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1/71 Falta laudo técnico Dossiê de Tombamento Escola Estadual de Uberlândia a UBERLÂNDIA I Abril 2005

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Falta laudo técnico

Dossiê de Tombamento Escola Estadual de Uberlândia a

UBERLÂNDIA I Abril 2005

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Sumário Histórico do Município de Uberlândia ...........................................................04 Histórico da Escola Estadual Uberlândia ......................................................13 Evolução da Ocupação do Espaço ................................................................15 Fontes de Pesquisa .........................................................................................18 Descrição e Análise da Escola Estadual de Uberlândi a..............................20 Perímetro de Tombamento .............................................................................21 Delimitação e Indicação Gráfica Justificativa Perímetro de Entorno .....................................................................................24 Delimitação e Indicação Gráfica Justificativa Ficha de Inventário .........................................................................................27 Documentação Cartográfica ..........................................................................31 Levantamento Métrico Arquitetônico ...........................................................33 Documentação Fotográfica ............................................................................34 Diretrizes de Intervenção ...............................................................................55 Laudo Técnico de Avaliação das Condições Físicas do Imóvel ................56 Ficha Técnica ..................................................................................................59 Parecer sobre o Tombamento elaborado por Profissional externo ao COMPHAC ........................................................60 Parecer sobre o Tombamento elaborado por Conselheiro do COMPHAC ......................................................................62 Cópia da Ata da Reunião do COMPHAC Aprovando o Tombamento ............................................................................64 Cópia da Notificação e Recibo ......................................................................66 Cópia da Inscrição no Livro de Tombo .........................................................69 Cópia da Publicação do Ato de Tombamento ..............................................71

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Introdução Este dossiê tem por objetivo compilar informações sobre a Escola Estadual Uberlândia e suas transformações ao longo do tempo, sua importância para o município, análise de suas características arquitetônicas e de suas condições físicas atuais, documentação fotográfica e a definição de perímetro de tombamento e de entorno - para ser analisado e aprovado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Arqueológico, Artístico, Histórico e Cultural de Uberlândia, complementando assim, a documentação relativa ao seu tombamento.

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Histórico de Uberlândia

A origem da cidade de Uberlândia remonta ao início do século XIX numa região denominada “Sertão da Farinha Podre”, em uma faixa de terra compreendida entre os rios Paranaíba e Grande objeto de exploração dos bandeirantes, que passaram com destino às regiões mineradoras do Centro Oeste. Inicialmente, a região não interessava aos expedicionários, que a utilizavam apenas como rota de passagem indispensável para se alcançar os núcleos de mineração, e permaneceu durante várias décadas como “fornecedora marginal de metais e ponto de apoio aos núcleos mineratórios do Centro Oeste”1 O próprio significado do topônimo, que historicamente tem sido aplicado à região, revela o caráter marginal que a mesma assumiu aos olhos dos bandeirantes. A expressão “Sertão da Farinha Podre”, que segundo Souza e Lima existe desde o século XVII, refere-se aos alimentos de farinha de mandioca enterrados pelos índios Caiapós, e encontrados já em estado de apodrecimento pelos bandeirantes quando de sua passagem. Um fato que sobrevive no imaginário popular, mas não pode ser comprovado por documentos. O povoamento do chamado Triângulo Mineiro não foi uniforme, já que, desde 17402, existia uma importante atividade mineradora em Desemboque, localidade próxima ao Rio Araguari, a qual atraía um grande número de exploradores, enquanto que as localidades vizinhas permaneciam praticamente vazias. Contudo, a agressiva exploração desta atividade provocou a escassez de metais preciosos na nascente do rio, acelerando o declínio deste povoado, cuja população migrou então para outras regiões, deflagrando uma incipiente produção agrícola em diferentes arraiais. Neste contexto, em que o deslocamento humano alterou as configurações geográficas, vários outros povoados foram constituídos, entre eles o primeiro arraial – São Pedro de Uberabinha –, que tem sua origem nas fazendas criadas a partir da concessão de sesmarias por parte da coroa portuguesa e deu origem a cidade de Uberlândia. Entre os pioneiros, que adquiriram sesmarias3, estava João Pereira da Rocha, natural de Alto Paraopeba, que fundou a Fazenda São Francisco em 1821, depois de receber a legalizaçao do posseamento.4 Além de João Pereira da Rocha, outros exploradores contribuíram para o processo de colonização deste território. Dentre eles, podemos citar, José Alves de Rezende, fundador da Fazenda Monjolinho; os geralistas Ricardo Gonzaga dos Santos e João Vermelho Bravo, concessionários das sesmarias da Rocinha e Registro, respectivamente, e os Cabral de Menezes, proprietários da Fazenda Sobradinho.5 Esses primeiros entrantes construíram o espaço rural primitivo do município de

1 SOUSA, Maria Núbia A. M. e LIMA, Sandra Cristina Fagundes. Pesquisa Referente à História de Uberlândia no período compreendido entr e o século XVIII e o ano de 1908 . Uberlândia: Prefeitura Municipal de Uberlândia / Secretaria Municipal de Cultura / Museu Municipal de Uberlândia, 1997, p. 20. mimeo. 2 Ibidem. 3 A palavra sesmaria designa “um lote de terra inculta ou abandonada que os reis de Portugal cediam a sesmeiros que se dispusessem a cultiva-lo.” FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985, p. 1294. 4 SOUSA, M.N.A.M e LIMA, S.C.F. Op. Cit. P. 21. 5 TEIXEIRA, Tito. Bandeirantes e Pioneiros do Brasil Central . Uberlândia: Uberlândia Gráfica, 1970, v.1. p. 16-18.

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Uberlândia, mas a constituição de suas propriedades não exerceu influência direta na formação do núcleo urbano, uma vez que não existia entre elas uma força unificadora que favorecesse relações sociais próprias de uma cidade. Contudo, em 1827, chegou à região uma família que teria um papel decisivo neste processo colonizador. Os irmãos Carrejo eram naturais de Santana do Jacaré, Estado de Minas, e se mudaram para Uberlândia por insistência de Luiz Alves Carrejo, o mais velho dos quatro irmãos que, segundo Teixeira, estava “entusiasmado com as notícias correntes das bravuras do então Sargento-mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira e João Batista de Siqueira, na formação dos núcleos coloniais à margem direita do Rio Grande [...]”6 Luiz Alves adquiriu terras na Freguesia de Campo Belo, hoje Campina Verde, que, posteriormente, foram permutadas pela Fazenda do Rio das Velhas, Freguesia de Santo Antônio de Oberaba. Tendo decidido quanto à fixação no território, ele pretendia trazer os seus três irmãos para a propriedade. Depois de um exaustivo trabalho de persuasão, que consumiu três longos anos, Luiz, finalmente, convenceu os renitentes irmãos a mudarem-se para esta região, que na época era considerada selvagem e inóspita. A transferência definitiva deu-se em 1835, quando a comitiva dos Carrejos chegou, guarnecida de escravos e animais domésticos. A grande contribuição desta família à formação do núcleo urbano coube a Felisberto Alves Carrejo, que, na partilha das terras adquiridas, recebeu a Fazenda da Tenda, cuja denominação está associada à tenda de ferreiro instalada por ele nessa propriedade. Sendo professor formado em colégio de missionários catequistas, Felisberto despertou a atenção dos primeiros moradores, que gravitavam em torno de sua “figura patriarcal”, usando uma expressão de Tito Teixeira. Essa convergência populacional para a área de uma propriedade rural é a gênese de uma idéia de cidade naqueles domínios selvagens, pois, além de ser uma autoridade naturalmente constituída, o patriarca tinha convicções religiosas, que inspiraram aquelas pessoas a se constituírem enquanto grupo social. Na verdade, a religião foi a grande responsável pelos movimentos primordiais que levaram à formação do arraial, visto que naquela época eram as igrejas que determinavam o desenvolvimento das cidades e não o contrário. No caso específico de Uberlândia, sabemos que Felisberto adquiriu uma faixa de terras localizadas entre o Ribeirão São Pedro e o Córrego Cajubá7, para abrigar as famílias que o acompanhavam em suas peregrinações religiosas em direção a Aldeia de Santana, onde eram ministrados os ofícios religiosos. Assim, poder-se-ia dizer que o arraial surgiu antes da capela, mas a verdade é que o fator que levou as pessoas a se fixarem neste território pertencente a Felisberto foi a possibilidade de professarem sua fé, o que por sua vez vinha ao encontro do desejo do patriarca de criar uma capela curada na região. A primeira fase da história do município teve início em 1842, quando Felisberto foi nomeado administrador das obras da capela, cuja autorização foi requerida junto à Prelazia, em 29 de junho de 1846. O deferimento da solicitação efetivou-se na mesma data, conforme registrado pelo cônego Pezzutti:

Concedemos, e na verdade concedido temos, aos proprietários e mais cidadãos acima referidos, por esta nossa provisão, a graça de levantarem uma capela curada entre os dois rios, como o Título de Nossa Senhora do Carmo e Sam Sebastião na

6 Ibidem, p. 18. 7 TEIXEIRA, Tito. Op. Cit. P. 22.

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cabeceira do ribeirão S. Pedro, affluente do Uberaba legítimo.8 O próximo passo foi a constituição do patrimônio da santa, ou seja, a aquisição de propriedades que pertenceriam à igreja. Para tanto, foram nomeados dois procuradores, Felisberto Alves Carrejo e Francisco Alves Pereira, para realizarem as negociações de compra das terras em nome de toda a população. O local escolhido situava-se à margem da confluência do Ribeirão São Pedro como o Rio uberabinha, e como pertencesse a vários proprietários, foi necessário negociar a aquisição com Francisca Alves Rabelo (viúva de João Pereira da Rocha e prima de Felisberto), que era a detentora da maior parte das terras. A capela foi inaugurada em 1853, com a celebração da primeira missa pelo padre Antônio Martins, vigário da aldeia de Santana do Rio das Velhas. Já em 1858, a capela foi elevada à categoria de matriz, o que exigiu ampliações do espaço físico, realizadas entre 1858 e 1876, ano em que os corpos de Felisberto e Francisco foram sepultados no interior da igreja já concluída. Paralelamente à evolução dos assuntos religiosos, observamos o desenvolvimento do arraial refletido em alguns fatos dignos de nota. Em 1852, foi criado o Distrito de Paz, que, em 1857, foi elevado à Freguesia, título que se refere a um pequeno povoado com sede paroquial. Nesse povoado, cuja população era estimada em 150 pessoas, um incipiente contexto urbano foi sendo paulatinamente construído. O pequeno burgo constituía-se de poucas habitações rudimentares distribuídas no espaço compreendido entre o Largo da Matriz e o Largo do Rosário (atual Praça Dr. Duarte). O relato de Tito Teixeira transmite uma vaga idéia da configuração desse espaço urbano inicial:

Das cinqüenta e duas concessões dentro do perímetro urbano, somente quarenta e quatro foram edificadas, sendo nove no largo da matriz, duas no largo do Rosário, doze na Rua São Pedro, cinco na Rua Boa Vista, quatro na Rua do Pasto, três na Rua do Rosário e uma na Rua do Comércio. Ao longo da margem direita do córrego São Pedro, havia seis chácaras em formação e acompanhando o curso do rego d’água de servidão pública, muitas casinholas, sem estética e desalinhadas estavam sendo construídas.9

Dificilmente poderíamos apreender a realidade sócio-econômica deste arraial, que, na sua exigüidade, mantém uma distância abissal em relação à cidade que temos hoje. Entretanto, as fontes informam que, já neste núcleo primitivo era possível perceber o estágio embrionário de uma vocação comercial, que se tornaria um aspecto identitário da história de Uberlândia. Segundo Teixeira10, as relações comerciais, que se estabeleceram inicialmente, resumiam-se à compra e venda de gêneros de primeira necessidade, mas a criação de armazéns numa área desde sempre denominada Largo do Comércio indica a importância que esta atividade teria na trajetória do município.

Outro fato relevante, e, que, também, revela a importância atribuída ao comércio, refere-se ao processo de elevação do distrito à categoria de vila. Quando enviou o

8 Despacho do visitador ordinário, transcrito em: PEZZUTTI, P. Município de Uberabinha: história, administração, finanças, econ omia . Uberlândia: Livraria Kosmos, 1922, p. 5. 9 TEIXEIRA, Tito. Op. Cit. P. 29-30. 10 Ibidem, p. 30.

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requerimento de elevação ao governador da província, o Deputado Augusto César anexou um documento em que arrolava os estabelecimentos comerciais já existentes no distrito, a saber: “sessenta engenhos de cana-de-açúcar, sete engenhos de serra, nove olarias, seis oficinas de ferreiro e catorze de sapateiros”11, dentre outras melhorias efetuadas no perímetro urbano. Tal fato sugere que o constante inventário dos progressos comerciais era uma forma de aquilatar as dimensões e a importância sócio-econômica do distrito.

A propaganda parece ter funcionado, pois o distrito foi elevado à categoria de vila em 07 de junho de 1.888 e logo em seguida, em 31 de agosto do mesmo ano, conquistou o título de município. A emancipação efetivou-se em 07 de março de 1892, quando foi instalada a primeira câmara, a qual teve a seguinte constituição:

Presidente e Agente Executivo: Augusto César Ferreira e Souza

Vice-Presidente: Pe Pio Dantas Barbosa

Vereadores gerais: Arlindo Teixeira, José Inácio Rodrigues, Manoel Alves dos Santos, Antônio Alves Pereira, José Joaquim coelho, José Teófilo Carneiro, Honório Marra da Silva

Conselheiro: Joaquim Carrejo Peixoto da Cunha

Vereadores especiais pelos distritos: José de Lelles França e Antônio Maximiano Ferreira Pinto.12

Depois da emancipação, Uberabinha não conheceu um progresso imediato e continuou sendo uma das menores cidades da região. A inauguração da Estrada de Ferro Mogiana, em 1895, representou um incentivo ao desenvolvimento, na medida em que facilitou a comunicação com grandes centros urbanos como Campinas e São Paulo, mas não contribuiu diretamente para o tão esperado progresso, já que, segundo Barros13, Uberabinha ocupava então uma posição periférica no cenário econômico regional, ao passo que a vizinha cidade de Araguari, localizando-se estrategicamente em relação às regiões agrícolas do Centro Oeste, afirmou-se como a principal beneficiária do projeto de extensão da via férrea. Tal fato, porém, não elimina a função integradora da estrada e a sua influência no processo de inserção do município no contexto regional.

Com efeito, a integração pode ter sido o propósito de seu principal idealizador, o Coronel José Teófilo Carneiro, que teve participação direta nas negociações que incluíram Uberabinha no novo trajeto da estrada, embora a cidade não tivesse grandes atributos que justificassem esta inclusão. O texto de Jerônimo Arantes permite entender a importância primordial dos trilhos nesta trajetória de crescimento do tecido urbano:

Ao descobrir que Uberabinha não fazia parte do roteiro originalmente traçado pela Companhia Mogiana, (o Coronel Carneiro) idealizou um novo trajeto incluindo nele a cidade. Em 21 de dezembro de 1895 foi inaugurada a Estação Ferroviária Cia Mogiana de Estradas de Ferro, localizada no final da hoje Av. João Pinheiro que, junto aos telégrafos fez a ligação de Uberabinha com outras cidades mais desenvolvidas, inserindo-a no cenário nacional [...] Dessa forma, a estrada de ferro arrastou

11 Ibidem, p. 37. 12 Ibidem, p. 52-53. 13 BARROS, Heleno Felice. Privação de Sentidos: álibis no judiciário – São Pedro de Uberabinha (1891-1930). Uberlândia: UFU, 2004. (dissertação de mestrado).

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a cidade para o norte, sendo responsável pela urbanização do que hoje é o centro de Uberlândia e na época era apenas ‘cidade nova’, mas acabou sendo a barreira de seu desenvolvimento urbanístico.14

Antes de ser uma necessidade, o desvio da estrada de ferro em direção à cidade de Uberlândia denuncia as características das lideranças locais, que, desde os primórdios deste município, trabalham em sintonia como os princípios capitalistas mais amplos, criando necessidades e fomentando transformações urbanas, nem sempre adequadas.

Seja como for, podemos considerar que a implantação da Mogiana acabou constituindo um catalisador indireto do desenvolvimento econômico, principalmente, quando associada a uma outra importante obra de engenharia, a ponte Afonso Pena. Inaugurada em 1909, esta ponte fazia a ligação entre o Triângulo Mineiro e o sul do Estado de Goiás e, segundo alguns historiadores, teve uma importância ainda maior que a estrada de ferro, graças à sua capacidade de articular os transportes rodoviário e ferroviário, favorecendo o escoamento da produção que a Mogiana já transportava. Para Guimarães, a gênese deste desenvolvimento situa-se na confluência destes dois projetos:

Aponte assim se tornando fácil, praticável e segura foi a grande via de penetração no sul goiano, interposto quase único de todo o movimento agrícola e comercial de vastíssimas e opulentas regiões. Uberabinha, dada a sua feliz colocação, tornou-se pela força das circunstâncias, o empório natural de todo o movimento que a ferrovia Mogiana escoa para os grandes centros de população e para o litoral.15

Para Barros, a estrada de ferro era um fato notável do ponto de vista cultural porque era facilmente perceptível pelo cidadão comum, enquanto que a ponte, estando situada fora do perímetro urbano, não habitava o imaginário da população, embora tivesse uma função estratégica aos olhos dos dirigentes interessados em promover o desenvolvimento das forças produtivas. Todavia, o autor ressalta que foi exatamente a associação trilhos-ponte que alavancou o desenvolvimento da cidade, incentivando inclusive a construção de unidade de armazenamento de grãos, já no início do século:

A associação trilhos-ponte abriu, além das possibilidades implícitas do trem, a realidade explícita do comércio rodo-ferroviário. A força das rodas nas estradas era tanta que, em abril de 1909, a imprensa local solicitou à Administração da Estrada de Ferro Mogiana a construção de grandes armazéns com finalidade de estocar toda a produção vinda de Goiás. Os armazéns seriam de porte jamais visto na região e estocariam cerca de cinco vezes mais produtos que se estocava até então em Araguari. 16

Fazendo uma previsão do crescimento urbano, que seria deflagrado pela implantação da estrada de ferro e da ponte, o Prefeito Alexandre Marquez encomendou um plano de expansão urbanística, que foi elaborado pelo engenheiro Mellor Ferreira Amado. Esse plano consistia na ampliação do perímetro urbano a partir do núcleo antigo da

14 ARANTES, Jerônimo. Revista Uberlândia Ilustrada , apud: BARROS, H. F. Op. Cit. P. 28. 15 GUIMARÃES, Eduardo Nunes. A Transformação econômica do Sertão da Farinha Podre: o Triângulo Mineiro na divisão regional do t rabalho . História & Perspectivas. Uberlândia, n. 4, p. 27, jan/jun 1991. 16 BARROS, H. F. Op. Cit. P. 32.

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cidade, ligando-o à Estação Ferroviária da Mogiana. A nova área foi constituída por um conjunto de cinco avenidas largas e arborizadas, dispostas paralelamente, entrecortadas por oito vias transversais; o quarteirão central foi ocupado por uma grande praça, atual Praça Tubal Vilela.

Neste contexto, surge a denominação “cidade nova”, que passa a designar esta área urbana, que, além de nova, sugeria possibilidades de futuro crescimento. Para Dantas17, a construção das avenidas centrais altera o percurso da expansão urbana, que a partir de então passa a ocorrer no sentido norte, refletindo a inevitável eclosão do núcleo primordial, que, com o crescimento populacional, torna-se insuficiente na tarefa de abrigar os projetos desenvolvimentistas.

A partir de então, a cidade começa a se destacar no cenário regional. A implantação do serviço de iluminação elétrica, nesse mesmo ano de 1909, é um fato sintomático a corroborar a hipótese de que a ponte afirmou-se como fator de desenvolvimento. Mais uma vez, a tarefa de promover melhorias no espaço urbano coube ao Coronel Carneiro, que por essa época já havia se tornado célebre na região. Tendo visitado Uberaba no final de 1905, o coronel presenciou a inauguração do serviço de energia elétrica naquela cidade e ficou tão fascinado com a movimentação decorrente da implantação que decidiu fazer o mesmo em Uberabinha. Com este propósito, constituiu a firma Carneiro & Irmãos, depois de obter a concessão do serviço junto à Câmara Municipal, e inaugurou o sistema, em 25 de dezembro de 1909.18

Nas décadas de 1910 e 1920, começa a se definir o perfil identitário da cidade de Uberlândia. Neste período, a imagem do antigo arraial subordinado a Uberaba, foi, finalmente, obliterada pela cidade progressista forjada nos jogos políticos locais. No final da década de 1910, foram construídos o Colégio Estadual de Uberlândia e o Paço Municipal (atual Museu Municipal), importantes edificações, que refletem esses elevados ideais de progresso e, ainda hoje, sobrevivem como patrimônios edificados do município. Outro fato importante, que merece ser destacado, é a definitiva alteração do nome da cidade para Uberlândia, ocorrida em 19 de outubro de 1929.

Também nos anos 1920, ocorreu a primeira remodelação da chamada praça da República. O logradouro, que desde a implantação do plano de expansão urbanística havia permanecido como espécie de clareira abandonada em pleno centro, foi objeto de um trabalho de paisagismo rudimentar que consistiu na plantação de grandes moitas de bambu, o que lhe valeu a alcunha de Praça dos Bambus, designação popular que teve uma coexistência pacífica com o nome oficial até que novos nomes vieram substituí-los. Na crônica de Lycidio Paes, percebemos a emergência destes valores culturais que promovem a transformação do espaço urbano:

Na altura da segunda década do século, o prefeito Rodrigues da Cunha entendeu de embeleza-la, plantou umas oito ou dez moitas de bambu gigante, que cresceram espantosamente e davam sombra magnífica em qualquer hora do dia e agasalho a milhares de passarinhos que sonorizavam as madrugadas da primavera e do verão. A praça oficialmente continuou a ser praça da República, mas o povo passou a denomina-la praça dos Bambus.19

A década de 1930 foi um período de crescimento e

17 DANTAS, Sandra Mara. Veredas do Progresso em Tons Altissonantes . Uberlândia, 1900-1950. Uberlândia: UFU, 2001, p. 116. (dissertação de mestrado). 18 ACIUB EM REVISTA. Uberlândia : Gráfica Sabe, s/d. 19 PAES, Lycidio. Jornal: Correio de Uberlândia, 30/09/1961, p. 02, apud: ALVES, Josefa Aparecida. Sociabilidades Urbanas: o olhar, a voz e a memória da Praça Tubal Vilela (1930-1962). Uberlândia: UFU, 2004. (dissertação de mestrado).

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desenvolvimento. As atividades comerciais e culturais se intensificaram. Foram fundados: a Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Uberlândia (1933) - hoje ACIUB; o Praia Clube (1935), considerado hoje um dos maiores e mais completos clubes do Brasil; o Parque de Exposições Agropecuárias (1936), situado na Avenida Vasconcelos Costa, com a realização da primeira Feira de Exposição Agropecuária de Uberlândia; o Cine Teatro Uberlândia (1937), na Avenida Afonso Pena, com capacidade para 2200 pessoas; e o Jornal Correio de Uberlândia (1938).

Em 1938, realizaram-se as comemorações do cinqüentenário de Uberlândia. Entre os eventos que marcaram a data estava a reforma da Praça da República, cujo nome fora alterado para Benedito Valadares, em homenagem ao governador do Estado de Minas Gerais. Este fato criou uma certa polêmica no seio da sociedade e movimentou os veículos editoriais da cidade, que publicaram matérias alegando que a alteração do nome não era, de fato, uma homenagem, mais sim uma manobra política que visava à conquista de benefícios junto ao governo do Estado.20

A década de 1940 marcou, em Uberlândia, um período de crescimento com a instalação de algumas fábricas, como duas cerâmicas; a diversificação do comércio e do setor de serviços, transformações que se refletiram de maneira acentuada no crescimento de seu espaço urbano. No ano de 1944 foi inaugurado o edifício do Mercado Municipal, que se configurou como um centro do comércio hortifrutigranjeiro. Nesta década, verifica-se a presença de profissionais com formação específica em arquitetura e engenharia, sendo João Jorge Coury o primeiro arquiteto, a fixar seu atelier na cidade, em 1940, e difusor da arquitetura moderna21. Este constitui o marco da introdução da arquitetura moderna em Uberlândia, que se intensificou na década de 1950, com a atuação de outros arquitetos - muitos desses, discípulos de Coury. Os anos de 1950 foram de crescimento econômico e social em Uberlândia. E a arquitetura realizada na época sinalizou essa situação, com seus projetos modernos e com atenção especial à decoração de interiores. Após quatro décadas da elaboração do primeiro Plano Urbanístico para Uberlândia, foi encomendado, no início dos anos de 1950, um novo plano, tendo em vista o acelerado desenvolvimento da cidade, que passava por muitas transformações no espaço urbano, “(...) visível no processo de ocupação das periferias, materializados através de cortiços, conjuntos habitacionais, com carências de infra-estrutura, equipamentos coletivos, etc.” (Guerra, 1998, p.72). A reordenação do espaço urbano era o principal foco do novo plano urbanístico, e nele estavam traçadas, a princípio, as linhas que norteariam o futuro da cidade. As propostas abrangiam questões de tráfego, urbanização, zoneamento, arborização. Entretanto, não foram tratados tópicos relativos ao parcelamento do solo e à produção de moradias. Nesta década, a arquitetura realizada na cidade também se renova com a construção de vários edifícios importantes, que obedeciam aos preceitos do vocabulário moderno: em 1953, Miguel Juliano projetou o Edifício da Sociedade Médica; em 1956, Almor da Cunha fez o projeto do edifício sede do Uberlândia Clube; em 1957, foi construído o

20 ALVES, J. A. Op. Cit. P. 72-73. 21 RIVEIRO, Patrícia P. (1998). Ribeiro, 1998, p.60

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primeiro arranha-céu da cidade - Edifício Tubal Vilela - com 16 pavimentos. Alguns projetos residenciais também se destacam, tanto pela expressão plástica e aplicação dos princípios modernos de organização do espaço, como pela autoria: Raphael Hardy Filho projetou a residência de José Zacharias Junqueira e Sylvio de Vasconcellos a residência Bolivar Carneiro. Neste contexto modernizador emergem novos princípios administrativos pautados na disciplinarização do espaço urbano. Num amplo processo de discriminação econômica e social, algumas áreas da cidade são rotuladas como sítios marginais e violentos, que surgem como precárias extensões do tecido urbano, contrapondo-se aos espaços privilegiados, que abrigam a arquitetura e as obras do urbanismo moderno. Para Lopes e Machado, um dos principais alvos do discurso higienista da imprensa era o chamado bairro Taboca, que era retratado como antro de vadiagem e prostituição. As autoras citam um artigo publicado em 21 de junho de 1955, onde os preconceitos sociais são evidentes:

[...] além da pobreza que impera em Tabocas, a vadiagem faz lá o seu reino. Homens fortes tocam viola o dia inteiro enquanto mulheres magras, macilentas e esquálidas mendigam tostões que eles mesmos vão gastar em farras e cachaçadas ao rebolar do samba no chão batido, rara é a semana em que não ocorrem cenas de sangue em ‘Tabocas’.22

Na década de 1960, a construção de Brasília beneficiou o crescimento da cidade, por sua situação intermediária entre a nova capital e São Paulo. Essa década vai presenciar a inauguração de Brasília e a descentralização da indústria paulista, que produziram uma elevada taxa de crescimento, pois a economia de Uberlândia atraiu o fluxo migratório advindo de outras regiões. O município, então, se consolidou como pólo regional, o que provocou diversas mudanças no espaço da cidade. A partir dos anos 1970, o crescimento populacional acelerado provocou a duplicação do número de habitantes do município em apenas 10 anos. A década de 1980 faz evidenciar a cidade de Uberlândia como um centro comercial expressivo, principalmente, nos setores atacadista e varejista, que se apresentam bastante diversificados. Com a aceleração do crescimento populacional e a expansão do perímetro urbano, tornam-se evidentes os problemas no espaço urbano, tais como a carência de moradias, a degradação do meio ambiente, as demandas por escolas e transporte, as deficiências nos setores de segurança pública e de saúde. Diante de tantas dificuldades, tornou-se necessária a elaboração de diretrizes que norteassem o desenvolvimento da cidade. Dessa forma, em 1990, a equipe do Escritório de Jaime Lerner elaborou um Plano de Estruturação Urbana, cujas discussões deram início ao Plano Diretor de Uberlândia. Tal Plano não contou com o envolvimento da sociedade e foi aprovado, em meio à polêmica, no ano de 1994. Dentre as ações especificadas no Plano Diretor, estava incluída a implantação do Sistema de Transporte Integrado de Uberlândia - o SIT, que consistiu na reestruturação do sistema de transporte coletivo, contando com a construção de cinco terminais urbanos, sendo um localizado na área central e outros quatro nos Bairros Santa Luzia, Umuarama, Planalto e Industrial.

22 LOPES, Valeria Maria Queiroz Cavalcanti. & MACHADO, Maria Clara Tomaz. Violência na disciplinarização do espaço urbano em Uberlândia: representações e imagens (1950-1980) . In: Cadernos de Pesquisa do CDHIS. Uberlândia, n. 26, 2000.

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Inaugurado em julho de 1997, esse sistema já operou mudanças significativas no espaço urbano e gerou impactos na vida do cidadão. Esse sistema trouxe uma aceleração no processo de degradação da área central, conferindo-lhe uma popularização de uso e ocupação do solo, acentuação dos problemas relativos ao tráfego, poluição sonora e visual, adaptação das residências em comércio - muitas vezes sem a preocupação de preservar o patrimônio, e a conseqüente perda da identidade da cidade. Atualmente, Uberlândia conta com uma população de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, conforme censo do IBGE realizado no ano 2000.

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Histórico da Escola Estadual de Uberlândia Em Minas Gerais, o primeiro estabelecimento oficial foi instalado em 1854, em Ouro Preto, então Capital da Província, transferido depois para Belo Horizonte. Posteriormente, foi criado o Ginásio Mineiro de Barbacena, também considerado um modelo de instituição de ensino. Apesar disso, existiam escolas e instituições particulares e extra-oficiais de ensino. Em 1835, no antigo Arraial dos Carrijos, aglomeração que daria origem à cidade de Uberlândia, já existia uma escola onde o próprio Felisberto Carrejo, considerado o fundador da cidade, dava aulas. A família Carrejo provinha de Sant’Ana do Jacaré, que era distrito de Campo Belo do Oeste de Minas, atual cidade de Campina Verde, onde existia desde 1833 um colégio que funcionava como uma dependência do famoso Colégio do Caraça, em Santa Bárbara. O colégio de Campina Verde, que funcionou até 1888, foi considerado dos melhores do país, o que foi acentuado em 1842, com o fechamento do Caraça e a vinda de professores, alunos e material daquela instituição. A história da Escola Estadual de Uberlândia teve início em 1912, com a instalação do Ginásio de Uberabinha, instituição particular sob a direção de Antônio Luiz da Silveira, funcionando em condições precárias e em local inadequado. Algumas pessoas de grande influência na cidade tais como Arlindo Teixeira, Tito Teixeira, José Nonato Ribeiro, Antônio Rezende, Custódio Pereira, Carmo Gifone e Clarimundo Carneiro uniram-se para criar a Sociedade Progresso de Uberabinha, com objetivo de construir um prédio novo para a escola. A obra foi realizada pelo construtor Hermenegildo Ribas, entre 1818 e 1921; não há confirmação se a autoria do projeto é sua. O colégio funcionou até 1929 em regime particular; nessa data o prédio foi doado ao Estado de Minas Gerais, sem ônus para o governo, para a instalação do Ginásio Mineiro de Uberabinha, criado pelo decreto estadual no. 8.958, em 03 de janeiro de 1929. O Ginásio Mineiro de Uberabinha oferecia internato para 120 alunos além dos externos. A instalação se deu em 30 de março de 1930. Ainda em 1930, durante a Revolução Constitucionalista, o prédio foi transformado em quartel general das Forças Revolucionárias do Triângulo Mineiro. Em 1944, a escola passou a se chamar Colégio Estadual de Uberlândia, e finalmente em 1973, depois de uma grande reforma, recebeu o nome atual, Escola Estadual de Uberlândia. Seu primeiro diretor, no regime estadual, foi Mário Guimarães Porto, seguido por Luiz da Rocha e Silva, Aniceto Maccheroni e João Siqueira, Osvaldo Vieira Gonçalves (Prof.Vadico), Saint-Clair Netto, Celso Correa dos Santos, Gláucia

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Santos Monteiro, Sâmia Mameri Ferreira, Arlete Lopes Buiatti, Dilma de Paula Sagatto e Yolanda de Leva Bernardes. Em 1999 foi comemorada a data dos 70 anos de funcionamento da Escola. A Associação de ex-alunos (ASES) se mobilizou na realização de uma grande festa que atraiu a atenção da cidade para o evento, visto sua importância cultural e histórica.

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Evolução da Ocupação do Espaço 1ª Fase – Década de 1930

A construção era única no terreno, alinhada no limite frontal do lote. Destacava-se no entorno pela suntuosidade de seu volume, aquele constituído basicamente por residências térreas. A construção possui porão alto e mais dois pavimentos. 2ª Fase – Década de 1950

A construção do galpão e das quadras descobertas não chega a intervir visualmente na construção “original”, pois além de ser implantada na parte posterior do lote, usa uma linguagem formal que consegue a integração com o volume já existente.

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3ª Fase – Reforma da CARPE – 1974

A construção da quadra coberta, em estrutura metálica, cria um novo volume que “marca presença”, não só pelo tamanho como pelo material utilizado, que não tem referências anteriores. Apesar de sua implantação na parte posterior do terreno, pode ser visto a partir da elevação frontal. O aumento do galpão, com cobertura de telha de fibrocimento e basculantes de vidro, sem nenhuma preocupação de ser construído de maneira integrada, descaracteriza o mesmo. Foram construídos também um depósito na rua Teixeira Santana e duas salas de aula posteriores ao galpão. 4ª Fase – 1981

A construção de três salas para o funcionamento de laboratórios na lateral da rua Teixeira Santana não se harmoniza, em nenhum aspecto, seja pelo material utilizado, pela escala ou tipo de aberturas com as construções anteriores. Sua implantação provoca uma interferência na fachada da rua Teixeira Santana, além de criar espaços residuais, sem potencialidade de uso.

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5ª Fase – 1985

A execução do depósito na lateral direita serviu como escritório e almoxarifado das obras de construção do Edifício Anita Cristina. Uma vez concluída a construção do edifício, o depósito passou a servir de depósito para a escola. A construção do volume, que não tem função necessária à escola, demonstra a falta de preocupação na ocupação do espaço externo. 6ª Fase –2000

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A partir de 1985 foram reformados o depósito construído na 3ª fase para ser a casa do zelador, e o depósito da fase anterior foi ampliado para abrigar um laboratório de Biologia, que funcionou no local por pouco tempo. Assim, o depósito da 3ª fase e o laboratório estão inutilizados. Os laboratórios construídos na 4ª fase são compostos por 3 salas, uma sem uso e as outras, com material dos laboratórios de química, são raramente utilizadas. Ao fundo do galpão, onde foram construídas duas salas de aula encontra-se hoje o arquivo da escola e uma marcenaria. Demonstra-se, pois, a pouca preocupação prévia na construção dispersa no pátio da escola, sendo que hoje, maior parte dessas construções encontra-se abandonada.

Fontes de Pesquisa

Bibliografia:

NASCIMENTO, Dorivaldo Alves. História de Uberlândia. Uberlândia: Grafy

Editora; 2000. 2ª edição.

PEZZUTI, Pedro. Município de Uberabinha. Uberlândia: Kosmos; 1922. 1ª

edição.

PIRES, Simeão Ribeiro. Raízes de Minas. Belo Horizonte: Minas Gráfica

Editora; 1979. 1ª edição.

REIS, Andréa Cunha e MOTTA, Guilherme Augusto Soares da. Dossiê de

Tombamento da Escola Estadual de Uberlândia. Uberlândia: Faculdade de

Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Uberlândia; 2000.

RODRIGUES, Maura Afonso. Fagulhas de História do Triângulo Mineiro.

Uberlândia: ABC-SABE; 1988. 1ª edição.

TEIXEIRA, Tito. Bandeirantes e Pioneiros do Brasil Central. Uberlândia:

Uberlândia Gráfica; 1970. 1ª edição.

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WHATELY, Heloísa (organizadora). Araxá, Minas Gerais, Brasil. São Paulo:

Empresa das Artes; 2003. 1ª edição.

Fontes Arquivísticas:

Arquivo Público Municipal de Uberlândia – Uberlândia-MG

Banco de Dados do Bloco I – Campus Santa Mônica – Universidade Federal de

Uberlândia – Uberlândia-MG

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Descrição e Análise da Escola Estadual de Uberlândia

A E. E. de Uberlândia pode ser considerada o melhor exemplar da arquitetura institucional eclética, com forte presença de estilemas neoclássicos, ainda existente na cidade. Está implantada em terreno de esquina da Praça Adolfo Fonseca com a Rua Teixeira Santana; com sua fachada principal voltada para a praça. Possui dois pavimentos, com porão alto. A Fachada Frontal é marcada pela presença da porta central com verga de arco pleno encimada por duas janelas no nível do segundo pavimento, também com verga em arco-pleno, que se abrem para um pequeno balcão. De cada lado das aberturas centrais, há seis janelas, de vergas de arco abatido, distribuídas em dois panos marcados por pilastras adoçadas. Esta fachada é arrematada por ático contínuo, com acrotérios correspondentes aos cunhais e às pilastras adoçadas; no centro, apresenta-se um frontão de perfil recortado, tendo na parte superior a Estrela da República e, abaixo, o ano de inauguração do prédio (1921). Sua planta organiza-se em um volume horizontal que constitui a fachada frontal e três pavilhões iguais, dispostos paralelamente, que se articulam em posição ortogonal ao volume frontal, formando um “E” deitado. Sua construção emprega estrutura autoportante de tijolos maciços, alicerces de pedra. Em 1942, na administração do Prof. Osvaldo Vieira Gonçalves, foram construídos um galpão com palco e um campo de basquete iluminado para uso noturno, calçou-se os pátios, pintura e reparos gerais no prédio foram feitos. Em 1973, o edifício passou por uma reforma geral, dentro do programa CARPE, do Estado de Minas Gerais, quando o assoalho de madeira foi retirado e substituído por cerâmica; a escada de acesso do primeiro ao segundo pavimento, de madeira, foi substituída por outra, em concreto. Em 1980 a escola encontrava-se em condições precárias e, durante a direção de Dilma de Paula Segatto (1980/1996) foram feitas várias intervenções: pintura geral, colocação de guarda-corpo de metal na escada interna, a portaria também recebeu grades de proteção, o patamar de acesso à porta lateral esquerda do prédio foi fechado com alvenaria para instalação de uma copiadora, alteração nos usos de salas, colocação de grades nas janelas da fachada frontal do primeiro pavimento. Em 1992 o prédio foi novamente pintado. No terreno dos fundos, foram construídos vários anexos ao longo dos anos: cozinha, depósito, casa do zelador, marcenaria, uma quadra poliesportiva coberta com estrutura metálica (1974) e salas para laboratórios (1981). A fachada conserva todos os elementos decorativos originais.

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Perímetro de Tombamento Delimitação

O perímetro de tombamento é definido por um polígono irregular de área aproximada de 4.790m2, que envolve os bens arquitetônicos indicados para tombamento. Inicia-se no ponto PT01, vértice originado pelo cruzamento do alinhamento do eixo da Rua Teixeira Santana com o prolongamento da linha de divisa oeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia; segue 47,30m por esta ultima até PT02, vértice determinado pelo cruzamento desse ultimo alinhamento com alinha de divisa sul do lote nº01; segue 10,40m por esta ultima até PT03, vértice determinado pelo cruzamento dessa ultima linha com a linha de divisa oeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia; segue 40,80m por essa ultima até PT04, vértice determinado pelo cruzamento desse ultimo alinhamento com o alinha de divisa nordeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia; segue 79,80m até PT05, vértice determinado pelo cruzamento do prolongamento dessa ultima linha com o eixo da Avenida Cipriano Del Fávero; segue 57,00m por este ultimo alinhamento até PT06, vértice determinado pelo cruzamento desse ultimo alinhamento com o eixo da Rua Teixeira Santana; segue 56,50m por este ultimo alinhamento até PT07 que coincide com PT01.

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Indicação gráfica

PT01: vértice originado pelo cruzamento do alinhamento do eixo da Rua Teixeira Santana com o prolongamento da linha de divisa oeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia. PT02: vértice determinado pelo cruzamento do prolongamento da linha de divisa oeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia com alinha de divisa sul do lote nº01 PT03: vértice determinado pelo cruzamento da alinha de divisa sul do lote nº01com a linha de divisa oeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia. PT04: vértice determinado pelo cruzamento das linhas de divisa oeste e nordeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia. PT05: vértice determinado pelo cruzamento do prolongamento da linha de divisa nordeste do lote nº02 com o eixo da Avenida Cipriano Del Fávero. PT06: vértice determinado pelo cruzamento do alinhamento do eixo da Avenida Cipriano Del Fávero com o eixo da Rua Teixeira Santana. PT07=PT01

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Justificativa do Perímetro de Tombamento O perímetro delimita uma área que envolve a Escola Estadual de Uberlândia, indicada para tombamento de fachada e volumetria, tendo por objetivo a preservação física e salvaguarda deste edifício. A Escola Estadual de Uberlândia pode ser considerada o melhor exemplar da arquitetura institucional eclética, com forte presença de estilemas neoclássicos ainda preservado na cidade. Esta edificação é o remanescente mais significativo do entorno Praça Adolfo Fonseca, na primeira metade do Século XX. Na área tombada não será permitida qualquer intervenção sem a devida aprovação do órgão tombador.

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Perímetro de Entorno Delimitação

O perímetro de entorno define-se pelo polígono irregular de área aproximada de 12.323m2 que se inicia no ponto PE01, vértice originado pelo cruzamento do alinhamento do eixo da Rua Teixeira Santana com o prolongamento da linha de divisa oeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia; segue 47,30m por esta ultima até PE02, vértice determinado pelo cruzamento desse ultimo alinhamento com alinha de divisa sul do lote nº01; segue 10,40m por esta ultima até PE03, vértice determinado pelo cruzamento dessa ultima linha com a linha de divisa oeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia; segue 40,80m por essa ultima até PE04, vértice determinado pelo cruzamento desse ultimo alinhamento com o alinha de divisa nordeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia; segue 79,80m até PE05, vértice determinado pelo cruzamento do prolongamento dessa ultima linha com o eixo da Avenida Cipriano Del Fávero; segue 45,90m por este ultimo alinhamento até PE06, vértice determinado pelo cruzamento desse ultimo alinhamento com o eixo da Rua Goiás; segue 101,40m por este ultimo até PE07, vértice determinado pelo cruzamento desse ultimo alinhamento com o eixo da Avenida João Pinheiro; segue 42,60m por esse ultimo até PE08, vértice determinado pelo cruzamento desse ultimo alinhamento com o eixo da Rua Teixeira Santana; segue 177,00m por este ultimo alinhamento até PE09 que coincide com PE01.

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Indicação Gráfica

PE01: vértice originado pelo cruzamento do alinhamento do eixo da Rua Teixeira Santana com o prolongamento da linha de divisa oeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia.

PE02: vértice determinado pelo cruzamento do prolongamento da linha de divisa oeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia com alinha de divisa sul do lote nº01

PE03: vértice determinado pelo cruzamento da alinha de divisa sul do lote nº01com a linha de divisa oeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia.

PE04: vértice determinado pelo cruzamento das linhas de divisa oeste e nordeste do lote da Escola Estadual de Uberlândia.

PE05: vértice determinado pelo cruzamento do prolongamento da linha de divisa nordeste do lote nº02 com o eixo da Avenida Cipriano Del Fávero.

PE06: vértice determinado pelo cruzamento do alinhamento do eixo da Avenida Cipriano Del Fávero com o eixo da Rua Goiás.

PE07: vértice determinado pelo cruzamento dos eixos da Rua Goiás e da Avenida João Pinheiro.

PE08: vértice determinado pelo cruzamento dos eixos da Avenida João Pinheiro e da Rua Teixeira Santana PE09=PE01

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Justificativa do Perímetro de Entorno

O perímetro de entorno tem por objetivo garantir as visadas do imóvel indicado para tombamento, assim como sua identidade e ambiência atual. Em toda a área definida como entorno não será permitida nenhuma edificação que de alguma forma impeça a visualização da Escola Estadual Uberlândia, assim como nenhuma modificação que coloque em risco sua integridade estilístico-formal.

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Ficha de Inventário

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ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS

01. Município: Uberlândia 02. Distrito: Sede

03. Designação: Escola Estadual Uberlândia (popularmente conhecida por “Museu”)

04. Endereço: Praça Adolfo Fonseca, no. 141 – Bairro Fundinho/Centro

05. Propriedade: Pública

06. Responsável: Yolanda de Leva Bernardes

07. Histórico: A história da Escola Estadual de Uberlândia teve início em 1912, com a instalação do Ginásio de Uberabinha, instituição particular sob a direção de Antônio Luiz da Silveira, funcionando em condições precárias e em local inadequado. Algumas pessoas de grande influência na cidade tais como Arlindo Teixeira, Tito Teixeira, José Nonato Ribeiro, Antônio Rezende, Custódio Pereira, Carmo Gifoni e Clarimundo Carneiro uniram-se para criar a Sociedade Progresso de Uberabinha, com objetivo de construir um prédio novo para a escola. A obra foi realizada pelo construtor Hermenegildo Ribas, entre 1818 e 1921; não há confirmação se a autoria do projeto é sua. O colégio funcionou até 1929 em regime particular; nessa data o prédio foi doado ao Estado de Minas Gerais, sem ônus para o governo, para a instalação do Ginásio Mineiro de Uberabinha, criado pelo decreto estadual no. 8.958, em 03 de janeiro de 1929. Oferecia internato para 120 alunos além dos externos. A instalação se deu em 30 de março de 1930. Ainda em 1930, durante a Revolução Constitucionalista, o prédio foi transformado em quartel general das Forças Revolucionárias do Triângulo Mineiro. Seu primeiro diretor foi Mário Guimarães Porto, seguido por Luiz da Rocha e Silva, Aniceto Maccheroni e João Siqueira, Osvaldo Vieira Gonçalves (Prof.Vadico), Saint-Clair Netto, Celso Correa dos Santos, Glaúcia Santos Monteiro, Sâmia Mameri Ferreira, Arlete Lopes Buiatti, Dilma de Paula Sagatto e Yolanda de Leva Bernardes.

08. Descrição: A E. E. de Uberlândia pode ser considerada o melhor exemplar da arquitetura institucional eclética, com forte presença de estilemas neoclássicos, ainda existente na cidade. Está implantada em terreno de esquina da Praça Adolfo Fonseca com a Rua Teixeira Santana; com sua fachada principal voltada para a praça.

09. Documentação Fotográfica:

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Possui dois pavimentos, com porão alto. Sua fachada é marcada pela presença da porta central com verga de arco pleno encimada por duas janelas no nível do segundo pavimento, também com verga em arco-pleno, que se abrem para um pequeno balcão. De cada lado das aberturas centrais, há seis janelas, de vergas de arco abatido, distribuídas em dois panos marcados por pilastras adoçadas. A fachada é arrematada por ático contínuo, com acrotérios correspondentes aos cunhais e às pilastras adoçadas; no centro, apresenta-se um frontão de perfil recortado, tendo na parte superior a Estrela da República e, abaixo, o ano de inauguração do prédio (1921). Sua planta organiza-se em um volume horizontal que constitui a fachada frontal e três pavilhões iguais, dispostos paralelamente, que se articulam em posição ortogonal ao volume frontal, formando um “E” deitado. Sua construção emprega estrutura autoportante de tijolos maciços, alicerces de pedra

10. Uso Atual: 11. Situação de Ocupação:

( ) Residencial ( ) Serviço ( ) Comercial ( X ) Institucional ( ) Industrial ( ) Outros

( X ) Própria ( ) Alugada ( ) Cedida ( ) Comodato ( ) Outros

12. Proteção Legal Existente

13.Proteção Legal Proposta:

( ) Tombamento ( ) Municipal ( ) Federal ( ) Estadual ( X ) Nenhuma

( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual ( X ) Tombamento Municipal ( ) Entorno de Bem Tombado ( )Documentação Histórica ( ) Inventário

( X ) Tombamento Integral ( ) Tombamento Parcial ( ) Fachadas ( ) Volumetria ( ) Restrições de Uso e Ocupação

14. Análise do Entorno - Situação e Ambiência: A Praça Adolfo Fonseca, onde se encontra implantada a Escola, foi urbanizada em 1950; antes constituía-se em um espaço vazio, apenas delimitado pelas ruas. Apresenta-se bem cuidada, com vegetação e bancos bem conservados. As vias que a delimitam apresentam tráfego intenso; são asfaltadas e em bom estado de conservação; tem largura para dois carros, com estacionamento nas laterais. Os passeios têm 1,20 m. de largura, com boa pavimentação. Encontra-se em uma área que sofre grande pressão de verticalização; nos terrenos da lateral direita da escola, foram construídos dois grandes condomínios verticais, que também estão presentes nas ruas adjacentes. O entorno próximo tem sofrido a substituição do uso residencial unifamiliar por serviços e comércios. Em um dos quarteirões da Praça, verifica-se a instalação de um grande supermercado; em outro, um tradicional bar e restaurante; há também escola de línguas e comércio em antigas casas adaptadas para novos usos.

15. Estado de Conservação:

( ) Excelente ( X ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo

16. Análise do Estado de Conservação: O estado de conservação geral do edifício é bom, sem problemas estruturais graves. A instalação elétrica feita para adequação da escola ao uso de novos equipamentos é toda com condutores aparentes, mas necessita de uma reavaliação para maior segurança. As portas e esquadrias não funcionam bem e encontram-se sem fechaduras ou maçanetas. A pintura encontra-se desgastada.

17.Fatores de Degradação: Falta de manutenção e desgaste natural do uso.

18.Medidas de Conservação: Manutenção periódica.

19. Intervenções: Em 1942, na administração do Prof. Osvaldo Vieira Gonçalves, foram construídos um galpão com palco e um campo de basquete iluminado para uso noturno, calçou-se os pátios, pintura e reparos gerais no prédio foram feitos. Em 1973, o edifício passou por uma reforma geral, dentro do programa CARPE, do Estado de Minas Gerais, quando o assoalho de madeira foi retirado e substituído por cerâmica; a escada de acesso do primeiro ao segundo pavimento, de madeira,

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foi substituída por outra, de concreto. Em 1980 a escola encontrava-se em condições precárias e, durante a direção de Dilma de Paula Sagatto (1980/1996) foram feitas várias intervenções: pintura geral, colocação de guarda-corpo de metal na escada interna, a portaria também recebeu grades de proteção, o patamar de acesso à porta lateral esquerda do prédio foi fechado com alvenaria para instalação de uma copiadora, alteração nos usos de salas, colocação de grades nas janelas da fachada frontal do primeiro pavimento. Em 1992 o prédio foi novamente pintado. No terreno dos fundos, foram construídos vários anexos ao longo dos anos: cozinha, depósito, casa do zelador, marcenaria, uma quadra poliesportiva coberta com estrutura metálica (1974) e salas para laboratórios (1981). A fachada conserva todos os elementos decorativos originais.

20. Referências Bibliográficas: MOTTA, Guilherme Augusto S., REIS, Andréa C. dos. (2000). Dossiê de Tombamento da E. E. de Uberlândia. Uberlândia: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Uberlândia.

Designação: Escola Estadual Uberlândia (popularmente conhecida por “Museu”)

(Trabalho de alunos da disciplina Técnicas Retrospectivas).

21. Informações Complementares: O inventário deste imóvel foi realizado em 2001; em 2002 a ficha foi adequada ao novo modelo do IEPHA/MG, adotada pela Secretaria Municipal de Cultura, sendo acrescidos de avaliação. Levantamento métrico-arquitetônico s/esc.

22. Atualização de Informações:

23. Ficha Técnica:

Fotografias: Luciano Pena Data: outubro/2004

Elaboração: Andréa Cunha e Guilherme Motta

Data: março/2001

Revisão: Marília M. B. T. Vale. Data: agosto/2002

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Documentação Cartográfica

Planta da Cidade de Uberabinha – 1927. Fonte: ArPU

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Aérea do Local. Fonte: Secretaria Municipal de planejamento

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Levantamento Métrico Arquitetônico

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Documentação Fotográfica

Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Fachada frontal vista da praça Adolfo Fonseca –

Uberlândia

Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Fachada frontal vista da praça Adolfo Fonseca –

Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Fachada frontal vista da praça Adolfo Fonseca –

Uberlândia

Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Fachada frontal vista da praça Adolfo Fonseca –

Uberlândia

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Abril/2005 –Escola Estadual Uberlândia - Fachada frontal vista da rua Vigário Dantas-

Uberlândia

Abril/2005 –Escola Estadual Uberlândia – vista geral da cobertura-Uberlândia

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Abril/2005 - Escola Estadual Uberlândia - Fachada lateral esquerda, vista da rua Teixeira

Santana - Uberlândia

Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Frontão, visto da rua Cipriano Del Fávero -

Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Detalhe do guarda-corpo da sacada - Uberlândia

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Abril/2005 - Escola Estadual Uberlândia - Porta principal, vista da rua Cipriano Del Fávero -

Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Porta principal e escadaria interna de acesso -

Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Detalhes da sacada, verga das janelas e bandeira da

porta principal - Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Frontão e sacada da fachada frontal - Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Detalhe lateral da sacada - Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Detalhe da sacada - Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - vista da praça Adolfo Fonseca a partir do interior do

prédio - Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Uma das janelas da fachada frontal, andar térreo -

Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Uma janela de uma sala de aula do pavilhão direito,

voltada para o pátio - Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Par de janelas da sala dos professores - Uberlândia

Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Fachada lateral direita do pavilhão da direita -

Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Porta de acesso a uma sala do subsolo - Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Um pináculo da fachada frontal - Uberlândia

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Abril/2005 - Escola Estadual Uberlândia - Refeitório - Uberlândia

Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Parte posterior dos três pavilhões iniciais -

Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Aspecto da região entre o pavilhão da direita e o

central - Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Região entre o pavilhão central e o da esquerda -

Uberlândia

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Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Anexo construído para laboratório e depósito, na

extrema direita do terreno - Uberlândia

Abril/2005 – Escola Estadual Uberlândia - Anexo construído para laboratórios no limite do

terreno com a ruaTeixeira Santana - Uberlândia

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Diretrizes de Intervenção Todas as intervenções na área tombada deverão ser norteadas para a preservação das características originais presentes no bem. Dessa forma, não serão permitidas quaisquer intervenções descaracterizantes, seja em nível arquitetônico, urbano ou artístico. Todas as alterações e intervenções deverão ser previamente aprovadas pelo órgão tombador, que poderá a seu critério, permitir aquelas que julgar necessárias e que se harmonizem com o imóvel, bem como aquelas que visem sua conservação, valorização e salvaguarda. Na área delimitada pelo Perímetro de Entorno não serão permitidas quaisquer interferências que impeçam a visibilidade do bem tombado e que possam por em risco sua estabilidade física. Todas as intervenções ou alterações a serem realizadas nessa área deverão ser previamente aprovadas pelo órgão tombador.

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Laudo Técnico de Avaliação das Condições Físicas

RESPONSÁVEL TÉCNICO : Arq. Giovanna Teixeira Damis Vital CREA: 0685111107/D LOCALIZAÇÃO : Praça Tubal Vilela, s/nºl, Centro. DATA: Abril / 2005

Estado de Conservação Estrutura Bom Regular Ruim, necessitando

intervenção Alicerces em pedra 100 % Danos verificados:

Estado de Conservação Cobertura Bom Regular Ruim, necessitando

intervenção Estrutura em madeira 100% Telhas Cerâmicas do Tipo Francesa 90% 10% Sistema de capitação das águas pluviais

75% 25%

Coroamento (platibanda) 90% 10% Danos verificados: A cobertura apresenta algumas telhas quebradas e desencaixadas que juntamente com problemas nas calhas e condutores propiciam a infiltração das águas pluviais. A platibanda apresenta sujidades e manchas causadas por umidade.

Estado de Conservação Alvenaria Bom Regular Ruim, necessitando

intervenção. Tijolo cerâmico maciço 100% Danos verificados:

Estado de Conservação Revestimentos Bom Regular Ruim, necessitando

intervenção. Reboco 20% 50% 30% Pintura interna 40% 60% Pintura externa 20% 80% Danos verificados: O reboco apresenta algumas partes soltas e pequenas fissuras. A pintura interna está desgastada e suja. A pintura externa foi refeita recentemente apenas na elevação frontal, no restante do edifício apresenta desgaste generalizado.

Estado de Conservação Vãos e vedações Bom Regular Ruim, necessitando

intervenção Portas em madeira 80% 20% Janelas em madeira 70% 30% Ferragens 80% 20% Danos verificados: As esquadria em madeira em geral apresentam pequenos problemas, com partes quebradas e lascadas, necessitando de revisão geral, inclusive nas ferragens que também apresentam defeitos .

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Estado de Conservação Pisos Bom Regular Ruim, necessitando

intervenção. Cerâmica 90% 10% Cimento queimado natado 60% 40% Ladrilho hidráulico 100% Danos verificados: O piso da praça está bom, apresenta algumas manchas e desgaste devido ao intenso uso. Já a cerâmica dos sanitários apresenta-se muito desgastada.

Estado de Conservação Forros Bom Regular Ruim, necessitando

intervenção Laje 80% 20% Réguas de madeira Danos verificados:

Estado de Conservação Elementos Integrados Externos Bom Regular Ruim, necessitando

intervenção Jardim dos sanitários 60% 40% Postes e luminárias 90% 10% Bustos 100% Gradil da concha acústica 80% 20% Bancos coletivos da praça 90% 10% Lixeiras 70% 30% Espelhos d’água 90% 10% Danos verificados: O jardim dos sanitários está muito descuidado. A estrutura dos postes e luminárias é boa, porém, apresentam pintura desgastada devido ações climáticas. A pintura do gradil do espelho d’água da concha acústica necessita de manutenção. Os bancos apresentam boa estrutura de concreto, porém com a pintura desgastada. Algumas lixeiras da praça precisam ser trocadas ou revisadas. Os espelhos d’água apresentam boa estrutura, mas precisam ser pintados. A manutenção quanto à troca de água, também, não é boa.

Estado de Conservação Agenciamento Externo Bom Regular Ruim, necessitando

intervenção Jardim da praça 90% 10% Fonte sonoro-luminosa 90% 10% Danos verificados: Alguns dos jardins apresentam falhas na composição vegetal. A fonte sonoro-luminosa apresenta boa estrutura e bom funcionamento, porém a pintura precisa de manutenção.

Estado de Conservação Instalações Bom Regular Ruim, necessitando

intervenção Instalação elétrica 100% Instalação hidráulica 90% 10% Danos verificados: Um dos boxes do banheiro está interditado por mau funcionamento.

Estado de Conservação Existência de Sistemas de Segurança Bom Regular Ruim, necessitando

intervenção

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Instalações de Prevenção e Combate a Incêndios Sim ( ) Não( X )

100%

Sistema de Segurança Sim ( ) Não(X)

100%

Estado de conservação Conclusão Bom Regular Ruim, necessitando

intervenção

90% 10%

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Arq. Giovanna Teixeira Damis Vital

CREA: 0685111107/D

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Ficha Técnica Março / Abril 2005

REALIZAÇÃO Prefeitura Municipal de Uberlândia Secretaria Municipal de Cultura SECRETÁRIA Mônica Debs Diniz Recife DIRETOR DA DIVISÃO DE MEMÓRIA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO Arquiteto Fábio Rodrigues Pereira Leite EXECUÇÃO Laboratório de Projetos de Design, Arquitetura e Urbanismo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal de Uberlândia COORDENAÇÃO DE EXECUÇÃO Arquiteta Ms. Giovana Teixeira Damis Vital Arquiteto Luciano Macedo Pena – Secretaria Municipal de Cultura Arquiteto Rodrigo Camargo Moretti – Mestrando em História – Instituto de História UFU APOIO TÉCNICO Artista Plástico Marcos Henrique Silva – Mestre em História - Instituto de História UFU ESTAGIÁRIOS Alunos dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Uberlândia: Gláucio Henrique Chaves, Maria do Carmo Rezende.

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Parecer sobre o Tombamento elaborado por Profissional externo ao COMPHAC

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Parecer sobre o Tombamento elaborado por Conselheiro do COMPHAC

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Cópia da Ata da Reunião do COMPHAC Aprovando o Tombamento

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Cópia da Notificação e Recibo

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Cópia da Inscrição no Livro de Tombo

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Cópia da Publicação do Ato de Tombamento

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