167667666-Resumo-Arquivologia
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Resumo de arquivologia
Documento- documento = informação + suporte
O suporte de um documento pode ser desde uma folha de papel, até fitas
magnéticas, meios audiovisuais entre outros. Um documento falso ou em
duplicidade com outro não agrega valor: ao contrário, pode constituir uma barreira
na sua finalidade probatória de uma determinada transação.
Arquivo- Arquivos são conjuntos de documentos.
Finalidades primárias- administrativo, funcional ou legal/fiscal.
Finalidades Secundárias- Prova e informação
Arquivos podem ser produzidos e recebidos por diferentes pessoas, de naturezas
distintas, guarda relação direta com suas atividades.
Acervo (=conjunto de documentos).
Os valores de documentos constantes de um arquivo:
• Valor primário: é um valor temporário que todo o documento apresenta,
concernente aos aspectos administrativos, funcionais e legais da organização. Todo
documento nasce com esse valor, mas o perde com o decorrer do tempo.
Qualidade de um documento baseado nas utilizações imediatas e
administrativas que lhe deram os seus criadores, por outras palavras, nas razões
para as quais o documento foi criado. A noção de valor primário está diretamente
ligada à razão de ser de documentos e recobre exatamente a utilização dos
documentos para fins administrativos.”
• Valor secundário: é um valor definitivo que o documento apresenta para
sua organização, estando intimamente relacionado com sua importância histórica.
Obviamente, nem todo documento apresentará valor secundário refere‐se ao uso
para outros fins que não aqueles para os quais os documentos foram criados,
podendo ser:
a) Probatório – quando comprova a existência, o funcionamento e as ações
da instituição;
b) Informativo – quando contém informações essenciais sobre matérias com
que a organização lida, para fins de estudo ou pesquisa.”
CONARQ: “Art. 1oO Conselho Nacional de Arquivos ‐ CONARQ, órgão colegiado,
vinculado ao Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de
1991, tem por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados,
bem como exercer orientação normativa visando à gestão documental e à proteção
especial aos documentos de arquivo.”
Tipos de Arquivo
Arquivos correntes, intermediários e permanentes.
Os documentos administrativos passam por um processo cronológico, sendo
que a frequência de seu uso ou consulta vai diminuindo com o tempo. Esse é
justamente o critério que faz esse documento fazer parte dos arquivos correntes,
intermediários ou permanentes.
A passagem de um documento do arquivo corrente para o intermediário é
denominada transferência. Já a entrada de documentos no arquivo permanente
chama-se recolhimento.
As quatro características mais marcantes dos arquivos correntes:
• Uso frequente / grande probabilidade de uso;
• Documentos são dotados de valor primário;
• Distribuição por toda a organização; e
• Restrição / controle de acesso.
A finalidade principal dos arquivos correntes é a de subsidiar (facilitar, dar
apoio, prover suporte) as atividades cotidianas da organização. Tais arquivos
contêm documentos que, em virtude de sua relevância administrativa, legal ou
funcional (valor primário), detêm grande probabilidade e frequência de uso.
Os arquivos intermediários e permanentes possuem valor secundário.
Os arquivos intermediários possuem algumas das características tanto dos
arquivos correntes. A diferença principal diz respeito à menor frequência e
probabilidade de uso. Ainda assim, podemos dizer que os documentos desses
arquivos também detêm valor primário e restrição de acesso, sendo que a
justificativa para sua conservação está baseada em razões administrativas, técnicas,
legais e fiscais.
Arquivos correntes:
Atividades administrativas relacionadas aos arquivos correntes:
SERVIÇOS DE PROTOCOLO
Nas organizações, protocolo usualmente é um setor encarregado do
recebimento, registro, classificação e movimentação de documentos. Para fins
didáticos, podemos concatenar as atividades inerentes ao protocolo em um
processo:
Ao visualizarmos o esquema acima, vemos que o protocolo é efetivamente
a “porta de entrada” (recebimento) e a “porta de saída” (distribuição ou
movimentação / expedição) dos documentos em uma organização. É também,
como vimos, atividade típica dos arquivos correntes.
Dentre as várias classificações possíveis de um documento, a questão
ressalta aquela que se dá em função do grau de sigilo. Há duas categorias neste
quesito:
O documento sigiloso pode ainda ser dividido em quatro subcategorias:
reservado, confidencial, secreto e ultrassecreto, de acordo com eventual dano
causando pela divulgação de suas informações.
RECEBIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS PELO
PROTOCOLO
1. Receber a correspondência
2. Separar a correspondência oficial da particular
3. Distribuir a correspondência particular (sem abri-la! imagine alguém vendo
seu extrato bancário....)
4. (Agora o protocolo só está com a correspondência oficial) Separar a
correspondência ostensiva da sigilosa
5. Encaminhar a correspondência sigilosa (sem abri-la)
6. Abrir a correspondência ostensiva
6.1. Tomar conhecimento da correspondência pela leitura, verificando a
existência de antecedentes (requisitar ao arquivo estes antecedentes)
6.2. Interpretar e classificar a correspondência ostensiva, por assunto.
6.3. Efetuar algumas ações burocráticas: carimbar, anotar data da primeira
distribuição, lançar resumo na ficha de protocolo.
6.4. Encaminhar ao setor de registro e de movimentação.
Apenas as correspondências oficiais e ostensivas são abertas. As
particulares, ou as oficiais sigilosas só devem ser abertas no setor de destino.
TAREFAS DO SETOR DE EXPEDIÇÃO
1. Receber a correspondência (Original e cópia. Se não vier com cópia, ela deve
ser providenciada)
2. Verificar se o documento está completo (se não faltam folhas ou
anexos/apêndices)
3. Numerar e completar a data, no original e nas cópias
4. Expedir o documento original
5. Encaminhar a correspondência sigilosa
6. Arquivar as cópias
ARQUIVAMENTO
O Arquivamento refere-se ao conjunto de operações destinadas ao
armazenamento e acondicionamento de documentos, visando à sua localização
futura. Sobre o tema arquivamento, há dois tópicos principais a serem abordados:
tipos e métodos de arquivamento.
Por ora, vamos nos ater aos tipos de arquivamento, relativos ao modo de
disposição e acondicionamento de documentos.
Métodos de arquivamento são relativos ao modo de ordenação de
documentos, possibilitando sua identificação, localização e posterior recuperação da
informação. Podemos separar, inicialmente, os métodos de arquivamento em dois
sistemas distintos: o sistema direto e o indireto.
No sistema direto a busca do documento diretamente no local em de sua
guarda, sem a necessidade de códigos para a recuperação da informação. Em uma
gaveta de arquivo com pastas identificadas por nomes das pessoas, por exemplo,
teremos um típico método do sistema direto: o alfabético. Outros exemplos seriam
os métodos geográfico, o dicionário e o enciclopédico.
No sistema indireto, por sua vez, exige-se a consulta prévia de um código
para que só então possa proceder-se à busca no local de guarda do documento.
Os métodos básicos de arquivamento são ilustrados na figura a seguir:
Métodos de arquivamento
Método Descrição Alfabético- O elemento a ser considerado é o nome principal.
Ex: pastas identificadas pelos nomes de funcionários
Geográfico - O elemento principal a ser considerado é procedência, a origem do
documento (local, lugar ou setor).
Ex: registros classificados por nome do estado, cidade e correspondente.
Numérico
Simples- Um número é atribuído ao local de guarda do documento.
Geralmente um índice alfabético remissivo deverá ser usado.
Ex: Pastas numeradas de 1 a 99. Para achar em que pasta está o documento
de Maria, consulta-se um índice remissivo, por meio do qual veremos , por exemplo,
que estão na pasta 43.
Cronológico - Documentos são organizados por data. Ex: imposto de renda
de 2008, 2009, 2010....
Dígito-terminal- Utilizado quando a quantidade de documentos a ser
armazenada á muito grande. Assim, decompõe-se o número de registro (geralmente
um número grande), em duplas de algarismos, reduzindo erros e facilitando a
localização.
Ex: o registro 12345 passa a ser o 01-23-45.
Ideográfico (assunto)
Alfabético
Dicionário- Os assuntos dos registros são dispostos em ordem alfabética,
independente da relação entre eles. Ex: Administração de Materiais, Arquivologia,
Compras, Métodos de arquivamento, Licitações, Sigilo de documentos.
Enciclopédico- Os registros são agrupados sob títulos gerais e, dentro deles,
alfabeticamente: Ex: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: compras, licitações,
ARQUIVOLOGIA: métodos de arquivamento, sigilo de documentos ,numérico-
duplex e decimais
Duplex- Documentos são divididos em classes e subclasses, que podem ser criadas
livremente.
1. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
1.1. Compras
1.1.1. Licitações
2. ARQUIVOLOGIA
2.1. Métodos de arquivamento
2.2. Sigilo de documentos
Decimal- Os documentos são divididos em 10 classes fixas (9 específicas e a última
é genérica, para assuntos que não se enquadram nas classes anteriores). É o
método utilizado pelo CONARQ. Somente as subclasses podem ser criadas
livremente.
REGISTROS
• Os registros são ordenados alfabeticamente, de acordo com último
sobrenome. Se os sobrenomes forem iguais, verifica-se a ordem alfabética do
prenome:
Ex: Bastos Alencar , Carlos
Bastos Correia, Paulo
• Sobrenomes que são ligados por hífen ou que são compostos por um
substantivo + um adjetivo não se separam.
Ex:
Monte Negro, Roberto
Castelo Branco, Humberto de Alencar
Villa-Lobos, Heitor
• Sobrenomes formados com as palavras Santo , Santa ou São não se separam
dos nomes que os sucedem:
Ex: Santa Rita, Maria
Santo Cristo, Carlos
São Paulo, Roberto
• Não se consideram artigos e preposições.
Ex: Nascimento, Pedro de Andrade do
José da
• Sobrenomes que exprimem grau de parentesco não se separam do prenome.
Ex: Oliveira Sobrinho, Márcia
Silva Filho, Pedro Paulo
Souza Neto, Leonardo Miranda
PRODUTOS DA AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS
Tabela de Temporalidade- É o instrumento que especifica os prazos de guarda dos
documentos nos arquivos corrente e intermediário, bem como indica a destinação
final (guarda permanente ou temporária, microfilmagem ou eliminação).
PRODUTOS DA AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS
Lista de eliminação- Trata-se da relação de documentos que serão eliminados.
TEORIA DAS 3 IDADES
Arquivos permanentes
Diferentemente dos arquivos correntes, que usualmente são localizados fisicamente
próximos às áreas da organização que servem de clientes potenciais aos
documentos, o arquivo permanente geralmente é centralizado. Assim, um primeiro
aspecto que devemos salientar é que seu volume é consideravelmente maior que
aquele inerente aos arquivos correntes e intermediários, implicando, assim, uma
maior complexidade de sua administração.
Atividades do arquivo permanente
ARRANJO
Referem-se às operações técnicas destinadas à organização da documentação de
caráter permanente. De acordo com a terminologia arquivística brasileira, arranjo é a
“sequência de operações intelectuais e físicas que visam à organização dos
documentos de um arquivo ou coleção, utilizando-se diferentes métodos, de acordo
com um plano ou quadro previamente estabelecido”
DESCRIÇÃO
É o “conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos formais e de
conteúdo dos documentos para a elaboração de instrumentos de pesquisa.”
PUBLICAÇÃO
É a sequência lógica da atividade de descrição. Uma vez “descrito o documento”,
publicam-se os seus dados, permitindo ao usuário a recuperação dos dados
principais dos documentos.
CONSERVAÇÃO
Refere-se ao “ato ou efeito de promover a preservação e a restauração dos
documentos”.
Atividades de conservação
Podemos agrupar os agentes capazes de causar dano aos documentos em 3
categorias:
Técnicas de conservação
Desinfecção- método químico que objetiva combater insetos e pragas em geral. O
procedimento mais conhecido é a fumigação. Que consiste na introdução de
documentos em uma câmara seguindo-se da aplicação de produtos que agem por
um período de 48 a 72 horas, aproximadamente.
Limpeza- Método simples, que consiste na utilização de panos macios, escovas ou
aspirador de pó.
Alisamento- Esta técnica se resume em duas etapas. Primeiro o documento é
submetido a ação de ar úmido, para, em seguida, “alisá-lo” passando a ferro folha
por folha, por meio de máquinas elétricas, ou de prensas manuais, sob pressão
moderada
Restauração
MICROFILMAGEM
A microfilmagem é responsável por prover significativa economia de espaço
na armazenagem de documentos. Podemos definir esta técnica da seguinte
maneira: Microfilmagem = técnica que consiste em reproduzir de maneira reduzida
um documento, criando-se uma cópia em formato micrográfico (microfilme ou
microficha).
Ainda segundo a terminologia arquivística brasileira, microfilmagem é a
“produção de imagens fotográficas de um documento em formato altamente
reduzido”. Conforme nos ensinam Silva e Madio (2008)2, o microfilme foi criado
criado por Renée Dragon no século XIX durante a guerra franco prussiana, com o
intuito de transportar mapas microfilmados às fontes inimigas.
O microfilme é uma mídia analógica, cuja forma mais padronizada no
mercado é um rolo de filme fotográfico preto e branco de 35 mm.