boletim do Museu ParaenseEmlio Goeldi, sr. Cincias Naturais, v. 2, n. 1, p. 229-247, 2005.

    CAMARGO-ZORRO, M.; GIARRIZZO, T.; ISAAC, V. J. Review on geographic distribution ofthe sh fauna of Xingu River basin. Brazil. Ecotropica, v. 10, n. 2, p. 123-147, 2004.

    CARVALHO-JR., J. R.; CARVALHO, N. A. S. S.; NUNES, J. L. G.; CAMES, A.; BEZERRA,M. F. C.; SANTANA, A. R.; NAKAYAMA, L. Sobre a pesca de peixes ornamentais porcomunidades do rio Xingu, Par Brasil: relato de caso. Boletim do Instituto de Pesca,v. 35, n. 3, p. 521-530, 2009.

    CHAO, N. L. Ornamental shes and sheries of the Rio Negro. Tropical Fish Hobbyist, v.

    40, n. 12, p. 84-102, 1992.CHAO, N. L. Conservation of Rio Negro ornamental shes. Tropical Fish Hobbyist, v. 41,n. 5, p. 99-114, 1993.

    CINTRA, I. H. A.; JURAS, A. A.; SILVA, K. C. A.; TENRIO, G. S.; OGAWA, M. Apetrechosde pesca utilizados no reservatrio da Usina Hidreltrica de Tucuru (Par, Brasil). BoletimTcnico-cientco do Cepnor, v. 9, p. 67-79, 2009.

    DIB, M. A.; OLIVEIRA, L. R. Z.; DIAS, O. A.; TORRES, A. R. R.; SILVEIRA, N. A. Avaliaoda qualidade do smen e do estado geral de sade de frentistas de postos de gasolina da

    cidade de Goinia. Estudos, v. 34, n. 11/12, p. 957-977, 2007.

    DIEGUES, A. C. S. reas naturais protegidas: o mito do paraso desabitado. Revista doPatrimnio Histrico e Artstico Nacional, v. 24, p. 88-97, 1995.

    DIEGUES, A. C. S. O mito moderno da natureza intocada. So Paulo: Hucitec, 1996.

    FOREIGN TRADE DIVISION. U.S. Census Bureau. Ofce of Trade and Economic Analysis(OTEA), International Trade Administration, U.S. Department of Commerce, 2007. Disponvelem: http://www.ita.doc.gov/td/industry/otea/Trade-Detail/. Acesso em: 12.06.2011.

    FUJIYOSHI, S. Exportao movimenta acima de US$ 350 mil. Revista Agroamaznia, n.2, 2002. Disponvel em: http://www.revistaagroamazonia.com.br/ornamentais.htm. Acessoem: 10.06.2011.

    GIBOTTI, M. J. Subsdios geolgico-geotcnicos para a implantao de tanques dearmazenagem subterrnea de combustveis: estudo de caso em um solo da formao

    de Rio Claro. Dissertao. Universidade Estadual Paulista. Rio Claro, 1999.

    HERCOS, A. P.; QUEIROZ, H. L.; ALMEIDA, H. L. Peixes ornamentais do Aman, Tef.

    Manaus: IDSM, 241p, 2009.

    ISAAC, V.; CAMARGO-ZORRO, M.; GIARRIZZO, T.; MOURO Jr, M.; CARVALHO Jr, J.

  • 7/22/2019 1_apetrechos Pesca Ornamental - Xingu

    9/9

    Centro de Pesquisa e Gesto de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte

    Bol. Tc. Cient. Cepnor, v. 11, n. 1, p: 71 - 79, 2011 79

    R.; ZUANON, J. A. S. Levantamento da ictiofauna na regio da UHE de Belo Monte,Altamira - PA. Relatrio. Belm: Eletronorte. 144p, 2002.

    MORAES, B. C.; COSTA, J. M. N.; COSTA, C. L.; COSTA, M. H. Variao espacial e temporalda precipitao no estado do Par. Acta Amazonica, v. 35, n. 2, p. 207-214, 2005.

    OLIVIER, K. The ornamental sh market. Rome: FAO/GLOBEFISH Research programme,v. 67, 91p, 2001.

    PIECZARKA, J. C.; NAGAMACHI, C. Y.; MILHOMEM, S. S. R.; SOUZA, A. C. P.; CARVALHOJr, J. R. Levantamento da biodiversidade e denio de espcies de interesseeconmico de peixes ornamentais da regio de Altamira, Par. Relatrio. SECTAM,Belm PA. 67p, 2003.

    PINHEIRO, C. Diagnstico geral das prticas de controle ligadas a explorao,captura, comercializao, exportao e uso de peixes para ns ornamentais e de

    aquariolia. Braslia: IBAMA, 2008.POSEY, D. Indigenous knowledge and development: an ideological bridge to the future.Cincia e Cultura, v. 35, n. 7, p. 18-24, 1983.

    POSEY, D. Indigenous people and sustainability: cases and actions. Gland: UICN, 1997.

    PRANG, G. An industry analysis of the freshwater ornamental shery with particularreference to the supply of Brazilian freshwater ornamentals to the UK market. Uakari, v. 3,n. 1, p. 7-51, 2007.

    RIBEIRO, F. A. S.; CARVALHO Jr., J. R.; FERNANDES, J. B. K.; NAKAYAMA, L. Comrciobrasileiro de peixes ornamentais. Panorama da Aqicultura, v. 111, p. 54-59, 2008.

    RIBEIRO, F. A. S.; CARVALHO Jr., J. R.; FERNANDES, J. B. K.; NAKAYAMA, L. Cadeiaprodutiva do peixe ornamental. Panorama da Aqicultura, v. 112, p. 1-10, 2009.

    SEIDEL, I. New information on the zebra pleco, Hypancistrus zebra. Tropical Fish Hobbyist,v. 44, n. 5, s.p., 1996.

    TORRES, M. F. A pesca ornamental na bacia do rio Guam: sustentabilidade e

    perspectivas de manejo. Tese. Universidade Federal do Par. Belm, 284p, 2007.

    VIEIRA, M. E. G.; SILVA, C. E.; LIMA, F. P. N.; CARVALHO Jr., J. R.; PIMENTEL, N. M.EIA-RIMA UHE Belo Monte estudo socioambiental componente indgena: Terra IndgenaPaquiamba. Relatrio. Braslia - DF