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196 197EC Sítio das Araucárias,

Sobradinho

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Vulnerabilidade: para grande parte dos alunos,

a escola é a única porta de acesso à cultura e ao lazer

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ogo à direita de quem pega a BR 020, estrada que marca a saída de Brasília em direção ao Norte e Nordeste, a apenas vinte quilômetros de distância das últimas quadras de apartamentos do Plano Piloto, a capital da República esconde um tesouro turístico pouco conhecido dos brasilienses. A Rota do Cavalo se desvenda sinuosa para quem entra por uma das três rodovias distritais – 001, 330 e 440 – que cercam a agradável área ponti-lhada de chácaras e haras bem-cuidados. Pela DF 440, as placas atraem amantes do hipismo e da criação dos elegantes animais com anúncios de aluguel de baias, venda de sêmen, criação de crioulos e manga-larga mar-chador, escolas de equitação e treinamento.

A beleza do caminho e as majestosas criações que se vislumbram de relance além das cercas fazem lembrar as instigantes pinturas do Cavalo

Biblioteca Maria HelenaEscola Classe Sítio das Araucárias, Sobradinho

Com a maioria dos alunos em situação de risco, a equipe se vale dos livros para abordar

valores como igualdade e solidariedade, além de trabalhar a articulação entre leitura e cidadania[ ]

Que a coisa tá feiaPor terras alheiaNós vamo vagar

Meu Deus, meu Deus

Se o nosso destinoNão for tão mesquinhoCá pro mesmo cantinho

Nós torna a voltar

(Triste partida, Patativa do Assaré)

Hora de ler

L

o mundo

Aprendizado: o melhor leitor é o que demonstra por escrito e oralmente que entendeu o que leu

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Azul, uma potente herança expressionista do artista alemão Franz Moritz Wilhelm Marc, morto na França durante a Primeira Guerra Mundial, que inspirou livros e filmes infantis, como o clássico O cavalinho azul, baseado no livro da escritora Maria Clara Machado. No Km 13 da rota de encanta-mento avista-se a pequena e acolhedora Escola Classe Sítio das Araucárias, onde 24 educadores e auxiliares atendem 140 alunos na faixa dos quatro aos catorze anos de idade, com aulas da educação infantil ao quinto ano.

Lá dentro as crianças encontram outro tesouro, que nem precisam di-vidir com os turistas que buscam a natureza – a Biblioteca Maria Helena. Batizada em homenagem a uma das moradoras da comunidade que mais batalhou pela criação da escola, a 74ª unidade do projeto Bibliotecas do Saber abriu as portas em 22 de junho de 2010 e logo virou ponto de refe-rência para aquela meninada que tem na escola a única porta de acesso à cultura e ao lazer – alunos que carregam em suas histórias familiares a dura sina cantada em Triste partida por um dos maiores poetas populares brasileiros, o cearense Patativa do Assaré.

“A maioria dos nossos estudantes vive em situação de vulnerabilidade. Acreditamos que a única forma de ajudar a melhorar a situação deles é por meio da educação”, diz a professora Luzinete Ribeiro de Souza Rodrigues. Responsável pela biblioteca, ela cita um dos ensinamentos do líder sul-afri-cano Nelson Mandela, que venceu o apartheid e unificou o país, para expli-car como a escola construiu o plano de trabalho para desenvolver a leitura. “Tomamos como base, para as nossas ações, a frase ‘a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para transformar o mundo’, do Mandela.”

A proposta é formar leitores não só entre as crianças, mas também jun-to aos familiares. O pontapé inicial foi o projeto Melhor Leitor. “Queremos criar em nossos alunos o prazer pela leitura, enriquecer seu vocabulário, melhorar o seu desempenho e evitar que abandonem a escola. Mas nosso objetivo vai além”, adianta Luzinete. O melhor leitor, explica, não é o que lê o maior número de livros, mas o que demonstra por escrito e oralmente que entendeu o que leu. Assim, ele estará apto para se transformar em cidadão que questiona a sua realidade e trabalha para mudá-la.

A biblioteca, para Luzinete, é a ferramenta de que não se pode abrir mão para conseguir isso. “E será que mudar tanto é apenas um sonho? Talvez até seja”, pondera. “Mas o que buscamos com a leitura é levar as crianças a sonhar também, a acreditar que são capazes, que podem encon-trar respostas para os problemas que afligem sua família, sua comunida-de, buscar justiça para todos, igualmente.” E os problemas carregam raízes profundas que o repentista cearense mais famoso do país, por ser também lavrador, traduziu tão bem nos seus versos sofridos.

Na escola, filhos de caseiros e de pequenos produtores rurais estrei-tam afetos com colegas de realidades distintas, como os que moram no abrigo Lar Jesus Menino, no condomínio Serra Verde, nos acampamen-tos da comunidade cigana Calón e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). Há alunos também do Nova Colina, uma área em tor-no de 700 mil metros quadrados ocupada por cerca de 600 famílias do Movimento Frente Nacional de Luta Campo e Cidade. Pessoas em busca de um destino menos mesquinho, como traduziu Patativa, que ali finca-ram barracas e construções precárias na esperança de se livrar da sina de vagar por terras alheias.

Enquanto o movimento luta pelo pedaço de chão, o esforço para man-ter vivo o sonho de transformar pela educação mobiliza a escola. Grande parte das crianças apresenta dificuldades de linguagem e problemas emo-cionais. “A maioria está em situação de risco e falta muito, por descuido dos responsáveis, mudanças de casa ou problemas de saúde”, revela a coor-denadora Kelly de Farias Souza. Muitas vezes a escola nem consegue des-cobrir por que o aluno faltou, pois a família vai embora sem sequer pegar a transferência na escola. A equipe se une para manter a chama acesa. A criatividade dos profissionais, diz Kelly, “faz a diferença para transformar essas dificuldades em possibilidades.”

Depois que o projeto Bibliotecas do Saber entregou o espaço organi-zado da leitura, essas possibilidades ganharam outra dimensão, analisa a diretora Evaide Flores Campos. “Observamos um movimento diferente entre os alunos, um interesse grande em pegar outros livros quando eles devolvem o que levaram para ler. A melhoria do desempenho deles na sala de aula também chama a atenção.” As crianças da região não têm chances de frequentar um cinema, teatro ou outras atividades culturais. No acervo cuidadosamente organizado pela professora Luzinete, elas passaram a en-contrar oportunidades de “viajar”, adquirir outros conhecimentos.

“Os livros permitem ir além do conteúdo escolar, fazem com que os alunos conheçam outras paisagens, outros mundos. Abrem novas possibi-lidades. É a forma que eles têm de se socializarem”, reconhece Evaide, que recorre a parcerias para vencer as limitações que a crônica falta de recur-sos impõe à escola. As verbas são escassas. “Temos que fazer campanhas, vivemos de pedir”, resume a diretora. O destino de uma das campanhas é a premiação das crianças que se destacam e esforçam para ler melhor, e que no final do ano recebem tênis, bolas, brinquedos.

Além de reforçar diariamente o aprendizado do conteúdo das matérias e de introduzir temas transversais, o plano de ação da leitura estimula a criatividade e os sentimentos de união e de solidariedade entre as crian-

Se eu me for,vou de bagagem,sem ter malae compromisso.Vou de anjo,sem ter asa,vou morando,sem ter casa.Vou mediro infinito.

(Sylvia Ortoff)

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ças. Moradora do assentamento da Nova Colina, a pequena Maria Eduarda Barros, de oito anos, se oferece para contar a história do livro O grande rabanete, da escritora Tatiana Belinky, citado como o preferido pela turmi-nha de crianças de sua idade reunidas na biblioteca, aos gritos entusiasma-dos de “é o puxa-que-puxa!”.

“O vovô tenta arrancar o rabanete na horta, mas não consegue porque ele cresceu demais, era muito grande, e chama a vovó pra ajudar, mas não adianta e tem que chamar a netinha, depois o cachorro, o gato... Aí, chega o ratinho pra ajudar o puxa-que-puxa e eles conseguem arrancar. E o rati-nho fica achando que foi ele que conseguiu sozinho”, conta a menina. E foi mesmo? “Não. Foi uma equipe que arrancou”, resume Maria Eduarda, que emenda a própria conclusão. “E a gente entendeu que se cada um der um pouquinho de ajuda dá pra puxar, fazer as coisas.”

Desembaraçada, Maria Eduarda também gosta de falar sobre a bibliote-ca. “É o melhor pra gente, porque ajuda a fazer histórias, a ir aprendendo mais um pouquinho. É o jeito da gente aprender a ler, começa pegando um livro com poucas palavras, depois vai aumentando”, diz ela. O número de pa-lavras e o tamanho da publicação preocupam as crianças. “Gosto de ler livros de muitas páginas, só que não com palavras difíceis”, empolga-se a pequena Maria Clara, oito anos, que mostra o livro preferido, Uma menina chamada Flor, de Fabiana Salomão. Em volta, os colegas ficam atentos aos relatos. “A leitura ajuda a integrar as crianças”, observa a professora Luzinete.

Leitura de texto, leitura de mundo, ensina o professor, escritor e presi-dente da Academia Brasileira de Letras, Domício Proença Filho, no livro que batizou com esse título para tratar da importante relação entre leitu-ra, conhecimento, comunicação e cidadania. Em entrevista ao jornalista Leonardo Cazes, no caderno Prosas, do jornal carioca O Globo, Proença destaca que uma das questões mais importantes que aborda no livro é a articulação entre a leitura e a cidadania. “Você só vai ter noção dos seus direitos e deveres através da leitura de um texto”, disse ele, que tocou em outro ponto crucial para a vida: “Se você não entende o que o outro está dizendo, haverá conflito”.

Ao traduzir a importância de ler, Proença reflete a preocupação exposta no plano de trabalho da Biblioteca Maria Helena, de criar o hábito nos alu-nos de olho no futuro de cada um deles. Uma ação de longo prazo, capaz de ajudar os pequenos que estão sob a responsabilidade da escola a se torna-rem pessoas “mais conscientes e atuantes”. A proposta, segundo a diretora Evaide Campos, é que a leitura contribua para transformar as crianças em “cidadãos capazes de questionar e de propor mudanças por uma sociedade mais justa e pacífica”.

Aquele espaço cheio de livros organizados nas estantes é a única possibilidade de acesso à leitura que os peque-nos ciganos e os coleguinhas que moram nos acampamentos dos Sem-Teto e Sem-Terra têm ao seu alcance”

Encontros e trocas de ideias“A biblioteca me ajuda, é muito importante pra mim”, diz o menino

cigano da etnia Calón Daniel da Silva Rocha, de onze anos, que não hesita na hora de apontar o livro de que mais gostou. É o Bruxa Onilda vai à festa, dos autores Enric Larreula e Roser Capdevila, que contam as estripulias da feiticeira trapalhona numa movimentada festa que tem baile, corrida de vassouras e até concurso de Miss Aiquehorror. Cheias de magia, as histó-rias da velha bruxa divertem as crianças, que fazem daquela sala repleta de novidades interessantes um ponto de encontro e de troca de ideias.

Aquele espaço cheio de livros organizados nas estantes é a única possi-bilidade de acesso à leitura que os pequenos ciganos e os coleguinhas que moram nos acampamentos dos Sem-Teto e Sem-Terra têm ao seu alcance. Para o menino José Maicon, de doze anos, que saiu do Varjão, com o pai, para a vida entre barracas no acampamento do MST, a biblioteca traduz o sonho de aprender a ler como os outros alunos e vencer a dificuldade de se expressar. “O livro é cultura”, diz ele, baixinho e olhando para baixo, ao lado da menina Stefany Silva, de doze anos, que fala sobre o livro Feiuri-nha, de Pedro Bandeira, e tenta ajudar o colega a também contar o que viu.

Ao contrário dos alunos filhos de caseiros das chácaras da região, Daniel e José vivem a realidade da insegurança nos assentamentos e invasões. Na comunidade dos Calóns, as famílias plantam feijão e mandioca para consu-mo próprio e se abrigam em tendas improvisadas com lona de caminhão, ao lado do condomínio Serra Verde. Não contam com infra-estrutura básica e a energia elétrica é à base de gambiarras, como relata o documento Invisibi-lidade e preconceito: um estudo exploratório dos ciganos no Distrito Federal, da Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central (Codeplan).

Os problemas não param aí. “A ausência de banheiros e a dificuldade em conseguir acesso às cestas básicas no CRAS foram queixas constantes. Eles pediram mais ação do poder público. Possuem conhecimento sobre seus direitos sociais e questionam por que não estão sendo cumpridos”, aponta o estudo. As famílias não conseguem trabalho e muitos sobrevivem de pequenas vendas de panos de prato nas ruas de Brasília, insuficientes para a subsistência. A maior barreira para a comunidade cigana, no entan-to, ainda é a discriminação que sofre no dia a dia.

“O forte preconceito ainda vigente na sociedade”, de acordo com a Co-deplan, é apontado pelos ciganos como um dos fatores responsáveis por enfraquecer a cultura e reduzir a transmissão de costumes e da língua entre a população mais velha e os mais novos”. Uma das demandas do grupo é a criação de um centro de resgate da cultura cigana. Mas o grande sonho é

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o direito de serem respeitados, compartilhado por todos na pequena co-munidade e defendido pela equipe da escola, onde Daniel é acolhido com atenção pelos professores e se sente um igual junto aos outros alunos.

“Um dos instrumentos mais fortes para isso tem sido a leitura”, garante Luzinete. “Estamos trabalhando com livros que abordem valores éticos e princípios como a igualdade e a solidariedade, e ao mesmo tempo incenti-vem a imaginação.” Morador de uma chácara vizinha, o menino Henrique Ferreira Santos, de oito anos, vence a forte timidez e decide falar sobre o livro preferido, Os filhotes do vovô coruja, dos autores Na Eun Hee e Kim Sook Kyung. “Já li cinco vezes”, conta Henrique, sob o olhar surpreso dos colegas. Muito utilizada para incentivar o aprendizado da matemática, a história também desperta a memória afetiva do menino. Filho único, ele fala com saudade do avô materno, que já não está mais entre eles. “Agora só tenho um avô”, revela.

O carinho da equipe pelas crianças chama a atenção. O sentimento se evidencia no olhar e na forma acolhedora como todos se dirigem aos alu-nos. A resposta vem na forma solidária e protetora como as crianças mais velhas tratam as menores. Moradora, com uma irmã de sete anos, do abrigo Lar Jesus Menino, que cuida de crianças abandonadas em situação de risco encaminhadas pela Vara da Infância e Juventude e por conselhos tutelares, a menina M. S., de onze anos, lê com atenção para os pequenos, na biblio-teca. Repete, cuidadosamente, os gestos que aprendeu com a professora, de fazer uma pausa a cada página lida e mostrar o conteúdo para a turma.

M. S. reflete as atitudes e os valores que vem aprendendo no dia a dia da escola. Na Biblioteca Maria Helena, que segundo a diretora Evaide Campos “ganhou impulso” com a entrada de Luzinete no comando, a rotina de pe-quenos cuidados mostra o seu poder na vida das crianças. Cada uma rece-be uma sacolinha personalizada, com o seu nome bordado, produzida por Luzinete, especialmente para levar o livro para casa. O simples e delicado gesto de atenção reforça a auto-estima do aluno, valoriza a retirada do livro e estimula o cuidado que eles devem observar até devolver e pegar outro.

Ao reproduzir com as outras crianças o que recebem de cuidados, os alunos se transformam naquilo que o filósofo e teólogo Leonardo Boff define como fonte: “O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro.” É criar a multiplicação em cadeia de uma fonte que nunca se esgota. Como resume a poetisa mineira Aymar Mendonça Lopes, em Hai Kais, “No bico do pássaro/montículo de barro./Futuro ninho”.

O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cui-dado. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Representa uma atitude de ocupa-ção, preocupação, de responsabi-lização e de en-volvimento afetivo com o outro”

Diversidade e inclusão: escola atende filhos dos moradores de chácaras e dos acampamentos de ciganos, Sem-Terra e Sem-Teto

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Equipe engajada: “O que buscamos com a leitura é levar

as crianças a acreditar que podem encontrar respostas”

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Pequenos cuidados: para levar o livro para casa a criança recebe uma sacolinha com o

seu nome bordado

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Brincadeiras no pátio: segundo a professora

Luzinete, “a leitura ajuda a integrar as crianças”