16582051 Artigo Arco Eletrico

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Artigo com soluções técnicas e discussões para proteção contra incidência de energia de arco elétrico.Normas de Referência, tipos de EPI e suas classificações. Boas práticas para redução de incidência de arcos elétricos.

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  • Aula Prtica 94 95O Setor Eltrico / Fevereiro de 2009 O Setor Eltrico / Fevereiro de 2009

    A indstria petroqumica, como tantos outros

    segmentos produtivos, utiliza, em suas instalaes

    eltricas, conjuntos de manobra e controle (CDC),

    tais como Centros de Controle de Motores

    (CCM) e Centros de Distribuio de Cargas

    (CDC), tanto em baixa tenso (BT) quanto em

    mdia tenso (MT), para suprir as necessidades

    de distribuio e controle de energia eltrica em

    seus parques industriais. Estes equipamentos se

    encontram, muitas vezes, instalados em barras

    do sistema eltrico nos quais esto presentes

    Por David D. Shipp, William S. Vilcheck, Frank J. Angelini e Luiz Felipe O. Costa*

    Arco eltrico na indstria petroqumica

    Arc-flash: uma abordagem prtica para anlise e reduo dos riscos

    associados ocorrncia de um arco eltrico em conjuntos de manobra e

    controle de baixa e mdia tenso

    pontos com altos nveis de energia associados

    s descargas por arco eltrico. Em face disso,

    as etapas relativas ao projeto, instalao, ao

    comissionamento, operao e manuteno

    dos equipamentos requerem cuidados especiais

    relativos segurana humana e patrimonial.

    Muitos setores j reconhecem a real

    importncia da identificao e da preveno

    dos riscos associados ocorrncia de arcos

    eltricos e, por conta disso, vem no somente a

    necessidade de se quantificar os nveis existentes

    de energia incidente no ponto da instalao,

    como tambm de estabelecer programas de

    segurana com uso de etiquetas informativas dos

    valores de energia e requisitos especficos de

    Equipamentos de Proteo Individual (EPI) para

    realizao de trabalho de interveno. Entretanto,

    muitas vezes, os valores encontrados mostram-se

    incompatveis com condies seguras de trabalho.

    Em outras palavras, a abordagem do problema no

    se encerra simplesmente com o fim do clculo da

    energia incidente e a consequente categoria de

    risco em que se devem enquadrar os requisitos

    de um EPI.

    Primeiro, fundamental se identificar os nveis

    reais de energia disponvel no ponto de aplicao

    do equipamento para ento se iniciar a anlise

    dos mtodos a serem adotados na preveno e

    mitigao de seus efeitos.

    Um acidente em um equipamento resulta em

    muitos transtornos e em custos considerveis,

    sendo o maior preo, muitas vezes, pago pelo

    trabalhador que se encontra incumbido de intervir

    diretamente no equipamento. Por conta disso, o

    conhecimento do estado da arte de projeto e

    de uso de conjuntos de manobras e controle

    permite diminuir as chances de ocorrncia de

    arcos internos e mitigar os seus possveis efeitos,

    aumentando as probabilidades de salvaguardar

    a vida humana. Desse modo, preciso,

    cada vez mais, fornecer diretrizes e

    ferramentas que permitam aos

    engenheiros responsveis pela

    especificao e implantao de

    novos conjuntos de manobra

    e controle, e a modernizao

    de unidades j existentes ou que

    tenham sofrido danos oriundos de

    falhas, terem condies de analisar e

    discutir quais as opes e recomendaes

    disponveis atualmente.

    Visando, ento, auxiliar os responsveis pela

    tomada de deciso sobre o que fazer diante

    dos riscos presentes em uma atividade com

    possibilidades de incidentes por arco eltrico,

    sero apresentadas sugestes e mtodos que

    visam melhoria das condies de trabalho, nas

    quais o eletricista dever efetuar uma atividade,

    as opes para reduo dos nveis de energia

    incidente, especialmente nos casos em que

    estes valores se encontram acima de 40 cal/cm

    e a definio de mtodos para preveno ou

    reduo de riscos associados ocorrncia

    de falhas. Sero descritos vrias filosofias

    disponveis atualmente, como:

    Conjuntos de manobra e controle resistentes

    aos efeitos de arco interno.

    Conjuntos de manobra e controle com

    limitao dos nveis de energia associados a

    um arco eltrico, por filosofia pr-definida da

    limitao de correntes de falha ou pelo uso

    de dispositivos redutores de nveis de energia

    relacionada a arco.

    Conjuntos de manobra e controle com

    segurana aumentada e tcnicas de reduo

    de risco de acidente por meio de limitao de

    possveis causas de arco interno.

    Uso de monitoramento contnuo e ferra mentas

    de diagnstico preditivo.

    Modificaes nas filosofias de proteo contra

    sobrecorrente.

    Modernizao de instalaes existentes.

    Alteraes nos mtodos de trabalho de

    operao e manuteno.

    Cenrio atual A prpria definio de risco dos perigos de

    descarga por arco eltrico apresentada pela Associao

    Nacional (dos Estados Unidos) para Proteo contra

    Incndios (NFPA) indica que esta uma condio

    perigosa associada liberao de energia causada

    por um arco eltrico. Assim, toda a abordagem

    desenvolvida pela NFPA 70E-2004 e pela IEEE Std.

    1584-2002 enfoca o conceito de energia e o clculo de

    quantificao de sua parte trmica. Ou seja, a anlise

    se concentra no calor que est associado energia

    liberada quando de um evento de arco eltrico.

    A energia incidente no ponto definida

    como a quantidade de energia imposta em

    uma superfcie, a certa distncia da fonte, gerada

    durante a ocorrncia de um arco eltrico. As

    unidades comumente utilizadas para se medir a

    energia incidente so:

    calorias por centmetro quadrado (cal/cm), a

    mais comum encontrada na literatura tcnica

    disponvel.

    joules por centmetro quadrado (J/cm), em que

    a unidade de energia segue o SI.

    Assim, dentro dessa linha, os estudos visam

    primeiro determinar o nvel de energia trmica

    em cal/cm e, ento, informar qual o nvel de

    risco que existe para os profissionais que

    ficaro expostos durante atividades e servios

    envolvendo eletricidade.

    Uma questo levantada, algumas vezes, quando

    um trabalhador pode vir a ficar exposto aos

    riscos de um arco eltrico. Na verdade,

    qualquer oportunidade em que se esteja

    trabalhando em um equipamento

    energizado ou prximo a ele. Alguns

    exemplos seriam:

    medies de qualidade de energia

    leituras de inspeo termogrfica

    manuteno e operao de conjuntos

    de manobra e controle

    pesquisa de defeitos e falhas em

    equipamentos

    Assim, toda vez que for definido que um

    trabalhador ir atuar dentro de uma zona de

    proteo contra descarga eltrica, necessria a

    anlise de riscos de arco eltrico. Com os valores

    estimados com base na atividade a ser exercida

    ou obtidos por meio de clculos, so definidas as

    categorias de riscos conforme faixas de valores dos

    nveis de energia incidente. Seguindo, ento, uma

    diretriz de se prevenir ou limitar os ferimentos

    ao ser humano, so definidas as vestimentas, os

    EPIs e os EPCs (proteo coletiva) apropriados,

    alm das prticas e distncias seguras de trabalho

    para o local em que a atividade ser exercida.

    Apesar de tanto a NR 10 (conforme

    mostrado na Figura 1) quanto a NFPA 70E

    estabelecerem distncias mnimas para evitar a

    Div

    ulga

    o:

    Cep

    el

  • eletrocuo (choque eltrico) provocado por

    um arco estabelecido no ar em condies de

    perturbao deste dieltrico, elas no englobam,

    obrigatoriamente, as distncias seguras contra os

    efeitos resultantes de um arco eltrico. O fato

    que a distncia mnima para proteo contra

    os efeitos de um arco eltrico pode ser maior

    ou menor do que a definida para zona livre de

    choque eltrico. Da a necessidade de se adotar

    a prtica de anlise de riscos associados aos

    perigos de um arco eltrico.

    96 97O Setor Eltrico / Fevereiro de 2009 O Setor Eltrico / Fevereiro de 2009

    Figura 1 Zonas relativas a choque eltrico

    Figura 3 Evento de um arco eltrico

    Figura 2 Zonas relativas a choque eltrico e exposio a arco eltrico

    Legenda:

    Rr: Raio circunscrito radialmente de

    delimitao da zona de risco

    Rc: Raio circunscrito radialmente de

    delimitao da zona controlada

    ZL: Zona livre

    ZR: Zona de risco, restrita a profissionais

    autorizados e com a adoo de tcnicas e

    instrumentos apropriados de trabalho

    ZC: Zona controlada, restrita a profissionais

    autorizados

    PE: Ponto da instalao energizado

    SI: Superfcie construda com material

    resistente e dotada de dispositivos e

    requisitos de segurana

    Para efeitos informativos, as seguintes

    temperaturas so utilizadas como valores de

    referncia:

    Pele humana queimadura curvel: 80 C

    Pele humana morte de clulas: 96 C

    Ignio de roupas: de 400 C a 800 C

    Queima contnua de roupas: 800 C

    Partculas de metal derretido provenientes de

    um arco eltrico: 1.000 C

    Superfcie do Sol: 5.000 C

    Arco eltrico (nos pontos de origem): 20.000 C

    Aqui cabe lembrar que, por definio, uma

    caloria a energia necessria para se elevar um

    grama de gua em um grau Celsius, na presso

    de uma atmosfera. O valor de 1,2 cal/cm de

    energia calorfica pode provocar queimaduras

    de segundo grau.

    A seguir apresentada uma tabela com os

    requisitos bsicos das vestimentas a serem usadas

    em servios de eletricidade:

    TABELA I

    CATEGORIA DE RISCOS: REQUISITOS PARA EPI

    Requisitos bsicos paRa uso de epi

    Categorias de riscos

    0

    1

    2

    3

    4

    Energia incidente

    Cal/cm2 (J/cm2)

    1.2

    (5,02)

    5

    (20,92)

    8

    (33,47)

    25

    (104,6)

    40

    (167,36)

    Requisitos de vestimenta em funo da categoria

    necessria para o EPI

    Algodo no tratado

    Camisa FR e cala FR

    Roupas de baixo em algodo, camisa FR

    e cala FR

    Roupas de baixo em algodo, camisa FR,

    cala FR e, sobretudo, FR

    Roupas de baixo em algodo, camisa FR,

    cala FR e conjunto de casaco e

    cala de manobra com dupla camadaRef.: NFPA 70E (tabela 3-3.9.3) Nota: FR (Flame Retardant):

    Material retardante de chama

    Em suma, a anlise de risco de arco determina

    o nvel de energia trmica liberada por um arco

    eltrico dentro das piores condies que possam

    existir no sistema. A NFPA 70E requer que tais

    anlises sejam feitas sempre que um trabalhador

    possa ficar exposto a circuitos que estejam

    energizados com tenses maiores que 50 V.

    Condies tpicas de risco

    A energia incidente num ponto proveniente

    de um arco eltrico depende fundamentalmente

    dos seguintes fatores:

    Corrente de falta presumida no ponto

    Tempo de eliminao da falta para as condies

    de arco

    Distncia entre o trabalhador e ponto de arco

    Outros fatores que afetam, em menor escala,

    os nveis de energia disponveis em um ponto so:

    Tenso de operao

    Distncia entre eletrodos

    Tipo de aterramento do neutro do sistema eltrico

    Partindo dessas definies, em uma primeira

    abordagem, um profissional poderia ser levado a

    crer que os locais com maior risco para trabalho

    em equipamentos energizados so aqueles com

    valores altos de curto-circuito e com tempos

    totais de interrupo altos. No entanto, a realidade

    mais complexa e exige outros cuidados.

    A fim de nos permitir entender a extenso das

    variveis envolvidas, vamos tomar, como exemplo,

    as conexes do secundrio de transformadores.

    Nestas condies, uma falha, que ocorra entre os

    terminais secundrios e o elemento de manobra

    e proteo principal a jusante, deve ser detectada

    e eliminada pela proteo no primrio do mesmo

    transformador. Nesta condio, para unidades ou

    bancos trifsicos, ligados em tringulo- estrela

    aterrado, conforme o tipo de falta (fase-terra,

    fase-fase), haver casos com valores reduzidos de

    corrente de curto-circuito refletidos no primrio

    que, em funo da proteo adota, podem nos

    levar a tempos altos de resposta para eliminao

    da falha.

    Um fusvel primrio neste contexto pode

    vir a ter tempos de interrupo maiores que um

    segundo, o que nos levaria a valores de I2 t que

    podem comprometer a segurana. Outro exemplo

    claro da complexidade da anlise surge quando

    nos deparamos com a proteo de sobrecorrente

    para circuitos crticos como bombas de incndio,

    em que a maior preocupao manter, o mximo

    possvel, o tempo de operao do equipamento.

    Por fim, existe o fato de termos, devido aos

    ajustes que so adotados para a coordenao e

    seletividade das protees, tempos de eliminao

    de faltas cada vez mais altos medida que nos

    aproximamos do ponto inicial da instalao

    (entrada da concessionria, ramal principal de

    alimentao, etc.).

    ENERGIA LIBERADA POR UM ARCO ELTRICO

    O perigo associado liberao intempestiva

    de um arco eltrico muito grande. Um

    profissional exposto as riscos de tal evento se

    encontra sujeito s diversas formas de energia

    liberadas pelo arco. Elas incluem tipos como:

    eltrica, trmica, acstica, qumica, radiao e

    mecnica. E todas se manifestam de alguma forma

    fsica:

    calor intenso

    liberao de gases e nuvens txicas

    lanamento de partes e peas

    projeo de materiais derretidos (cobre,

    alumnio, etc.)

    barulho excessivo (existem registros de nveis

    de rudo acima de 120 dB) provocado pela

    expanso supersnica do ar

    ignio de produtos circundantes, como poeiras,

    gases e vapores inflamveis

    ondas de presso

    Um exemplo muito claro do aumento da

    preocupao com a segurana do profissional

    que possa vir a ter que atuar em reas prximas a

    um conjunto de manobra ou operar diretamente

    um disjuntor de potncia a necessidade

    de comprovao de operao segura destes

    equipamentos dentro do contexto de falha:

    atuao adequada do elemento de proteo

    contra curto-circuito SCPD dentro do seu

    respectivo compartimento, quando h operaes

    de interrupo trifsica e monofsica em

    condies de falta. Este enfoque da NBR IEC

    60439-1 passou a garantir que, por exemplo, um

    disjuntor ensaiado e aprovado nas condies

    definidas pela NBR IEC 60947-2 demonstrasse,

    tambm, uma operao segura, quando instalado

    dentro de um invlucro.

    Isto veio ao encontro da antiga preocupao

    de se eliminar a possibilidade de transferncia

    do curto-circuito para fora do SCPD, quando

    da atuao deste. Tanto a experincia de campo

    quanto a literatura registram casos como a

    aplicao de disjuntores em configuraes

    que no apresentavam espao suficiente para

    eliminao segura de gases ionizados das suas

    respectivas cmaras de extino. Fato este

    que levava a transferncia do ponto de curto-

    circuito para antes do elemento de manobra,

    com consequentes danos, muitos dos quais,

    intempestivos.

    No que diz respeito aos conjuntos de

    manobra e controle, deve-se atentar para o fato

    de que a maioria dos acidentes ocorre quando

    h interveno neles, ou seja, com as portas ou

    anteparos abertos; o que vai contra a prpria

    essncia da anlise da adequao de um conjunto

    de manobra quanto sua classificao IAC

    Aula Prtica

  • 98 99O Setor Eltrico / Fevereiro de 2009 O Setor Eltrico / Fevereiro de 2009

    (Internal Arc Classification). importante tambm

    lembrar que muitas atividades de operao ou

    manuteno ocorrem, de fato, muito prximas

    do ponto focal de energia incidente. Assim, muito

    alm da preocupao de como um conjunto de

    manobra e controle deva se comportar diante

    de um evento de arco interno, deve existir, por

    parte dos responsveis pela especificao e

    fornecimento de conjuntos de manobra e controle,

    uma abordagem efetiva na preveno das causas

    de falha e na mitigao dos riscos de exposio de

    um trabalhador aos efeitos produzidos

    por um eventual arco.

    Calor e queimaduras Os fabricantes e fornecedores de

    tecidos e roupas do tipo FR (Flame

    Retardant Retardante de Chama)

    tm, cada vez mais, desenvolvido e

    disponibilizado solues para sistemas

    de EPI com a capacidade de limitar

    possveis queimaduras de um usurio

    s do tipo ditas de 2 grau, caso o

    mesmo seja submetido a um evento de

    liberao de energia por arco eltrico.

    ondas de presso A onda de presso gerada por uma

    exploso devida a um arco eltrico

    est relacionada corrente de curto-

    circuito e distncia entre o ponto

    medido e o arco, no sendo afetada

    pelo tempo de eliminao da falha.

    Essa onda estabelece foras capazes

    de provocar quedas e ferimentos em

    um trabalhador, com consequncias, s

    vezes, mais srias do que s associadas

    a queimaduras. Traumas provocados

    por estes eventos podem no ser

    diagnosticados facilmente, numa

    triagem preliminar, devido ausncia

    de ferimentos externos. Dessa forma,

    danos ao crebro, pulmes, ouvidos, fgado, bao e

    outros rgos humanos podem ocorrer sem uma

    evidncia externa clara como aquelas associadas a

    queimaduras ou a choques eltricos.

    Logo, pelo que foi exposto nos dois tpicos

    anteriores, fica clara a importncia do uso de

    protees por barreiras fsicas como meio de

    mitigar efeitos de um arco eltrico. O uso de

    roupas adequadas limita e previne queimaduras

    associadas a um arco. Outra abordagem o uso

    de barreiras fsicas, propriamente ditas, aplicadas

    aos conjuntos de manobra e controle como forma

    de reduzir os riscos de queimaduras e de proteo

    contra ondas de presso provenientes de um

    acidente por arco eltrico.

    Notadamente o uso de compartimentao,

    tanto em CMC de mdia ou baixa tenso, conforme

    as recomendaes presentes nas normas tcnicas

    nacionais (ABNT NBR) quanto nas internacionais

    (IEC, ANSI/IEEE, NEMA). Outra melhoria o uso de

    isolao em todas as partes vivas (onde for possvel)

    a fim de reduzir a possibilidade de ocorrncia de uma

    falha por arco. tambm uma boa prtica o uso de

    elementos extraveis com guilhotinas automticas

    isolantes ou metlicas automticas presentes nas

    respectivas celas. E, no menos relevante, a adoo

    de filosofia do uso de operaes remotas, tanto de

    manobra e interveno quanto da movimentao

    de partes extraveis ou removveis do conjunto de

    manobra e controle.

    EXPOSIO AOS EFEITOS DO ARCO ELTRICO

    Dentro da NFPA 70E, encontramos pontos

    relevantes ao uso de vestimentas anti-arco (Flash Suits):

    1. Vestimenta anti-arco um sistema completo

    de roupas e equipamentos resistentes a chama

    (FR) que recobrem completamente o corpo

    humano, com exceo de mos e ps. No conjunto

    esto includos cala, casaco e capuz, do tipo usado

    por criadores de abelhas, com protetor facial.

    2. requerido o uso de capuz anti-arco para os

    casos enquadrados como categoria de risco 3 ou

    4. Esta condio ocorre quando a energia incidente

    calculada para a tarefa maior que 8 cal/cm2.

    3. requerido o uso de protetor facial ou capuz

    anti-arco para os casos enquadrados na categoria 2.

    Esta proteo deve atender o requisito de 8 cal/cm2,

    sendo Normalmente que deve proteger

    no somente a face do operador, como

    tambm a testa, orelhas e pescoo. Isto

    se aplica para nveis compreendidos

    entre 4 e 8 cal/cm2.

    4. Os protetores faciais esto disponveis

    na faixa de 10 a 17 cal/cm2. Um capuz

    anti-arco requerido, geralmente, para

    nveis acima de 10 cal/cm2.

    estresse por Calor Os capuzes anti-arco

    co brem completamente a cabea

    do trabalhador dificul tando a sua

    respirao (quando comparado com

    a situao sem o capuz). Capuzes

    com sistemas de ventilao esto

    disponveis e aumentam o conforto

    do trabalhador quando comparados

    verso sem ventilao, pois:

    Facilitam a respirao

    Apresentam um efeito de refrigerao

    devido presena de corrente de ar fresco

    Reduzem a sensao de claustrofobia

    Reduzem o embasamento do visor e

    o suor nos protetores auriculares

    Geralmente, para os nveis

    de energia incidente acima de 8 cal/

    cm2 so usadas duplas camadas de

    tecido tanto para os capuzes quanto

    para as roupas resistentes a chama.

    Com o uso destas duas camadas, existe o risco de

    aumentar o estresse por calor do trabalhador.

    Este estresse por calor pode ser minimizado pela

    reduo do tempo de uso do EPI. As atividades de

    trabalho devem ser planejadas de modo a minimizar

    o tempo de exposio ao risco de arco eltrico.

    ondas de presso A maioria das vestimentas e capuzes anti-arco

    feitas com o objetivo principal de se proteger

    a pele do trabalhador contra queimaduras.

    Entretanto, fornecem proteo limitada contra os

    perigos criados pelas ondas de presso:

    Rudo excessivo

    Partes e peas lanadas

    Asperso de cobre derretido

    reduo de visibilidade e destreza O acabamento tpico na cor verde dos

    visores de proteo e dos capuzes anti-arco pode

    distorcer as cores vistas pelo trabalhador. As cores

    mais afetadas so branco, amarelo, vermelho e azul.

    O ponto importante nesse caso o fato de estas

    quatro cores serem muito utilizadas na sinalizao

    de estados e identificao de barramentos em

    conjuntos de manobra e controle.

    As roupas multicamadas, comum nas vesti-

    mentas anti-arco, tambm reduzem a destreza do

    trabalhador, diminuem a sua mobilidade e limitam

    o alcance de seus braos e o uso das mos.

    SOLUES PARA A REDUO DA ENERGIA E MITIGAO DE SEUS POSSVEIS EFEITOS

    Um trabalho de avaliao dos riscos associados

    a um arco eltrico nos diversos pontos de um

    sistema eltrico ir, muito provavelmente, mostrar

    pontos com altos nveis de energia incidente. Em

    muitos casos, este valor pode passar de 40 cal/cm2.

    A escolha de tecnologias complementares

    filosofia de segurana nos casos de conjuntos de

    manobra e controle cada vez mais determinante

    no sucesso em se proteger a vida humana e

    preservar os bens materiais associados a uma

    instalao. Nos casos em que eles estiverem

    associados a altos nveis de energia incidente,

    podem-se adotar vrias abordagens para a

    reduo destes nveis e a mitigao de seus efeitos,

    conforme apresentado a seguir.

    Conjuntos de manobra e Controle resistentes aos efeitos de arCo interno Apesar de no representarem uma soluo

    definitiva para os problemas de interveno direta

    aos compartimentos internos de um conjunto de

    manobra e controle, o uso de solues do tipo AR

    (Arc Resistant Resistente aos Efeitos de um

    Arco Interno), notadamente em mdia tenso,

    cada vez mais usado. Esses tipos de CMC fornecem

    uma melhoria na segurana dos operadores e do

    pessoal circulando nas proximidades. A idia por

    trs desses equipamentos redirecionar a energia

    de modo a proteger o ser humano prximo. Esta

    soluo se enquadra dentro de uma abordagem

    do tipo reativa, ou seja, a caracterstica AR surge

    como uma reao a um arco interno que j tenha

    ocorrido.

    Um ponto interessante a se destacar nestes

    casos o fato de que, alm de oferecer proteo

    aos efeitos trmicos do arco, um CMC AR, graas

    aos seus sistemas de exausto, vai ao encontro da

    preocupao crescente com as possveis sequelas

    criadas por ondas de presso.

    Figura 4 CMC-AR com sistema coletor de gases durante o ensaio de verificao dos requisitos IAC

    Outro ponto complementar, para o caso de

    CMC-AR (IAC), principalmente em mdia tenso,

    em que encontramos nveis de energia de arco

    maiores, deve ser a preocupao com os gases

    que vo surgir em decorrncia do arco. Nenhuma

    norma para conjuntos de manobra e controle e

    instalaes eltricas, tanto em mdia quanto em

    baixa tenso, avalia o possvel escape de gases

    txicos provenientes da queima dos materiais

    existentes internamente no painel. Da uma forte

    urgncia em se considerar a forma de escape de

    gases para sua rpida remoo da sala em que se

    encontra instalado os equipamentos, evidenciando

    a necessidade de uso de dutos para guiar a maior

    quantidade possvel desses subprodutos para fora

    do ambiente.

    Apesar de todas as suas vantagens e possibilidades,

    o CMC-AR (IAC) ainda no representa a soluo

    definitiva. Isto se deve ao fato de que a grande

    maioria dos acidentes em conjuntos de manobra e

    controle ocorre quando h interveno neles, ou

    seja, com as portas ou anteparos abertos; o que vai

    contra a prpria essncia da anlise da adequao

    de um equipamento quanto a sua classificao IAC

    (Internal Arc Classification Classificao de

    Arco Interno).

    Figura 5 CMC-AR com sistema coletor de gases (vista do duto de exausto com direcionamento externo)

    Aula Prtica

  • 100 101O Setor Eltrico / Fevereiro de 2009 O Setor Eltrico / Fevereiro de 2009

    Figura 6 CMC-AR, mostrado na figura anterior (vista frontal do sistema)

    Figura 7 Operao de movimentao de elemento de manobra extravel

    Figura 8 Opo para operao remota de movimentao de elemento de manobra extravel

    Figura 9 Modernizao de um CMC para incluso de operaes remotas de movimentao de disjuntor, com a porta frontal fechada (uso de barreira)

    Figura 10 Reator limitador de corrente (valor de corrente limitado em 19 kA eficazes) instalado em CCM de baixa tenso

    Esta soluo considerada do tipo qualitativo,

    visto que no definimos um valor calculado para

    reduo obtida na energia incidente.

    Conjuntos de manobra e Controle Com limitao dos risCos de oCorrnCia de um arCo eltriCo Muitas das atividades usuais de operao

    ou manuteno ocorrem prximas de pontos

    focais de energia incidente. Dessa maneira,

    muito alm da preocupao de como um CMC

    vai se comportar diante de um arco interno, os

    profissionais responsveis pela especificao e

    fabricao de conjuntos de manobra e controle

    devem ter uma abordagem pr-ativa da preveno

    das causas de falha e da mitigao dos riscos

    associados aos efeitos produzidos pelo arco. No

    caso de equipamentos j existentes, mas que

    ainda no tenham sido instalados, um processo

    de adequao das modificaes pertinentes deve

    ser discutido exaustivamente com o fabricante

    original e, conforme as possibilidades do projeto

    construtivo, permitir alteraes que no afetem

    a validade dos ensaios de tipo para as demais

    caractersticas (por exemplo: elevao de

    temperatura, impulso atmosfrico, etc.).

    Segregao de compartimentos, unida-

    des e partes de um conjunto de manobra

    e controle. Esta abordagem deve ser uma

    constante para os projetos novos. No caso de

    equipamentos existentes, mas que ainda no

    foram instalados, um processo de adequao das

    modificaes pertinentes deve ser discutido com

    o fabricante original e, dentro das possibilidades

    do projeto construtivo, implantado.

    a. Uso de Conjuntos de Manobra e Controle de

    Mdia Tenso: recomenda-se o uso LSC2B-PM

    ou LSC2B-PI. Pela NBR IEC 62271-200, o uso do

    termo LSC (Loss of Service Continuity) se refere

    categoria de perda de continuidade de servio,

    definindo a interao entre compartimentos e

    unidades funcionais quando h a abertura de

    alguma porta ou barreira de um compartimento

    de potncia. Em complemento a esta classificao,

    temos a classe de diviso PM que se refere ao uso

    de parties metlicas, inclusive para as guilhotinas,

    enquanto PI se refere a parties isolantes.

    b. Uso de Conjuntos de Manobra e Controle

    de Baixa Tenso: tem-se notado uma forte

    tendncia no uso do conceito Arc Free, ou seja,

    uso de estruturas livres de riscos de ocorrncia

    de arco internos. Isso tem sido obtido com o

    uso de estruturas com alta compartimentao

    (formas de separao mnima 3b, com preferncia

    para 4 ou 4b, conforme a NBR IEC 60439-1),

    barramentos isolados, conexes isoladas ou

    separadas por barreiras e materiais isolantes

    com alta resistncia ao fenmeno de rastreio e

    compatveis com nveis de isolao necessrios

    (distncias de isolamento e de escoamento, alm

    da tenso de impulso atmosfrico, condizentes

    com a categoria de sobretenso e com o grau

    de poluio). Isto vai ao encontro do que est

    definido no documento da IEC Technical

    Report IEC/TR 61641 (Enclosed low-voltage

    switchgear and controlgear assemblies Guide

    for testing under conditions of arcing due to

    internal fault), cuja segunda edio foi reafirmada

    em janeiro de 2008; em que fica clara na seo

    3.7 a definio para zonas livres de arco (arc

    free zone): parte de um circuito dentro de um

    conjunto de manobra e controle em que no

    possvel colocar um fio de ignio (para simulao

    de arco interno) sem a destruio do material

    isolante sobre os condutores.

    uso de barreira e dispositivos remotos A movimentao de unidades extraveis com

    as portas frontais fechadas ou com barreiras de

    interposio oferece proteo mecnica para a

    reduo dos impactos trmicos e fsicos gerados

    pela ocorrncia de um arco. Nos casos de CMC

    com classificao IAC, esta uma forma de

    melhorar a eficcia da segurana dos equipamentos,

    visto que assim se reduz a possibilidade de se ter

    uma parte aberta no seu invlucro. Esta uma

    abordagem qualitativa. Uma forma mais segura e

    que permite se quantificar o uso de dispositivos

    que permitam o afastar o operador do painel

    durante estas atividades. Nestes casos, vrios

    fabricantes de elementos de manobra ou empresas

    especializadas em servios de manuteno tm

    ofertado verses com operao remota. Afinal,

    um dos elementos importantes na mitigao dos

    efeitos de um arco interno manter o elemento

    humano fora da zona de risco.

    Alm do processo de movimentao remota

    dos elementos de manobra, o uso de sistemas de

    operao e acesso remoto fator determinante

    no aumento da segurana do pessoal de operao

    e engenharia, de manuteno ou de proteo.

    No passado j se usavam chaves, sinaleiros e

    indicadores remotos (por exemplo, por meio

    do uso de sinais de 4 mA a 20 mA). Mas, hoje

    em dia, graas aos diversos sistemas inteligentes

    de proteo e redes de campo, fica muito mais

    efetiva a interface remota para a manobra de

    dispositivos, leituras de grandezas e diagnsticos

    de unidades.

    Diminuio dos valores da corrente

    presumida de curto-circuito e dos tempos de

    interrupo dos dispositivos de proteo a

    montante do ponto de interveno

    Nesta opo, a reduo dos nveis de energia

    incidente procurada pela reduo dos valores

    da corrente de curto-circuito disponveis e/

    ou diminuio do tempo de resposta das

    protees. Esta abordagem envolve muito a

    figura do engenheiro de sistemas de potncia, j

    que ele dever interagir com o usurio a fim de

    entender as necessidades e as particularidades da

    instalao, seja ela nova ou existente. O processo

    rico em opes e solues. Algumas delas so

    comentadas a seguir.

    1. Reduo das correntes de curto-circuito:

    seguindo esta abordagem, as opes passam por:

    a. Uso de reatores limitadores de corrente. Esta

    soluo pode ser adotada tanto em projetos

    novos (atualmente vrias plataformas usadas na

    bacia de Campos possuem esta filosofia) quanto

    em modernizaes de instalaes existentes.

    b. Uso de sistemas aterrados por resistores de

    alto valor hmico. Muito comum em sistemas de

    potncia em baixa tenso, visa limitar as correntes

    de falha entre os condutores de fase a terra.

    Desde que o fator de aterramento do sistema

    no gere sobretenses perigosas, representa uma

    boa opo j que 75% dos defeitos reportados

    so do tipo monofsico (falta a terra).

    Aula Prtica

  • 103O Setor Eltrico / Fevereiro de 2009 O Setor Eltrico / Fevereiro de 2009

    Figura 11 Sistema instalado em vrios CMCs de baixa tenso, tipo CDC, para quatro plantas petroqumicas na China

    c. Uso de disjuntores e fusveis limitadores de

    corrente.

    d. Uso da filosofia de se manter os disjuntores de

    interligao abertos na operao das unidades com

    mais de uma entrada (alimentadores das barras no

    paralelados).

    2. Diminuio dos tempos de respostas das

    protees. A soluo tima nesse contexto aliar

    reduo dos valores das correntes de curto-circuito

    a diminuio dos tempos de reao dos dispositivos

    de proteo. Com os sistemas eletromecnicos

    convencionais, esta uma tarefa quase impossvel,

    ainda mais se levarmos em conta os requisitos

    de coordenao e a seletividade dos sistemas de

    proteo. No entanto, isso pode ser contornado

    com a substituio dos sistemas antigos por unidades

    microprocessadas e numricas. Com esta simples

    modificao, os tempos de tolerncia entre ajustes

    de tempo podem ser reduzidos dos tradicionais

    400 ms a 500 ms para faixas de 250 ms a 350 ms, j

    que no temos mais o fantasma do overtravel dos

    elementos a disco de induo e nem os problemas

    com mancais ou freios.

    Outra vantagem a melhor resposta, graas a

    algoritmos implantados em unidades numricas, diante

    de possvel saturao dos transformadores de corrente.

    Entretanto, o grande salto foi a ampliao do conceito

    de Intertravamento Seletivo por Zonas (ZSI

    Zone Selective Interlock), presente j na dcada de

    1990 em alguns fabricantes norte-americanos, para

    o que hoje se convencionou chamar de Seletividade

    Lgica. Este recurso tem sido muito difundido graas

    aos rels numricos, que possuem entradas e sadas

    digitais associadas aos recursos programveis por meio

    de lgica Booleana. Estes dispositivos, mais do que

    simples rels, so o que hoje se convencionou chamar

    de IED (Intelligent Electronic Device Dispositivos

    Eletrnicos Inteligentes).

    Estes tipos de rels so capazes de serem

    programados e de fazerem processamento de vrias

    informaes. Graas a estes recursos, estes dispositivos

    permitem que os tempos de respostas diante defeitos

    possam ser menores. A idia bsica que, em casos de

    faltas com altas correntes, estas unidades possam, por

    meio de sinais discretos ou por comunicao via rede,

    tomar a deciso de abandonar os ajustes de tempo

    que foram definidos pelo estudo de seletividade e

    atuar mais rapidamente (na ordem dos 70 ms). Esta

    soluo tende a crescer mais ainda com a disseminao

    do protocolo IEC 61850 e as mensagens GOOSE.

    prtiCas de manuteno segura Alm das j comentadas opes de uso de

    recursos que protejam o trabalhador por meio de

    barreiras fsicas ou pelo seu distanciamento, existe

    a possibilidade de se adotar prticas que ajudem na

    reduo dos nveis de energia incidente nas diversas

    atividades de manuteno e de operao. Isto

    obtido graas adoo de disparadores diretos (no

    caso de disjuntores de potncia de baixa tenso) ou

    rels secundrios microprocessados que apresentem

    a opo de escolha de grupos de ajustes dos valores

    das protees. Esta caracterstica permite a um

    profissional que tenha que intervir um equipamento

    faa uma mudana temporria nos ajustes da proteo,

    levando os mesmos para valores mais sensveis

    (corrente de partida mais baixa e tempo de resposta

    mais rpido das unidades de sobrecorrente).

    Tambm claro que um programa de segurana

    aliado a instrues e prticas seguras de manuteno

    precisam ser definidos e implementados. Nesse

    contexto, deve-se atentar para implantao das

    etiquetas informando os nveis de energia presente

    e as distncias requeridas.

    uso de novas teCnologias preditivas Graas aos avanos da tecnologia dos sistemas

    de interface e coleta de dados para monitoramento

    contnuo, tanto de descargas parciais quanto de

    termo grafia, podem-se adotar prticas que evitem a

    necessidade de ao direta do ser humano, eliminando

    a necessidade de abertura de tampas e portas de

    conjuntos de manobra e controle. Tambm o uso

    de sistemas de monitoramento em tempo real das

    condies da isolao de equipamentos de mdia

    tenso reduz a possibilidade de virem a ocorrer falhas

    intempestivas, j que uma condio anormal pode ser

    identificada muito antes de evoluir para uma falha com

    arco.

    CONCLUSES A segurana associada a conjuntos de manobra

    e controle, tanto em baixa quanto em mdia tenso,

    uma atividade que se inicia bem antes e que se

    prolonga por toda a vida til de uma instalao eltrica.

    Nesse sentido, podemos, seguindo a normalizao

    relativa a cada produto, estabelecer algumas diretrizes

    bsicas:

    Quantificar as cargas com seus perfis e as suas reais

    demandas.

    Definir as tenses nominais e de operao, segundo

    suas disponibilidades.

    Definir o tipo de aterramento a ser adotado para

    o sistema eltrico.

    Identificar as condies do local: ambientais (umidade,

    temperatura, poluentes, altitude, etc.) e espaciais (rea

    e altura disponveis, acessibilidade, etc.).

    Efetuar estudos de engenharia necessrios e de

    forma completa e consistente (fluxo de carga, queda

    de tenso, curto-circuito, coordenao e seletividade,

    aterramento e, principalmente, o nvel de energia

    incidente por arc-flash).

    Efetuar as anlises de risco. Implantar o programa

    de informao dos nveis de energia incidente e

    treinamento do uso correto dos EPCs e EPIs.

    Definir as filosofias de operao e manuteno.

    Preferir o uso de sistemas inteligentes, com redes

    de campo, para a operao, monitoramento, coleta

    de dados e diagnsticos.

    Procurar usar tecnologias mais seguras para o

    monitoramento trmico e dieltrico dos sistemas

    condutores e de isolao.

    Definir e instaurar o programa de segurana em

    conformidade com a realidade existente.

    Principalmente, CONSCIENTIZAO.

    REFERNCIAS[1] Electrical Safety Requirements for Employee Workplaces, NFPA 70E-2004.[2] IEEE Guide for Perfoming Arc-Flahs Harzard Calculations, IEEE Std 1584 - 2002.[3] NBR IEC 62271-200. Conjuntos de manobra e controle

    em invlucro metlico para tenses acima de 1 kV at e inclusive 36,2 kV. ABNT; 2007.

    [4] NBR IEC 60439-1, Conjuntos de manobra e controle

    de baixa tenso Parte 1: Conjuntos com ensaio de tipo

    totalmente testados (TTA) e conjuntos com ensaio de tipo parcialmente testados (PTTA), ABNT; 2004.[4] NR 10: Norma regulamentadora N. 10: Segurana em instalaes e servios em eletricidade. Ministrio do Trabalho e Emprego Governo Federal do Brasil.

    [5] William Vilcheck, et.al. Practical Methods in Reducing the Dangerous Arc Flash Hazard in Large Industrial Facilities. IEEE IAS Magazine, May-June 2006.

    [6] Steve J. Swencki, et.al. Electrical Safety, Arc Flash Hazards

    and the Standards A Comprehensive Overview, IEEE Paper

    PCIC-2005-39.

    [7] Michael Hodder, et al. Arc Flash Hazard Calculations Myths,

    Facts and Solutions. IEEE IAS Magazine, Jan-Feb 2007.

    [8] IEEE Recommended Practice for Protection and Coordination, IEEE Std 242 2001 (Buff Book).

    [9] IEEE Guide for Testing Metal-enclosed Switchgear rated up to

    38 kV for Internal Arcing Faults, ANSI/IEEE Std C37.20.7 2007.

    David D. Shipp, William S. Vilcheck, Frank J.

    Angelini e Luiz Felipe O. Costa so membros do

    IEEE e engenheiros da EATON.

    Este artigo foi apresentado no II Petroleum and

    Chemical Industry Conference Brasil (II PCIC BR)

    entre os dias 16 e 17 de setembro de 2008.

    102Aula Prtica