16 PF Soldagem Mig Mag

download 16 PF Soldagem Mig Mag

of 17

Transcript of 16 PF Soldagem Mig Mag

  • 193

    MIG/MAG: isso parece nome de sanduche! Um dos grandes desafios da indstria deste fim de sculo alcan-ar nveis elevados de produtividade, mantendo a qualidade. A ma-neira de se conseguir isso com o auxlio da automatizao que, alm de fornecer meios de controlar o processo e garantir uma uni-formidade de resultados, independe da habilidade quase artstica do operrio para a execuo de um trabalho de qualidade. Assim, medida que avanamos no estudo dos processos de soldagem, vamos percebendo que uma das grandes desvanta-gens dos processos estudados at agora, a preponderncia da operao manual do equipamento. Por causa disso, por mais versteis que sejam, eles so sempre lentos, com baixo ndice de produtividade e, conseqentemente, caros. Quando comparados com a soldagem ao arco com eletrodos re-vestidos, os processos que estudaremos nesta aula so uma al-ternativa mais produtiva, por serem processos semi-automticos com possibilidade de mecanizao total. Que processos so esses? Quais as caractersticas que os dife-renciam dos que j estudamos? Os equipamentos so diferentes? O que se pode soldar com eles? A resposta a essas e outras per-guntas que voc possa formular, esto nesta aula. Confira. Mais siglas: MIG/MAG No se assuste, caro aluno, essas siglas no so nomes de san-duches dessas cadeias de fast food que existem por a. Basi-camente, as siglas MIG e MAG indicam processos de soldagem por fuso que utilizam o calor de um arco eltrico formado entre um eletrodo metlico consumvel e a poa. Neles, o arco e a poa

  • 194

    de fuso so protegidos contra a contaminao pela atmosfera por um gs ou uma mistura de gases. Antes que voc pare de ler a lio porque acha que isso j foi estudado, vamos garantir que esse processo tem no mnimo duas diferenas com relao ao processo por eletrodo revestido que tambm usa o princpio do arco eltrico para a realizao da sol-dagem. Vamos a elas.

    A primeira diferena que o processo MIG/MAG usam eletrodos no-revestidos, isto , nuzinhos da silva, para a realizao da soldagem. A segunda que a alimentao do eletrodo feita mecanica-mente. Essa semi-automatizao faz com que o soldador seja responsvel pelo incio, pela interrupo da soldagem e por mo-ver a tocha ao longo da junta. A manuteno do arco assegura-da pela alimentao mecanizada e contnua do eletrodo. Isso garante ao processo sua principal vantagem em relao a outros processo de soldagem manual: a alta produtividade. As siglas MIG e MAG, usadas no Brasil, vm do ingls metal inert gas e metal active gas. Essas siglas se referem respecti-vamente aos gases de proteo usados no processo: gases iner-tes ou mistura de gases inertes, e gs ativo ou mistura de gs ativo com inerte. Ajudam tambm a identificar a diferena funda-mental entre um e outro: a soldagem MAG usada principalmen-te na soldagem de materiais ferrosos, enquanto a soldagem MIG usada na soldagem de materiais no-ferrosos, como o alum-nio, o cobre, o nquel, o magnsio e suas respectivas ligas.

  • 195

    A soldagem MIG/MAG usada na fabricao de componentes e estruturas, na fabricao de equipamentos de mdio e grande porte como pontes rolantes, vigas, escavadeiras, tratores; na in-dstria automobilstica, na manuteno de equipamentos e peas metlicas, na recuperao de peas desgastadas e no revesti-mento de superfcies metlicas com materiais especiais. As amplas aplicaes desses processos so devidas : alta taxa de deposio, o que leva a alta produtividade no tra-

    balho do soldador; versatilidade em relao ao tipo de materiais, espessuras e

    posies de soldagem em que podem ser aplicados; ausncia de operaes de remoo de escria por causa da

    no utilizao de fluxos de soldagem; exigncia de menor habilidade do soldador. Apesar da maior sensibilidade variao dos parmetros eltri-cos de operao do arco de soldagem, que influenciam direta-mente na qualidade do cordo de solda, a soldagem MIG/MAG, por sua alta produtividade, a que apresentou maior crescimento de utilizao nos ltimos anos no mundo. Pare! Estude! Responda! Exerccios 1. Assinale com um X a alternativa que completa corretamente

    as questes abaixo. a) Alcanar nveis elevados de produtividade sem perder a

    qualidade uma das metas da indstria; isso ser poss-vel com auxlio da:

    1. ( ) habilidade do profissional na empresa. 2. ( ) preponderncia da operao manual do equipa-

    mento. 3. ( ) automatizao que controla o processo. 4. ( ) controle automatizado da mo-de-obra e da mat-

    ria-prima.

  • 196

    b) A operao manual do equipamento torna os processos de soldagem estudados:

    1. ( ) lentos, com baixos ndices de produtividade e, conseqentemente, difceis de operar.

    2. ( ) obsoletos, caros, com baixo ndice de produtivi-dade.

    3. ( ) lentos, com baixo ndice de produtividade e, con-seqentemente, caros.

    4. ( ) ultrapassados, caros e difceis de operar. c) As siglas MIG e MAG indicam processos de soldagem por

    fuso que utilizam o calor de um arco eltrico formado en-tre:

    1. ( ) um eletrodo metlico consumvel e a pea. 2. ( ) um eletrodo revestido e o elemento de liga. 3. ( ) um eletrodo revestido e o metal de base. 4. ( ) o metal fundido e o metal solidificado. 2. Responda s seguintes questes. a) Descreva com suas palavras as diferenas entre as sol-

    dagens MIG/MAG com relao ao processo com eletrodo revestido que tambm usa o princpio do arco eltrico para soldagem.

    b) A que se referem respectivamente as siglas MIG e MAG

    usadas no Brasil? 3. Complete as sentenas abaixo: a) O processo MAG usado principalmente na soldagem de

    materiais ......................, enquanto o processo MIG usa-do principalmente na soldagem de materiais ......................

    b) A soldagem MIG/MAG usada na fabricao de compo-

    nentes e estruturas, ......................, ...................... e ......................

  • 197

    4. Assinale (F) ou (V) conforme sejam falsas ou verdadeiras as afirmativas abaixo:

    a) As diversas aplicaes do processo MIG/MAG se devem a: 1. ( ) exigncia de menor habilidade do soldador. 2. ( ) versatilidade em relao ao tipo de materiais, es-

    pessuras e posies de soldagem em que podem ser aplicados.

    3. ( ) alto consumo de material de adio e baixa taxa de deposio.

    4. ( ) ausncia de operao de remoo de escria pela no utilizao de fluxo de soldagem.

    5. ( ) alta qualidade do cordo de solda e alta produti-vidade.

    Equipamentos para soldagem MIG/MAG O equipamento usado no processo de soldagem com proteo a gs pode ser: semi-automtico, no qual a alimentao do eletrodo feita au-

    tomaticamente pela mquina e as demais operaes so reali-zadas pelo soldador

    ou automtico, no qual aps a regulagem feita pelo soldador, este no interfere mais no processo.

    Para empregar o processo MIG/MAG, necessrio ter os seguin-tes equipamentos: 1. Uma fonte de energia; 2. Um sistema de alimentao do eletrodo; 3. Uma tocha/pistola de soldagem; 4. Um suprimento de gs de proteo com

    regulador de presso e fluxmetro; 5. Um sistema de refrigerao de gua,

    quando necessrio. As fontes de energia para a soldagem MIG/MAG so do tipo transformador-retificador de corrente contnua.

  • 198

    Para que o processo de soldagem com eletrodo consumvel seja estvel, preciso que o comprimento do arco permanea cons-tante. Para isso, a velocidade de consumo do eletrodo deve ser, teoricamente e em mdia, igual a sua velocidade de alimentao. Esse trabalho feito pelas fontes de energia de duas formas: a) pelo controle da velocidade de alimentao do eletrodo de

    modo que a iguale velocidade de fuso, ou b) pela manuteno da velocidade de alimentao constante,

    permitindo variaes nos parmetros de soldagem. Normalmente, o sistema alimentador do eletrodo combina as funes de acionar o eletrodo e controlar elementos como vazo de gs e gua, e a energia eltrica fornecida ao eletrodo. Ele acionado por um motor de corrente contnua independente da fonte. A velocidade de alimentao do arame (eletrodo), que vem enrolado em bobinas, est diretamente relacionada intensidade da corrente de soldagem fornecida pela mquina de solda, con-forme as caractersticas da fonte e do processo. Para ser movimentado, o eletrodo passado por um conjunto de roletes de alimentao, que pode estar prximo ou afastado da tocha de soldagem.

    A tocha de soldagem conduz simultaneamente o eletrodo, a e-nergia eltrica e o gs de proteo a fim de produzir o arco de soldagem. Suas funes so: guiar o eletrodo de modo que o arco fique alinhado com a junta

    a ser soldada;

  • 199

    fornecer a corrente de soldagem ao eletrodo; envolver o arco e a poa de fuso com o gs de proteo. Ela consiste basicamente de: a) um bico de contato que faz a energizao do arame-eletrodo; b) um bocal que orienta o fluxo do gs; c) um gatilho de acionamento do sistema.

    As tochas de soldagem podem ser refrigeradas por gua ou pelo prprio gs de proteo que conduzem. Isso depende dos valores de corrente usados e do ciclo de trabalho do equipamento. Assim, por exemplo, correntes de trabalho mais elevadas (acima de 220 A) e ciclos de trabalho superiores a 60% recomendam a refrigera-o com gua. A fonte de gs consiste de um cilindro do gs ou mistura de ga-ses de proteo dotado de regulador de presso (manmetro) e/ou vazo (fluxmetro). Todo esse conjunto tem um custo inicial maior do que o equipa-mento necessrio para a execuo da soldagem por eletrodos revestidos. Alm disso, ele tambm exige mais cuidados de ma-nuteno no decorrer de sua vida til. Isso porm compensado pelo alto nvel de produtividade proporcionado pela utilizao da soldagem MIG/MAG. Consumveis e suas especificaes Como em quase todo processo de soldagem ao arco eltrico, alm do equipamento, necessrio o emprego dos consumveis.

  • 200

    Na soldagem MIG/MAG, os consumveis so o eletrodo (tambm chamado de arame) ou metal de adio; o gs de proteo e, em alguns casos, um lquido para a proteo da tocha e das regies adjacentes solda contra a adeso de respingos. Os eletrodos para soldagem MIG/MAG so fabricados com me-tais ou ligas metlicas como ao inoxidvel, ao com alto teor de cromo, ao carbono, aos de baixa liga, alumnio, cobre, nquel , titnio e magnsio. Eles apresentam composio qumica, dure-za, superfcie e dimenses controladas e normalizadas. A norma a da AWS (American Welding Society) e a classificao para ao-carbono feita por meio de um conjunto de letras e algaris-mos: ER XXXY-ZZ. Nesse conjunto, temos: As letras ER so usadas sempre juntas e se referem ao con-

    sumvel aplicvel em processos de soldagem TIG, MIG, MAG e arco submerso.

    Os prximos dois ou trs dgitos referem-se resistncia tra-o mnima do metal depositado em 103 PSI.

    O dgito Y pode ser um S para arame slido, T para arame tu-bular e C para arames indicados para revestimentos duros.

    O Z indica a classe de composio qumica do arame e outras caractersticas.

    Deve-se reforar ainda a importncia dos cuidados necessrios ao armazenamento e manuseio dos eletrodos. Eles devem ser armazenados em um local limpo e seco para evitar a umidade. Para evitar a contaminao pelas partculas presentes no ambien-te, a bobina deve retornar embalagem original quando no esti-ver em uso. O tipo de gs influencia nas caractersticas do arco e na transfe-rncia do metal, na penetrao, na largura e no formato do cor-do de solda, na velocidade mxima da soldagem.

  • 201

    Os gases inertes puros so usados principalmente na soldagem de metais no-ferrosos como o alumnio e o magnsio. Os gases ativos puros ou as misturas de gases ativos com inertes so usa-dos principalmente na soldagem dos metais ferrosos. As misturas de gases ativos com gases inertes em diferentes propores permitem a soldagem com melhor estabilidade de arco nos me-tais ferrosos. Pare! Estude! Responda! Exerccio 5. Responda s seguintes perguntas. a) Alm da fonte de energia e do sistema de alimentao do

    eletrodo, que outros itens so necessrios para a realiza-o da soldagem MIG/MAG?

    b) Quais so as principais funes da tocha de soldagem? Descreva-as nas sentenas abaixo:

    1. guiar o eletrodo de modo que o arco fique ....................... com a ....................... a ser soldada.

    2. fornecer a corrente de ....................... ao .......................

    3. envolver o ....................... e a ....................... de fuso com o gs de proteo.

    c) Quais so os tipos de consumveis utilizados na soldagem MIG/MAG?

    d) Os eletrodos para soldagem MIG/MAG so fabricados com metais ou ligas metlicas. Cite ao menos quatro tipos desses metais.

    e) O que indicam as letras abaixo que normalizam e classifi-cam os tipos de eletrodos?

    As letras ER, juntas, se referem a f) Qual a importncia dos gases na soldagem MIG/MAG? Transferncia de metal Na soldagem MIG/MAG, o metal fundido na ponta do eletrodo tem que se transferir para a poa de fuso. O modo como essa trans-

  • 202

    ferncia acontece muito importante. Ele influenciado princi-palmente pelo valor da corrente de soldagem, pela tenso, pelo dimetro do eletrodo, e pelo tipo de gs de proteo usado. Por outro lado, o modo como essa transferncia ocorre influi, na estabilidade do arco, na aplicabilidade em determinadas posies de soldagem e no nvel de gerao de respingos. Para simplificar, pode-se dizer que a transferncia ocorre basica-mente de trs formas bsicas, a saber: 1. Transferncia por curto-circuito. 2. Transferncia globular. 3. Transferncia por spray, ou pulverizao axial. A transferncia por curto-circuito ocorre com baixos valores de tenso e corrente. O curto-circuito acontece quando a gota de metal que se forma na ponta do eletrodo vai aumentando de di-metro at tocar a poa de fuso. Este modo de transferncia pode ser empregado na soldagem fora de posio, ou seja, em posi-es diferentes da posio plana. usado tambm na soldagem de chapas finas, quando os valores baixos de tenso e corrente so indicados.

    A transferncia globular acontece quando o metal do ele-trodo se transfere para a pea em gotas com dimetro mai-or do que o dimetro do eletrodo. Essas gotas se transfe-rem sem direo, causando o aparecimento de uma quan-tidade elevada de respingos. Essa transferncia, indicada para a soldagem na posio plana.

  • 203

    A transferncia por spray ocorre com correntes de solda-gem altas, o que faz diminuir o dimetro mdio das gotas de metal lquido. Esse tipo de transferncia produz uma alta taxa de deposio, mas limitado posio plana.

    Etapas, tcnicas e parmetros do processo Para soldar peas pelo processo de soldagem MIG/MAG, o sol-dador segue as seguintes etapas: 1. Preparao das superfcies. 2. Abertura do arco. 3. Incio da soldagem pela aproximao da tocha da pea e a-

    cionamento do gatilho para incio do fluxo do gs, alimentao do eletrodo e energizao do circuito de soldagem.

    4. Formao da poa de fuso. 5. Produo do cordo de solda, pelo deslocamento da tocha ao

    longo da junta, com velocidade uniforme. 6. Liberao do gatilho para interrupo da corrente, da alimen-

    tao do eletrodo, do fluxo do gs e extino do arco. O nmero de passes funo da espessura do metal e do tipo da junta. O estabelecimento do procedimento de soldagem deve conside-rar variveis como: tenso, corrente, velocidade, ngulo e deslo-camento da tocha, tipo de vazo do gs, dimetro e comprimento da extenso livre do eletrodo (stick out). Essas variveis afetam a penetrao e a geometria do cordo de solda. Assim, por exemplo, se todas as demais variveis do processo forem mantidas constantes, um aumento na corrente de solda-gem, com conseqente aumento da velocidade de alimentao do eletrodo, causa aumento na penetrao e aumento na taxa de deposio. Sob as mesmas condies, ou seja, variveis mantidas constan-tes, um aumento da tenso produzir um cordo de solda mais largo e mais chato.

  • 204

    A baixa velocidade de soldagem resulta em um cordo de solda muito largo com muito depsito de material. Velocidades mais altas produzem cordes estreitos e com pouca penetrao. A vazo do gs deve ser tal que proporcione boas condies de proteo. Em geral, quanto maior for a corrente de soldagem, maior ser a poa de fuso e, portanto, maior a rea a proteger, e maior a vazo necessria. O comprimento da extenso livre do eletrodo a distncia entre o ltimo ponto de contato eltrico e a ponta do eletrodo ainda no fundida. Ela importante porque, quanto maior for essa distncia, maior ser o aquecimento do eletrodo (por causa da resistncia eltrica do material) e menor a corrente necessria para fundir o arame. O quadro a seguir mostra problemas comuns de soldagem, suas causas e medidas corretivas. Tipos de descon-

    tinuidade Causas Prevenes

    Poros Visveis 1. Velocidade de soldagem mui-to alta.

    2. Distncia excessiva entre bocal e pea.

    3. Tenso (voltagem) alta. 4. Metal de base sujo de leo,

    tintas, oxidao ou molhado. 5. Corrente de ar. 6. Fluxo de gs incorreto. 7. Arames e guias sujos. 8. Respingos de solda no bocal. 9. Vazamento nas mangueiras e

    na tocha. 10. Preparao inadequada de

    junta. 11. Preparao inadequada de

    junta. 12. Metal de base impuro ou

    defeituoso. 13. Tocha muito inclinada.

    1. Diminuir a velocidade de soldagem. 2. Manter a distncia correta entre o bocal e a

    pea. 3. Reduzir a tenso (voltagem) caso ela esteja

    alta. 4. Limpar o metal de base por meios apropriados,

    antes da soldagem. 5. Proteger as peas de corrente de ar, para no

    prejudicar a proteo gasosa. 6. Regular a vazo de gs: se a vazo de gs

    estiver baixa, aumente para proteger a poa de fuso; se a vazo estiver alta, melhor re-duzir para evitar turbulncia. (8 a 101/min - ar-co curto e 12 a 201/m - arco longo).

    7. Limpar a guia com ar comprimido; usar sempre arames isentos de graxa, resduos ou umida-de.

    8. Limpar os respingos de solda do bocal, que podem alterar o fluxo de gs, provocando tur-bilhonamento e aspirao de ar.

    9. Verificar sempre as mangueiras, conexes, juntas e pistola para evitar aspirao de ar pe-lo furo.

    10. Dimensionar a rede adequadamente. 11. Obter uma abertura constante e dentro dos

    limites da posio de trabalho. 12. Rejeitar o metal de base. 13. Posicionar a tocha corretamente.

  • 205

    Continuao: Falta de Penetra-o ou de Fuso na Raiz.

    1. Abertura muito pequena ou mesmo inexistente, ou abertu-ra irregular.

    2. ngulo do chanfro muito pequeno.

    3. Presena de nariz ou nariz muito grande.

    4. Falha no manuseio da tocha. 5. Falta de calor na junta. 6. Passe de raiz com convexida-

    de excessiva.

    1. Ser caprichoso na preparao da junta a sol-dar e realizar a montagem, respeitando sem-pre a fresta mnima em funo do chanfro e da posio de soldagem.

    1. Procurar tornar a fresta a mais constante pos-svel, atravs de um potenciamento adequado.

    2. Utilizar ngulo entre 40 e 60o. 3. Verificar se realmente necessria a existn-

    cia de nariz. 3. Procurar tornar o nariz o mais constante

    possvel e sempre menor do que o mximo permitido para o tipo de chanfro e posio de soldagem definidos.

    4. Quando for necessrio, parar a soldagem antes do trmino do cordo de raiz e realizar as retomadas / reacendimentos de forma cor-reta.

    5. Aumentar o par tenso X velocidade do arame (amperagem).

    5. Reduzir a velocidade de soldagem pois ela pode estar muito alta, porm prefervel man-ter o arco na frente da poa de fuso.

    5. Preaquecer a pea de trabalho. 5. Soldar em posio vertical ascendente. 6. Esmerilhar o passe de raiz, obtendo certa

    concavidade em sua superfcie antes de exe-cutar o novo cordo.

    Superfcie Irregu-lar

    1. Velocidade inadequada do arame (amperagem).

    2. Manuseio incorreto da tocha.

    1. Ajustar a velocidade do arame. 2. Aprimorar o manuseio da tocha para que o

    tecimento seja cadenciado e constante.

    Desalinhamento 1. Pr-montagem mal executa-da.

    2. Ponteamento deficiente.

    1. Ser caprichoso na preparao da junta a sol-dar.

    2. Realizar um ponteamento, com soldas de fixao resistentes e dimensionadas de acordo com as partes a unir.

    Respingos 1. Tenso muito elevada. 2. Vazo de gs excessiva 3. Sujeira no metal de base. 4. Avano do arame alto ou

    baixo em relao tenso do arco.

    5. Distncia excessiva entre o bocal e a pea.

    6. Altura excessiva do arco. 7. Controle inadequado da

    indutncia. 8. Posio inadequada da tocha. 9. Mau contato entre cabos e

    peas. 10. Bico de contato danificado. 11. Bocal com respingos.

    1. Reduzir a tenso. 2. Regular a vazo do gs. 3. Limpar o metal de base, eliminando tintas,

    xidos, graxas e outras impurezas que provo-cam isolamento entre o arame e o metal de base.

    4. Regular o avano do arame. 4. Controlar a condio ideal pelo tama-

    nho/volume da gota na ponta do arame, que deve ter aproximadamente o mesmo dimetro do arame.

    5. Manter a distncia correta entre o bocal e a pea.

    6. Reduzir a altura do arco. 7. Controlar a indutncia adequadamente. 8. Usar a tcnica de arco quente (arame sobre a

    poa de fuso) para melhorar a estabilidade do arco e reduzir os respingos. No inclinar muito a tocha e procurar manter, onde for possvel, o arco perpendicular linha da solda.

    9. Limpar as superfcies de contato a fim de evi-tar instabilidade no arco.

    10. Trocar o bico de contato. 11. Limpar ou trocar o bocal com respingo.

    Como voc pde perceber a soldagem MIG/MAG um processo bastante verstil em termos de aplicabilidade s mais variadas

  • 206

    ligas metlicas e espessuras de material, podendo ser usada em todas as posies. Alm disso, por ser semi-automtica, ele apre-senta uma produtividade muito elevada. Isso a torna uma alterna-tiva bastante vivel quando comparada soldagem com outros processos. Por todos esses motivos, preparamos esta aula para voc. No se esquea de que ainda h muito o que aprender. Se o assunto pareceu interessante, procure ler mais sobre ele. Voc s tem a ganhar, porque o profissional que sabe mais tem o futuro nas mos. Pare! Estude! Responda! Exerccios Assinale com um X a alternativa correta nas questes abaixo: 6. Considerando que o modo de transferncia do metal fundido

    para a poa de fuso na soldagem MIG/MAG, responda: a) A transferncia por curto circuito ocorre: 1. ( ) com altos valores de tenso e corrente. 2. ( ) com baixos valores da tenso e corrente. 3. ( ) com correntes elevadas ou estveis. 4. ( ) com tenses e correntes estveis. b) A transferncia globular acontece quando: 1. ( ) o metal do eletrodo se transfere para a pea em

    gotas maior que o dimetro do eletrodo. 2. ( ) o metal do eletrodo se transfere para a pea em

    gotas menor que o dimetro do eletrodo. 3. ( ) o metal do eletrodo se transfere direcionando, com

    pequena qualidade de respingos. 4. ( ) o metal do eletrodo se transfere sem direo, cau-

    sando o aparecimento de bolhas.

  • 207

    c) A transferncia por spray ocorre com: 1. ( ) corrente e tenses altas produzindo baixa taxa de

    deposio. 2. ( ) correntes de soldagem baixas produzindo altas

    taxas de deposio. 3. ( ) correntes de soldagem altas, produzindo alta taxa

    de deposio. 4. ( ) correntes de soldagem altas, produzindo baixas

    taxas de deposio. 7. Ordene seqencialmente as etapas para o desenvolvimento

    da soldagem pelo processo MIG/MAG. a) ( ) Formao da poa de fuso. b) ( ) Abertura do arco. c) ( ) Liberao do gatilho para interrupo da corrente da

    alimentao do eletrodo, do fluxo do gs e extino do arco.

    d) ( ) Produo do cordo de solda, pelo deslocamento da tocha ao longo da junta, com velocidade uniforme.

    e) ( ) Incio da soldagem pela aproximao da tocha da pea e acionamento do gatilho para incio do fluxo do gs.

    f) ( ) Preparao das superfcies. 8. Responda s seguintes perguntas: a) Qual a influncia da baixa velocidade de soldagem no

    formato do cordo? b) O que determina a quantidade de passes em uma junta? c) Cite algumas variveis estabelecidas durante o procedi-

    mento de soldagem que afetam a penetrao e a geome-tria do cordo de solda.

    d) Por que importante considerar o comprimento da exten-so livre do eletrodo que a distncia entre o ltimo ponto de contato eltrico e a ponta do eletrodo ainda no fundi-da?

  • 208

    Gabarito 1. a) (3) b) (3) c) (1) 2. a) A soldagem MIG/MAG usa eletrodos no-revestidos; e a

    alimentao do eletrodo feita mecanicamente. b) MIG: gases inertes, ou mistura de gases inertes; MAG:

    gases ativos ou mistura de gases ativos com inertes. 3. a) Ferrosos, no-ferrosos b) Na manuteno, recuperao de peas e revestimento de

    superfcies. 4. a) 1) (V) 2) (V) 3) (F) 4) (V) 5) (V) 5. a) Tocha/pistola de soldagem, suprimento de gs de prote-

    o com regulador de presso e fluxmetro e um sistema de refrigerao de gua.

    b) 1. alinhado, junta 2. soldagem, eletrodo 3. arco, poa c) Eletrodo ou metal de adio; gs de proteo. d) - ao inoxidvel. - ao-carbono. - aos de baixa liga. - alumnio, cobre, nquel etc. e) Eletrodos enrolados em bobinas, aplicados em processos

    de soldagem TIG/MIG MAG e arco submerso. f) Permitir a proteo da poa de fuso da contaminao

    atmosfrica e melhorar a estabilidade de arco. 6. a) (2) b) (1) c) (3) 7. a) (6) b) (5) c) (2) d) (1) e) (4) f) (3)

  • 209

    8. a) Resulta em cordo muito largo, com muito depsito de

    material. b) Espessura e tipo de junta. c) Tenso, correntes, ngulo de deslocamento da tocha. d) Quanto maior a distncia, maior ser o aquecimento do

    eletrodo e menor a corrente necessria para fundir o ara-me.

    MIG/MAGMais siglas: MIG/MAGAs amplas aplicaes desses processos so devidas :ExercciosEquipamentos para soldagem MIG/MAG fontes de energiasistema alimentador do eletrodotocha de soldagemfonte de gsConsumveis e suas especificaeseletrodosNorma AWS (American Welding Society)ExerccioTransferncia de metalcurto-circuitoglobularpor sprayEtapas, tcnicas e parmetros do processoProblemas comuns de soldagemExerccios Gabarito