1ª Edição

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- - - Publicação da Confederação Brasileira do Desporto Universitário Ano I - nº 01 - Novembro de 2009 OLIMPÍADAS UNIVERSITÁRIAS JUB´s 2009 Destaques e balanço da competição que reuniu mais de 3.000 atletas em Fortaleza (CE). E MAIS: - Universíade 2009, em Belgrado - Entrevista Eric Saintroad, da FISU - Celebração pelos 70 anos da CBDU

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# Novembro 2009 # # Editorial de Boas Vindas: Luciano Cabral # Palavra do Ministro Orlando Silva # Entrevista: Eric Saintroad, secretário-geral da FISU, em visita ao Brasil # Universíade 2009: Brasil soma seis medalhas # Olimpíadas Universitárias - Jub´s 2009: a festa do esporte universitário nacional no Ceará # Festa celebra 70 anos da CBDU # IES comprovam: investir em esporte dá certo! # NOTAS - Rápidas do desporto universitário # ARTIGO - Evolução do Desporto Universitário Brasileiro: um enfoque histórico

Transcript of 1ª Edição

---Publicação da Confederação Brasileira do Desporto UniversitárioAno I - nº 01 - Novembro de 2009

OLIMPÍADAS UNIVERSITÁRIASJUB´s 2009Destaques e balanço da competição que reuniu mais de3.000 atletas em Fortaleza (CE).E MAIS:- Universíade 2009, em Belgrado

- Entrevista Eric Saintroad, da FISU

- Celebração pelos 70 anos da CBDU

EXPEDIENTE

sumário 03 Editorial de Boas Vindas: Luciano Cabral

04 Palavra do Ministro Orlando Silva06 Entrevista: Eric Saintroad, secretário-geral da

FISU, em visita ao Brasil08 Universíade 2009: Brasil soma seis medalhas10 Olimpíadas Universitárias - Jub´s 2009: a festa

do esporte universitário nacional no Ceará16 Festa celebra 70 anos da CBDU18 IES comprovam: investir em esporte dá certo!20 NOTAS - Rápidas do desporto universitário22 ARTIGO - Evolução do Desporto Universitário

Brasileiro: um enfoque histórico

editorial A revista Campus CBDU surge como espaço de di-

vulgação e reflexão sobre o desporto universitáriono Brasil. Um país que, em 2016, irá sediar a

primeira edição dos Jogos Olímpicos na América doSul e atualmente possui cerca de cinco milhões dejovens universitários precisa repensar o modelo de

investimento e desenvolvimento da prática esportivapara formar futuros atletas de alto rendimento e,principalmente, cidadãos e profissionais atuantes e

responsáveis que carreguem os valores de união, amizade, respeito e ética,disseminados pelo Barão de Coubertin.

Nesta edição de lançamento, a Campus CBDU traz um balanço da partici-pação brasileira na Universíade 2009, a principal competição esportiva uni-

versitária do mundo. Os atletas verde-amarelos conquistaram seismedalhas e colocaram o Brasil como o melhor país sul-americano no

quadro de medalhas em Belgrado.Dentro das nossas fronteiras, mais de 3.000 jovens de todo país dis-putaram as Olimpíadas Universitárias - JUB´s 2009 em Fortaleza (CE),

demonstrando o talento humano e esportivo existente em nossos campus.O Brasil firma-se como potência esportiva. E a CBDU espera contribuir e

participar deste crescimento, divulgando e informando a juventude verde-amarela em seu ‘campus’ de palavras e páginas. Boa Leitura!

Saudações Desportivas Universitárias!Luciano Cabral

PresidenteLuciano Cabral

Vice-PresidenteWaldir Frazao

Diretor FinanceiroRoberto Maldonado

Secretário GeralAlim Rachid

Gerente de EventosAlessandro Battiste (Juca)Gerente Administrativa

Daniela OliveiraAssessor de Relações Internacionais

Luiz Ricardo MouraDiretor JurídicoMarcelo Falcão

Diretor de PatrimônioClidenor Honório Filho

Diretor TécnicoAndré Mattos

Diretores MédicosBreno Schor e Sérgio Macedo

AssessoresAyssa Peixoto (Dept. Jurídico)

Sílvio Leonardo (Dept. Técnico)Felipe Luna (Dept. Técnico)Tarso Olinto (Dept. Técnico)

Marcus Boulitreau (Credenciamento)Pollyanna Pádua (Imprensa)

STJDUAuditor Presidente:

Daniel VerçosaAuditor Vice-Presidente:

Hênio de MirandaAuditores:

Hezir Espíndola, Elias Vilaça,Kleber de Andrade, Alexandre Fialho

Emídio Prata, Paulo Henrique PinheiroClaúdio Nunes Marinho

Procurador: Joselino RamalhoSecretaria: Cintia Cançado© Revista Campus CBDU

Produção e Edição: Pollyanna PáduaDiagramação: Juliano Rodrigues

Tratamento de Imagem: Adilson Moraes

Impressão: Poligráfica - Goiânia/GOFotos da edição 01/2009:

Wander Roberto (COB),Jânio Silva e Pollyanna Pádua (CBDU)

Contato, Sugestões e Críticas:[email protected] Patroc inadores Ins t i tuc iona l

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Rota da FIFA e do COI(Comitê Olímpico Internacio-nal), o Brasil também reassumiuposição de destaque aos olhosda FISU. Desde 2007, o Brasilpossui cadeira no comitê exe-cutivo da entidade internacionalcom a vice-presidência de Lu-ciano Cabral, atual presidenteda CBDU e primeiro sul-ameri-cano eleito para o cargo.

Em sua segunda visita aoBrasil (a primeira a Brasília e àsede da CBDU), em julho desteano, Eric Saintroad, secretário-geral da FISU, destacou o cresci-mento do esporte universitárionacional e o atual contexto so-cial, político e econômico doBrasil, o que gabarita o país aapresentar-se, também, comosede de uma Universíade.

Confira abaixo trechos daentrevista de Eric à revista Cam-pus CBDU durante visita à sededa CBDU, em Brasília.Esporte Universitário:

“Para a FISU, a prática es-portiva é sinônimo de quali-dade de vida, de saúde e decidadania. Como parte doprocesso educacional, o es-porte deve ser incentivado evivenciado desde as escolasprimárias e secundárias até asuniversidades, onde se apro-xima do alto rendimento.Quando o jovem chega à uni-versidade é importante mantero incentivo à prática esportivapensando não apenas no es-

porte de competição, mas naqualidade de vida. É necessáriomanter o equilíbrio entre o es-porte de alto rendimento e aprática esportiva como parte doprocesso educacional. Mesmoque nem todos obtenham re-sultados no alto rendimento,muitos destes jovens atletasconseguem traçar caminhos ecarreiras profissionais a partir doesporte. A FISU investe e incen-tiva os resultados de alto rendi-mento, mas também trabalhaduro para mostrar que o es-porte é mais do que apenas

medalhas e recordes. A práticaesportiva é ferramenta de edu-cação e cidadania”.Potencial Brasileiro:

“O Brasil é um bom exem-plo da atual postura de muitosgovernos em investir na práticaesportiva e desenvolver políticaspúblicas relacionadas ao es-porte. Esforço que se traduz noexcelente desempenho da de-legação brasileira na Univer-síade de Belgrado, este ano,destaque entre os vizinhos sul-americanos. Pela sua extensão,

diversidade cultural e estruturademocrática e econômica, oBrasil é uma plataforma excep-cional para qualquer grandeprojeto. Por isso, buscamos aparceria do governo brasileiro eda CBDU para liderarem o pro-jeto piloto da FISU Web Games(FWG), portal on-line de disputae interação entre jovens univer-sitários por meio de games delazer e de conhecimento queserá testado, inicialmente, entrepaíses da língua portuguesa .Eao receber a FWG em 2010, oBrasil terá visibilidade ainda

FISU reconhecepotencial brasileiro

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potencial brasileiroO Brasil conquistou seu espaço no mapa das principais entidades esportivas do mundo.Após os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro em 2007, o país prepara-se para rece-ber a Copa do Mundo FIFA de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio.Potencial comprovado também pela Federação Internacional do Esporte Universitário(FISU) na visita de Eric Saintroad, secretário geral da FISU, a Brasília (DF), em julhodeste ano, que definiu o Brasil líder, em 2010, do projeto piloto da FISU Web Games(portal on-line de disputa e interação entre jovens universitários de todo mundo).

maior junto à comunidade es-portiva universitária, reforçandosua capacidade de receber no-vamente uma Universiade egrandes eventos esportivos”.Universíade nas Américas:

“O objetivo da FISU é trazernovamente a Universíade àsAméricas. Há muito tempo nãorealizamos o evento no conti-nente. O Brasil recebeu a Uni-versíade em 1963; depoisestivemos no México, em 1979,e, por último, no Canadá, em1983. Esperamos retornar em

breve e, quem sabe, ao Brasil.Com a dinâmica atual da CBDU,os investimentos governamen-tais no projeto olímpico, o Brasiltem totais condições de receberuma Universíade em cidadescomo São Paulo, Rio de Janeiroe Brasília pela estrutura que jápossuem”.Gestão da CBDU:

“Um mundo novo. É assimque defino o atual momentovivido pela CBDU. O presidenteLuciano Cabral e a atual diretoriada entidade conseguiram rees-

truturar a confederação, reto-mando, com qualidade técnica,a participação brasileira nas com-petições internacionais e reorga-nizando administrativamente aCBDU. Hoje a gestão da entida-de está mais profissional. Alémdisso, como vice-presidente daFISU, Luciano aumentou a parti-cipação brasileira na entidade in-ternacional, fazendo da CBDU edo Brasil parceiros efetivos daFISU. E é importante para o Brasilassumir este papel de represen-tante e de liderança no contextoda América do Sul”.

Esperamos voltarà América e aoBrasil muito embreve com a Universíade. Este é um dos objetivos da FISUque desde 1983não promove a principal competiçãoesportivauniversitário nocontinente”

Eric Saintroad

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Belgrado, capital da Sérvia, recebeu a25ª edição da Universíade de Verão, entreos dias 01 e 12/07. Mais de oito mil atletasuniversitários, representando 122 países,participaram da competição. Entre eles, adelegação brasileira, composta por 129 atle-tas na disputa de 11 das 15 modalidades doprograma da Universíade.

O Brasil encerrou a Universíade 2009 em25º lugar no quadro de medalhas com seispódios: duas melhadas de ouro, duas deprata e duas de bronze. “Fomos o primeiropaís sul-americano na classificação geral daUniversíade, ficando, inclusive, à frente deCuba, tradicional potência esportiva”, des-taca Luciano Cabral, presidente da CBDU.

Natália Falavigna, medalhista olímpicaem Pequim, e Diogo Silva, campeão pan-americano em 2007, no Rio de Janeiro,foram destaques nos tatames do Taek-wondo em Belgrado ao faturarem as duasmedalhas douradas do Brasil. Diogo derro-tou o coreano Lee Soonkil na final da cate-

goria -67kg e Natália superou a também co-reana Oh Hveri, na categoria +72kg.

Da piscina veio a primeira medalha deprata do Brasil na Universíade 2009 com Fe-lipe Silva. Após quebrar o recorde mundialnos 50m peito, em maio, Felipe chegou emBelgrado como favorito e garantiu a pratacom tempo de 27’’23.

Na quadra do Smederevo Sports Hall, aseleção brasileira masculina de vôlei tam-bém conquistou medalha prateada na de-cisão contra a Rússia.

A equipe verde-amarela chegou invictaà final da Universíade, mas caiu diante dosrussos por 3 sets a 0.

Das disputas do atletismo vieram asduas medalhas de bronze do Brasil. Pri-meiro com Moacir Zimmermann que mar-chou por 20km nas ruas da capital serviapara garantir o bronze na Marcha Atléticacom tempo de 1:21.35.

E na pista do Red Star Stadium o fundistaFabiano Peçanha completou a prova dos

800m em terceiro lugar com tempo de1’48’’07 e somou sua sexta medalha emedições da Universíade.

Peçanha é o atleta brasileiro com maiornúmero de pódios na principal competiçãouniversitária do mundo. São duas medalhasde bronze e uma de prata nos 800m rasos,dois bronzes nos 1.500m e a medalha deouro nos 800m na Universíade de 2007.

Porta bandeira do Brasil na cerimônia deabertura da Universíade em Belgrado, Des-sireé Flores, da seleção feminina de futebol,resumiu o sentimento dos atletas brasileiros.“Sentir que estamos evoluindo e que nãovamos parar de crescer me faz ter aindamais vontade de seguir em frente e contri-buir para o futuro do esporte universitáriodo Brasil”, destacou a jogadora.

“Ainda temos muito para crescer e esta-mos no caminho certo e com muito fôlegopara vencer as dificuldades e conquistar inú-meras outras vitórias dentro e fora do Brasil”,completou Luciano Cabral.

Brasil soma seis medalhas na Universíade 09

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Felipe Silva garantiu prata nos 50m peito

Pódio da seleção brasileira masculina devôlei: vice-campeã em Belgrado

Natália Falavigna e DiogoSilva, com o técnico Fre-derico Mitooka, celebrammedalhas de ouro naUniversíade 2009

BALANÇO VERDE-AMARELO NA UNIVERSÍADE 2009O Brasil em Belgrado:Delegação: 129 atletas (77 homens e 52 mulheres)Modalidades em disputa: atletismo, natação, taekwondo, vôlei e futebol (masculino e feminino), basquete masculino, ginástica artística e rítmica, tênis, saltos ornamentais e judôQuadro geral de medalhas:1º Rússia – 76 medalahs2º China – 56 medalhas3º Coréia – 47 medalhas25º Brasil – 6 medalhasPódios verde-amarelos:Ouro - Natália Falavigna e Diogo Silva (Taekwondo)Prata - Seleção masculina de Vôlei e Felipe Silva (Natação)Bronze - Moacir Zimmermann e Fabiano Peçanha (Atletismo)Disputas Coletivas:Futebol Feminino – 6º lugarFutebol Masculino – 9º lugarVôlei Feminino – 10º lugarBasquete Masculino – 18º lugar

BRASIL É DESTAQUE SUL-AMERICANO EM BELGRADOpor Jânio Silva, presidente da FAEP (Federação Acaêmica de Esportes Piauinese) e correspondente da CBDU durante a Universíade 2009 na Sériva

“Durante a 25ª Universíade, na Sériva,atletas, dirigentes e presidentes de fede-rações formaram uma verdadeira seleçãopara representar bem o Brasil e rece-beram, da CBDU, a melhor estrutura detodas as participações do Brasil em com-petições internacionais.

Empenho que foi recompensadocom resultados. Duas medalhas de ourono Taekwondo com Natália Falavigna e Diogo Silva. Duas pratas:no vôlei masculino e na natação com Felipe Silva (50m peito). Eduas medalhas de bronze no atletismo com Fabiano Peçanha(800m rasos) e Moacir Zimmermann (Marcha Atlética). Além daevolução apresentada pelas equipes coletivas.

O esporte universitário nacional vive um momento de cresci-mento que se deve ao esforço de todos os que fazem partedesta comunidade e continuam dando o melhor de si parachegarmos ainda mais longe. Mais do que os resultados, o Brasilviveu em Belgrado a experiência de que temos tudo para sermosuma potência no esporte universitário internacional.

Por meio de parcerias entre CBDU, órgãos do governo, em-presas privadas, instituições de ensino, atletas, dirigentes e fede-rações acadêmicas estaduais, podemos conquistar mais do quemedalhas. Podemos garantir o sucesso em todas as participaçõesdo Brasil mundo a fora”.

Fortaleza foi palco das Olimpíadas Universitárias – JUB´s 2009. Entreos dias 15 e 23/08, a capital cearense recebeu a maior competição es-portiva universitária do país que reuniu, este ano, 3.000 atletas repre-sentando os 26 estados e o Distrito Federal.

Foram sete dias de disputas em oito modalidades: basquete, vôlei,futsal, handebol, judô, atletismo, xadrez e natação, nos naipes mas-culino e feminino. Na soma do desempenho das delegações, SãoPaulo conquistou o troféu de Campeã Geral das OUJUB´s 2009 com347 pontos, seguida por Santa Catarina (288) e Rio de Janeiro (257).

“Só temos que comemorar os resultados de mais esta edição dasOlimpíadas Universitárias – JUB´s 2009. Ceará e Fortaleza estão deparabéns como anfitriãs do evento. Destaque para a qualidade e a or-ganização dos serviços de hospedagem e alimentação das dele-gações. E os atletas e equipes de todo país mostraram, mais uma vez,a qualidade técnica e o potencial do esporte universitário nacional”,destacou Luciano Cabral, presidente da Confederação Brasileira doDesporto Universitário (CBDU).

Os paulistas levantaram cinco troféus em Fortaleza: campeões nadivisão especial do Futsal com UniSant´anna (no feminino) e Unip (nomasculino); nas chaves masculina e feminina da Natação com os atle-tas da Unip e na disputa por IES (Instituição de Ensino Superior) dotorneio feminino de xadrez também com a equipe da Unip.

Santa Catarina comemorou o título na elite do handebol femininocom a equipe da FURB, de Blumenau, liderada pela atleta da seleção

OUJUB’s:Fotos: Wander Roberto/COB

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brasileira Aline Pará. As equipes catarinenses somaram pontos impor-tantes na classificação geral com os vice-campeonatos na Divisão Es-pecial das chaves femininas de basquete (Uniaselvi), futsal(Uno-chapecó) e vôlei (Furb).

O Rio de Janeiro mostrou força no torneio de basquete para garan-tir o terceiro lugar geral das OUJUB´s 2009. Os times da UniversidadeCastelo Branco, comandados pela técnica Raffaela Lopes, venceramas chaves masculina e feminina de Basquete na Divisão Especial. Oamador Marcellus e o pivô Wagner Mattos, campeões sul-americanospelo Flamengo, em março, foram destaques do time carioca.

No judô, domínio dos baianos da Faculdade de Tecnologia e Ciên-cia (FTC) na classificação final. Além do título na disputa por equipesmasculina e feminina, os judocas da FTC garantiram duas medalhasde ouro, com Benito Mussolini e Daniele Luci; quatro de prata e trêsde bronze.

As IES do nordeste mostraram força nas disputas de atletismo. Aequipe da Faculdade Maurício de Nassau (FMN), de Pernambuco,ficou em 1º lugar na classificação geral feminina e em 3º na masculina.E os atletas da Universidade Potiguar (UnP), do Rio Grande do Norte,foram ouro no ranqueamento masculino e prata no feminino.

Na disputa pelo acesso à elite das OUJUB´s, festa para os donosda casa com as equipes da Unifor. As atletas da Unifor venceram otorneio de futsal da 1ª Divisão e as equipes masculinas de vôlei e futsalficaram com a prata.

A festa do esporte universitário.

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PRESENTE E FUTURO DAS PISTAS LADO A LADOHudson de Souza (DF) e Jean Pierre Ferrugem (SC)

disputaram lado a lado a prova dos 1.500m das OUJUB´s2009. Jean, de 21 anos e campeão brasileiro sub-23 dos1.500m, determinou o ritmo da corrida e liderou até avolta final quando Hudson, três medalhas de ouro emPan-Americanos, tomou a dianteira. Vitória de Hudson emuita vibração de Jean. “O garoto correu muito bem.Colocou ritmo na prova, correu na frente, deu muito tra-balho. Está de parabéns”, elogiou Hudson. “Pra mim éum prêmio receber um elogio do Hudson. Cresci vendoele correr, me espelhei nele e agora tenho o prazer decorrer ao seu lado”, destacou Jean.

Mesmo sem treinar e recuperando-se de lesão napanturrilha, Hudson encarou sua primeira OUJUB´s eaprovou a experiência. “Fico feliz em ver tantos jovens detalento conciliando estudos e esporte. Fiz o caminho in-verso, primeiro me dediquei ao esporte e agora tenho aoportunidade de concluir uma faculdade”, disse.

Enquanto isso, para Jean, que se forma no fim doano, o momento é de focar nos treinos. “Começo a cor-rer entre os adultos e agora o bicho vai pegar. São ferascomo o Hudson e quero construir um grande futuro noatletismo. Sei que tenho condições de melhorar meustempos”, explicou o atleta.

CLASSIFICAÇÃO GERAL(informações por Estado)

* Classificação por Federação (soma de desempenho)* Inscritos por delegação: atletas, técnicos e dirigentes

São Paulo (FUPE)Classificação: 1º lugar (347 pontos)Inscritos: 161 pessoasSanta Catarina (FCDU)Classificação: 2º lugar (288 pontos)Inscritos: 161Rio de Janeiro (FEURJ)Classificação: 3º lugar (257 pontos)Inscritos: 160Pernambuco (FAPE)Classificação: 4º lugar (223 pontos)Inscritos: 161Distrito Federal (FESU)Classificação: 5º lugar (200 pontos)Inscritos: 161Paraná (FPDU)Classificação: 6º lugar (190 pontos)Inscritos: 161Rio Grande do Sul (FUGE)Classificação: 7º lugar (142 pontos)Inscritos: 151Bahia (FUBE)Classificação: 8º lugar (125 pontos)Inscritos: 151Ceará (FUCE)Classificação: 9º lugar (119 pontos)Inscritos: 160

Rio Grande do Norte (FNDU)Classificação: 10º lugar (113 pontos)Inscritos: 161Goiás (FGDU)Classificação: 11º lugar (98 pontos)Inscritos: 161Paraíba (FDPA)Classificação: 12º lugar (94 pontos)Inscritos: 157Minas Gerais (FUME)Classificação: 13º lugar (88 pontos)Inscritos: 108Mato Grosso do Sul (FUEMS)Classificação: 14º lugar (80 pontos)Inscritos: 133Alagoas (FADU)Classificação: 15º lugar (78 pontos)Inscritos: 143Pará (FEUP)Classificação: 16º lugar (74 pontos)Inscritos: 151Maranhão (FAME)Classificação: 17º lugar (58 pontos)Inscritos: 157Mato Grosso (FMEU)Classificação: 18º lugar (57 pontos)Inscritos: 125

Amazonas (FAUD)Classificação: 19º lugar (43 pontos)Inscritos: 135Rondônia (FRDU)Classificação: 20º lugar (42 pontos)Inscritos: 127Espírito Santo (FUEC)Classificação: 21º lugar (36 pontos)Inscritos: 44Piauí (FAEP)Classificação: 22º lugar (33 pontos)Inscritos: 105Amapá (FADAP)Classificação: 23º lugar (24 pontos)Inscritos: 44Sergipe (FAES)Classificação: 24º lugar (13 pontos)Inscritos: 120Acre (FDUA)Classificação: 25º lugar (8 pontos)Inscritos: 34Roraima (FUER)Classificação: 26º lugar (7 pontos)Inscritos: 45Tocantins (FTDU)Classificação: 27º lugar (5 pontos)Inscritos: 52

Fotos: Wander Roberto/COB

OLÍMPICOS DESTACAM ALTO NÍVEL DOS JUB´S 2009Aline Pará e Leonardo Bortolini, atletas das seleções brasileiras de

handebol, foram destaques das OUJUB´s 2009 e deixaram Fortalezacom medalha de ouro. Aline, com duas Olimpíadas e quatro Mundiaisno currículo, defendeu a equipe da Furb, de Blumenau (SC), e Bor-tolini, com dois ciclos olímpicos pela seleção, jogou pela Unopar (PR).

Pará e Bortolini elogiaram o nível técnico das disputas de handeboldas OUJUB´s 2009. “Muitas competições nacionais não possuem onível dos times que vi neste JUB´s”, apontou Bortolini. “É minha ter-ceira final de JUB´s e o jogo contra o AESO, de Pernambuco, foi pu-xado, o que mostra o crescimento do handebol no nordeste e a forçadas jovens atletas”, comentou Pará.

Em sua segunda OUJUB´s, Bortolini elogiou a organização doevento e o investimento das IES no esporte universitário. “O nível dosJUB´s está crescendo e é importante que o esporte passe pela uni-versidade como ocorre com o modelo norte-americano. Muitosjovens tem a oportunidade de estudar e frequentar uma universidadegraças ao esporte”.

E o assédio dentro e fora de quadra não incomodou os atletas.“Me sinto feliz de saber que estou realizando bem meu trabalho esendo referência para outras atletas que gostam do meu handebol”,agradeceu Pará. “Eu fico mais feliz do que as pessoas que pedemfotos ou autógrafos. Gosto de ser exemplo e poder contribuir com ocrescimento do handebol brasileiro”, completou Bortolini.

DO MUNDIAL DE NATAÇÃO PARA ASOUJUB´S 2009As disputas de natação nas Olimpíadas Universitárias

– JUB´s 2009 em Fortaleza contaram com a presença devários atletas recém-chegados do Campeonato Mundialde Esportes Aquáticos, em Roma (Itália). Dois delesnadaram do mesmo lado na Itália e, no Ceará, fizeramum duelo particular.

Guilherme Roth, da Unisul (SC), e Fernando SouzaSilva, da Unip (SP), estiveram no time brasileiro do reveza-mento 4x100m livre ao lado de Cesar Cielo e Nicholasdos Santos. E nos 100m livres das OUJUB´s 2009 Rothficou com o ouro na batida de mão. Fernando levoua prata. Roth ainda conquistou ouro nos 50m bor-boleta e 200m livre e prata nos 50m livre e reveza-mento 4x100m livre.

ANOTE ESSE NOME:FELIPE JOAQUIM DE MORAISAos 19 anos, Felipe Joaquim de Morais,

da Faculdade Maurício de Nassau (PE), é oatual recordista brasileiro nas categoriasmenor, juvenil e sub-23 do salto com vara.Em Fortaleza, ele garantiu o ouro dasOUJUB´s 2009 com salto de 4,25m.

E as varas utilizadas por Felipe paracompetir foram presentes do técnicoÉlson Miranda, que convidou o jovematleta para um período de estágio em São

Paulo. Élson treina a saltadora FabianaMurer, medalhista mundial e atleta brasileira

nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.

DUELO DE MESTRES NOS TABULEIROS DO CEARÁDepois de três vice-campeonatos (Recife 2005, Blu-

menau 2007 e Maceió 2008) e em sua última edição dasOlimpíadas Universitárias – JUB´s, Krikor Mekhitarian, daMackenzie (SP), chegou ao ouro no torneio de xadrez dasOUJUB´s 2009. Desde 2005, Krikor é mestre internacionalcom rating de 2488 pontos no ranking da Federação In-ternacional de Xadrez. E para conquistar o título dasOUJUB´s 2009, Krikor precisou vencer outro Mestre Inter-nacional, Jorge Bittencourt, da Fabavi (ES), que ficou como bronze.

MEDALHA INÉDITA NO TATAMEOs judocas Fábio Machado, da Faculdade de Tecnolo-

gia do Amapá, e Aline Natacia, do Centro de Ensino SãoLucas, de Rondônia, conquistaram as primeiras medalhasde seus estados no torneio de judô das Olimpíadas Uni-versitárias – JUB´s. Aline, 19 anos, foi vice-campeã pesoleve (-57kg). Fábio encarou seis lutas e repescagem paragarantir o bronze na categoria peso leve (-73kg).

Fotos: Wander Roberto/COB

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Federações celebram 70 anos da CBDUA Confederação Brasileira do Desporto

Universitário (CBDU) celebrou, no dia 09 deagosto deste ano, 70 anos de criação da en-tidade, que ocorreu durante Congresso Na-cional de Estudantes, no Rio de Janeiro, em1939. Dois anos mais tarde, em novembrode 1941, o então presidente Getúlio Vargasassinava o Decreto-Lei nº 3617, oficializandoo esporte acadêmico e a CBDU.

A atual diretoria da CBDU, presidida porLuciano Cabral, comemorou a data ao ladodas federações desportivas universitárias detodo país e celebrando os resultados dosatletas universitários verde-amarelos.

“Estes 70 anos e as conquistas da CBDUsó foram possíveis graças aos alunos, quesempre exigiram o direito de praticar es-porte dentro das instituições de ensino, eàs federações que são os braços da CBDUem todos os estados. Esta festa e estes 70anos são de todos”, disse Luciano Cabral.

A festa pelas sete décadas de história daCBDU começou em Belgrado, na Sérvia, du-rante a 25ª Universíade, de 01 a 12/07. A de-legação brasileira conquistou seis medalhas(duas de ouro, duas de prata e duas debronze) e obteve a melhor campanha entreos países sul-americanos no quadro geralde medalhas (o 25º lugar).

A CBDU também ofereceu um jantar aoComitê Executivo da FISU (Federação Inter-nacional de Esporte Universitário), ao cônsulDante Coelho de Lima e funcionários daembaixada do Brasil na Sérvia e aos oficiaisda delegação verde-amarela presentes emBelgrado em comemoração aos 70 anos daentidade.

De volta ao Brasil, a celebração em casaocorreu em Fortaleza (CE), durante asOlimpíadas Universitárias – JUB´s 2009, de14 a 23/08, que reuniu mais de 3.400 pes-soas, sendo cerca de três mil atletas repre-

sentando os 26 estados brasileiros e o Dis-trito Federal.

Esta foi a maior edição das OlimpíadasUniversitárias – JUB´s desde o início daparceria entre o Comitê Olímpico Brasileiro(COB), a CBDU, o Ministério dos Esportes eas organizações Globo, em 2005, para a rea-lização do principal evento acadêmico-es-portivo do país.

Em Fortaleza, palco das OUJUB´2009, aCBDU reuniu os presidentes das federaçõesuniversitárias, autoridades locais e membrosdo COB: pessoas que, de alguma maneira,ajudaram e ainda contribuem para a cons-trução destes 70 anos de história do des-porto universitário brasileiro.

Os convidados participaram de umanoite festiva oferecida pela CBDU em con-junto com a Federação Universitária do Cea-rá (FUCE) e o Fortaleza Convention e VisitorsBureau, no restaurante típico Arre Égua.

LINHA HISTÓRICA – 70 anos da CBDU e do desporto universitário- 1916: primeirasdisputas univer-sitárias interesta-duais entrefaculdades do Riode Janeiro e de SãoPaulo;

- 1923: realizaçãodos primeirosJogos MundiaisUniversitários, em Paris;

- início de 1930: é regulamentada a FederaçãoAtlética dos Estudantes –FAE, no Rio de Janeiro, em1933, e a Federação Universitária Paulista de Esportes – FUPE, em 1934;

- 09 de agosto de 1939:durante Congresso Nacionalde Estudantes, no Rio, repre-sentantes de federações uni-versitárias de esportes eagremiações decidem fundaruma entidade que congregueas federações;

- 1940: muda-se onome da Confede-ração UniversitáriaBrasileira de Esportes(CUBE) para Confe-deração Brasileira doDesporto Univer-sitário (CBDU);

- 1941: Decreto-Lei nº3617, de 15/11/1941,oficializa o esporteacadêmico no país,campo de gestão eadministração daCBDU;1916

1923

1930

1939

1940

1941

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“- 1949: criação daFISU – FederaçãoInternacional de Esporte Universitário;

- 1963: a cidadede Porto Alegre(RS) recebe aprimeira e únicaedição da Univer-síade realizada noBrasil;

- de 1977 a2009: os atletasbrasileirossomam 20medalhas deouro em ediçõesda Universíade;

- 2004: mais de 4.000atletas, dos 26 esta-dos e Distrito Federal,participam da 52ªedição dos JUB´s;

- 2008: criação daLiga do DesportoUniversitário, di-namizando aindamais o calendáriodo desporto universitário nacional.

- 2005: parceria entreCBDU, COB, Ministério dosEsportes e organizaçõesGlobo criam as OlimpíadasUniversitárias – JUB´s, queinicia um novo formatopara a competição nacionaldo desporto universitário;

- 2007: LucianoCabral é eleito oprimeiro diri-gente esportivosul-americanopara o cargo device-presidenteda FISU;1949

1963

1977

2004

2005

2007

2008

Esses 70 anos sóforam possíveis graças aos alunos eàs federações

Luciano Cabral

17 CAMPUS

Fotos:

Pollyan

na Pád

ua (CB

DU)

IES comprovam: investir no esporte dá certo!

O esporte sempre é citado como ferramenta de educação, so-cialização e gestão dentro das instituições de ensino (IES). E o exem-plo de faculdades e universidades que apostaram e acreditaramnesta ferramenta, profissionalizado e incentivando a gestão es-portiva dentro dos campus, mostra que o investimento vale a penae dá resultados dentro e fora das quadras.

Se por um lado o incentivo à prática esportiva complementa aformação acadêmica e o desenvolvimento social dos alunos, per-mitindo que muitos jovens tenham acesso ao ensino superiorgraças às bolsas de incentivo, os resultados de equipes e atletasem torneios universitários, campeonatos nacionais e, até, Pan-Ame-ricanos e Olimpíadas, geram visibilidade às IES na mídia.

“O investimento no esporte universitário é mais barato que in-vestir diretamente no esporte de alto rendimento, principalmentequanto existe formatação de parcerias entre universidades, clubese prefeituras”, destaca Roberto Toledo, o Roba, diretor geral de es-portes da Universidade Paulista (Unip).

As parcerias, aliás, surgem como principal modelo de gestãoesportiva para as IES. “Este modelo de tripé – faculdades, clubes eprefeituras – é o caminho mais viável para o esporte universitárioter qualidade técnica e aproximar-se do alto rendimento”, completaRoba, autor do livro Gestão do Esporte Universitário.

Unip e UniSant’anna (SP), Unifor (CE), Upis (DF), FTC (BA), Fee-vale (RS) e Faculdade Maurício de Nassau (PE) possuem ou já ex-

perimentaram parcerias com clubes, empresas ou prefeituras paradisputar Ligas e Campeonatos Nacionais. Neste contexto, as IESfornecem bolsas de estudo (parcial ou integral) e, em alguns casos,até ajuda de custo aos alunos selecionados dentro das próprias IESou provenientes dos clubes. Assim, as IES garantem ritmo de com-petição às equipes universitárias e vinculam o nome da instituiçãode ensino em torneios de apelo nacional e internacional.

“Temos a estrutura física, capital humano de alunos e profes-sores e uma demanda ainda pequena de torneios universitários.Então buscamos parcerias que mantenham as equipes e atletastreinando e competindo em ligas e torneios profissionais”, explicaMárcio Silva da Silva, coordenador do projeto de Esporte Univer-sitário da Feevale.

E para evitar conflitos, Roba alerta que é necessário definir bemas metas no momento de oficializar as parcerias. “No caso da equi-pe masculina de futsal, discutimos antes calendário e objetivos decada parceiro. O clube (Corinthians) quer jogar a Liga Nacional etorneios estaduais e metropolitanos; a prefeitura de São Caetano,os Jogos Abertos e Regionais, e a Unip, os torneios universitários. Eos parceiros tem suas logos em todas as competições”.

Esta inclusive é uma preocupação da FMN-PE. “Mesmo com aparceria a idéia é que a base da equipe seja a mesma do time uni-versitário para que cheguemos fortes aos JUB’s”, aponta Carlos Her-mógenes Brasil, coordenador de esportes da Maurício de Nassau.

RITMOMesmo sem um vínculo inicial com

clubes e prefeituras, o calendário de tor-neios federativos proporciona ritmo de jogoaos atletas universitários e visibilidade às IESjunto à comunidade externa.

O foco principal é o desporto univer-sitário, mas as IES utilizam os campeonatoslocais para aprimoramento dos times.

“Criamos condições, em virtude da dis-tância geográfica com os grandes centrosdo desporto universitário, de minimizar adefasagem técnica e manter as equipes tra-balhando durante o ano todo. Isso aumentaa motivação dos atletas, nos permite esta-belecer metas, ter um treinamento mais pe-riodizado e, quando chega os JUB´s,estamos em boas condições técnica e físicaque é nossa meta”, destaca Carlos Costa,chefe da Divisão de Assuntos Esportivos daUnifor-CE.

NOVOS TALENTOSAs parcerias das IES com outros seg-

mentos também ocorre no momento dadescoberta de novos talentos esportivos.

É o caso das experiências da FTC-BA, daFMN-PE e da Upis-DF que mantém vínculoscom escolas de nível médio e projetos deiniciação esportiva para garimpar os futurosalunos-atletas.

“Muitos jovens abandonam o esporteapós o período escolar, pois precisam tra-balhar e ter renda para ingressar no ensinosuperior. E nós temos uma dificuldade emcaptar estes talentos e renovar os times ape-nas dentro da IES, pelo limite de idade. Porisso, optamos por fomentar o desporto es-colar e, depois, oferecer apoio dentro dauniversidade para que os jovens talentoscontinuem os estudos e a prática esportiva”,explica Karina Santana, coordenadora de es-porte da FTC-BA.

FORMAÇÃO A aproximação das IES ao esporte de

alto rendimento não se limita a títulos. Osprojetos de desporto universitário tambémpermitem que os alunos, dentro ou fora dostimes, aperfeiçoem formações acadêmicase encontrem carreiras profissionais. “O es-porte é também um projeto de extensãouniversitária que envolve pesquisa acadêmi-ca e científica a partir de monografias dosalunos; torna-se campo de estágio para osestudantes de educação física, fisioterapia,entre outros”, diz Marcelo Silva, da Feevale.

Na FTC-BA, a gestão esportiva tambémenvolve tanto acadêmicos de educação fí-sica quanto de fisioterapia, enfermagem eodontologia, por meio de ambulatórios eestágios ligados às equipes. “Priorizamosesta integração e renovação dentro dosnossos quadros. Tanto que hoje 70% dascomissões técnicas da FTC saíram da própriauniversidade”, destaca Karina.

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BALANÇO DAS IES NAS OLIMPÍADAS UNIVERSITÁRIAS - JUB´S 2009Dos 72 troféus das Olimpíadas Universitárias – JUB´s 2009 entreguesaos três primeiros colocados dos torneios coletivos da Divisão Especiale 1ª Divisão e das disputas individuais, nos naipes masculino e femi-nino, 48% ficaram com as oito IES ouvidas pela Revista Campus CBDUnesta matéria e que profissionalizaram a gestão de esportes.FMN-PE:- Divisão Especial: Ouro no Vôlei (Fem);- 1ª Divisão: Ouro no Basquete (Masc);- Individuais: Ouro (Fem) e Bronze (Masc) no Atletismo.Unip-SP:- Divisão Especial: Ouro no Futsal (Masc), Prata no Basquete, Vôlei eHandebol (Masc);- 1ª Divisão: Ouro no Handebol (Fem); - Individuais: Ouro na Natação (Masc/Fem) e Xadrez (Fem), Prata noJudô (Masc/Fem) e Bronze no Atletismo (Fem).Upis-DF:- Divisão Especial: Ouro no Vôlei (Masc).

UCB-RJ:- Divisão Especial: Ouro no Basquete (Masc/Fem);- 1ª Divisão: Ouro no Futsal (Masc). FTC-BA:- Divisão Especial: Bronze no Basquete (Masc);- 1ª Divisão: Bronze no Futsal e Vôlei (Masc);- Individuais: Ouro no Judô (Masc/Fem) e Prata na Natação (Masc).Feevale-RS:- Divisão Especial: Bronze no Futsal (Masc);- 1ª Divisão: Bronze no Basquete (Masc).Unifor-CE:- 1ª Divisão: Ouro no Futsal (Fem) e Prata no Futsal e Vôlei (Masc).UniSant´anna-SP:- Divisão Especial: Ouro no Futsal (Fem) e Bronze no Basquete (Fem);- Individuais: Prata no Atletismo (Masc) e Bronze na Natação (Fem) e no Judô (Masc).

Wander Roberto/COB

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A Assembléia Legislativa do Ceará registrou votos decongratulações a Luciano Cabral, presidente da Confe-deração Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), ex-tensivos à diretoria da entidade, pela realização dasOlimpíadas Universitárias - JUB´s 2009, em Fortaleza(CE), entre os dias 14 e 23/08.O requerimento do voto de congratulação, registradoem Ata de trabalho da Assembléia Legislativa do Ceará,foi realizado pelos deputados estaduais Dedé Teixeira eLula Morais e aprovado por unanimidade pelo plenárioda Casa, no mês de agosto deste ano.

CBDU e Cabral recebem homenagem em Fortaleza

Atletas universitários de Bahia, São Paulo, Ceará, Piauí,Amapá e Pernambuco estão com agenda movimentadaneste segundo semestre. Na Bahia, a FUBE realizou oCUB 2009, de 09 a 12/10; em Pernambuco, 57º JUP´s

2009, de 26/09 a 30/11, promovido pela FAPE; no Ceará, aFUCE organiza os 57º Jogos Universitários do Ceará e

Campeonato Universitário de Futebol, de 24/10 a 19/12;em São Paulo, os atletas entram em ação no Campe-onato Universitário Paulista 2009, de 17/10 a 06/12, reali-zado pela FUPE; no Piauí, Copa Integração de Futsal,parceria da FAEP, e no Amapá ocorre o V JUAP´s, de

23/10 e 06/12, comandado pela FADAP.

Competições agitam atletas em diversos estados

A Federação Acadêmica de Desporto do Amapá (Fadap)prepara-se para celebrar 11 anos de história. Criada em15 de novembro de 1998, por professores do ensino su-

perior unidos para fomentar o desporto univesitáriolocal, a Fadap comemora os bons resultados nas

Olimpíadas Universitárias - JUB´s 2009, em Fortaleza(CE), com a maior delegação da história do Amapá emJogos Universitários Brasileiros. A estreia da Fadap emJUB´s ocorreu em 2004, com um pequeno número deatletas. Cinco anos depois, a Fadap desembarcou emFortaleza, para os JUB´s 2009, com delegação de 44pessoas e retornou com medalha inédito no judô.

FADAP comemora 11 anos de fundação

Criada por estudantes de Engenharia em 12 de outubrode 1949, a Federação Goiana do Desporto Universitário(FGDU) completou 60 anos de fundação. E para celebrara data, a atual diretoria da FGDU realizou um coquetelque reuniu autoridades, dirigentes e atletas em Goiânia.Alguns dos destaques da história da FGDU são a realiza-ção dos Jogos Universitários Brasileiros (JUB´s) de 1969,

em Goiânia, e de duas edições do CampeonatoBrasileiro Universitário de Futebol, também na capitalgoiana, em 2005 e 2007. De 2004 a 2009, os atletasgoianos somam 36 medalhas em JUB´s e dois vice-

campeonatos brasileiros de futebol.

Coquetel para celebrar 60 anos da FGDU

O Ministério do Esporte, parceiro da CBDU na realização

dos torneios da Liga do Desporto Universitário 2009,

esteve em Vitória (ES) durante as disputas

do Campeonato Brasileiro Universitário de Futebol.

Fábio Hansen, chefe de gabinete da Secretaria Nacional

de Esporte Educional do do Ministério, representou o

secretário Júlio Filgueroa no evento e entregou o troféu

de campeão ao time masculino da Feevale (RS).

A equipe gaúcha comemorou o 1º título na disputa

masculina do Brasileiro de Futebol Universitário.

UVV (ES) e FTC (BA) completaram o pódio.

Na chave feminina, vitória da UniSant’anna (SP).

Ministério do Esporte entra em campo no Futebol

A Federação Universitária Paulista de Esportes (FUPE)comemorou 75 anos de história no dia 17/09.Para celebrar a data, foi realizado, no Salão Nobre daCâmara Municipal de São Pauloo, um Encontro emHomenagem ao Jubileu de Diamante aos 75 anos daFederação Universitária Paulista de Esportes no dia 11/11.Autoridades e desportistas compareceam ao evento.Roberto Maldonado, diretor financeiro da CBDU,representou o presidente Luciano Cabral na solenidade.

Câmara de SP celebra 75 anos da FUPE A equipe da Unip (SP) representou o Brasil no I Campeo-nato Pan-Americano Universitário Masculino de Futsal,

disputado em Assunção (Paraguai), de 03 a 08/11.Os atletas enfrentaram as seleções do Paraguai, Chile,

Costa Rica e Uruguai, que brigaram pelo título, evoltaram para casa com o troféu de campeão.A seleção verde-amarela conquistou o título de

forma invicta. Na decisão do Pan-Americano de Futsal,o Brasil encarou a Costa Rica e venceu a partida pelo

placar de 5x2. A medalha de bronze ficou com aseleção do Uruguai.

Brasil é campeão do Pan-Americano de Futsal

A UniSant’anna, de São Paulo, conquistou o título geralpor IES (Instituição de Ensino Superior) do CampeonatoBrasileiro Universitário de Karatê 2009, disputado dia18/10, em Natal (RN).Os atletas da UniSant’anna somaram maior quantidadede pontos nas disputas de kata e kumite, individual epor equipes. Universidade de Brasília (UnB) e Upis, tam-bém da capital federal, completaram o pódio geral.A edição 2009 do Brasileiro Universitário de Karatê Mas-culino e Feminino reuniu 85 atletas, representando 47IES de 13 estados. O torneio fez parte da programaçãodo Campeonato Brasileiro de Karatê.

SP e DF brilham no BrasileiroUniversitário de Karatê

Cuba e EUA são duas grandes potências esportivas diferentes em quase tudo. Uma coisa, no en-tanto, elas têm em comum. São duas nações que desenvolveram o esporte a partir da sua prática nasescolas e universidades. É lá que estão os nossos jovens, desde a mais tenra idade até o início da faseprofissional.Foi a partir dessa premissa que o Ministério do Esporte criou em seu programa uma série depolíticas para a juventude através do esporte, desde a base até o esporte de alto rendimento, além deimpulsionar o desenvolvimento dos grandes eventos esportivos e também do nosso futebol. Sãovários programas, como o Segundo Tempo, Esporte e Lazer na Cidade, Bolsa Atleta e também asobras de infraestrutura esportiva, onde estão incluídas as praças de esporte para juventude.Muitos destes programas são feitos em interlocução permanente com a CBDU, uma jovem enti-dade que já se aproxima dos 70 anos. Uma das nossas parcerias mais importantes e bem sucedidassão as Olimpíadas Universitárias, que crescem a cada ano e têm um papel fundamental na formação edesenvolvimento dos nossos atletas. Além deste, temos muitos outros projetos com a CBDU que foram financiados com recursos da nova Lei de Incentivo aoEsporte. Um exemplo foi a Liga do Desporto Universitário, que contou no ano passado com a realização de campeonatos devárias modalidades.É com grande honra, portanto, que felicito e participo do primeiro número desta revista. Através dela vamos poder con-hecer mais e melhor as ações e resultados da CBDU que têm contribuído em muito para o desenvolvimento do nosso es-porte.Orlando Silva – Ministro do Esporte

O Comitê Olímpico Brasileiro - COB vê com grande alegria a criação da revista da Confede-ração Brasileira do Desporto Universitário. A comunicação é hoje ferramenta fundamental para asorganizações. Falar com seus diversos públicos, divulgar suas ações, estimular temas para debates,estender o conhecimento, propor reflexões. Estas são algumas das oportunidades que as empresase entidades passam a ter a partir do momento em que implementam este importante canal de co-municação.A criação da revista coincide com um momento especial pelo qual passa o esporte brasileiro. Aconquista da sede dos Jogos Olímpicos Rio 2016 abre novas perspectivas a todos os setores doesporte. Nos próximos sete anos vivenciaremos uma experiência sem precedentes na história donosso esporte. Assim, estamos certos de que esta publicação terá papel imprescindível no desen-volvimento do esporte universitário.O COB vê no esporte escolar e no esporte universitário dois importantes pilares na estruturaem que se ampara o esporte no Brasil. Aliar a prática esportiva à formação acadêmica e profis-sional é uma estratégia que deve ser cada vez mais valorizada. A realização das Olimpíadas Universitárias, competição anualque acontece através de parceria do COB com a CBDU, é apenas uma amostra do que pode e deve ser feito em prol dodesporto universitário.Assim, parabenizamos a CBDU por essa importante iniciativa, na certeza de que o meio universitário e o esporte terãomuito a ganhar com esta publicação.Saudações Olímpicas!

Carlos Arthur Nuzman - Presidente do COB

O Rio de Janeiro será a sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Uma vitória não só do carioca, mas de todo

brasileiro que acreditou no nosso sonho de trazer, pela primeira vez, o maior evento esportivo do mundo para nosso país.

A Cidade Maravilhosa já se prepara para receber turistas e os melhores atletas do mundo inteiro. O Ministério do Esporte

já se prepara para fazer do Brasil Olímpico um país onde o esporte gera saúde, qualidade de vida e, acima de tudo, é um

meio de desenvolvimento social. Acesse www.esporte.gov.br e saiba mais sobre as ações do Ministério do Esporte.

Braços abertos é o nosso cartão postal.

Espaço Acadêmico:artigos científicosEVOLUÇÃO DO DESPORTO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO: UM ENFOQUE HISTÓRICOProf. Dr. Roberto Luiz Menezes Cabral Fagundes (UFRN/UnP/FNDU)Prof. Dr. Henio Ferreira de Miranda (UFRN/STJDU)RESUMOO desporto universitário brasileiro tem sido de-senvolvido sem a organização de acervos ou quais-quer outros tipos de informações que viabilizem oregistro dos fatos que marcam a sua história. O estudoem apreço tem como objetivo proceder a um enfoquehistórico dessa prática desportiva no Brasil, bem comodiscorrer acerca da sua entidade nacional de adminis-tração desportiva, qual seja a Confederação Brasileirado Desporto Universitário - CBDU e as principais rea-lizações por ela promovidas. Nesta perspectiva,recorre-se à bibliografia referenciada, obtendo-secomo resultado um breve relato histórico da origem,objetivo, organização e funcionamento do desportouniversitário brasileiro.Palavras Chaves: Desporto Universitário; CBDU;FISU; Olimpíadas Universitárias.DESENVOLVIMENTOO fenômeno desportivo tem atraído um númerocada vez maior de adeptos, seja na condição de pra-ticante, seja na de expectador ou, ainda, de conhece-dor do seu significado e de seu lugar em nossacultura, confirmando no cotidiano do ser humano, opapel exponencial que exercem em sua vida, que-brando mitos e preconceitos que outros valores jamaisconseguiriam, bem como influindo significativamentena qualidade de vida da população. (1-3)As atividades desportivas constituem fator de de-senvolvimento sociocultural e econômico, e geradorde emprego e renda, criando uma dinâmicaeconômica com efeitos na indústria de material es-portivo, no comércio distribuidor, na realização deeventos, no turismo, na promoção comercial, naprestação de serviços e em outros segmentos daeconomia nacional e internacional. (4-5)A Constituição Federal do Brasil preconiza em seuart. 17, que “é dever do Estado fomentar práticas des-portivas formais e não formais como direito de cadaum”. (6-7) Por seu turno, a Lei nº 9.615, de 24 demarço de 1998, no seu capítulo III, art. 3º, que tratada natureza e das finalidades do desporto, reconhece-o nas manifestações de educação, praticado atravésdas suas formas sistemáticas, visando prioritariamenteà formação integral do indivíduo; de participação, ob-jetivando, sobretudo, a liberdade lúdica e a integraçãosocial dos praticantes, bem como sua interação como meio ambiente; e rendimento, visando principal-mente a competição, a obtenção de resultados e a in-tegração de povos e raças. (8-11)O ordenamento jurídico-desportivo, previsto nasleis maiores do país, torna evidente a importância bio-lógica, psicológica, social e política do desporto, justi-ficando a atenção que lhe é dispensada pelas naçõesmais desenvolvidas, tratamento que começa a serseguido pelo governo brasileiro através do seu Minis-tério do Esporte, como ficou demonstrado por ocasiãoda realização da 1ª e da 2ª Conferência Nacional doEsporte, tendo a primeira cuidado de traçar as dire-trizes para a elaboração da Política Nacional do Es-porte e Lazer, enquanto que a segunda tratou da (re)

construção do Sistema Nacional de Esporte e Lazer,assim entendido:“Articulação de agentes (entidades, organizações so-ciais, instituições e seus sujeitos) que têm como fi-nalidade e responsabilidade, o oferecimento dascondições para a prática do esporte nos municípios,estados e União, bem como a democratização doacesso às crianças, adolescentes, jovens, adultos,idosos e pessoas com deficiência ou com necessi-dades especiais, seja para conhecimento, lazer oupara o alto rendimento, valorizando seus aspectoseducativos, lúdicos, de qualidade de vida, de per-formance e de recordes, buscando a elevação daparticipação esportiva e social da população”. (12)

Outrossim, o documento em apreço aponta qua-tro grandes eixos temáticos, quais sejam: estrutura (or-ganização, agentes e competências); recursoshumanos e formação; gestão e controle social; e fi-nanciamento. (12)Como se vê, o Governo Federal cuidou decumprir o ditame constitucional, contemplando oacesso de todos às atividades desportivas, proporcio-nando a geração de emprego e renda, como tambémo incentivo à revelação de talentos.É inquestionável o papel preponderante que e-xerce o esporte na formação integral do indivíduo,desde a infância até a velhice. Se por um lado, torna-se cada vez mais evidente a importância da educaçãofísica na promoção da saúde e prevenção de doençascrônico-degenerativas, por outro, se confirma, a cadadia, o efeito do fenômeno desportivo na promoçãosócio-profissional, bem como na integração de povose raças.“A prática desportiva influi na amenização dos confli-tos, das hostilidades e das tensões de toda ordem. Ojogo também exerce funções de aprendizagem, prin-cipalmente para crianças, proporcionando a trans-missão cultural e a integração em seu meioambiente, bem como o reforço da solidariedade dogrupo”. (3)

Evidentemente, os aspectos sociais sempre es-tarão presentes quando existirem relações humanas,por isso o desporto, em qualquer uma de suas ma-nifestações, possui ações de socialização. É preciso,portanto, distinguir as finalidades de cada umaO desporto, fenômeno sócio-cultural, direito legalde todos, tratado como ferramenta educacional, éuma potência para o desenvolvimento humano e, con-seqüentemente, uma via privilegiada para formaçãointegral dos indivíduos, nos aspectos cognitivo, pes-soal, produtivo e social das gerações. (13-14)Caracterizando o desporto educacional, a Lei nº9.615/98 assim estabelece:“Praticado nos sistemas de ensino e em outras for-mas assistemáticas de educação, evitando-se a sele-tividade e a hipercompetitividade de seus

praticantes, com a finalidade de alcançar o desen-volvimento integral do indivíduo e a sua formaçãopara o exercício da cidadania e da prática do lazer”.(8)O dispositivo legal supracitado deixa evidente aresponsabilidade da prática desportiva educacional, nodesenvolvimento do indivíduo, em seus aspectos bio-lógico, psicológico e social, ensejando estudos quepermitam a implementação de ações que visem à for-mação integral e a qualidade de vida da população.(15-17)Sem prejuízo do valor educacional, a norma ju-rídica em comento assim define o desporto de rendi-mento:

“Praticado segundo normas gerais destalei e regras de prática desportiva, nacionais e interna-cionais, com a finalidade de obter resultados e inte-grar pessoas e comunidades do país e estas, com asde outras nações”. (8)Não obstante entender-se o desporto comoveículo de formação integral, não se pode negar ascaracterísticas do desporto de rendimento, tais quaisa seletividade, a hipercompetitividade, a performancee o resultado. (18) Aliás, são esses aspectos que odiferenciam da prática meramente educacional. To-davia, há de se considerar ponto de intercessão entreas duas manifestações, onde se situa o desporto uni-versitário. Praticado no seio das Instituições de EnsinoSuperior – IES, compreendidas como formas sistemáti-cas de educação, este contribui para a socialização doestudante no meio acadêmico, como também para aintegração entre as universidades brasileiras e, destascom entidades de outros países, além de favoreceroutros valores biológicos, morais, éticos, psicológicose sociais, sem esquecer aspectos próprios do desportode rendimento, a exemplo do treinaição, do es-petáculo e da revelação de talentos. (19)Ao se pesquisar sobre o desporto universitário noBrasil, convém discorrer acerca da sua origem organi-zacional através do Decreto nº 3. 617/41, promulgadono período do “Estado Novo”, como ficou chamado ogoverno do presidente Getúlio Vargas. (20) A normajurídica em apreço estabeleceu as bases de organiza-ção do desporto universitário e criou a ConfederaçãoBrasileira do Desporto Universitário – CBDU, a quemcompete, até hoje, coordenar essa prática desportivano país. O referido comando legal vinculou, ainda, aCBDU, as federações estaduais, responsáveis pelo Des-porto Universitário nos respectivos estados e, a estas,sua associações atléticas filiadas, às quais cabia a pro-moção desportiva no âmbito das universidades. (21-22) Com efeito, a estrutura supracitada permaneceaté hoje, não obstante algumas modificações na suaorganização. Convém registrar o reconhecimento daCBDU como entidade federal de administração do desporto, nos termos da Lei nº 9.615, com direitos epoderes equivalentes às demais confederações. (8)A CBDU, como principal entidade de adminis-tração do desporto universitário no Brasil, exerce papelpreponderante no fomento, promoção, organização esupervisão dessa manifestação desportiva, sobretudoapós a sua reestruturação administrativa, ocorrida nos

CAMPUS 22

artigos científicos

NORMAS E ORIENTAÇÕESPARA ENVIO DE TRABALHOS1. Os trabalhos encaminhados à Comissão Cientí-fica da CBDU deverão ser elaborados com basenas presentes normas. E os trabalhos aprovadosserão publicados na Revista Campus CBDU.2. Compete à Comissão Científica analisar eaprovar os trabalhos recebidos, bem como sele-cionar o melhor, de acordo com as normas técni-cas, a relevância do tema, a importânciaacadêmica e a contribuição científica do trabalho.3. A data máxima para envio do artigo será dia 15de cada mês. A classificação completa de traba-lhos aprovados será feita no site www.cbdu.org.br.Os trabalhos deverão ser enviados por correioeletrônico e também 01(uma) cópia viaCorreio/SEDEX, em CD-ROM, juntamente com 1cópia impressa, ficha de inscrição (disponível nosite). Não serão aceitos trabalhos enviados por fax,nem sem as devidas traduções.4. O arquivo do trabalho deve ser enviado no pro-grama “Microsoft Word,” letras tipo Arial 12, es-paço simples, com a seguinte formatação: títuloem negrito, com letras em maiúsculo e justificadoà esquerda; deixar espaço de uma linha; na linhaseguinte, nome completo do(s) autor (es) emmaiúsculo, alinhados à direita; na linha abaixo, onome da instituição, cidade, estado, país; na outralinha, “e-mail”. O Orientador deverá estar nomi-nado como último.5. Os artigos terão a seguinte estrutura:I – O artigo completo deverá ter no mínimo 5

(cinco) e no máximo 7 (sete) laudas (incluindotabelas, bibliografia e resumo), nas versões português e inglês;II – Deverão ser enviados 4 resumos de até 300palavras cada, além do título e de 3 (três)palavras-chaves. Os resumos deverão estar nasversões de inglês, francês, espanhol e português(seguindo esta ordem);III – Ao final do trabalho deverá constar as refe-rências bibliográficas (de acordo com as normasda ABNT), endereço completo, “e-mail” e telefone.IV – Além da formatação especificada no item 4, oartigo deverá também ter a seguinte configuraçãode página: superior (2 cm); inferior (2 cm);margem direita (1cm); e margem esquerda (2 cm);V – O trabalho será enviado em arquivo único,obedecendo a seguinte ordem: artigo completoem português; artigo completo em inglês;título/resumo em inglês; título/resumo em francês;título/resumo em espanhol; e título/resumo emportuguês.6. Cada participante poderá inscrever apenas 1(um) trabalho por revista. 7. Ás áreas temáticas serão as seguintes:7.1. Formação Profissional e Mercado de Trabalho;7.2. Capacitação em Esportes;7.3. Fisiologia (artigos estritamente de medicina, fi-siologia do esporte, biomecânica, treinamento eatuação em saúde);7.4. Área Epistemológica (artigos de matriz sócio-cultural, referentes à história, filosofia, cultura eimaginário);7.5. Educação Física: artigos vinculados ao ensinodas atividades físicas e esportivas em contextosinstitucionais, situada em perspectivas, filosóficaou diretamente didática;7.6. Grupos Especiais (artigos de destaque emquestões teóricas ou práticas, com segmentos es-pecíficos, fitness, personal, terceira idade e neces-sidades especiais);

7.7. Lazer, Recreação e Educação Física (artigoscom reflexão específica);7.8. Fisioterapia em geral;7.9. Outros temas. 8. Cada artigo terá um número máximo de 04 (qua-tro) autores, incluindo o orientador. Todos os au-tores terão direito a certificado, o qual será entreguelogo após a aprovação e publicaçãodo artigo.9. Na análise dos artigos serão considerados: con-teúdos, simplificação, objetividade, atendimento àtemática, observação das normas técnicas específicas e respaldo bibliográfico.10. Não serão aceitas quaisquer mudanças nostrabalhos já enviados. 11. Os participantes oficialmente inscritos parapublicação concordam em cumprir todas as nor-mas aqui expressas e determinações dos organizadores, sendo os conteúdos dos artigosde inteira responsabilidade do(s) autor (es).12. A Comissão Científica não se responsabilizapelo não recebimento de artigos enviados, bemcomo pelas opiniões expressas nos mesmos, asquais serão consideradas exclusivamente do(s) respectivo(s) autor(es).13. O envio do artigo e a ficha de inscrição deverá ser preenchida através do site da CBDU(www.cbdu.org.com) e os trabalhos enviados [email protected] e para o destinatárioRoberto Cabral endereço Rua apodí,381 Ap. 102Tirol Natal / RN CEP 59020-130 14. Os casos omissos serão resolvidos pela Comis-são Científica (CC).

Prof. Dr. Roberto Luiz Menezes Cabral Fagundes`Presidente da Comissão Científica da CBDU

últimos anos, a qual influiu significativamente na me-lhoria da qualidade da atividade desportiva univer-sitária. (23) Com efeito, a modernização do seuestatuto, bem como as parcerias firmadas com orga-nizações do quilate do Ministério do Esporte, ComitêOlímpico Brasileiro e Rede Globo de Televisão, pas-saram a garantir as condições “sine qua non” de or-ganização, financiamento e divulgação das principaiscompetições promovidas pela Confederação.Com relação aos certames supracitados, estesconsistem em jogos estaduais, regionais e nacionais,além dos internacionais, promovidos pela FISU (Fede-ration International of Sports University). Sob a com-petência da CBDU se incluem várias competições,destacando-se as Olimpíadas Universitárias/JUB’s, asquais já foram conhecidas como Jogos UniversitáriosBrasileiros, mantendo sua sigla até hoje, conseguindoreunir anualmente mais de 4.000 participantes entreatletas, técnicos, árbitros e dirigentes desportivos, re-presentantes de todos os estados do Brasil e do Dis-trito Federal, numa demonstração inquestionável dovalor do esporte para a formação universitária.O estímulo à formação acadêmica dos atletas éum dos pilares de sustentação das competições uni-versitárias. São cada vez mais freqüentes as con-cessões de bolsas de estudo, bem como as adesões à“Bolsa Atleta”, instituída pela Lei nº 10.891/2004, alte-rada pela Lei nº 11.096/2006 e regulamentada peloDecreto nº 5.342/2005. (24-26) Tal benefício tem seconstituído incentivo fundamental para quem pre-tende conciliar o estudo com a prática desportiva, embusca de maiores horizontes, tais quais as Univer-síades, os Jogos Pan-americanos e os Jogos Olímpicos. CONCLUSÃOA grandiosidade do contexto sobre o qual se discorre

torna imprescindível o valor do desporto universitáriopara todas as pessoas que dele se beneficiam, seja nacondição de atleta, técnico, árbitro, dirigente oumesmo de expectador. Tal importância implica a ne-cessidade do registro dos fatos que marcaram essahistória a qual, até hoje, somente existe através deparca bibliografia ou das narrativas dos atores que avivenciaram. O artigo em apreço, entretanto, não tema presunção de contemplar de forma plena essahistórica, mas tão somente motivar os que militam nodesporto universitário brasileiro, diligências no sentidode resgatar mais completamente essa memória, combase nas lições de Guilherme Melquior: “a quem senega a entender a história, só resta sofrê-la como des-tino”.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:1- Duarte, O. Em todos os esportes do mundo. SãoPaulo: Makron Books, 1996.2- Capinussú, J. M. Comunicação e transgressão noesporte. São Paulo: IBRASA, 1997.3- Vargas, A. L. (Coord.). Desporto e traumas sociais.Rio de Janeiro: Sprint, 2001.4- Almeida, C. J. M.; Souza, M. M. A.; Leitão, S. S. Mar-keting esportivo ao vivo. Rio de Janeiro: Imago, 2000.5- Carlezzo E. Direito desportivo empresarial. SãoPaulo: Juarez de Oliveira, 2004.6- Bastos, C. Cometários à Constituição do Brasil. 2ºVol. São Paulo: Saraiva, 1989.7- Brasil. Constituição da República Federativa doBrasil. Brasilia: Congresso Nacional, 1988.8- ______. Lei nº 9.615/98. Brasilia: Congresso Na-cional, 1988.9- Tubino, M. J. G. 500 anos de legislação desportivano Brasil: do período colonial aos nossos dias. SãoPaulo: IBRASA, 2002.

10- Melo Filho, Á. Novo regime jurídico do desporto:comentários à Lei 9.615 e suas alterações. Brasília: Ju-rídica, 2001.11- Santos, A. S. F. Prática desportiva: Lei Pelé com al-terações da Lei nº 9. 981. Belo Horizonte: Inédita,2001.12- Brasil. Conferência Nacional do Esporte. Texto I deOrientação. Brasília: Ministério do Esporte, 2006.13- Parente Filho, M. S. Esporte, educação física e con-stituição. São Paulo: IBRASA, 1989.14- Política Nacional do Esporte. Brasília: Ministério doEsporte, 2006. 15- Viana, H. Lei Zico, Lei Pelé e estrutura do esportebrasileiro. São Paulo: IBRASA, 1998.16- Aidar, C. M. Curso de direito desportivo. São Paulo:Ícone, 2003.17- Vários Autores. Direito desportivo. Campinas-SP:Editora jurídica Mizuno. 2000.18- Melo Filho À, et all. Repensando o esportebrasileiro. São Paulo: IBRASA, 1988.19- Melo Filho À. O novo direito desportivo. São Paulo:Cultural Paulista, 2002. 20- Brasil. Decreto nº 3.617/41. Rio de Janeiro: Gov-erno Federal, 1941.21- Resende, J. R. Organização e administração no es-porte. Rio de Janeiro: SPRINT, 2000. 22- Tubino, M. J. G. O esporte no Brasil. São Paulo:IBRASA, 1996.23- CBDU. Estatuto da Confederação Brasileira do De-sporto Universitário. Brasília: CBDU, 2004.24- Brasil. Lei nº 10.891/2004. Brasília: Congresso Na-cional, 2004.25- _____ Lei nº 11.096/2006. Brasília: Congresso Na-cional, 2004.26- _____ Decreto nº 5.342/2005. Brasília: CongressoNacional, 2005.

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