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CLAUDIA MOLINARI "É preciso imaginar as diferentes situações e a melhor maneira de aproveitar a diversidade em cada uma delas" Claudia Molinari defende a diversidade no avanço de classes multisseriadas Pesquisadora argentina afirma que todos podem aprender em turmas que reúnem estudantes de diversas idades e níveis de conhecimento Paola Gentile Uma das características da Educação feita em regiões rurais é a organização da turma em classes multisseriadas. Por causa das grandes distâncias entre as propriedades e do baixo número de crianças em cada ciclo ou série, é comum encontrar as que estão em fase de alfabetização estudando com quem já sabe ler e escrever e todos sob a orientação de um só professor. Geralmente, a diversidade de faixas etárias, de maturidade e de níveis de conhecimento é apontada como razão para o alto índice de fracasso escolar dos que moram no campo. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios divulgada em setembro do ano passado mostram que a taxa de analfabetismo das pessoas com mais de 15 anos no campo é três vezes maior do que na cidade. Atualmente, esse índice é de 7,6% nas regiões urbanas e 23,3% nas rurais. Contudo, um programa de formação de professores desenvolvido na província de Buenos Aires envolvendo docentes e estudantes de Pedagogia, inspetores de ensino e professores de 26 escolas rurais mostrou que é possível conseguir bons índices de aprendizado nessas condições quando são desenvolvidos projetos ou sequências didáticas que explorem a interação a favor do ensino. Claudia Molinari, professora de Ciência da Educação da Universidade Nacional de La Plata, na Argentina, e uma das coordenadoras do projeto, fala sobre o trabalho. Muitos professores que lecionam em escolas rurais acreditam que a presença de alunos de várias faixas etárias e com níveis de conhecimento diferentes dificulta o aprendizado. Isso

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CLAUDIA MOLINARI  "É preciso imaginaras diferentes situações e a melhor maneirade aproveitar a diversidade em cada umadelas"

Claudia Molinari defende adiversidade no avanço de classesmultisseriadasPesquisadora argentina afirma que todos podem aprender emturmas que reúnem estudantes de diversas idades e níveis deconhecimento

Paola Gentile

Uma das características da Educação feita em regiõesrurais é a organização da turma em classes multisseriadas.Por causa das grandes distâncias entre as propriedades edo baixo número de crianças em cada ciclo ou série, écomum encontrar as que estão em fase de alfabetizaçãoestudando com quem já sabe ler e escrever ­ e todos sob aorientação de um só professor. 

Geralmente, a diversidade de faixas etárias, de maturidadee de níveis de conhecimento é apontada como razão parao alto índice de fracasso escolar dos que moram nocampo. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra deDomicílios divulgada em setembro do ano passadomostram que a taxa de analfabetismo das pessoas commais de 15 anos no campo é três vezes maior do que nacidade. Atualmente, esse índice é de 7,6% nas regiões

urbanas e 23,3% nas rurais. 

Contudo, um programa de formação de professores desenvolvido na província de BuenosAires ­ envolvendo docentes e estudantes de Pedagogia, inspetores de ensino e professoresde 26 escolas rurais ­ mostrou que é possível conseguir bons índices de aprendizado nessascondições quando são desenvolvidos projetos ou sequências didáticas que explorem ainteração a favor do ensino. Claudia Molinari, professora de Ciência da Educação daUniversidade Nacional de La Plata, na Argentina, e uma das coordenadoras do projeto, falasobre o trabalho. 

Muitos professores que lecionam em escolas rurais acreditam que a presença de alunos devárias faixas etárias e com níveis de conhecimento diferentes dificulta o aprendizado. Isso

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realmente acontece? CLAUDIA MOLINARI  Apesar de a diversidade estar presente em qualquergrupo, naescola rural ela chama muito mais a atenção por concentrar no mesmo espaço ­ e ao mesmotempo ­ crianças de idades muito díspares, da Educação Infantil aos últimos anos do EnsinoFundamental. E, geralmente, o professor não tem um auxiliar trabalhando com ele. Aresponsabilização da multisseriação pelo fracasso escolar nessas turmas sempre aparece nodiscurso dos professores. Eles veem nisso um problema que prejudica principalmente oensino dos menores ­ os que demandam mais atenção ­, mas que também dificulta o dosmaiores, que acabam não tendo tarefas ou atividades específicas que osajudem a progredir. 

Qual é a principal dificuldade enfrentada pelos que lecionam em classes multisseriadas?CLAUDIA  O maior problema é organizar o tempo didático. Quando se deparam comcrianças de várias séries ou ciclos, com diferentes necessidades de aprendizagem, dividindoo mesmo espaço e a atenção deles, os docentes pensam que a solução é fazer planejamentosdistintos para cada grupo. Porém essa nunca foi uma estratégia eficiente, pois o professor,durante a aula, precisa correr de um lado para o outro tentando atender a todos e,obviamente, ele não dá conta de acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos. Se tiver deoptar por dar mais atenção a um determinado grupo, certamente se dedicará aos que estãoem fase de alfabetização, deixando os outros com atividades fáceis de executar para o níveldeles ­ não demandando a intervenção docente ­, o que não lhes propicia a construção deconhecimento. 

Dedicar tempos iguais para os diferentes grupos seria uma solução mais adequada nessescasos? CLAUDIA  Também não. Alguns professores acham que estão sendo justos quandoreservam, por exemplo, meia hora ou outra fração qualquer de tempo para cadaagrupamento. Porém nem assim eles conseguem dar um bom atendimento, já que cada umpede um tipo de intervenção. Outros ainda têm a iniciativa de propor tarefas coletivas. Semdúvida, essa é uma maneira mais interessante do que desenvolver atividades separadas, mastambém fica mais fácil cair na armadilha de achar que todos estão envolvidos, quando, naverdade, a mesma proposta pode ser adequada para uns, muito fácil para alguns e difícildemais para outros. Com isso, os alunos deixam de enfrentar situações específicas queestejam de acordo com seus saberes e com os desafios que precisam enfrentar paraprogredir. 

O que o programa elaborado para a capacitação dos educadores rurais da província deBuenos Aires propôs para resolver o problema da organização do tempo e da diversidade? CLAUDIA  A interação entre alunos de diferentes níveis, antes considerada um obstáculo,transformou­se em vantagem pedagógica. Elaboramos um projeto didático totalmentebaseado nesse princípio. E deu certo nas 26 escolas que participaram do curso de formação.Hoje sabe­ se, por meio de várias pesquisas realizadas na área da Psicologia Social, que otrabalho com os pares é favorável à aprendizagem. Pesquisas conduzidas pela educadoraMirta Castedo, também da Universidade de La Plata, atestam a eficiência dos grupos.Neles, as crianças sempre apresentam desempenhos cognitivos superiores aos que

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mostrariam se realizassem as mesmas tarefas individualmente. E isso é verdade tanto paraas mais avançadas como para as que têm algum tipo de dificuldade, para as mais velhas epara as mais novas. 

As vantagens dessa organização também aparecem em turmas que estão no início daescolaridade, em que o principal objetivo do professor é promover a alfabetização? CLAUDIA  Com certeza. A pesquisadora argentina Ana Teberosky, responsável junto comEmilia Ferreiro pelas pesquisas pioneiras sobre a psicogênese da língua escrita, analisou amaneira como os pequenos da Educação Infantil com o mesmo nível de conhecimentorealizam diversos intercâmbios em atividades relacionadas à escrita. Ainda que ninguémem um determinado grupo saiba ler e escrever convencionalmente, todos se ajudam, não sópermitindo mas também facilitando a socialização dos conhecimentos. Dessa forma, cria­seum ambiente favorável à aprendizagem. 

Qual foi o objetivo didático do projeto desenvolvido com escolas rurais da província deBuenos Aires? CLAUDIA  Nosso objetivo foi fazer com que os alunos de diversas idades aprendessem aler e a escrever em contextos de estudo. Optamos por tratar de animais em vias de extinção,mas poderíamos ter abordado qualquer outro assunto. Os estudantes tinham de produzir umtexto que divulgasse o resultado dos trabalhos. Decidiu­se pela elaboração de umaenciclopédia como produto final. As crianças escolheram os destinatários: os leitoresseriam os futuros estudantes da escola, colegas de outras unidades rurais e usuários dabiblioteca escolar. Nos acordos feitos, os menores de 1º e 2º anos ficaram responsáveis porescrever as epígrafes, os do 3º ao 5º fizeram os textos sobre os bichos e os de 6º e 7º, aapresentação do problema relativo à ameaça de extinção de animais do nosso planeta.Juntos, todos elaborariam a página de introdução da enciclopédia. Tínhamos um sóplanejamento, no qual foram previstas tarefas individuais, coletivas e em grupos, menoresou maiores, que estavam sempre se alternando. Esses últimos poderiam se organizar porciclo (ou série, de acordo com a escola) ou por níveis de conhecimento, parecidos ou não,dependendo dos objetivos de cada etapa. 

Em que momentos os alunos trabalharam juntos? CLAUDIA  A turma toda participava do planejamento, dos registros em cartazes dastarefas e dos compromissos assumidos, das exposições feitas pelo professor, das discussõessobre vídeos e materiais selecionados e das decisões sobre as fontes a serem consultadas eas informações para a edição do texto final da enciclopédia. Houve também momentos emque os menores contaram aos maiores o que haviam descoberto durante a pesquisa e vice­versa. Os mais velhos, por sua vez, ouviram os colegas, leram em voz alta todo o materialpara os pequenos, comentaram e avaliaram com eles a pertinência das informaçõesencontradas de acordo com o objetivo do projeto. 

Quais os critérios usados para a formação de grupos? CLAUDIA  Em algumas ocasiões foi interessante juntar alunos em diferentes fases deaprendizagem, nas quais um ajudava o outro a avançar em um determinado aspecto.

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Noutras, era mais conveniente que crianças com grau de conhecimento equivalente dalíngua estivessem envolvidas na mesma tarefa para que levantassem hipóteses ediscutissem sobre elas sem a presença de um membro que já tivesse se apropriado domodelo convencional de escrita. O agrupamento com crianças do mesmo nível também foiusado nos momentos em que o professor precisava intensificar o ensino de um aspectoespecífico, como a elaboração de notas sobre os aspectos mais relevantes dos textos lidos ea revisão conjunta dos escritos. Sozinhos, os estudantes leram parte do material depesquisa, fizeram anotações sobre o tema e elaboraram os primeiros textos, queposteriormente foram compartilhados com toda a turma. 

Como é a atuação do professor em projetos como esses? CLAUDIA  É ele quem organiza e agenda os combinados para que os trabalhos avancem ­o que não significa que eles não possam ser revistos pela turma, com progressivaautonomia durante o decorrer do tempo. Ele também lê, escreve, comenta ou expõe para osalunos, planeja atividades com propósitos claros para cada etapa e cuida para que haja àdisposição uma diversidade de fontes de pesquisa. Além do mais, cabe ao docenteorganizar a classe da forma mais interessante para atingir as metas, optando por sugerirtarefas individuais, coletivas ou em grupos. É importante também ele atuar no sentido decoordenar o intercâmbio de significados que são construídos no decorrer das atividades,compartilhar as decisões sobre os conteúdos e revisar as produções. 

Qual foi a principal dificuldade encontrada ao sugerir esse projeto para classesmultisseriadas? CLAUDIA  O primeiro obstáculo foi romper com a prática habitual de sala de aula. Osprofessores tinham consciência de que os resultados não apareciam com a prática quemantinham até então. Mesmo assim, sempre existe uma resistência natural à mudança.Certamente, o uso de projetos como o que elaboramos requer um planejamento maisdetalhado e difícil, pois é preciso imaginar as diferentes situações e a melhor maneira deaproveitar a diversidade em cada uma delas. Porém tudo muda quando os docentespercebem que a aula se torna menos desgastante para eles e mais aproveitável para todos.Tivemos ainda de fazer esforços para acabar com ideias como a da fragmentação dosconteúdos, o que não pode acontecer em projetos didáticos. 

Essa forma de organizar a classe e usar a heterogeneidade e a interação a favor do ensinopode ser usada em qualquer disciplina? CLAUDIA  Dá para ensinar a ler e a escrever com conteúdos de Ciências Naturais,Ciências Sociais ou de qualquer outra matéria. Também é possível ter outros objetivos eprodutos finais relacionados a qualquer área do saber. 

Muitas vezes os professores de escolas rurais não se animam em fazer projetos didáticospor não ter uma comunidade ao redor para compartilhar o produto final. Como é possívelromper com esse isolamento? CLAUDIA  Especificamente no projeto que desenvolvemos, a interação entre escolas foifacilitada pelo contato que os professores estabeleceram durante a formação. Mas uma das

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De A a E De F a M De N a Z

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coisas que eles aprenderam foi a possibilidade de criar situações didáticas que acabem como trabalho solitário. Para isso, pensou­se no uso de diferentes mídias, que conseguematingir até os destinatários mais distantes. As escolas que trabalharam conosco no programade formação produziram material impresso, pois as unidades que participaram do programatinham computador, mas não acesso à internet. Porém é possível também fazer gravaçõesem áudio e vídeo para serem enviadas pelo correio ou eletronicamente quando houver esserecurso.

Fala, Mestre! Palavra de quem entende de EducaçãoEntrevistas com especialistas de diversas áreas, organizadas por ordem alfabética de sobrenome

Beatriz Aisenberg"É fundamental ensinar a ler em História"

Maria E. de Almeida"A tecnologia precisa estar na sala de aula"

Alberto Carlos Almeida"Só a escola garante uma sociedade ética"

 Naomar Almeida Filho"Mudanças à vista no Ensino Superior"

 Rubem Alves"Só aprende quem tem fome"

Marli André "O gestor deve acolher o professor iniciante"

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Célia Diaz Argüero"Todos têm hipóteses sobre pontuação"

Isabel Barca"História tem que ter recortes temáticos"

Elba S. Barretto"O sistema de ciclos é o mais adequado"

Alain Bergala"O cinema é fonte para a imaginação da criança"

Gilles Brougère"É preciso ensinar as crianças a brincar"

Guy Brousseau"A cultura matemática promove cidadania"

 Rubens de Camargo"Qualidade depende de investimento"

Luis Camnitzer"Todos deveriam ser artistas"

Rui Canário"Use a crisepara criar"

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Martin Carnoy"Aproveitar o tempo de aula é opção cubana"

Juan Casassus"Clima emocional na sala é imprescindível"

Rosa María del Castillo"A Educação na América Latina é preocupante"

Lana S. Cavalcanti"A Geografia precisa de novas abordagens"

Antonieta Celani"Em Língua Estrangeira não há receita de aula"

Chris Cerf"Em NY, o gestor tem total autonomia"

Bernard Charlot"O conflito nasce se o professor não ensina"

Anne­Marie Chartier"Teoria e prática precisam andar juntos"

Roger Chartier

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"Os livros resistirão às tecnologias digitais"

Roger Chartier"Há um novo modelo de analfabetismo: o digital"

Cristian Cox"A universidade precisa da escola"

Carlos R. Jamil Cury"É preciso fixar metas e padrões curriculares"

Eric Debarbieux"O bullying precisa ser tratado a longo prazo"

Juan Delval"É fundamental saber como o aluno aprende"

Ana Maria Espinoza"É essencial ensiar a ler textos de Ciências"

Alicia Fernández"Aprendizagem também é questão de gênero"

 Emilia Ferreiro"O momento atual põe a escola em crise''

Roseli Fischmann"Escola pública não é lugar de religião"

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Melina Furman"É preciso ensinar atitudes científicas"

Violeta H. de Gainza"A educação musical se tornou uma utopia"

Abraham Gak"O principal desafio é entender os jovens"

Howard Gardner"A ética vai valer mais que o conhecimento"

Bruna Elena Giacopini"Cada criança é um indivíduo"

Maria H. Guimarães"É preciso cultivar o respeito na escola"

Fernando Haddad 2007"O país precisa acordar para a Educação"

Fernando Haddad 2008"A formação docente é prioridade para o MEC"

Charles Hadji"É preciso apostar na inteligência dos alunos"

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Peter Hunt"Os adultos subestimam as crianças"

Francisco Imbernón"Os docentes devem ser os protagonistas"

Timothy Ireland"A EJA busca agora ir além da alfabetização"

Ana Maria Kaufman"O aluno precisa de informação para refletir"

 Jeremy Kilpatrick"A única saída é a capacitação"

 Lee Sing Kong"Toda criança pode aprender"

Yves de La Taille"Nossos alunos precisam de princípios"

Delia Lerner"É preciso dar sentido à leitura feita na escola"

Heloisa Lück"Onde não há liderança o ritmo é frouxo"

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Cipriano C. Luckesi"A meta da avaliação é intervir para melhorar"

Ana Luiza Machado" A Educação evoluiu, mas não para todos"

Ana Malajovich" É preciso valorizar a creche e a pré­escola"

Belinda Mandelbaum"É hora de rever o que é família desestruturada"

Maria Mantovanini"Hoje, qualquer um diz que é psicopedagogo"

Jorge Manzi"Avaliações ajudam a reter bons mestres"

Alvaro Marchesi"Cidadania só é real se há respeito ao aluno"

Luiz Marduk"Reerguermos a escola emocionalmente"

Luis Carlos de Menezes"Aprender Ciências é aprofundamento cultural"

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Maria Suzana Menin"Ensinar valores não é impor regras"

Aloízio Mercadante"Valorização começa com melhores salários"

Rita Mendonça"O educador ambiental ensina por atitudes"

Mônica Molina"A escola rural vai além da localização"

Claudia Molinari"A diversidade ajuda turmas multisseriadas"

Marcos Neira"É preciso analisar a cultura corporal"

Myriam Nemirovsky"O professor deve ser incentivado a ler"

Myriam Nemirovsky"Ter uma boa biblioteca na escola é essencial"

António Nóvoa"À escola o que é da escola"

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António Nóvoa"A Educação assumiu muitas tarefas"

Vitor Paro"A escola deve formar personalidades"

Evelio Cabrejo Parra"Ler para bebês é fundamental"

Brian Perkins"O ambiente escolar influencia o ensino"

Philippe Perrenoud"Na escola, dar mais a quem tem menos"

Edmir Perrotti"Biblioteca não é depósito de livros"

José M. Rezende Pinto"O CAQi deverá garantir recursos para o ensino"

Marilza Regattieri"O Ensino Médio que está aí não faz sentido"

Fernando Reimers"Os alunos têm que atuar no local onde vivem"

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Cleuza Repulho"Todos precisam saber fazer planejamento"

Yolanda Reyes"Nem todos os educadores leem"

Martina Roth"A tecnologia promove transformação cultural"

Pier Cesare Rivoltella"Falta cultura digital na sala de aula"

Patricia Sadovsky"Falta didática no ensino da Matemática"

Joel Rufino dos Santos"Não existe uma lista de livros essenciais"

José Saramago"Ideias claras, escrita clara"

Manuel Sarmento"Crianças dizem muito sobre a sociedade"

Dermeval Saviani"O PDE está em cada escola"

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Andreas Schleicher"Qualidade em exige metas ambiciosas"

Maria Alice Setubal"Precisamos de professores preparados"

Maria C. da Silva"Atraímos os alunos da EJA oferecendo bolsas"

 Ani Siro "Propostas ruins não estimulam a escrita"

Ariano Suassuna"Todo professor deve ter um pouco de ator"

Keith Swanwick"Aprender música exige tocar, ouvir e compor"

Ana Teberosky''Debater estimula a leitura e a escrita''

 Carlos Alberto Torres"Só a escola garante uma sociedade ética"

Gérard Vergnaud"Todos perdem quando não há pesquisa"

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Telma Weisz"Colocar­se no lugar do aprendiz é essencial"

Telma Weisz"A escola precisa formar leitores"

Tania Zagury"O professor precisa ser ouvido"

Jaime Luiz Zorzi"A escola ignora quem não consegue avançar"

 

Publicado em NOVA ESCOLAEdição 219, Janeiro/Fevereiro 2009,