1820 e o Liberalismo História e Geografia de Portugal 6ºAno Prof. Maria Isabel Andrade Monteiro.

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1820 e o Liberalismo

História e Geografia de Portugal6ºAno

Prof. Maria Isabel Andrade Monteiro

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1820 e a Revolução Liberal -antecedentes

Relacionar a primeira invasão francesa com o não cumprimento por Portugal do Bloqueio Continental

Relacionar a saída da Corte para o Brasil com as Invasões Napoleónicas.

  Referir a resistência dos Portugueses aos invasores franceses, realçando:- as batalhas;- a participação da população na resistência;

  - a destruição e violência da guerra.

Referir a acção do exército anglo português na luta contra os Franceses.

Relacionar a revolução de 1820 com a permanência das tropas inglesas em Portugal e a ausência da Família Real.

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Séc. XVIII - Vésperas da Revolução Francesa

Ao lado do marido, Luís

XVI, Maria Antonieta

recebe convidados num

baile em Versalhes.

Este mundo estava condenado a desaparecer…

Luís XVI é decapitado

Em 1789,

ocorreu em França

uma Revolução

que pôs fim à

monarquia absoluta de

Luis XVI

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14/ 07/ 1789Tomada da Bastilha, pelos revolucionários

O povo assaltou

esta prisão, onde,

ao longo dos

séculos estiveram

detidos muitos

dos que se

opunham ao

poder absoluto

dos reis

franceses.

.

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As novas “Ideias Francesas”

Igualdade Liberdade

Estas ideias revolucionárias assustaram alguns reis absolutistas

da Europa. Uniram-se e declararam guerra à França.

Fraternidade

Napoleã

o Bonapart

eGeneral francês,

conseguiu dominar

grande parte da

Europa, excepto a

Inglaterra.

A liberdade ou a morte

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Europa no tempo de Napoleão

Portugal não adere ao bloqueio Continental

Inglaterra resiste

Fecho dos portos aos navios ingleses

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França invade Portugal

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• 1ª invasão Novembro de 1807- As primeiras tropas francesas sob o

comando de Junot entram em Portugal, pela Beira Baixa,

seguem para Castelo Branco, marcham até Lisboa onde

chegam a 30 de Novembro.

Fuga para o Brasil do Príncipe Regente de Portugal, D.

João VI, e de toda a família real, no Porto de Belém, às 11

horas da manhã de 27 de Novembro de 1807.

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Roubaram as riquezas dos palácios e das igrejas

Mataram muitas pessoas que se lhes opunham

Destruíram campos e culturas

Os franceses

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• 2ª invasão

Março de 1809 - sob o comando de Soult, as tropas francesas

entram em Portugal, em direcção ao Porto.

Os portugueses pedem

ajuda a Inglaterra

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• 3ª invasão

Julho de 1810 - Chefiados pelo marechal Massena, as tropas

francesas entram em Portugal, pela Guarda e marcham em

direcção a Lisboa.

Durante a segunda invasão

francesa, comandada por Soult, a

ponte ruiu devido ao peso

excessivo do povo que, em pânico,

a atravessava; viraram-se no rio

botes carregados de gente... e

cerca de quatro mil pessoas

morreram.

Desastre da Ponte das Barcas, ligação de Gaia ao Porto

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Massena é derrotado na batalha do Buçaco

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Massena segue em direcção à capital

Os franceses não conseguiram passar as linhas de defesa da cidade de Lisboa.

As linhas de Torres Vedras

Derrotados e cansados

retiraram-se definitivamente

de Portugal, em 1811

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Os franceses invadiram

Portugal por três vezes…

1807

1809

1810-1811

Os princípios da igualdade, da

liberdade e da divisão de

poderes agradaram a muitos

portugueses.

Foram vencidos…

… mas, enquanto por aqui

andaram…

… divulgaram as ideias que

marcaram a Revolução Francesa.

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Consequências das invasões Enorme perda de vidas humanas

Paralisação do comércio e indústria

Pontes cortadas

Casas e monumentos destruídos e saqueados

Os ingleses continuavam em Portugal, controlavam quase todo o comércio com o Brasil, sendo o marechal Beresford a principal autoridade do reino, quer militar, quer civil.

D. João VI e a corte continuavam no Brasil

O descontentamento da população, a ausência do rei e as ideias liberais da Revolução Francesa levaram a que um grupo de portugueses preparasse uma

REVOLUÇÃO

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Deverás ser capaz de:

   Destacar os principais episódios e figuras marcantes da revolução de 1820.

Destacar a acção das Cortes Constituintes na elaboração da Constituição de 1822

Compreender os princípios fundamentais da monarquia liberal, evidenciando-se a ruptura em relação à monarquia absoluta.

Relacionar a independência do Brasil com a acção das Cortes Constituintes, evidenciando-se a acção de D. Pedro.

   Compreender a guerra civil - a luta pelo poder entre liberais e absolutistas.

1820 e a Revolução Liberal

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A preparação da Revolução - 1820

O Sinédrio Sociedade secreta, criada no Porto, em 1818

Formado por um conjunto de burgueses portuenses e alguns militares, dirigidos pelo juiz Manuel Fernandes Tomás.

No dia 24 de Agosto de 1820, os conspiradores fizeram rebentar a REVOLUÇÃO…

…que começou no PORTO…

…espalhando-se por todo o País

Lisboa em festa, recebe os revolucionários nortenhos que

se manifestam contra a monarquia absoluta e contra a

presença dos ingleses

Era o triunfo da

Revolução Liberal

Os ingleses foram afastados.Criou-se um Governo Provisório

Fim do Absolutismo

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A Constituição de 1822

O Governo Provisório começou imediatamente a preparar eleições…

Após a REVOLUÇÃO

Formaram-se as Cortes

Constituintes…

Saiu a primeira Constituição Portuguesa…

…baseada nos princípios da igualdade e liberdade!

D.JoãoVI chega do Brasil, em 1824, e jurou a 1ª

Constituição Portuguesa

Manuel Fernandes Tomás, fundador do Sinédrio e autor das bases da Constituição de 1822.

Documento com as principais leis do país

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Monarquia Absoluta Monarquia Constitucional

comparação ou liberal

O rei tinha todos os poderes:

Os poderes estão divididos :

• fazia as leis

• mandava-as cumprir

• era o juiz supremo

Legislativo Executivo Judicial

Pertencia às. Cortes.

Os deputados eleitos faziam as leis.

Pertencia ao Governo.

O rei e os seus ministros faziam cumprir as leis.

Pertencia aos Tribunais.

Os juízes julgavam quem não cumpria as leis.

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Entretanto no Brasil… D. Pedro (filho de D. João IV) tinha ficado como regente.

9 de janeiro de 1822, D. Pedro recebe uma carta das cortes de Lisboa, exigindo o seu retorno para Portugal.

D. Pedro respondeu: Diga ao povo que fico!

Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram à metrópole.

As Cortes Constituintes anularam todos os

poderes de D.Pedro, no Brasil.

Nas margens do rio Ipiranga ,D.Pedro, revoltado, gritou:

Independência ou morte!

Dia 7 de Setembro de 1822

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Cerimónia da coroação de D.Pedro I do Brasil

Outubro de 1822

Seu nome completo é:

Curiosidade

PEDRO DE ALCÂNTARA FRANCISCO ANTÔNIO JOÃO CARLOS XAVIER DE PAULA MIGUEL RAFAEL JOAQUIM JOSÉ GONZAGA PASCOAL CIPRIANO SERAFIM DE BRAGANÇA E BOURBON

Pedro I aclamado pela população após a proclamação

da independência

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De novo em Portugal…A Luta entre Liberais e Absolutistas

D.Miguel,O Absolutista Que tinha liderado conspirações contra a monarquiaCnstitucional : Abrilada (1823) e Vilafrancada (1824) e Esreve exilado na Austria.

Pedro I do BrasilPedro IV de Portugal , O Libertador, O Liberal

A Guerra dos dois Irmãos

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A caminho de novas conspirações…

1826

Morre D.JoãoVISucede-lhe seu filho D. Pedro

IV, Imperador do Brasil. Desejou não sair do Brasil –

Abdicou da coroa em favor de sua Filha na condição desta casar

Com o seu tio

D. Miguel governa comoregente, aceitando as

condições impostas por D. Pedro –Governar de acordo com a Carta

Constitucional

Mas…1828

D.Miguel

Dissolveu as Cortes Liberais

Aclamou-serei absoluto

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Por esta altura…… já existiam em Portugal dois grupos rivais que se confrontavam

Os Liberais Os Absolutistas

Comerciantes, proprietários, juízes, médicos, advogados

Nobres e clérigos

Defendiam a monarquia

Constitucional

Defendiam a monarquia

absoluta

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Guerra Civil

1828

1834

Início

Fim

Perseguiram-se os liberais - fugiram para o estrangeiro ou para os Açores – os que

não fugiram foram mortos ou presos.

Espalhou-se o terror pelo país…

D. Pedro IV

Duque da Terceira

Angra do Heroísmo

D. Miguel

Guerra que põe em confronto cidadãos do mesmo país

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Na baía de Sines, D. Miguel embarcou numa fragata inglesa com destino ao Brasil.

D.Miguel foi expulso de Portugal1834

É o triunfo da Monarquia Constitucional

que irá manter-se em Portugal

até1910

D. Maria II

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Novidades liberais em Portugal

O nove regime liberal trouxe grandes transformações : foram abolidos antigos privilégios (fim do direito de morgadio; acabou com a dizima)Protegeu o comércio e a pequena industria.

Mouzinho da Silveira

Outras reformas:

•Fim das ordens religiosas masculinas•Reforma administrativa: divisão do país em distritos, municípios e freguesias.•Proibição do trafico de escravos (1836)•Fim da pena de morte (1867)

Quem mais beneficiou com estas medidas – A BURGUESIAQue vai ocupar cargos na Administração e tornar-se grande proprietária com títulos de nobreza

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Da instabilidade à REGENERAÇÃO

• Apesar destas reformas o regime liberal enfrentava muitos problemas políticos:

– Oposição dos vencidos (absolutistas)– Divisões e lutas entre os liberais

– D. Maria II teve um reinado difícil

Os CARTISTAS favoráveis à Carta Constitucional de 1826, mais conservadores onde o rei teria um papel moderador

Os VINTISTAS mais liberais que defendiam a Constituição de 1822, em que as cortes tinham mais poder que o Rei.

1836 – os Vintistas1842 – os Cartistas

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Da instabilidade à REGENERAÇÃO

• Portugal continua a enfrentar dificuldades politicas, sociais e económicas – Cada vez está mais atrasado em relação à Europa.

• Maus anos agrícolas, o aumento dos impostos (para modernizar o país) e a proibição de enterrar mortos nas igrejas aumentou o descontentamento popular – Revolta da Maria da Fonte e a uma guerra civil – Revolução d Patuleia.

• Só em 1851 o Duque de Saldanha com movimento revolucionário deu inicio à REGENERAÇÃO