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1 Compatibilidade Dielétrica nas Redes de Distribuição Spacer de 25 kV Autores AES Sul: Edson L. Batista, Juliana I. L. Uchoa, Hermes R. P. M. de Oliveira UNIFEI: Credson de Salles, Alan M. Nóbrega, Manuel L. B. Martinez

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Compatibilidade Dielétrica nas Redes de Distribuição Spacer de

25 kV

AutoresAES Sul: Edson L. Batista, Juliana I. L. Uchoa,

Hermes R. P. M. de OliveiraUNIFEI: Credson de Salles, Alan M. Nóbrega,

Manuel L. B. Martinez

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00:00AES Brasil

Outros

INVESTIMENTOS 1998-2010:

R$ 6,9 bilhões

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO

Distribuidoras(Energia distribuída)

Geradoras(Capacidade instalada)

13%

87%

97,7%

2,3%

Distribuição

Geração

Comercialização

Telecomunicação

7 MILHÕES DE CLIENTES

7,6 MIL COLABORADORES

AES NO BRASIL

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Introdução

Este trabalho apresenta os primeiros resultados, obtidos na pesquisa, sobre o desempenho dos sistemas de redes compactas classe 25 kV frente à compatibilidade dielétrica;

Não se tem um documento completo amparado pela ABNT. Os procedimentos de ensaio, geralmente, seguem o recomendado pelo documento elaborado pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica – ABRADEE;

O ensaio de compatibilidade dielétrica não é mencionado na NBR 11873;

Uma falha de compatibilidade dielétrica não desqualifica o cabo ou acessório, apenas transmite a informação que eles não podem trabalhar em conjunto;

Os resultados, aqui comentados, são embasados nos ensaios de cabos, de 5 fabricantes, classe 25 kV e espaçadores, de 3 fabricantes, catalogados como 36,2 kV;

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A Compatibilidade Dielétrica

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A Compatibilidade Dielétrica

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A Compatibilidade Dielétrica

A alteração da constante dielétrica do espaçador, de 2,3 para 3, implicou um aumento no gradiente de campo elétrico normal de 1,57 para 1,89 kV/mm;

O aumento representa um percentual de aproximadamente 20%, caracterizando o problema de incompatibilidade dielétrica.

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A Compatibilidade Dielétrica

Modelagem de um isolador polimérico com pino polimérico;

Gradiente máximo de 1,33 kV/mm.

Modelagem de um isolador de porcelana com pino metálico;

Gradiente máximo de 6,86 kV/mm.

Modelagem de um isolador polimérico com pino metálico;

Gradiente máximo de 3,44 kV/mm.

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A Compatibilidade Dielétrica

De acordo com a normatização brasileira a camada semicondutora só é exigida para cabos da classe de tensão de 36,2 kV;

A ausência da camada semicondutora resulta em um acréscimo de aproximadamente 60% no valor do campo elétrico normal;

A falta de uma camada semicondutora sugere que pode haver o desenvolvimento de uma perfuração iniciando do condutor para a face externa da cobertura do cabo;

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A Compatibilidade Dielétrica

A presença de uma gota de água sobre a cobertura do cabo pode provocar incompatibilidade dielétrica temporária;

Com a superfície do cabo seca, o gradiente de campo elétrico normal é de 0,4 kV/mm, Com a gota de água o gradiente passa para 1,1 kV/mm;

O aumento é de aproximadamente 3 vezes.

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O Ensaio de Compatibilidade Dielétrica

Todos os ensaios de compatibilidade foram realizados em conforme descrito na ABRADEE – CODI-3.2.18.24.1;

No documento da ABRADEE, não faz menções sobre da tensão aplicada, se deve ser trifásica ou monofásica, então os ensaios foram realizados com tensão monofásica;

A norma de cabos cobertos da ABNT não menciona o ensaio de compatibilidade dielétrica;

Cada conjunto ensaiado consiste de três cabos fase com os anéis de amarração, um cabo guarda aterrado e três espaçadores;

A temperatura de 60 ºC é alcançada por meio de indução de corrente elétrica;

A temperatura é regulada com o cabo seco.

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O Ensaio de Compatibilidade Dielétrica

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O Ensaio de Compatibilidade Dielétrica

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Medições de Corrente de Fuga

Este ensaio não é normatizado;

As medições foram realizadas para as ‘a’, ‘b’, ‘c’, ‘ab’, ‘ac’, ‘bc’ e ‘abc’;

As fases que não estavam energizadas ficaram flutuando;

O procedimento foi tomado para as condições a seco e sob chuva com a água apresentando valores de condutividade de 68, 250, 500 e 750 S/cm;

Em outro procedimento o cabo foi envolvido por uma fita metálica na largura do berço do espaçador.

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Medições de Corrente de Fuga

CabosEspaçador em curto

Corrente [A]Fase a Fase b Fase c

Cabo A – 25 kV/50 mm2 352 298 332 Cabo A – 25 kV/95 mm2 385 351 381 Cabo A – 25 kV/95 mm2

Com semicondutora409 375 383

Cabo B – 25 kV/50 mm2 370 302 361 Cabo B – 25 kV/95 mm2 394 404 385 Cabo C – 25 kV/50 mm2 327 300 324 Cabo C – 25 kV/95 mm2 360 335 334

CabosEspaçador BCorrente [A]

Fase a Fase b Fase cCabo A – 25 kV/50 mm2 78 49 60Cabo A – 25 kV/95 mm2 68 63 75Cabo A – 25 kV/95 mm2

Com semicondutora75 64 75

Cabo B – 25 kV/50 mm2 72 66 57Cabo B – 25 kV/95 mm2 69 63 79Cabo C – 25 kV/50 mm2 72 60 58Cabo C – 25 kV/95 mm2 70 66 67

CabosEspaçador BCorrente [A]

Fase a Fase b Fase cCabo A – 25 kV/50 mm2 320 600 430Cabo A – 25 kV/95 mm2 220 690 500Cabo A – 25 kV/95 mm2

Com semicondutora323 723 429

Cabo B – 25 kV/50 mm2 304 542 420Cabo B – 25 kV/95 mm2 320 711 591Cabo C – 25 kV/50 mm2 270 367 385Cabo C – 25 kV/95 mm2 565 877 609

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Ensaios de Radiografia Digital

Amostras de cabos utilizadas nos ensaio de compatibilidade, foram submetidas a um exame de radiografia digital;

Foi verificado problemas de excentricidade em algumas amostras;

Os defeitos analisados eram em forma de perfurações possuindo formato cônico que afunilam no sentido do condutor. Em poucos casos tais defeitos se aproximaram de uma forma cilíndrica.

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Resultados dos Ensaios

No momento da elaboração deste artigo, foram ensaiados vinte conjuntos, segundo os parâmetros recomendados pela ABRADEE, e com a aplicação de tensão monofásica. Apenas um conjunto suportou os 30 dias de ensaio, e ainda assim, apresentou sinais de erosão no cabo;

O acompanhamento do processo de falha permitiu observar que os primeiros sinais de falha do conjunto aparecem na superfície do cabo;

Há casos em que o ensaio foi interrompido devido a sérios danos no cabo, sem que os espaçadores fossem danificados, logo, não houve falhas no espaçador sem a falha simultânea no cabo;

Nas medições de corrente de fuga ficou explícito que durante a chuva o cabo é responsável pela isolação e quando seco quase toda a tensão fica sobre o espaçador;

Para perfurações em uma posição no cabo distante de um acessório, considerando que a solicitação principal é a atribuída ao gradiente de campo, é possível se questionar se a compatibilidade dielétrica entre a cobertura do cabo e a gota de água pode ser uma das causas.

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Conclusão

O ensaio de compatibilidade dielétrica é mencionado apenas nas normas de espaçadores/acessórios e não há qualquer menção nas normas de cabos cobertos. A interpretação atual é que se o sistema falhar é porque o espaçador/acessório não atende aos requisitos mínimos de desempenho;

O trabalho revela vários possíveis pontos responsáveis pela falha do sistema, o elevado gradiente de campo elétrico no ponto de contato entre a cobertura do cabo e o berço do acessório é um. Podendo ser atribuído a compatibilidade dielétrica ou a problemas dimensionais associados à necessidade de reduzir os custos de manufatura;

A presença de uma camada semicondutora pode aumentar, ou não, o desempenho do sistema.

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Obrigada pela atenção!

Dúvidas:Alan Melo Nó[email protected]

Juliana Izabel Lara Uchô[email protected]