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revista do mercado musical

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Dudu Portes, músico de muito respeitono meio musical, possuidor desonoridade e técnica inegáveis, entroupara o mundo da música aos 13 anosquando, após pedir a mão de sua irmãem casamento, seu cunhado, o fezherdeiro de sua velha bateria.Desde sua primeira apresentação numprograma de TV, SS Show em 1965, osucesso sempre o acompanhou.Como baterista de Jazz, participoudos festivais e das jams no audi-tório da Folha de São Paulo; namesma época, participou do movi-mento da Bossa Nova tocando emfestivais estudantis, Teatro deArena, Teatro Oficina, culminandocom apresentações no programade TV de maior importância naépoca: "O Fino da Bossa".Dudu Portes, apaixonado pelo novoe pelas mudanças radicais, puloudos melindres do Jazz e do climapreconceituoso da Bossa Nova,para o rock pesado de "O BANDO",grupo que trabalhava com duasbaterias e que havia caído nasgraças dos "Papas do MovimentoTropicalista". Dudu Portes tinhaagora como "grandes padrinhos" eentusiastas, o trio de maestrosmais cotado do movimento: JulioMedaglia, RogérioDuprat e Damia-no Cozzela, resultando em "Con-certo para Bateria e Cordas", coma Sinfônica e tudo o mais. Daí foipara a estrada do rock e do bluescom Tony Ozanah, Lannie entreoutros. Em seguida mudou para orock progressivo do Scaladacidacom Richie, Fabinho, Bartô e SergioCafa. Mais uma vez largou tudoindo para o Rio de Janeiro, tocar"samba para turista" no CassinoRoyale, onde trabalhou comPaulinho da Costa (o percussionistapreferido de um dos maioresarranjadores da atualidade: QuincyJones).A saudade de casa e o gosto pelodesafio fizeram Dudu Portesradicalizar novamente; envere-dando pelos caminhos da per-

cussão lançando a moda de usar Apitos,Pau de Chuva, misturar Caxixi comBombo Leguero e tocar Tambor de Óleocom tamancos em gravação de músicasertaneja. Junto com Carlão de Souza,Marcinho Werneck, Rodolpho Grani eSérgio Mineiro, montaram o Grupo Água,que acompanhou Renato Teixeira nosseus principais sucessos como:

Romaria, Cavalo Bravo, Frete (tema dasérie Carga Pesada da rede Globo). Maisuma vez, a féerie com que tocava abateria o cobrava: "E o vigor? E apegada?". Pronto, ele radicalizounovamente indo agora para a fúria doHumahuaca, grupo de "fusion" quetocava pesado a música latina comsotaque de jazz rock, explorando ao

Dudu Portes, o bateristaPERFIL DE UM BATERISTA

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extremo os compassoscompostos. O grupo era muitobom, rapidamente chaman-do a atenção da crítica e degente importante, como ElisRegina, que nessa épocacomeçava a trilhar o caminhoda produção de discos eespetáculos, onde junto comCésar Camargo Mariano (seumarido) e Rogério Costa (seuirmão) criaram a "TRAMA",uma produtora à caça denovos talentos.Em 1975, Elis levou oHumahuaca para estúdio - ogrupo ia gravar o seu primeirodisco. Na quarta faixa oHumahuaca perdia o seu ba-terista. Dudu Portes estreavano disco "Falso Brilhante", deElis Regina, realizando umantigo desejo nascido nosidos da Bossa Nova quandoviu Elis cantar no "Beco dasGarrafas" acompanhada porDom Salvador, SerginhoBarroso e o memorável Edi-son Machado. Naquele mo-mento disse para si mesmo:"Ainda vou tocar com essacantora". Neste LP, estavamtambém acompanhado acantora: Cesar CamargoMariano, Natan Marques,Crispin Del Cistia e Wilson -

surgia assim a &Cia. Com a notíciada gravidez de Elis,o LP Falso Brilhantefoi obrigado a darum tempo, afinal,Pedro Camargo Ma-riano estava a cami-nho.Nesse momento a"& CIA." partia paraum trabalho sologravando um dosmelhores discos demúsica instrumen-tal de todos os tem-pos, o "São Paulo -Brasil", disco queresultou num espe-táculo teatral com omesmo nome. Du-

du Portes aparecia com umanovidade neste espetáculo:além de bateria e percussão,tocava guitarra em "Imigran-tes", música de Natan Mar-ques e Crispin Del Cistia.Terminada a temporada, a "&CIA." partiu para gravaçõesem estúdios arranjando,produzindo e acompanhandovários artistas como JoãoBosco, Simone, Rita Lee,entre outros. Cesar se em-polgava com a sonoridademais pesada da "& CIA.", a talponto, que resolveu dividir opalco com o que havia demais expressivo em termosde Rock Pesado durante "I°Festival Latino Americano deRock", no Ginásio do Ibira-puera .E a Elis? Agora ela já estavavindo com novo espetáculo"Transversal do Tempo" e comele a correria das viagens. Aestréia foi em São Paulo,seguiu para o Rio, Porto Alegree depois Europa onde DuduPortes se consagrou comobaterista, obtendo elogios dacrítica em todos os países poronde passou, recebendovários convites para atuar edesenvolver uma carreirasolo. De volta para o Brasil,

Dudu Portes resolveu mudartudo de novo. Radicalizou?Sim, e desta vez enveredoupelos caminhos da propagan-da e da música para cinema,tendo sido premiado pelaABAP, Clio Awards, FIAP ePrêmio Colunistas, entreoutros.Após sete anos como diretorde som no RTV da ALMAP/BBDO, Dudu Portes partiupara seu próprio negócio,montando uma produtora decomerciais. Após mais seteanos como dono de estúdioe vendo que o "apenasempresário" não era feliz,Dudu Portes "músico" está devolta à estrada.Dudu Portes já gravou com: OBando, Gal Costa, HermesAquino, Walter Franco, FlyingBanana, Doris Monteiro,Papete, Claudio Denis, EarlHines, Marva Josie, Sirlan,Claudio Cartier, Amelinha,Fagner, Hanah, João Bosco,Ivan Lins, Claudia Savaget,Simone, Renato Teixeira,Almir Sater, Milton Nascimen-to, O Quarteto, Elis Regina,Cesar Camargo Mariano,Placa Luminosa, Rita Lee,Dori Caymmi, Heraldo doMonte, Hermeto Pascoal,Arismar do Espírito Santo,Chico Batera.Dudu Portes já tocou com:Bossa Tema Trio, Ligação 3,Cido Bianchi, Johnny Alf, Stan

Getz, O Bando, Gal Costa,Maria Alcina, Gilberto Gil,Vinícius e Toquinho, Quartetoem Cy, Renato Teixeira, JoãoRicardo, Humahuaca, DorisMonteiro, Ivan Lins, MiltonNascimento, Rita Lee, ElisRegina, Cesar CamargoMariano, Téo de Barros, SilviaGóes, Arismar do EspíritoSanto, Hermeto Pascoal,Chico Batera, Jazz Inc., entreoutros.Atualmente: Vem desenvol-vendo produtos eletrônicos,instrumentos de percussão edevido à sua larga experiên-cia e grande conhecimentoda matéria, vem dando as-sessoria e consultoria técnicapara diversos fabricantesnacionais como FISCHER,TORELLI, STAFF DRUM,LUEN e, também, para impor-tadores.Dudu Portes é consultoreditorial da revista ModernDrummer onde mantém suacoluna VAMUTOCÁMOÇADA.Dudu Portes assina as novaspeles profissionais parabateria da LUEN e tambémseu exclusivo modelo debaquetas desenvolvido paraa LIVERPOOL.Atualmente, como músico,Dudu se apresenta comRenato Teixeira & Banda ecom Renato Teixeira & SergioReis na tournée "AmizadeSincera". (Ass)

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JGNEWS 20/09 A 20/10/2013COMENTÁRIOS DE MARCIO PASCHOAL

CADEIRA DEBALANÇOBAGUNÇA

GENERALIZADAUm bom lançamento, nocampo instrumental, é o CD"Bagunça Generalizada" dogrupo de choro Cadeira deBalanço. Misturando autoraise composições de músicostarimbados, como Zé Barbei-ro, Toninho Ferragutti, Hamil-ton de Holanda e NelsonAyres, o Cadeira mostra umsom jovem e vibrante, emque não se desperdiçamnotas mais rebuscadas e obalanço de um bom chorinho.O sexteto é formado por GianCorreia (violão de sete cor-das), Rafael Toledo (percus-são), Henrique Araújo (cava-quinho), Leo Rodrigues (pan-deiro), Douglas Alonso(bateria) e Enrique Menezes(flauta) e, apesar de jovem,tem experiência em inter-venções musicais ao vivo eem estúdios, além de estu-dos técnicos. Das autorias,destaca-se "Pagodinho naBoate Duvidosa" (EnriqueMenezes), com violão desete na linha melódica de umday tripper. E dos outroscompositores, fico com "VóTerezinha" (Ayres) e "PraSempre" (Holanda).

JUST IN TIMEJOÃO SENISE

Filho do flautista e saxo-fonista Mauro Senise, o can-

FÁBIO JORGEEDITH

Contrariando os mais apres-sados prognósticos, um CDhomenageando Piaff podesoar como um desafio, se nãodéjà vu, no mínimo arriscado.Aos desavisados, cumpreavisar que este CD do cantorFábio Jorge, saudando 50anos de saudade de EdithPiaff, é um achado. O paulis-tano Fábio, filho de francesa,desde cedo foi apresentadoà música da cantora. Tal inti-midade se faz sentir em qua-se todo o disco. "Je sais com-ment" (Julien Bouquet, Ro-bert Chauvigny), a emble-mática "Les mots d'amour"(Charles Dumont, Michel Riv-gauche), com um acordeomcerteiro de Ferragutti, sobres-saem. A já tão batida "La Vieen Rose" sai um pouco do ób-vio e agrada com o a capella,os violinos e o flugelhorn. Aclássica "Non je ne regretterien" (Michel Vaucaire, Char-les Dumont) tem estranhalevada mais contida, com opiano ao fundo. O CD finaliza,claro, com um "L"Hynne À l'a-mour" à altura da homena-geada. Festa e palco que seencerram, celebrando Piaffque, tanto quanto ao tema deamor que evoca, é eterna.

BRASILIANAVENTO EMMADEIRA

O grupo Vento em Madeira,formado por Teco Cardoso(sax soprano e flauta), LeaFreire (flauta baixo), TiagoCosta (piano), Fernando De-marco (baixo acústico) e EduRibeiro (bateria) vem comseu segundo trabalho, o óti-mo "Brasiliana". Os músicosprimam por mesclar com al-guma leveza segmentos nãotão homogêneos, como ins-trumental popular e clássico.Com improvisos sem exa-geros tão comuns e bastantecriatividade, o cd traz músicabrasileira instrumental dequalidade e alguns momen-tos de excelência, como naque nomeia o disco, de TiagoCosta, na "Angulosa" de LeaFreire e, principalmente, nainspirada e vivaz "Dança dasPipas", de Lea e Teco Car-doso.

tor João Senisefaz sua estreiaem disco (Just intime). O CD im-pressiona pela a-purada seleçãode repertório e pe-los músicos en-volvidos (além dopai no sax e flau-

ta), José Arimatea (trumpete),Leo Amuedo (guitarra), IdrissBoudrioua (flugelhorn), entreoutros. Gilson Peranzzetta(clarineta, acordeom e piano)assina a direção musical.Certo estranhamento podecausar na escolha de cantorbrasileiro com canções ame-ricanas antigas (exceção àsurpresa com a clássica deEric Clapton "Tears in Hea-ven"), mas fato é que elas es-tão ótimas. Na interpretaçãode "Feeling Good", o melhormomento do cantor. Em"Cheek to Cheek" (Irving Ber-lin) a participação de SofiaVaz. Em "All of me", o acom-panhamento de Zeca As-sumpção no contrabaixo, saxalto de Mauro Senise e aguitarra de Amuedo, impecá-veis, o arranjo acerta. Joãomostra elegância e correçãono timbre na maioria das fai-xas, como em "Cry me a river"em belo arranjo de cordas.Estreia bem-vinda.

LANÇAMENTOS - MÚSICA INSTRUMENTAL E PIAFFMárcio Paschoal

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JGNEWS 20/09 A 20/10/2013MÚSICA CLÁSSICA E CONTEMPORÂNEA

EXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

EditoresAntonio Bragae Jorge Piloto

ColaboradoresNido Pedrosa, Viviane Ma-rins, Elias Nogueira, Alber-to Guimarães, MárcioPaschoal, Robson Candêo,Fábio Cezzane. Os artigos assinados são de

responsabilidade de seus au-tores.

BahiaJorge PIloto(71) 8299-5219 claro / 9171-8911 TIM / 8647-7625 [email protected]

http://www.youblisher.com/p/186646-Anuario-de-Lojas-de-Instrumentos-Musicais-Discos/

Redação:Rua Soldado ErnestoCoutinho, 10 - Saquarema /RJ - CEP 28.990-000

Rio de JaneiroViviane Marins:(22) 8828-0041(21) [email protected]

"Cartas de Amor" reúneobras do compositor

carioca de música clássicae contemporânea indicado

ao Grammy Latino nosúltimos 2 anos e

comemora os 10 anos dogrupo intérprete Gnu.

A música contemporâneabrasileira resiste bravamentee um dos seus pólos maiscriativos fica no Rio de Janei-ro, onde grupos de câmara ecompositores vêm se desta-cando não apenas em terri-tório nacional quanto noexterior. O compositor cario-ca Sergio Roberto de Oliveira,indicado ao Grammy Latinoem categorias de músicaclássica nos últimos doisanos, é uma dessas grandesreferências atuais que nãoabre mão de divulgar aprópria música e a deterceiros, escrevendo obraspara formações diversas,sempre acompanhado porintérpretes de raro talento.Uma dessas brilhantesparcerias na seara damúsica contemporâneapode ser conferida no CD"Cartas de Amor" (A Casa

D i s c o s ,R $ 2 0 , 0 0em média),uma home-nagem aFernandoPessoa nos125 anosde seu nas-c i m e n t o ,

produzido pelo própriocompositor, tendo comointérprete o Gnu, grupocarioca que está completan-do 10 anos de formação epara o qual Sergio Robertode Oliveira vem escrevendoe dedicando peças desde2009.Ao todo, o CD reúne seteobras do compositor, abrindocom "Quadrado", apresen-tando grande pluralidade demateriais, com referênciasmatemáticas e certo sabornordestino. "Poema Meu",escrita a partir de um poemado próprio compositor, trazuma sonoridade romântica apartir de um texto que brincana abordagem de sua inse-gurança em ser daltônico. Apeça "Cartas de Amor", compoema de Fernando Pessoa,contesta a ideia daquelesque julgam ridículo expor ossentimentos, algo tão co-mum hoje em dia. Na músi-ca, a cantora é censuradapelos músicos, que, de formaagressiva, a reprimem, dan-do início a uma batalha entreo sentimento e a razão. Emseguida, "Baobá" faz umahomenagem do compositorao livro "O Pequeno Príncipe",e "Canção de Nuvem eVento", composta sobrepoema homônimo de MárioQuintana, ambas alusõescarinhosas à infância docompositor. O amor e seusdesdobramentos tambéminspiraram as obras "3Olhares sobre uma moça

bonita", em três movi-mentos, e "Ciclo", queencerra o disco comouma história de amorbem lúdica entre umaclarineta e uma flauta."Fazer música clássicacontemporânea é umadelícia. Novos pensa-mentos, novos sons,criar a expressão domundo de hoje. Mas étambém um ato de re-sistência", revela SergioRoberto de Oliveira."Como Tom Jobim dizia,temos que inventar oBrasil. Ainda temos,mesmo depois de tantagente. E aí vem a mara-vilha: as boas compa-nhias nessa resistência,nessa invenção. E o Gnu,certamente, é uma das mi-nhas melhores companhias.É um privilégio ter ideias esons interpretados por eles",acrescenta.

SERGIO ROBERTODE OLIVEIRA -COMPOSITOR

Indicado duas vezes aoGrammy Latino (2011 e2012), Sergio Roberto deOliveira vem participandoativamente do cenáriomusical brasileiro e inter-nacional em seus 16 anosde carreira, seja no Brasil,seja no exterior. Na Europa,sua obra tem sido apre-sentada na Inglaterra (ondeé publicado pela editora

Peacock Press), Itália,Portugal e Holanda. Nos EUA,sua música tem presençaconstante, com diversasencomendas e estreias,entrevistas, matérias emrevistas especializadas,gravações e palestras emUniversidades. Foi Artista-em-Residência na DukeUniversity em 2009.Seu grupo de compositores,Prelúdio 21, tem sido des-taque no cenário da músicacontemporânea brasileira,atuando ininterruptamentedesde 1998, com mais de200 concertos. O projeto"Quinze", que comemorouseus 15 anos de carreira elançado em 2012, contoucom 130 músicos e 27compositores em 5 CDs e 13

Sergio Roberto de Oliveira lança CD como Gnu, homenageando Fernando Pessoa

Cezzane

JGNEWS20/09 A 20/10/2013 MÚSICA CLÁSSICA E CONTEMPORÂNEAconcertos.Sergio destaca-se tambémcomo produtor. Sua disco-grafia apresenta 13 CDscomo produtor, 13 comocompositor, 20 como produ-tor fonográfico, 2 comoarranjador e 2 como pianista.Seu catálogo de compo-sições tem no momentomais de 100 obras paradiversas forma-ções. É membro daAcademia Latinade Artes e Ciênciada Gravação.

GNU - OGRUPO

Conjunto de câ-mara especializa-do na interpreta-ção do repertóriomoderno e con-temporâneo damúsica de concer-

to, o Gnu tem como principalobjetivo difundir a produçãomusical dos séculos XX e XXI,investindo em um repertóriodiversificado, abrangendopeças de compositoresbrasileiros e estrangeiros.Desde o início de suaformação, em 2003, o grupovem contribuindo para oincremento da produção damúsica dos dias de hoje,

através de encomendas eestreias de peças a nívelmundial ou nacional.Formado por músicos comvasta experiência e atuaçãono cenário da músicacontemporânea, o Gnu vemrecebendo destaque eelogios do público e da críticaespecializada pelo entro-samento de seus músicos nopalco, fator decisivo na

qualidade e sutileza da suainterpretação musical emperformances de alto padrãoartístico. O resultado dessetrabalho tem se refletido emconvites recebidos, ao longodesses dez anos deatividade, para participar deimportantes eventos damúsica de concerto atual,destacando-se a Bienal deMúsica Brasileira Contem-

porânea (FU-NARTE), o Pano-rama da MúsicaBrasileira Atual,(Escola de Músi-ca da UFRJ); asérie "Prelúdio21 - música dopresente", e"Música de A-gora na Bahia(OCA)".

Sergio Robertode Oliveira e ogrupo Gnu.

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MUSICANDOMUSICANDORobson Candêo CDS, DVDS E BLU-RAYS

Eu adoroblues esoumuito fãda CyndiLauper,confesso.Mas nãodeixemisso tiraro méritodo DVDCyndiLauper -To

Memphis with Love, ondeessa grande cantora popgravou um show ao vivo sócom blues de primeiracategoria, entre eles, alguns

de seusantigossucessoscom umaroupagem deblues. Oshow tem agrandeparticipaçãode JonnyJonnyJonnyJonnyJonnyLang Lang Lang Lang Lang comsuasensacionalguitarra, evoz.Nasnovidadesem CDs deartistas

nacionais, tem o novoálbum (sendo o primeirotodo em português) doconsagrado guitarrista deblues rock Big Gilson - Aqui,

pra você!com umaboa pegadano estilo doNasi.Tambémtem o

primeiro disco da MC KarolConká - Batukfreak - paraquem gosta de rap comuma batida mais dançante.Nos CDs de artistasestrangeiros tem o novodisco do Rolling Stones -Hyde Park Live com o showda turnê "50 & Counting" -só com música boa econhecida (Start Me Up,Jumpin Jack Flash eSympathy for the Devil sãoalgumas delas). O álbumchegou aoNº 1 doiTunes em11 países.John MayerlançouParadiseValley commúsicas umpouco maislentas que ado seu estilonormal,caindo maispara ocountry/rockromântico do que para umálbum de guitarrista solo -mas mesmo assim muitolegal, com direito até a umaparceria com a namoradaKaty Perry na canção "WhoYou Love".Em Blu-ray, consegui algunstítulos bem interessantes

que quero apresentar avocês, e, mesmo nãosendo lançamentos sãoitens imperdíveis paraquem gosta de um bomespetáculo. O primeirodeles é o show da bandaBon Jovi - Live at MadisonSquare Garden que trazos grandes hits do grupocomo "Blaze of Glory","Always" e "Wanted Deador Alive" entre tantosoutros - qualidade digna

de Blu-raye grandeperformancede JonBon Jovi eseuscompanheiros- além detrazerdocumentáriocom abanda.Tambémtem o Blu-ray dabanda Foo

Fighters - Live at Wembleycom uma super produção eos maiores hits do grupo,como "Learn to Fly" e "TimeLike These", em um rockmais pesado que leva osfãs à loucura, e ainda temcomo convidados ninguémmenos do que John Paul

Jones e Jimmy Page(ambos do LedZeppelin) tocando emduas músicas dopróprio Led - "RambleOn" e "Rock and Roll".E por último o Blu-raydo Green Day - Bullet ina Bible que traz umrock ainda maispesado, com umaenergia impressionanteda banda e também

com várias músicasconhecidas, como"American Idiot", e asbrilhantes "Wake Up WhenSeptember Ends","Boulevard of BrokenDreams" e "Good Ridance".Dica boa: Durante todo estemês de setembro estáacontecendo o iTunesFestival, onde a cada diasão transmitidos direto deLondres, 2 shows ao vivoque podem ser assistidosno iPhone, iPad, iPod ou noaplicativo gratuido doiTunes instalado nocomputador. Entre osartistas, grandes nomescomo Katy Perry, Queensof the Stone Age, EltonJohn e Justin Timberlake.Por 30 dias esses showspoderão ser vistosgratuitamente, pois ficarãodisponíveis após atransmissão. Imperdível.

Robson Candêo éresponsável pelas resenhas

musicais do sitewww.dvdmagazine.com.br

e escreve para o blog:http://goo.gl/vLnlh

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JGNEWS 20/09 A 20/10/2013GOSPEL/SONY MUSIC

DVD "Aos Vivos" - Banda Resgate , nas prateleirasO DVD conta com 22 faixas emistura o repertório dos doisúltimos CDs da banda: 'EsteLado para Cima', 'Ainda Nãoé o Último' e clássicas como:'Rock da Vovó', 'Daniel', '5:50AM' entre outras.Nos extras, entrevista com abanda, vídeoclipe dasmúsicas: 'Depois de Tudo' e'Jack, Joe and Nancy in TheMal'l (The Book is The Table).Nos últimos 3 anos, a bandaretomou as viagens pelopaís. Lugares nunca antesvisitados conquistaram umnovo público que teve aoportunidade de ver oResgate ao vivo.'É como ver um show inéditocom canções que fizeram

parte da trilha sonorada vida de muitagente', comentou ZéBruno, um dos quatrointegrantes da banda.Lançamento SonyMusic.

Disponibilizada a faixa "Eu Estou aqui" no canal da Bandano Youtube: http://www.youtube.com/

watch?v=r3EXWUR_WJY&feature=share&list=

JGNEWS20/09 A 20/10/2013 PERFIL DO COMPOSITOR/MÚSICO/SBACEM

CarlinhosGonzales

Filho de Mexicanos, Car-linhos Gonzales viveu grandeparte de sua vida em SãoPaulo, quando iniciou suatrajetória musical. Semeiaseu trabalho no Brasil hácerca de 40 anos. O músicoé um percussionista queprima pelo som. Pesquisadorde ritmos brasileiros há maisde 20 anos, tem vivenciado

em campo diversas sonorida-des junto às manifestaçõesde cultura popular brasileira.Desenvolve assim, umamaneira singular de enten-der este universo. Dele retiraas mais belas formas deexpressão a partir dos ensi-namentos que vem dosmestres de folia, samba deroda, maracatu, congo, jon-go, cururu, capoeira, macule-lê, congada, macumba entreoutros.Com forte presença de palcoo músico sempre foi muito

requisitado para shows egravações. Entre outrosnomes estão: Tim Maia,Jorge Ben Jor, Benito dePaula, Trio Mocotó , Cravo eCanela, Neli de Andrade,Ângela Maria, Grupo Sen-sação, Gustavo Lins, RaçaNegra, Rodriguinho, NossoSentimento, entre outrosGonzales viajou por todoBrasil colhendo elementosda cultura popular, tambémesteve atuando em palcos deoutros países como: EstadosUnidos, França, Inglaterra

Portugal, Suíça , Itália, Rús-sia, Espanha, toda a Américado Sul, Indonésia, Japão,China e Egito .Carlinhos Gonzales, desdeque surgiu no meio artísticocom seu estilo próprio érespeitado e acolhido porrepresentantes de todos osmovimentos musicais, desdea pós-Bossa Nova aos diasatuais.Nos últimos treze anos, ogrande Gonzales atua comopercussionista do CantorBelo.

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Quando surgiu a ideia demontar uma fábrica deinstrumentos de percus-são?Veio da necessidade de terinstrumentos de qualidade.Começamos fabricandoMacetas e Talabartes, correi-as que seguram o instru-mento. Aos poucos fomosfabricando outros instru-mentos para samba e pago-de, foi uma coisa que acon-teceu naturalmente, fomosnos interessando e foramsurgindo pedidos.

Por que fabricar instru-mentos em Aço, Alumínio eMadeira? Quais foram asprimeiras dificuldades?Fabricar instrumentos emmateriais diferentes, comoAço, Alumínio e Madeira, veioda necessidade dos per-cussionistas. Eles nos tra-ziam as sugestões e nosajudavam a fazer o instru-mento certo para aquela ati-vidade. As primeiras dificul-dades começaram com asafinações dos instrumentosjunto aos mestres de bate-rias das Escolas de Samba.O Surdo, por exemplo, tinhaum tirante com pouca rosca,tivemos que fazer um tirantecom 10 cm de rosca, ante-riormente era de apenas 5cm. E assim, junto aos mes-tres da percussão fomoschegando à perfeição dosinstrumentos que vendemoshoje, com muito orgulho.Porque materiais diferentes?Por que cada um tem umsom diferente. O Aço, temum barulho mais de lata,mais agudo. Os instrumentos

A revista JG News visitou no mês de agosto a fábrica King Instrumentos Musicais, que fica localizada no municípiode Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Muito bem recebido, o editor Antonio Braga entrevistou o proprietário AlfredoAlves, que contou um pouco da trajetória vitoriosa da King no difícil mercado de instrumentos no Brasil.

em Alumínio têm um sommais suave, e os confec-cionados em Madeira têmum som mais grave - aí vaidepender do que o percus-

sionista tem em mente.

Quais são os instrumentosque mais vendem durante oano ?

Sem dúvida o Reco Reco e oTamborim, de um modogeral, vendem bem o anointeiro. Para o samba, o quevende mais é a Caixa.

O Diretor Alfredo Alves e o Gerente Evandro,no salão de entrada da fábrica.

Uma fábrica com suporte de estoque e entregaFÁBRICA: KING INSTRUMENTOS MUSICAISAntonio Braga

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Acredito que no começo,para entrar no mercado,quer dizer, para colocarinstrumentos nas lojastenha sido difícil, não é?Muito difícil. As lojas não nosconheciam, embora na épo-ca já vendêssemos direto

para as Escolas de Samba.Que marca é essa? É o queperguntavam, e fomos tra-balhando os percussionistaspara espalharem o nome dafábrica. Foi muito trabalho debase até conseguir uma fatiade mercado. Nossos instru-mentos eram o nosso cartãode visita, pois eram muitobons. Hoje estamos com 12anos de mercado, e ven-demos para o Brasil inteiro.A King, hoje, é uma marcaconceituada e reconhecidapor toda a classe artísticamusical. E, continuamos adesenvolver novos produtos,sempre auxiliados pelosmelhores mestres de bate-ria. Também fornecemosinstrumentos especiais paraSão Paulo, para uma marcachamada Redenção.

Quais são os novos projetose quem são seus endorses?Endorses temos: Dudu No-

bre, Mafran, Marechal, Mo-lejo, Niltinho, Pavaroti, dentreoutros, totalizam 15 na ver-dade. E quanto aos novosprojetos, temos o Kit perso-nalizado para bandas de pa-gode que inclui: Timbau (comTripé), Caixa (com tripé),Repique de Mão, Surdo (comtripé), Repique de Anel (comtripé), Rebolo (com Tripé),Tamborim, Pandeiro, Cuica,Reco Reco e Ganzá - tudo issopersonalizado com o nomeda banda e pode sair coloridonas seguintes cores: Ama-relo, Azul, Preto, Branco, Ver-

melho e Verde. E, mais, essesinstrumentos já saem dafábrica com capa (bags)especiais. A King estará sem-pre desenvolvendo novosprodutos para melhor aten-der aos percussionistas.

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JGNEWS 20/09 A 20/10/2013PORTUGALAlberto Guimarães

Vinho do Porto emúsica brasileira éuma receita certa. Nacidade do Porto, tevelugar a apresentaçãodo livro/CD "SantoAntônio e outros can-tos", de J. Velloso. Oevento foi uma inicia-tiva do Instituto dosVinhos do Douro e doPorto, que assim mos-trou também ser sen-sível à cultura, umainstituição que, comacuidade, promove ocontrole da qualidadedos vinhos do Porto."Santo Antônio e ou-tros cantos", lançadono Brasil em 2010,entre a evocação dosagrado ou jornade-ando pelo profano,estampa letras decanções que J. Velloso fez,sozinho ou em parcerias, aolongo de quase vinte e cincoanos de carreira. Trata-se deum livro acompanhado deum CD com sete interpre-tações por J. Velloso, com-positor que tem sido gravadopor vozes como as de MariaBethânia, Gal Costa, DanielaMercury, Zezé Mota, VâniaAbreu, Beth Carvalho, BelôVeloso e outros nomes.J. Velloso é sobrinho deCaetano Veloso e MariaBethânia e neto de D. Canô.Conversando com ele nas

J. Velloso: um artista feliz

margens do Rio Douro, ondesua avó sempre lembravaum dia ter molhado os pés,deparamos com um artistaatento aos desafios dacriação e produção musicale com um ser humano ondea emotividade e o afetoestão à flor da pele. Ele noslevou aos primórdios de suacarreira musical: "Eu nasciem Santo Amaro, na Bahia ecresci dentro de casa com osucesso artístico e o reconhe-cimento de Caetano e Bethâ-nia. Lembro a dedicaçãodeles sempre de uma formamuito alegre, feliz e séria.Essa forma deles se com-portarem diante da músicavem muito da educação quereceberam de minha avó ede meu avô. Trabalhar emmúsica, para mim só poderiaser com esse jeito, comempenho como o deles. Eume formei em veterinária efoi isso que me trouxe para amúsica, porque após a

formatura recebi convitepara morar no Rio, porém nãoquis me afastar da Bahiapara onde voltei. Minha avó,D. Canô, sugeriu que euvoltasse para Santo Amaro eabrisse um consultório e meconvidou a viver na casa dela.Isso foi bom por tudo, prin-cipalmente por ter convividocom minha avó. Sou santo-amarense, mas tinha vividosempre na capital, em cida-de grande. Em Santo Amaroeu vivi os sentimentos e oprazer de morar numa cida-de pequena, no que ali sobrade afeto, de amizade e deconsideração. Isso me mar-cou muito. Tinha uma visãoda música, por conta deacompanhar a carreira deCaetano, Bethânia e outrosamigos deles, como Gil, quefaziam muito sucesso. EmSanto Amaro conheci e meaproximei por alguns músi-cos. Roberto Mendes musi-cou uma letra minha e a

partir daí continuei fazendoletra e direção de pequenosshows. Passei a fazer letrascom outros compositoresbaianos e a ser gravado."Em 1997, a cantora JussaraSilveira incluiu em seu CDuma música de J. Velloso.Com as lágrimas lhe mare-jando os olhos, ele nos conta:"Maria Sampaio, fotógrafa eescritora, afilhada de JorgeAmado, desde o início meincentivou muito. O ProfessorAlmiro Oliveira, um com-positor de dobrados defilarmônica do interior daBahia, um senhor de 80anos para quem ela produziaas capas, tinha o hábitomuito bonito de fazer músi-cas e dar de presente àspessoas de quem gostava. Efez uma chamada, Bolero'Maria Sampaio' que ofere-ceu a ela. Maria Sampaiopediu-lhe autorização paraque eu, que estava a come-çar, colocasse uma letra no

J. Velloso, Manuel Cabral (IVDP) e Durval Carvalho de Barros (Consulado do Brasil)

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bolero. Ele aceitou, com adoçura da pessoa que eleera, com o amor que tinha aMaria Sampaio e com suagrandiosidade de artista quefaz os riscos ficarem peque-nos. Fiz uma letra dirigida aosignificado de Maria Sam-paio dentro da minha família.Sou muito feliz pelos paren-tes que tenho e amo, e portoda a gente que tem sidoagregada ao nosso grupo, ànossa família. Daí o verso"amigos são parentes quepude escolher", porque MaraSampaio era isso: uma pa-renta nossa querida. Teminevitabilidades, mas é muitobom essa possibilidade quea gente tem de escolher econquistar uma amizade.Amizade é o maior sentimen-to que existe. Há uma grandecumplicidade naquela faixa,entre Jussara, que tambémera amiga de Maria Sam-paio, Almiro Oliveira e eu".O trabalho desenvolvido porJ. Velloso como produtor éreferencial na música brasi-leira, e o álbum "Diplomacia",de Batatinha, é mostra disso.Sobre essa produção pedi-mos que nos falasse: "Aprodução do disco de Bata-tinha foi um prazer e umanecessidade. Ela surge danecessidade de afirmar amúsica baiana como arte.Batatinha era um músico dequem eu gostava muito. Elenão tinha ressentimento porser pouco reconhecido artis-ticamente. Paquito, um ro-queiro, me disse que Batati-nha era bem o símbolo donão reconhecimento dosmúsicos baianos, mas eratambém o exemplo de quese podia fazer música comoutra atitude no nosso Esta-do. Convidei Paquito paratrabalhar comigo no projetode fazer um disco de Bata-tinha e conseguimos apoiodo governo da Bahia. Essaminha primeira produção,que fiz junto com Paquito,

ganhou logo o Prêmio Sharp,concorrendo com outrosgrandes sambistas. Isso deuum fôlego novo ao samba daBahia que continua a cresceraté hoje. Infelizmente Batati-nha estava doente e não viuo lançamento e o êxito dodisco. Após isso produzimoso disco de Riachão que teveuma indicação para o Gram-my. "J. Velloso levou adianteseu trabalho como produtor:"Eu produzi na Bahia umdisco chamado Disco doRosário dos Pretos, umaigreja que foi construídapelos escravos em Salvador,no Pelourinho. Assistindo auma missa em que os cân-ticos tinham relação com asmúsicas ligadas aos afro-descendentes, pensei quepodia fazer um disco comaquelas músicas e convidarartistas negros para coloca-rem as vozes, e grupos quetivessem conotação com aritmia oriunda da África.Montei esse disco e entre asmúsicas tinha uma queparecia muito com samba deroda. O samba de roda de D.Edith do Prato no instigantedisco de Caetano, Araçá Azulsempre ficou na minhamemória e eu me encan-tava quando a ouvia emSanto Amaro nas festas danossa família. Quando ouvina Igreja do Rosário dosPretos as pessoas cantandoe batendo palmas igual co-mo no samba de roda, pen-sei fazer o disco. Isso muitoa partir da ideia de gravarEdith. Mas não sabia comoisso ia acontecer, se ia terdificuldade ou não no regis-tro. Gravei esse disco todo naIgreja do Rosário dos Pretos,com a participação de Edith,Zezé Mota, D. Ivone Lara,Chico Cesar, Margareth Me-nezes. Tudo tinha de sermuito rápido. Foi uma lou-cura porque a Igreja nãoparava de ter missas, e naspraças próximas tinha mú-

sica. A gentepedia para parara música e gra-vava uma faixaem cinco mi-nutos. QuandoEdith foi gravar,levei umas ami-gas nossas quetinham aquelasvozes bem deresposta emsamba de roda.Tudo foi gravadocom muita facili-dade e rapidez epensei: o próximo projeto éfazer o disco de Edith doPrato. Assim nasceu a ideiade fazer depois o disco deEdith do Prato que hoje servede referência para quemquer saber algo de samba deroda. Mais do que um discode investigador pretendiproduzir um disco que aspessoas ouvissem em casa,enquanto convivem, sam-bam, bebem. Procurei casarpequenos sambas e tornou-se normal ouvir as pessoascantarem essas sequênciascomo se fossem naturais.Fico feliz porque essessambas de roda foram pre-servados, estão registradoscomo domínio público, per-tencendo ao povo brasileiro."Ganhamos prêmio e me dámuita alegria pensar que tivea ideia de fazê-lo e queconsegui realizá-lo com aajuda de muitas pessoas".Além do CD incluído em "San-to Antônio e outros contos",J. Velloso tem outros dois dis-cos seus: "Aboio para um ri-noceronte", com o selo Eldo-rado e "J. Velloso e os cava-leiros de Jorge", lançado pelaBiscoito Fino / Quitanda.Todo o trabalho de J. Vellosoé atravessado por um posi-cionamento artístico: "Oartista é reflexo da cultura deseu povo e enfrenta o dilemade como preservar as tradi-ções, ou seja, de como fazê-lo sem perder o bonde da mo-

dernidade. Das tradições bra-sileiras, passando pelo tropi-calismo e desde a Semanade Arte Moderna em 1922,os artistas assumiram a co-ragem da autenticidade bra-sileira ao ponto de não termedo de se aproximar deuma arte fora do seu limiteterritorial. Coragem é muitoimportante. Minha avó, D.Canô, disse uma frase quepassei a Jorge Vercilo, meuparceiro, e ele colocou numamúsica, algo que desde queela se foi sempre lembro: serfeliz é para quem tem cora-gem."J. Velloso é um homem tran-quilo e um artista inquieto.Sobre ele escreveu JorgeMautner, outro parceiro: "To-dos os dias e todas as noites,os tambores dos candom-blés batem por ele, e dentrodele, o tempo todo, a vida to-da, sem parar!!!".O artista se apresentou dia 7de setembro, na Semana daDiversidade, no Largo 2 deJulho, em Salvador; dia 10de setembro em Bruxelas, naBélgica, no Music Village; dia12 de setembro na Maisonde l'UNESCO em Paris,França, e, dia 15 na Lavagede la Madeleine, tambémem Paris.

Alberto Guimarães écorrespondente da revista JGNews em Portugal. Contato:

[email protected]

PORTUGAL

Jorge Mautner, J. Veloso e Jorge Vercillo

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JGNEWS 20/09 A 20/10/2013MONTE DE COISAS BOAS

Aconteceu e ainda vai acontecerARMANDINHO,

XANGAI EMARIOULLOA

Encontro de Virtuosos emúnica apresentação

Aconteceu no dia 22 deagosto, no Teatro Rival Pe-trobras, RJ, um encontro devirtuosos: Armandinho comsua guitarrinha alegre, MarioUlloa com seu violão clássicoe Xangai com seu canto de

cantador do interiorzão doBrasil. Estilos diferentes,mistura preciosa que andaem falta nos palcos mundoafora.Xangai, Armandinho e ocosta-riquenho Mario Ulloa játocaram juntos, mas sempreem duplas, como um trio, foia primeira vez. Consideradoum violonista de técnicaapurada, a música erudita deMario Ulloa se juntou à gui-tarra animada de Arman-dinho e à baianice inte-riorana do cantador Xangai -roteiros diferentes, mastodos igualmente interes-santes. Além das músicas de

Armandinho como "Desdemenino" , "Pororocas" e deXangai "Água" e "EstampasEucalol", o repertório incluiucanções de Ataulfo Alves, deJacob do Bandolim e dovenezuelano Simon Diaz.

JULIOIGLESIAS70 anos

O cantor Julio Iglesias com-pleta, em setembro, 70 anosdos quais 44 cantando.Como o nosso Roberto Car-los, o espanhol continua via-

jando, apresentando-se emvários países pelo mundo erecebendo homenagens poronde passa. Em abril, desem-barcou na China, onde foipremiado pelo GuinessBook, como o artista latinoque mais vendeu discos nomundo: mais de 300 mi-lhões. Suas músicas ganha-ram versões em inglês,alemão, chinês e português.Iglesias já fez duetos comDiana Ross, Steve Wonder,Willie Nelson e os brasileirosRoberto Carlos, Daniel e Zezédi Camargo & Luciano (linkabaixo), entre outros.http://youtu.be/fx2AYfkxhiI

Viviane Marins

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LANÇAMENTOS FONOGRÁFICOS

MERCY METHE HURT & THE HEALERSONY MUSIC GOSPEL

MICHAEL W. SMITHWONDERSONY MUSIC GOSPEL

MICHAEL W. SMITHGLORYSONY MUSIC GOSPEL

JOHN MAYERPARADISE VALLEYSONY MUSIC

ANITTAANITTAWARNER MUSIC

ROBINSON MONTEIROÉ SÓ CRERSONY MUSIC GOSPEL

MINISTÉRIO ALÉM DO VÉUAO VIVOSONY MUSIC GOSPEL

RENASCER PRAISENOVO DIA NOVO TEMPOSONY MUSIC GOSPEL

ANDRE E FELIPEPAZ E AMOSSONY MUSIC GOSPEL

CASTING CROWNSCOME TO THE WELLSONY MUSIC GOSPEL

KERRIE ROBERTSTIME FOR THE SHOWSONY MUSIC GOSPEL

LEELANDTHE GREAT AWAKENINGSONY MUSIC GOSPEL

JGNEWS 20/09 A 20/10/2013Elias Nogueira

Big Gilson é um guitarristaautodidata, cantor e compo-sitor, reconhecido internacio-nalmente por público e crí-tica, e que toca seu instru-mento (guitarra) desde os 15anos. Começou com o bluesbranco de Johnny Winter, EricClapton e Roy Buchanan,passando depois a conhecervelhos mestres, como:Buddy Guy, Elmore Ja-mes, Albert King, Fred-die King, Robert John-son e muitos outros.Já se apresentou portodo o Brasil, EUA, Ca-nada, Argentina, Chile e Eu-ropa. Já dividiu palco namesma noite com artistas doquilate de Steve Winwood(Brazilian tour), Johnny Rivers(70.000 pes-soas), JohnnyWinter, Canned Heat, MickTaylor (Rolling Stones), MagicSlim, e duas vezes com omestre B.B. King.Fundador da lendária e extin-ta Big Allanbik, uma das pio-neiras bandas de blues bra-sileiras, Gilson solidificousua carreira no Brasil e noexterior aonde toca e lançaCDs regularmente. O guitar-rista, cantor e compositortem 14 CDs lançados, sendo4 com a banda Big Allanbik eo restante em carreira solo."Aqui pra você" é o primeirodisco solo cantado em portu-guês e o primeiro de estúdiodesde "Sentenced to living",de 2009. "Aqui pra você" vemcom 10 faixas, execuçõesprimorosas de guitarra semoverdoses, tudo na medida

Big Gilson lança "Aqui pra você".Disco em português!

certa, com muito bom gosto.Um encontro do classic rockcom outras linguagens, comoo hip hop e a surf music, numrepertório que inclui materialpróprio e algumas home-nagens certeiras. Vejam oque Big Gilson falou eme n t r e v i s t a .

"Aqui pra você"- O último disco foi "SetenceLive", há 4 anos. O tempo foipreciso; tem divulgação, cria-ção, arranjos� tudo isso foifeito com calma e muito

pensado.

Autoramas e B Ne-gão�- Participação dosAutoramas - aliás, foivocê Elias, quem me

apresentou, primeiramenteao Bacalhau (baterista). Lem-bro quando ele tocou comigopela primeira vez: foi umaparticipação na Lapa, faztempo. E, a minha primeiraparticipação oficial foi noacústico dos Autoramas,muito bom.A baixista Flávia Couri pudeassistir nuns shows dos Auto-ramas - aproveitei o recessodeles, uma época tranquilae pudemos fazer váriosshows por esse Brasil todo,gosto do som que ela tira dobaixo. Fizemos uma surf mu-sic maravilhosa.Sou fã do B Negão, fiz umamúsica exatamente para elecantar, mas ele acabou es-colhendo outra �Tomenta�canção que pedi ao SergioVid, que colocasse letra. Foia segunda vez que dividimoscomposições - a letra foi ins-pirada nas enchentes provo-cada pelas chuvas que arra-saram Teresópolis (onde

mora Vid). Foium casamentoperfeito, praze-roso. A outraparte da letra oB Negão arrasoutambém, falan-do do cotidiano.

Disco em portu-guês- Minha carreiraé longa e têm fa-ses distintas,essa é uma de-las. É a primeiravez que faço umtrabalho total-mente cantadoem português.Foi um grandedesafio paramim, cantar e compor nonosso idioma - foi tudodiferente. Acho que ficou me-lhor que cantando em inglês.

Erasmo Carlos- Erasmo Carlos é mestre. "Épreciso dar um jeito meu ami-go", lançado pelo Tremendãoem 1971, foi pinçado pormim de uma seleção de maisde 40 canções, feita por GilEduardo. É um blues e caiubem, ficou pesado. O Gil Edu-ardo é meu cúmplice, é oterceiro trabalho que fazcomigo.

O artista veioconfirmar que é omelhor guitarristade blues do Brasil!

The Beatles- Os Beatles sempre marca-ram presença em meu traba-lho. Apareço com "She's awoman", recriada magistral-mente em versão instrumen-tal pelo mestre Jeff Beck,meu inspirador. O arranjo équase irreconhecível.

Gringa- Sempre fiz mais shows noexterior. Este disco veio paramudar isso! Sou muito queri-do no exterior, mas querotambém ser muito queridono Brasil, no meu país! (risos)

Big Gilsoncom Gil Eduardo

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Universal lança box deVinícius de Moraes

Celebrando o centenário denascimento de Vinicius deMoraes (19 de outubro de1913 - 9 de julho de 1980),a Universal Music lança acaixa "A benção, Vinicius - Aarca do poeta". O box conta

com 20 CDs, incluindo 18álbuns da discografia oficialdo poeta e duas coletâneas.São títulos lançados origi-nalmente entre 1956 e1981 pelas gravadorasElenco, Philips, Odeon e

Ariola.

Zé Ramalho lançou biografiana Bienal do Rio

A Madras Editora aproveitou a Bienal do Livro do Rio deJaneiro (RJ), para lançar "Zé Ramalho - O Poeta dos Abismos",um dos cantores/compositores mais representativos donordeste brasileiro. O livro é divido em três partes. Na primeira,Zé fala sobre sua vida e inspiração. Na segunda parte, a obraapresenta uma série de depoimentos de colegas de profissãoe amigos, como Alceu Valença, Elba Ramalho e GeraldoAzevedo. Na terceira e última parte, um caderno coloridocom imagens históricas do cantor.2013, é o ano que comemora 35anos do lançamento de seuprimeiro disco solo, "Zé Rama-lho". Na estreia, o cantor apresen-tou seu estilo inconfundível demúsica e letra e emplacou clássicoscomo "Chão de Giz", "A Dança dasBorboletas", "Vila do Sossego" e "Avôhai"(link acima). Essa última contou com aparticipaçãodo tecladistasuíço PatrickMoraz, ex-Yes.

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Disco commaterial

inédito dosBeatles

A coleção "On Air - Live At TheBBC Volume 2, que contaráparte da história da maiorbanda de rock de todos ostempos, contém registrosdos The Beatles na rádio BBCde Londres. O produto agregagravações de músicas etrechos de entrevistas comos locutores da rádio. Aprimeira edição, lançada em1994, tinha 56 faixasmusicais e mais 13 faixascom diálogos entre a bandae os apresentadores da BBC.Como o grupo se apre-sentava frequentemente naemissora, ainda existeminúmeros registros feitosentre 1962 e 1970, quando

lançaram seu últimoLP, "Let It Be". A BBCtambém está prepa-rando o livro "TheBeatles - The ArchivesBBC: 1962-1970, noqual Kevin Howletttranscreve trechos deentrevistas e reúnefotografias inéditas.

Paul, ativo eproduzindoPaul McCartney aca-ba de lançar um novosingle, "New" (link nacabeça da página). Amúsica faz parte doseu próximo disco deinéditas, de mesmonome da faixa. Man-tendo a tradição demúsicas com con-teúdo motivador, Paul deixasua mensagem no novo

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=pE_1V0phMW8

som: "Podemos fazer o quequisermos, podemos viver

como decidirmos".(Ass)

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JGNEWS 20/09 A 20/10/2013MERCADO MUSICAL NORDESTINONido Pedrosa

Este registro em CD mostratoda versatilidade e sensibi-lidade do artista que já somavinte e quatro anos de car-reira. Marcelo faz sua estreiaem grande estilo, o projetoconta com participaçõesincríveis, como a do lendário'Zimbo Trio', a excelência dopiano de Amilton Godoy,além de uma orquestra comvinte e duas cordas, co-

mandadaspor dois gê-nios da mú-sica: RuriáDuprat (pre-miado comdois Gram-my's) e ain-da, o fabu-loso Lua La-faiette comseus acordesc i n e m a t o -gráficos.

O Repertório: 1- Meu Silêncio(Luiz Fernando Gon-çalves -

MARCELO FREITASMúsico, saxofonista, lança seu primeiro álbum solo, sob o titulo 'Embalada'

Claudio Nucci); 2-Foi Assim (RuyBarata - PauloAndré); 3- Na Es-trada (Clóvis Agui-ar); 4- Contrato deSeparação (Anastá-cia - Domingui-nhos); 5- Minha(Ruy Guerra - FrancisHime); 6- Misong(Maurício ZangariAlfano); 7- Isso eAquilo; (Iso Fisher -Guilherme Ron-don); 8- O Que FoiFeito de Vera (Már-cio Borges - MiltonNascimento) e ba-ladas brasileiras. Marcelotem em seu currículo diver-sas participações como mú-sico ao lado de grandes no-mes da música brasileira,tais como, Alcione, Beth Car-valho, Berimbrown, Skank,Jota Quest, Nei Lopes, AlmirGuineto, Leo Jaime, Zezé Di

Camargo & Luciano, Netinhode Paula, Jamelão, entreoutros. O músico tambémvem adquirindo notoriedadecomo arranjador e produtormusical, nos últimos anos,emprestou seu talento paramais de mil gravaçõesregistradas como instru-

mentista, arranjador eprodutor musical.C o n t a t o s :[email protected] w w . y o u t u b e . c o m /watch?v=GsYebBkF2Akw w w . y o u t u b e . c o m /watch?v=sJgFQdzzAucwww.tupirecords.com/

Gravações raras de Elvis sãolançadas em box, com 3 CDs

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=282e50REAJghttp://youtu.be/282e50REAJgElvis Presley foi relançado em box: "Elvis At Stax -Deluxe Edition", com os discos "Raised OnRock" (1973), "Good Times" (1974) e "PromiseLand" (1975). A caixa traz também faixas quenão entraram nos discos e fotos raras.Todos os três discos foram gravados entre julhoe dezembro de 1973, pois Elvis tinha obrigaçõescontratuais que exigiam a entrega de três discos.O local escolhido foi o Stax Records, estúdioque é lembrado por ser o local ondefoi gerado o "Soul de Memphis",com estrelas como Otis Redding,Isaac Hayes e Sam And Dave,entre outros.

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