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No Banco do Canadá:Oriundo do «Plateau»,Filipe Dinis, dirige operações• Leia artigo, pág. 5

Nos Açores:A euforia do Turismo• Artigo na pág. 18

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

Cont. na pág 14

EditorialTimoneiro

• Por Carlos DE JESUS

Com este número o LusoPressequer sublinhar de forma marcante o seu vi-gésimo aniversário de publicação.

Outros, mais isentos, dirão todo obem que lhes soar dizer desta aventura devinte anos,

Quatro lustres ao serviço da nossa co-munidade, da nossa língua, da nossa cul-tura, das nossas raízes.

Mas também ao serviço da informa-ção, da integração, da responsabilização so-cial e política, jamais pactuando com a fa-cilidade nem vendendo a alma ao diabopor um prato de lentilhas.

Vinte anos a defender, a promover, aenaltecer os valores das gentes que fazemdesta comunidade humana e linguística umexemplo, não tenhamos dúvidas, do que éa integração bem-sucedida duma comunida-de imigrante em terra de acolhimento.

Por detrás desta aventura está um ho-mem. Norberto Aguiar. Detestado por al-guns, apreciado pela grande maioria, admi-rado por todos quantos o conhecem.

Sem este obreiro incansável, sem a suainabalável confiança na comunidade e asua teimosia de lutar contra ventos e marés,enfrentando a crítica malevolente com averdade e autenticidade das suas intençõese ações, Norberto Aguiar, proprietário, edi-tor e chefe de redação, pode orgulhar-se de

Telefone e fax: (514) 849-9966Alain Côté O. D.

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Exame da vista, óculos, lentesde contacto

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Carlos Leitão, ministro das Finanças do Governo do Quebeque.

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FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Adelaide Vilela• Osvaldo Cabral• Onésimo Teotónio Almeida• Luciana Graça• Raul Mesquita• Fernando Pires• Lélia Pereira Nunes• Manuel Carvalho• Jules Nadeau• Cristina Calisto• José Luís Carneiro

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AGUIARContatos: 514.835-7199

450.628-0125Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00(Ver informações: páginas 7 e 21)

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

Clínica Dentária Christophe-Colomb

Dentista

O Nick, Harold Bloom e este small world, piccolo mondo• Por Onésimo TEOTÓNIO ALMEIDA

ÀQUELES QUE NÃO DAVAM LONGA VIDA AO LUSOPRESSE!• Por Fernando PIRES

É mais u-ma estória de smallworld, piccolo mon-do, mas com umpreâmbulo a ame-açar ser longo edesligado do de-senlace. A minhairmã Suzette pôs-me em contacto com ummoço que tinha lido um artigo meu sobrePessoa e gostaria de encontrar-se comigo,até porque pensava fazer pós-graduação naBrown. Uma troca de e-mails com o Nickrevelou-o deveras interessante a ponto deeu achar que poderia convidá-lo para almo-çarmos juntos.

Foi hoje. Dei-lhe a escolher entre oBrown Faculty Club e a Tasquinha, em EastProvidence, ele optou de caras pelo restau-rante português. Sentámo-nos a desenrolarduas horas e meia de conversa. Eu gostariade ter gravado, de preferência em vídeo. Vaiaqui um condensado.

Descendente de bem antigos portu-gueses (açorianos e uma costela madeirense)pelos dois lados, nasceu e vive em Fall River,Massachusetts. Há injeções de franco-cana-dianos, de onde lhe veio o sobrenome “Bel-more”, e não me lembro que mais, todaviasente-se todo português, embora não fale alíngua muito bem. Foi aluno do BristolCommunity College e só fez duas discipli-nas de Português, uma com o José FranciscoCosta.

Desde cedo tem sido fartamente atribu-lada a sua história de saúde. Nasceu prema-turo – dois meses antes do tempo – comcomplicações que os médicos foram procu-rando resolver de improviso, visto não fi-gurarem em nenhum manual. O problemafundamental, gerador dos restantes, era umburaco grande no crânio deixando-lhe océrebro exposto. Aos poucos conseguiram

fechá-lo, mas sem hipóteses de cobertura decabelo, daí surgindo complexos, sobretudo naescola. Usa agora cabelo colado, que tem deser substituído todos os meses, no entantonão se nota nada, dá-lhe um ar todo tão normal– o Nick tem 25 anos – que não se imagina oque por trás vai de tribulações. Por um períodode sete anos, alternou a sua vida entre a casa dafamília e vários hospitais, lutando com proble-mas do coração, sendo acometido de frequen-tes desmaios por falta de irrigação suficientedo cérebro. Para lutar contra a solidão e o me-do, refugiou-se na leitura, que acabou por salvá-lo. Lá em casa, havia um Conde de Monte Cris-to, de Alexandre Dumas. Devorou-o e ficoudefinitivamente preso à literatura. Por meroacaso, um dia descobriu O Cânone Ocidental,de Harold Bloom, e fez dele o seu guia e conse-lheiro. Pôs-se a ler tudo o que Bloom recomen-dava, tornando-se fã de uma plêiade díspareque inclui Dante (A Divina Comédia foi lidajá quatro vezes), Shakespeare, Cervantes (DonQuijote foi, em sua opinião, o melhor romanceque já leu, e põe em segundo lugar As Memó-rias Póstumas de Brás de Cubas, de Machadode Assis), Milton (o seu grande poeta), Proust,Swift, Luis Cernuda, Celan, Hemingway, Pes-soa, Kierkegaard, Nietzsche, Emerson. Ah! Eos clássicos Lucrécio, Virgílio e Platão. Não éum name dropper, eu é que ia puxando pormais nomes do seu interesse. Mas o Nick temuma fina memória e interjeta a propósito naconversa citações que guardou deste e daqueleautor.

Há cinco anos que os desmaios deixaramde o incomodar. No ano passado terminou oBristol Community College (dois anos) e con-correu à Brown. Não foi aceite, todavia recebe-ram-no em Tufts, nos arredores de Boston,uma excelente universidade. Está no terceiroano de Literatura Comparada e vai aprenderLatim e Grego. Porque tem melhorado muitoas notas, quando terminar a licenciatura tencio-na tentar Harvard, Yale, ou Brown para prosse-guir estudos em Literatura Comparada.

Tudo isto surgindo na nossa charla comenorme simplicidade e quase a pedir desculpa,porém com muito humor de permeio poiso Nick tem uma prodigiosa capacidade deimitar sotaques de emigrantes etno-america-nos: russos, indianos, italianos, mexicanos,micaelenses…

Mas vamos então ao small world, pic-colo mondo.

Durante décadas mostrei a Brown a visi-tantes portugueses, sobretudo nos anos emque em Portugal não se disfrutava de umadata de possibilidades do quotidiano univer-sitário americano. Bibliotecas, por exemplo.Dava-me especial prazer adocicar a visita pa-rando junto aos ficheiros bibliográficos e irdireitinho a uma velha ficha que eu achavadeveras ternurenta. Rezava assim:

RAPOZO, Victorino - SANTAGENOVEVA – (lindíssima históriaem verso cantada pelo cantador dosArrifes Victorino Rapoza [sic]). FallRiver, M. Capeto, 1922. (Harris Col-lection)

Cito de cor porque a letra e música co-laram-se-me ao ouvido.

Ora bem. Ao sondar a ascendência ge-nealógica do Nick, revelou-me ele que umseu trisavô era poeta. Chamava-se… Victo-rino Rapozo.

Caí de queixo. Não queria acreditar. Con-fesso: comovi-me mesmo. Verdadinha.Small world, piccolo mondo.

Regressado a casa, vim direitinho aocomputador aceder ao catálogo da bibliotecada Brown. Hoje desapareceram as fichas decartão, mas os seus conteúdos estão todosdigitalizados. Em segundos, cheguei lá. Vaiaqui a ligação (não fui corrigir a ficha que aci-ma citei de cor):

htt ps ://sear ch. l ibrar y.br own.edu/catalog/b1751585

No seu e-mail de agradecimento, o Nickpergunta se podemos voltar a encontrar-nosdurante as férias de Natal para continuarmosa conversa. Já adivinharam a minha resposta.

O LusoPresse ainda respira, e res-ponde presente perante a celebração do seuvigésimo aniversário.

Por isso, gostaria de aqui lhe consacraralgumas palavras em nome do objetivo co-mum, que penso ser aquilo que me levouao seu encontro, praticamente nos primei-ros números do jornal.

Sei que não foi fácil ao fundador e edi-tor Norberto Aguiar levar por diante, atéesta data, tal tarefa árdua numa comunidadeque não morre de amores pela leitura e acultura. Mas a teimosia do Norberto preva-leceu como programa em relação a outrosjornais pasquins que “cultivaram” a nossacomunidade de comendas!

Por isso, nesta data da celebração do Lu-soPresse, não posso aqui esquecer a porta queo jornal me abriu como colaborador autodidata(como ainda hoje o sou). Ainda me lembrodo número 53 do LusoPresse, no dia um dedezembro do ano 2000. Ano que comemoravamais um aniversário na abertura do segundomilenário da era cristã. Então, o LusoPresseconvidava o distinguido professor OnésimoTeotónio Almeida, da Universidade Brown(USA), para conferencista da celebração demais um evento, e que era o quarto aniverssáriodo jornal.

Parabéns aos colaboradores do LusoPres-se, desde os primeiros números até aos dias dehoje.

Contudo, devo dizer que num mundo caó-tico duma certa comunicação digital-social, da“moda” dos Facebook, Tweetter, Amazon e

tuti quanti, a qualidadade do jornalismo,hoje, anda pelas ruas da amargura, com aperda, nomeadamente, do jornalismo deinvestigação, etc. A vida de muitos dosjornais mundiais atualmente, não sei atéquando poderão resistir!

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

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Português ao raio X• Luciana GRAÇA

(Leitora de português do Ca-mões - Instituto da Cooperação e da Lín-gua, na Universidade de Toronto).

Rubrica produzida em colaboraçãocom a Coordenação do Ensino Portuguêsno Canadá/Camões, I.P.

Caso: «ovelha ranhosa» ou «ovelha ro-nhosa»?

• [C]omo em tudo na vida, no reba-nho tem [de] haver sempre uma OVE-LHA RANHOSA (ou OVELHARONHOSA?), que não vai nem o levaa bom pasto. (comentário de leitor noblogue «Clube dos Pensadores», 2010-09-19)

Comentário:• ronhosa(o) ‘ranhosa(o): i)

«ronhoso(a)» significa «que tem ronha»,«malicioso», «velhaco»; este adjetivo éformado a partir do nome «ronha», queé uma doença, uma espécie de sarna, queataca alguns animais; ii) «ranhoso(a)»significa «que tem ranho no nariz» e, emsentido figurado, «manhoso», «de maucaráter», «desprezível»;

• «ovelha ronhosa»: i) esta ex-pressão é usada para referir depreciativa-mente alguém que não é bem aceite numdeterminado grupo ou numa dada família;ii) «ovelha ronhosa» é, portanto, a ex-pressão correta; iii) diz-se, erradamente,«ovelha ranhosa» por confusão com«ranho».

Em síntese:• ovelha ranhosa X• ovelha ronhosa V

ORIUNDO DO BAIRRO PORTUGUÊS EM MONTREALDIRETOR DE OPERAÇÕES DO BANCO DO CANADÁ ORGULHOSO DAS RAÍZES PORTUGUESAS

OTAVA, Ontário – O diretor de O-perações do Banco do Canadá, Filipe Dinis,manifestou-se orgulhoso das suas raízes por-tuguesas, considerando que contribuíram parao seu sucesso profissional.

“Tenho de agradecer aos meus pais. Adecisão de imigrar de Portugal para o Canadánão foi fácil. Tentaram mudar a situação da fa-mília. Na altura era o único filho, o meu irmão

já nasceu no Canadá. Os interesses dos filhosforam sempre muito importantes. Devo mui-to aos meus pais”, afirmou Filipe Dinis, de 51anos, em declarações à Lusa.

Filipe Dinis nasceu na Covilhã, no distritode Castelo Branco, mas está no Canadá desdeos quatro anos, e é Diretor de Operações doBanco do Canadá desde maio de 2014.

A ligação com Portugal, em termos cul-turais e da língua portuguesa, sempre estiverampresentes na vida do luso-canadiano. Após tercrescido num bairro tradicionalmente portu-guês em Montreal (Le Plateau), o luso-canadia-no e seu irmão frequentaram a escola portugue-sa local.

“Devido a essa determinação da culturalusitana, consigo compreender e falar a línguaportuguesa. Tenho muito orgulho e reconheçoessas decisões que foram feitas por mim e pelosmeus pais na altura”, sublinhou.

Filipe Dinis é licenciado pela Universidadede McGill, com um bacharelato em Comércio(1988), mais recentemente, em 2010, concluiuum diploma em contabilidade.

O luso-canadiano quer manter as ligaçõescom Portugal que continuam fortes até porquevisitou recentemente o país de origem, o quelevou a um dos seus três filhos a aprender por-tuguês.

“Eles gostaram muito de Portugal, tantoque o meu filho de 17 anos começou a ter au-las de português e a aprender a cultura portu-guesa. Os outros certamente vão seguir os seuspassos. Ele agora já fala e compreende o portu-guês”, frisou, mostrando-se “muito orgu-lhoso”.

Outra das ligações a Portugal é o futebol,e os filhos, com 17 e 14 anos, e a filha com 10anos, “tiveram uma grande alegria no verãocom a conquista do Europeu de Futebol”.

O Diretor de Operações do Banco do Ca-nadá tem à sua responsabilidade, na instituiçãofinanceira, os recur-sos humanos, servi-ços financeiros, ser-viços jurídicos, o de-partamento de audi-toria, a área da tecno-logia, segurança e aprodução e a distri-buição das notas dobanco, bem como ou-tros projetos que es-tão a ser desenvol-vidos.

A ciber-seguran-ça da instituição tam-bém está na alçada doluso-canadiano, umaquestão muito im-portante e “um riscoreconhecido em ter-mos mundiais”.

“É um risco re-conhecido em ter-mos mundiais. Comrespeito às operaçõesdo Banco do Canadáé a mais alta priorida-de. Temos a respon-sabilidade de prestar a-conselhamento so-bre a resiliência dos

sistemas nacionais de pagamento e li-quidação. Estamos a fazer investimen-tos significativos no que fizemos atéagora para estarmos bem posiciona-dos em lidarmos com a ciber-seguran-ça”, explicou.

No entender de Filipe Dinis, “u-ma organização não deve assumir quetudo está bem”, até porque hoje exis-tem muitos riscos nesta área da ciber-segurança, daí que sugere “ser necessá-rio estarmos atentos e vigilantes”.

Outro dos projetos em que FilipeDinis está envolvido é o museu do Ban-co do Canadá, a ser inaugurado noverão de 2017, num ano em que o Ca-nadá está a celebrar o 150.º aniversário.

“Será um museu interativo paradar a oportunidade aos visitantes por-tugueses e canadianos de aprenderemquais todas as funções do Banco doCanadá. Estamos muito contentes”,sublinhou.

Antes de exercer o cargo de Dire-tor de Operação do Banco do Canadá,Filipe Dinis integrou o gabinete deapoio (Privy Council Office) ao antigoprimeiro-ministro, Stephen Harper,

desempenhou funções como Diretor de Fi-nanças e Comissário Adjunto do Departa-mento Fiscal do Canadá (Revenue Canada A-gency), além de uma passagem pelo Ministériodos Negócios Estrangeiros, entre outros car-gos nos setores privado e público. L P

Filipe Dinis.

Publicidade:(514) 835-7199

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Os 269 anos da chegadados Ilhéus açorianos e o Dia de Reis

• Por Lélia PEREIRA NUNES

OS AÇORES E A INCERTEZA DE 2017• Por Osvaldo CABRAL

Faz parte do Ciclo Natalino a celebra-ção dos Reis Magos. Por toda Santa Catarina,no dia 6 de janeiro, ouve-se cantar dos Ternosde Reis, desde Araranguá no extremo Sul até ahistórica São Francisco do Sul ao Norte. Omesmo ocorrendo na Ilha de Santa Catarina,uma tradição que se mantém viva no coraçãodo ilhéu, seja ele do Pântano do Sul, Ribeirãoda Ilha ou da Lagoa da Conceição, Santo Antô-nio de Lisboa e Sambaqui. Até no distanteoeste, em Chapecó, Concórdia, Caçador e naserrana São Joaquim observa-se a tradição decantar aos Santos Reis. Poderia listar mais deuma centena de grupos que se espalham portodo o Estado, sobretudo, no litoral para oencantamento dos milhares de veranistas quelotam nossas praias e se deliciam com a simpli-cidade de sua cantoria. Alguns grupos são cen-tenários e atravessam gerações – o Grupo daEstrela Guia da Família Martins, de Imbituba,a do Morro da Encantada de Garopaba e daFamília Dias que veio de Tubarão para Blu-menau. Munidos de sanfona, violão, rabeca,pandeiro e tambor os grupos saem às ruas evão de casa em casa anunciando e louvando achegada do Menino Jesus, a Estrela Guia queiluminou Belém e a visita dos Reis Magos.Uma tradição que a alma popular sulina reco-nhece como parte da memória coletiva e marcoda sua história cultural.

Seis de janeiro, dia dos Santos Reis é tam-bém dia de celebrar a chegada dos Ilhéus aço-rianos no Sul do Brasil, há exatos 269 anos.Abria-se um novo capítulo da nossa históriaescrita pelos bravos ilhéus açorianos – das ilhasTerceira, São Jorge, Pico, Faial, Graciosa e SãoMiguel. Os lhéus madeirenses, do Funchal, Câ-mara do Lobo, Ponta do Sol, São Vicente,Machico, começaram a chegar a partir de 1749.

Embora, em menor número, os “Casaesde madeirenses” que se fixaram em Santa Cata-rina, tendo aí descendentes, marcaram a suapresença e sua contribuição está patenteada

na história cultural de Santa Catarina. “À guisade exemplo, cito a família “São Thiago” cujaantepassada, Maria Eugênia Nóbrega de Oli-veira, tem raízes na Madeira e por ancestral opovoador daquele arquipélago – João Gonçal-ves Zarco, bem como o poeta Marcelino Dutra,sua avó paterna era madeirense de São Vicentee sua família chegou a Desterro em 1749 comHenrique Cesar Berenguer de Bettencourt.

Até 1756 foram transportados cerca de 6mil colonos açorianos e 1 367 madeirenses namaior mobilidade humana para o Brasil Meri-dional com o propósito de povoamento den-tro do império português. Miseráveis, analfa-betos, esquecidos e largados à sua própria sortee, mesmo assim, com dignidade construíramo futuro e deixaram a sua herança e todo umimaginário enraizado que se reproduz e se ex-pande pelo Sul do Brasil. Diz a quadrinha deuma cantoria do Ribeirão da Ilha: “Nesta belaIlha encantada/ Moram as fadas rendeiras/Bisnetasdas dos Açores/E também das da Madeira.”

Afinal, o que conhecemos de fato sobreos Ilhéus madeirenses e o seu papel na nossahistória? Não é chegado a hora de dar maiorvisibilidade a sua presença e reverenciá-los antesque desapareçam nas brumas do tempo?

Na verdade, é preciso fazer e com urgênciauma varredura completa por arquivos públicose privados, alguns já cobertos por paranhos,folhas amareladas, cartas quase esquecidas quedesvendem a verdade histórica firmada na me-mória coletiva. De se realizar uma profundainvestigação sobre a presença “dos novosilhéus” e sua real contribuição para o desenvol-vimento cultural e econômico de Santa Cata-rina. Refiro-me aos Ilhéus que chegaram apósgrande epopeia do século XVIII. São os emi-grantes que partiram dos Açores e da Madeira,nos anos oitocentos, atraídos pela caça da ba-leia, pelo desejo de fazer fortuna “na terra dosesquecidos” ou os que emigraram até meadosdo século XX, com a esperança de encontraremno Brasil a sua “Arvore das Patacas”.

Também estes correram atrás dos seus so-nhos, da sua Estrela Guia. L P

O mundo acordou neste novo anocom mais incertezas do que em 2016.

A economia teima em não reanimar naEuropa e agora vai enfrentar o provável prote-cionismo da era Trump, nos EUA, os efeitosdo Brexit, as eventuais mudanças políticas comas eleições em vários países europeus, onde émanifesto o populismo da extrema direita, paraalém da crise no sistema financeiro.

Para agravar o cenário, continuaremoscom a crise dos refugiados, o recrudescimentodos conflitos armados e a provável intensifica-ção de atos terroristas.

Temos, portanto, boas razões para nospreocupar com este caldeirão, propício a umnovo ano que poderá ser devastador.

Como é que os Açores, mesmo longe detanta desgraça, se posicionam perante os no-vos cenários?

A nossa região precisa de investimentosem todas as ilhas, para criar riqueza e empregos.

Até 2020 o quadro comunitário é favorávele devemos aproveitar ao máximo todos os re-cursos ao nosso dispor.

O problema é que o nosso setor privadoestá todo depauperado, por força da crise eco-nómica, da retração dos bancos e pela cultura,errada, que se instalou nestas ilhas, segundo aqual o setor público deve dominar tudo e oprivado submeter-se à boa vontade do poderpolítico.

Basta olhar para a lista dos fundos comu-nitários até agora atribuídos. À parte algunspoucos investimentos privados – e quase to-dos na área do turismo –, o grande domínio édo setor público, que “engole” as maiores quan-tias, muitos deles de duvidosa repercussão naeconomia açoriana.

É só ver o que anda por aí espalhado deempresas públicas sem produtividade alguma,falidas até ao pescoço e que se vão alimentando,sucessivamente, dos nossos impostos e de di-nheiro que deveria ser aplicado em investi-mento reprodutivo.

Não há sinais de que este caminho se alte-re, pelo que o mais provável é que iremos termais um 2017 perdido, tirando o novo fôlegodo turismo.

No Continente, alguns setores produti-vos estão a dar cartas, como a corticeira, o cal-çado, os vinhos e o azeite. E nós, por cá, o quetemos? Empresas públicas com fartura...

Neste novo ano vamos assistir, certamen-te, até às eleições autárquicas, a gastos absurdosem festas, festivais, concertos com artistas defora e à construção de mais algumas rotundas.

Mais: com a nova lei, aprovada pelo PS ePSD, que desresponsabiliza os autarcas, é pos-sível que apareça, novamente, uma vaga de o-bras faraónicas, como as piscinas que não fun-cionam ou o célebre museu de arte contem-porânea, projetado para Ponta Delgada, e quenunca viu a luz do dia, apesar dos balúrdios jápagos.

Noutro setor emergente, a economia digi-tal, apesar de termos a maior cobertura de ban-da larga e a maior penetração no número demoradias com acesso a computador e Internet,não aproveitamos este potencial para negó-cios e investimentos na área da inovação.

Chegamos ao final de 2016 sabendo quesomos os menos produtivos de todo o país,

que temos uma administração pública a absor-ver mais empregos, engrossando a fileira dosmais de 30 mil funcionários que já existem,que temos mais de 7 mil “ocupados”, que so-mos campeões nas listas de espera na saúde,que devemos couro e cabelo aos fornecedorese que a dívida bruta continua a crescer, ultrapas-sando já os 2 mil milhões...

Em termos de investimento exterior, ire-mos permanecer no zero, com a forte probabi-lidade de perdermos mais umas empresas re-gionais para a centralização fora da região, co-mo será o Novo Banco dos Açores (é incrívela passividade do Governo Regional neste pro-cesso, perdendo-se mais uma oportunidade pa-ra termos um banco nosso, envolvendo o teci-do empresarial açoriano).

Até os investidores da nossa diáspora,que deveriam ser a nossa ponta de lança nestaaltura de crise, estão a fugir dos Açores, atraídospelo dinamismo de outras paragens no Conti-nente.

Em vez de “namorarmos” o empresariadorico da nossa diáspora, andamos estes anosenvolvidos em danças de folclore e a alimentarmuitas Casas dos Açores que se resumem ajantaradas e guitarradas.

Veja-se o exemplo de John Melo, um emi-grante que saiu da ilha do Pico com 7 anos deidade, e hoje é Presidente de um potentado bi-otecnológico na Califórnia, a Amyris Biote-chnologies, cotada no Nasdaq, com uma capi-talização bolsista de 185 milhões de dólares.

Este açoriano foi seduzido pelo Conselhoda Diáspora, em Lisboa, e já decidiu fazer umaparceria entre a sua empresa e a UniversidadeCatólica Portuguesa para a criação de um centrode excelência europeu em biotecnologia noPorto, num investimento de 50 milhões deeuros.

Como John Melo, há milhares de açoria-nos espalhados pela diáspora que já desistiramde investir nos Açores, onde só encontramburocracia, desmotivação e uma cultura de con-trolo político, que se tornou numa obsessãonestas últimas décadas de governação.

Pelo mesmo caminho vai o investimentoestrutural, como é o caso dos nossos portos,essenciais num futuro em que o transportemarítimo será a grande estrada das novas eco-nomias.

Não nos preparamos para nada e aindaficamos à espera que os chineses fizessem omilagre de entrar pela nossa muralha dentro.

Os chineses já estão de olho no porto deSines (esquecidos, provavelmente, da Praia daVitória), onde se estão a fazer avultados inves-timentos para o chamado “transhipment”,que representa já 80% da carga contentorizadade Sines.

Há dez anos o Terminal XXI de Sinesmovimentava 20 mil contentores e no anoque agora terminou já ultrapassava o milhão emeio!

Estes contentores, que são descarregadosem Sines para depois serem novamente carre-gados noutros navios, seguindo os diferentesportos e mercados, encontram em Sines umporto competitivo que o fará transformar-senuma espécie de “hub” a nível global.

Era o que os nossos governos regionaisdeveriam ter pensado para os Açores (tanto sefalou na Praia da Vitória ou Ponta Delgada),mas que nunca se mexeram, à espera que a ini-ciativa caísse dos céus...

Também com uma empresa como a “Por-tos dos Açores”, que nem serve para compraruma grua, mudar os cabeços podres, lançarum concurso para entulhar o porto da Hortaou remendar os portos esburacados, como ode Ponta Delgada, como é que podemos irlonge?

Esta falta de visão, impreparação e muitaincompetência política pelo meio, sentenciou-nos o destino mais provável que vamos conti-

nuar a sentir em 2017: ilhas a desertificarem-se, ausência de investimento privado, engordada administração pública, aumento de bene-ficiários do RSI, permanência na cauda dos in-dicadores sociais e do ensino e domínio con-tinuado da dependência do poder público epolítico.

Feliz 2017.Sem ironia...

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Se viajarpara os Açores...

Escolha...

Paulo DuarteSEDE:Largo de S. João, 189500-106 Ponta DelgadaTel.: 296 282 899Fax: 296 282 064Telem.: 962 810 646Email: [email protected]ÇORES

LUSOPRESSE NO INTERIOR DA PALAVRA

20 ANOS DE LETRAS• Por Adelaide VILELA

Para si leitor que acredita que a vontade do Norberto Aguiar,chefe de redação do Jornal LusoPresse, viaja no interior das palavras,siga-nos e leia o que temos para contar deste homem e do Órgão deComunicação que ele representa há mais de duas décadas. Tendo emconta os anos de experiência que adquiriu, nas lides jornalísticas,notamos que se tornou num excelente profissional e grande em-presário. Apesar de todos os predicados que alguns lhe possam re-conhecer, e por mais paradoxalmente que se julgue, foi necessárioempenhar-se como entidade promotora para atingir os seus obje-tivos como cidadão português, nestas paragens. Efetivamente, osseus interesses neste projeto marcaram a diferença, não só pela qua-lidade da divulgação das notícias apresentadas como pelo equilíbrioe seriedade que soube mostrar aos leitores.

Ouvi dizer um dia ao Norberto Aguiar, nascido nas belezas deSanta Cruz (indo ainda menino para Rosários da Lagoa), que demuito jovem sentiu desejo de fundar a sua própria empresa, e atravésdela criar uma segunda família. Naturalmente, referimo-nos ao lequede colaboradores que sempre estiveram a seu lado, agindo com fideli-dade desde o aparecimento do jornal.

Evidentemente, como ele tinha previsto, a estreia do LusoPresseaconteceu em Montreal, no 1º. de dezembro de 1996, com sucessoemanado pelo carinho dos seus familiares, colaboradores e amigos.Reconhecendo a coragem e a determinação deste homem (numtempo em que a emigração diminuiu drasticamente para o Canadá),o seu jornal foi bafejado por pessoas ladeadas de múltiplos talentos,e juntos percorreram nos caminhos da escrita. Importa dizer que,desde que o LusoPresse nasceu o namoro do Norberto Aguiar como seu quinzenário nunca mais acabou. E por crer, bate-lhe no peitoo coração por conseguir dar expressão e mais vida à língua e à culturalusas, mergulhando nas suas origens açorianas. Há muito tempoque o emigrante sabe que, o apego às suas raízes fazem dele um arau-to defensor da sua língua, esteja até nos cantos mais recônditos daTerra. Depois, quando a criação existe reafirmam-se as ideias. E énesta ordem que o LusoPresse encara e respeita as diferentes culturas,presentes na cidade de Montreal, e se adapta a quaisquer realidades, acada edição que vai existindo.

Consequentemente, este sonho realizado por Norberto Aguiar

continua a dar guarida a milhares de palavras, motivando os leitoresde todas as gerações a sentirem Portugal mais perto, estando lon-ge. Apesar de toda a dedicação temos a certeza que a consciênciada missão lhe tenha colocado entre mãos tamanha responsabili-dade, no meio dos constrangimentos que pudessem surgir. Nor-berto Aguiar trabalhou para ser reconhecido nestas terras cosmo-politas de Montreal, onde o Jornal é visto e lido em primeiro lu-gar. O bom é sabermos que vai cruzando veredas e horizontesportugueses onde já é sobejamente conhecido, em vários pontosdo planeta, graças ao seu redator e aos braços e abraços da sua ca-ra-metade, de Anália Narciso que se propôs ajudar o marido até àeternidade. Botando a mão ao coração, o sucesso do Jornal tambémse deve a todos aqueles publicitários e colaboradores que achamque o LusoPresse pode continuar a lutar – para assegurar, a cadadia, o seu lugar ao sol – e conseguir mais valor no palco das letrase da imprensa escrita.

Como nota de conclusão, como colaboradora deste quinzenário,reparo que Norberto Aguiar tem vindo a enfrentar alguns medos queassume sem complexidade. Digamos, volvidos estes vinte anos, Nor-berto ainda consegue reunir interesses e aspirações sem hipotecar o fu-turo do seu Jornal. Salienta ainda que a vontade de continuar assume-sesimplesmente como prestação de serviço à nossa comunidade, emdefesa de língua portuguesa pelo mundo.

Parabéns a todos quantos fizeram do LusoPresse um mundo semfonteiras, nesta terra nova à qual chamamos, Montreal, no Canadá.

Os 15 anos do LusoPresse foram comemorados sob osauspícios do grande Pauleta. Foto de Adelaide Vilela.

L P

O LusoPresse faz 20 anosJornais e jornalistas.

• Por Raul MESQUITA

O conceito da informação, tal comoentendido no dia-a-dia, tem grande importân-cia no meio da sociedade contemporânea. Como aparecimento da Ciência da Informação nosanos cinquenta do século passado, começarama definir-se os moldes em que essa informaçãodeveria ser encarada e transmitida ao público,cada vez mais atento e exigente de qualidade ede veracidade.

É portanto neste contexto que surgiu em1996 o LusoPresse. Conhecendo a fragilidadeda imprensa comunitária, dependente dum co-mércio quase exausto que pouca publicidadeoferece, a interrogação sobre a provável pereni-dade do novo jornal atravessou o espírito dealguns.

É certo que, à partida, o LusoPresse apa-recia com um conteúdo mais rico em infor-mação, como condição básica para o desen-volvimento económico da sociedade lusitana,

a que não foi estranha a natureza digital dasnovas tecnologias porém, as dificuldades demanutenção de qualquer periódico são grandes,obrigando a grandes sacrifícios de diferenteordem da parte dos seus responsáveis.

Desde logo se notaram diferenciaçõesprofundas entre a imprensa escrita existenteno meio comunitário. É que o LusoPresse des-de sempre se definiu como um jornal de con-teúdo, relativamente voltado para a expressãoaçórica na sua componente nacional. À luz doracionalismo, a educação e a pedagogia ocupa-ram lugar de relevo nos seus textos, acompa-nhando a elaboração de mesas de discussão eleitura ou ainda, de actividades lúdicas comemo-rando dias internacionais como o Dia da Mu-lher ou criações artísticas expansivas à socieda-de envolvente.

Mas os jornais são instituições antigascom muitos anos de história, onde se regista-ram ao longo deles consideráveis alterações,não só nos objectivos perseguidos como, tam-bém, nos modos de os atingir. E a populaçãonem sempre sabe fazer a diferença entre umjornal informativo e um periódico populista esectorial. E certos jornais, alguns mesmo decraveira nacional, ficam aquém do que deles seespera. A falta de ética e a desinformação que

difundem abundantemente, faz perder a confi-ança do público, que se dedica então às páginasdesportivas…

Convenhamos que de um modo geral osjornais ou são propriedade de grupos influen-tes geralmente politizados ou, como no casocomunitário, frequentemente por indivíduosque gostam de publicar as suas “verdades” enco-bertas de cor política. E muitas vezes as notí-cias saem deturpadas pela manipulação das cor-rentes sociais e por agências que se enquadramnos grupos partidários, recebendo destes in-fluências e benesses para transformar o debatepúblico na medida dos seus preconceitos e in-teresses. E é aí que o papel do jornalista poderáe deverá ser inclusivo porque deve ser ele a de-nunciar as manipulações avançadas e a não secontentar de difundir, mas sim respeitar a mis-são que tem de dar informação clara e confir-mada como verdadeira.

Não se podem expandir notícias falseadas.O autor de um texto deve ter o cuidado e a res-ponsabilidade de confirmar informações re-cebidas, antes de as difundir para o público.

Esse cuidado tem iluminado o caminhodo LusoPresse, que comemora agora, com umorgulho justificado, o seu vigésimo aniversário.

Longa vida ao LusoPresse. L P

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Club Portugal de Montreal4397, Boul. St-LaurentMontréal, Québec H2W 1Z8

(514) 844-1406

A Direção do ClubePortugalde Montreal deseja àDireção do LusoPresse,a todos os seuscolaboradores, assimcomo aos seus fiéisleitores e anunciantes,votos de outros 20 anosde vida!

ADEUS AO VELHINHO

COMPROMETIDO COM A FRATERNIDADE E A ALEGRIA• Reportagem de Adelaide VILELA (texto e fotos)

Arrastado por ventos e neves frias,vai chegando o Pai Natal montado no seu tre-nó, engalanado de luzinhas a piscar, para queas renas aprendam o caminho sem quaisquerdesvios no céu. Vem carregadinho de brinque-dos para deixar em casa de cada criança, dizemeles e elas com ar de encanto e maravilha. Apequenada vai feliz como nunca, a cada noitede Natal. Entretanto, os duendinhos do Sr.barbas brancas vão fazendo das deles, em todosos cantos por onde passam, no imaginário,certo está. Aqui em casa, como dorme umaprincesa de seis anos, algumas vezes, tambémela acredita que os “lutins” são grandes amigosdas crianças, mas como são malandrinhos:“Fazem maroteiras, mas não é por mal, mami”.Vai murmurando a menina. No quarto dela,por exemplo, punham todos os dias as bone-cas de cabeça para baixo, entre outras asneiras.Contudo, já lá vem o grande dia. O Sol entre-tém-se no horizonte, rola na brincadeira comas estrelas enquanto nasce o Menino Jesus nu-ma manjedoura. Todos os anos, para celebraro nascimento de Jesus, partimos nós para aConsoada e encontramos a mesa recheada detudo quanto é bom mas mau para a elegância.Depois, comemos em demasia até a barrigadizer chega. Mas será que no meio de tanta far-tura paramos uns minutos para pensar nosmilhares de seres humanos que não têm (se-quer) um pão para cada dia? Esses vivem comoJesus nasceu, pobrezinhos. Enfim, a acreditarno que nos fala a Bíblia Sagrada: “Deles será oreino dos Céus”.

O Natal é vívido aqui e ali mas passa. Ago-ra, teremos que esperar pelo próximo renasci-mento. Assim sendo, ainda a medo assomamos primeiros festejos de um velhinho que vaisendo empurrado para dar lugar ao novo ano.A nossa passagem de ano aconteceu com umagrande parte da família e muitos amigos, numespaço colorido e brilhante! Lá fora o cenáriocontinuava branco e gelado mas no interiordo Centro Comunitário do Espirito Santo deAnjou, o ano velho teria feito um compro-misso com a fraternidade e a alegria, para que

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

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nada faltasse no limiar do ano de 2017.Valeu a pena ter saído em direção à passa-

gem de ano do CCES de Anjou. O ambientedeu-nos razão para ficar, e mais ainda para ob-servar aquelas almas que trabalhavam comoformiguinhas incansáveis. Que bem organiza-ram a festa abrindo a alma a belezas tradicio-nais que fascinam a vida dos portugueses dadiáspora. A alegria de viver em família e na so-ciedade são valores importantes que se devemconservar. Então, nada melhor que entrar nonovo ano com boa disposição e eterna felicida-de. Quem chegará ao fim deste ano, só o des-tino o dirá.

Por essas e outras o jovem Kevin Moniztrouxe música para alegrar e dar asas aos sapatosaté às tantas da madrugada. Desejamos que oKevin faça o favor de continuar a viver e a serfeliz. A música trar-lhe-á contentamento, reali-dade e energias positivas. A Sylvie Pimenteltambém nos deu um ar de sua graça cantandoalgumas canções. Parabéns aos artistas mãe efilho. Quanto à última ceia do ano não podiater sido melhor, o Carlos Almeida e a sua exce-lente equipa merecem um galardão por toda aoperação gastronómica. Os pratos chegavambem decorados e com abundância. Depois, da

Em primeiro plano, à esquerda, o presidente do Centro Comunitário de Anjou, Car-los Almeida.

meia-noite os bailarinos ainda puderam lamber os beiços porque haviauma mesa recheada de iguarias deliciosas: comida quente, fruta, bolos ecafé, nada faltou aos convivas.

Aproveito para acrescentar que a realização deste trabalho foi total-mente grátis, tanto eu como o meu marido contribuímos para o jantardo réveillon pagando com cheque, para que não restem dúvidas. Nãobebo álcool, não como carne mas o preço não foi alterado, e assim de-ve ser.

Quanto a comentários, sem apreço algum, não me lembro de tersido desiludida, tão pouco constrangida. Ainda me sinto mais motivadapor honrar os meus princípios, indo ao encontro dos outros, sobretudodos que valem a pena. Quantos se dizem donos de muito e afinal estre-mecemos com tanta falta de criação e de substância artística, respeitantea estruturas humanas ou profissionais. Para quê dar provas de exibici-onismos incoerentes, subtis, sem realeza se o mais importante é afirmaro pensamento e dar a mão à solidariedade, como ponto de partida paraum diálogo de entendimento entre os residentes de quaisquer comu-nidades, principalmente a nossa com mais de meio século de existência.

No limiar deste ano, aproveito para agradecer ao Norberto Aguiare ao jornal LusoPresse pela confiança depositada no meu trabalho, aolongo dos anos. Obrigada pela carta-branca, que preencho com satis-fação apostando com orgulho na cultura do meu País, num Portugalque é nosso mas vive longe, no centro da Europa. Este trabalho que fa-ço considerando o de outros, juntos criamos possibilidades infinitaspara que a língua de Camões se engrandeça e defina cada português nes-tas grandiosas terras do Norte da América.

A todos um Ano de 2017 com renovadas e sucessivas alegrias.L P

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Amir KhadirAmir Khadir

Député de Mercier

[email protected]

1012 av. du Mont-Royal E, bur 102

T: 514-525-8877

Bonne et heureuse

année 2017 à

toute la

communauté

portugaise et

longue vie au

journal Luso Presse

qui nous informe si

bien depuis

maintenant 20 ans!

Bom e Feliz Ano de

2017 a toda a

Comunidade

Portuguesa.

E longa vida ao

jornal LusoPresse

que nos informa

muito e bem desde

há 20 anos!

$699round trip

Includes $546 fare, $153 taxes

BarcelonaToronto Campaign conditions:

Sales until January 31st, 2017;Travel from March 29th to June 30th and fromSeptember 01st to October 28th, 2017;Limited number of seats.

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Parabéns, LusoPresse! Ecos da Memória por margens do Atlântico.

O DIA EM QUE ME ALISTEI NA EQUIPA DO LUSOPRESSE• Por Jules NADEAU

Nesse dia de dezembro de 1996 regressava deToronto. Rolando a minha mala de viagem caminheirapidamente do terminal do autocarro para o HotelLord Berri para chegar a horas. Tinha sido convidadopara a cerimónia de abertura de um novo jornal. Entreina grande sala do hotel como um viajante que chega delonge. Perguntava-me se não iria encontrar-me só comoum estrangeiro.

Porquê este convite português para mim? Em par-te, porque trabalhava então na Rádio Canadá sobre aretrocessão eminente de Hong Kong à China. Mas ti-nha acrescentado um segmento completo sobre Macaupara explicar o prazo de 1999. Tinha aí recolhido belasimagens sob os conselhos de Amílcar Martins, que co-nhecia o enclave como a palma da sua mão: uma pre-ciosa colaboração entre nós.

Uma entrega de fotosHá 20 anos atrás não havia Internet e o Amílcar

tinha-me pedido para trazer para Montreal fotografiasque deviam ilustrar o seu primeiro artigo para o Luso-Presse. Anália Narciso tinha então vindo buscar o preci-oso envelope à receção da Rádio Canadá. Apenas otempo de nos dizermos bom dia. Ainda não conheciao seu marido Norberto, nem os seus três sócios de ne-gócios: Tony de Viveiros, Manuel Puga e Luís Soares.Ainda menos o dedicado pastor Felizardo Neves queiria agir como diretor da publicação.

Boa surpresa! Ao examinar os rostos no LordBerri, achei-me em terreno conhecido. Via com grandeprazer Amadeu Moura e a sua mulher Odília Ramos.Neste caso, o nosso primeiro encontro datava já de 22anos. Por um acaso, tínhamo-nos cruzado numa repar-tição do governo em Lisboa durante os acontecimentosdo 25 de abril de 1974. Tinham bastado algumas frasesde apresentação (Canadá? Sim! Quebeque? Sim! Mon-treal? Sim! Que rua…?) para que nos tornássemosamigos.

Voltámos a ver-nos por ocasião de eventos da co-munidade em Montreal. Amadeu tornou-se assim aminha referência nas coisas portuguesas. Entre outraspessoas minhas conhecidas, o notário Arlindo Vieiraque já tinha encontrado em assembleias do PartidoQuebequense.

Mas onde estava então o primeiro número dessefamoso jornal? «Ainda não estava impresso. Não vaidemorar. Mas a primeira página está exposta ali à entra-da», explicam-me. Com efeito, a maquete do bebé figura-va em lugar de honra. A foto do cônsul de então, JoséEduardo Salcher Fernandes de Oliveira, decorava a pri-meira página. Aproximei-me então do diplomata parajustificar a minha presença nesta assembleia 100% lusó-fona. «Chego de Macau onde fiz inquérito sobre os úl-timos anos da administração portuguesa», esforcei-meeu de explicar insistindo sobre o meu apego a este bal-cão europeu. Algumas frases pontuadas pelos nomesde pessoas da cimeira, como o do governador VascoRocha Vieira.

As boas palavras do cônsulEsta primeira troca (duma série de várias) foi muito

amistosa. Recordo-me bem, o diplomata confessou-me nunca ter estado na Cidade do Nome de Deus. Poroutro lado, estava bem ao corrente por causa de laçosde parentesco com um dirigente local. Provavelmenteo governador de Macau. Uma coisa é certa, esta curtaconversa confirmava-me que estava em território amigono estabelecimento que dirigia na altura o hoteleiroManuel Puga. De facto, não me admirava pois que asminhas relações com os Portugueses em todo o ladotinham sido sempre calorosas.

Nas semanas seguintes, precisei de me concentrarsobre as imagens de «Um Canadiano em Hong Kong».Um trabalho doido! Com Jean-François Coulombe, tí-nhamos filmado como loucos durante dias e dias nosdois territórios em transição. Por uma paga ridícula. Mascom os encorajamentos do jornalista Pierre Nadeau quenos falava duma «aventura enriquecedora… sobre o planojornalístico». Depois, durante os feriados das Festas, ho-ras intermináveis nas salas de montagem da Rádio Canadá.Em todo o caso, nós os dois fomos produtivos com umP maiúsculo. Sem esquecer Macau!

O meu trio: Amadeu, Amílcar e NorbertoNesse dia de inverno de 1996, a ideia de escrever pa-

ra o chefe de redação Norberto Aguiar não me veio sequerà ideia. Decerto bons reencontros e a lembrança de algunstrabalhos de freelancer para Québec-Presse e Le Jour so-bre a comunidade, mas nada mais.

Com o passar do tempo, fui ao local da rua Saint-Jo-seph e aprendi a conhecer de perto os artesãos do jornal.Ora, a vida depende muito das relações pessoais, das re-lações de amizade. Depois de ter simpatizado com Ama-deu e Amílcar, facilmente desenvolvi laços de fraternidadecom Norberto. Nós estávamos no mesmo comprimentode onda para falar da profissão.

O meu começo como colaborador regular do jornalperde-se na minha memória. As datas e os assuntos?Uma coisa é certa, eu não podia escrever na língua de Ca-mões. Norberto foi assim o meu primeiro tradutor. Comas palavras tranquilizadoras de Amílcar: «Está bem tradu-zido». Com o tempo, de um texto a outro, de uma reporta-gem a outra, fui-me deixando alistar. Os meus artigoseram sempre publicados, mesmo se eu nem sempre tinhaa certeza de ter escrito bem. Última etapa, agora, tornei-me completamente dependente das fiéis traduções deVitória Faria. Como uma Jeanette (ou jovem escuteira),sempre pronta a se debruçar sobre a minha prosa.

Entretanto, voltei a Lisboa, aos Açores e a Macauvárias vezes. Estadias de trabalho e de reportagens sufici-entemente longas para me permitirem mergulhar a fundona cultura do país. Em todo o caso, as minhas preferênciasmuitas vezes renovadas. Simples cálculo, 22 anos entre o25 de abril de 1974 e o lançamento do LusoPresse, depois20 no jornal. Total de 42 anos. Pensando bem, no fimdeste longo périplo, confesso que não teria caminhadotanto tempo sem a amizade espontânea de Amadeu, deAmílcar e de Norberto. O meu trio português.

Durante todos os meus anos de jornalismo, tive ahonra de encontrar e de entrevistar um certo número defortes personalidades. Algumas na Ásia, outras no Que-beque, como René Lévesque, cuja recordação me é muitopreciosa. Do lado lusófono, houve homens políticos,universitários, desportistas, músicos e escritores célebres.Basta-me citar aqui um único nome tirado da atualidade,o do presidente Mário Soares com quem um dia troqueialgumas palavras e que me dedicou (finalmente) o seumanifesto: «Le Portugal baîllonné». Uma recordaçãoinesquecível! L P

Neste janeiro que apressado caminha para seu final, inaugu-rando o ano de 2017, será celebrado na comunidade lusa do Canadá,sobretudo, os açorianos - este povo errante que se espalhou por todasas latitudes, atravessou o oceano levando as ilhas dentro de si – o ani-versário de 20 anos do Jornal LusoPresse. Fundado a 1° de dezembrode 1996 para ser voz forte, altaneira, por terras da província de Quebece que, pouco a pouco, alcançou outras paragens se fazendo ouvir entreos Meios de Comunicação Social pelo mundo afora e contribuindo pa-ra a partilha da cultura portuguesa e sua sobrevivência dentro do mosaicomulticultural que compreende a sociedade canadense.

O LusoPresse e seus leitores festejam, merecidamente, 20 anos dereconhecida e memorável trajetória, escrevendo sua história de prota-gonismos de muitas lutas e conquistas, assinando a história coletiva deemigrantes na terra de acolhimento. Seguramente, tem sido uma via deconhecimento do fenômeno migratório português pelos espaços dagrande nação canadense.

Junto minha palavra a tantos outros colaboradores que tem o pri-vilégio de publicar nas suas páginas para comemorar a realização dosonho visionário de Norberto Aguiar. Corro por caminhos da memóriaa cirandar de umas para outras lembranças vivas que, nestes últimos oi-to anos, acompanhei na condição de leitora e colaboradora. Uma pro-gramação intensa, aberta, voltada para a comunidade em que se inseree não só. Basta abrir suas páginas para perceber o LusoPresse como in-delével instrumento de difusão cultural e o espírito inovador que abraçatoda sua equipe a ecoar por alargadas fronteiras desde Montreal até aLagoa, na Ilha de São Miguel – com direito a uma “esticada afetuosa”pela Ilha de Santa Catarina.

Hoje, vivemos um novo amanhã do querido LusoPresse quecontinuará na sua caminhada a espelhar a multiculturalidade e os senti-mentos de seus leitores que carregam, de geração em geração, no seu jei-to de ser, de estar, de bem viver , nos seus usos e costumes a identidadecultural da comunidade.

Viva, ao Luso Presse!

Florianópolis,15/01/2017Lélia Pereira Nunes,Florianópolis, Ilha de Santa Catarina.Brasil.

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Parabéns LusopresseA CAIXA PORTUGUESA FELICITA O JORNAL LUSOPRESSE PELOS SEUS 20 ANOS DE EXISTÊNCIA AO SERVIÇO DA NOSSA COMUNIDADE!

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CRÔNICA DE NATALNão há mais “Nós”, apenas “Eu”.

• Por Lélia PEREIRA NUNES

Por minutos, que me pareceram umaeternidade, fiquei silenciosa segurando umaantiga bola de Natal, rósea, brilho esmaeci-do, frágil com uma singela magnólia brancapintada. Estou só no meio da sala tentandomontar e enfeitar a nossa árvore. Na verdade,há dez dias estou neste “chove e não mo-lha”. Um vazio enorme e o sentimento su-focante do ato solitário não me deixam avan-çar na tradicional tarefa, ornamentando eenvolvendo cordões de pequeninas lâmpa-das “pisca-pisca” no pinheiro para cintila-rem, suavemente, tal qual vagalumes em noi-tes de verão.

Estou a ponto de desistir de tudo. Re-lanceio o olhar sobre as caixas à minha voltacheias de enfeites colecionados ao longodos anos. As lágrimas temperadas de sauda-de teimam lavar a cara. Como é duro superara partida do companheiro que, por quase 50anos, foi parte de sua vida. Tudo mudou.Nem o meu estado civil é o mesmo. Não hámais “Nós”, apenas “Eu”.

Espanto a tristeza e volto às bolas eenfeites de Natal espalhados pelo chão, opinheiro para montar e um velho presépiopara armar como manda a tradição, sem a fi-gura do Menino Jesus que será entronizadana Noite Santa e os Reis Magos a seis de Ja-neiro. Uma manifestação cultural cultuadano seio da família com benditos em louvorao Menino-Deus nascido, que no ventre deMaria nove meses andou escondido, consa-grados pela tradição popular. A festa mesmasó começava no Dia de Santos Reis, quandoos “Ternos de Reis” ganhavam as ruas, can-tando de casa em casa, a chegada do MeninoSalvador do Mundo. Aliás, a primeira notíciasobre a celebração do Natal e Ano Novoem Desterro foi publicada no Jornal “OMercantil” na edição de 1° de janeiro de 1868.

Enfim, começo enfeitar a nossa Árvorede Natal de 2016.

As bolas antigas, de vidro, pertenceramà minha mãe. Alguns enfeites são do nossoprimeiro Natal, em 1970. Outros, por seusignificado cultural e arte trouxemos das mui-tas viagens, como as bolas pintadas à mãode Amsterdam e Heidelberger, a guirlandade Viena, a pesanky de Budapeste ou a lapi-nha e o Menino Jesus dos Açores. Vasculhoreminiscências de outros natais. Sem me darconta, estou revisitando a nossa história devida ao longo de quarenta e seis anos. Umaespécie de memory revival trazendo intensasfatias da vida vivida ou uma coleção de mo-mentos. Lembranças indeléveis que a me-mória deixa fluir em visões do tempo.

Não é preciso acrescentar mais nada,apenas deixo sequestrar o meu coração, mer-gulho no espírito natalino que o tempo a-proxima e trato de acreditar que esta é a mi-nha nova fórmula de felicidade. Oxalá pelavida afora!

Do Poema de Natal de Vinicius de Mo-raes recorto um fragmento – “da morte,apenas Nascemos, imensamente”.

Florianópolis , 20 Dezembro de 2016.L P

20 ANOS +• Por Manuel CARVALHO

Quando há 20 anos o LusoPresse viu a luz do dia muitoslhe vaticinaram curta e inglória vida. A razão mais apontada e con-vincente era a saturação de jornais já existentes numa Comunidadeeconomicamente em transição e, consequentemente, com um ma-nancial publicitário, vital para a boa saúde duma publicação destegénero, cada vez mais limitado.

Em certa medida os cépticos desse tempo estavam certos. Sefolhearmos as páginas do primeiro número rapidamente nos aper-ceberemos que, por diversas razões, uma grande parte dos comér-cios anunciantes de então já fecharam portas, dando lugar a outrosestabelecimentos mais abrangentes, menos dependentes da clien-tela de origem portuguesa, e por conseguinte, o espaço de manobrados nossos órgãos de comunicação é, cada dia que passa, mais afu-nilado e restrito.

Mas não é só com a frieza dos cálculos aritméticos que se tece avida e se extrapola o futuro. Há factores mais importantes e decisivosa ter em conta. Factores tão diversos como a perseverança, o amorà língua portuguesa, a ânsia de alcançar mais rasgados horizontes, a“carolice”, para só mencionar alguns dos mais relevantes.

Desde a primeira hora, o que me seduziu e levou a aderir aoprojecto foi o espírito visionário e a pitada de salutar “loucura”que animava o Norberto Aguiar, a alma mater da nova publicaçãoque surgiu como uma lufada de ar fresco a agitar as águas adorme-cidas da imprensa comunitária, ao tempo sem fôlego e pouco am-biciosa, que caíra num sensaborão rame-rame de corta e cola ou deexaltação hiperbólica e repetitiva de festas e bailinhos dos fins-de-semana.

Ainda hoje recordo a festa de apresentação do primeiro nú-mero. Nessa noite, com as emoções à flor da pele, sensibilizadopela atmosfera calorosa, pressenti e reconheci que, contra todosos presságios, afinal ainda havia espaço para o surgimento de maisum jornal na comunidade.

Impulsionada pelo mesmo espírito, com o sangue na guelra, aequipa que se reuniu, entusiasta, ao redor do projecto, arregaçou asmangas, era evidente a sede de inovar, de fazer diferente, de trazer àluz da ribalta uma panóplia de “temas actuais” imprescindíveis paraa caracterização e aprofundamento da nossa identidade colectiva.

Desde então muita água correu no rio da vida. Com o correrdos anos, fruto das mais diversas circunstâncias, a maioria dos co-laboradores iniciais, eu próprio incluído, dispersou-se, seguiu ou-tros rumos e caminhos.

O perfil da própria comunidade também se alterou. Assiste-se, presentemente, à emergência de novas dinâmicas transforma-doras, a integração na sociedade de acolhimento das gerações maisnovas é inegável e imparável, o que acarreta um certo desvaneci-mento dos antigos valores e a uma reformulação de objectivos eprioridades. As consequências desta evolução são visíveis e ine-xoráveis e os órgãos de comunicação existentes que pretendamcontinuar a assumir-se como o espelho fiel da comunidade multi-facetada actual terão de se readaptar, de ajustar o seu conteúdo in-formativo e de optar por novas estratégias de aproximação às ge-rações mais novas agora com interesses muito diferenciados, quan-do não antagónicos, dos progenitores.

Não obstante todas estas profundas transformações a queassistimos do tecido social, económico e cultural da comunidade,o certo é que passados vinte anos, e aqui é preciso reconhecer omérito dos seus responsáveis, com maiores ou menores dificul-dades de percurso, o LusoPresse, com um leque de colaboradoresde boa qualidade que alimentam regularmente as suas páginas comuma panóplia de artigos diversificados e actualizados, tem conse-guido preservar o interesse das diversas camadas de leitores. E, ful-cral, tem mantido a vitalidade e o entusiasmo suficientes pa-ra, co-mo tudo leva a crer, continuar atento e à escuta dos anseios da co-munidade, para não se deixar fossilizar e continuar a enfrentar,com denodo e vigor, os novos desafios que se apresentarão nofuturo.

Por tudo isto, pelo labor continuado que tem desenvolvidoem prol da preservação e divulgação da língua e da culturaportuguesas nestas paragens, O LusoPresse merece, com toda ajustiça, o reconhecimento e o apoio da Comunidade. L P

EDITORIAL...Cont. da pág 1

ter sido o timoneiro que soube pilotar a nau através todos os escolhos.Como editorialista desta publicação desde há mais de 10 anos, te-

nho tido o privilégio de lidar com o Norberto de bem perto e de mesentir completamente à vontade para usar este espaço para lhe prestaruma singela e sentida homenagem pelo trabalho que ele tem vindoprestar à comunidade, muitas vezes em prejuízo dos seus próprios ejustificados interesses pessoais.

Conheci o Norberto Aguiar quando eu era diretor-adjunto e chefe deredação do jornal A Voz de Portugal, de que era também coproprietário.

Nessa altura o Norberto interessava-se sobretudo pelo desporto,disciplina de que nunca fui grande adepto. Esta minha lacuna justificouque o convidasse para os quadros daquele semanário. E o Norbertopassou, em pouco tempo, a ser uma figura central daquela redação, indomuito para além das páginas do desporto. Foi um impulsionador, umvisionário quanto ao papel que a imprensa étnica deveria assumir emterras de imigração. Dos torneios desportivos aos concursos e sarausde poesia, Norberto Aguiar deitou mão de tudo quanto podia impulsi-onar a vida cultural da comunidade. Isto não obstante várias e sériasoposições de outros membros influentes no seio do jornal.

Quando deixei A Voz de Portugal, logicamente que o NorbertoAguiar foi assumir as minhas funções de chefe de redação, para as quaisestava devidamente preparado e motivado.

Infelizmente muitas das suas iniciativas foram cerceadas por quemmais o devia ter apoiado.

Anos mais tarde, ele decide também deixar aquele jornal.Havia nele o desejo de fazer uma publicação diferente, menos co-

mercial, mais voltada para a juventude e para a cultura local. Fazer umjornal que não fosse um retrato nostálgico do país de origem, mas umjornal que falasse do seu enraizamento à nova terra de arribagem. Istosem esquecer, ça va de soi, as nossas origens, a nossa língua, a nossacultura. Muito pelo contrário, quiçá movido pelo moto que não se po-de amar o alheio sem se amar a si mesmo em primeiro.

Foi assim que nasceu este jornal que tendes agora nas vossas mã-os. Um jornal que foi sempre para além da simples iniciativa redatorial,e que se tem lançado ao longo de toda a sua existência na promoção deatividades tendentes a dinamizar a comunidade. Desde o espaço jovemdo início, ao dia da mulher, sublinhado anualmente com as mais diversasiniciativas, aos colóquios sobre cultura, língua e jornalismo, o LusoPres-se tem-se assumido como um fermento na massa.

Mesmo quando mal compreendido, como foi o caso quando sedecidiu a facilitar a criação da Casa de Portugal para a qual tinha emprega-do toda a energia de que fora capaz. Não obstante a isenção e transpa-rência mostradas, a adesão voluntária e decisiva das forças em presença,a iniciativa foi assassinada por forças ocultas que puseram os seus inte-resses ou egos acima do interesse comunitário. Mas não foi este revéssuficiente para fazer desanimar o LusoPresse. E nunca as forças obscurase caciqueiras serão de talhe a fazê-lo recuar.

Evidentemente que no alvor da nova era americana de DonaldTrump, da xenofobia galopante europeia bem expressa no Brexit ouna ascensão dos partidos nacionalistas do velho continente, este peque-no, mas tenaz órgão de informação, vai ser chamado a pronunciar-sesobre novos temas e novos desafios.

O contexto sociopolítico de hoje não é o que era há vinte anos.Há vinte anos não havia as redes sociais, a Internet só era usada pormeia dúzia de carolas.

Hoje, sobretudo com o Facebook, a maioria das pessoas alimenta-se diariamente de notícias de toda a parte do mundo, ora de amigos lon-gínquos, ou do Zé Ninguém do outro lado da rua, por vezes de fontesseguras, mas as mais das vezes de fontes mais que duvidosas.

Este é o nosso grande desafio para os anos vindouros. Como conti-nuar a fazer um jornal viável, continuamente respeitador da verdade dosfactos, da isenção das ideias, desenfeudado das ideologias e das modas?

Não esqueçamos que Donald Trump deve muito da sua vitória àsredes sociais. Às falsas notícias, aos rumores bem fabricados, às insinua-ções mal-escondidas, embrulhadas em meias verdades grandes mentiras.O mesmo se pode dizer da vitória do Brexit na Pérfida Albion.

Vai ser preciso muita coragem, acreditem, para poder continuarnesta senda de jornalismo comprometido com a verdade, a isenção epoder oferecer aos nossos leitores uma face da realidade honesta eobjetiva que os ajude e nos ajude a compreender o mundo em que vive-mos.

Contemos com o Norberto Aguiar como timoneiro para poder-mos seguir neste rumo.

Parabéns ao LusoPresse. Parabéns ao seu editor. L P

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A POLÍTICA PARA AS COMUNIDADES: PRESTAÇÃO DE CONTASPassado um ano sobre o exercício de

funções de responsabilidade política relativasàs comunidades portuguesas é tempo de prestarcontas deste primeiro ano, com a noção muitoclara de que há um longo caminho a percorrerpara ir de encontro àquelas e àqueles que man-têm Portugal no coração. Os bons resultadosserão o efeito da boa cooperação de todo ogoverno e de toda a administração pública.

A primeira prioridade teve a ver com aproteção e o apoio consulares vertida na tenta-tiva de estancar a perda de recursos, no inícioda reposição dos meios humanos e no esforçode modernização. Um processo que vai ter ex-pressão significativa em 2017. Destaco tambéma avaliação e revisão das jurisdições consulares,trabalho já publicado em Diário da República.E fechámos, com sucesso, um acordo extra-judicial com o Sindicato dos TrabalhadoresConsulares relativo a perdas salariais no Brasil,que se arrastava há vários anos.

Quanto ao esforço de modernização, su-blinho o processo de migração de dados parauma base centralizada em Lisboa e que permi-tirá o ato único de inscrição consular; a criaçãodo “espaço do cidadão” nos postos consulares;o lançamento de uma aplicação para telemóveldestinada a garantir aos portugueses que seencontram em mobilidade um acompanha-mento e uma proteção consulares mais adequa-da ao conjunto de novos desafios do mundoglobalizado.

A segunda prioridade está relacionada comos esforços destinados a promover o ensino

da língua portuguesa no estrangeiro. O traba-lho e os resultados que têm vindo a ser alcan-çados, num esforço de muita dedicação dosfuncionários do Instituto Camões e dos pro-fessores e coordenadores do português, pro-cura garantir a valorização da língua enquantolíngua de herança e de vinculação pátria e, aomesmo tempo, promover a integração da lín-gua nos sistemas de ensino dos países de aco-lhimento, como língua internacional. Tendoem vista incentivar e mobilizar os seus profis-sionais, introduzindo mais confiança no siste-ma, conseguimos fechar o acordo com noveestruturas sindicais para a constituição de ummecanismo definitivo de correção cambial epromovemos um outro acordo com quatrosindicatos para a revisão de alguns dos elemen-tos do Regime Jurídico do Ensino do Portu-guês no Estrangeiro. Por último, temos já pron-ta a arrancar em janeiro a plataforma “portuguêsmais perto”, numa iniciativa conjunta do Ins-tituto Camões com a Porto Editora e que visagarantir a oferta do português aos filhos dasfamílias que se encontram em mobilidade.

A terceira prioridade diz respeito à defini-ção de novos critérios e de novas regras deapoio ao movimento associativo. O novo re-gulamento vai ser publicado e procura promo-ver o rejuvenescimento das associações, identi-ficando e apoiando redes de luso-eleitos, jo-vens estudantes, investigadores, professores,e outros trabalhadores e estimula a sua relaçãocom o movimento associativo mais tradicionale de carácter social, cultural e recreativo; propo-mo-nos apoiar mais as iniciativas que valo-

rizem a igualdade de género e de oportunidades;valorizar as ações de solidariedade, e, ainda, asiniciativas que contribuam para a cidadania,com destaque para o recenseamento e a parti-cipação eleitoral.

A quarta prioridade esteve relacionadacom o lançamento dos gabinetes de apoio aoemigrante (GAE’s) de nova geração. Cum-primos todos os objetivos: criámos 31 novosgabinetes (aumento de 30%). Em todo o ter-ritório nacional, do Norte, à Grande Lisboa,ao Alentejo e ao Algarve. Com o apoio daANMP e da ANAFRE. Relançámos o Gabi-nete de Apoio ao Investidor da Diáspora(GAID) e integrámos a sua missão no con-texto dos GAE. Desde abril, conseguimosidentificar cerca de sete mil empresas e realizá-mos em Sintra o I Encontro dos Investidoresda Diáspora que juntou perto de 300 repre-sentantes oriundos de todo o mundo.

A quinta prioridade, e considerando a ne-cessidade permanente de manter um diálogocom os representantes das diferentes comuni-dades, reforçámos a constituição dos conse-lhos consultivos dos postos consulares e di-plomáticos e organizámos todo o processorelativo à constituição do Conselho das Comu-nidades

Por último, e como sentimos ser necessá-rio escutar e dar voz, de modo sistemático, àscomunidades e aos seus principais representan-tes, lançamos a iniciativa “diálogos com a co-munidade”. Todo o governo se mobiliza para,olhos nos olhos, escutar e procurar respondercom opções de políticas públicas a essas in-

quietações. O primeiro exercício foi realizadoem Bruxelas e o próximo será em Londres.

Muitos outros esforços foram empreen-didos em diálogo com a administração interna,com a justiça e com a modernização do Estadoprocurando garantir aos portugueses no mun-do outras condições de partilha dos valoresnacionais, como ocorre a propósito da Lei daNacionalidade, do recenseamento e da partici-pação eleitoral.

José Luís Carneiro, Secretário de Estadodas Comunidades Portuguesas

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Página 1719 de janeiro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Programa PassaporteJá abriram as inscrições para a segunda edição

As inscrições para a segunda edição do programa Passaporte, que a Academia Portuguesade Cinema lançou em 2016 com o objetivo de contribuir para a “internacionalização” dosatores portugueses, já se encontram abertas, estando as informações disponíveis no site http://www.academiadecinema.com/2017-2/

Para poderem participar os candidatos têm que reunir um conjunto de requisitos, entre osquais o domínio de línguas estrangeiras, serem membros da Academia Portuguesa de Cinema eterem interesse numa carreira internacional.

O processo de seleção irá decorrer nos próximos dois meses. Os candidatos que forem se-lecionados terão oportunidade de participar na segunda edição do programa que decorre entreos dias 23 e 27 de abril, em espaços emblemáticos da cidade de Lisboa, entre a Sé e o Castelo.

Segundo Patrícia Vasconcelos, diretora de casting e mentora do projeto, “O programa Pas-saporte de 2017 contará com a presença de prestigiados Diretores de Casting do México, Ar-gentina, Colômbia, Brasil e Espanha, para além de alguns que estiveram presentes no ano pas-sado, neste que será o ano em que Lisboa é Capital Ibero-americana da Cultura. Os resultadosque temos vindo a ter com a experiência do ano passado deixam-nos otimistas para a ediçãodeste ano.”

Brevemente serão divulgados os nomes dos Diretores de Casting e dos atores portuguesesque vão participar no programa, assim como a agenda das iniciativas que vão decorrer no mêsde abril.

Na primeira edição do Programa Passaporte inscreveram-se cerca de 270 atores, mas apenas40, selecionados previamente por uma comissão da Academia, participaram em várias entrevistas,onde tiveram a oportunidade de dar a conhecer o seu trabalho. O ator Albano Jerónimo ganhouum lugar na quinta temporada da série Vikings e foi um dos frutos colhidos da estreia deste pro-grama.

Mais informações em http://www.academiadecinema.com/2017-2/Consulte os vídeos da primeira edição em https://vimeo.com/197917556;https://vimeo.com/197921488; https://vimeo.com/197922653;Consulte as imagens e os anexos no link https://we.tl/gNC8374WBVPara mais informações contactar o gabinete de imprensa da Academia: Sara Clara / [email protected] / 21 391 66 05 / 93 781 4430Isa Martins / [email protected] / 21 391 66 00 / 93 604 0904www.jervispereira.pt

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MENSAGEM20 anos Jornal LUSOPRESSE

• Por Cristina CALISTO*

O concelho da Lagoa mantem umageminação de 23 anos com a Ville de Sainte-Thérèse, no Canadá.

Esta geminação, que se assume acima detudo como um pacto de profícua amizade temsido um motivo de orgulho, uma vez que, acomunidade de Sainte-Thérèse acolheu umaparte significativa de lagoenses, que aí se fixa-ram para viver, melhorar e refazer as suas vidas.

O Canadá foi um país que soube receberos emigrantes açorianos e, em boa hora, aolongo dos anos a nossa comunidade emigran-te, teve a capacidade de se afirmar e integrarnas atividades políticas e sociais do país, atravésdo seu trabalho e dinamismo, sem colocar departe a afetividade pela sua terra natal.

Um claro exemplo dessa afirmação emterritório canadiano foi, sem dúvida o sr. Nor-berto Aguiar com a criação do jornal Luso-Presse.

O jornal LusoPresse, desde logo, se assu-miu como um meio de comunicação e instru-mento de divulgação social no seio da comuni-dade lagoense, espalhada por Sainte Thérèse earredores, graças à notável audácia e forma visi-onária com que este emigrante se afirmou naárea da comunicação social, permitindo, desdelogo a envolvência com a comunidade lagoenseno Canadá.

Este jornal comemora 20 anos de existên-cia! 20 anos de grande relevância na manuten-ção desse património de amizade e elo de afe-tividade que une a comunidade lagoense e aço-riana no Canadá.

Através deste jornal o município da Lagoatem tido a oportunidade de reforçar a sua liga-ção com a comunidade lagoense residente noCanadá, através da troca e partilha de ideias eacontecimentos.

Em nome de todos os lagoenses felicitoo jornal LusoPresse, na pessoa do sr. NorbertoAguiar e de todos os seus colaboradores pelaexcelente colaboração, prestação e trabalho de-senvolvido em prol dos laços que unem asnossas comunidades e que estou certa continu-arão a unir por muitos mais anos.

É com este espírito de amizade, aproxima-ção e partilha que estou convicta de que pode-mos continuar a contar com o sr. NorbertoAguiar e com a LusoPresse no serviço ativoentre as nossas comunidades, preservando epromovendo a memória coletiva junto das no-vas gerações, que terão a nobre missão de, futu-ramente continuar a manter este patrimónioque nos une.

* Presidente da Câmara Municipal deLagoa, Açores

A EUFORIA DO TURISMO• Por Osvaldo CABRAL

Vai por aí uma grande euforia com os números do turismo.Estivéssemos com a mesma sensação nos restantes indicadores

da economia, do emprego e da educação, e esta região seria outra.Estamos a bater recordes no turismo, mas é preciso não esquecer

que temos muito trabalho de casa que não foi feito no setor, que nemtão pouco se preparou para esta avalanche.

Como previmos há muito, vamos fechar o ano de 2016 com maisde um milhão e meio de dormidas, o que é um crescimento altamentepositivo, mas estamos ainda muito aquém de outras regiões turísticasdo país, mesmo as que menos crescem, como o Alentejo, que há muitoultrapassaram aquele número.

Só a nossa vizinha Madeira já vai com quase sete milhões de dor-midas e concordo que não podemos fazer comparações, mas não deixade ser verdade que devíamos aprender muito com os aspetos mais po-sitivos madeirenses, a começar pela formação e cultura turística.

Nos próximos dez anos a Madeira vai construir mais mil camas,passando das atuais 39 mil para 40 mil, com taxas de ocupação na or-dem dos 70% e com um Revpar a crescer 16%, apostando cada vezmais na qualidade dos serviços, para não cair nos mesmos erros dosanos 90.

É que os madeirenses também experimentaram esta euforia queagora sentimos por cá, e pagaram-na bem cara, saindo dos erros quaseduas décadas depois.

Os Açores precisam de uma estratégia muito bem pensada para o se-tor, mas o que mais se vê por aí são estudos e mais estudos e uma enormedesorientação que já vinha de governos e governantes anteriores.

A moda agora é transformar casas de moradia em alojamentos lo-cais, começando a proliferar nalgumas ilhas um serviço que pode nãoser o mais adequado para a imagem que pretendemos transmitir aosque nos visitam.

Esta euforia também foi sentida, ainda há poucos anos, nalgumasregiões do continente, mas agora está a ser esfriada com as novas me-didas aprovadas em Orçamento de Estado e regras mais apertadas parauma atividade que parecia descontrolada.

O alojamento local foi um dos fatores para a inflação no mercadoimobiliário desde 2014, com um impacto de 30,5% no preço das casase de mais de 13% nas rendas, tal e qual como está a acontecer agora en-tre nós, sobretudo em S. Miguel e Pico, ilhas que mais cresceram na ati-vidade do alojamento local.

Se, por um lado, podemos estar a exagerar na oferta, com problemasa enfrentar no futuro, por outro está-se a destruir o mercado imobiliáriode procura interna, também com consequências sociais e na própriaeconomia regional.

Só para termos uma ideia do crescimento deste setor, de janeiro asetembro de 2016 tínhamos na região 708 alojamentos locais, quandoem 2015 eram 509 e em 2014 apenas 161, um crescimento de 39% noúltimo ano e de mais de 100% em relação a 2014.

S. Miguel, com 335 alojamentos locais, cresceu quase 48% (227em 2015) e o Pico passou de 107 para 133 (mais 23%).

Cerca de 60 mil turistas procuraram este tipo de alojamento em2016, num crescimento de mais de 80% em relação a 2014 (223 500dormidas, sendo mais de 50% estrangeiros).

Como se vê, trata-se de um crescimento repentino e ainda com asmesmas regras de há alguns anos, quando a procura não era comoagora.

Gilberto Vieira, um dos maiores conhcedores deste fenómeno, lí-der dos empresários do turismo rural, já veio alertar para esta situação,que não vive com as mesmas regras do turismo tradicional ou rural, po-dendo criar um conceito distorcido da oferta que se pretende no con-junto do turismo açoriano.

É por isso que se diz que não há estratégia definida no setor, pare-cendo viver sob a tradicional bonomia insular, que é deixar empurrarcom a barriga para a frente até ver onde é que isto vai dar...

Ou alguém mete a mão, rapidamente, ao fenómeno, definindoqual a estratégia, o rumo e o conceito que queremos, ou vamos caminharpara uma coisa desenfreada e descontrolada, própria das fracas lideranças,de que depois nos arrependeremos por longas décadas, como aconteceunoutras paragens.

Somos peritos a matar a galinha, como já se verificou noutros se-tores, não sendo nenhuma originalidade da nossa História vivermosconsecutivamente de ciclos, a que nunca soubemos dar sustentabilidade.

Depois digam que ninguém avisou. L P

L P

Festa do LusoPresse...Ministro Carlos Leitãoe Secretário da PresidênciaRui Bettencourt presentesLUSOPRESSE – A festa dos 20 anos do LusoPresse promete.

Pelo menos a julgar pelo leque de personalidades que marcarão presençadomingo, nas instalações da Maison Jeunesses Musicales du Canada,local onde se levará a cabo os respetivos festejos.

Com efeito, o LusoPresse está em condições de informar que oMinistro das Finanças do Quebeque, o nosso compatriota economistaCarlos Leitão, e o Secretário da Presidência do Governo dos Açores pa-ra as Relações Exteriores, Rui Leite Bettencourt, marcarão ambos pre-sença domingo, na sessão cultural inaugural dos 20 anos do LusoPresse.

Para além do nosso ministro, sabe-se que também estarão presentesalguns deputados provinciais e federais, neste caso destaca-se a presençada também nossa compatriota Alexandra Mendes.

Dos Açores, Rui Bettencourt virá acompanhado de um dos seusdiretores regionais, na circunstância Paulo Teves, responsável pela pastada Emigração e Comunidades Açorianas.

Em Montreal, para além de participar nos festejos do LusoPresse,Rui Leite Bettencourt encontrar-se-á com algumas organizações e per-sonalidades da comunidade, assim como se reunirá com políticos locais.

Para além de outras entidades, registe-se ainda a presença de Mea-ghan Benfeito, a Personalidade do Ano 2016 do LusoPresse.

Programa:A sessão cultural inaugural dos 20 anos do LusoPresse, cujo ponto

alto será a palestra a proferir pelo Professor Doutor Onésimo TeotónioAlmeida, iniciar-se-á com as Boas-vindas aos convidados – toda a pla-teia –, de seguida haverá canto ao piano pela artista local Catsy Pimentel,segue-se-lhe poesia por dois experientes declamadores, um momentode teatro com a nossa reputada atriz Isabel dos Santos e, finalmente, apalestra pelo consagrado Professor Onésimo Teotónio Almeida, quevem expressamente dos Estados Unidos para o efeito.

Já na parte final da sessão haverá um tempo para homenagear al-gumas pessoas ligadas ao LusoPresse, e a Meaghan Benfeito, consideradaa Personalidade do Ano (2016) da Comunidade, pelos feitos desportivosnacionais e internacionais, e cujo ponto a salientar foi a sua participaçãonos Jogos Olímpicos Rio 2016, onde conquistou duas medalhas debronze, uma a nível individual e outra ao nível de equipa.

Recorde-se que Meaghan Benfeito é especialista em mergulhospara a água, em prancha de 10 metros.

Em resumo, um programa vasto e de qualidade, de maneira a agradarao mais exigente espectador.

Lembramos as coordenadas:Maison Jeunesses Musicales du Canada305, Avenue Mont-Royal Est (esquina com a Henri Julien)Horário: das 14h00 às 17h00.Informações de última hora: (514) 835-7199.

Meaghan Benfeito, atleta olímpica canadiana que vai estarpresente na festa de aniversário do LusoPesse. O mesmo sepode dizer da presença do Doutor Rui Bettencourt, secretárioAdjunto da Presidência para as Relações Exteriores.

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Domingo, dia 22 de janeiroLusoPresse em festa de aniversário

LUSOPRESSE – Este jornal festejou 20 anos no pas-sado dia 1 de dezembro, pois nasceu a 1 de dezembro de 1996.Contudo, o seu registo oficial deu-se a 7 de janeiro de 1997...Daí que não seja descabido que as comemorações dos 20 anostenham sido adiadas para o dia 22, domingo próximo. E porquêdomingo próximo? Porque há menos atividades na comunidadepor via do período de férias que recentemente vivemos, nãofosse a época de Natal a mais querida de todas para muita gente.

Assim, com a comunidade num período quase despido deatividades, o LusoPresse, como sempre defendeu de não alinharpelos mesmos dias das festas comunitárias para não prejudicaro seu normal desenvolvimento, alargou no tempo para plenomês de janeiro, na certeza de que a todos conviria.

É assim que os responsáveis do LusoPresse esperam boaparticipação da comunidade, até pelo programa preparado parao efeito, com a vinda de um brilhante palestrante – ProfessorDoutor Onésimo Teotónio Almeida –, e com um vasto lequecultural, da música clássica, ao teatro, passando pela poesia. Di-ga-se, em abono da verdade, algo diferente do que estamos ha-bituados nas festas comunitárias. O que até se compreende,pois o LusoPresse não está vocacionado para a tarde ou noitedançantes, que tem os seus próprios participantes e admiradores.O LusoPresse está imbuído do bem-fazer naquilo em que a co-munidade está mais carente.

Por tudo isto, aqui fica o convite do LusoPresse para a festados seus 20 anos para quem gostar de música clássica, poesia,teatro, etc.

Domingo, dia 22 de janeiro, às 14h00.Maison Jeunesses Musicales du Canada305, ave. Mont-Royal est.Montreal.

A partir deste número...«Fazer história da... história»

• Por Norberto AGUIAR

A partir de hoje este jornal apresentará uma crónica daminha autoria, cujo título será «Fazer história da... história».

Será um espaço onde contarei as coisas boas e menos boasrelacionadas com os meus 42 anos de Canadá e quase 40 – come-moro em 2018 – ligado a esta apaixonante atividade que dá pelonome de jornalismo.

Porém, hoje, fico-me apenas pela apresentação das minhasintenções. No próximo LusoPresse já aparecerei com algumas«histórias» de como tudo começou para mim no interior destacomunidade, no já longínquo ano de 1975. Para ser mais preciso,tudo começou no dia 2 de março, quando cheguei a Montreal emavião da TAP, depois de ter demandado à ilha de Santa Maria, noarquipélago dos Açores, de manhãzinha, em voo quase «planado»no pequeno – 24 pessoas? – Avro da SATA. Foi um dia, lembro-me como se fosse hoje, mesclado de alegria e muita tristeza. Dealegria por vir encontrar os meus pais, a minha querida irmã Mari-ana e o meu benjamim de irmão Luís. De tristeza por deixar nailha tudo o que havia construído em 20 anos de vida. A noiva –hoje minha mulher –, os meus amigos, o meu trabalho e, sobre-tudo, a minha atividade futebolística...

De resto, começarei se calhar pela parte desportiva da minhavida, pois que foi ela, em grande medida, que me fez deixar o meu«berço» para vir parar a esta terra. Até hoje.

Encontro marcado, portanto, para a edição 364 do Luso-Presse. L P

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NO IMPACTOPATRICE BERNIER COM MAIS UM ANO DE CONTRATO

• Por Norberto AGUIAR

Foi na sexta-feira passada que os altosdirigentes do Impacto convidaram os órgãosde Comunicação Social para uma reunião noComplexo Nutrilait, a casa-clube do Impacto.Objetivo da reunião: comunicar aos apanigua-dos, através da Imprensa, que o seu capitão,Patrice Bernier, tinha acabado de assinar maisum ano de contrato, bem entendido, válidopara a época que em breve – dia 24 de janeiro –se inicia, com os treinos de pré-época.

Com 37 anos de idade, faz 38 no decorrerde 2017, Patrice Bernier referiu que ainda sesente em condições de jogar esta temporada.Se assim não fosse, disse ao batalhão de jorna-listas, ele não continuaria, mesmo se jogar fu-tebol é a coisa que mais gosta de fazer.

Ao ser-lhe perguntado se o clube, atravésdo seu treinador, Mauro Biello, seu amigo eantigo colega, decidisse não lhe acenar comnovo contrato, se poria fim à carreira de 18anos de profissional, Patrice, abanou a cabeça,como que demonstrando muitas dúvidas e in-certezas no seu subconsciente, e logo avançouque «Adoro jogar futebol. Se pudesse jogavasem parar. Mas o futebol profissional não per-mite isso. É por essa razão que tudo ficou agoraclaro na minha cabeça: vou jogar mais esteano e no fim da temporada dou por terminadaa minha carreira.

É com esta decisão que Patrice Bernier,jogador do clube em duas etapas distintas, pri-meiro nas divisões mais baixas, a segunda, ini-ciada há oito anos, depois de alguns anos a jo-gar em clubes europeus, em países como a Di-namarca, Noruega e Alemanha, dizia, é comesta tomada de decisão que Bernier vai viverdurante 2017, aconteça o que acontecer. E sefazes uma boa época, com a equipa a ganhar aMLS? perguntou alguém. «É por isso mesmoque agora ficou decidido que esta é a temporadado meu fim de carreira. Tudo claro para quenão haja mais dúvidas em ninguém e sobretudono meu espírito», martelou com um ténue sor-riso nos lábios.

Depois disso, foi altura de falar no «après». Aqui, tanto PatriceBernier como Joye Saputo, presidente do clube e Adam Braz, diretor-geral, não tiveram dúvidas em que Patrice Bernier se vai dar bem comotreinador na Academia, onde já estão ou estiveram oito antigos joga-dores do clube. «Há que começar por algum lado. E na Academia é umaboa maneira de fazer escola, sobretudo para antigos jogadores que que-rem atingir patamares mais altos», diriam em unissono os dois diri-gentes.

Já o ainda capitão do Impacto, desafiado pelos Média presentes,haveria de dizer que «sim, o trabalho de técnico de futebol interessa-me. Foi por isso que sempre que pude me fui inteirando do que é dirigirum grupo de homens numa equipa de futebol. Tirei um curso e pretendoevoluir nessa direção, isto é,tenho a ambição de ser treinador de futebolprofissional».

O resto da conferência de Imprensa andou, nomeadamente, à vol-ta da possibilidade de Piatti, o melhor jogador do Impacto, sair para oBoca Juniors da Argentina, seu país natal. Como era de esperar, os doisdirigentes, presidente e diretor geral, asseguraram que Piatti vai jogarem 2017 com as cores azuis e pretas do Impacto de Montreal.

DIAS 23 E 24 DE JANEIROSELEÇÕES NACIONAIS JOGAM EM VISEUPortugal irá disputar os encontros finais da fase de qualificação do Campeonato de Europa de 2017 no Multiusos

de Viseu.A equipa feminina receberá a sua congénere da Turquia na 3ª feira, dia 24 de Janeiro. Recorde-se que Portugal venceu

na Turquia por 3-0, necessitando agora de vencer somente 2 sets para garantir o 1º lugar do seu grupo.A equipa masculina terá jornada dupla para decidir o 1º lugar do grupo. Os encontros com a Ucrânia estão agendados

para 2ª e 3ª feira, 23 e 24 de Janeiro e serão decisivos para a classificação final do grupo. Todos os encontros irão realizar-se às 16h00. Foram convocados os seguintes jogadores.

MASCULINOSJoão Geraldo (TTF Liebherr Ochenhausen) , João Monteiro (ASTT Chartre), Marcos Freitas (Cergy Pontoise), Ti-

ago Apolónia (FC Saarbrucken).Treinadores: Kong Guoping e Francisco Santos (Treinador Adjunto).FEMININOSCátia Martins (Ala Nun’Alvares), Fu Yu (Metz TT), Leila Oliveira (GDCP Madalena), Marta Santos (Ala Nun’Alaves)Treinador: Xie JuanFonte: facebook da Federação Portuguesa de Ténis de MesaEsta competição tem o apoio da Câmara Municipal de Viseu, Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu e

do clube filiado APEE AE - Mundão. L P

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Jacques Chagnon Député de | MNA for |

Deputado por Westmount—Saint-Louis Presidente da Assembleia Nacional

Président de l’Assemblée nationale

President of the National Assembly

1155, boulevard Robert-Bourassa, bureau 1312 Montréal (Québec) H3B 3A7

514-395-2929 | [email protected]

Carlos J. LeitãoDéputé de Robert-BaldwinMinistre des Finances

3869, boul. des Sources, Bureau 203Dollard-des-Ormeaux (Québec) H9B 2A2Tél. : 514-684-9000Téléc. : [email protected]

Chers concitoyens, Chères concitoyennes,

Il me fait plaisir aujourd’hui de souligner avec vous le 20e anniversaire du journal LusoPresse. Il va sans dire que le journal exerce un rôle clé pour notre communauté portugaise. Grâce à lui, nous sommes informés des dernières nouvelles de notre communauté et, surtout, il permet de nous rassembler.

Je profite également de l’occasion pour vous transmettre mes meilleurs voeux pour la nouvelle année. Que 2017 soit une année remarquable et exceptionnelle pour chacun d’entre vous !

Bonne continuité au journal.

Caros compatriotas,

É com grande prazer que destaco o 20.° aniversário do jornal LusoPesse. Escusado será dizer que o jornal assume uma importância fundamental na comunidade portuguesa do Québec. Graças ao jornal, estamos bem informados sobre a nossa comunidade e temos boas oportunidades denos encontrarmos para conviver.

Aproveito também esta oportunidade para vos transmitir os meusmelhores votos para o ano novo. Que 2017 seja um ótimo ano para todos.

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Discurso de Rui Bettencourt«Estaremos em todos os sítios onde se tomam decisões...»

Por estar de visita entre nós nos próxi-mos dias 21, 22, 23 e 24 de janeiro, onde vemassistir à sessão cultural inaugural dos 20 anosdo LusoPresse, achámos pertinente dar contadas intenções do novo Secretário Regional Ad-junto da Presidência para as Relações Exterioresdo Governo dos Açores, Dr. Rui Leite Betten-court, através da apresentação do texto integralda sua intervenção proferida na AssembleiaLegislativa Regional, na Horta, no decorrer daapresentação do Programa do XII GovernoRegional dos Açores, eleito no outono pas-sado:

Ei-lo:“Saúdo-vos, em primeiro lugar, fazendo

votos para que o trabalho conjunto que se es-tabelecerá entre o XII Governo e esta Câmaraseja profícuo e a bem da nossa Região.

Gostaria também de saudar, de forma par-ticular, todos os açorianos – residentes nosAçores ou não, que tenham ou não aqui nasci-do, mas que se encontram ligados por algoque é, ao mesmo tempo, um orgulho, uma rea-lidade apaixonante, e um destino comum: aAçorianidade.

É neste espírito, num mundo complexo eque se encontra em mudança, que trazemosaqui a proposta de ação que o XII Governodos Açores pretende implementar para o pró-ximo quadriénio, nas suas relações com o ex-terior.

Esta nova complexidade deste mundo emmudança pode ser vista como uma fonte dedificuldades – que são bem reais –, mas tambémpode, e deve, ser encarada como a abertura denovas oportunidades para os Açores se afirma-rem, para a consolidação de novas dimensõesdo regionalismo europeu, para a construçãode novas dimensões do nosso posicionamen-to na Europa e no mundo.

A nossa estratégia central para a ação exter-na açoriana pode resumir-se ao seguinte: levaros Açores ao mundo e trazer o mundo aos A-çores.

Os Açores têm sabido afirmar-se nas dife-rentes instâncias europeias.

Exemplo disso mesmo é o facto de osAçores presidirem hoje a um dos maiores emais prestigiados organismos europeus, a Con-ferência das Regiões Periféricas Marítimas, querepresenta mais de 150 regiões e cerca de 200milhões de pessoas, para a qual o Presidentedo Governo dos Açores foi recentemente elei-to para um segundo mandato.

Um importante pilar desta afirmação dosAçores na Europa e da eficiência que queremosimprimir a esta nova fase da ação pública açori-ana nesta área é a instalação a curto prazo deuma Representação dos Açores em Bruxelas,peça central na estratégia de defesa integral dosinteresses açorianos junto das instituições eu-ropeias, em interligação com organismos pú-blicos e privados, atores e agentes de desenvol-vimento económico e social da nossa Região.

Igualmente, terá a maior atenção do Go-verno dos Açores a nossa projeção na Macaro-nésia, nos Estados Unidos da América e noCanadá, e nos países de particular interesse,quer em termos económicos, quer em termosde parcerias estratégicas.

Desenvolveremos alianças com todosaqueles que a dado momento do nosso percur-

so podem estar connosco. Reforçaremos a arti-culação com as Casas dos Açores e com a Diás-pora açoriana no mundo bem como com osmembros da Rede Prestige.

Pretendemos estar em todos os sítios on-de se tomam decisões sobre nós e influenciaressas decisões, desde logo no quadro da UniãoEuropeia, em particular na defesa do nossoEstatuto de Ultraperiferia, dos nossos setoresprodutivos ou das nossas especificidades.

Em todos os fóruns e em todas as insti-tuições europeias afirmaremos os interessesaçorianos com lucidez, ousadia e firmeza, emtodos os processos, tomadas de posição e de-cisões com incidência sobre a Região.

Não só queremos estar presentes, comoqueremos estar atuantes.

O papel que assumo, enquanto SecretárioRegional da Presidência para as Relações Ex-ternas, é o de, em todas estas matérias servircomo pivô congregador dos interesses de to-dos os setores da sociedade civil, política, eco-nómica e institucional da Região e de os proje-tar no exterior, em defesa desse bem maiorque são os Açores.

Para tal, a implementação de um ConselhoAçoriano para a Internacionalização colocaráa concertação entre os diferentes parceiros dasrelações externas em articulação com os desa-fios que se colocam aos Açores.

É igualmente um forte pilar da nossa açãoexterna, o aprofundamento das relações comas nossas comunidades. É indiscutível que anossa geografia não se limita à dimensão físicado arquipélago, mas a um universo muito ma-ior, graças às diversas décimas ilhas espalhadaspelo mundo, formadas por milhares de açoria-nos que dão dimensão externa à nossa Açori-anidade.

Esta realidade motiva-nos e impele-nos aintensificar o relacionamento com as nossascomunidades emigradas, englobando-as noprojeto de desenvolvimento das nossas ilhas.

Numa outra dimensão, e não menos im-portante, o Governo dos Açores assume co-mo prioridade a integração dos imigrantes –que escolheram estas ilhas e as assumem comosua casa – e a reintegração dos emigrantes re-gressados.

De igual modo, redobraremos a nossaatenção com a integração dos Açorianos noexterior e estaremos particularmente atentos àsituação das nossas comunidades nos EstadosUnidos.

Coloca-se nas relações dos Açores com oexterior o orgulho do Povo Açoriano. Orgulhona nossa história, no nosso modelo autonó-mico, na legitimidade democrática da ação pú-blica regional, no nosso desejo de futuro e naforça do nosso projeto de desenvolvimento,no nosso património invejável, nos nossosAntero, Nemésio, Arriaga, Teófilo Braga, Do-mingos Rebelo, Dacosta, Canto da Maia, La-cerda e tantos outros.

Como poderíamos não ter orgulho nistoe nestes Açorianos? Como poderíamos nãoter orgulho em tudo o que é necessário fazer eem todos os Açorianos que todos os dias –no arquipélago e pelo mundo –, com o seutrabalho, fazem uns Açores melhores?

É, pois, em nome de todos eles que agire-mos no palco internacional.

Disse.”L P

SANTO CRISTO, EM MONTREALFESTA DE ANGARIAÇÃO DE FUNDOS

A Associação Portuguesa Quebequente acaba de assumir a responsabilidade deorganizar as Grandes Festas em Honra do Senhor Santo Cristo em Santa Cruz. Vai daí,já começou a dar os primeiros passos, que se resumem em angariar fundos para que osfestejos de maio próximo possam ter o brilho que todos os fiéis desejam.

Assim sendo, está prevista uma primeira festa para o dia 4 de fevereiro, naturalmentenas instalações da Missão de Santa Cruz. Trata-se de um jantar, a começar às 19h30. O re-pasto, que tem por custo um montante de 40 dólares para os adultos e 20 para as criançasdos seis aos 12 anos, conta com um bom elenco musical, disposto a animar a soirée.

O Conjunto Evolution e o DJ Moreira são os responsáveis pela noite dançante.Para informações: (514) 237-3994 (Roberto Carvalho) ou (514) 844-1011 (secretaria

da Missão Santa Cruz). L P

Quem é quem...Rui Jorge da Silva Leite de BettencourtSecretário Regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas

BiografiaTem 61anos. É Mestre em Ciências da

Educação – Supervisão Pedagógica e Dou-torando em Ciências de Gestão pelo Conser-vatoire National des Arts et Métiers, sendopós-graduado em Prospectiva e Estratégia dasOrganizações e em Formação de Adultos.

Foi, de 2007 a 2015, para além de membrodo Bureau Político da Assembleia das Regiõesda Europa (ARE), Secretário–Geral do Progra-ma da Assembleia das Regiões da Europa, Eu-rodyssée, e foi representante dos Açores emvárias Conferências na Organização Interna-cional do Trabalho (OIT), em Genebra.

Desde novembro de 2013, foi Diretor Ter-ritorial no Conseil Régional da Região Parisie-nse, Île-de-France, onde se ocupou das Estraté-gias de Desenvolvimento Económico, Inova-ção e Internacionalização, bem como do Planode Formação e Orientação Profissional, e aindada Análise do impacto das diferentes estratégiasde desenvolvimento da região.

Esteve, igualmente, envolvido, na avali-ação do impacto no emprego e nas qualifica-ções do Novo Grande Paris (NGP).

Foi membro do Gabinete do Presidentedo Governo dos Açores entre 2012 e 2013 e,entre 1997 e 2012, foi Diretor Regional da Ju-ventude, Emprego, Trabalho e Formação Pro-fissional, responsável pelo FSE e Gestor doPrograma Operacional PROEMPREGO.

Entre 1982 a 1996, foi docente e coorde-nador do ensino e planificação das ações edu-cativas na Ecole Fénelon, e foi Professor deCiências Mecânicas no Conseil National desProfessions de l’Automobile, em Paris.

Publicou em vários países diversas obrasem prospetiva estratégica e em políticas públi-cas tais como Políticas para a empregabilidade.(2014), La Prospective Stratégique au cœur desPolitiques d’emploi in La Prospective stratégi-que en action (2014) ou ainda Strategic Pros-pective in the implementation of employmentPolicies. (2010).

L P

Publicidade:(514) 835-7199

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