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Nuno Loureiro Abril 2008

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Nuno LoureiroAbril 2008

1. Noção de acidente de trabalho, perigo e risco.2. Actuação do membro dinamizador de risco no SU.3. Números no SU4. Actuação em caso de acidente

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Acidente de trabalho – O que diz a lei?

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho … provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária...”

Considera-se também acidente de trabalho : No trajecto de ida e de regresso entre o local de residência e o local de

trabalho; No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação

profissional ou, fora, quando exista autorização da entidade empregadora

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Acidente de trabalho – O que diz a lei?

Descaracterização do acidente de trabalho

Incumprimento de norma legal ou estabelecida pela entidade empregadora

Negligência grosseira

Uso inadequado dos materiais

Acto fora da experiência profissional, usos e costumes da profissão

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Doenças Profissionais

Doença profissional é aquela que resulta directamente das condições de trabalho, consta da Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de Julho) e causa incapacidade para o exercício da profissão ou morte.

A Lei também considera que a lesão corporal, a perturbação funcional ou a doença não incluídas na lista serão indemnizáveis, desde que se provem serem consequência, necessária e directa, da actividade exercida e não

representem normal desgaste do organismo (Código do Trabalho, n.º 2 do art. 310).

Perigo - A noção de perigo é a propriedade de um componente potencialmente causadora de danos

Agulhas – picadaLamina de Bisturi – cortes

Risco - é a probabilidade do potencial danificador, é a probabilidade de ocorrência de um dano ligada também à gravidade desse dano.

Actuação – Diminuir o Perigo e o Risco

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É feita por quatro processos:

1- Limitar / Eliminar o risco

2- Envolver o risco

3- Afastar o homem

4- Proteger o homem

PROTECÇÃO FUNDAMENTAL

1.Riscos Biológicos

2.Riscos de natureza física

3.Riscos de natureza química

4.Risco de natureza ergonómica

5. Riscos de natureza psicossocial

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Riscos Biológicos

Os riscos biológicos aos quais estão expostos os profissionais de saúde e em particular os de enfermagem são as infecções causadas por microrganismos :

•tuberculose pulmonar•citomegalovirus•vírus da imunodeficiência humana – VIH•hepatites virais•meningites•constipações, gripes, e pneumonias

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Riscos de natureza física

Os riscos de natureza física no ambiente hospitalar estão representados pelas radiações ionizantes (raios X, raios gama, beta), não ionizantes (ultravioleta, infravermelho, microondas e raio laser), ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas, electricidade e iluminação.

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Riscos de natureza química

Os riscos químicos estão relacionados com a manipulação de um leque variado de substâncias químicas, bem como com a preparação e administração de medicamentos, os quais podem provocar desde simples alergias até neoplasias.

Alguns dos factores de risco químico referenciados a nível internacional devem-se: à manipulação de drogas citostáticas, exposição a gases anestésicos, exposição a vapores e gases esterilizantes, agentes químicos em geral, manipulação de antibióticos.

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Risco de natureza ergonómica

Os riscos de natureza ergonómica no trabalho de enfermagem estão associados à movimentação e ao transporte de pacientes, ao manuseamento de equipamentos e materiais, às posturas prolongadas e inadequadas nos diferentes postos de trabalho.

Tudo isso contribui para aumentar de forma exponencial a ocorrência de lesões que afectam os ossos, os músculos e os tendões, devido à sobrecarga ou má utilização dessas estruturas do nosso organismo.

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Riscos de natureza psicossocial

Este tipo de riscos provém sobretudo dos tipos de stress a que o profissional de enfermagem está sujeito, nomeadamente a sobrecarga de trabalho associado à pressão no tempo, o contacto constante com o sofrimento, a morte, e o trabalho por turnos.

Face ao stress o indivíduo pode mostrar inicialmente um aumento da produtividade, no entanto a partir de determinado nível ou tempo de duração o stress passará a prejudicá-lo, reduzindo sua produtividade e aumentando o número de erros.

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Diminuição do Risco no SU – Algumas medidas

Cateteres anti-picada

Macas com ajuste em altura, suportes fixos, pegas de condução

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Diminuição do Risco no SU – Algumas medidas

Ajuste da Iluminação na sala de trabalho junto à sala aberta

Marquesas reguláveis em altura

Vigilância de estado e adequação de contentores de perfuro-cortantes

Vigilância e avaliação de risco dos postos de trabalho

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Diminuição do Risco – Uso de EPI em enfermeiros

Olhos – Óculos de protecção em situação de trauma

Vias Respiratórias – Máscaras de protecção

Mãos – Luvas , preferir sempre látex ao vinil

Corpo e pés – Farda adequada e calçado fechado Aventais em situação de risco acrescido

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CAUSAS

Humanas Materiais• Má preparação profissional

• Não cumprimento das instruções

• Imprevidência

• Fadiga

ferramentas defeituosas

falta de protecção das máquinas

más condições de trabalho e falta de

condições de higiene 75 % | 25 %

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Acidentes por local de lesão

Cabeça – 6.6%

Tronco –12.9%

Pés – 11.7 %

Olhos-12.7 %

Pernas – 11.1%

Mãos -27.6%

Braços – 9.2%

Luvas Latex Vs Luvas Vinil

Tipo de Teste Latex

Taxa de FalhasVinil

Taxa de FalhasEsforço contínuo em UCI

4.1% 53 %

Dois Pares de luvas 3.8% 19.7%

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Acidentes de trabalho nos enfermeiros

• Primeiros estudos na década de 70 – Brasil - 1971 ocorreram 4468 acidentes de trabalho nos hospitais Brasileiros

As principais causas foram:1.cortes por fragmentos de vidro proveniente das ampolas e dos instrumentos cirúrgicos 2. queimaduras provocadas pelos autoclaves e estufas3. fracturas devido a quedas e colisões

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Acidentes de trabalho nos enfermeiros

Portugal – 2 estudos do extinto Departamento de Recursos Humanos da Saúde

• 1º Estudo – 1989 – Incide sobre as diferentes classes de profissionais de saúde

926 acidentes, nas Instituições dependentes do Ministério da Saúde

Os agentes “mecânicos” corresponderam 44% do total dos acidentes. Aqui incluem-se as picadas de agulha, cortes por bisturis, instrumentos cirúrgicos e outras lesões provocadas por máquinas ou instrumentos. Seguindo-se a categoria dos acidentes associados às “quedas/esforços” que corresponderam a 40% do total dos acidentes

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Acidentes de trabalho nos enfermeiros

Portugal – 2 estudos do extinto Departamento de Recursos Humanos da Saúde

• 2º Estudo – 1991 – Incide sobre as diferentes classes de profissionais de saúde1.188 acidentes

Os agentes “mecânicos” corresponderam 44,8% do total dos acidentes. Aqui incluem-se as picadas de agulha, cortes por bisturis, instrumentos cirúrgicos e outras lesões provocadas por máquinas ou instrumentos. Seguindo-se a categoria dos acidentes às “quedas/esforços” que corresponderam a 41% do total dos acidentes

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Acidentes de trabalho nos enfermeiros

Estudos Internacionais

• USA – 1991 – Estudo que englobou 230 hospitais e incidiu particularmente sobre a enfermagem, constatou que 53% dos acidentes de trabalho que afectaram os profissionais de enfermagem eram devidos a picadas por agulha

•OMS, 2001 - Até 1999 registaram-se cerca de 55 casos confirmados de HIV devido a exposição ocupacional entre trabalhadores da saúde, com material perfurante e cortante (agulhas ou material cirúrgico) contaminado, manipulação, acondicionamento, ou administração de sangue e seus derivados e pelo contacto com material proveniente de pacientes infectados.

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Acidentes - Números no SU

Período entre 2004 – Março de 2009

Total – 48 Participações

• 20 - Lesão Músculo-esquelética

• 14 - Picada

• 10 – Agressão

• 4 - Contacto com produtos biológicos

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Picadas

Total – 14Participações

• 3 - Mandril de CVP – último em 2006

• 3 - Lancetas ou agulha em pesquisa de glicémia

• 3 – Agulhas em contentor

• 2 - Agulhas simples

• 2 – Buterfly

• 1 – Agulha em Kit de suturaNuno Loureiro 2009

Incidentes - Números no SU

Período entre 2004 – Março de 2009

Total – 13 Participações

• 3 – Abandono de doente

• 3 - Roubos

• 1 – Danos

• 6 - Outros

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Participação do Acidente

• Comunicação nas 48 horas seguintes ao acidente, sob a forma escrita ou verbal, à entidade empregadora.

• Se o estado do sinistrado não permitir o cumprimento do disposto anteriormente, o prazo contar-se-á a partir da cessação do impedimento

• Se a lesão se revelar ou for reconhecida em data posterior ao acidente, o prazo conta-se a partir da data da revelação ou reconhecimento

• A entidade empregadora deve, logo que tenha conhecimento, assegurar os imediatos e indispensáveis médicos e farmacêuticos ao sinistrado.

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Participação do AcidenteHospital de S. Teotónio, EPE

Modelo 256

Modelo 304

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO