17/10/2015 - Jornal Semanário - Edição 3174

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Um convite à vida saudável Além de reduzir o consumo de energia, adiantar o relógio em uma hora permite mais tempo para o lazer e prática de atividades físicas CRISTIANO MIGON BENTO GONÇALVES Sábado 17 DE OUTUBRO DE 2015 ANO 48 N°3174 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Economia Vendas no comércio resistem à crise Mesmo com números abaixo da meta esperada, empresas registram crescimento tímido Horário de verão Página 15 Páginas 16 e 17

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17/10/2015 - Jornal Semanário - Edição 3174 - Bento Gonçalves/RS

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Um convite à vida saudável

Além de reduzir o consumo de energia, adiantar o relógio em uma hora permite mais tempo para o lazer e prática de atividades físicas

CRISTIAN

O M

IGO

N

BENTO GONÇALVESSábado17 DE OUTUBRO DE 2015ANO 48 N°3174

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Economia

Vendas no comércio resistem à criseMesmo com números abaixo da meta esperada, empresas registram crescimento tímido

Horário de verão

Página 15

Páginas 16 e 17

Câmara dos deputados aprova projeto de lei que facilita acesso à recuperação judicial aos produtores rurais

De Janeiro a Março de 2015, o PIB teve baixa de 0,7%, e conforme recentemente pesquisa do IBGE, o PIB brasileiro teve uma redução de 1,9% no se-gundo trimestre, se comparado aos últimos três meses, e o Brasil, por diversos fatores, infelizmen-te, viu-se oficialmente mergulhado numa recessão técnica, quadro este que vem a tempos empurran-do empresas para um cenário de crise, e para o pro-dutor rural, o cenário de recessão e dificuldades, infelizmente é o mesmo.

Em um país de dimensões continentais como o Brasil, o produtor rural é quem movimenta o agro-negócio, a grande mola propulsora da maioria dos estados, pois geram receitas fiscais e empregos, movimentando a atividade econômica, desde o for-necimento de matérias primas para o setor alimen-tício em geral e fomentando a circulação de bens e serviços, desempenhando um papel estratégico fundamental para a economia e para a sociedade brasileira.

Perante este cenário de crise, o produtor rural que optou em fazer parte do regime empresarial, ou seja, comprovando que está regularmente regis-trado na Junta Comercial a dois anos, pode pedir Recuperação Judicial, pois estará equiparado a to-das as obrigações e outros benefícios previstos para os empresários.

Em decorrência dessa atual exigência da Lei de Recuperações Judicial e Falências (Lei nº

11.101/2005), aquele produtor rural que não optou pelo regime empresarial, mesmo diante da mais dura dificuldade financeira, não pode pedir Recu-peração Judicial.

Mas uma boa notícia vem de Brasília/DF, onde no último dia 26 de Agosto, a Câmara dos Depu-tados, por meio da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC), deu uma nova esperança a muitos produtores rurais que encontram-se em dificuldades, pois aprovou o Projeto de Lei nº 6.279/2013, no sentido de alterar Lei nº 11.101/2005, para que a comprovação da ati-vidade de produtor rural possa ser feita por meio da apresentação da declaração do Imposto de Ren-da de Pessoa Física.

Agora, o próximo passo da tramitação do Projeto de Lei nº 6.279/2013 é o envio à Comissão de Cons-tituição, Justiça e Cidadania (CCJC), para análise e adequação com os princípios da Constituição (aná-lise de constitucionalidade), e posteriores desdo-bramentos legais para aprovação de uma lei, onde, desde já torcemos pela sua rápida tramitação, san-ção e promulgação.

Artigo

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CONRADO DALL´IGNA (OAB/RS 62.603) Advogado

Superando as adversidadesEditorial

Estamos todos cansados de ouvir que o país está em crise.Que o povo não tem dinheiro para gastar, que a indústria vai de mal a pior, etc... Mas o que estamos fazendo para mudar esta realidade?

Em Bento Gonçalves, mesmo com todas as dificuldades, a crise parece que não chegou com a mesma força do resto do país. Nossos empreendedores estão dando mostras que é pos-sível enfrentar as adversidades da economia e se manter for-te no mercado. O setor comercial é um claro exemplo disso. Enquanto na maioria das cidades o Comércio registra números de queda nunca vistos na última década, na Capital do Vinho, boa parte das empresas consegue repetir o desempenho do ano passado ou, ainda, garantir um peque-no crescimento, algo entre 5% e 8%.

Somos, realmente, uma comunidade dife-rente, onde a marca do trabalho e do empreendedorismo se fazem presentes em momentos de dificuldade. Isso não é uma novidade para o nosso povo. É algo que carregamos desde os tempos do Brasil Colônia. Mas, obviamente, o setor não está imune ao que ocorre no consumo, na agricultura, na indústria, no governo. É diretamente afetado por reajustes nos preços dos combustíveis e aumentos nos impostos. Essa avaliação parte dos próprios representantes do setor, que precisam fazer

O comércio de Bento Gonçalves é um

claro exemplo de que é possível enfrentar

as adversidades

malabarismos para evitar um impacto maior ao consumidor e também evitar demissões em grande número.

O Comércio de Bento Gonçalves pode servir como uma espé-cie de prova de que a crise não é tão grave quanto parece. Pelo menos por aqui. Em busca de dados positivos, não será sur-presa se o setor conseguir fechar o ano no azul. Não há por que negar: o desempenho vai na contramão do resto do país e ser-ve, sim, como fator positivo num momento em que o país bus-ca caminhos para voltar a crescer. Porém, mostra-se parcial a

análise de que a crise é mais suave do que vêm apontando os indicadores econômicos.

Estamos crescendo na crise, mesmo que de forma tímida. Se a economia brasileira esti-vesse mais aquecida, esse crescimento seria maior e mais garantido. O aparente “isola-mento” do comércio de Bento Gonçalves que

se observa pode simplesmente desaparecer, embora as ten-dências globais devam continuar determinando uma situação de crise na área comercial.

Isso em nada diminui a importância da contribuição para o desenvolvimento socioeconômico, principalmente de nossa ci-dade. Pelo contrário, mostra como o setor assume importância cada vez maior para a economia. Se não elimina a crise, serve de norte para o crescimento.

Sábado, 17 de outubro de 2015 2 Opinião

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ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

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DIRETORES ANA INÊS FACCHIN

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Painel

Praticar um exercício, se divertir curtindo as belezas do Vale dos Vinhedos e ainda concorrer a prêmios e brin-des. Tudo isso você encontra na 8ª edição do Passeio Ciclís-tico de Primavera, promovido pela Jamar Cia dos Esportes e o Hotel Villa Michelon. O tra-jeto a ser realizado pelos par-ticipantes é de 5,3 km, onde todos os ciclistas terão assis-tência da Polícia Rodoviária, ambulância, além de parada para beber água e suco, bem como um transporte coletivo para voltar à cidade.

De acordo com a proprie-tária da Jamar, Lúcia Moro, a expectativa para o passeio é a melhor possível. “Espera-mos unir as famílias, jovens e crianças, enquanto desfrutam da beleza do Vale e, também,

Em solidariedade a todas as famí-lias que tiveram suas casas afetadas pelas fortes chuvas que atingiram o estado, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, por meio do programa Mãos que Ajudam, estará arrecadando alimentos não perecí-

veis, água potável, material de higie-ne e roupas hoje, 17, das 14h às 18h. Local de coleta: Capela situada na rua Marques de Souza, 685 , bairro São Francisco. Mais informações li-gar para: Marcelo (54) 8426.2090 ou Douglas (54) 9122.4666

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bento Gonçalves (SINDISERP-BG) promove a Festa do Servidor, alusiva ao Dia do Servidor Pú-blico. Além do funcionalismo, toda comunidade está convidada a prestigiar os shows de The Ben-tles, Sinfonia do Campo e Tatiéli Bueno, que ini-

ciarão a partir das 15h30min, na Via Del Vino. Os servidores associados ao Sindicato que estiverem presentes no evento concorrerão a dezenas de brindes, dentre eles eletrodomésticos, celulares e notebooks. Em caso de mau tempo, o evento será transferido para o Ginásio da Escola Bento.

Passeio Ciclístico no Vale

Mãos que Ajudam

Festa do Servidor

Com o objetivo de alertar a po-pulação contra os riscos da sífilis, uma unidade móvel estará hoje, 17, na Via del Vino. A campanha de prevenção integra o progra-ma nacional “Fique Sabendo” e é promovida pelo Serviço de Assis-

tência Especializada (SAE-CTA), em parceria com as unidades de saúde. O ônibus, de cor amarela, ficará disponível das 8h às 12h, com voluntários fazendo testes rápidos e distribuindo preservati-vos e materiais informativos.

Alerta contra a sífilis

Sábado, 17 de outubro de 2015 3Painel

A leitora Dani Sartor enviou este registro de Bento Gonçalves. Uma bela vista da rua Marques de Souza, no bairro São Francisco.

Use a hashtag #jornalsemanario no Instagram e compartilhe suas fotos conosco

Foto do Leitor

A Escola de Tempo Integral está completando um ano de existência com plena aceitação da comunidade do bairro São Roque. Será que não é o momento de se investir em projetos educacionais do mesmo porte para melhorar o desenvolvimento de nossas crianças, principalmente nos bairros mais carentes?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

aproveitam para manter a saúde e o bem estar em dia”, comenta.

As inscrições são gratuitas. Para mais informações entre

em contato pelos telefones: Ho-tel Villa Michelon 2102.1800, Aprovale 3451.9601 ou Jamar Cia do Esporte 3451.2675.

HUMOR Moacir Arlan

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ÇÃO

Sábado, 17 de outubro de 2015 4 Geral

Politizaram o STF?

Politizaram o STF? II

Gilmar Mendes, um dos membros do STF (aos quais me recuso a chamar de “ministros”), indicado pelos demo-tucanos no tempo de FHC (“indicação” do governo é um absurdo que já deveria ter acabado no Brasil, dando lu-gar a um concurso como cargos de carreira), é pródigo em proporcionar manchetes jornalísticas, notadamente quan-do aborda aspectos políticos nas suas declarações. Obvia-mente, suas manifestações sempre têm como alvo algum petista, nunca políticos com os quais simpatiza. Pois esta semana ele, mais uma vez, extrapolou qualquer limite que a função de magistrado exige.

Gilmar Mendes não hesitou em segurar o processo do fim do financiamento de campanhas eleitorais por empresas por mais de um ano e meio, alegando ter que “estudá-lo”, mesmo que a votação pelos seus pares já haver definido pela ilegalidade. Foi uma manobra protelatória escanca-rada. Isso além de outras atitudes polêmicas, como libe-rar o Daniel Dantas. Esta semana, Gilmar Mendes voltou às manchetes com outra declaração bombástica. Disse ele que “ninguém se mantém no cargo com liminar do Supre-mo”, referindo-se às decisões liminares dos colegas Teori Zavaski e Rosa Weber, que suspenderam o rito estabeleci-do pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para que o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Inacreditável politização no STF!

ÚLTIMASPrimeira: Nesta segunda-feira,

os vereadores estarão aprovando mais um aumento de salários. Era para ser aumento a todos, inclusive prefeito, vice, secretários, vereado-res, etc;

Segunda: O Prefeito, porém, en-viou ofício à Câmara para abrir mão do aumento trimestral dele, do vice, secretários, procurador e subprocu-rador e de alguns diretores;

Terceira: Os funcionários, apo-

sentados e pensionistas receberão 1,35% (resultará em 9,04% desde outubro de 2014). Não foi divul-gado se os vereadores, assessores, assessores de bancadas, cargos de confiança e demais funcionários da Câmara receberão o aumento tri-mestral previsto;

Quarta: De qualquer forma, esse aumento, aliado aos demais au-mentos trimestrais, demonstra que a situação financeira da prefeitura é boa. Muitos municípios estão re-duzindo salários de prefeitos, ve-readores e cargos de confiança. Os fornecedores da prefeitura devem estar satisfeitos por receberem em dia, certamente;

Quinta: Daniela Cicarelli e seu namorado, filmados transando na Espanha, com o vídeo divulgado no Youtube, tiveram indenização fixada pela justiça em 500 mil reais pela exposição pública, mesmo que te-nham feito tudo publicamente;

Sexta: Já um preso que ficou na

cadeia quatro anos a mais do que a pena previa, entrou nessa mesma justiça e teve indenização fixada em 50 mil reais;

Sétima: Recorreu e teve a inde-nização reduzida para 40 mil reais. Por isso é que amo a Constituição Federal que diz, em seu artº 5º, que “todos são iguais perante a lei”. E não é assim, mesmo?

Oitava: A vitória do Grêmio sobre o Santos eliminou, definitivamente, a possibilidade de rebaixamento, o que era preconizado por muitos no início do Brasileirão;

Nona: Já a derrota para o Atléti-co-MG afastou o Inter ainda mais do título do Brasileirão (era favori-to), deixando-o a 20 pontos do líder Corinthians;

Décima: Mas, se o Grêmio vencer a Chapecoense e o Inter o Flamengo, ambos poderão obter “vaga” na Liber-tadores de 2016. Então, vamos torcer!

Antô[email protected]

Quem lembra?

A saúde em debate

Mendes errou na manchete proporcionada, senão, ve-jamos. A Constituição de 1988, em sua Medidas Transi-tórias, estabelecia que os Tribunais Regionais Eleitorais definiriam o número de vereadores de cada município, conforme a própria Constituição determinava. Aqui, em Bento Gonçalves, as eleições para vereador foram fixa-das com número de candidatos proporcionais às vagas definidas pelo TRE. Depois das eleições de 1992, candi-datos não eleitos conforme as normas foram para Brasí-lia e obtiveram um liminar, assinada por Sepúlveda Per-tence (figurinha brasileira carimbada, foi presidente do STF). Graças a essa liminar, os não eleitos assumiram o cargo de vereador. Até hoje, 17 de outubro de 2015, passados, pois, 23 anos, a liminar não foi julgada pelo Pleno do STF. Como, então, uma liminar “não mantém alguém no cargo”, conforme disse o Gilmar Mendes? E, mais, o que mantém Dilma Rousseff no cargo não é uma liminar, é uma eleição vencida. Simples assim! Para pe-tistas ou antipetistas!

Hospital Tacchini e Secretaria Municipal da Saúde estão em fase final da renovação da Contratualização, conforme preconiza a Gestão Plena assumida pelo Mu-nicípio. Com valores defasados há doze anos pelo SUS e desde 2010, com o primeiro contrato assinado, ele vinha sendo renovado e aditado. No dia 25 de setembro, um novo Aditamento foi feito, de 30 dias, visando concluir as negociações. O Tacchini não tem mais como suportar a prestação de serviços que superam – e muito – os tetos físicos e financeiros definidos. Com isso, a redução nos atendimentos para ajustamento aos valores (definidos pela Tabela SUS) do Contrato são condição para assina-tura da Contratualização. Portanto, os valores exceden-tes deverão ser pagos. Elementar, não? Porém, os 22 mu-nicípios dos quais Bento Gonçalves é referência deverão contribuir para o custeio. Seus cidadãos usufruem dos serviços. Devem pagar por eles, então.

Sábado, 17 de outubro de 2015 5

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Sábado, 17 de outubro de 20156 Geral

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IGVariedades

A FRASE

Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina! (Cora Coralina)

Hospital São Roque – 60 anosDentro das comemorações alusivas aos 60 anos de fundação do

Hospital Beneficente São Roque de Carlos Barbosa - RS, onde uma serie de atividades estão sendo desenvolvidas junto a comunidade, neste sábado, 17, ocorre no Mercado Santa Clara a 3ª edição – Mu-lheres em Alerta - reunindo as barbosenses para exames e informa-ções sobre o câncer de mama, das 9h às 12h. Um trabalho altruístico da Liga Feminina de Valorização à Vida com a participação de pro-fissionais da saúde e serviços oferecidos pelo Hospital São Roque. Encerrando as festividades dia 22, quinta-feira, às 20h, no Clube Cruzeiro, ocorre o jantar de confraternização com homenagens espe-ciais para quem contribuiu para o crescimento do Hospital São Ro-que tornando-o referência na região. Hoje, ele faz parte do Hospital Tacchini - Sistema Integrado de Saúde - de Bento Gonçalves, tendo como presidente do Conselho de Administração Edson Zandoná e Superintendente Executivo Hilton Mancio. Aos dirigentes e profis-sionais do Hospital São Roque e comunidade barbosense, pela feliz efeméride fraternal, abraço e sucesso! Salute!

São Paulo – Casa Brasil 2016O Sindmóveis está preparando mais uma edição da Casa Brasil, a

maior feira de design de móveis e soluções para ambientes residenciais da América Latina. A próxima Casa Brasil, que certamente vai surpreen-der aos milhares de visitantes com lançamentos sofisticados e inéditos, será realizada em São Paulo - SP de 9 a 11 agosto 2016. Para a diretoria executiva do Sindmóveis, liderada pelo presidente Henrique Tecchio, a Casa Brasil além de gerar bons negócios será marcante. Fique ligado!

Chopp no Santa Helena

MM Design

Expobento 2016

Festa - Cristo Rei 2015

Jantar da Enchova

Ocorre no dia 7 de novembro, às 22h, no Ginásio da Associação Santa Helena, o 12º Festival do Chopp de casais animado pela Su-per Banda Real, reunindo familiares e amigos. O evento terá car-dápio variado, caneca especial e muito chopp. Fica o convite dos casais organizadores. Prestigie!

A MM Design & Assessoria, liderada pela designer Marta Manente e equipe, comemorou no dia 15, 11 anos de atuação em nosso meio. Se-diada em Bento Gonçalves, especializada em projetos e produtos des-tinado ao setor moveleiro e entre outros, Marta e equipe antecipam tendências para o móvel brasileiro. Como profissional, representa a criatividade dos produtos que apresenta, com perfil de feiras da Itália, Alemanha e agora Londres. Parabéns!

A 26ª edição da Expobento já tem data definida e a mesma acon-tece em Bento Gonçalves - RS - na Fundaparque - de 2 a 13 de ju-nho 2016. Promovida pelo CIC-BG – Centro da Indústria - Comér-cio e Serviços – de Bento Gonçalves, a Expobento 2016, presidida por Rafael Santin, já iniciou a colocação e venda dos espaços para a maior feira multissetorial do Brasil. Fique ligado!

Com as bênçãos do Vigário Pe. Gilmar Marchesini, coadjutor Pe Re-nan Dall’Agnol, a comissão de festeiros da comunidade da Cidade Alta está preparando, com carinho, a festa do seu padroeiro Cristo Rei que, este ano, terá vasta programação religiosa, social e cultural. Ocorre dia 22 de novembro, tendo como lema: Eu vim para servir! Prestigie!

A Diretoria do Lions Clube Bento Gonçalves – Industrial – liderada pelo presidente CL Marcelo Filipe promove hoje, 17, às 20h, o tradi-cional Jantar da Enchova. O evento social e leonístico será realizado no CTG Laço Velho e a renda será revertida em benefício ao Lar do Ancião. Lions é servir! Participe!

Sábado, 17 de outubro de 2015 7

Um privilégio sem igual.

Sábado, 17 de outubro de 20158 Geral

[email protected]

DenisedaRé

Em tempos normais, o touro fica na dele. Corre quase docemente pelo caminho já traçado pela natureza. Não fere ninguém, desde que ninguém o provoque – tem san-gue nas veias. Só vez ou outra, a gente ouve dizer de algum incauto que fez a travessia... Pura maluquice! Há de se res-peitar o caráter das coisas...

Mas quando as “Águas de Março” chegam... lá por se-tembro, ele vira bicho. Numa fúria que vai aumentando, o touro sai do cercado e, cheio de gana, investe contra tudo e contra todos, espumando, bramindo, invadindo, corro-endo, arrastando...

E não pensem que, nessas touradas, existe lança capaz de enfraquecê-lo. Até porque não é uma luta de vinte mi-nutos. Ela pode durar dias ou semanas, se contarmos o tempo em que ele volta ao leito, para depois, alimentado na origem, ressurgir como a fênix. E se agigantar, e espu-mar, e bramir, e invadir, e corroer, e arrastar tudo o que estiver ao seu alcance, outra vez...

Vem de minha infância essa lembrança... O touro de nome Taquari saindo de sua enigmática quietude, se me-tamorfoseando, transbordando em brancura selvagem, jogando a língua pegajosa pelas encostas, bebendo com sofreguidão e avançando até engolir árvores, lavouras de milho, abóboras, melancias, casas ribeirinhas...

Esse rio bravo em época de cheias desafiou minha me-ninice de perto, num jogo que se estendeu durante anos. Inclusive ele ainda povoa meus sonhos... ou pesadelos. Sem sobras de dúvida, posso afirmar que foram vivências “tauromáticas”.

Ainda bem que o destino sinalizou uma estrada que me levou a um lugar distante do rio, onde construí meu pre-sente. Aqui também encontrei “vento ventando”, “chuva chovendo”, “o queira não queira”, e “pau”, e “pedra”, e “ponte”, e “um resto de mato” e “febre terçã”..., mas prin-cipalmente “promessa de vida”. Sem nenhum touro espu-mando por perto.

O Touro Branco

Progresso

Igreja de Nossa Senhora do Rosário será inauguradaSolenidade será realizada amanhã, com programação festiva e religiosa

Cleunice [email protected]

O bairro Progresso contará com um local para que os

fiéis realizem suas orações e fortaleçam a fé. A igreja Nos-sa Senhora do Rosário, teve a obra iniciada em fevereiro des-te ano. Após, finalizada será inaugurada amanhã para a ale-gria da comunidade.

Segundo informações histó-ricas levantadas por um grupo de zeladoras da comunidade, os primeiros moradores da localidade foram Martin Casa-nova e Avelino Genro. A histó-ria da religião no local começa em meados de 1980. A família de Sibila Paccetti e Terezinha Nuncio foram as primeiras a visitar os moradores na época e já pensavam na presença da capelinha.

Conforme a festeira Noeli Balla Giacomassa, são espera-das mais de mil pessoas para a comemoração. “Nós, festeiros, estamos com a expectativa a mil e esperamos que dê tudo certo”, comenta.

De acordo com Mercedes Arcari, da diretoria da constru-ção, será realizada a cerimônia em frente à igreja e todo um cerimonial foi preparado para celebrar o momento tão espe-rado pela comunidade. “Que-remos, com essa inauguração, com esse gesto, unir mais os moradores. Quanto mais pes-soas tivermos, melhor é. Hoje vejo que elas não estão muito ligadas à fé e dessa forma, com essa construção, queremos deixar um bom exemplo para nossos filhos”, ressalta.

Além disso, ela afirma que é importante cativar. “Quere-mos que nossos filhos cativem mais pessoas, e que eles se sintam mais perto de Deus”, complementa.

Após oito meses, a obra será entregue à comunidade em evento

Como tudo iniciou

De acordo com as moradoras do bairro, quando a comuni-dade iniciou não tinha igreja , apenas era rezado o terço nas famílias. Após um longo perí-odo, as missas eram realizadas na sede da Associação dos Mo-radores e, em uma das celebra-ções, os padres pediram para que os moradores escolhessem um nome para a comunidade.

Um grupo de mulheres se reu-niu e, com o auxílio de outros moradores, sugeriram que fos-se Nossa Senhora do Rosário e, de acordo, o nome da santa foi escolhido para a igreja. Até hoje, a tradição de rezar o Rosário é mantida na comunidade. Todos

os meses, na primeira sexta-fei-ra, as famílias se reúnem e re-zam nas casas. “Não poderia ser outra santa a protetora de nosso bairro se não a Nossa Senhora do Rosário, pois rezamos nas fa-mílias e até hoje essa tradição é mantida”, comenta a moradora Marilde Pedron.

Ela ainda afirma que a cons-trução da igreja foi uma vitória. “Fazia tempo que precisávamos, pois fazíamos nossas celebra-ções no ginásio da Associação. Graças a Deus concretizamos mais este passo”, ressalta.

A programação ocorre ama-nhã, e missa festiva será presi-dida pelos padres da Paróquia Santo Antônio. Após, haverá almoço festivo.

Programação10h30minMissa Festiva em Honra a

Nossa Senhora do Rosário, com inauguração da Igreja, com o Lema: Com Maria, servir a co-

munidade com alegria;

12hAlmoço no ginásio da Asso-

ciação do bairro

VITÓRIA

LOVAT

Sábado, 17 de outubro de 2015 9

A história da nossa cidade é feita por todos os bento-gonçalvenses, de nascimento e de coração. Pessoas que acompanham a evolução do mundo, sempre valorizando suas tradições. Cada um com uma história, mas todos unidos por um sentimento:o orgulho de fazer parte de Bento e construir uma cidade cada vez melhor.

Uma cidade que abraça tantaspessoas e tradiçõesdiferentes mereceos parabéns.Uma homenagem da Prefeiturapelos 125 anos de Bento Gonçalves.

Sábado, 17 de outubro de 201510 Geral

AssuntaDeParis

A cidade e suas memórias – 125 anosO agosto de 1919 foi uma data marcante para a História do Mu-

nicípio. A linha da ferrovia chega à cidade, o que gerou grandes comemorações. Em cada pedra e trilho assentado, está presente a energia de homens, que acreditaram no progresso deste muni-cípio, seu suor, sua alegria, pois sabiam que estavam construindo muito mais que um trilho. Estavam construindo o futuro de Bento Gonçalves. Para chegar à tecnologia capaz de construir trilhos e prédios simétricos e funcionais, foi necessário muito estudo, in-formações e pesquisas, tecnologia geralmente importada, mas rica em memória histórica.

Mas procedendo-a vinham engenheiros, políticos, empreitei-ros, pedreiros e grande número de trabalhadores braçais. Eram belgas, castelhanos, brasileiros (gaúchos e catarinenses) e, sobre-tudo, imigrantes europeus e seus filhos. Sob o comando da Com-panhia Belga “Auxiliare”, toda essa sequência mexeu com a vida e os costumes de toda a região. Com o Decreto nº 5548, de 6 de junho de 1905, o governo Federal concedeu à Compagnie a ex-ploração das linhas ferroviárias no Rio Grande do Sul. A referida Companhia, na época tinha sede em Bruxelas e construiu sua ad-ministração na cidade Santa Maria da Boca do Monte-RS. O preço da empreitada foi combinado em bloco, por quilômetros linear. Os materiais, segundo o Decreto, serão fornecidos pela Compa-nhia e concorrerão por licitação as empresas Krupp da Alemanha, Creusot da França e Cockeril da Bélgica.

As lembranças daquilo que representou a vivência de momen-tos importantes para o desenvolvimento sócio-econômico e cul-tural do Município deverão ser repassadas para esta geração e gerações futuras.

Ainda em 1919, o tão esperado trem chegou aos vales de Bento Gonçalves, imprimindo um novo ritmo ao comércio e a indústria do Município. O trem facilitou a circulação de mercadorias, favo-recendo o comércio local. Na época, ainda predominava o setor primário e várias empresas de Bento Gonçalves transferiram seus estabelecimentos para as proximidades da estação ferroviária, para facilitar o escoamento das sua produções. Uma série de pro-blemas, naquela época, passava sobre a economia do Município. Dentre eles a rígida atuação tributária sobre o vinho, uma das principais fontes de riqueza local e os obstáculos e dificuldades à circulação, face ao deficiente sistema dos meios de transportes. A produção estragava nos armazéns e depósitos, sujeita a deteriora-ção e as oscilações de preços nos mercados de consumo. Muitos trabalhos exaustivos e rematadas pesquisas sócio-econômicas e estatísticas, foram elaboradas a fim de justificar a reivindicação de municípios que seriam beneficiados pela estrada de ferro, apre-sentando às autoridades Federais e Estaduais. E o que era espera-do com ansiedade, surgiu com a primeira locomotiva chegando à estação de Bento Gonçalves, no dia 10 de agosto de 1919. A partir de então, o Município começou a desenvolver em progresso geo-métrico. A geração atual, com mentalidade no sistema rodoviá-rio, aeroviário e a modernidade dos meios eletrônicos, não pode dimensionar o que significava as vias férreas de comunicação. A realidade era de que chegasse o trem, representando a riqueza e a civilização.

Parabéns Bento Gonçalves pelas pessoas que construíram o progresso e as páginas da nossa História.

CRISTIAN

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IGO

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público, o palestrante orien-tou os motoristas sobre o trato com os idosos e deu dicas de como evitar confrontos dire-tos ou situações que podem se tornar eventos prejudiciais. “É notório que alguns, assim que passam a ter conhecimento do Estatuto do Idoso, passam a cobrar todos os seus direitos, contudo esquecem que tam-bém tem deveres, principal-mente em questões como a boa educação”, explica Sassi.

Após diversas perguntas dos condutores sobre questões como dificuldades na identifi-

cação biométrica e necessida-de de apresentação de carteira de gratuidade, o palestrante orientou os motoristas sobre como proceder em cada caso, salientando o elemento mais importante para o bom rela-cionamento entre passageiro e profissional.

Para ele, o respeito é uma via de mão dupla. “É preciso ter paciência e resiliência com pessoas idosas, dado que se cada lado se engajar em me-lhorar um pouco o trato, o con-junto final será agradável para ambas às partes”, finaliza.

Marcada por momentos de descontração, olhares atentos e perguntas frequentes, a pa-lestra sobre direitos do idoso, ministrada pelo presidente do Conselho Municipal de Saúde do Idoso, Antenor Sassi, com participação da coordenadora do Programa Saúde do Idoso, Cristiane Wottrich, propôs um diálogo aberto sobre direitos e deveres da terceira idade ao utilizarem o transporte público municipal. Assistida por cerca de 30 motoristas da empresa Bento Transportes, o debate elencou temas como discrimi-nação, gratuidade de passa-gem, punições e abriu espaço para discussão sobre queixas de ambas as partes.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE), a população nacional é composta por 201,5 milhões de pessoas, sendo 26 milhões de pessoas idosas, correspondendo a 13% da po-pulação. Em Bento Gonçalves, a instituição estima para 2015 um total de 14.095 de pessoas idosas, correspondendo a 14% do total de habitantes.

Observando a crescente no número de pessoas na terceira idade e a reincidência de recla-mações quanto ao transporte

Discriminação da terceira idade foi principal enfoque da palestra

Debate sobre respeito no transporteMês do Idoso

Sábado, 17 de outubro de 2015 11

Sábado, 17 de outubro de 201512 Geral

Sábado, 17 de outubro de 2015 13Geral

catelli, desde o falecimento do então secretário Luis Augusto Signor. Lucatelli permanecerá ocupando o cargo de adjunto do Meio Ambiente.

No lugar de Mazzochin, as-sume Silvio Bertolini Pasin,

que até sua nomeação exercia o cargo de consultor empre-sarial no SEBRAE-RS. O novo titular possui graduação em administração com habilitação em marketing e gestão de ne-gócios. Também assume como

secretária-adjunta a Bacharel em Direito Karen Bataglia.

No Instituto de Planejamento Urbano (Ipurb), assume interi-namente a direção, o então Co-ordenador Geral de Fiscaliza-ção, Valdir Possamai. Possamai já foi diretor do Instituto por oito anos, e também já exerceu o cargo de Secretário de Viação e Obras Públicas no inicio do governo Pasin, em 2013.

Na secretaria de Agricultura, assume interinamente o cargo de secretário, o geólogo Luiz Pinto de Jesus Filho, devido ao pedido de licença saúde do se-cretário Valdemar Finatto.

De acordo com o prefeito, a cidade tem muitos programas, serviços e obras sendo executa-das, por isso é preciso manter a continuidade das ações. Pasin ressalta que os novos titula-res foram escolhidos com base em experiência profissional do candidato e habilidade para exercer a função designada.

Devido a uma sequência de eventos no segundo se-

mestre de 2015, como o faleci-mento de um dos titulares das secretarias, a exoneração de outro, pedidos de licença saú-de e o afastamento de adjuntos por suposto envolvimento com fraudes, o Líder do Executivo, Guilherme Pasin, anunciou na quarta-feira, 14, a mudança no comando de quatro das 15 se-cretarias municipais. As altera-ções passaram a valer a partir da divulgação dos nomes dos novos titulares.

A principal alteração se dá na secretaria municipal de Desen-volvimento Econômico, onde o até então titular, Neri Mazzo-chin, deixa a pasta para assumir a titularidade na Secretaria de Meio Ambiente, cargo que era ocupado interinamente pelo se-cretário adjunto Amarildo Lu-

Trocas ocorreram nas pastas de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente, Agricultura e na direção do Ipurb

Experiência profissional foi o quesito utilizado pelo prefeito na escolha

Prefeito muda comando de secretariasExecutivo

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Cristiano [email protected] Novos titulares

Meio AmbienteSecretário: Assume Neri Mazzo-chin, até então titular da secreta-ria de Desenvolvimento Econômico;Adjunto: Amarildo Lucatelli.

Diretor: Valdir Possamai, que atuava no cargo desde a saída de Luciano Cavalet.

Secretário: Silvio Bertolini, que até sua nomeação era consultor empre-sarial no Sebrae;Adjunta: Karen Bataglia.

Secretário: Luiz Pinto de Je-sus Filho sucede Valdemar Finat-to, que deixou o cargo por moti-vos de saúde.

Ipurb

Desenvolvimento Econômico

Desenvolvimento da Agricultura

Sábado, 17 de outubro de 201514 Geral

Magistrada Valéria Eugênia Neves Willhelm relata que é necessário um quadro funcional maior para dar agilidade aos serviços

Juíza da 2ª Vara Criminal (centro) diz que apoio da equipe é fundamental para a realização do trabalho

Falta de servidores preocupa juízaFórum

CRISTIAN

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HE A

RROYO

Cristiane Grohe [email protected]

A juíza da 2ª Vara Crimi-nal de Bento Gonçalves,

Valéria Eugênia Neves Wil-lhelm afirma que cerca de 6,3 mil processos estão em tra-mitação. Eles abrangem a Lei Maria da Penha, Infância e Juventude, além de processos criminais em geral. “Só este número de processos já é bas-tante elevado para uma vara criminal, sem contar as urgên-cias que os casos de violência doméstica requerem”, afirma. Além disso, existem os proces-sos do Juizado e da Infância e Juventude, com situações muito sensíveis, além de cri-mes comuns, principalmente, de réus presos, que necessi-tam de urgência na marcação das audiências e na instrução do processo.

De acordo com Valéria, a falta de um quadro completo

de servidores no cartório da 2ª Vara faz com que todos tra-balhem além das suas forças. “Muitas vezes permanecemos além do horário de expediente devido às urgências”, explica.

O número excessivo de audi-ências resulta em pouco tem-po para que a juíza possa se reunir com a equipe de gabi-nete. “Encontro tempo no ho-rário do meio-dia para tratar

das questões sensíveis”, acres-centa. O Fórum, atualmente, conta com 52 servidores efeti-vos, seis assessores, 30 estagi-ários, uma funcionária cedida e 12 pessoas terceirizadas.

Melhor estrutura

O local ocupa uma área de 3071,20m². Com o aumento do segundo subsolo, que hoje é de 270,20m², ficará com 3.341,40m². “Precisamos da ampliação para melhorar a estrutura para o acesso e segu-rança do público e dos servido-res e para deixar, em uma mes-ma área, as varas criminais, evitando o trânsito de detentos pelas dependências”, avalia a juíza. Ela diz ainda que o espa-ço maior também é necessário para o aumento da área de ar-quivo dos processos e melhor alocação da sala da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A juíza revela que a 2ª Vara Criminal se encontra em con-dições insatisfatórias de ins-talação onde, inclusive, chove dentro do cartório. Há carência também quanto à luminosida-de em algumas salas, o que tor-na os ambientes úmidos.

Sábado, 17 de outubro de 2015 15Geral

A meia-noite de domingo, os relógios devem ser adian-

tados em uma hora. O horário de verão segue até o dia 21 de fevereiro com o objetivo de economizar energia elétrica. Com uma hora a mais de sol, todos os dias, a companhia Rio Grande Energia (RGE) in-forma que a economia gerada apenas em Bento Gonçalves durante o período é suficiente para abastecer a cidade por 12 dias. A medida divide opiniões entre quem gosta ou não da al-teração no relógio.

Os aposentados Olir Comin e Deolindo Gurgel disseram não gostar do horário de ve-rão. Segundo eles, as mudan-ças de horário alteram a roti-na da alimentação e do sono.

Período segue até 21 de fevereiro e RGE garante que, com a economia de energia, é possível abastecer a cidade por 12 dias

Comunidade pode aproveitar o período de sol a mais todos os dias

Domingo é dia de adiantar o relógioHorário de verão

CRISTIAN

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Vitória [email protected]

P L A N O S D E S A Ú D E

“Muda tudo no nosso corpo, eu me sinto cansado, isso não é bom”, afirma Comin. Gurgel justifica que, além das modi-ficações sentidas no corpo, também não há praia ou op-ções de lazer na região que justifique ter mais uma hora de sol. “Não tem o que fazer aqui. Pra que mudar o horá-rio?”, contesta.

Já Silvana Spader afirma adorar as mudanças devido às possibilidades de passeio no fim da tarde. “Eu amo passear, podemos dar uma caminhada, ver os amigos, aproveitar e fa-zer o que não fazemos porque já está escuro quando chega-mos do trabalho durante o in-verno”, comenta.

Salete Dametto conta que durante o horário de verão ela pode ir ao sítio tomar chi-marrão e se reunir com a fa-

mília, já que no inverno não faz isso. “Eu fico empolgada quando o horário altera por-que isso significa mais idas ao sítio, mais conversas com a família tomando chimarrão ao ar livre, as crianças podem brincar depois da escola. São muitas coisas boas”, avalia.

A promotora de vendas, Dé-lis Cristófole, concorda com Silvana e Salete nas possibi-lidades de fazer coisas que nem sempre são possíveis no período do inverno e também diz gostar da alteração, mas não acredita que exista uma real economia de energia. “É muito bom sim, mas pelas horas de sol e pelo que pode-mos fazer. Não acho que haja economia na energia elétrica, pois nós usamos os mesmo aparelhos que usaríamos no horário normal”, argumenta.

Sábado, 17 de outubro de 201516 Geral

O comércio de Bento Gon-çalves ficou movimentado

com a proximidade do Dia das Crianças. Na sexta-feira e sá-bado, 9 e 10, as lojas de roupas e presentes estavam lotadas e as vendas destes dois dias com-pensaram a falta de clientes nos estabelecimentos na sema-na anterior. Os comerciários planejavam superar as vendas de 2014 em 10%. Os números, apesar de não terem sido favo-ráveis o suficiente para atingir a meta, chegaram a se igualar ao valor vendido no ano pas-sado ou superado em alguns pontos percentuais.

O presidente do Sindica-to dos Dirigentes Lojistas (Sindilojas), Daniel Amadio, aponta que a média no Rio

Apesar das projeções de venda para 2015 não se confirmarem, índices ultrapassaram as comercializações do ano passado

Lojistas, que foram criativos e investiram no seu produto, comemoraram

Comércio consegue superar 2014Dia das Crianças

VITÓRIA

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Vitória [email protected]

Grande do Sul ficou 6% abaixo de 2014. Contudo, o dado não se refletiu em Bento Gonçal-ves já que aqui as lojas conse-guiram, pelo menos, empatar os números. “Há contrastes

no município. Eu percebi que houve estabelecimentos que foram muito bem de vendas, se compararmos com a atual situação econômica. Porém, outros não foram nada bem.

Assim temos uma média”, apresenta.

Segundo o dirigente, as lo-jas que se saíram bem, foram aquelas que foram criativas, trabalharam bem os seus pro-dutos e não exageraram nos estoques. “Mais difícil do que fazer novos clientes é mantê--los. Os lojistas que usam de estratégias para que as pes-soas voltem a sua loja, estes tiveram melhores resultados no Dia das Crianças e podem ter também no Natal”, explica. Anualmente, a data de outubro é um termômetro para estimar as vendas de fim de ano.

O Mundo do Presente ficou entre as lojas que se saíram bem nas vendas. O proprietário, Evandro Jauer, registrou um crescimento de 5% nas vendas com relação a 2014. Apesar de o estabelecimento não ter atin-

gido o esperado, que era crescer 10%, os números não foram ne-gativos, o que já é motivo para comemoração. “Não foi tão bom quanto achávamos que poderia ser, mas também não foi tão ruim. Se avaliarmos que a popu-lação está perdendo o poder de compra, acredito que esse é um bom resultado”, analisa.

Jauer não justifica apenas o mau momento econômico como motivo de não ter atingi-do as expectativas iniciais. Se-gundo ele, nas duas semanas antes do 12 de outubro, a loja teve pouco movimento devido, principalmente, à chuva. “Nós estávamos preocupados, o fe-riado estava se aproximando e ninguém vinha comprar pre-sentes. Na sexta e sábado que lotou, foi um alívio. Foram os únicos dias que não choveu muito”, completa.

Sábado, 17 de outubro de 2015 17Geral

Apesar das dificuldades que o comércio enfrenta, haverá contratações temporárias para o fim do ano. Daniel Amadio, presidente do Sindilojas, garan-te que as equipes reduzidas das lojas não serão suficientes para atender a demanda de público. Contudo, após o período de Na-tal e Ano Novo, haverá menos efetivações. “Até o ano passado, as contratações após o período de experiência eram quase que totais. Isso mudou. O número de efetivados será relativamen-te menor neste ano”, adianta.

Amadio destaca que este fim do ano será uma oportunidade para as pessoas que ficaram desempregadas devido à crise, conseguirem uma inserção em outro setor. Porém, as exigên-cias para trabalhar no comér-cio são diferentes e, nem todos se enquadram. “Há muitas pessoas desempregadas da in-dústria que tentam trabalhar

O Dia das Crianças é uma data difícil para fugir dos pre-sentes. As crianças, cada vez mais conectadas e exigentes, não deixam barato para os pais que tentam economizar. Nada baratos, também, são os presentes que, com apelos da publicidade e personagens infantis famosos, chegam às prateleiras com muito valor agregado, dificultando a esco-lha de quem não queria gas-tar muito. O proprietário do Mundo do presente, Evandro Jauer comenta que o alto valor dos brinquedos vem desde fá-brica, principalmente quando são desenvolvidos a partir de um desenho animado ou pro-grama de televisão.

Segundo Jauer, os clientes chegaram na loja com a inten-ção de comprar apenas lem-brancinhas, já que, a maioria das vezes, há mais de uma criança na família. Aqueles que buscaram os brinquedos que os pequenos pediram, mudaram de ideia na hora que viram o preço. “Muitas pesso-as chegaram aqui solicitando o brinquedo que a criança tinha pedido, mas eles não sabiam quanto esse item custava. Tem bonecas, bonecos de super--heróis e carros que custam R$ 300, R$ 400, são poucas as pessoas que têm condições de dar algo assim, principal-mente se tiver mais do que um filho”, comenta.

Uma das principais diferen-ças entre as vendas do Dia das Crianças de 2014 e 2015 fo-ram os preços dos presentes. O proprietário lembra que, no ano passado, as pessoas ainda optavam por produtos com

Consumidores optaram por presentes mais baratos

Iniciam as contratações de fim de ano

Exigências estão mais rígidas e efetivações após o período de experiência serão em menor número

VITÓRIA

LOVAT

no comércio, mas quando se deparam com os horários di-ferenciados e necessidade de trabalhar em fins de semana, desistem”, revela.

Mão de obra qualificada

A Vízia Óptica é uma das lojas que vai contratar pesso-as para trabalhar durante as vendas de Natal, entretanto, a gerente de Recursos Humanos, Daiane Zeni, lembra as exi-gências que eliminam muitos candidatos. Para eles, é difícil encontrar funcionárias. “Nós buscamos pessoas simpáticas, comunicativas e que saibam li-dar com o público. Nem todos tem este perfil, principalmente quando vem da metalurgia. As exigências feitas lá são diferen-tes das daqui”, alerta.

Segundo ela, as atendentes do estabelecimento recebem

treinamento constantemente para que o atendimento me-lhore. Por isso, as contratadas temporariamente, que ainda não tiveram tempo de par-ticipar dos encontros, assu-mem responsabilidades como a recepção. É um trabalho dinâmico e como o fluxo de pessoas não nos permite fazer treinamentos, as meninas no-vas recepcionam e organizam, enquanto as mais experientes efetuam as vendas”, explica.

O processo seletivo ainda não abriu, mas a ideia é come-çar o quanto antes para que haja tempo de avaliar vários perfis. Mas Daiane confirma que as efetivações também se-rão em menor número. “Nas próximas semanas devemos saber de quantas atendentes precisamos e aí convocaremos as interessadas. Mas não po-demos garantir a contratação mais tarde.”, finaliza.

valor acima de três dígitos, o que não ocorreu na semana passada. “O gasto médio foi de R$ 50 a R$ 60 por crian-ça, no máximo R$ 80. Deu pra perceber que eles estavam comprando pra não deixar ninguém sem presente e não porque tinha dinheiro para in-vestir em algo diferente e mais caro”, ressalta.

Pesquisas de preço

Uma das alternativas adota-das pelos consumidores para gastar menos foi a pesquisa de preço. A proprietária da loja infantil Dona Coruja, Márcia Frantz, afirma que ainda em setembro, pais passavam na loja apenas para consultar os valores dos brinquedos que estão fazendo sucesso no mo-mento. “As pessoas entravam na loja, consultavam, anota-vam e iam embora. Depois, na semana que antecedeu o feriado, muitos voltaram para comprar o que tinham visto. Outros escolheram opções mais simples”, relata.

A consultora de vendas da loja de roupas infantis Bar-riga Verde, Suzan da Silva, aponta que além de itens mais baratos e pesquisa de preço, em 2015 os pagamen-tos foram feitos, quase que em sua totalidade, com cartão de crédito e parcelados. “Não é só porque os cartões estão mais populares e acessíveis, mas eu percebi que é porque as pessoas não tinham mes-mo a opção de pagar à vista. As opções de parcelamento ajudaram também nas ven-das”, avalia.

Sábado, 17 de outubro de 201518 Geral

Após diversas ações relacio-nadas à busca de uma solução do déficit de vagas na educação infantil em Bento Gonçalves, foi criada a Frente Parlamentar da Educação Infantil. A inicia-tiva, que segue o alinhamento estratégico das Promotorias de Educação, é composta por quatro Vereadores do Municí-pio, que estiveram reunidos na Promotoria de Bento Gonçal-ves no último dia 9, em encon-tro coordenado pelo Promotor da Infância e Juventude, Elcio Resmini Meneses.

A criação da Frente Parla-mentar é mais uma estraté-gia de socialização de debates acerca do déficit de vagas, efe-tivada após uma reunião reali-zada no dia 11 de setembro na sede das Promotorias de Justi-ça de Bento Gonçalves.

A Frente Parlamentar adota-rá, com o apoio do Ministério

Público, a vanguarda na pro-posta de debates sobre meca-nismos de fomento à criação de novas vagas em escolas pú-blicas e privadas, discutindo a proposta orçamentária enca-minhada pelo Poder Executi-vo, com foco privilegiado na Educação Infantil. Além disso, estabelecerá um diálogo per-manente com o setor privado,

responsável pelo pagamento do auxílio-creche, com o pro-pósito de encaminhar a ideia da criação de um fundo muni-cipal de Educação Infantil.

O próximo movimento da Frente Parlamentar, ajustado na reunião, será a realização de audiência pública na Câma-ra de Vereadores, no dia 27 de outubro, às 18h.

Comissão tem por objetivo debater alternativas para fomentar o setor

Educação Infantil

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Frente Parlamentar é estabelecida

Sábado, 17 de outubro de 2015 19Geral

Educação

Pais aprovam Escola de Tempo IntegralUnidade de ensino comemora seu primeiro aniversário tornando-se uma opção importante às famílias do São Roque

Luiza [email protected]

Completando um ano de funcionamento, a primei-

ra escola de tempo integral do município comemora a data com o retorno positivo de quem é o motivo do trabalho: as crianças. Amanda Cantou e Maria Eduarda Lazzarotto Carvalho têm sete anos e es-tão no primeiro ano da Escola Municipal de Tempo Integral São Roque - Professora Nilza Côvolo Kratz (EMTI). Este e o sorriso brincalhão não são os únicos pontos em comum entre as duas pequenas. Elas amam passar o dia no colégio, por causa do método de ensi-no, que alia aprendizagem com momentos de diversão.

Amanda, que quer ser veteri-nária, gosta de estudar e sabe que é isso que a tornará a “mé-dica dos animais”. Com o pen-samento no futuro, ela salienta, enquanto observa os pequenos da creche ao lado irem embora, que adora a escola porque as professoras são legais. “Gostei muito daqui, pois elas nos tra-tam bem e podemos brincar”, diz. A aluna não se importa em passar o dia no colégio. Pelo contrário, ela gosta. O fato de ficarem o dia todo no local faz com que as atividades sejam intercaladas com brincadeiras. E isso conquista os alunos.

Nelci da Silva trouxe Aman-da para estudar na escola por causa da necessidade de ter onde deixá-la enquanto está fora de casa. Ela trabalha com transporte escolar e não te-ria como levá-la junto. Mas, para surpresa da mãe, o fato de Amanda precisar ficar o dia todo no local faz com que seu aprendizado seja ainda mais

Cassiano Carvalho e Nelci da Silva estão satisfeitos com a educação das filhas Maria Eduarda e Amanda

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forte e eficaz. “Pelo que ela sempre me fala, prefere estar aqui, pois é aqui onde mais se diverte”, explica.

Maria Eduarda espera, to-dos os dias, o pai sair do servi-ço e buscá-la em frente à esco-la. Enquanto isso, ela brinca com a vigilante e pergunta so-bre tudo que tem curiosidade. Na última quarta-feira, 14, foi ela que respondeu as per-guntas. A garota gosta de es-crever e das brincadeiras das professoras. Ela quer ser mé-dica e, inclusive, Amanda su-gere um plano para o futuro: um hospital onde ela cuida dos animais e Maria Eduarda das pessoas. Assim, as amigas

ficariam juntas e sairiam por aí salvando vidas. As duas se conheceram no colégio e esse foi outro ponto abordado pe-las mesmas. Passar o dia na escola faz relações se esta-belecerem e há mais tempo para desenvolver raciocínios e brincadeiras.

Para o pai de Maria Eduarda, Cassiano Carvalho, o método da escola, além de ajudar as fa-mílias que precisam trabalhar o dia todo, também auxilia na formação completa dos alunos. “Ela podia estar esperando por nós na casa de uma tia, mas assim está brincando entre crianças e se desenvolvendo”, declara. Para ele, as pessoas

têm uma visão errada de que o tempo integral significa inter-nato, mas devem ter consciên-cia de que é um modelo de en-sino positivo para os pequenos. “Eles intercalam as aulas com atividades distintas e isso faz a diferença”, salienta.

Para exemplificar o estilo das aulas, a diretora Maria Inês Ac-corsi conta que os alunos vão de uma aula de português para a sala de danças, para depois irem raciocinar a matemática. Com a intercalação e a troca de ambiente, de acordo com ela, as crianças não ficam can-sadas e o dia passa mais rápido do que quatro horas de ensino direto parecem passar.

“Nossa missão é ir além do currículo”

Há um ano, a EMTI funciona na Capital do Vinho, fazendo as atividades com alunos do 1º ao 6º ano. Conforme as crian-ças forem crescendo, o 7º, 8º e 9º ano serão incluídos. Para 2016, vinte novos alunos en-trarão para a escola, no 1º ano. A diretora Maria Inês Accorsi avalia os doze meses de fun-cionamento de forma positiva, por tantos comentários escuta-dos por parte dos pais e alunos. “Eles gostam de estar aqui. O objetivo é esse: as nove horas que ficam no local precisam ser prazerosas”, salienta.

O principal diferencial, de acordo com a diretora, é ir além do que as escolas tradicionais vão. “Muitas vezes elas não têm tempo de passar o currícu-lo. Aqui podemos focar nisso e, ainda, trazer atividades cultu-rais”, cita. Os alunos aprendem a costurar, fazer pintura em tecidos e pulseiras. Além disso, possuem três horas de inglês, toda a semana, desde o 1º ano. “A intenção é que eles saiam daqui com o inglês pronto, para que não precisem pagar no futuro”, explica.

As atividades manuais têm como objetivo resgatar o pas-sado e a cultura de uma época que as crianças não conhe-cem. Como a infância atual está repleta de tecnologias e distrações, como as redes so-ciais e os games, a EMTI tem a preocupação em fazer com que os estudantes aprendam coisas simples, não mais ensi-nadas. “Com essas ações, a es-cola sempre fica agradável e os alunos não se sentem cansados em estar tanto tempo dentro da escola”, reforça Maria Inês.

Sábado, 17 de outubro de 201520 Geral

Deficiente visual desde os 12 anos, Volmir Raimondi,

48, não se deixou abater pela si-tuação e desenvolveu uma nova forma de superar limites e as expectativas, próprias e da so-ciedade, imprimindo um ritmo de vida para poucos. Atuante nas causas em defesa dos direi-tos dos deficientes visuais e em decorrência do trabalho que re-aliza representando entidades, Raimondi passa, em média, 15 dias em Bento Gonçalves e 15 viajando pelo mundo. Já este-ve com vários chefes de Estado, autoridades e celebridades e acredita que na frase de Char-les Chaplin reside o âmago da questão: “As grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”. Em entrevista ao Semanário, Vol-mir Raimondi fala sobre sua vida, os maiores obstáculos e o quanto aprendeu com a de-ficiência visual. E mostra que, apesar de não ter a visão física, possui a visão empreendedora. O que faz toda a diferença.

Jornal Semanário - Não ter a visão é mais uma bar-reira ou um fato motiva-cional para viver?

Volmir Raimondi – No meu caso, transformei a defi-ciência numa oportunidade. O fato de adquirir a cegueira com 12 anos me fez buscar alterna-tivas de vida, trabalho, e desen-volvimento pessoal que, no final das contas, se transformaram em uma grande oportunidade de vida. Oportunidade de as-sumir muitos cargos, conhecer tantas pessoas e tantos lugares e, principalmente, me desenvol-ver enquanto pessoa. Aprendi idiomas, frequentei lugares im-portantes como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Ame-ricanos (OEA), palestrei e defen-di posicionamentos políticos em favor do coletivo.

JS - Que situações no dia a dia dificultam mais a vida

Volmir Raimondi se torna referência mundial ao atuar nas causas de defesa dos direitos dos deficientes visuais

Raimondi participou recentemente de evento realizado em Madrid

Rompendo barreiras e preconceitosSuperando limites

Transformei a deficiência numa

oportunidade

As pessoas ainda tratam o deficiente

visual como um incapaz

dos deficientes visuais?Raimondi - A mobilida-

de é um grande problema. Os governos e as pessoas se pre-ocupam muito pouco com o deficiente visual. Um exemplo são os portões de garagem que abrem para fora, invadindo o passeio público e conse-quentemente atrapalhando o pedestre. Para o cego, é uma ameaça, assim como galhos de árvores baixos, lixo no meio da calçada, entre outros obstá-culos. Falta acessibilidade ao comércio, aos órgãos públicos e às áreas de lazer. A área de serviços também é pouco vol-tada para este público. Não há funcionalidade para atender aos cegos.

JS - Qual sua opinião a respeito da acessibilidade no município?

Raimondi - Ainda se pensa que o sinal sonoro em algu-mas sinaleiras do Centro é a solução única para tudo. Mas cego também anda em outros bairros ou, ao menos, gostaria de caminhar e atravessar uma rua com maior segurança. As calçadas com piso tátil tam-bém estão mais restritas ao Centro e muitas vezes termi-nam num degrau ou estão com as pedras soltas. Sem contar

quando estão obstruídas, tro-nando-se uma armadilha.

É importante ressaltar que a questão da acessibilidade não é só para as pessoas cegas, mas para toda aquela população que tem algum tipo de defi-ciência visual, que represen-ta cerca de 15% da população brasileira e em Bento Gonçal-ves são mais de 18 mil pesso-as, com deficiência visual com alguma ou grande dificuldade.

JS - Como você vê a ques-tão dos direitos da pessoa com deficiência?

Raimondi - Existe a Con-venção da ONU (Organiza-ção das Nações Unidas) que é uma garantia constitucional, mas no Brasil é implantado em partes. É preciso avançar muito nesta área. O movi-mento dos cegos no Brasil é atuante, mas precisa ter mais representatividade e trabalhar em rede com todas as organi-zações, fortalecendo a causa. O mundo globalizado fez com que algumas empresas inter-nacionais trouxessem para o país uma série de programas que permitem maior autono-mia do cego, como a compra de uma passagem área, por exemplo. Mas a legislação tem muito que evoluir.

JS - Como é para o defi-ciente visual o acesso ao mercado de trabalho?

Raimondi - Iniciei como telefonista da Prefeitura. Era uma oportunidade de empre-go mas nem todos acreditavam que um cego pudesse trabalhar nesta função. Existia a preo-cupação de como um cego vai lidar com o equipamento? Foi feita uma adaptação na cen-tral, pelo engenheiro da Em-bratel, com uma mesa auxiliar que acionava os pinos avisan-do qual ramal estava tocando. Mas com o tempo se tornou obsoleto, porque com a práti-ca o som já me guiava. Quan-do trocaram a central para eletrônica, um novo desafio e mais desconfiança. Mas, fui o primeiro a conseguir a operar e em pouco tempo. Faz parte do dia a dia esta desconfiança sobre a capacidade dos cegos.

O censo de 2010 indicou que o Brasil possui 45,6 milhões de pessoas com deficiência. Mais de 27 milhões delas tem idade para atuar no mercado formal de trabalho, mas apenas 306 mil estavam com direitos ga-rantidos. É difícil uma pessoa com deficiência visual crescer dentro de uma empresa ou de uma organização.

JS - Enfrenta-se muito preconceito?

Raimondi - O preconceito está muito presente. O desco-nhecimento das pessoas se tor-na uma barreira e você acaba sendo rotulado. Mas, na verda-de, a pessoa é que está se au-toavaliando e achando que ela, se estivesse na minha condição de cego, não teria capacidade. Isso é muito comum. As pes-soas ainda tratam o deficien-te visual como um incapaz. É um conceito histórico. Se nos reportarmos a Idade Média se contratava uma pessoa para carregar o cego para pedir es-mola, por exemplo. Com o tempo se tornaram indepen-

dentes, mas não tinham opor-tunidades. Mas, hoje, há maior independência. Ainda temos limitações para determinadas coisas, mas com o avanço da tecnologia e a participação em cursos, a deficiência se torna muito menos impeditiva.

JS - Como Presidente da União Latino-Ameri-cana de Cegos (ULAC), qual a maior conquista?

Raimondi - Elaboramos um planejamento estratégico e entre as metas estava integrar a OEA e a ONU. Já conquista-mos o status consultivo dentro da Organização dos Estados Americanos, ou seja, a OEA nos considera um órgão que será consultado nas questões relativas a deficiência visual. E estamos com o processo pron-to e encaminhado para tentar este mesmo status na Organi-zação das Nações Unidas. Isso é uma conquista para todas as entidades da América Latina, pois passamos do discurso “de nós para nós mesmos” para a elaboração e apresentação de documentos técnicos que venham a ser implementados pelos governos.

JS - Atualmente, quais são seus projetos?

Raimondi - Primeiramen-te buscar a reeleição na União Latino-Americana de Cegos (ULAC), que será em abril do próximo ano, durante evento no Uruguai, concretizar nos-sa inclusão na ONU e, quem sabe, concorrer à Presidência da União Mundial de Cegos. Quero seguir esta vida de re-presentação e conquistar cada vez mais o cumprimento dos direitos já adquiridos e a in-clusão de novos. Também in-tensificar e tornar conhecida a minha empresa de consultoria.

JS - Recentemente sua consultoria organizou o I Encontro Sentidos. Como foi o evento?

Raimondi - Os eventos voltados para os deficientes visuais sempre foram muito técnicos e sem lazer. Pensando neste nicho de mercado e na possibilidade de oportunizar diversas opções de convivên-cia, organizei através da mi-nha empresa de consultoria o

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Sábado, 17 de outubro de 2015 21Geral

“Pilotar um jet ski foi uma experiência inesquecível”

Perfil de Volmir

Nascido em Pinto Bandeira, Volmir teve uma infância comum a todos os meninos do interior até que, aos 11 anos, devido ao deslocamento de retina passou por diversas cirurgias. Um ano de-pois perdeu a visão e teve que aprender uma nova rotina. Foi para um colégio interno para deficientes visuais, em Porto Alegre, onde aprendeu o que precisava para desenvolver sua independência e a conviver com a falta de visão. O único período em que ficou afas-tado das atividades, foi quando precisou fazer hemodiálise e por fim o transplante de um rim, que lhe possibilitou voltar a ativa.

Volmir Raimondi, foi um dos fundadores e assumiu por cinco ve-zes a Associação de Deficientes Visuais de Bento Gonçalves (Ad-vbg). Ao longo de sua vida ocupou muitos cargos em entidades nacionais e internacionais. Atualmente é presidente da União La-tino-Americana de Cegos, a ULAC – entidade que representa 19 países da América Latina e cerca de 170 organizações que advo-gam os interesses dos deficientes visuais. De forma unânime, 74 delegados nomearam Raimondi à presidência da ULAC durante assembleia realizada na Cidade do México, com a presença de mais de 420 pessoas, em março deste ano. Participa automatica-mente da Secretaria Executiva da União Mundial de Cegos, enti-dade maior das associações.

É Patrono da Fundação ONCE para a Solidariedade com a Amé-rica Latina - Espanha e membro da Mesa Diretora do Conselho Nacional de Saúde e Coordenador da Comissão de Financiamen-to do SUAS.

Além disso, profere palestras e cursos e promove encontros de deficientes visuais.

Os cargos somente servem para servir ou não servem para nada

Há espaço para instituição totalmente

inclusiva e isso faz a diferença para um

cego conquistar maior autonomia

I Encontro Sentidos, que acon-teceu de 5 a 7 de setembro no Dall’Onder Grande Hotel. Fo-ram dias de passeios, momen-tos na piscina, rodas de violão e festas para fazer e renovar amizades, com a participação de 60 pessoas de várias regi-ões do país. Uma oportunidade de reencontrar velhos amigos e celebrar novas amizades. As pessoas cegas também sabem e querem se divertir. Porque não proporcionar isso?

JS - Você constituiu família?

Raimondi - Estou casado há 20 anos com a Janete, 46, tam-bém deficiente visual. Temos um filho, o Gabriel, 16, e superamos junto todas as dificuldades e bar-reiras normais de um casal e de pais, e as que estão inseridas na condição de cegos. Para muitos foi uma loucura dois cegos ca-sarem e terem filho. Mas conta-mos com ajuda de outras pessoas quando o Gabriel era pequeno e sempre fomos responsáveis e cuidadosos. Creio que até mais que muitos pais que enxergam, mas não veem. É preciso con-quistar os espaços e deixar as pessoas perceberem que as limitações não nos tornam in-capazes. Tanto que, há cinco anos, sou síndico do prédio onde moramos.

JS - Conte uma experiên-cia inesquecível:

Raimondi - Uma das mais significativas, pela sensação de liberdade que proporcionou, foi pilotar um jet ski. Tinha uma pessoa na carona que passava apenas as coordenadas. Poder sentir o vento e os respingos da água do mar foi indescritível. Uma sensação de liberdade, onde guiava o jet ski apenas sentindo o bater das ondas e como devia posicioná-lo para passar por elas. Estas experi-ências passam a ter um novo significado quando nos concen-tramos nas coisas mais simples e valorizamos o que nos rodeia.

JS - Sob esta ótica, você acha que o ser humano precisa se reinventar?

Raimondi - Creio que sim. Vivemos uma sociedade ime-diatista, mas muito acomoda-da, que está perdendo a essên-cia. Tem que passar a enxergar mais que o superficial e aí não é uma questão de visão, mas de prestar atenção e usar mais os sentidos. Para o cego não exis-te o feio e o bonito. Temos um conceito diferente e o que nos chama a atenção são caracterís-

ticas como simpatia, o jeito de ser, a postura, o comportamen-to, os modos de pensar e agir. E isso é pouco exercitado hoje em dia. Identificamos a mentira com muita facilidade. Mas isso não é, como muitos acreditam, uma questão de desenvolver superpoderes. É aprender a

usar todos os sentidos, alguns mais que os outros, já que não temos a visão. E passamos a valorizar isso. É saber que o cheiro de couro identifica uma loja de calçados, o de remédios me leva a uma farmácia.

Gostaria que todos passas-sem pela experiência de ficar

com os olhos vendados por um tempo, para perceberem o quanto vão se descobrir, se conhecerem e se identifica-rem com as pessoas pelo que elas são.

JS - O melhor, para a pes-soa com deficiência, é que se combine a sala de aula co-mum com um atendimento educacional especializado?

Raimondi - Pela minha experiência, que fiquei em sistema de internato no Ins-tituto Santa Luzia, em Porto Alegre, os deficientes que pas-sam pelo atendimento espe-cial na primeira etapa de sua vida, principalmente, têm um aprendizado muito melhor. Ganha mais confiança e au-tonomia. Você convive com pessoas que estão na mesma situação e tem um atendi-mento personalizado. Isso é fundamental. Aprendi muito com a instituição totalmente inclusiva e acho que há espaço para escolas como a que estu-dei, porque ali eles ensinam a pensar e agir dentro da per-cepção de um cego. Na minha opinião, a inclusão na escola comum deve vir num segundo momento. Tanto que cursei o Ensino Médio no Colégio Apa-recida e conclui o Técnico em Contabilidade.

JS - Nesse sentido, quais são as mudanças necessá-rias na escola para que se avance na inclusão edu-cacional da pessoa com deficiência?

Raimondi - Uma mudança significativa por parte dos pro-fessores no que diz respeito a sua formação profissional.

JS - Você assumiu muitos cargos ao longo de sua vida. O que isso lhe proporcio-nou em termos de experi-

ência de vida e conquistas?Raimondi - Já estive em 26

países e dialoguei com autori-dades de várias nacionalidades, sempre buscando o entendi-mento e melhorias para as cau-sas das entidades que represen-to. Recentemente estive com o Presidente do Equador, Rafael Correa. Participei de uma ceri-mônia e conversei durante uma cerimônia com a princesa Letí-cia Consorte, da Espanha, e em outra oportunidade com a prin-cesa Srirasmi, da Tailândia. Po-der participar de eventos com Bill Clinton (ex-Presidente dos EUA), Raul Castro (Presidente de Cuba) e a senadora Isabel Allende (Chile) são oportunida-des que fazem com que autori-dades conheçam as causas e lu-tas das entidades e das pessoas com deficiência.

No Brasil, circulamos pelos bastidores políticos, pois preci-samos de legislação condizente e uma população mais cons-ciente. Neste sentido, o ex-mi-nistro da saúde, Alexandre Pa-dilha, foi um grande parceiro.

JS - Houve uma tentati-va, no passado, de tornar o voto facultativo para pessoas com deficiência. Como o senhor analisa esta questão?

Raimondi - Sem sentido. O problema é a acessibilidade aos locais de votação e se luta por isso. Mas foi mais fácil pro-por que o voto dos cegos fosse facultativo. Nós temos as mes-mas obrigações e os mesmos direitos que qualquer cidadão. E o voto é um deles.

JS- Se pudesse inventar um equipamento, qual seria?

Raimondi - Inventaria um aparelho que pudesse dar mais autonomia aos deficien-tes visuais. Um equipamento que substituísse a bengala e desse maior segurança nos deslocamento. Uma espécie de GPS que avisasse o cami-nho e os obstáculos, entre ou-tras informações. O que mais incomoda é o condicional: só vou se alguém for comigo. A autonomia, com segurança, melhora as condições de vida de um deficiente visual.

JS - Como gostaria de fi-nalizar esta entrevista?

Raimondi - Com um lema de minha autoria que levo em todos os meus atos de repre-sentatividade: “Os cargos so-mente servem para servir ou não servem para nada”.

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Sábado, 17 de outubro de 201522 Regional

Os CDs do Cadastro Vití-cola Georreferenciado da

Denominação de Origem (DO) Vale dos Vinhedos e do Cadas-tro Vitícola Georreferenciado da Indicação Geográfica (IP) Pinto Bandeira foram lançados na quarta-feira, 14, na Embra-pa Uva e Vinho. A pesquisa conta com o apoio do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).

Durante a solenidade, o chefe--geral da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Zanus, destacou que a entidade tem desenvolvido um trabalho forte com o tema das Indicações Geográficas para va-lorizar os territórios dos vinhos. “Essa é uma ação que dá um de-talhamento muito maior do ca-dastro dentro da Denominação de Origem do Vale dos Vinhedos e na Indicação de Procedência de Pinto Bandeira”, afirmou. De acordo com ele, o estudo indica as áreas de maior potencialida-de para a elaboração das melho-res uvas e consequentemente dos melhores vinhos.

O município de Pinto Ban-deira tem a Indicação de Pro-cedência e a Associação dos Produtores de Vinho de Pinto Bandeira (Asprovinho) tem o interesse de se chegar a uma DO. “Isso prova que é uma estratégia muito boa para a valorização dos territórios. Os vinhos brasileiros melhoraram

Estudo aponta áreas produtivas no Vale dos Vinhedos e Pinto Bandeira

Loiva Maria Ribeiro de Mello fez os apontamentos do levantamento

Pesquisadores apresentam dados do Cadastro Vitícola

Embrapa

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Estefania V. [email protected]

muito devido a matéria, mas temos que avançar na projeção da imagem brasileira. A IP é uma ferramenta para aumen-tar a reputação da imagem do vinho brasileiro”, analisa Za-nus. Para ele, o consumidor de vinho ainda é novo e se in-fluencia por marcas e com as questões geográficas está valo-rizando o vinho brasileiro.

Segundo o presidente do Conselho Deliberativo do Ibra-vin, Moacir Mazzarollo, a pes-quisa é um olhar para o futuro. “Os dados apresentam o que é preciso desenvolver no nosso trabalho. Ainda, detalha quais são os tipos de variedades que existem na região e nos trás uma segurança de que o pro-duto final tem um princípio”, pondera. A qualificação da re-gião por meio do georreferen-ciamento foi enfatizada pela pesquisadora da Embrapa Uva

e Vinho, Loiva Maria Ribeiro de Mello. Ela destacou que o Cadastro Vitícola é obrigatório para os produtores. Destes da-dos resulta o Cadastro Vitícola Georreferenciado. Além de di-vulgar as informações obtidas no levantamento de campo, apresenta informações avalia-das por meio do uso de ferra-mentas de sistemas de infor-mações geográficas (SIG). As publicações apresentam deta-lhes dos vinhedos (cultivares, portas-enxerto, sistemas de condução, área, produção), seu georreferenciamento e a carac-terização da viticultura local, por meio da geomorfologia da região de referência, além de informações sobre aspectos paisagísticos e histórico-cul-turais. Além da pesquisadora Loiva Maria Ribeiro de Mello, Carlos Alberto Ely Machado, edita o estudo técnico.

Sábado, 17 de outubro de 2015 23ObituárioFalecimentos

ANTONIA LOURDES MOSER, no dia 08 de Outubro de 2015. Natural de Arvorezinha, RS, era filha de Francisco Dalcortivo e Ines Cichelero Dalcortivo e tinha 62 anos.

JOSÉ ROMIO, no dia 07 de Outubro de 2015. Natural de Garibaldi, RS, era filho de Antonio Izidoro Romio e Zillia Pradella Romio e tinha 71 anos.

ZULMIRA MONTIPÓ MIOLO, no dia 08 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de João Montipó e Rosina Magagnin Montipó e tinha 94 anos.

LURDES DA SILVA CARVALHO, no dia 09 de Outubro de 2015. Natural de Santiago, RS, era filha de Nicolau da Silva e Izolina da Silva e tinha 85 anos.

DOMINGOS ZANCHETTA, no dia 08 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de João Zanchetta e Emília Salton e tinha 72 anos

IRACEMA FUZINATO, no dia 09 de Outubro de 2015. Natural de Itatiba do Sul, RS, era filha de Casemiro Munik e Eva Munik e tinha 61 anos.

ZULMIRA DE SOUZA DUTRA, no dia 09 de Outubro de 2015. Natural de Vacaria, RS, era filha de Avelino de Souza e Ernestra Rodrigues de Campos e tinha 91 anos.

LUIZA KUNZLER BANALETTI, no dia 10 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Marcelo Banaletti e Juleide Isabel Kunzler e tinha 05 dias.

ALCIDES DE TONI, no dia 10 de Outubro de 2015. Natural de Pinto Bandeira, Bento Gonçalves, RS, era filho de Miguel de Toni e Joséphina Coghetto e tinha 76 anos.

ANA BRUNELLI FRACALOSSI, no dia 11 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Adamo Brunelli e Angelina Pedrotti e tinha 95 anos.

MERLAINE OLIVA CUSIN LENTES, no dia 11 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Augusto Cusin e Amabile Signor Cusin e tinha 75 anos.

ELISA MARIA TODESCHINI, no dia 12 de Outubro de 2015. Natural de Santa Cruz do Sul, RS, era filha de Wlodzimerz Jaromicz e Danizia Virginia Jaromicz e tinha 60 anos.

ARMELINDA MARIA TOGNON TARSO, no dia 11 de Outubro de 2015. Natural de Pinto Bandeira, Bento Gonçalves, RS, era filha de Fioravante Tognon e Carolina de Toni e tinha 92 anos.

CLAIR DOLORES FORESTI TONIAL, no dia 12 de Outubro de 2015. Natural de São Domingos do Sul, RS, era filha de Clemente Foresti e Margarida Chenete Foresti e tinha 45 anos.

ALCIDES GABARDO, no dia 13 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Natal Camillo Gabardo e Fiorinda Comparin Gabardo e tinha 76 anos.

JUREMA LUCCA AMBROSI, no dia 13 de Outubro de 2015. Natural de Roca Sales, RS, era filha de Francisco Pedro Lucca e Ignez Luccas e tinha 73 anos.

RAUL SANCHES, no dia 14 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de João Sanches e Maria Matia Marini Sanches e tinha 72 anos.

LUIZ PAULINO EDITH SARTOR, no dia 13 de Outubro de 2015. Natural de Pinto Bandeira, Bento Gonçalves, RS, era filho de João Sartor e Angela Cattaneo e tinha 92 anos.

DELACI GOMES DE LIMA, no dia 14 de Outubro de 2015. Natural de Porto União, SC, era filho de João Floriano de Lima e Balduina Gomes de Lima e tinha 72 anos.

Sábado, 17 de outubro de 201524 Esporte

Três jogos encerram a pri-meira fase do Citadino de

Futsal hoje, 17, no Ginásio Municipal de Esportes. Os confrontos foram cancelados na quinta-feira, 15, em virtu-de da chuva.

A primeira partida inicia às 19h entre o Sócanelas e o Uni-dos Futsal. Após às 20h, en-tram em quadra as equipes do Fantasma e Lyon. Fechando a 20ª rodada, às 21h, a Açolar enfrenta o Golden Boys.

Em Faria Lemos, na quinta--feira, o Tancredo goleou o ANFC. Já o CAF fez 7 a 3 no Open Academia. Na terceira partida da noite, o Futuro F.C venceu o Posto Foppa por 3 a 1.

Classificados

Para as oitavas de final as equipes estão praticamente definidas. No grupo A, PSG,

Distrital de Futebol ocorre hoje e amanhã

Farrapos decide permanência no Super 8

Bento Máster terá que vencer em casa

BGF encara a Assoeva na segunda-feira

A quinta rodada do Distrital de Futebol de Veteranos ocorre hoje e amanhã, 17 e 18. No campo da Leopoldina, às 13h30min, o Socie-dade Barracão enfrenta o Cruzeiro da Sertorina e às 15h30min joga Ypiranga da Paulina e Cruzeiro da Leopoldina. No campo da Eulália, o Grêmio Tuiuty encara o Estrela da Serra a partir das 13h30min e para fechar a rodada, o confronto será entre Internacional da Eulália e Ouro Verde. Amanhã, é a vez do Distrital Livre, às 15h30min. O Sociedade Barracão joga em casa contra o Flamengo de São Valen-tim. Na Eulália, o Internacional pega o Ouro Verde; na Sertorina, o Cruzeiro da Sertorina enfrenta o Lago Azul. Já o Ypiranga da Paulina vai a Santa Tereza para o confronto com os donos da casa.

O Farrapos faz sua última partida no Super 8 deste ano, hoje, às 14h, diante do Pasteur, em São Paulo. O duelo define quem permanece no campeonato e quem jogará a repescagem contra o San Diego por vaga do campeonato do ano que vem.

O Bento Máster recebe hoje, 17, o Morro Reuter, às 15h30min, pelo jogo de volta da segunda fase do Campeonato Gaúcho. A equipe comandada pelo técnico Silvio dos

Santos estará completa, porém terá que rever o resultado do primeiro confronto, no qual foi derrotado pelo placar de 4 a 2, para seguir para a próxima fase da competição.

O Bento Gonçalves Futsal (BGF) encara a Assoeva na segunda-feira, 19, em Venâncio Aires. A partida é

válida pela segunda fase da Série Ouro. O jogo era para ser disputado hoje, 17, porém teve a data alterada.

Faltam apenas três jogos para encerrar a primeira etapa da competição

Partidas da 20ª rodada ocorrem hoje à noite no Ginásio Municipal

Classificados para próxima fase estão quase definidos

Citadino

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AABG, Meia Boca Juniors e Tancredo estão classificados. Pelo grupo B, Ótica Debianchi, Futebol Clube Conceição e Par-ma estão confirmados, sobra uma vaga em aberto.

No grupo C, as quatro equi-pes estão definidas: Aço-lar, Colorado, Lokomotiva e Shakthar. No Grupo D, há duas vagas, pois São Bento Futsal e Posto Foppa já garantiram classificação.

Feminino

O Citadino Feminino terá a quarta rodada disputada ama-nhã, 18. O primeiro confronto será entre Abala e Diva’s, às 14h30min; às 15h30min é a vez de Ascóra e ABABG; após às 16h30min, Audácia enfren-ta o Garra Futsal. No jogo an-tecipado para quinta-feira, o Paulina-BGF venceu o Damas de Ferro pelo placar de 4 a 1.

Sábado, 17 de outubro de 2015 25Esporte

O empresário Guilherme Salton teve o seu nome

confirmado para estar à frente do Clube Esportivo para a ges-tão 2016/2017. Ele terá como vice-presidentes Jordano Za-nesco e Renato Masutti.

A eleição só foi definida no segundo edital de abertura para as candidaturas. O pri-meiro não houve candidatos aptos, apenas uma carta de in-tenção do conselheiro Marcelo Vignatti, o Palito, que se pro-pôs em auxiliar, porém não possuía os requisitos exigidos no estatuto. Com isso, uma comissão foi formada para realizar algumas alterações na norma, o que foi aprovado pelos membros do Conselho. Instaurado o segundo pleito, uma articulação mobilizou lideranças e foi sugerido o nome de Salton, e com as no-

Presidente eleito Guilherme Salton e os vices Jordano Zanesco e Renato Masutti estarão a frente do clube em 2016/2017

Proposta foi apresentada em Assembleia do Conselho Deliberativo

Diretoria terá a gestão como focoEsportivo

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Estefania V. [email protected]

Acompanhe a obra em www.ampliacaohospitalunimed.com.br

Centro CirúrgicoAmbulatoriale Hemodinâmica

Pronto-AtendimentoAdulto e Pediátrico

ProjetoSustentável

Nova UnidadeMaterno-Infantil

Ampliação daÁrea de Internações

O Hospital Unimedestá crescendO para cuidar ainda maisde você.A Ampliação do Hospital Unimed vai trazer novos serviços, além da ampliação e modernização dos que já existem. Um hospital maior, com atendimento especializado e equipamentos de última geração. Tudo isso para cuidar da saúde dos clientes Unimed e continuar sendo referência para Caxias e região.

vas regras foi possível formar a chapa tendo como vices Za-nesco e Masutti, que hoje não integram o Conselho Delibe-rativo. Os demais membros da equipe que irão trabalhar em prol do Alviazul ainda não es-tão definidos.

Os nomes foram aclamados

em Assembleia realizada na noite de terça-feira, 13, no Par-que Montanha dos Vinhedos. O pleito foi coordenado pelo presidente do Conselho Deli-berativo, Jauri Peixoto, e pelo atual presidente Luis Oselame.

O grupo que estará a frente do clube está pensando neste

primeiro momento na gestão, e após terá como objetivo de voltar para a Primeira Divisão do Campeonato Gaúcho. Du-rante o encontro, a diretoria eleita apresentou a proposta para os conselheiros do Al-viazul. A principal pondera-ção foi de ser gasto apenas o que for arrecadado. Agora, o momento será de transição até o dia 1º de janeiro quando ocorre a posse. Assim, a equi-pe para a Divisão de Acesso será conhecida apenas no próximo ano.

A relação do presidente eleito com o Alviazul é fami-liar. O pai Orval Salton foi vi-ce-presidente no ano de 1976 e o avô Antônio Salton doou o terreno da antiga Montanha. “Desde criança gosto e sou apaixonado pelo clube”, re-vela. De acordo com Guilher-me Salton, é preciso resgatar o apoio do cidadão de Bento Gonçalves e do empresariado.

“Temos que elevar a autoesti-ma do clube”, ressalta.

Após eleito, o empresário es-clareceu que aceitou integrar a diretoria por acreditar que era o momento certo. Para ele, o primeiro desafio será colocar o clube no seu devido lugar. “É uma tarefa muito árdua que com trabalho e união da dire-toria acreditamos que teremos êxito”, afirma.

O atual presidente Luis Ose-lame avaliou positivamente o resultado das eleições. “Procu-ramos antecipar e já mobilizou as atenções. Tivemos que fazer mudança de estatuto e conse-guimos mobilizar as pessoas que se candidataram e estão eleitas. São pessoas represen-tativas, e mais que isso, é um pessoal que tem energia para tocar esse clube”, destaca. Para ele, é bom que sejam propostas novas ideias, pois todos estão pensando em um bem comum que é o Esportivo.

Sábado, 17 de outubro de 201526 Segurança

Motorista fica uma hora refém de assaltantes

Operação Cilada

Ação no bairro Maria Goretti apreendeu 260g de cocaína e resultou na prisão de cinco suspeitos

Leonardo [email protected]

Após dois meses de inves-tigações, a Polícia Civil

desarticulou um ponto de trá-fico de entorpecentes no bair-ro Maria Goretti na manhã de quinta-feira, 15. A Operação Cilada resultou na apreensão de 260g de cocaína e a pri-são em flagrante de cinco ho-mens. Entre os acusados, está um suspeito de trazer a dro-ga da Região Metropolitana e uma família repetidamente ligada ao tráfico desde 2004.

A ação comandada pela 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) foi deflagrada com o cumpri-mento de mandado de busca e apreensão em um estabe-lecimento comercial na rua Fioravante Pozza. Foram en-contradas sete buchas de co-caína e outras duas porções maiores. Além da droga, fo-ram apreendidos R$ 6 mil em dinheiro, um veículo Fox, um cigarro de maconha, celulares

Polícia desarticula ponto de tráfico

Quase dois meses após ser atingido por um tiro no rosto durante uma tentativa de latro-cínio no bairro Fenavinho, Lu-cas Ricardo Mariuzza, 20 anos, segue internado no Hospital Tacchini. Enquanto familiares e amigos seguem ansiosos por boas novas, o neurocirurgião responsável salienta que é ne-cessário paciência, pois a recu-peração é lenta.

A possibilidade do jogador de rúgbi continuar sua recupera-ção em casa foi cogitada, porém uma infecção no pulmão nes-ta semana adiou a decisão. “É uma infecção pequena, com um pouco de febre e que estamos tratando. Como ele está mais magro (pelo tempo em coma), está mais suscetível a este tipo de contratempo. Por enquanto, não podemos fazer nenhuma previsão”, explica o neurocirur-gião Gustavo de David.

O médico relata que Mariu-zza segue em coma, apresen-tando algumas reações para a família, principalmente quan-

do a mãe fala. “O Luquinhas está do mesmo jeito. Não se mexe, apenas pisca os olhos. Ele tinha começado a fisiote-rapia, mas teve esta infecção. Eu estou muito ansioso. Fico pensativo durante o dia. Mu-

Em recuperação

Mariuzza segue internado no Tacchini

Após ser rendida por ban-didos armados e circular sem rumo por cerca de uma hora, uma vítima de roubo a veículo foi abandonada em uma estra-da vicinal de Farroupilha. O crime da noite de quarta-feira, 14, teve início no bairro Alfân-dega, em Garibaldi.

Conforme as informações da Brigada Militar, por volta das 23h, dois indivíduos encapu-zados e armados renderam a motorista de um Ford Focus, de cor vermelha e placas GXU-9398, próximo ao salão comu-nitário local. A vítima foi orde-nada a ir para o banco de trás enquanto um dos assaltantes assumia o volante.

A vítima ficou refém dos as-saltantes por aproximadamen-te uma hora, até que foi liber-tada em uma estrada vicinal próximo a um posto de com-bustíveis de Farroupilha. Além do veículo, os bandidos rouba-ram o celular, uma quantia em dinheiro e outros pertences da vítima. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Roubo

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Quatro dos acusados foram detidos em um estabelecimento comercial

e uma balança de precisão. Quatro homens foram deti-

dos na ação. Os suspeitos de 33 e 39 anos, que seriam apenas usuários de drogas prestaram

depoimentos e foram libera-dos. Conforme a investigação, o acusado de 49 anos seria quem vendia a droga na região. O outro suspeito, de 30 anos,

Lucas Ricardo Mariuzza foi baleado no dia 19 de agosto

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O

dou totalmente nossa rotina. A mãe dele está todos os dias no hospital. É díficil”, relata o pai, Gilceu Mariuzza.

A família faz questão de agradecer todos que pedem notícias e estão torcendo pelo Lucas. “As pessoas perguntam bastante, esperam notícias. O Tito e o pessoal do rúgbi estão nos ajudando bastante. Temos que agradecer estes amigos de verdade, que acompanham e perguntam sempre. Apoio o Luquinhas está tendo e bastan-te”, conta Gilceu.

A esperança do pai é que a ida para casa possa ajudar na recuperação. “Domingo é o aniversário do Luquinhas. Es-pero que ele dê um bom sinal para nós. Temos fé. Em casa é diferente, com a mãe cuidando. Vai facilitar para a Shirley, que fica todos os dias no hospital. Só que se ele for para casa va-mos precisar de uma cama es-pecial e mais alguns aparelhos. Estamos planejando e pedindo ajuda”, estima Gilceu.

seria o fornecedor que trazia a droga da Região Metropolita-na. Ambos foram conduzidos ao sistema prisional.

Filho é detidocom munição

Em prosseguimento da Operação Cilada, na mes-ma manhã, foi cumprido um mandado de busca e apreen-são em uma residência na rua Pedro Domingos da Silva. Um indivíduo de 23 anos, identi-ficado como o filho do acusa-do de tráfico de drogas de 49 anos, foi detido com uma mu-nição calibre .12 e um projétil de fuzil 7,62.

Pai e filho não possuíam an-tecedentes policiais. Porém, de acordo com a investigação da 1ª DP, outros dois familia-res destes acusados já foram presos, acusados de tráfico de entorpecentes, desde 2004. As identidades dos cinco acusa-dos foi mantida em sigilo pela Polícia Civil.

Atividades do Núcleo da Polícia CivilDiálogo com a Comunida-

de - com encontros em bairros, escolas e empresas, os policiais buscam fortalecer o relaciona-mento com as pessoas, alcan-çar novos públicos e reforçar a importância das denúncias anônimas. Orientação e cons-cientização sobre casos de em-briaguez ao volante e violência

doméstica. Participação no Pro-grama Balada Segura.

Grupo de Reabilitação de Agressores de Mulheres - homens acusados de praticar violência doméstica e familiar são convidados a participar de reuniões, onde recebem orien-tações acerca da violência de

gênero e das implicações jurí-dicas de suas condutas.

Grupo de Atenção a Agres-sores e Familiares de Agres-sores Dependentes de Álcool e outras Drogas - de-pendentes de substâncias en-torpecentes e seus familiares são convidados a participarem

de um momento de escuta e re-flexão, com encaminhamento a rede de saúde municipal.

Programa Proteja-se - elabo-ração de material informativo com dicas de segurança, visitas em esco-las e estabelecimentos comerciais para fornecer informações e orienta-ções acerca da prevenção de crimes.

Quem tiver interesse no traba-lho de Policiamento Comunitário do Núcleo da Polícia Civil, pode entrar em conta-to pelo telefone 3454.2899.

Sábado, 17 de outubro de 2015 27Segurança

Polícia Comunitária

Diálogo para combater a violênciaApós dois anos de atuação, iniciativa pioneira no Rio Grande do Sul se consolida e aproxima comunidade e Polícia Civil

Leonardo [email protected]

Núcleo da Polícia Civil participa de encontro dos presidentes de bairros e representantes da Prefeitura

POLÍCIA

CIVIL, DIVU

LGA

ÇÃO

Em uma iniciativa pioneira no estado, a Polícia Civil

reforça seu elo com a comu-nidade de Bento Gonçalves. O programa de Policiamento Comunitário, criado em 2013, está estabelecido com proje-tos de diálogo com os bairros, apoio a grupos em situações de vulnerabilidade, atuação em escolas, apoio ao Balada Segura e aproximação com novos públicos.

O Núcleo da Polícia Civil no programa de Policiamento Co-munitário, uma parceria entre Prefeitura, Consepro e Secre-taria Estadual de Segurança Pública, nasceu com intuito de fortalecer a relação entre Polí-cia Civil e comunidade, apro-veitando a experiência e co-nhecimento dos policiais para identificar e resolver os proble-mas relacionados à violência.

A equipe de trabalho conta com oito policiais coordena-dos pela delegada Deise Salton Brancher, que também é titu-lar da Delegacia Especializa-da de Atendimento à Mulher (DEAM). “Esta é a oportuni-dade da Polícia Civil auxiliar na prevenção, o que, original-mente, não seria a função de uma polícia judiciária. Somos

uma polícia de investigação, esta é a nossa atividade pri-meira. Mas entendemos a ca-pacidade e a oportunidade de evitar que estas situações de violência ocorram”, explica a autoridade policial.

Depois de chefiar a Delega-cia de Polícia de Pronto Aten-dimento (DPPA) até o início deste ano, a coordenadora do projeto acredita que o Poli-ciamento Comunitário possi-bilita outra aproximação com a população. “É uma oportu-nidade de ouro para mostrar-mos que a polícia não é apenas truculência. Normalmente, estas pessoas chegam na dele-

gacia em situações de extrema vulnerabilidade. Somos o pri-meiro contato destas vítimas. É importante nos verem como colaboradores”, acredita a de-legada Deise.

Após dois anos de atuação, o Núcleo da Polícia Civil ama-dureceu e surge como uma opção de informação nesta época de aumento crescente da violência. Os projetos, de-senvolvidos ao longo do tem-po pelos próprios policiais envolvidos, atendem grupos de reabilitação de agressores de mulheres, dependentes de álcool e drogas, e empodera-mento de vítimas.

Participação em bairros e escolas

Porém, a maior colaboração à comunidade talvez sejam as palestras e encontros com associações de moradores. Com representantes de todas as delegacias do município, o Núcleo de Policiamento Co-munitário realiza reuniões nos bairros onde pode passar a real situação da violência local. “Relatamos os delitos e locais mais comuns, os problemas re-lacionados a roubos ou tráfico de drogas, sugerimos cuidados possíveis e solicitamos o apoio de denúncias anônimas”, rela-

ta a delegada Deise. As palestras também são

realizadas em escolas interes-sadas, com apresentações que buscam o cultivo de valores e princípios e explanam sobre as consequências dos atos. A Escola Estadual Profes-sor Ângelo Chiamolera, por exemplo, promoveu dois en-contros no mês de agosto. “É importante, porque a criança e o adolescente hoje não co-nhecem as verdadeiras atri-buições de uma polícia. Tra-zer esta questão para a escola, falar sobre a violência, direi-tos e deveres é muito benéfi-co. São autoridades que os jo-vens acabam ouvindo. Houve uma aceitação muito grande, com diversas perguntas por parte dos alunos”, relata o di-retor Carlos Baggio.

A primeira palestra foi feita para os alunos do sexto ao oita-vo do ano. Devido a repercus-são, a direção decidiu por rea-lizar outra com os pais. O tema principal era a importância da presença da família. “Geral-mente, os pais querem saber como identificar se o filho está usando drogas, falar sobre as companhias. Nós ressaltamos a importância da presença na vida escolar e fora dela. Eles são a criação dos filhos”, res-salta a delegada Deise.

Esportivo

Diretoria vai ter foco na gestão do clube

Página 25

Poder Judiciário

Instalações e falta de servidores preocupam

Página 14

Escola de Tempo Integral completa um ano e é aprovada pela comunidade

Uma nova realidade no São Roque

LUIZA

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A Edição www.jornalsemanario.com.br48 páginas

BENTO GONÇALVESSábado17 DE OUTUBRO DE 2015ANO 48 N°3174

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Sábado

min 6º max 14º

Domingo

min 13º max 22º

Segunda

min 19º max 28º

Terça

min 19º max 31º

Fonte

: G

oogle

Profissionais da Dalmóbile são largamente treinados para atuar

com sistemas computadorizados de produção e gestão

Juvenal Dalcin, diretor

FOTOS JEFERSON SOLDI

Incentivar o ensino, contribuir

para o desenvolvimento social

e cultural e colher os resultados

na prática. É este o ciclo virtuoso

que vem ocorrendo na Dalmóbi-

le por meio do programa de estí-

mulo ao ensino mantido pela fa-

bricante de móveis com sede em

Bento Gonçalves. Colaboradores

recebem subsídios e acompanha-

mento da fábrica nas mais varia-

das categorias de ensino e, em

contrapartida, além do desenvol-

vimento pessoal e profissional,

geram cases de novas soluções

que muitas vezes são adotados

pela empresa em seu dia a dia.

Exemplo disso é o do mecâ-

nico de manutenção Eleandro

Ferrareis. Ele recebeu incen-

tivos para o curso técnico em

mecatrônica do Senai de Bento

Gonçalves. Em seu trabalho de

conclusão Ferrareis decidiu mer-

gulhar no ambiente de fábrica e

achou uma solução simples, prá-

tica e barata para medir, separar

e cortar bordas que precisam ser

enviadas à clientes quando é ne-

cessário, por exemplo, realizar as-

sistência técnica. O equipamento,

desenvolvido integralmente pelo

mecânico e colegas do curso,

já está em operação na filial da

empresa, também localizada em

Bento Gonçalves.

“Dentro de uma linha de mon-

tagem do porte da Dalmóbile to-

dos os produtos são produzidos

em escala e dentro de uma pro-

Semanário | Bento Gonçalves, sábado, 17 de outubro de 2015

Empresas Empresários&

Dalmóbile investe no ensino de colaboradores

gramação estabelecida por com-

putadores. As vezes fica com-

plicado resolver os pequenos

problemas, gerando soluções es-

pecíficas para algumas demandas,

como a do mercado de reposição

para assistência técnica. O foco

da solução foi esse e obtivemos

sucesso com a empresa apostan-

do e implementando a solução”,

destaca Ferrareis, lembrando que

outra vantagem do projeto foi a

redução no desperdício de mate-

rial, gerado pela maior precisão

no corte das bordas.

A Dalmóbile incentiva o desen-

volvimento de seus colaborado-

res por meio de auxílio financeiro

ao ensino fundamental, médio,

cursos técnicos, de línguas ou

profissionalizantes, ensino supe-

rior, pós-graduação, entre outros.

“Esse é um grande papel das em-

presas na contemporaneidade.

Incentivamos porque somos em-

presas cada vez mais sociais, cada

vez mais abertas e cada vez mais

afetadas pelos desafios de hoje.

Gente mais instruída e preparada

é o fator chave para o sucesso”,

destaca o diretor presidente da

Dalmóbile, Juvenal Dalcin.

Esse investimento ainda pode

ser visto internamente, por meio

do programa de desenvolvimen-

to técnico da empresa. Pratica-

mente todos os profissionais do

setor de produção passam por

cursos que vão do desenho téc-

nico, passando pela metrologia

e informática básica. Para quem

opera equipamento computa-

dorizados complexos também

é oferecido curso de informáti-

ca operacional. Tudo dentro do

próprio horário de trabalho. Ao

todo, cada profissional tem cer-

ca de 60 horas de ensino técnico

interno. “O ensino é progressivo

dentro dos módulos e segue um

fluxograma de aprendizado. O

resultado, para a empresa, é bem

visível, com índice mínimo de er-

ros”, explica Dalcin.

Reprodução

Bento Gonçalves

Sábado | 17 de outubro de 2015

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Bento Gonçalves

Sábado | 17 de outubro de 2015Caderno

Texto: Caroline Pandolfo

Simone Ketzer Osório

Para ser uma boa empresária é preciso ter coragem, perseverança, confiança e

criatividade, afirma a proprietária do Brechó Novo Di Novo, Simone Ketzer Osório.

A porto-alegrense cursou licenciatura em Matemática e desde pequena esteve ligada

ao comércio. “Ainda quando criança percebi que já corria o sangue de comerciária em

minhas veias. Vendia bolo e docinho na escola para poder comprar minhas frescuras.

Trabalhei em cafeterias, restaurantes e lojas de doces”, conta Simone.

Atualmente ela mora em Farroupilha, onde, com persistência e iniciativa,

apostou em um negócio diferenciado, o brechó. Enfrentando um desafio constante

de mudança de costumes e atitudes, ela explica que ver a realização do cliente na

compra de algo que precisa em um preço incomum lhe tráz uma imensa satisfação.

“Ainda há um pouco de preconceito quanto à cultura dos brechós populares, mas aos

poucos o retorno tem sido considerável e as pessoas ficam satisfeitas com o custo-

benefício”, argumenta.

Ela é casada há cinco anos com Rodrigo Vettorazzi e desta união

nasceu a pequena Manuela, três anos. “Minha família é meu alicerce e me

sinto completamente realizada. Minha filha é o motivo de minha busca

constante por um mundo melhor”, revela. Para Simone as pessoas

deveriam ser mais conscientes quanto à sustentabilidade, cuidando

do meio ambiente e ensinando as crianças a preservarem.

A empresária acredita que felicidade é a busca constante pela

satisfação pessoal e profissional. Apaixonada por praia, ela sonha

em conhecer Cancun. “A água salgada nos transmite boas energias

e nos revigora”, diz. Para o futuro, ela planeja ampliar seu negócio,

participando de feiras e exposições, além de investir em um brechó

móvel, facilitando o atendimento a seus clientes.

“O segredo é ter muita fé para seguir em frente,

mais coragem para superar os obstáculos e a

certeza de que quando nossos sonhos são movidos

por amor à vitória não demora a chegar “

Primeiro Caderno ......................28 páginasCaderno S ................................12 páginas Saúde & Beleza .........................4 páginasEmpresas & Empresários............4 páginas

Educação

Página 19