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16° TÍTULO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE ESQUIZOFRÊNICO TÍTULO: CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA: ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA: SUBÁREA: ENFERMAGEM SUBÁREA: INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE SÃO PAULO INSTITUIÇÃO: AUTOR(ES): REGINA CELIA DE SOUZA FARIA AUTOR(ES): ORIENTADOR(ES): LAÉRCIO OLIVEIRA NEVES ORIENTADOR(ES):

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16°

TÍTULO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE ESQUIZOFRÊNICOTÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTOCATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA:

SUBÁREA: ENFERMAGEMSUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE SÃO PAULOINSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): REGINA CELIA DE SOUZA FARIAAUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LAÉRCIO OLIVEIRA NEVESORIENTADOR(ES):

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FACULDADE DE SÃO PAULO – FASP CURSO: Enfermagem

Regina Célia de Souza Faria

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE ESQUIZOFRÊNICO

São Paulo 2016

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REGINA CÉLIA DE SOUZA FARIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE ESQUIZOFRÊNICO

Projeto apresentado a Faculdade de São Paulo – FASP como requisito parcial a obtenção de nota na disciplina de Metodologia Científica de Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso. Curso: Enfermagem Orientador: Profº Me. Laércio Neves

São Paulo 2016

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REGINA CÉLIA DE SOUZA FARIA

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE

ESQUIZOFRÊNICO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de

Enfermagem da Faculdade de São Paulo

Data:____/____/_____.

Banca Examinadora

_____________________________________ Nota:__________.

Prof. Esp. (Coorientador)

_____________________________________ Nota:__________.

Prof. Esp. (Convidado)

_____________________________________ Nota:__________.

Profa. Esp. (Convidada)

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos que de alguma forma nos ajudou a elabora-lo

em especial para a professora Viviane Thais Barbosa.

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AGRADECIMENTO

Agradecemos a todos os amigos que de alguma forma doaram um pouco de

si para que a conclusão deste trabalho se tornasse possível.

Agradecemos aos nossos Orientadores Professores Mauricio Yamaguti e

Rosângela Claret de Oliveira, Sabrina Rocha que foram tão importantes em nossa

vida acadêmica e no desenvolvimento deste trabalho.

Agradecemos ao nosso Coorientador Professor Laércio Neves que

disponibilizou de seu tempo, sempre com uma simpatia contagiante e nos conduziu

com maestria pelos caminhos das pesquisas.

E finalmente agradecemos a Deus, que nos deu forças e sabedoria e por

nos fazer acreditar que nossa existência pressupõe outra infinitamente superior.

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Corpo e alma não podem ser separados

para fins de tratamento, pois eles são um só

e indivisível. Mentes doentes devem ser

curadas, bem como corpos doentes.

(Dr. Jeff Miller)

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RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo identificar através da revisão literária a atuação do Enfermeiro na Assistência ao paciente Esquizofrênico. A esquizofrenia ainda é considerada a doença mental mais incapacitante. Em 1896 esse transtorno mental foi descrito pela primeira vez por Emil Kraepling e foi denominado como Demência Precoce. Segundo Samaia, et al., (1998) a esquizofrenia é uma síndrome psiquiátrica complexa que acomete uma em cada cem pessoas na população geral. Com evolução crônica, costuma comprometer a vida do paciente, tornando-o frágil diante de situações que lhes estressam, levando-os ao risco de suicídio. As causas da esquizofrenia ainda não estão bem elucidadas, entretanto, 1% da população é acometida por ela. A esquizofrenia se manifesta de forma diferenciada em cada portador da doença, pois afeta o conteúdo e os processos de pensamento, a percepção, a emoção, o comportamento e o funcionamento social. As manifestações clínicas iniciais que a esquizofrenia pode apresentar são aguda ou insidiosa, com características distintas evoluindo para uma sintomatologia própria. Apesar dos sintomas da esquizofrenia serem graves, com decurso longo, nem sempre envolve deterioração progressiva, por isso que o curso clínico varia de acordo com o paciente (VIDEBECK, 2012). Em razão da sintomatologia e diferentes necessidades da pessoa esquizofrênica, novos olhares e tratamentos foram desenvolvidos ao longo do tempo, visando contemplar a subjetividade, singularidade e as necessidades humanas do indivíduo que adoeceu, promovendo a aproximação com a comunidade, por meio da valorização e utilização de saberes e diversas práticas pertinentes à área da saúde mental, dentre as quais se destacam a psicoterapia, uso de antipsicóticos e o acolhimento (LOBO et al., 2008). Mesmo com a conquista do tratamento humanizado e da autonomia dos pacientes, vários profissionais ainda continuam focados na doença e no processo de causa e efeito, sem levar em consideração, que cada paciente é único, com personalidade e vontades diferentes, e, embora os sintomas sejam descritos de forma generalizada, é preciso analisar cada um de maneira individual, adequando assim, seu tratamento. Esta análise deve ser estendida também à família, pois a mesma necessita de cuidados, tal qual o paciente, respeitando suas crenças, costumes, cultura, e adequando uma forma de tratamento para cada família. Mas essa diferenciação será um desafio, com barreiras a serem transpostas e desgastes entre as equipes multiprofissionais, onde membros divergem na forma de pensar e trabalhar a saúde mental.

Palavras chaves: Esquizofrenia, Assistência de enfermagem, Enfermagem psiquiátrica, Saúde mental, Relações família e esquizofrenia.

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ABSTRACT

This research aimed to identify through literary review the role of the nurse in assistance to the Schizophrenic patient.

Schizophrenia is still considered the most disabling mental illness. In 1896 this mental disorder was first described by Emil Kraepling and was termed as Dementia Early. According Samaia, et al., (1998) Schizophrenia is a complex psychiatric syndrome that affects one in every hundred people in the general population. With chronic evolution, often compromising the patient's life, making it fragile in situations that stress out them, taking them to the risk of suicide. The causes of schizophrenia are not well understood, however, 1% of the population is affected by it.

Schizophrenia manifests itself differently in each carrier of the disease as it affects the content and processes of thought, perception, emotion, behavior and social functioning. Initial clinical manifestations that schizophrenia may present are acute or insidious, with distinct characteristics evolving into its own symptoms. Although symptoms of schizophrenia are severe, with a long course, not always involves progressive deterioration, so that the clinical course varies with the patient (VIDEBECK, 2012).

Because of the symptoms and different needs of the schizophrenic person, new looks and treatments have been developed over time, seeks to include subjectivity, singularity and human needs of the individual who became ill, promoting closer ties with the community, through the recovery and use of knowledge and diverse practices relevant to mental health, among which stand out psychotherapy, antipsychotics and the host (WOLF et al., 2008).

Even with the conquest of humane treatment and patient autonomy, many professionals are still focused on the disease and the cause and effect process, without taking into consideration that each patient is unique, with personality and different wills, and although the symptoms are described in a general way, it is necessary to examine each individually, adjusting thus their treatment.

This analysis should also be extended to the family, because it needs care, like the patient, respecting their beliefs, customs, culture, and adapting a form of treatment for each family. But this differentiation will be challenging hurdles to be overcome and wear between multidisciplinary teams, where members differ in the way of thinking and working mental health.

Keywords: Schizophrenia. Nursing care. Psychiatric nursing. Mental health. Family relationships and schizophrenia.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 12

3 METODOLOGIA .................................................................................................... 13

4 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 14

4.1 Fisiopatogenia da esquizofrenia ...................................................................... 14

4.2 Ações do enfermeiro em Saúde Mental ........................................................... 17

4.3 Dificuldades da assistência de enfermagem no tratamento ao paciente

esquizofrênico ........................................................................................................ 21

4.4 O papel do enfermeiro na conscientização da esquizofrenia pelos familiares,

viabilizando as necessidades do paciente. ............................................................ 24

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 26

REFERÊNCIA ........................................................................................................... 29

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1 INTRODUÇÃO

A esquizofrenia ainda é considerada a doença mental mais incapacitante.

Em 1896 esse transtorno mental foi descrito pela primeira vez por Emil Kraepling e

foi denominado como Demência Precoce (TEIXEIRA, 2005). Segundo Samaia, et al.

(1998) a esquizofrenia é uma síndrome psiquiátrica complexa que acomete uma em

cada cem pessoas na população geral. Com evolução crônica, costuma

comprometer a vida do paciente, tornando-o frágil diante de situações que lhes

estressam, levando-os ao risco de suicídio (SHIRAKAWA, 2000).

As causas da esquizofrenia ainda não estão bem elucidadas, entretanto, 1%

da população é acometida por ela, sendo maior em jovens do sexo masculino

(RAZZOUK; SHIRAKAWA, 1998). A esquizofrenia se manifesta de forma

diferenciada em cada portador da doença, pois afeta o conteúdo e os processos de

pensamento, a percepção, a emoção, o comportamento e o funcionamento social

(VIDEBECK, 2012). As manifestações clínicas iniciais que a esquizofrenia pode

apresentar são aguda ou insidiosa, com características distintas evoluindo para uma

sintomatologia própria (GIACON; GALERA, 2006). Apesar dos sintomas da

esquizofrenia serem graves com decurso longo, nem sempre envolve deterioração

progressiva, por isso que o curso clínico varia de acordo com o paciente

(VIDEBECK, 2012).

O processo de promover o contato entre o doente e os serviços de

atendimento a saúde existentes, cabe à família (VILLARES et al., 1999). A

importância da família no processo de saúde doença tem sido alvo de estudos nos

últimos anos (TEIXEIRA, 2005). É imprescindível observar que em meio a

sofrimentos relacionados a transtorno mental tem o próprio contexto familiar (SALES

et al., 2010). A família ao se deparar com o adoecimento de seu ente familiar inicia-

se um processo de ajustes entre erros e acertos para manter a integridade do grupo

(GIACON; GALERA, 2013). Muitas vezes a família se vê envolta em sentimentos

incompreendidos por eles mesmos, sentindo-se sobrecarregado com os cuidados

diários do seu familiar com transtorno mental (SCHÜLHI et al., 2012).

De acordo com Shirakawa (2000) toda doença crônica dificulta a vida do

portador e sua relação com a família. Se o portador da doença e a família forem

igualmente conscientizados, o choque poderá ser evitado.

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11

A enfermagem brasileira tem se voltado para a família como um grupo de

grande potencial de acolhimento e socialização de seus membros nas áreas de

psiquiatria e saúde mental (GALERA; LUIS, 2002). Segundo Faria e Chicarelli (2009)

o enfermeiro vem se capacitando para aprimorar seus conhecimentos, em busca de

novas abordagens, levando em conta a singularidade de cada portador da doença

mental.

Na luta contra o estigma da esquizofrenia e em todas as fases do tratamento

e da recuperação das pessoas afetadas, os enfermeiros, juntamente com os demais

membros da equipe, desempenham papel fundamental no cuidado (CASTRO;

FUREGATO, 2008). Ao desenvolver os cuidados, é de fundamental importância que

o profissional reconheça os fatores relevantes para desenvolvê-lo. Cuidar de um

paciente com um transtorno crônico faz com que os enfermeiros se sintam limitados

na assistência, aflorando sentimentos como frustração e impotência (LIMA et al.,

2013). Quando o profissional de enfermagem consegue demonstrar com maior

evidência seus sentimentos aceitando o paciente como ele é e buscando

compreender seu mundo, o desenvolvimento do seu trabalhado é qualificado

(SUCIGAN et al., 2013). Sendo assim, os profissionais devem reforçar junto aos

pacientes os aspectos positivos referentes à percepção dos benefícios em aderir ao

tratamento (NICOLINO et al., 2011).

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2 OBJETIVOS

- Conhecer a fisiopatogenia da esquizofrenia;

- Descrever as principais dificuldades da assistência de enfermagem no

tratamento ao paciente esquizofrênico;

- Destacar o papel do enfermeiro na conscientização da esquizofrenia pelos

familiares, viabilizando as necessidades do paciente.

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3 METODOLOGIA

Pesquisa de Revisão Integrativa da literatura, onde foram utilizados materiais

hospedados na: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em

Saúde (BVS), Google Acadêmico, no catálogo bibliográfico DEDALUS da

Universidade de São Paulo (USP), em livros e periódicos das bibliotecas da

Faculdade de São Paulo (FASP), da Escola de Enfermagem da Universidade de

São Paulo (EEUSP), Revista Brasileira de Enfermagem (REBEN) em Revista

Brasileira de Psiquiatria (UNIFESP) e livros do Programa de Esquizofrenia

(PROESQ) da (UNIFESP – EPM). Utilizando-se as palavras-chave: Esquizofrenia,

Assistência de enfermagem, Enfermagem psiquiátrica, Saúde mental, Relações

família e esquizofrenia. Foram encontrados ______ artigos e selecionados _____

livros, condizentes com os objetivos propostos.

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4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Fisiopatogenia da esquizofrenia

As concepções atuais sobre a esquizofrenia são resultado de longa evolução

do pensamento cientifico no terreno da psiquiatria. Em épocas remotas, muito antes

que se tivesse formado a psiquiatria como especialidade médica autônoma, já se

encontram descrições fragmentárias desta enfermidade (PAIM, 1990).

Por ser uma das mais intrigantes condições psiquiátricas, a esquizofrenia

desperta curiosidade, aumentando assim consideravelmente as pesquisas

relacionadas ao seu funcionamento neurofisiológico. (ARARIPE NETO, 2007).

Alguns fatores físicos de possível significância etiológica já foram

identificados na literatura médica, embora seus mecanismos específicos em relação

a esquizofrenia não fossem esclarecidos (TOWNSEND, 2011).

Os problemas da etiologia e da patogenia da esquizofrenia não estão bem

esclarecidos, alguns autores clássicos atribuem uma significação importante. A

frequência de disposição psicopáticas nas famílias dos doentes mentais é um fato

de observação comum e até o momento não foi possível esclarecer em que medida

intervém a hereditariedade e qual a sua participação na eclosão desta psicose,

porque a investigação da hereditariedade patológica ultrapassa os limites da

psiquiatria (PAIM, 1990).

A previsão do curso da esquizofrenia sempre foi considerada obscura, uma

vez que tem seu aspecto demencial e faz parte de uma morbidade definhante

(FARIA; CHICARRELLI, 2009).

Segundo Dalgalarrondo, (2008) os psicopatólogos (dentre eles Bleuler) do

final do século XIX e início do XX distinguiram alguns subtipos de esquizofrenia:

Paranóide, caracterizada por alucinações e ideias delirantes, principalmente

de conteúdo persecutório.

Catatônica, marcada por alterações motoras, hipertonia, flexibilidade

cerácea e alterações da vontade, como negativismo, mutismo e impulsividade.

Hebefrênica, caracterizada por pensamento desorganizado, comportamento

bizarro e afeto pueril.

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Indiferenciada, é a mais complicada de ser caracterizada; o quadro preenche

critérios para esquizofrenia, mas não satisfaz os critérios para o tipo paranóide,

desorganizado ou catatônico. Muitas vezes, esta forma de esquizofrenia é

confundida com transtorno de personalidade. (TENGAN; MAIA, 2004)

Residual, é a forma crônica da doença, onde se percebe uma progressão

clara dos sintomas psicóticos da esquizofrenia; no estágio mais tardio, há

predominância de sintomas negativos (TENGAN; MAIA, 2004).

Infantil, com início na infância é uma patologia rara, quase 50 vezes menos

frequente quando comparada com pacientes que iniciaram a doença com idade

acima de 15 anos (TENGAN; MAIA, 2004).

Conforme relata Jones et al. (1994) as diferenças entre as crianças

destinadas a desenvolver esquizofrenia como adultos e a população em geral foram

encontrados toda uma gama de domínios de desenvolvimento. Tal como com

algumas outras doenças do adulto, as origens da esquizofrenia podem ser

encontrados em vida pregressa.

Muitos estudos retrospectivos interessaram-se pela infância dos

esquizofrênicos cujos distúrbios se iniciaram na idade adulta. Ainda que as

pesquisas apresentem limites do ponto de vista metodológico, elas mostram, de

maneira bastante coerente, que os sujeitos que se tornaram esquizofrênicos

apresentaram no curso da infância maior tendência ao recolhimento e mais

comportamentos agressivos e antissociais do que seus irmãos e irmãs não afetados

(BURSZTEJN, 2005).

E, finalmente, definiu-se um subtipo simples, no qual, apesar de faltarem

sintomas característicos, observa-se um lento e progressivo empobrecimento

psíquico e comportamental, com negligência quanto aos cuidados de si (higiene,

roupas, saúde), embotamento afetivo e distanciamento social (DALGALARRONDO,

2008)

A relação de tempo entre a deficiência cognitiva e a doença

neuropsicológica foi abordada através de estudos dos dados coletados em

indivíduos antes do desenvolvimento da esquizofrenia. O objetivo tem sido para

determinar se quaisquer anormalidades pré-existentes no funcionamento cognitivo

são aparentes antes do início da esquizofrenia (O’CARROLL, 2000). Segundo,

Jones et al. (1994) usaram os sujeitos da Pesquisa Nacional Medical Research

Council de Saúde e Desenvolvimento, uma amostra aleatória de mais de 5000

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nascimentos na Inglaterra, Escócia e País de Gales durante a primeira semana de

Março de 1946. A partir dessa amostra, 30 casos de esquizofrenia surgiram entre as

idades de 16 e 43. Todos os indivíduos tinham sido testados para não-verbal, verbal

e habilidades de leitura nas idades de 8, 11 e 15 anos e aritmética era medidos nas

idades de 11 e 15 anos, com vocabulário a ser avaliado nas idades de 8 e 11 anos.

Aos 15 anos, os professores avaliaram os casos como sendo mais ansioso em

situações sociais, independente do quociente de inteligência.

A ocorrência de alterações cerebrais subjacentes aos sintomas da

esquizofrenia já era admitida desde as propostas de classificação clássicas para

esse transtorno (BUSATTO FILHO, 2000). Adad e Mattos, (2000), relata que,

entretanto, no atual estágio do conhecimento, essas alterações não parecem ser

elementos confiáveis como marcadores biológicos desta patologia, principalmente

por que não foram estabelecidos padrões específicos de comprometimento

cognitivos associados à doença.

Videbeck (2012) enfatiza que, nos anos imediatamente posteriores ao

surgimento dos sintomas psicóticos, emergem dois padrões clínicos típicos. Em um

deles, o paciente apresenta psicose continua e nunca se recupera completamente,

embora os sintomas possam mudar de gravidade ao longo do tempo. No outro

padrão, o paciente tem episódios de sintomas psicóticos que alternam com

episódios de recuperação relativamente completa em relação à psicose.

Com o desenvolvimento de técnicas não invasivas (VIDEBECK, 2012). A

tecnologia em neuroimagem funcional nos últimos cinco anos está provocando um

rápido avanço o que resultou numa explosão de novos achados na psiquiatria. O

uso da ressonância magnética funcional (RMF) na pesquisa em esquizofrenia é um

bom exemplo de como esse avanço tornou possível a investigação de aspectos

complexos das doenças mentais (ARCURI; MCGUIRE, 2001).

Atualmente, já não há mais dúvida de que a esquizofrenia é um transtorno

que acomete o funcionamento cerebral. Diferentes estudos vêm demonstrando

alterações neuroanatômicas, neurofisiológicas e neuroquímicas, mas até o momento

poucos achados resultaram em real benefício para os pacientes, portanto um maior

entendimento da fisiopatologia da esquizofrenia possibilitará diagnósticos mais

específicos, tratamentos mais eficazes e, possivelmente, prevenção (BRESSAN et

al., 2001).

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O ponto principal, vis a vis neuropatologia, é que a presença de anomalias

estruturais, ainda que ligeira, deve ser levado em conta (HARRISON, 1999).

Pacientes esquizofrênicos apresentam alterações no desempenho em uma

grande variedade de testes de memória. Ainda que alguns autores defendam o

argumento de que as alterações de memória na esquizofrenia sejam

desproporcionalmente proeminentes em relação a outros distúrbios cognitivos, não

existem informações conclusivas a respeito da exata natureza dessas alterações

(ADAD et. al., 2000).

Kraeplin e Bleuler enfatizavam a importância dos sintomas depressivos na

evolução da esquizofrenia em suas descrições clássicas. Com a introdução dos

instrumentos padronizados na psiquiatria, foram encontradas taxas expressivas de

depressão em todas as fases da esquizofrenia (BRESSAN, 1998). Com isso,

modificaram-se alguns conceitos associados ao quadro de depressão pós psicótica,

como a noção de que os sintomas depressivos são um fenômeno restrito ao período

pós-psicótico, associado a bom prognóstico. Para se fazer diagnóstico de depressão

em pacientes com esquizofrenia é necessário estar atento e investigar ativamente o

humor do paciente (BRESSAN, 2000).

Quanto à patofisiologia bioquímica da esquizofrenia, a mais aceita é a

hipótese da dopamina, que sugere como causa do distúrbio a hiperatividade do

sistema da dopamina, porém, há falhas nesta teoria (RAMOS; HÜBNER, 2004).

Todavia Salum et al. (2007) relata que por várias décadas a hipótese

dopaminérgica da esquizofrenia vem conduzindo as principais investigações sobre

sua fisiopatologia, no entanto, a ampla compreensão dessa desordem continua

distante.

4.2 Ações do enfermeiro em Saúde Mental

Desde o surgimento da psiquiatria, no final do século XVIII, a enfermagem

psiquiátrica tem se transformado. No Brasil, essa área específica da enfermagem

surgiu no hospício, com o objetivo de vigiar, controlar e reprimir, perfil que se

manteve durante muito tempo, pois os seus profissionais não conseguiam mudar o

modo de entender e assistir o doente mental, o qual continuava sendo visto como

louco e perigoso (AVANCI et al., 2002).

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18

Segundo Oliveira e Alessi (2003) a psiquiatria e a enfermagem psiquiátrica

surgiram no hospício que era uma instituição disciplinar para reeducação do

louco/alienado, o médico/alienista, a figura de autoridade a ser respeitada e imitada

nesse projeto pedagógico e, os trabalhadores de enfermagem, os atores

coadjuvantes nesse processo, os executores da ordem disciplinar emanada dos

médicos.

A Reforma Psiquiátrica Brasileira foi responsável por modificações

significativas na assistência às pessoas portadoras de distúrbios mentais. Com as

práticas de desospitalização e a criação de serviços substitutivos ao hospital

psiquiátrico, a pessoa em sofrimento psíquico tem como proposta mais autonomia

em seus direitos. Assim, gradativamente, assume postura ativa em seu processo de

tratamento, no contexto onde vive. Essas conquistas decorreram de lutas e

reivindicações dos trabalhadores da saúde mental e grupos sociais organizados, e

culminaram na elaboração de declarações, projetos de lei e, mais tarde, na

promulgação de leis que viessem garantir atendimento de qualidade a essas

pessoas, baseado em uma lógica de reabilitação e reinserção social (MARINHO et

al., 2011).

A ação de enfermagem no campo psiquiátrico e das demais práticas sociais

em saúde, em que pesasse a disponibilidade pessoal ou o agenciamento afetivo

intraequipe como exemplo na relação de amizade, respeito pessoal ou profissional,

estava institucionalmente submetida ao saber e ao poder médico. Assim, a

realização de atividade grupal, atendimento individual, atividade externa,

acompanhamento familiar, toda e qualquer intervenção profissional não médica era

regulada e regulamentada pelo corpo clínico médico. Dessa forma, a habilidade e o

conhecimento teórico e prático do manejo da doença e sua sintomatologia

ensinados a enfermeiro, durante a formação acadêmica, eram dispensáveis (SILVA;

FONSECA, 2005)

Gentile e Pereira, (2005) indagam que isso os remete a pensar na

historicidade da loucura, na consideração histórica da doença mental, seus

conceitos que determinam ações atuais e que ao longo dos tempos pediram uma

classificação.

Os profissionais de enfermagem atuais tem maior interesse em compreender

a experiência dos familiares no convívio com as pessoas com transtorno mental, em

conhecer suas dificuldades cotidianas, suas percepções em relação aos serviços de

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saúde mental, e, principalmente, em demonstrar suas necessidades nesse

processo. (SCHÜLHI et al., 2012). Portanto, Andrade e Pedrão (2005), afirmam que

o enfermeiro está cada vez mais atuante e consciente de seu novo papel e tem

condição de explorar diversas modalidades terapêuticas no desempenho de sua

atividade profissional.

Brusamarello et al. (2009) ressalta que, as constantes transformações na

profissão de enfermagem, decorrentes dos avanços nos processos do cuidar em

saúde mental, estão incitando o enfermeiro a rever suas atribuições como

profissional, transformar seu processo de trabalho, adaptar-se ao cuidar terapêutico,

usando a comunicação e o relacionamento interpessoal para evoluir em suas

produções e ações científicas.

O trabalho de enfermagem na área de Saúde Mental caracteriza-se,

portanto, pela transição entre uma prática de cuidado hospitalar que visava à

contenção do comportamento dos “doentes mentais” e a incorporação de princípios

novos e desconhecidos, que busca adequar-se a uma prática interdisciplinar, aberta

às contingências dos sujeitos envolvidos em cada momento e em cada contexto,

superando a perspectiva disciplinar de suas ações. É, portanto, período crítico para

a profissão e favorável para o conhecimento e análise do processo de trabalho

nessa área (OLIVEIRA; ALESSI, 2003).

Conforme relata Fraga et al. (2006), os trabalhadores de saúde mental

realizaram uma autocrítica sobre o papel que vinham desempenhando nessa

assistência que era de baixa qualidade, desrespeitosa e segregadora dos doentes

mentais, e sobre o novo papel político que precisariam assumir para transformar tal

realidade.

No cotidiano dos serviços de atenção à saúde mental, presenciam-se ações

de muitos trabalhadores que obtém a experiência de novas tecnologias pautadas na

noção do cuidado a um sujeito que é dotado de necessidades, de desejos e de

crenças (MUNIZ et al., 2015).

No Brasil a estruturação da enfermagem como uma atividade sistematizada,

que exige ensino formal e regulada por legislação específica, data do início do

século XX. A criação da Escola de Enfermeiras Ana Néri, em 1923, é

frequentemente citada como um marco na formação profissional de enfermagem

não só por ser a primeira escola dirigida por enfermeiras, como por servir de modelo

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para o desenvolvimento das escolas de enfermagem em nosso país (CESTARI,

2002).

São os princípios fundamentais do Código de Ética dos Profissionais de

Enfermagem, a enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a

qualidade de vida da pessoa, família e coletividade. O profissional de enfermagem

atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia

e em consonância com os preceitos éticos e legais. Participa, como integrante da

equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da

população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais,

que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da

assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da

comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços

de saúde. Respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as suas

dimensões, exerce suas atividades com competência para a promoção do ser

humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.

Esta profissão desenvolveu-se através dos séculos, mantendo uma estreita

relação com a história da civilização. Neste contexto, tem um papel preponderante

por ser uma profissão que busca promover o bem estar do ser humano, atuando na

promoção da saúde, prevenção de enfermidades, no transcurso de doenças e

agravos, nas incapacidades e no processo de morrer (BEDIN et al., 2005).

A Lei do Exercício Profissional n.°7.498/1986, Cofen, dispõe sobre a

regulamentação do exercício da Enfermagem, em seus artigos assim elaborados.

Art. 1º – É livre o exercício da Enfermagem em todo o território nacional,

observadas as disposições desta Lei.

Art. 2º – A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser

exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de

Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício.

Art. 3º – O planejamento e a programação das instituições e serviços de

saúde incluem planejamento e programação de Enfermagem.

Art. 4º – A programação de Enfermagem inclui a prescrição da assistência

de Enfermagem.

Art. 6º – São enfermeiros: O titular do diploma de enfermeiro conferido por

instituição de ensino, nos termos da lei.

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A construção do saber sobre o corpo pelos profissionais de enfermagem se

dá sobre um corpo específico, o corpo doente, apoiado no modelo biomédico de

atendimento à saúde, construído no interior da prática médica, detentora da

legitimidade do domínio dos saberes e intervenções dirigidas à saúde e à doença.

Por isso, a forma de ver, pensar, lidar e cuidar dos doentes, com todos os meios −

conhecimentos, técnicas e materiais − se concretiza na maneira/modos de

organizar, produzir e reproduzir a vida social e biológica. Pensar e teorizar sobre o

corpo como objeto de trabalho da enfermagem a partir de seus significados traz à

tona a necessidade de identificar como se dá à construção do saber sobre o corpo e

como esse saber se transformou num exercício de poder para a

enfermeira/profissionais de enfermagem no cotidiano de sua prática profissional

(AZEVEDO; RAMOS, 2006).

Em termos de Brasil, esse processo vem acontecendo de forma gradativa,

nem sempre com o ritmo e a qualidade desejados (MARINHO et al., 2011).

A Enfermagem atingiu um nível de excelência nestes últimos anos, graças

ao contínuo desenvolvimento da investigação, contribuindo para a criação de um

corpo de conhecimentos próprio, cuja finalidade é não só orientar a prática dos

cuidados da profissão, como também servir ao ser humano (GONÇAVES et al.,

2008).

4.3 Dificuldades da assistência de enfermagem no tratamento ao

paciente esquizofrênico

Os enfermeiros apresentam dificuldades em cuidar do paciente

esquizofrênico devido à complexidade do transtorno por ele apresentado, como

comportamentos de heteroagressividade, delírios e alucinações, principalmente no

que se refere à comunicação e relações interpessoais (CASTRO; FUREGATO,

2008).

Na prática, observa-se que enfermeiros psiquiátricos, com frequência,

encontram dificuldades em programar os cuidados de enfermagem aos

esquizofrênicos, devido às características dessa doença mental. É importante que a

enfermagem através do cuidado nas 24 horas conscientize de que o portador desta

patologia é um ser humano singular que apresenta alterações emocionais e

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comportamentais. Assim, poderá ajudá-lo a enfrentar as dificuldades, aceitando suas

limitações (CASTRO; FUREGATO, 2008).

Portanto, a falta de supervisão constante e direta da chefia imediata

proporciona intensa desproteção no trabalhador de enfermagem, gerando

sentimento de solidão, pois muitas vezes, assumem determinadas decisões sem

possuírem autonomia suficiente para tal (CARVALHO; FELLI, 2006).

Na dinâmica dessas relações os reflexos da reforma psiquiátrica sobre o

cuidado do doente mental na família revelam dificuldades de ordem emocional,

social, relacional, econômica e materiais, conforme expressaram as próprias

cuidadoras que referem sobre o comportamento agressivo e violento deles e as

consequências desse comportamento na convivência familiar, os momentos de

maior pico das tensões eclodem nas chamadas crises dos doentes mentais, sejam

com manifestações de tentativa de suicídio ou não (GONÇALVES; SENA, 2001).

Levando em conta que o consumo de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, é

frequente entre os portadores de esquizofrenia, a associação dessas duas

comorbidades e os efeitos negativos que uma apresenta sobre a outra, comumente

são negligenciados pela equipe que oferece assistência para esse indivíduo. O

paciente, muitas vezes, recebe tratamento para aquela patologia mais evidente, o

que o priva de ser tratado de maneira integral e efetiva (SILVEIRA et., al., 2014).

Apesar de haver lacunas a preencher, é notória a elaboração de políticas

públicas significativas que incentivem novas práticas pautadas em paradigmas

focados na Reforma Psiquiátrica, na qualidade de vida e na reabilitação

psicossocial. Com isso, os profissionais que atuam e militam no campo da saúde

mental tem procurado modificar suas ações mediante troca de vivencias, de saberes

e de praticas, tentando inserir nas discussões os usuários de serviços, seus

familiares e pessoas da comunidade. (MARINHO et al., 2008).

A psicoterapia tem se mostrado um importante recurso terapêutico,

associado ao tratamento farmacológico, na recuperação e na reabilitação do

indivíduo esquizofrênico. Por meio de abordagens educativas, interpessoais ou

dinâmicas, visa se recuperar o indivíduo no nível psíquico, interpessoal e social

(ZANINI, 2000). E com o avanço farmacológico, contribuiu efetivamente no controle

dos sintomas psicóticos e, como isso, ocasionou um melhor desfecho clínico (SÁ

JUNIOR; SOUZA, 2007).

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Após a descoberta da ação sedativa da Clorpromazina, por Laborit, iniciou-

se o tratamento farmacológico para a esquizofrenia, os primeiros relatos das

propriedades deste fármaco, foram realizados em 1952 por Delay e Deniker. Em

1963 Carlsson e Lindqvist observaram e relatou o aumento do ácido homovanílico,

metabólico da dopamina em decorrência do tratamento antipsicótico, firmou-se a

hipótese dopaminérgica como causadora dos transtornos que ocorrem na

esquizofrenia (SHIRAKAWA et al., 1998).

O tratamento após o primeiro surto psicótico favorece o resultado a longo

termo e não dificulta um possível diagnóstico diferencial posteriormente (RAMOS;

HÜBNER, 2004).

Segundo Bressan et al. (2001), o mecanismo de ação das drogas

antipsicóticas está ligado ao bloqueio de receptores D2 de dopamina. Os estudos de

neuroimagem investigando o uso de antipsicóticos na esquizofrenia indicam que são

necessárias ocupações de receptores D2 superiores a 65% ou 70% para se obter

resposta clínica. Entretanto, a janela terapêutica é estreita, pois quando a ocupação

supera 78%, a chance de se desenvolver tanto sintomas extrapiramidais como

sintomas depressivos são altos.

Em razão da sintomatologia e diferentes necessidades da pessoa

esquizofrênica, novos olhares e tratamentos foram desenvolvidos ao longo do

tempo, visando contemplar a subjetividade, singularidade e as necessidades

humanas do indivíduo que adoeceu, promovendo a aproximação com a

comunidade, por meio da valorização e utilização de saberes e diversas práticas

pertinentes à área da saúde mental, dentre as quais se destacam a psicoterapia, uso

de antipsicóticos e o acolhimento (LOBO et al., 2008).

Na escolha do tratamento, devem ser considerados os fármacos já

utilizados, o estágio da doença, a história de resposta e adesão e o risco-benefício.

(BRASIL, 2013).

Portanto a demora na procura do tratamento pode indicar um mau

prognóstico, pois os sintomas tornam-se mais intensos, implicando em maior tempo

de tratamento psicofarmacológico e com doses mais elevadas (GIACON; GALERA,

2006).

Entretanto afirma Marinho et al. (2009) avanços ainda poderão ser

observados quanto à integralidade das ações e a interdisciplinaridade, vislumbrando

uma rede de serviços consolidada e articulada, principalmente, no quesito das

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referencias e contrarreferencias, as quais, em muitas experiências, ainda se

mostram sem a sistematização e deficientes em termos de execução.

4.4 O papel do enfermeiro na conscientização da esquizofrenia

pelos familiares, viabilizando as necessidades do paciente.

A abordagem terapêutica na esquizofrenia tem passado por diversas

mudanças, o trabalho de profissionais de saúde mental, atuando em equipe,

favorece uma visão ampla (SÁ JUNIOR; SOUZA, 2007).

A partir das décadas de 80 e 90 do século passado, muitos trabalhadores na

área de saúde mental têm-se comprometido com a "desconstrução" dos aparatos

manicomiais e a construção de estruturas assistenciais e formas de lidar com a

loucura. No enfoque da mudança de paradigma, fica evidente a necessidade da

modificação de postura do enfermeiro para uma abordagem holística, considerando

a individualidade do ser humano, o contexto de saúde e doença em que ele está

inserido, o relacionamento interpessoal, permeando a coparticipação no processo da

reabilitação e a promoção do autocuidado como forma de responsabilizar o sujeito

pela sua saúde (MUNIZ et al., 2015).

As funções do enfermeiro estão focadas na promoção da saúde mental, na

prevenção da enfermidade mental, na ajuda ao doente a enfrentar as pressões da

enfermidade mental e na capacidade de assistir ao paciente, à família e à

comunidade, ajudando-os a encontrarem o verdadeiro sentido da enfermidade

mental. Ao se reavaliar a prática de enfermagem, deve-se fazê-lo numa perspectiva

humanista, criativa, reflexiva e imaginativa, considerando como categoria central da

profissão o cuidar compreendido como processo dinâmico, mutável e inovador

(VILELA; SCATENA, 2004).

A, perspectiva histórica e evolução dos cuidados na assistência de

enfermagem ao paciente esquizofrênico, constitui-se em ações/intervenções mais

humanizadas no atendimento às necessidades básicas, a participação e

socialização do individuo junto à família, viabilizando, desta forma, a inclusão do

indivíduo à sociedade e da patologia nos paradigmas de reabilitação psicossocial

(LOBO et al., 2008).

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Conhecer o contexto em que a família está inserida permite desenvolver

uma assistência que reconheça as possibilidades e necessidades de cada membro

e habilitá-los para o enfrentamento e a adaptação de vida em face do transtorno

(COSTA et al., 2010).

Os diferentes percursos da reforma psiquiátrica brasileira têm evidenciado a

fragilidade do sistema de saúde para oferecer outro tipo de atendimento que não

aquele centrado no leito hospitalar (GONÇALVES; SENA, 2001).

Ofertar um tratamento de caráter multidisciplinar, incluindo a assistência

médica propriamente dita, psicoterapia e cuidados de enfermagem, pode ser uma

forma de minimizar as possíveis consequências negativas provenientes da presença

concomitante desses dois transtornos e promover um tratamento centrado no

paciente. Nesse sentido, a enfermagem possibilita um elo entre o paciente, outros

profissionais e as instituições de saúde. Além disso, são esses cuidadores quem

estão mais presentes no contato diário com esses indivíduos, compartilhando as

dificuldades, sintomas, queixas, comportamentos com os demais profissionais da

equipe de saúde (SILVEIRA et al., 2014).

No geral os problemas familiares e econômicos, geralmente, levam as

pessoas a buscarem os serviços de saúde com queixas variadas e imprecisas como

nervosismo, preocupação, tristeza, cansaço, dores em vários locais do corpo, medo,

ansiedade, desânimo, entre outros. Essas queixas revelam sinais de uma crise

extensa e complexa que perpassa os aspectos sociais, culturais e espirituais dos

indivíduos e que fornece um retrato aproximado do modo de pensar, sentir e

adoecer da maioria da população brasileira. Nesse cenário, acabam por emergir

algumas maneiras de cuidado e tratamento, no intuito de dar uma resposta mais

alentadora à dor e ao sofrimento emocional (SARAIVA et al., 2008).

O tratamento de portadores de esquizofrenia é longo. O cuidado e atenção

que o profissional de saúde, precisa dispensar, resulta não só na redução do

sofrimento do paciente como na manutenção de sua vida. Seus registros são

imprescindíveis para este tipo de assistência (BRASIL, 2003)

Torna-se imperioso aos profissionais de saúde, em especial à Enfermagem,

buscar estratégias que proporcionem uma melhora na qualidade de vida e promoção

de saúde no núcleo familiar do portador de esquizofrenia (TRAJANO, 2008)

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve como objetivo, elaborar um estudo sobre o transtorno da

Esquizofrenia, a fim de aprimorar a atuação do enfermeiro, na assistência ao

paciente esquizofrênico e seus familiares.

Em pleno século XXI, há muito que se descobrir sobre este transtorno que

conforme os estudos, acometem 1% da população mundial.

Há inúmeros pontos nessa questão, ainda desconhecidos, segundo

cientistas, estudiosos e especialistas em transtornos mentais.

Foi observado que, de acordo com a implantação de novos serviços

humanizados, as percepções e o conhecimento em saúde mental caminham em

paralelo, reforçando a importância do trabalho planejado e objetivando, com isso, a

garantia de uma assistência integral ao paciente e sua família.

Vale destacar os estudos das autoras Giacon e Galera (2006), que a

esquizofrenia é um dos principais problemas de saúde pública da atualidade,

exigindo considerável investimento do sistema de saúde e causando grande

sofrimento para o doente e sua família, por ser uma doença de longa duração,

acumula-se, ao longo dos anos, um número considerável de pessoas portadoras

desse transtorno, com diferentes graus de comprometimento e de necessidades.

Mesmo com a conquista do tratamento humanizado e da autonomia dos

pacientes, vários profissionais ainda continuam focados na doença e no processo de

causa e efeito, sem levar em consideração, que cada paciente é único, com

personalidade e vontades diferentes, e, embora os sintomas sejam descritos de

forma generalizada, é preciso analisar cada um de maneira individual, adequando

assim, seu tratamento.

Esta análise deve ser estendida também à família, pois a mesma necessita

de cuidados, tal qual o paciente, respeitando suas crenças, costumes, cultura, e

adequando uma forma de tratamento para cada família. Mas essa diferenciação será

um desafio, com barreiras a serem transpostas e desgastes entre as equipes

multiprofissionais, onde membros divergem na forma de pensar e trabalhar a saúde

mental.

Nos recentes estudos, os paradigmas sobre a saúde mental são notórios,

uma vez que trazem mudanças relevantes sobre questões como: promoção da

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saúde mental; reabilitação e reinserção social; cidadania e direitos dos pacientes

com transtornos psíquicos.

Em conformidade Durão et al (2006), relata que com o movimento de

oposição ao manicômio e as práticas manicomiais, a partir da década de 1980,

começaram a surgir novas experiências na prática assistencial, que vão de encontro

as novas propostas da Reforma Psiquiátrica Brasileira, com a qual busca-se

preservar os direitos e a cidadania do indivíduo portador de sofrimento psíquico.

Dentro dessa visão, a problemática da psiquiatria não constitui mais a cura, a vida

produtiva, mas sim a produção de vida voltada para a sociabilidade, para a utilização

dos “espaços coletivos” e de “convivência dispersa.

De acordo com Zanini (2000) a psicoterapia tem se mostrado um importante

recurso terapêutico, associado ao tratamento farmacológico, na recuperação e na

reabilitação do indivíduo esquizofrênico. Os pacientes esquizofrênicos geralmente

apresentam pouca condição de suportar altos níveis de tensão. Nesta perspectiva, o

terapeuta deve ser ativo e monitorar a expressão dos afetos no encontro terapêutico,

criando assim, um clima de compreensão, respeito e empatia.

Para a família com filho ou parente esquizofrênico, é um sofrimento e um

trabalho excessivo, principalmente quando não há conhecimento dos caminhos os

quais este transtorno leva, desta maneira pode adoecer junto. Neste momento, a

importância de se ter um profissional dedicado é relevante, pois a mesma

necessitará de orientações eficazes que possam auxiliar tanto na condução do

paciente como também dos membros da família, conforme mencionado

anteriormente.

Paradoxalmente, há o risco de se deparar com profissional que tenha o olhar

voltado apenas para a doença, optando somente pelo tratamento farmacológico

pesado, sem se preocupar em oferecer suporte aos familiares, sendo sua palavra

absoluta e soberana. Desta forma, o tratamento se torna praticamente inútil, fazendo

com que o paciente definhe a cada dia, e, por mais amor que a família tenha pelo

mesmo, muitas vezes faltam-lhes força, e acabam por optar pela internação,

aumentando a angústia e o sentimento de culpa dos pais e parentes.

O Amor verdadeiro, de doação, é capaz de sustentar qualquer situação,

caso se opte por separar o paciente de seu lar, onde estão suas raízes, a tendência

é reduzir a probabilidade de se ter um paciente estável.

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Nesse diapasão, faz-se necessário ao enfermeiro que optar por atuar nesta

área de Saúde Mental, primeiro olhar para dentro de si mesmo, e verificar se é

capaz de se ter o amor, a paciência, a determinação, a autoridade e a empatia

suficientes, para dividir com os pacientes e seus familiares, já que fatalmente, irá se

deparar com diversos transtornos, e dentre eles a esquizofrenia, a qual é o foco

deste trabalho.

Somos o que realizamos e não o que dizemos que somos.

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