16 de Março 2010 - sbn.pt · trabalhadores de seguros. Medida discriminatória Por isso, penalizar...

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Apublicação do primeiro número da Revista FEBASE,órgão de comunicação da Federação do Sector Finan-ceiro, filiada na UGT, constitui um importante passo no

desenvolvimento desta nova forma de associativismo sindi-cal no sector da Banca e Seguros.

A existência de uma voz unificadora e divulgadora dasposições dos Sindicatos que integram a FEBASE é fundamentalpara a consolidação de um espírito de unidade entre organi-zações que representam a grande maioria de trabalhadoresde uma área que cada vez mais desenvolve os seus negóciosde forma articulada. Os bancários vendem seguros, e osprofissionais dos seguros articulam os seus clientes com oBanco a que está associada a companhia.

Os patrões são, na generalidade, os mesmos, e os proble-mas de quem tem como única fonte de rendimento o seusalário são iguais na Banca e nos Seguros. É por isso quePortugal é um caso praticamente único na Europa, com ostrabalhadores da Banca e dos Seguros filiados em organiza-ções sindicais distintas.

A FEBASE é a resposta dos Sindicatos dos Bancários doCentro, do Norte e do Sul e Ilhas, e do Sindicato dos Traba-lhadores da Actividade Seguradora e do Sindicato dosProfissionais de Seguros aos desafios que temos pela frente– e a Revista FEBASE o elo de ligação com todos os sócios dosSindicatos.

O projecto da Revista FEBASE é ambicioso

Com uma tiragem de 78.500 exemplares, é seguramenteuma das publicações de maior expansão em Portugal.

Procuraremos, para além das páginas dedicadas a cada umdos Sindicatos e que espelharão as actividades específicas decada um, desenvolver uma área de temas comuns ao sectorfinanceiro.

Daí a opção de escolher para tema do dossier desteprimeiro número uma radiografia do mundo em que traba-lhamos.

O projecto da Revista FEBASE é responsável

Será um projecto responsável, porque independentementede ser um dos veículos das posições da FEBASE – que é uma

TEXTO: DELMIRO CARREIRA

l EDITORIAL

organização que defende um sindicalismo de proposição –,não será uma revista de propagação de opções políticas esindicais de terra queimada, até por isso não se coadunar comos princípios do sindicalismo democrático que perfilhamos eque estão consubstanciados na UGT.

O projecto da Revista FEBASE é exigente

É um projecto exigente na medida em que os que neleparticipam têm de ter cada vez mais uma visão do sectorfinanceiro no seu conjunto e cada vez menos uma perspectivaparoquial, muito centrada no seu Sindicato.

Será, ao mesmo tempo, uma resposta aos mais descrentesnas possibilidades de se trabalhar em conjunto. À medida queo trabalho em equipa se for desenvolvendo maior será aconfiança de todos em cada um e nas virtualidades de umprojecto que para além da sua expressão sindical não deixaráde provocar economias que serão canalizadas para outrasactividades.

Exigimos respeito

Este primeiro número sai num momento em que osprocessos de revisão salarial para 2010 estão bloqueadosface à intransigência do Grupo Negociador da Banca e daAssociação Portuguesa de Seguradores em atender asmais do que legítimas reivindicações salariais que ossindicatos da UGT têm em cima da mesa.

Quer a Banca quer as Companhias de Seguros tiveramresultados no exercício de 2009 que lhes permitem, semquaisquer riscos, actualizar as tabelas com um mínimo derespeito pelos trabalhadores que deram o seu contributo– e quantas vezes a cara – pelo funcionamento e credibi-lidade das Instituições onde trabalham.

A dinâmica social nem sempre é tida em consideraçãopelos que têm a responsabilidade de gerir o País e asempresas. Os modelos macro e micro económicos igno-ram-na, mas ela existe! São conhecidas muitas situaçõesem que as panelas de pressão rebentaram com conse-quências graves.

A natureza, como agora se viu com os grandes sismos, temas suas válvulas de escape; as sociedades também!

Um projecto ambicioso,responsável e exigente

A FEBASE é a resposta dos Sindicatosdos Bancários do Centro, do Norte e do

Sul e Ilhas, e do Sindicato dosTrabalhadores da Actividade

Seguradora e do Sindicato dosProfissionais de Seguros aos desafios

que temos pela frente – e a RevistaFEBASE o elo de ligação com todos os

sócios dos Sindicatos

A dinâmicasocial nemsempre é tidaemconsideraçãopelos quetêm aresponsabilidadede geriro País e asempresas.Os modelosmacroe microeconómicosignoram-na,mas elaexiste! Sãoconhecidasmuitassituaçõesem queas panelasde pressãorebentaramcomconsequênciasgraves

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Propriedade:Federação do Sector FinanceiroNIF 508618029

Correio electrónico:[email protected]

Director:Delmiro Carreira – SBSI

Directores Adjuntos:Carlos Marques – STASCarlos Silva – SBCPereira Gomes – SBNViriato Baptista – SBSI

Conselho editorial:Cristina Damião – SBSIFirmino Marques – SBNLuís Ardérius – SBCPatrícia Caixinha – STAS

Editor:Rui Santos

Redacção e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 113Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 80.000 exemplaresPeriodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

Estatuto Editorial1 – A Revista FEBASE é um projectode informação e dinamizaçãoda Federação do Sector Financeiro,integrada pelos Sindicatosdos Bancários do Centro, do Nortee do Sul e Ilhas, e pelo Sindicatodos Trabalhadores da ActividadeSeguradora e Sindicato dosProfissionais de Segurosde Portugal, todos filiadosna UGT-União Geralde Trabalhadores, assumindo-secomo canal de diálogo comos associados dos sindicatosque a integram e público em geral.

2 – A Revista FEBASE disponibilizainformação sobre as propostas,posições e actividadesdos Sindicatos que integrama Federação e promove a partilhado conhecimento de propostas,análises e iniciativas de outrasentidades com relevante interessepara o sector financeiro.

3 – A linha de conteúdo da RevistaFEBASE segue as grandes linhasde actuação da FEBASE, constantedos Estatutos e Plano de Actividades.

4 – A par da afirmaçãodas propostas e posições da FEBASEa Revista acolhe sugestões, críticase comentários de outras entidades,desde que respeitem o presenteestatuto e respeitem o bom nomedos cidadãos e Instituições,nomeadamente dos Sindicatosque integram a FEBASE e a UGT,bem como dos respectivosassociados.

5 – No domínio da informaçãoa Revista FEBASE orienta-se pelasdisposições contidas na DeclaraçãoUniversal dos Direitos do Homem,na Constituição da RepúblicaPortuguesa, no Estatuto doJornalista, na Lei de Imprensae demais legislação aplicável, bemcomo no Código Deontológicodos Jornalistas, apenascondicionadas pela naturezae âmbito do seu projecto.

6 – A Revista FEBASE afirma a suaindependência relativamentea todos os poderes, inclusiveem relação às entidades que nelainserem publicidade ou apoiamqualquer iniciativa da FEBASE.

CONTRATAÇÃO l Banca 4Febase faz derradeiro esforço para manter paz social

CONTRATAÇÃO l Seguros 5APS propõe inaceitável congelamento salarial

SINDICAL l Actualidade 6Febase entrega cartaà Administração do Santander

UGT l Notícias 7UGT celebrou centenáriodo Dia Internacional da Mulher

Questões l JURÍDICAS 8Em jeito de apresentação

DOSSIER l Sector financeiro radiografado 10Cada vez mais jovem e feminino

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l Bancários Norte

l STAS ActividadeSeguradora

l Bancários Sul e Ilhas

l Bancários Centro

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A maior dificuldade negocial pren-de-se, actualmente, com a posi-ção anti-negocial da APS, uma

vez que esta Associação patronal pro-cura impor aos Sindicatos a lei do maisforte, quer adiando sine die para refle-xão a sua pretensa revisão cirúrgica doCCT de Seguros, quer propondo um au-mento zero para actualização da tabelasalarial para 2010.

Aumento zero

Seguindo a sua “linha dura” de actua-ção negocial, a APS respondeu à pro-posta inicial dos Sindicatos de 3% deaumento na tabela salarial para 2010 –justificada na Fundamentação Econó-mica então entregue – contrapondo ocongelamento salarial este ano. Ou seja,para a APS os trabalhadores de segurosvalem zero.

Como seria de esperar, verificou-seuma enérgica reacção dos Sindicatos,especialmente num ano em que se es-pera a continuidade da excelente per-formance da actividade seguradora. Oresultado global negativo de 16,78milhões de euros do exercício de 2008foi já superado em 2009 e, segundo osdados provisórios avançados pela enti-dade supervisora da actividade segura-dora, o Instituto de Seguros de Portugal(ISP), os lucros irão situar-se entre os230 e os 260 milhões de euros.

Seguros l CONTRATAÇÃO

Revisão da tabela para 2010

APS propõe inaceitável congelamento salarialÀ reivindicação sindical de

3% de aumento, aAssociação Portuguesa de

Seguradores (APS) respondeucom uma proposta de

congelamento salarial – ouseja, zero. O Pelouro da

Contratação Colectiva doSector de Seguros da Febase

respondeu energicamente,recusando que os

trabalhadores sejampenalizados num ano em que

se espera a continuidade daexcelente performance

atingida em 2009

Justificação “falaciosa”

Afirma a APS que, não obstante ainflação negativa em 2009, através daqual procura encontrar mais um argu-mento para justificar a sua falaciosa“dinâmica do contrato”, os trabalhado-res de seguros ganham “todos” muitoacima dos mínimos das tabelas quetêm vindo a ser negociadas, mormentea partir de 2000.

Só que a crua realidade dos númerosdesmente infelizmente tal abordagem,conforme os dados estatísticos do ISPsobre a massa salarial III, onde cerca de700 trabalhadores são beneficiários desensivelmente 48% do valor destamassa salarial que, anual e magnani-mamente, algumas seguradoras distri-buem.

Para além de que, se esmiuçarmostodas as variáveis que são aplicadas –percentagem/níveis salariais/promo-ções/reclassificações/suplementoscontratuais/ versus inflação e ganhosde produtividade do factor trabalho –verificamos que, neste período (2000-2009), os pretensos ganhos reais glo-bais dos trabalhadores de seguros ale-gados pela APS na sua FundamentaçãoEconómica afinal são zero ou abaixo dezero, o que pode ser considerado comoperda efectiva do poder de compra dostrabalhadores de seguros.

Medida discriminatória

Por isso, penalizar mais os trabalha-dores com este “congelamento” dos seussalários em 2010 é, no mínimo, umamedida discriminatória incompreensí-vel. Atente-se que os bancários – quejuntamente com os seguros compõem osector financeiro – receberam das suasentidades patronais uma proposta inicialde actualização salarial de 0,5%.

Haja um mínimo de moralidade jáque, no limite, os detentores do capitalaccionista dos Bancos são praticamen-te os mesmos do das Seguradoras.

Os Sindicatos esperam ainda que aAPS reconsidere esta sua posição anti-negocial, para aferir as suas reais in-tenções sobre esta matéria: pretendemanter a sua proposta de “congela-mento” dos salários ou não?

Como sempre, e responsavelmente,compete aos Sindicatos fazerem a me-

lhor negociação possível numa conjun-tura muito adversa. Os trabalhadoresde Seguros não podem nem devem serpenalizados nos seus salários em 2010apenas por “birra” conjunta dos repre-sentantes das entidades patronais naAPS, por terem tido, algumas delas, umano (2008) de maus resultados finan-ceiros, que nem sequer fizeram perigara robustez e a solidez financeira dosector.

Todavia, estes resultados financeirosforam já largamente recuperados em2009, não obstante a quebra de produ-ção na ordem dos 5%. Contudo, em2008 esta tinha crescido 11,3%, quandoo Ramo Vida teve um crescimento de17,4%. Recorde-se que o Ramo Vidarepresenta cerca de 72% e o Ramo NãoVida cerca de 28%.

Além disso, o sector segurador é oprimeiro investidor institucional emPortugal, com uma quota de mercadode cerca de 30% e uma participação noPIB de 9,02% em 2008.

No contexto da Actividade Seguradora enoutras actividades afins e conexas, exis-tem três Convenções Colectivas de Traba-lho (CCT) e um Acordo de Empresa (AE) naárea da saúde.

A convenção colectiva que abrange omaior número de trabalhadores – cerca de11.100 – é o CCT da Actividade Seguradora,firmado entre os três sindicatos (STAS,SISEP e SINAPSA) e a Associação Portugue-sa de Seguradores (APS).

As outras duas convenções colectivasencontram-se firmadas entre o STAS, SISEPe a Associação Portuguesa dos ProdutoresProfissionais de Seguros (APROSE); e arestante entre o STAS e a Associação Nacio-nal dos Agentes e Corretores de Seguros(ANACS), abrangendo sensivelmente 1.100trabalhadores.

O Acordo de Empresa está firmado entre oSTAS e o Hospital da Cuf-Infante Santo (HCIS)e abrange cerca de 550 trabalhadores.

Contrataçãona actividade seguradora

TEXTO: LUÍS DIAS

Ostrabalhadoresde Segurosnão podemnem devemser penalizadosnos seus saláriosem 2010apenas por“birra” conjuntadosrepresentantesdas entidadespatronaisna APSAreunião proposta pela Febase foi

já aceite pelo Grupo Negociadordas IC e realiza-se esta tarde, dia 16.

Este encontro representa um derra-deiro esforço da Febase para que seatinja um consenso quanto à revisãosalarial para 2010. Se as IC mantiverema posição intransigente demonstradaaté agora, recusando uma aproximaçãoaos valores propostas pela parte sindi-cal – 1,5% de aumento para encerrar oprocesso negocial –, a Febase ponderaenveredar por acções de luta.

Numa tentativa para se chegar aacordo na revisão salarial, a

Federação do Sector Financeiro propôsao Grupo Negociador das Instituiçõesde Crédito (IC) subscritoras do ACT dosector bancário uma nova reunião de

negociações

Febase faz derradeiro esforçopara manter paz social

Revisão salarial do ACT

INÊS F. NETO

A Federação sindical declara-se dis-ponível para alterar a sua proposta, sobcondição de o Grupo Negociador semanifestar disponível para negociar umacordo aceitável, tentando assim, comesta atitude de boa-fé negocial, evitariniciativas de protesto que criarão ins-tabilidade no sector.

A deliberação da Febase foi tomadapelo seu Secretariado na reunião de dia10, realizada na sequência da suspen-são de negociações para a revisão databela salarial, depois de na sessão dedia 2 as partes não terem mais uma vezchegado a acordo sobre o valor percen-tual do aumento.

Recorde-se que nessa reunião o Gru-po Negociador das Instituições de Cré-dito subscritoras do ACT do sector ban-cário apresentou como proposta finalpara fecho de negociações um aumentode 0,7% na tabela salarial e cláusulasde expressão pecuniária. Este valor re-presenta um acréscimo de duas déci-

Sete décadas de contrataçãoA negociação colectiva no sector bancário é um processo longo de mais de

sete décadas. A primeira convenção colectiva de trabalho do sector bancáriofoi subscrita em 1938, entre o Grémio Nacional dos Bancos e Casas Bancáriase os Sindicatos Nacionais dos Empregados Bancários dos Distritos de Lisboa,Porto, Coimbra, Braga e Viseu.

Desde então, fruto de negociações entre os Sindicatos e o Grémio, inicial-mente, e, mais tarde, o Grupo Negociador Representante das Instituições deCrédito, a primeira convenção colectiva de trabalho sofreu cerca de trêsdezenas de sucessivas revisões, no sentido de adequá-la e adaptá-la àrealidade do sector.

Também de antes do 25 de Abril data a primeira convenção colectiva paraas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, hoje representadas na mesa de negocia-ções pela Fenacam. Esta convenção tem igualmente sofrido revisões ao longodos anos até ser atingida a actual: uma convenção moderna e actualizada faceà realidade. Esta convenção apenas não é subscrita pelas Instituições que nãointegram o Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (Sicam).

Em finais da década de 90 do século passado, por força da evoluçãoverificada no sector e do surgimento dos grandes grupos económicos comcaracterísticas específicas, os Sindicatos, depois de ouvidos os seus órgãosdeliberativos, iniciaram uma nova forma de contratação colectiva, dandoorigem a um conjunto de convenções por empresa ou grupo.

É o caso do ACT do Grupo BCP (2001), do AE da CGD, do ACT das Empresasdo Grupo CGD e do AE da Cotacâmbios (todos de 2003), do AE do Banco dePortugal (2008) e do AE do Banco Banif (2008), este especificamente viradopara as questões da Segurança Social.

mas relativamente à sua proposta ini-cial, e até agora única.

Como contrapartida, e também paraencerramento das negociações, o Gru-po Negociador da Febase propôs 1,5%de aumento, igualando assim o acrés-cimo salarial do ano passado.

CGD solicita ao Governo"regime de excepção"

Por sua vez, na ronda negocial de dia3 com a CGD, o Grupo Negociador daFebase foi informado de que também oBanco do Estado foi alvo do ofício doministro das Finanças, relativo ao con-gelamento de salários nas empresaspúblicas.

A Administração do Banco está nestemomento a analisar o ofício e a prepa-rar argumentação para solicitar a Tei-xeira dos Santos o "regime de excep-ção" para a CGD, ao abrigo do que prevêo próprio documento governamental.

Assim, a Administração da Caixa con-siderou não estar em condições de pros-seguir as negociações com vista à revi-são salarial enquanto não estiver naposse da decisão do ministro das Finan-ças. Logo que tal acontecer, convocaráa Febase para nova reunião.

O Grupo Negociador da Febase sensi-bilizou a Administração para a necessi-dade de defender junto do ministro ummandato negocial que permita à CGD,no mínimo, acompanhar o aumentosalarial que vier a ser negociado para arestante Banca.

Se as IC mantiverem aposição intransigentedemonstrada até agora,recusando umaaproximação aos valorespropostas pela partesindical –1,5% de aumentopara encerrar o processonegocial –, a Febasepondera enveredar poracções de luta

CONTRATAÇÃO l Banca

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“A UGT celebra o centenário do DiaInternacional da Mulher e saúda todas asmulheres que continuam mobilizadas naluta por melhores condições de vida e detrabalho.

Não podemos esquecer que faz hojecem anos que esta data foi declaradacomo o Dia Internacional da Mulher, emhomenagem às operárias têxteis que,em 1857, entraram em greve, por condi-ções de trabalho mais dignas.

Volvidos tantos anos, é inegável que asmulheres continuam a ser penalizadas e,em época de crise, agudizam-se as desi-gualdades. As mulheres continuam a termaiores dificuldades em atingir lugaresde direcção ou de chefia, continuam aauferir salários inferiores aos dos homense são mais expostas às situações de de-semprego, apresentando sistematica-mente taxas de desemprego superiores àsdos homens e acima da média nacional.Apesar de as mulheres serem claramentemaioritárias nas carreiras universitárias,continuam a enfrentar maiores dificulda-des no mercado de trabalho. Também sãoas mulheres que, geralmente, continuama ter a responsabilidade na gestão da vidadoméstica, no cuidado da casa, dos filhose de parentes idosos ou doentes.

Apesar da introdução do conceito deparentalidade no Código do Trabalho, queestende ao pai parte dos direitos que, atéagora, eram apenas concedidos à mãe, averdade é que a realidade é bem maisconservadora que o legislador. Daí queseja especialmente importante, por umlado, o efectivo cumprimento da lei daparentalidade e, por outro lado, a promo-ção da partilha de responsabilidades. Acidadania democrática só será plenaquando a igualdade entre homens emulheres for uma realidade e essa passa,necessariamente, por conciliar no mas-culino.

Por ocasião do centenáriodo Dia Internacional

da Mulher, comemoradono passado dia 8,

a Comissão de Mulheresda UGT emitiu um apelo

a todas as mulherestrabalhadoras, que a seguir

reproduzimos

Notícias l UGT

UGT celebrou centenáriodo Dia Internacional da Mulher

A Comissão de Mulheres da UGT conti-nua empenhada em lutar por uma efec-tiva mudança de mentalidades, capaz depôr fim ao crescimento das desigualda-des, nomeadamente em áreas como: oacesso ao mercado de trabalho; a pro-gressão na carreira; os salários; o de-semprego; a precariedade laboral; aconciliação da vida pessoal, familiar eprofissional; o assédio sexual e moral noslocais de trabalho; e a violência doméstica.

Apelamos a todas as mulheres que sejuntem aos Sindicatos, num reforço dassuas reivindicações junto do poder polí-tico, dos empregadores e das organiza-ções da sociedade civil, para que todos,mulheres e homens, alcancem uma socie-dade mais justa, solidária e igualitária.Juntos, vamos conseguir!”.

Visita a unidades fabris de Coimbra

Celebrando o Dia Internacional da Mu-lher, uma delegação da Comissão deMulheres da UGT, liderada pela sua Pre-sidente, Paula Esteves, e a que se junta-ram representantes do Sindel – SindicatoNacional da Indústria e da Energia – e daUGT-Coimbra, visitaram, nessa data, duasunidades fabris da região de Coimbra: aBosch, em Ovar, e as fábricas da Fucoli-Somepal, em Coselhas e em Pampilhosado Botão.

Durante a tarde, foi realizada uma ac-ção de rua em várias artérias de Coimbra,tendo então sido distribuídos documen-tos informativos sobre os direitos dasmulheres e onde se apelava a que asmulheres não se esqueçam dos seus di-reitos, não se esqueçam de os exercer ese juntem à UGT na luta pela não-discri-minação.

Solidariedade com as vítimasna Madeira

Dois dias depois da tragédia da Madeira,que vitimou mais de 40 pessoas, a UGT,nessa hora de dor e de sofrimento do povodaquela ilha, manifestou a sua inteirasolidariedade com a Região, emitindo umcomunicado em que manifesta o seu sen-tido pesar ao povo da Madeira, em espe-cial às famílias atingidas pelas perdas epelo desaparecimento de familiares.

Nesse comunicado, a UGT considera quea solidariedade de todos é fundamentalpara ajudar o governo regional a promo-ver a reconstrução e o apoio às famíliasatingidas, em especial através de medi-das excepcionais, por parte do governoportuguês e da União Europeia, que pos-sam minimizar os efeitos da catástrofe. Etambém considera que é importante que,além das perdas humanas e materiais,esta catástrofe não provoque a perda depostos de trabalho, pelo que espera que osesforços de reconstrução, que já estão aser feitos e que irão, certamente, reforçar--se no futuro imediato, possam permitirque as empresas entrem rapidamente emlaboração normal.

Em mensagens dirigidas ao Presidentedo governo regional, ao Presidente daRepública e ao Primeiro-Ministro do go-verno, a Central Sindical manifestou todoo seu apoio às medidas excepcionais jádecididas, ou a decidir, que possam mini-mizar os efeitos da catástrofe.

Breves

Delegações da UGT, lideradas por JoãoProença, reuniram com o Presidente daRepública, em 25 de Fevereiro, para abor-dar a actual situação económica e socialdo País, depois de, no dia anterior, teremreunido com os Presidentes dos gruposparlamentares do PS, CDS-PP e PSD, paradiscutir o Orçamento de Estado para 2010.

No passado dia 4, o Secretário-Geral daUGT acompanhou Alexandre Munguam-be, o seu homólogo da Organização dosTrabalhadores de Moçambique (OTM),numa visita ao Centro de Formação deQuadros da Matola, nos arredores dacapital daquele país, e cuja actividadevem sendo apoiada pela UGT.

Na visita, participaram responsáveisde diversas entidades, incluindo repre-sentantes da CGTP.

Os três Sindicatos dos Bancários daFebase (SBSI, SBN e SBC) entrega-ram à Administração do Santander

Totta uma carta solicitando o início denegociações de um acordo global. A en-trega da missiva, endereçada ao presi-dente do conselho de administração lo-cal, Nuno Amado, teve lugar dia 3 deMarço e integrou-se numa vasta campa-

Campanha mundial da UNI

Febase entrega cartaà Administração do Santander TEXTO: INÊS F. NETO

No âmbito da campanha mundialda UNI-Finanças a favor

da celebração de acordos globaisnas multinacionais financeiras,a Febase entregou uma missiva

à Administração do BancoSantander Totta em Portugal

nha mundial da UNI-Finanças, com vistaà celebração de um acordo global nasmultinacionais financeiras.

A campanha, dirigida aos grupos San-tander e HSBC, teve nesta iniciativa asua primeira fase e contou com a par-ticipação dos Sindicatos de mais deduas dezenas de países onde aquelesgrupos operam.

As cartas – que têm como destinatá-rios finais o CEO do HSBC, Stephen Gre-en, e o presidente do Santander, EmilioBotin – foram entregues em mão pelosrepresentantes sindicais aos adminis-tradores locais em cada país. A mensa-gem é clara: todos os trabalhadorestêm direito a aderir a um sindicato e aserem tratados com justiça e respeito.

O segundo passo desta campanhaterá lugar hoje, dia 16, em São Paulo,Brasil. Trata-se do lançamento formalda aliança entre todos os sindicatosnacionais que representam trabalha-dores do grupo Santander e do HSBC emqualquer ponto do Planeta.

«Provar que são sérios»

A celebração de acordos globais comestas duas multinacionais do sectorfinanceiro é especialmente importan-te, dado não só a sua dimensão humanae amplitude geográfica, mas também arelevância estratégica.

Os Sindicatos dos Bancários da Febase estiverampresentes, como convidados, no XIX Congresso daFederação Autónoma de Bancários Italianos (Fabi),

a maior organização do sector naquele país, com cerca de90 mil filiados.

Na reunião magna da estrutura italiana, que se realizouem Roma entre 15 e 19 de Fevereiro, as sete centenas dedelegados elegeram o novo Comité Directivo Central,optando por uma linha de continuidade relativamente àestratégia sindical que vinha sendo seguida.

Logo no primeiro dia de trabalhos, a discussão foi domi-nada por um tema que se manteve no centro da reflexão atéao final: a crise no sector financeiro, que também em Itáliatem feito profundos estragos no mercado laboral e fragili-zado a economia nacional e das famílias.

Esse foi, aliás, o tema principal do relatório apresentadopelo secretário-geral da Fabi, Enrico Gavarini – agorareeleito –, bem como da maioria das intervenções, querdos numerosos convidados da Federação (que iam dasáreas empresariais às governamentais), quer dos própriosdelegados ao congresso.

Pelas delegações estrangeiras apenas tomou a palavraOliver Roethig, responsável da UNI pelo sector financeiro,que falou em nome de todos os sindicatos filiados.

Em representação dos Sindicatos da Febase desloca-ram-se a Roma Delmiro Carreira (SBSI), Carlos Silva (SBC)e David Alves e Alberto Vasconcelos (SBN).

«O HSBC e o Santander são líderesglobais no mercado do retalho», re-cordou Olivier Roethig, dirigente daUNI-Finanças. «Juntos, empregam466.000 trabalhadores em todo o Mun-do», frisou, considerando que «devemprovar que são sérios relativamente aosseus compromissos de responsabilidadesocial, assinando um acordo global comos sindicatos nacionais que representamos seus trabalhadores».

Um acordo global entre cada uma dasmultinacionais e a UNI garantirá direitosa todos os trabalhadores, nomeadamen-te o de sindicalização e o reconhecimentodo Sindicato como parceiro negocial. Alémdisso, num acordo global de aplicaçãotransnacional continua a existir margempara adaptação de determinadas normasaos sistemas nacionais, através do diálo-go e da coordenação entre os organismosnacionais e globais.

Para que tal seja possível, a UNI-Finan-ças uniu sindicatos e trabalhadores filia-dos numa única aliança. «Estamos prontospara conversar», adiantou Olivier Roethig.

Mas a campanha da UNI não terminaráquando o objectivo de celebrar um acordoglobal com cada uma destas multinacio-nais estiver alcançado. É que, frisa aorganização sindical, tão importantecomo alcançar um acordo é a sua quali-dade, e isso dependerá de os Sindicatoso apoiarem e monitorizarem.

Bancários italianoselegem novo comité

SINDICAL l Actualidade

Confraternização de ex-funcionáriosdo BPSM-Angola

Os antigos trabalhadores do BPSM de Angola voltam a reunir-se, numalmoço de confraternização, marcado para 15 de Maio.

Devido ao êxito alcançado em anos anteriores, os organizadores renovamo apelo aos antigos colegas para que adiram a esta iniciativa, que terá lugarnum restaurante de Pedrógão Grande, o mesmo que foi utilizado em 2007 e2008.

Todos os colegas irão receber, oportunamente e nas suas residências,informação mais detalhada sobre este evento.

A comissão organizadora é composta por Manuel Sousa Araújo (962 554951), na Zona Norte; e por Vítor Manuel Paulo (919 651 277 – [email protected]),Venceslau Pires Martin (969 020 676 – [email protected]) e RuiManuel Galvão (965 821 713), na Zona Sul.

UGT consideraque asolidariedadede todos éfundamentalpara ajudar o governoregional apromover areconstruçãoe o apoioàs famíliasatingidas

TEXTO: RUI SANTOS

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Em jeito de apresentação

Questões l JURÍDICAS

São temas, conceitos e motes para conversas, parareflexões, para debates. Matérias para estudo, ex-posições e áreas para intervenção sindical.

A todos se encontra ligada de forma directa ou indirec-ta a contribuição e interferência da frente jurídica daorganização dos Sindicatos.

Sobre estes e outros assuntos, os colaboradores advo-gados dos Sindicatos, acompanhando as respectivasDirecções, têm vindo a conversar e a exprimir opiniões,de forma empenhada e atenta ao que se passa aqui e láfora, no mundo do trabalho e no Movimento Sindical, naspáginas de revistas ou de outros órgãos de quatro dosSindicatos que agora integram a Febase. Trata-se de umaárea de trabalho que tem despertado interesse, atenção,curiosidade e por vezes até alguma polémica, mas ondetem sido deixado contributo útil para o esclarecimentoe informação dos leitores.

Vamos continuar a fazê-lo com interesse e empenha-mento, no sentido da melhor qualidade e prestígio doserviço a prestar aos trabalhadores aqui representados,agora no âmbito desta jovem superestrutura, a Febase.

O direito de representação colectiva

A área de representação colectiva, através de umaFederação de Sindicatos, representa economia de esfor-ços e aproveita o saber, energias e dinâmica da unidadee solidariedade de cada uma das partes suas componen-tes, tornando possível por meios mais singelos e commaior economia de esforços, até porventura no planofinanceiro, obter resultados que até hoje só foi possívelatravés do somatório de muitas vontades, convocadasde forma expressa e específica em cada momento.

Um caso prático

Vejamos com um caso prático como resulta útil areflexão colectiva sobre as decisões dos tribunais. Tra-ta-se da situação de um associado do SBSI, trabalhadorde uma Instituição de Crédito Agrícola Mútuo, que foisubmetida recentemente à apreciação do Tribunal doTrabalho e obteve ganho de causa, por via de umAcórdão, já com trânsito em julgado (isto significa queé definitivo, não podendo sobre ele impender outrosrecursos ou decisões) tirado pelo Tribunal da Relação deCoimbra. Tem a ver com a contagem de tempo deserviço, regulada no sector por via dos instrumentos de

regulamentação colectiva, outorgados pelos Sindicatosque hoje integram a Febase mas que, naquele âmbito,têm actuado conjugadamente, desde o texto originalaté aos nossos dias.

Inspirados na matriz do texto original dos instrumen-tos de regulamentação colectiva do sector bancário eremontando à cláusula 16.ª do CCTV, então aí aplicável,os princípios e fundamentos do regime de contagem detempo de serviço vieram a ser recebidos nos instrumen-tos de regulamentação colectiva do sector do créditoagrícola mútuo, dispondo que “para todos os efeitosprevistos neste ACT, a antiguidade do trabalhador édeterminada pela contagem do tempo de serviço pres-tado em Instituições abrangidas por este Acordo”.

No caso, o autor da acção trabalhou na mesma Insti-tuição durante dois períodos, separados por um intervalode tempo de cerca de vinte anos, tendo aquela conside-rado apenas e tão só o segundo período de tempo, paraefeitos de cálculo da sua antiguidade, diuturnidades eprémios. Aquele reclamou na acção, com apoio na trans-crita norma contratual, a contagem de todo o temporesultante do somatório desses dois períodos.

Apreciando a questão, o Tribunal do Trabalho da pri-meira instância julgou improcedente a acção, com fun-damento na tese vertida na contestação da entidadepatronal, designadamente pelo facto de, na época doprimeiro lapso de tempo a considerar, nem sequer existirinstrumento de regulamentação colectiva aplicável nopretendido sentido.

Por via do mencionado recurso para o Tribunal da Relaçãode Coimbra, foi agora acolhida a tese do trabalhadorrecorrente, que viu contado todo o seu tempo de trabalhoprestado na própria Instituição, para todos os efeitos con-tratuais, com as legais consequências, designadamentequanto ao direito às quantias referentes a diferenças nãopagas, a título de diuturnidades e prémios de antiguidade.

Eis, pois, um caso paradigmático que pode sugerir umelenco de soluções negociáveis por via da contrataçãocolectiva com proficiência, eficácia e equilíbrio, e agora apartir da constituição e através da Febase, com meios maiságeis e maior moderação de esforços, apoiados os Sindica-tos na convicção que dela emerge uma pressuposta atitudecolectiva de unidade, de partilha de propósitos e de mobi-lização de esforços comuns, até mesmo em matérias decarácter abrangente para o sector financeiro e seguros.

*Advogado do SBSI

Direito do Trabalho. Códigos do Trabalho e de Processo do Trabalho. Instrumentosde Regulamentação Colectiva de Trabalho. Jurisprudência em geral e específica doforo laboral. Ultrapassar a crise. Trabalho com direitos e Precariedade. Desemprego.Formação Profissional. Valorização do Trabalho. Desenvolvimento. Direitos Sociais.Direitos Sindicais. Direito de Representação Colectiva. Globalização. Parceiros Sociais.Organização Sindical. Práticas anti-sindicais. Baixa tecnologia no trabalho. OIT.Emprego e protecção social.

CARLOS CONSTANTINO*

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Sector financeiro radiografado l DOSSIER

TEXTO: INÊS F. NETO

dossier

10 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de Março 2010

Sector financeiro:cada vez mais jovem e feminino

Mais jovem, mais feminino,com renovação de quadros

e carreiras cada vez maiscurtas. É a radiografia

possível do sector financeiroportuguês na primeira

década do século XXI. Umsector tecnologicamente

avançado e de elevado graude produtividade, habituado

a apresentar resultadosespectaculares satisfazendo

trimestralmente osaccionistas. Porque mesmoem tempos de turbulência

económica, o sectorque esteve no epicentro

do sismo apenas abrandouo ritmo

Banca e Seguros são cada vez maisuma grande área de negócio, afuncionar articuladamente sob

um mesmo guarda-chuva empresarial– e até multinacional –, onde em nãopoucas ocasiões se confundem méto-dos, estratégias, empregadores, accio-nistas… e até trabalhadores.

As mudanças verificadas nos últimosanos, nomeadamente ao nível de fu-sões e concentrações entre empresasdos dois ramos, explicam o actual pa-

norama, que parece ainda longe deuma estabilidade definitiva. Não é poracaso, pois, que frequentemente a ter-minologia institucional seja “sector fi-

de solvência. E em muitos casos oslucros, embora mais moderados, volta-ram a abrilhantar os resultados.

Apesar disso, os relatórios das asso-ciações empresariais estão repletos deadvertências quanto aos efeitos da cri-se global dos mercados financeiros, dadeterioração dos níveis de confiança,da escassez dos recursos financeiros eda recessão económica – e dos seusreflexos nos negócios. Como tambémsão mencionadas questões como a car-ga fiscal ou as alterações nas normasinternacionais de contabilidade.

Quase 70 mil

Quase 70 mil pessoas trabalham dia-riamente no sector financeiro em Portu-gal. Alheios ao delinear das estratégiasempresariais, estes profissionais são aface visível da Banca e dos Seguros,independentemente de laborarem naretaguarda (back office) ou no contactodirecto com os clientes (front office). Aoseu esforço e profissionalismo se deveuma fatia significativa dos lucros, ou

nanceiro”, particularizando apenasquando tal se impõe.

Assim se compreende que a crise queassolou os mercados globais tenha tidoo epicentro precisamente nos grandescolossos financeiros: Bancos e Compa-nhias de Seguros.

Ou seja, num sector alcandorado asuporte das economias mundiais, comum poder difuso e transnacional, diluídonuma miríade accionista, intransigente-mente defendido por uma ideologia neoli-beral que lhe reconhecia (e reconhece)capacidade de auto-regulação suficientepara prescindir de supervisão.

Estupefactas, as sociedades assisti-ram ao desvendar de um mundo denumerosas e complexas operações de-senhadas pelos grandes grupos e insti-tuições, cujos balanços dificilmentedeixavam perceber o que se escondiasob tal sofisticação: fundos especiais,alavancagens, offshores…

Agora vive-se o reverso da medalha.E se é verdade que os balanços já nãotêm o brilho de outrora, não o é menosque em Portugal tanto os grupos finan-

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Banca Seguros Banca+ Seguros

número % número % número

Total trabalhadores (actividade doméstica) 57.330 100 11.475 100 68.805

Funções:

Chefia 14.268 24,9 2.876 25,1 17.144

Específicas 20.579 35,9 3.504 30,5 24.083

Administrativas 21.625 37,7 4.634 40,4 26.259

Auxiliares 858 1,5 461 4 1.319

Sexo:

Homens 31.314 54,6 6.054 52,8 37.368

Mulheres 26.016 45,4 5.421 47,2 31.437

Idades:

Até 44 anos 40.048 69,9 7.292 63,5 47.340

Mais de 44 anos 17.282 30,1 4.183 36,5 21.465

Antiguidade:

Até 15 anos 34.604 60,4 5.155 44,9 39.759

Mais de 15 anos 22.726 39,6 6.320 55,1 29.046

Vínculo contratual:

Efectivos 52.624 91,8 10.636 92,7 63.260

Contratados a prazo 4.706 8,2 839 7,3 5.545

Fontes: APB – dados relativos a Dezembro de 2008; ISP – dados relativos a 31 de Março de 2008

Homens Mulheres Total

Tempo integral 28.039 22.475 50.514

Tempo parcial 14 400 414

Horário diferenciado 3.016 2.855 5.871

Trabalho por turnos 245 286 531

Total 31.314 26.016 57.330

Regimes de horários na Banca

Fonte: APB

ceiros como as empresas isoladas (Ban-cos e Seguros) resistiram muito bem àcrise: sem falências, sem nacionaliza-ções em massa (o BPN foi um casoespecial), insolvências ou sequer de-gradação acentuada dos rácios médios

No que diz respeito à distribuição por regimes de horários, verifica-se que a grandemaioria dos trabalhadores bancários está afecta ao horário integral: 88,1% do total.

Recursos humanosQuase 70 mil trabalhadores

Quase 70 mil pessoas trabalham no sector financeiro, a maioria das quais em funções adminis-trativas. Segundo os últimos dados disponibilizados, o sector bancário domina em matéria derecursos humanos, com 83% dos efectivos. Embora os homens estejam em maioria, quer por sectorquer na globalidade, a paridade de género está mais próxima nos Seguros do que na Banca. Emtermos de estrutura etária, destaque-se a predominância de elementos com idade inferior a 45 anos.Mais de 90% dos trabalhadores da Banca e dos Seguros têm vínculo laboral efectivo.

Tanto na Banca como nos Seguros, constata-se que as carreiras são cada vez mais curtas,diminuindo o número de trabalhadores à medida que aumenta a idade. Consequentemente,a antiguidade nas empresas é cada vez mais curta.

Num país onde a demografia é uma preocupação e a idade de reforma está sujeita ao factorde sustentabilidade, por via do aumento da esperança média de vida, o sector financeiro deveráa breve trecho rever a sua política de recursos humanos no que diz respeito a esta matéria.

Estas profissões já não são para "velhos"

Fonte: ISP

No sector dos Seguros, predominam os contratos de trabalho a tempo inteiro.Sector segurador: maioria a tempo inteiro

Tempo inteiro Tempo parcial Total

Homens 6.030 24 6.054

Mulheres 5.377 44 5. 421

Total 11.407 68 11.475

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dossier

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Sector financeiro radiografado l DOSSIER

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de Março 2010 ––––– 13

Fonte: APB

Banca: mais trabalho por menos dinheiro

2007 2008 variação

Trabalhadores afectos a sucursais no exterior 1.640 1.706 4,0%

Trabalhadores afectos a activ. doméstica: Total 56.199 57.330 2,0%

Afectos a balcões 33.911 37.062 9,3%

Outra actividade 22.288 20.268 -9,1%

N.º balcões 5.941 6.260 5,4%

N.º trabalhadores por balcão 10 9 -1%

Custos com pessoal 3.092 M€ 3.082 M€ -0,3%

Custos gerais administrativos 2.103 M€ 2.179 M€ 3,6%

Um desses estudos, da autoria daequipa de Carlos Pereira da Silva,professor catedrático e director

do Centro de Investigação em Econo-mia Financeira do ISEG, avalia a produ-tividade do trabalho no sector bancárioatravés de várias medidas e chega sem-pre à mesma conclusão: é elevada e oseu aumento constante.

A investigação, que abrangeu os anosde 2000 a 2004, analisou a produtivida-de tendo por base a conta de exploraçãoagregada (de acordo com os dados daAPB) e a actividade corrente, e utilizan-do como medida da unidade de traba-lho o número de empregados, de horastrabalhadas, o custo com pessoal e ossalários e prémios (regulares e irregu-lares).

O estudo comparou ainda a produti-vidade do sector bancário portuguêscom a registada em Espanha e França,tendo por base a eficiência de custos, oproduto bancário, margem de explora-ção e margem financeira. O estudo foirealizado tendo como fontes a Associa-ção Espanhola de Bancos (AEB), a Asso-

Banca e Seguroscom elevada produtividade

A produtividade do trabalhona Banca e nos Seguros é

elevada em Portugal, ecoloca mesmo o País acimada média da União Europeiae da Zona Euro. A conclusão

vem expressa em váriosestudos, que analisaram osdois sectores em separado

ciação Portuguesa de Bancos (APB) e aAssociação Bancária Francesa (ABF).

A produtividade do trabalho no sec-tor bancário português é superior àfrancesa e à espanhola, concluiu. Seja acomparação feita em relação ao produ-to bancário, à margem de exploraçãoou à eficiência de custos, os resultados

«A produtividade do sector bancárioem Portugal está ao nível das maisavançadas da Europa, e, em certas situa-ções, melhor. Relativamente a Espa-nha, por exemplo, a produtividade dotrabalho é muito superior, e mesmocomparativamente a outros sectores émuito elevada. Até porque com uma

não fosse este um dos sectores de maiorprodutividade do País – quer analisadoem conjunto quer separando Banca eactividade Seguradora.

Numa altura em que Banca e Segurosfuncionam cada vez mais em conjunto eos seus trabalhadores desenvolvem umaóptica de vasos comunicantes entre am-bos, a revista “Febase” tentou radiogra-far o sector financeiro, especialmenteno que diz respeito aos recursos huma-

nos, tentando realçar semelhanças ediferenças.

Um objectivo nem sempre totalmen-te atingido, face à diferença de variá-veis em análise e de metodologias es-tatísticas utilizadas pelas Instituiçõesdo sector, a cujos dados se recorreu:Associação Portuguesa de Bancos (APB),Instituto de Seguros de Portugal (ISP) eAssociação Portuguesa de Segurado-res. Os dados da Banca reportam a 31

de Dezembro de 2008, enquanto os dosSeguros respeitam a 31 de Março domesmo ano. Ambos abarcam 12 mesesde actividade.

A primeira constatação é que a Bancaemprega muito mais trabalhadores doque as Seguradoras: 57.330 contra11.475. No entanto, há que reconhecera figura do mediador de seguros, que noperíodo em análise ascendia a 27.424.

Em ambos os sectores destaca-secomo característica a estabilidade labo-ral, já que o vínculo contratual maisutilizado é o efectivo – ronda os 90% dototal, nos dois casos –, registando-se umrecurso pouco acentuado aos contratosa prazo, em contra-ciclo ao que se veri-fica noutros sectores de actividade.

Mais paridade nos Seguros

Uma análise de carácter sociológicorevela que é nos seguros que a percen-tagem de mulheres é mais elevada.Embora não sendo ainda atingida aparidade, há pelo menos uma maioraproximação entre géneros: 47,2% dosefectivos são do sexo feminino.

Já na Banca, os dados revelam que apopulação continua a ser maioritaria-mente masculina – 54,6% –, apesar doesforço que tem sido feito para contrariaressa tendência, com «um maior aumentodo número de mulheres (+877) do que dehomens (+254)», segundo adianta a APBno boletim referente a 2008.

Quanto à estrutura etária dos efecti-vos, Banca e Seguros têm universosmuito semelhantes, com mais de 60%dos trabalhadores no escalão até 44anos. No entanto, é na Banca que severifica uma maior tendência para orejuvenescimento, já que apenas 39,6%dos trabalhadores têm carreiras supe-riores a dezena e meia de anos, contra55,1% no ramo Segurador.

Aliás, no arco temporal de um anosaíram da Banca por motivo de refor-ma, rescisão, despedimento ou morte2.796 trabalhadores, ou seja, cerca de5% do total.

Por fim, refira-se que em ambos osramos predominam os trabalhadoresafectos a funções administrativas – 37,7%do total na Banca e 40,4% nos Seguros.Em contrapartida, o pessoal auxiliar ten-de a diminuir, especialmente na Banca,onde representa apenas 1,5% do univer-so (contra 4% nos Seguros).

Já no que diz respeito a cargos de chefia,a prevalência está nos Seguros (25,1% dostrabalhadores), enquanto na Banca se des-tacam os efectivos que desempenhamfunções específicas (35,9%).

Homens dominam

O sector financeiro ainda é predominantemente masculino, mas a situação está a alterar-se.Sobretudo no sector segurador, a paridade de género está quase a ser alcançada.

No sector bancário, em 2008 aumentou o número de balcões e o número trabalhadores, emborade forma desigual, com os estabelecimentos a crescerem a um ritmo mais acelerado. Evoluçãode sinal contrário registou-se no rácio trabalhador/balcão (que diminuiu de dez para nove) e noscustos com pessoal, pois apesar de o universo contar com mais 1.904 pessoas a respectiva despesadiminuiu em 0,3%.

Níveis de escolaridade

Funções Superior Secundário Básico Total

Chefias 6.881 6.282 1.105 14.268

Específicas 12.303 7.387 889 20.579

Administrativas 7.728 10.990 2.907 21.625

Auxiliares 43 102 713 858

Total 26.955 24.761 5.614 57.330

Licenciados são maioritários na Banca

Fonte: APB

No sector bancário, a formação de grau superior abrange um número cadavez maior número de trabalhadores, atingindo 47% do total.

são francamente favoráveis à Bancanacional. Só em matéria de margemfinanceira a situação é menos favorá-vel a Portugal.

grande redução do número de traba-lhadores e da despesa com pessoal, ovalor acrescentado da Banca é cada vezmaior, bem como os lucros distribuídosaos accionistas», concluiu Pereira daSilva na ocasião, em entrevista a “OBancário”, revista do SBSI.

Seguros:melhoria significativa

Já para avaliar a evolução da produti-vidade no sector segurador português, oConselho Directivo do Instituto de Se-guros de Portugal procedeu, no respec-tivo Relatório de 2007, à recolha de umconjunto de informação estatística parao período 1999 – 2007, relativa às em-presas de Seguros a operar no mercadonacional.

*O total não é a soma das parcelas apresentadasFonte: ISP

Sector seguradorMais pré-reformas que admissões

No arco temporal que vai de 31 de Março de 2007 a igual período de 2008, o sectorsegurador registou mais profissionais a entrarem na pré-reforma do que novostrabalhadores a serem admitidos. Uma situação que se repete face ao ano anterior.No entanto, verifica-se que o número total de trabalhadores aumentou ligeira-mente, o que reflecte o acréscimo nas admissões.

2007 2008

Admissões 604 824

Promoções 1.034 1.132

Pré-reforma 902 874

Reforma por invalidez 795 785

Reforma por velhice 3.383 3.424

Contrato sem termo 10.552 10.636

Contrato a termo certo 693 827

Contrato a termo incerto 7 12

Total de trabalhadores* 11.252 11.475

O sectorseguradorregistoumaisprofissionaisa entraremna pré--reformado quenovostrabalhadoresa seremadmitidos

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RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de Março 2010 ––––– 1514 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de Março 2010 RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de Março 2010 ––––– 15

Notícias l Bancários Sul e Ilhasdossier

14 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de Março 2010

Dois em um. Mais uma vez a Me-codec decidiu juntar os conse-lheiros para num mesmo dia rea-

lizar duas sessões do Conselho Geral.Assim, no dia 23 de Fevereiro teve lugara conclusão da sessão suspensa em 16de Dezembro, procedendo-se, logo deseguida, ao início à Ordem de Trabalhosda sessão seguinte.

Em causa, na primeira sessão, a apro-vação do regulamento Disciplinar, quetinha ficado por votar na reunião ante-rior. Interveio Batista Fernandes, pre-sidente da Comissão Disciplinar, quedeu conta das propostas entreguespelos conselheiros e da sua análise peloórgão que dirige. Após a intervenção dequatro conselheiros, o documento foisujeito a escrutínio. O regulamento foiaprovado por larga maioria dos 80 con-selheiros presentes no início da sessão.Registaram-se 18 votos contra e quatroabstenções.

Apoio às vítimas

Foi ainda durante esta sessão queentraram na Mesa duas moções alusi-vas à tragédia que se abateu sobre apopulação da Madeira no dia 20 deFevereiro. Uma, apresentada pela Ten-dência Mudar, acabou por perder eficá-cia e ser retirada, acabando por ficarapenas a apresentada pela Mecodec.

Na moção, aprovada por unanimida-de, o Conselho Geral do SBSI manifesta"o seu profundo pesar às famílias dasvítimas mortais" e "apela às autorida-des, aos bancários e a toda a populaçãopara que não seja regateada a ajuda eo apoio às famílias das vítimas e a todosos lesados".

Tragédia na Madeira e Dia da Mulherdominaram Conselho Geral

Os conselheiros do SBSIaproveitaram a ocasião

para expressar a suasolidariedade para com

as vítimas do mau tempona Madeira e recordar

a data que, há um século,marcou uma revoluçãona luta pela igualdade

de géneros: 8 de Março

TEXTO: INÊS F. NETO

Situação no BPI

No cumprimento já do primeiro pon-to da Ordem de Trabalhos da nova ses-são, a Direcção fez uma análise sobre oprocesso de negociações em curso paraa revisão das convenções colectivas detrabalho de que o Sindicato é subscritor.

Especialmente focada foi a situaçãono BPI, já que o Banco liderado porFernando Ulrich é a única Instituição deCrédito a não cumprir a licença de pa-rentalidade, apesar de todas as diligên-cias que têm sido feitas pela Direcção.

Seis conselheiros tomaram a palavrapara se referirem a este grave proble-

ma, que está a afectar os jovens bancá-rios inscritos na Cafeb.

Terminado o debate, procedeu-se àvotação da proposta da Direcção. Odocumento foi aprovado com 70 votosa favor, 25 votos contra e oito absten-ções.

Já no que diz respeito ao segundoponto da Ordem de Trabalhos, a Direc-ção interveio para explicar por que nãofoi ainda possível efectuar a escriturada aquisição das futuras instalações daSecção Sindical Regional de Portalegre.A rectificação da deliberação foi apro-vada por larga maioria, com sete votoscontra e oito abstenções.

Um século de luta pela igualdadeO Conselho Geral do SBSI aprovou por unanimidade uma saudação ao centenário do Dia

Internacional da Mulher.Apresentada pela Tendência Sindical Socialista, a saudação celebra os 100 anos sobre

"a data que marcou o início de uma enorme revolução global: a luta pela igualdade degénero e a valorização do papel das mulheres a todos os níveis da sociedade".

Recordando os obstáculos vencidos e o balanço "em geral positivo", sobretudo "no mundoocidental" e no que diz respeito às conquistas no mundo do trabalho, a saudação frisa, noentanto, que "nesta data histórica, temos todos, homens e mulheres, a obrigação de noslembrarmos que existem ainda meninas e mulheres que vivem, quotidianamente, situa-ções extremamente humilhantes e humanamente degradantes. Situações inaceitáveis deescravatura social e sexual".

"Para estas vítimas das mais variadas latitudes vai toda a solidariedade e o compromissode não abrandarmos a luta".

Os conselheiros lembram que, se é possível "constatar avanços importantes e signifi-cativos ao nível do mercado de trabalho, a esfera do privado e da família continua, porvezes, envolta numa névoa social de medo e revolta que permite violências inaceitáveis".

O documento termina saudando as mulheres de todo o Mundo, especialmente asportuguesas e as trabalhadoras bancárias.

Homenagem às vítimas na Madeira

As principais variáveis consideradasforam os prémios brutos emitidos (se-guro directo e resseguro aceite), núme-ro médio de trabalhadores no activo emPortugal, custos gerais de exploraçãolíquidos de resseguro, massa salarial(excluindo custos com pensões), gastoscom informatização e gastos com for-mação dos trabalhadores.

Tal como no sector bancário, a con-clusão é de que houve um acentuadoaumento da produtividade no períodoem análise. «Considerando como indi-cador de medida da produtividade arelação entre os prémios brutos emiti-dos (seguro directo e resseguro aceite)e o número médio de trabalhadores,verifica-se que no total das empresas aprodução média por trabalhador au-mentou 160,4% entre 1999 e 2007», lê-se no Relatório.

vés da análise das relações entre osgastos de exploração líquidos, a massasalarial e os prémios emitidos», refereainda o estudo, acrescentando: «Defacto, fruto das reduzidas taxas de cres-cimento das duas primeiras variáveis,e das elevadas taxas de variação aonível da produção, constata-se que ospesos dos custos de exploração líquidose da massa salarial nos prémios brutosemitidos se têm vindo a reduzir deforma significativa».

Esta melhoria do grau de eficiência,potenciada pelo elevado nível de cres-cimento da produção observado nesteperíodo, é justificada por vários facto-res. E se é verdade que «uma correcçãoem baixa do número de colaboradoresdas empresas de seguros por si só deuorigem ao incremento dos índices deprodutividade do trabalho», este nãofoi o único factor. O documento salientaigualmente a formação ministrada aostrabalhadores, os investimentos emtecnologias de informação e a explora-ção dos ganhos de escala.

Assim, o Relatório conclui que «nosúltimos anos assistiu-se a uma evoluçãomuito positiva dos índices de produtivi-dade do sector segurador português».

Fontes: APB, ISP e ASP

Sector financeiro em números

Banca Seguros

2007 2008 variação 2007 2008 variação

N.º empresas 44 43 -2,3% 83 85 2,4%

N.º trabalhadores 57.125 59.029 3,3% 11.252 11.475 2,0%

N.º balcões 5.941 6.260 5,4%

N.º mediadores 25.947 27.424 5,7%

Activo líquido 257937 M• 289.476 M• 10,7% 54.724M• 4.149 M• -1,0%

Resultado do exercício 2.686 M• 2.176 M• -19,0% 669 M• -22 M• -103,3%

Novos trabalhadores

E adianta mesmo que este «acentua-do crescimento dos níveis de produti-vidade no sector segurador nacionalpermitiu, inclusivamente, uma me-lhoria significativa da posição do Paísno seio da União Europeia», pelo quePortugal apresenta «para este indica-dor níveis superiores às médias daUE25 e mesmo dos países que consti-tuem a Zona Euro».

Pequeno glossário

Produtividade do trabalho: corres-ponde à quantidade de trabalho neces-sária para produzir uma unidade de umdeterminado bem. Do ponto de vistamacroeconómico, mede-se a produti-vidade do trabalho através do ProdutoInterno Bruto (PIB) de um país por pes-soa activa.

Aumento da produtividade: signifi-ca que uma empresa se tornou maiseficiente, capaz de produzir mais porcada unidade de trabalho, quer porqueadoptou uma nova tecnologia, ou me-lhorou a sua gestão e organização, ouainda porque foi capaz de motivar osseus trabalhadores e aumentar as suascompetências, nomeadamente atravésde formação.

Valor Acrescentado Bruto (VAB) dosubsector: obtém-se pela diferençaentre a produção e o consumo intermé-dio e corresponde ao valor criado du-rante o período de referência.

Produção: é constituída pelos produ-tos criados durante o período contabi-lístico.

Consumo intermédio: consiste novalor dos bens e serviços consumidoscomo elementos de um processo deprodução, excluindo os activos fixos,cujo consumo é registado como consu-mo de capital fixo. Os bens e serviçospodem ser transformados ou utilizadosno processo produtivo.

Este acréscimo de produtividade, salien-ta o documento, «resulta essencialmen-te do comportamento do ramo Vida, oqual é fortemente influenciado pelomodelo de distribuição concentrado nocanal bancário».

«Esta melhoria do nível de produtivi-dade do sector segurador portuguêspode igualmente ser observada atra-

Sector seguradorPromoções atingem 9% dos trabalhadores

Fonte: ISP

Euros

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Banc

ário

s Su

l e Il

has OGRAM – Grupo de Acção de Mu-

lheres do SBSI – levou novamentea efeito a comemoração do Dia

Internacional da Mulher, antecipando ocalendário por dois dias, de forma aaproveitar o Sábado.

Mais uma vez muitos foram os queresponderam ao convite do GRAM – eseis autocarros repletos de homens,mulheres e algumas crianças partiramde Lisboa rumo ao Ribatejo, onde esteano teve lugar a iniciativa do SBSI de-dicada a homenagear todos os que, nopassado ou no presente, dedicaram assuas vidas a lutar por sociedades maisjustas, mais igualitárias e solidárias.Porque se muitas alterações se verifi-caram, muito resta ainda por fazer, emPortugal e no Mundo, em prol da igual-dade entre homens e mulheres. Sobre-tudo nestes tempos de globalização,em que a ganância do Homem espezi-nha os mais elementares direitos cívi-cos e voltamos a ouvir relatos trágicosde tráfico humano, sendo as mulherese as crianças as suas maiores vítimas.

GRAM comemora no Ribatejocentenário do Dia Internacional da MulherNo ano em que se comemora um século sobre o início da lutadas mulheres pela igualdade de género, o GRAM cumpriu oimperativo de manter a memória viva e os espíritos alerta– lembrando o muito que já foi conquistado e o que ainda épreciso fazer, quotidianamente. Em dia de festa, os bancáriosforam conhecer uma mulher que triunfou num mundo dehomens: a cavaleira tauromáquica Ana Batista

Em comunhão com a Natureza

Como é já tradição, o programa alioucultura, diversão, convívio e reflexão.

A manhã foi preenchida com a visitaguiada a dois locais de interesse culturale natural. Primeiro, foi a vez de os aman-tes da tradição e amigos de animaisterem contacto com uma antiga arte,muito apreciada pela nobreza europeia.Trata-se da arte da falcoaria, cuja históriafoi possível conhecer em Salvaterra deMagos, onde em Setembro de 2009 foiinaugurado o único exemplar do génerono País. Depois de tomar contacto comvários exemplares de aves de presa, comofalcões e grifos, e visitar o seu pequenomuseu, o grupo do GRAM lamentou terfalhado a prevista demonstração, mas oalagamento dos terrenos devido ao mautempo que se tem feito sentir impossibi-litou a saída dos falcões.

Após uma prova de "barretes", bolotípico à base de laranja e amêndoa criadoem 1946 por Fernando Andrade, pai dos"Parodiantes de Lisboa", na respectiva

cabana, o grupo seguiu para a quinta deAna Batista.

A cavaleira tauromáquica encantou to-dos com a sua simpatia e boa disposição.Incansável, Ana Batista tirou fotografiascom os visitantes, deu autógrafos, conver-sou. Sempre com um sorriso nos lábios euma postura de verdadeira artista. A re-cepção ao grupo teve lugar nas cavalari-ças, onde foi possível admirar alguns doscavalos da toureira, belos e possantesexemplares com nomes como Conquista-dor, Manolete, Forcado ou Obelix.

Por fim, e enquanto a cavaleira sepreparava para uma pequena exibição nopicadeiro da quinta, os visitantes doGRAM puderam admirar a sua galeriaparticular, onde estão expostos algunsdos seus belos trajes de luces, troféus,cartazes e fotografias de corridas em queAna Batista participou.

E apesar da chuva que então caiu, ogrupo não arredou pé nem poupou vivas àcavaleira.

Organização elogiada

Cumprida a vertente cultural do progra-ma, foi tempo de sentar à mesa – paraalimentar corpo e espírito, com os discur-sos a apelar à reflexão e a música a alegraro convívio.

Mais uma vez a animação musical este-ve a cargo do grupo "Recordar é Viver",composto por Castanheira e Santos, res-pectivamente trabalhador do SBSI e traba-lhador bancário.

Coube aos elementos do GRAM – PaulaViseu e Paula Antunes – fazerem as hon-ras da "casa", coadjuvadas por outrasdirigentes do Sindicato e por sócias, algu-mas das quais desempenham (ou já de-sempenharam) funções na estrutura sin-dical.

A organização esteve impecável, peloque mereceu, como sempre, numerososelogios.

Os Órgãos Gerentes do SBSI estiveramrepresentados pelo Vice-Presidente daDirecção, Viriato Baptista, Catarina Alber-garia, José Cabrito e Virgílio Matos.

Dado o bom acolhimento do ano passa-do, o GRAM decidiu repetir a experiência erealizou o tradicional sorteio por etapas,entre cada um dos pratos da refeição.Como habitualmente, a distribuição pro-porcionou momentos de boa disposição esurpresa consoante eram exibidos os pré-

Ana Batista

"Em Portugalapoiam-nos muito"

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher e davisita à sua quinta em Salvaterra de Magos, acavaleira tauromáquica Ana Batista contou ao SBSIcomo singrou num mundo quase exclusivamentemasculino.

P - Como começou a sua paixão pelas touradas?R - Comecei muito cedo, por brincadeira. Tinha

sete ou oito anos e já ia com o meu pai e montavaéguas. Nessa altura conheci o mestre David RibeiroTelles [pai dos cavaleiros João e António], queachou que eu tinha jeito e convidou-me para mon-tar na quinta da sua família. Comecei a tourearvacas, nas festas, e a acompanhar os irmãos RibeiroTelles, de quem era fã. Foi assim que nasceu o"bichinho".

P - É uma profissão difícil para uma mulher?R - É difícil, e não só por ser mulher. Obriga a uma

vida muito complicada, pois é preciso abdicar demuitas coisas, pois no Verão temos as corridas e noInverno é preciso treinar. Nem todas as pessoas dafamília compreendem os sacrifícios necessários.Os cavalos não podem estar parados, têm de estarsempre a treinar. Estes cavalos são os meus "fi-lhos". Por outro lado, enquanto as minhas amigasvão passear ao centro comercial ou ao cabeleireiroeu estou a treinar ao sol ou à chuva.

P - Foi difícil entrar num mundo tão masculino?R - Não, em relação aos colegas ser mulher até

é uma vantagem, eles são uns queridos, muitocavalheiros. Em Portugal apoiam-nos muito, masnão quero tirar proveito do facto de ser mulher.Quero, sim, tourear bem, ser boa profissional.Cheguei aos dez anos de alternativa, mas aindatenho muito que lutar, pois tenho muitos objecti-vos, muitos projectos.

P - Nunca sentiu uma reacção machista?R - Em Portugal não, mas em Espanha sim. Lá

senti mesmo o machismo. Por exemplo, como semata o touro, dizem frequentemente que nós nãosomos capazes, não temos força. E não deixavamas mulheres tourear a pé, diziam que não erafeminino. Em Portugal é diferente, aceitam-nosmais. Por exemplo, a corrida de mulheres da TVItem muita audiência e a praça com lotação esgo-tada.

Depois de fazer alusão à saudação aocentenário do Dia Internacional da Mulherque foi aprovada por unanimidade peloConselho Geral do SBSI, Paula Viseu lem-brou que apesar das conquistas é precisoir mais além, pois a igualdade de géneroainda não é uma realidade.

Prova disso, lembrou a coordenadora doGRAM, é que apesar de Portugal ter "a taxaactiva mais elevada da Europa, só 16% dasmulheres chegam aos lugares de decisão".

SBSI entre os primeiros

Depois de uma palavra de saudade di-rigida a Alice Martins, que recordou comoalguém que "em todas as situações defen-deu mesmo as mulheres", Viriato Baptistasaudou o centenário do 8 de Março econgratulou-se por mais uma vez o GRAMter juntado tantos bancários, homens e

mios, que além de fins-de-semana noCentro de Férias de Ferreira do Zêzere e noAlgarve constavam ainda de peças deartesanato produzidas por monitoras ealunas dos cursos de formação artísticapromovidos pelo GRAM.

Chegar mais longe

Depois de Paula Antunes ter agradecidoa presença de todos por terem escolhidocomemorar o Dia da Mulher com o GRAM,foi chegado o momento de reflexão. Toma-ram a palavra Paula Viseu, enquanto coor-denadora do Grupo de Acção de Mulheres,e o Vice-Presidente da Direcção, ViriatoBaptista. Ambos aludiram à data e aoSindicato, que ao longo dos anos sempredeu uma importância muito especial àsquestões de género, como se comprova naexistência do GRAM como órgão consulti-vo da Direcção.

mulheres, o que "demonstra o bom traba-lho que o Sindicato, através das colegas doGRAM, tem vindo a desenvolver".

"O nosso Sindicato pode orgulhar-se deter sido dos primeiros, se não o primeiro,a preocupar-se com essas desigualdadese discriminações", frisou o Vice-Presiden-te da Direcção, recordando a luta travadacontra um Banco que "de forma descaradadiscriminava as mulheres" – luta essa quechegou mesmo a Bruxelas.

Por fim, e respondendo à inquietaçãoexpressa por muitos dos presentes, ViriatoBaptista alertou para o momento compli-cado da revisão da tabela salarial. "OsBancos não querem ir além dos 0,7% deaumento, mas nós não vamos aceitar",disse, revelando que os Sindicatos da Fe-base decidiram "mobilizar os bancários"."Vamos tomar iniciativas e precisamos dovosso apoio: 0,7% é uma provocação aosbancários", concluiu.

TEXTO: INÊS F. NETO

Mais de trezentas pessoas celebraram, com o GRAM, o Dia Internacional da Mulher

Homenagem a uma mulher sindicalistaNa festa de celebração do Dia Internacional da Mulher, o GRAM não esqueceu

Alice Martins, "uma mulher sindicalista defensora da igualdade e da justiçasocial", como recordou numa sentida homenagem à dirigente do SBSI falecida emOutubro do ano passado.

Em nome do Grupo de Acção de Mulheres, a sua coordenadora, Paula Viseu,lembrou a sindicalista que ainda há um ano esteve presente na festa do GRAM emSetúbal e, em nome da Direcção, saudou todas as mulheres bancárias.

E enquanto eram projectadas fotos de Alice Martins no cumprimento daactividade sindical – da tomada de posse a intervenções no Congresso ou noConselho Geral – Paula Viseu foi recordando as suas várias funções, do GRAM àDirecção do SBSI, à UGT e à UNI, terminando com a leitura de um poema dedicadoà mulher de que Alice Martins muito gostava.

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Cada jornada de bowling equivale aduas horas de alegria, boa dispo-sição e convívio, com o trabalho a

ser fugazmente esquecido, dando lugara alguns dos gratos prazeres da vida –a conversa pura, simples ou mais ela-borada, a alegria pelos êxitos, própriosou do adversário que, naquela jogada,não é visto como tal, mas como umcolega ou amigo que procura, tambémele, combater o stresse do dia-a-dia e,acima de tudo, a desfrutar de momen-tos agradáveis que lhe vão enriquecera alma e alimentar o espírito.

No SBSI, a modalidade é uma referênciapela organização, pela adesão cada vezmaior e, sobretudo, pelo desportivismo comque é encarada por todos os participantes.

A4.ª jornada da série A teve lugarem 19 de Fevereiro e começoucom um empate, entre os Fapoc

e os Adelante, num jogo que se pautoupor grande equilíbrio. Como curiosidade,registe-se que por três vezes os Adelantese adiantaram no marcador e por trêsvezes os Fapoc, tidos como favoritos,conseguiram repor a igualdade. O restoda jornada forneceu três goleadas, comos Team Foot a "cilindrarem" os Imortaispor 16-0, após 6-0 ao intervalo, e com RuiMorgado a fazer cinco dos golos da suaequipa.

Depois, os Portugais bateram os Bluespor 8-1, com 3-0 ao intervalo, e com BrunoPires e Pedro Lage a fazerem três golos,cada. E, no último jogo da noite, os BPIgolearam os Softfinança por 6-0, com qua-tro golos de Mário Lourenço.

No dia seguinte, realizaram-se os jogosda série B, que foram bem mais nivelados.

No primeiro duelo da tarde, o GD San-tander Totta venceu os Magníficos porapertado 3-2 e com a vitória a dever-se,em boa parte, aos dois tentos de RuiEsteves, já na etapa complementar.

O mesmo resultado ocorreu no jogoseguinte, entre os Red Team e os Multi-

Futsal

Goleada recorde do Team FootA 34.ª edição do torneio nacional interbancário de futsalcontinua a decorrer com normalidade e, na fasede apuramento de Lisboa, realizaram-se mais três jornadas,que confirmaram a superioridade de duas equipas,que comandam, só com vitórias: o Team Foot Activobank7,na série A, e os Unitem, na série B, tendo a primeira logradouma goleada histórica – 16-0 – no jogo com os Imortais

nhos, com estes a chegarem ao intervaloa vencer por 2-1. Mas, depois, João PauloAlmeida fez dois golos num minuto e deuo triunfo à sua equipa.

Seguiu-se um confronto que, à partida,era tido como desnivelado, entre o ClubeGBES e os CCAM TV. Mas a superioridadedos "verdes" só se concretizou no segundotempo, já que só Rui Cristino marcou noprimeiro tempo. O mesmo aconteceu noencontro seguinte, entre o Montepio Msule os Cota Team, que os primeiros vence-ram por 4-2, com João Faustino a chamara si as honras de "homem do jogo", ao fazertrês dos golos da sua equipa.

A 5.ª jornada começou na noite de 26,com os jogos da série A, e logo com avitória clara dos Softfinança sobre os Imor-tais, por 6-0.

No jogo seguinte, defrontaram-se o lí-der – o Team Foot – e o terceiro da tabela,o Fapoc, com ambos a quererem chegar àvitória. Num jogo muito táctico, foi o TeamFoot que acabou por vencer, por 2-0.

O terceiro jogo da ronda, entre os Ade-lante e os Blues, não chegou a realizar-se,por falta de comparência destes, pelo que,de acordo com o regulamento, foi atribuídaa vitória aos Adelante, por 1-0.

Bowling

Rui Duque na frenteUma nova edição do

campeonato de bowlingcomeçou em 20 de Fevereiro,

com a participação de 57concorrentes, numa

demonstração de que amodalidade continua em

plena fase de crescimento nonosso Sindicato

Este campeonato conta com 57 par-ticipantes, representativos da genera-lidade dos grupos desportivos. Muitascaras novas, sendo de destacar a pre-sença de associados oriundos de Lis-boa, Setúbal, Montemor-o-Novo e El-vas, para além dos apuramentos quevão acontecer em Angra do Heroísmo,Ponta Delgada e Portimão, apontandoas estimativas mais pessimistas paraum total de 150 atletas inscritos.

Na jornada inicial do campeonato,António Delgadinho, do BPI, teve uma

prestação brilhante, conseguindo ter-minar com uma média de 171,75 pon-tos no final dos quatro jogos, tal comoJerónimo Fernandes, do Banco de Por-tugal, que, "não conseguindo nunca jo-gar mal", fez o suficiente para ocupar a2.ª posição da tabela e, ainda, Rui Duque,que se apresentou física e psicologicamen-te bem neste início de torneio, ocupando oprimeiro lugar da tabela e defendendo oseu estatuto de vice-campeão nacional,alcançado no ano passado, em Canta-nhede.

O quarto circuito interbancário desquash, organizado pelo SBSI, já come-çou e a segunda prova teve lugar em 20de Fevereiro, na Quinta da Marinha,

Squash

José Fernandes continua a liderar

com a participação de 21 concorrentes,de diversas Instituições.

José Fernandes e Luís Valente, ambosdo BCP, voltaram a estar na final, como

já havia ocorrido na primeira prova, e oprimeiro voltou a superiorizar-se, comHélder Barbosa, da CGD, a obter o ter-ceiro lugar.

Refira-se que o nível de jogo é cadavez melhor e vai subindo a competiti-vidade do torneio.

Após esta 2.ª prova, a classificaçãogeral é liderada por José Fernandes,seguido de José Luís Valente e JoãoMiguel Estiveira.

Esta é a classificação dos restantesdez primeiros:

4.º Francisco Madureira; 5.º HélderBarbosa; 6.º Paulo Freire; 7.º PedroPereira; 8.º José Rebelo; 9.º Hugo Silva;10.º Paulo Kellen.

Resultados e classificaçõesSérie A4.ª jornada: Adelante - Fapoc, 3-3; Team Foot

Activobank7 - Os Imortais, 16-0; Portugais - OsBlues, 8-1; BPI - Softfinança, 6-0;

5.ª jornada: Softfinança - Os Imortais, 6-0;Team Foot Activobank7 - Fapoc, 2-0; Adelante -Os Blues, v-fc; BPI - Portugais, 3-2;

6.ª jornada: Portugais - Adelante, 4-1; TeamFoot Activobank7 - Os Blues, v-fc; Fapoc - Sof-tfinança, 3-2; BPI - Os Imortais, 14-0.

Classificação: 1.º Team Foot Activobank7, 15pontos; 2.º BPI, 13; 3.º Fapoc, Portugais e Softfi-nança, 10; 6.º Adelante, 8; 7.º Os Imortais, 6.

Série B4.ª jornada: GD Santander Totta - Magníficos,

3-2; Red Team - Multinhos, 3-2; Clube GBES -CCAM TV, 4-1; Montepio Msul - Cota Team, 4-2;

5.ª jornada: Uniteam - Multinhos, 2-0; GDSantander Totta - CCAM TV, 5-2; Red Team - CotaTeam, 3-3; Clube GBES - Montepio Msul, 4-1;

6.ª jornada: Magníficos - CCAM TV, v-fc; Uniteam- Cota Team, 5-2; GD Santander Totta - MontepioMsul, 4-3; Clube GBES - Red Team, 4-0.

Classificação: 1.º Uniteam, 15 pontos; 2.ºClube GBES e GD Santander Totta, 14; 4.º RedTeam e Multinhos, 10; 6.º Montepio Msul, Mag-níficos e Cota Team, 9; 9.º CCAM TV, 5.

E a jornada terminou com a vitória dosBPI sobre os Portugais, por 3-2, num dueloque foi discutido até ao fim e sempre comgrande incerteza quanto ao vencedor.

Os jogos da série B realizaram-se natarde de 27 e abriram com um confrontoentre os dois primeiros, Uniteam e Multi-nhos, com os primeiros a vencer por 2-0.

Nos jogos seguintes, o GD SantanderTotta bateu os CCAM TV, por 5-2, enquantoos Red Team e os Cota Team empatavama três golos, no jogo seguinte, e o ClubeGBES batia o Montepio Msul por 4-1, noencerramento da ronda.

A 6.ª jornada teve lugar nos dias 5 e 6.E, nos jogos da série A, a nota de destaquevai para a equipa do BPI, que goleou osImortais, por 14-0, bem como para a eli-minação dos Blues, que registaram umanova falta de comparência, no jogo quedeveriam realizar com o Team Foot.

Os Portugais ganharam aos Adelante por4-1, enquanto os Fapoc levaram a melhorsobre os Softfinança, por tangencial 3-2.

Para a série B, os Uniteam venceram osCota Team, por 5-2, o GD Santander Tottabateu o Montepio Msul por 4-3 e o ClubeGBES não teve dificuldades para levar devencida os Red Team, por claros 4-0.

Team Footlogroua maiorgoleadada prova

TEXTO: RUI SANTOS

TEXTO: RUI SANTOS

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Bancários Norte

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Coube a Alfredo Correia, presidente daMesa da Assembleia Geral, do Conse-lho Geral e do Congresso, proferir as

palavras de abertura, tendo merecido par-ticular atenção as que dedicou aos repre-sentantes da Associação Portuguesa deBancos ali presentes, congratulando-se pelasua presença ao lado dos trabalhadoresbancários: "Ao longo de todos estes anos, oSBN sempre se bateu pelas virtualidades

e da pujança do passado, do orgulho dopresente e da certeza do futuro, foi Nel-son Silva quem entregou a peça de cristala Duarte Costa, num gesto significativodo contínuo crescimento do Sindicato,que continua a registar um crescendo deadesão de associados recém-chegados àprofissão.

O Secretário-Geral da UGT, João Proen-ça, proferiu depois uma comunicação,em que aludiu à situação sócio-económi-ca que o País atravessa e às perspectivas

que se colocam aos trabalhadores, nopresente cenário de incerteza da conjun-tura internacional. Depois, também elerecebeu um troféu das mãos do Vice-presidente do SBN, Pereira Gomes, e foichamado ao palco Artur Santos Silva, naqualidade de "cidadão ilustre, portuguêsexemplar e que mantém a qualidade desócio do SBN". Santos Silva, emocionado,saudou efusivamente o papel que o Sin-dicato tem desenvolvido, na interligaçãocom todos os parceiros sociais e em prol

Notícias l Bancários Norte

dos trabalhadores que defende. Na cir-cunstância, coube a Mário Mourão a en-trega do troféu com que o Sindicato assi-nalou a efeméride.

Logo após, foi precisamente a vez de oPresidente da Direcção proferir o seu dis-curso, que terminou com a apresentação domomento seguinte: a apresentação do novologótipo do Sindicato: "O encerramento dascomemorações dos 75 anos do SBN equiva-le ao virar de uma página do livro que osbancários do Norte vêm gravando a letras

de ouro – cor, aliás, que o nosso primeirologótipo adoptou como símbolo dos valo-res que são comuns a todos nós. Vem istoa propósito do novo logótipo, que adopta-mos a partir de hoje. Vira-se uma página,sim, mas mantêm-se os princípios e osvalores que nos nortearam desde o início.Não se trata, pois, de uma ruptura com opassado, de que somos legítimos e orgu-lhosos herdeiros. Significa, antes, a preser-vação e a garantia da continuidade da lutados nossos maiores. Por isso, vos convido

a juntarem-se a mim neste momento emque honramos o passado e em que vosexorto, de mãos dadas e de ombros juntosaos outros ombros irmãos, a encararmoscom determinação um futuro que tudofaremos para que seja de ouro também!"

A cerimónia aproximava-se do fim. Foi ocortar do bolo, com os inevitáveis "parabénsa você", cantados a plenos pulmões pelomeio milhar de participantes e a apresenta-ção de um filme institucional do SBN, propo-sitadamente produzido para o efeito.

Mário Mourão enaltece o passadoe apela à unidade

para os desafios do futuro

Fim do ciclo dos 75 anos do SBN

A glorificação do passado, a chamada de atenção para osingentes desafios do presente e o apelo à unidade comoúnica forma de vencer os combates do futuro constituíramas tónicas fundamentais da intervenção que o Presidenteda Direcção do SBN, Mário Mourão, proferiu na cerimóniade encerramento das comemorações do 75.º aniversário daconstituição do SBN, ocorrida no passado dia 12 de Março

do diálogo social. Honrá-lo-emos, porquequeremos contratos justos e dignos, masnão abdicaremos de vermos os trabalhado-res bancários tratados com justiça e comrespeito".

Momento de particular emoção foi aentrega de troféus ao associado maisantigo – Nelson Silva – e à associada e aoassociado mais novos – Cláudia Oliveirae Duarte Costa. Naquilo que bem se podequalificar como um verdadeiro encontrointer-geracional, demonstrativo da força

“O encerramento das comemorações dos 75 anos doSBN equivale ao virar de uma página do livro que osbancários do Norte vêm gravando a letras de ouro”

Mário Mourão

1 – Mário Mourão e o associado mais antigo

2 – Alfredo Correia e a associada mais recente

3 – O associado mais antigo e o mais recente

4 – Pereira Gomes e João Proença

5 – Mário Mourão e Artur Santos Silva

1 2 3 4 5

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

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Órgãos consultivos

GRAM:gravidez naadolescência

SBN representadono plenário de mulheresdos sindicatos da UGT

Portugal ainda é o segundo paísda União Europeia com maior taxade mães adolescentes, apesar deesse número estar a diminuir. Noano de 2008, num total de 7.000casos, 5.800 adolescentes tiveramos seus filhos e 1200 realizaramuma interrupção voluntária da gra-videz.

Existe uma elevada frequênciade casos pertencentes às camadasmais desfavorecidas da população:baixos níveis de escolaridade, situa-ção de precariedade económica,desemprego e profissões de redu-zida qualificação.

É necessário apostar cada vezmais em programas de educaçãosexual. Estudos da OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS) demons-tram que as jovens que recebeminformação na área da sexualidaderetardam o início da sua actividadesexual. É importante deixarmos deser o segundo país com maior taxade mães adolescentes para pas-sarmos a ser o primeiro e com omenor número.

Vamos unir-nos e lutar para queassim seja.

Ser Mulher…É ser Mãe e ser FilhaÉ ter a força do amorE não se mostrar submissaÉ estar sempre presenteÉ não se dar por vencidaE com luta e muita garraConstruir a sua vida.Ser Mulher …é ser ESPECIAL!

GRAM

Realizou-se em Fevereiro o Ple-nário de Mulheres dos sindicatosda UGT, órgão composto por re-

presentantes de todas as organizaçõesfiliados na Central, independentemen-te do género.

Tendo sido aquele o primeiro plenárioefectuado depois do desaparecimentoda colega Alice Martins, que foi coorde-nadora da Comissão de Mulheres, oencontro iniciou-se com uma homena-gem em forma de power-point elabora-

do por Fátima Martins, do Sitese. O diacontinuou com a criação de grupos detrabalho divididos nos temas "Assédiono local de trabalho", "Acesso das mu-lheres à tomada de decisão" e "Compor-tamentos ecológicos", coordenados res-pectivamente por Clara Quental, Filo-mena e Helena Passaporte.

No período da tarde foi exibido umpequeno filme produzido pela OIT, inti-tulado "2010, Ano Europeu Contra aExclusão Social". A Direcção do SBN, em colaboração

com o Núcleo de Fotografia,está a levar a cabo um conjunto

de exposições, genericamenteintituladas "Imagens e um tema",patentes na Galeria do Sindicato,

na Rua Conde de Vizela, 145.Mensalmente, a exposição obedece

a um determinado tema,de responsabilidade de um dos

membros do núcleo. O tema,de 7 de Abril a 4 de Maio,

da autoria de António AlbertoCosta, é auto-retrato, e está patente

às Quartas e Quintas-feiras, das 15às 17h30. Seguir-se-ão os autores

António Almeida, António EuricoMorais, Fernando Mário Castro,

Joaquim Silva, José Cerqueira, JoséGodinho, Manuel Manarte, Manuel

Pereira Cardoso e Manuel Santos Vale.

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Núcleo de fotografia expõe na Galiza…"Momentos" é o tema da exposição que

o Núcleo de Fotografia do SBN promoveuno passado mês de Fevereiro na Casa deCultura Manuel Lueiro, na localidade ga-lega de O Grove.

Esta mostra, que representou a inter-nacionalização do núcleo tem a colabora-ção de Aires Araújo Pereira ("Perscrutan-do o Rio" e "Opção), António Alberto Costa("Invasões" I e II), António Almeida ("Ru-gas" e "Reflexão"), António Eurico Morais("Grafito" e "Circulando nas Nuvens"),Eduardo Nogueira ("O Descanso do Guer-reiro" e "Brincadeiras de Criança"), Fer-nando Mário Castro ("Olá!" e "Abandona-do"), Joaquim Silva ("Enamorados…" e "ÀEspera da Bonança"), Jorge Viana Basto("Luz, Sombra e Forma" e "Neutralizandoo Supérfluo"), José Cerqueira ("Se Esta RuaFosse Minha" e "Doce"), José Godinho("Preparando a Faina" e "Afurada - Cais dePesca"), Júlio Pereira ("Malabarismo" e"Parabéns"), Manuel Manarte ("Cena Bí-blica" e "Mar Encapelado"), Manuel Perei-ra Cardoso ("Filhos da Chuva, do Sol e doVento" e "Ao Fim do Dia"), Manuel SantosVale ("Lazer" e "Arte de Xávega"), MárioPina Cabral ("A Caminho da Luz" e "Obser-vando") e Rui Costa ("Baile Aquático - OGrove" e "Salinas - Ilha do Sal - CaboVerde"), vai agora ser exibida na galeria"Utopia", no Porto, onde estará patente epoderá ser visitada a partir de 10 de Abril.

… e na galeria do SBN

Catorce integrantes del Sindicato dos Bancários do Norte acuden a la villameca para presentar sus obras y asistir a una nueva jornada de convivenciacon diferentes artistas arousanos.

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Bancários Norte

Protocolo com a Escolade Râguebi do Porto

Acerimónia de entrega dos prémiosreferentes à época desportiva de2009, realizada em 6 de Feverei-

ro, encheu completamente o auditóriode S. Brás.

Na oportunidade, o Presidente doSBN, Mário Mourão, sublinhou que oencontro traduziu o êxito das iniciati-vas ocorridas ao longo do ano transac-to, acrescentando que o Sindicato épara todos os associados que o procuram,seja na área do contencioso, seja nas dodesporto, cultura e lazer, seja em quais-quer outras, e acentuando o papel fun-damental dos SAMS e da negociaçãocolectiva.

Depois de salientar que o SBN tudocontinuará a fazer para que os jovensbancários não sintam receio de se sin-dicalizarem, Mourão referiu-se tambéma outras questões que estão na ordemdo dia, designadamente no que se refe-re à necessidade de a Autoridade paraas Condições de Trabalho exercer umafiscalização mais eficaz nas inúmeras

Dando continuidade à sua políti-ca de ocupação de tempos livres, oSBN, através do seu Pelouro dedesporto vai levar a efeito diversostorneios regionais em várias mo-dalidades.

Cidade à noiteSem estrelasQue dêem um sentidoÀ escuridão nocturna,Sobre ti,Cidade perdidaNum limbo indefinido,O céu não passa duma ausência.Cinge-te o corpo baçoQue bocejaDe pura sonolência,Um mar de águas paradas,Com horas que se escoam,Inúteis, lentas e pesadas.

O tempoMorre de inanição.As ruas pálidas,À luz dos candeeiros,São golfos de silêncio e solidão.As tuas casasDe que o movimento foi banido,Flutuam, adiadas,Como barcasQue esperam, ancoradas,Num cais adormecido.

Sílvio Martins

Missão da PrimaveraJá pus a alma em silênciop'ra te escutar, Primavera.Gostaria de te ouvirdizer-me só coisas belas.

Falar muito, muito alto,por exemplo, num poema,em que a paz e a humanidadefossem verdadeiro tema.

Primavera traz flores;as flores frutos darão;a vida assim continuae novos seres virão.

Renova as almas tambémse lhes não sorrir a vida;dá-lhes ânimo e saúde,distanciando a partida.

Viver não é, tão somente,ser alegre ou sorrir;é também ser conscientede alguma missão cumprir.

E, a missão da Primaveraé: despertar nas pessoaso que elas têm melhor,p'ra fazer só coisas boas!

Adriana Reis

Do outro lado do MundoDo outro lado do Mundohá música, poesia e cor;baniram de lá, para sempre,a guerra, a doença e a dor.

Do outro lado do Mundohá luz, amor e harmonia;acabaram co'a tristeza;foi implantada a alegria.

Do outro lado do Mundohá pessoas como nós?Há; e falam verdade,juntas, a uma só voz!

Do outro lado do Mundose ajudam entre si,deixando p'ra trás as querelas;não é como estar aqui.

Do outro lado do Mundo,quero passar a viver,ainda que seja precisocorrer, fugir ou morrer!

Adriana Reis

ilegalidades cometidas pelos Bancos,bem como ao património. Por seu tur-no, o coordenador do Pelouro, José An-tónio Gonçalves, referiu que na épocapassada o SBN manteve em actividadedezasseis modalidades de competiçãoe seis de manutenção, envolvendo cer-ca de 1.500 associados e familiares:"Nos dias conturbados que se vivemhoje na Banca – incerteza quanto aofuturo, objectivos desmedidos, mauclima social, trabalho extraordinárionão pago, transferências arbitrárias…– o desporto, no tempo que nos restalivre, pode ser um excelente escapepara recuperar de um dia-a-dia desgas-tante e stressante". Por outro lado,tendo como objectivo a captação e oregresso de associados, o Pelouro vaipromover a criação de novas modalida-des nas áreas da competição e da ma-nutenção, diversão e lazer, ao mesmotempo que alargará ainda mais a polí-tica de protocolos nas mais diversasmodalidades.

Desporto regional norte

SBN encerra época de 2009Tiro aos Pratos

13.º Campeonato

O13.º Campeonato Regionalde Tiro aos Pratos, destinadoaos associados do SBN terá

lugar nos próximos dias 24 de Abril,no Clube dos Caçadores de S. Pedrode Rates na Póvoa de Varzim e 22de Maio no Clube de Caça e Pesca deOvar.

As provas serão disputadas navariante de fosso universal, em duaspranchadas de 25 pratos cada uma eterão início às 9,30 horas. O custo dainscrição é de €15 por pessoa edeverá ser efectuada nas instala-ções do Sindicato dos Bancários doNorte, Loja de Atendimento até aopróximo dia 16 de Abril.

A Final Nacional decorrerá no dia26 de Junho do corrente ano, noClube de Caça e Pesca de Ovar, naqual o SBN se fará representar por33% dos inscritos no CampeonatoRegional.

O pensamento…

O SBN vai levar a efeito, nasinstalações da Academia de Bilhar,na Avenida Serpa Pinto, 154, emMatosinhos, o 5.º Torneio RegionalInterbancário de Snooker.

As jornadas desta fase disputar-se-ão às Quintas-feiras, a partirdas 21 horas, nos próximos dias 22de Abril, 6 e 20 de Maio.

O sorteio terá lugar no dia 12 deAbril, pelas 17 horas, na sede doSBN, e as datas das fases seguintesserão oportunamente anunciadas.

A final nacional decorrerá nosdias 16 e 17 de Outubro, em Tavira.O custo da inscrição é de 10 eurospor pessoa e deverá ser efectuadaaté ao próximo dia 16 de Abril.

Snooker:5.º torneio "Bola 8"

Modalidades

34.º torneio de futsal

Com a realização da 3.ª e 4.ª jornadas que tiveramlugar nos passados dias 27 de Fevereiro e 1 de Março,prosseguiu, no Pavilhão Municipal de V. N. Gaia, a 1.ª

fase do 34.º torneio interbancário de futsal.Os resultados levam-nos a acreditar numa prova muito

bem disputada e com final imprevisível.A final nacional desta modalidade será disputada em

Évora, nos próximos dias 5 e 6 de Junho, com a participaçãode 2 equipas do SBSI, 1 do SBN e 1 do SBC.

Destinado aos associados e familiares, o SBN estabeleceu um protocolo deformação com a Escola de Rugby do Porto: Rua da Graciosa, 152 - r/c, Dto.,Porto.

Os interessados poderão obter mais informações na sede da escola, através doe-mail [email protected], do telemóvel 918249957, ou nos serviços do SBN.

Para poderem usufruir das vantagens proporcionadas por qualquer dos proto-colos subscritos pelo SBN, os associados e familiares deverão apresentar o cartãode sócio do sindicato ou o cartão de beneficiário dos SAMS.

BPN Fafe 2010

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Notícias l Bancários Centro

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No auditório da CCAM, o Presiden-te da MAG/CG abriu os traba-lhos, saudando os presentes e

em especial o anfitrião e convidadoMário Matias, nosso Colega associadodo SBC e Presidente do CA da Caixa deCrédito de Leiria, que por sua vez agra-deceu, teceu rasgados elogios ao SBC eaos seus Corpos Gerentes, dizendo-sesentir honrado pela escolha do auditó-rio daquela Instituição para a realiza-ção do C.G.

Conselho Geral do SBC reuniu dia 25 de Fevereiro em LeiriaRatifica texto que adapta cláusulas contratuais do ACT àsnormas imperativas do Código do Trabalho;

Mandata a Direcção para proceder à adaptação dascláusulas contratuais às normas imperativas do CT eautoriza-a a outorgar e assinar os respectivos Acordos;

Delega na Febase a negociação da Revisão da TabelaSalarial e Cláusulas de Expressão Pecuniária.

Elege os representantes do C.G. ao C.G. da UGT-Coimbra;

Elege os Delegados a Congresso Fundador da UGT-Guarda;

Comemora solenemente os 75 anos.

Mário Figueira, Presidente da MAG/CG, começou por homenagear todos osbancários que com prejuízo da sua vidapessoal e profissional ao longo de su-cessivos mandatos deram ao sindica-lismo o melhor de si, recordando, deseguida, alguns factos relevantes dahistória do nosso Sindicato.

Terminou desejando que o Sindicatocontinue a dignificar e a defender ostrabalhadores bancários que represen-ta assim como todos os bancários edemais classe trabalhadora de Portu-gal.

Aníbal Ribeiro representa a TSS

O representante da TSS, Aníbal Ribei-ro, depois de apresentar saudações atodos os presentes, defendeu a tolerân-cia e diálogo para se levar a bom portoo programa de acção do Sindicato, o quedeve ser feito, segundo referiu "comdedicação, orgulho e dignidade".

Aníbal Ribeiro referiu ainda que aseconomias devem estar ao serviço daspopulações e que a riqueza deverá teruma distribuição mais equitativa e ter-minou desejando que os trabalhadoresapoiem o seu Sindicato e que este con-tinue a dignificar e a defender os traba-lhadores.

Discurso do representante da TSSD

Carlos Rocha, em representação daTSSD, depois de cumprimentar os pre-sentes, o que fez, segundo disse, "comgrande prazer por estar ali e revermuitos dos conselheiros que há muito

não via", agradeceu a honra e a oportu-nidade que lhe foi dada para poderdirigir-se a todos, congratulou-se como trabalho que tem sido feito ao longodos 75 anos do SBC e elogiou o temaescolhido para a comemoração dos 75anos "Três Quartos de Século A UnirGerações de Bancários".

Recordou com nostalgia a opiniãoque lhe foi pedida aquando da comprado terreno onde hoje está a sede do SBCe manifestou a sua gratidão pela formacomo os SAMS se responsabilizaramaquando do internamento da sua filha

numa Clínica de Coimbra, elogiando agestão dos recursos do sindicato comoprovam os serviços que presta aos seusassociados.

Carlos Rocha terminou desejando fe-licidades para todos e longos anos aoSBC.

Carlos Silva presta homenagemàs gerações que construíramo Sindicato e apela à unidade

No seu discurso Carlos Silva referiu ojúbilo e responsabilidade de gerir umlegado de gerações que ao longo de 75anos foram construindo e reforçandoum sistema associativo, que ombreiacom o que de melhor existe no mundosindical.

O Presidente do SBC falou tambémdas crises atravessadas ao longo da

vida desta Instituição e da revolução"florida com cravos de há 36 anos",recordando que os históricos sindicatosverticais dos bancários, hoje integra-dos numa Federação, souberam esco-lher o seu caminho e criar um subsiste-ma de saúde inovador e com capacida-de para continuar a atrair associadosdas novas gerações de bancários.

Fez ainda alusão às negociações con-tratuais e salariais, já sob a égide daFEBASE, principais vertentes de actua-ção do nosso Sindicato, sempre emarticulação com o SBN e o SBSI, nem

Depois de aprovadas as propostasem questão, todas por larga maioria,foi também votada favoravelmente,por unanimidade, uma moção de soli-dariedade face aos trágicos aconteci-mentos ocorridos na Madeira.

Relativamente às comemoraçõesdos 75 anos do SBC, tomaram a palavrao Presidente da Comissão das Come-morações Mário Figueira, a que se se-guiram os representantes das tendên-cias, respectivamente Aníbal Ribeiropela TSS e Carlos Rocha pela TSSD, ter-minando o Presidente da Direcção Car-los Silva.

“O júbilo e responsabilidade de gerir umlegado de gerações que ao longo de 75 anosforam construindo e reforçando um sistemaassociativo, que ombreia com o quede melhor existe no mundo sindical”

Carlos Silva

A sindicalização, uma das causas prioritárias em que assentou a candidatura dapresente direcção do sindicato, tem merecido o empenho e dinamismo de toda aestrutura sindical que sustenta as suas posições na auscultação aos bancários emgeral e aos seus associados em particular e ainda no reforço de laços de unidadeentre a classe.

De destacar o relançamento das "Jornadas Sindicais" e consequente desenvol-vimento de saudáveis relações sindicais, bem como o reforço da intervenção edinamização dos Secretariados Regionais e de Empresa e a sua ligação aosdelegados sindicais.

O lançamento de campanhas de sindicalização como forma de materializar ocrescimento do Sindicato, a manutenção de um regular calendário de visitas aoslocais de trabalho e o estabelecimento de uma eficaz ligação aos associadosatravés de informação regular e periódica, bem como à opinião pública em geral,enquadra a nossa actividade sindical e as bases da nossa actuação.

Temos, em equipas normalmente constituídas por elementos de toda a EstruturaSindical, nomeadamente, da Direcção, da MAG, do CG, dos SAMS e dos SecretariadosRegionais e de Empresa, feito campanhas de sindicalização e visitas periódicas atodos os balcões da nossa área sindical, com grandes proventos em termos denovos associados.

Temos ainda marcado presença activa na defesa dos bancários, em todos oslocais e postos de trabalho, nomeadamente aquando da tentativa de despedimen-tos no Finicrédito, onde contribuímos para que tal se tivesse gorado, no BPN,defendendo intransigentemente os postos de trabalho, numa acção concertadacom o SBN e o SBSI, corporizando aquilo que definimos como uma política deproximidade com os nossos associados.

Finalmente uma referência à sindicalização na CGD

Logo após a redução, em Conselho Geral, da quotização dos trabalhadores para1%, foi iniciada uma visita aos seus balcões, com consequências francamentepositivas, como indica a adesão ao nosso sindicato, até esta data, de cerca deoitenta colaboradores daquela Instituição.

Acentua-se em crescendoa política de proximidade

Sindicalização no SBC

Banc

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sempre concordantes, mas sempre so-lidários nos momentos em que está emcausa a defesa dos bancários.

Depois de uma breve referência àcrise financeira internacional e a actua-ções menos correctas por parte de al-guns Administradores bancários, bemcomo da acção do nosso Sindicato juntodos trabalhadores, referiu-se ao 25 deAbril – a Revolução dos Cravos – períodode grandes sonhos e da conquista dasliberdades, entre as quais a sindical edo papel dos sindicatos dos bancáriosna democratização da sociedade, daí aimportância em juntar Abril às festivi-dades, consubstanciada na ExposiçãoItinerante sob o lema "O 25 de Abril e aLiberdade Sindical".

Carlos Silva terminou defendendo aunidade do SBC e a preservação dosideais de Abril.

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Notícias l STAS - Actividade SeguradoraNotícias l Bancários Centro

Avisão que então levou este Sindi-cato a enveredar pela criação deuma escola profissional, tem

mostrado, sem quaisquer dúvidas, umaactualidade que somente peca por nãoter sido seguida por outras instituiçõessimilares.

Iniciado com o Curso Técnico de Segu-ros, evoluiu pela necessidade do merca-do, para uma maior abrangência no sec-tor financeiro, daí resultando o actualCurso Técnico de Banca – Seguros, aindahoje a espinha dorsal da oferta formativadesta escola profissional, agora integra-da num mundo formativo mais amplo,através da INETESE – Associação para oEnsino e Formação, criada em 2000.

Temos assim, que num percurso, quevai da formação escolar ao mundo dotrabalho, milhares de jovens são inicia-dos numa carreira profissional que cul-mina quase sempre, dada a elevadaempregabilidade verificada, num per-curso de sucesso quer no sector bancá-rio quer no sector segurador.

Esses mesmos jovens, contrariandoas reconhecidas dificuldades de pene-

Formação – uma aposta ganha pelo STASe um futuro para a FEBASE

tração que os sindicatos têm junto des-tes segmentos etários, estão mais doque ninguém despertos para reconhe-cerem nos sindicatos um parceiro im-portante e fundamental na sua forma-ção, podendo assim, com relativa faci-lidade ser um dos sustentáculos futurosdo movimento sindical.

A evolução deste projecto formativo,com maior acuidade nos últimos doisanos, potenciou um vasto caminho dedesenvolvimento da oferta formativa,criando-se um departamento de for-mação de activos que tem vindo a ex-pandir actividade na área da mediaçãode seguros, nomeadamente através deuma plataforma de e-learning, na for-mação técnica na área de seguros ebanca e na formação financiada de cur-ta e longa duração dirigida a todo ouniverso de pessoas activas do País.

Os números de 2008 e 2009 são ilus-trativos da real importância deste pro-jecto e falam por si: Cerca de 2000participantes em acções de formaçãona área da mediação de seguros; maisde duas centenas de trabalhadores

envolvidos em cursos técnicos na áreade seguros e banca (projecto com cercade três meses de actividade); 135.000horas de formação de activos, distribuí-dos por acções de curta duração (25horas) e por acções de longo prazo(EFA’s), são bem o espelho da apostaem boa hora efectuada pelo STAS.

A janela de oportunidade que a inte-gração do STAS na FEBASE proporciona,e com ela a possibilidade da INETESEpoder igualmente proporcionar aos sin-dicatos bancários um manancial dejovens, vai, certamente, constituir umdos nossos objectivos de curto prazo.

Meramente a título de exemplo, vãoser disponibilizadas para todos os as-sociados do STAS, a partir da platafor-ma de "e-learning" da INETESE, 90 ho-ras de formação gratuitas, abarcandoneste conjunto formação técnica es-sencial ao melhor desempenho da pro-fissão.

Este é certamente o caminho.

Carlos MarquesPresidente da Direcção do STAS

Criado em 1990 com três turmas, pelo então STSSRA – Sindicato dos Trabalhadores do Sule Regiões Autónomas, hoje STAS – Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora,o INETESE – Instituto de Educação Técnica de Seguros, evoluiu nestes 20 anos para umadas maiores escolas profissionais do País, com cerca de 50 turmas e 800 alunos STA

S-Actividade Seguradora

Além do Conselho Geral, que se rea-lizou no auditório da Caixa de Cré-dito Agrícola de Leiria, distrito com

grande representatividade e dinamis-mo no seio do SBC, para cuja mesa quedirigiu os trabalhos foi convidado oPresidente do CA daquela Instituição,

o nosso Colega Mário Matias, foi inau-gurada a exposição “O 25 de Abril e aLiberdade Sindical”, com a presença,entre outras entidades, da Dra. RosaGaspar, Adjunta do Governador Civilde Leiria, do Presidente da Câmara,Dr. Raul Castro e da Presidente da

Os 75 anos do SBC

O Sindicato dos Bancáriosdo Centro iniciou as

comemorações dos seus 75 anos,no passado dia 25 de Fevereiro,

na cidade de Leiria, as quaisvão compreender uma série

de iniciativas que se prolongarãoeste ano, em todos os distritos

da sua área de acção

Junta de Freguesia de Leiria, D. LauraEsperança.

Na ocasião, o Presidente do Sindicato,Carlos Silva, saudou e agradeceu a pre-sença de todos, com realce para as enti-dades oficiais, tecendo algumas conside-rações cordiais para os bancários, espe-cialmente os do distrito de Leiria, refe-renciando o espírito e vivência do Sindi-cato e da sua história, que associou aoespírito libertador do 25 de Abril, razãoque levou à organização daquela expo-sição. As entidades oficiais presentesagradeceram o convite e manifestaram oorgulho da cidade pelo facto do Sindicatoter iniciado as comemorações no Distritoe cidade de Leiria, louvando a iniciativae temática da exposição. No final davisita e discursos de circunstância, foiservido um “Porto de Honra”.

A exposição "O 25 de Abril e a LiberdadeSindical”, cujo acervo é, em grande parte,do SBSI, que solidariamente no-lo empres-tou, está patente na Sala de exposições daRegião de Turismo Leiria-Fátima, no Jar-dim Luís de Camões, naquela cidade deLeiria para mostrar iconograficamente oencontro com a liberdade, designadamen-te a sindical. Nela poderá ver-se o "percur-so de evolução desde a censura ao ideáriolibertário, o processo de implantação daDemocracia e os principais contextos etransformações a que esteve associado".“O objectivo é estimular a reflexão sobretemas como a liberdade e o sindicalismo,ao qual está associado à noção de defesacom justiça dos trabalhadores que se unema partir da constatação de problemas enecessidades comuns.” A conquista daliberdade veio assim também permitirque o movimento sindical pudesse de-monstrar o seu peso social, a sua grandedinâmica e acção perante os novos desa-fios e transformações da economia e dasinstituições.

Início das comemorações em Leiria

Nas finais nacionais que decorreram entre 13 e 15 de Fevereiro, nos“courts” do Clube de Ténis de Viana do Castelo, com a participação de39 tenistas de ambos os sexos, representantes dos sindicatos SBSI, SBN

e SBC, o destaque foi para as vitórias de Filipe Rebelo (BES/Caldas) nacategoria Homens [Seniores]; Olga Alfaiate (MBCP/Batalha) – Senhoras[Seniores]; Filipe Rebelo – Ramiro Martins (Reformado do BST/Caldas) [Pares– Homens] e Olga Alfaiate - Arlete Costa (SBN) – [Pares Senhoras], sendo aprimeira vez que na galeria dos campeões desta modalidade figuram tantosatletas do nosso Sindicato.

A participação dos nossos atletas foi excelente, pois nas sete categorias emdisputa, foram conquistadas quatro vitórias (em Senhoras, Homens, Pares/Senho-ras e Pares/Homens), para além do 3.º lugar em Seniores/Homens de Paulo Araújo(BPN/Vimeiro) e do 5.º lugar em Veteranos/(+de 60 anos) de Ramiro Martins.

SBC vence o torneiointerbancário de ténis

Em Viana do Castelo, os representantes do SBC, FilipeRebelo, Olga Alfaiate, Ramiro Martins e Paulo Araújoforam os grandes campeões

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O Presidenteda CâmaraMunicipalde Leiria,Dr. RaulCastro, aquicom CarlosSilva, honroua inauguraçãoda exposiçãodo SBC

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Notícias l STAS - Actividade Seguradora STAS-A

ctividade Seguradora

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ADirecção Nacional do STAS representada por Carlos Marques, Mário Rúbio ePatrícia Caixinha, deslocou-se a Ponta Delgada, para promover a divulgaçãodo livro, junto dos seus associados e demais interessados pelo tema.

A apresentação da obra, organizada pela Direcção Regional do STAS Açores,contou com a presença de um dos seus autores, Vítor Alegria, que retratou emtraços gerais o conteúdo da obra e deu a conhecer alguns episódios curiosos queocorreram durante a feitura desta excelente obra, disponível a um preço aliciante.

Um fim de tarde agradável, que possibilitou o contacto dos trabalhadores deseguros desta simpática ilha com a obra.

A Direcção Nacional do STAS, aproveitando a deslocação à ilha, visitou as delegaçõesdas companhias de seguros sedeadas em Ponta Delgada, contactando os trabalhado-res locais, tendo sido amavelmente recebida em todas elas.

A Direcção Nacional

Está a decorrer o 3.º Campeonato deFutebol de 7 do STAS. Os jogosrealizam-se no campo do Casa Pia

Atlético Clube - Estádio Pina Maniqueem Lisboa, às Sextas-feiras das 20,00 às22,00 horas.

Decorridas 6 jornadas, as classifica-ções são as seguintes:

Apresentação do Livro “Chapas”– Heráldica das Seguradoras em Ponta Delgada

Decorreu no passado dia26 de Fevereiro, pelas

18 horas, nas instalaçõesdo Inetese – Institutode Educação Técnica

de Seguros, em PontaDelgada, a apresentação

do Livro “Chapas”– Heráldica das

Seguradoras.

Se está empregado mas procuraum novo percurso profissional. Seestá desempregado e inconforma-

do. Se está reformado mas quer conti-nuar no activo. Se terminou um curso eestá à procura do 1.º emprego. Entãoestá no sítio certo!

Este é um espaço destinado aos nossossócios, que se encontram no activo, mastambém para os nossos sócios desempre-gados e reformados. É também um espaçopara os alunos do Inetese que estão àprocura do 1.º emprego e que disponibili-zem os seus dados para esse efeito.

Se pretende uma nova experiência apro-veite esta oportunidade. Não custa nada!

Ficha de InscriçãoPara se inscrever na Bolsa de Emprego

STAS, deverá consultar o espaço Bolsa deEmprego no nosso site www.stas.pt. De-pois, bastará preencher na totalidade

todos os campos do formulário, sendoque os campos de identificação pessoalde cada candidato não ficarão disponí-veis para consulta.

Depois de preenchido o formulário, esteé enviado automaticamente via e-mailpara o nosso Departamento de Emprego,que tratará as informações fornecidas eposterior colocação na Bolsa de Emprego.

CandidaturasAqui poderá consultar as candidaturas

inscritas na Bolsa de Emprego STAS. Ape-nas serão visíveis para consulta e porcandidato, a data de nascimento, as ha-bilitações académicas, a experiência pro-fissional adquirida, a disponibilidade, asua situação face ao emprego, e a zona//localidade preferencial para trabalho.

Às empresas/entidades interessadasnas ofertas da nossa Bolsa de Emprego,deverão preencher o formulário constan-

te no nosso site. O pedido será encami-nhado automaticamente para o nossoDepartamento de Emprego que o reenca-minhará para o respectivo candidato paraque este possa efectuar o contacto pre-tendido.

Trata-se de um serviço inovador que oSTAS, gratuitamente, disponibiliza aosseus associados e alunos da sua escolaprofissional.

Mais informações em www.stas.pt Patrícia Caixinha

Departamento de Comunicaçãoe Imagem

www.stas.pt

Bolsa de Emprego STAS

Criámos este espaço a pensar em si!

Global Seguros lidera no futebol de 7

Este Campeonato terá 14 jornadas pelo que convidamos todos osinteressados a assistirem ao seu desenrolar.

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