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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSEPRÓ-REITORIA DE ENSINO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADOCURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
IMPLANTAÇÃO DE CONTROLE DE ESTOQUES PARA A GESTÃO DE MATERIA
PRIMA NA EMPRESA MARIA ZILMA FARIAS FERREIRA ME
RICARDO FARIAS FERREIRA
LAGES (SC)
2014
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RICARDO FARIAS FERREIRA
IMPLANTAÇÃO DE CONTROLE DE ESTOQUES PARA A GESTÃO DE MATERIA
PRIMA NA EMPRESA MARIA ZILMA FARIAS FERREIRA ME
Relatório de estágio supervisionado,
apresentada ao Curso de Engenharia de
Produção da Universidade do Planalto
Catarinense como requisito para obtenção
do título de Bacharel em Engenharia de
Produção.
Orientador: Jorge Colla Junior, Msc.
LAGES – SANTA CATARINA
JUNHO DE 2014
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TERMO DE AVALIAÇÃO
RICARDO FARIAS FERREIRA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
IMPLANTAÇÃO DE CONTROLE DE ESTOQUES PARA A GESTÃO DE MATERIA
PRIMA NA EMPRESA MARIA ZILMA FARIAS FERREIRA ME
Relatório apresentado como requisito indispensável para a aprovação do Estágio
Supervisionado, de acordo com o Regulamento de Estágio Supervisionado do Curso de
Engenharia de Produção.
Conceito: _______________________
Data: ____/____/____ __________________________________
Orientador: Professor M. Sc. Jorge Colla Junior
Data: ____/____/____ __________________________________
Professor da disciplina: Carlos Eduardo de Liz
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Fachada da Loja Ani-lle Moda Íntima. ..................................................................... 9
Figura 2 – Almoxarifado da Empresa Maria Zilma Farias Ferreira ME .................................. 10
Figura 3 – Controle de Estoques Inadequado. ......................................................................... 11
Figura 4 – Situação de Melhoria na Gestão de Estoques. ........................................................ 17
Figura 5 – Controle de Estoques Implantado. .......................................................................... 19
Figura 6 – Metodologia de Armazenagem Antiga. .................................................................. 34
Figura 7 – Metodologia de Armazenagem Atual. ................................................................... 35
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Ganho de Produtividade no Controle de Estoque. ................................................ 27
Gráfico 2 – Otimização no Tempo de Gestão do Controle de Estoque. ................................... 28
Gráfico 3 – Ganho de Produtividade no Relatório de Compras. .............................................. 29
Gráfico 4 – Otimização do Tempo de Elaboração do Relatório de Compras. ......................... 29
Gráfico 5 – Redução no Custo com Controle de Estoque. ....................................................... 30
Gráfico 6 – Otimização no Custo de Gestão do Controle de Estoque. ..................................... 31
Gráfico 7 – Redução no Custo com a Elaboração de Relatórios de Compras.......................... 31
Gráfico 8 – Otimização no Custo de Elaboração do Relatório de Compras. ........................... 32
Gráfico 9 – Otimização de Custo na Elaboração do Relatório de Estoque. ............................. 33
Gráfico 10 – Redução no Custo Total. ..................................................................................... 33
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Cálculo de Acurácia de Estoques. ........................................................................... 20
Tabela 2 – Menu de Navegação. .............................................................................................. 24
Tabela 3 – Gestão de Estoques. ................................................................................................ 25
Tabela 4 – Gestão de Compras. ................................................................................................ 26
Tabela 5 – Pay-Back. ................................................................................................................ 34
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IDENTIFICAÇÃO
Nome da Empresa: Maria Zilma Farias Ferreira ME.
Nome Fantasia: Ani-lle Moda Íntima®
Endereço: Av. Manoel Antunes Pessoa nº 440, CEP 88525-170. Bairro Penha – Lages SC.
CNPJ: 05539794/0001-80
Ramo de atividade: Confecção e comercialização de roupas
Orientador: Professor Jorge Colla Junior.
Período de Realização: 17/03/2014 a 17/05/2014.
Duração: 60 dias.Carga Horária: 180 horas.
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SUMÀRIO
1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA OU OPORTUNIDADE .................................................. 9
1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SEU AMBIENTE .............................. 9
1.2 PROBLEMÁTICA ........................................................................................................... 10
1.2.1 Dados e/ou Informações que Dimensionam a Problemática (almoxarifado) .................. 10
Até que ponto a falta de controle mais apurado dos estoques pode agregar custos a produção?Até que ponto torna-se viável a utilização de controles manuais? ........................................... 11
1.2.2 Limites do Projeto ........................................................................................................... 11
1.3 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 11
1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 11
1.3.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 12
1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 12
1.4.1 Oportunidade do projeto .................................................................................................. 13
1.4.2 Viabilidade do projeto ..................................................................................................... 13
1.4.3 Importância do Projeto .................................................................................................... 13
2 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................... 15
2.1 LOGISTICA ..................................................................................................................... 15
2.2 ESTOQUES ....................................................................................................................... 16
2.3 CUSTO DE ESTOQUE ................................................................................................... 18
2.4 ACURÁCIA DE ESTOQUES ......................................................................................... 18
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 22
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA ............................................................................... 22
3.2 DEFINIÇÃO DA ÁREA OU POPULAÇÃO-ALVO DO ESTUDO ........................... 22
3.3 PLANOS E INSTRUMENTOS DE COLETA .............................................................. 22
3.4 PLANO DE ANÁLISE DE DADOS ............................................................................... 23
4 ANÁLISE ............................................................................................................................. 24
4.1 DESCRIÇÃO DOS DADOS COLETADOS .................................................................. 24
4.2 ANÁLISE .......................................................................................................................... 27
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES ....................................................................................... 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 38
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APRESENTAÇÃO
Empresas, independentemente do ramo de atuação, estão cada vez mais dinâmicas
visando à lucratividade pela influencia do mercado consumidor; o qual está cada vez mais
exigente tanto com sua metodologia de vendas, quanto com a sua força produtiva. Não
existem mais espaços para erros, tão pouco segundas chances, de forma que é impreterível
que todos os segmentos de uma empresa; seja ela pequena, média ou até mesmo
multinacional, estejam monitorados.
Deste modo quaisquer inovações na estratégia de empresa podem se tornar uma
vantagem competitiva em potencial. Dentre estas vantagens competitivas podemos citar osagentes logísticos, seus custos e benefícios no caso de correta aplicação. Dentre as atividades
logísticas, o controle de estoque vem mostrando cada vez mais a sua importância nos
processos gerenciais das empresas, desde o balanço patrimonial até a tomada de decisão
quanto ao planejamento e controle de produção, de forma que o foco principal deste projeto é
o controle de estoques.
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1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA OU OPORTUNIDADE
1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SEU AMBIENTE
A empresa Maria Zilma Farias Ferreira ME (Ani-lle Moda Íntima®), situada à Av.
Manuel Antunes Pessoas nº440 no Bairro Penha em Lages SC, está presente no mercado
desde 06/02/2003, possuindo atualmente os ramos de fabricação e comercialização de seus
produtos. Conta com doze colaboradoras sendo três vendedoras e nove costureiras. Tem como
seu principal foco produtivo a confecção de roupa íntima feminina, porém, como o passar dotempo algumas inovações nas linhas de produtos fizeram-se necessárias, em parte para
aumentar as vendas e em parte para acompanhar as mudanças de mercado, pois neste ramo de
atuação existe grande sazonalidade decorrente das estações do ano, e conta com um mercado
consumidor bastante dinâmico, para tal fez-se necessário iniciar a produção de outras linhas
de produtos, bem como, pijamas, calças femininas para ginástica, moda íntima masculina e
roupas de cama.
Figura 1 – Fachada da Loja Ani-lle Moda Íntima.
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A Ani-lle é uma das principais fabricantes do seu segmento na região, tendo
capacidade diária de produção bastante relevante frente ao mercado consumidor, estes níveis
de produção fazem com que a empresa trabalhe com estoque cada vez mais variado e com
isso mostrou-se necessário à implantação de um almoxarifado, o qual é responsável pelo
controle dos estoques de matéria prima o qual pode-se observar na Figura 2 abaixo..
Figura 2 – Almoxarifado da Empresa Maria Zilma Farias Ferreira ME
1.2 PROBLEMÁTICA
1.2.1 Dados e/ou Informações que Dimensionam a Problemática (almoxarifado)
Atualmente a Ani-lle conta com apenas uma pessoa responsável pelo controle de
estoques. Este controle existente ainda não esta disponível em meio eletrônico, de forma que
todas as informações referentes a entradas de matéria primas e distribuição para as linhas de
produção, são apontadas de forma manual, gerando grande dispêndio de tempo e
suscetibilidade ao erro, conforme pode-se observar na Figura 3 abaixo.
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Figura 3 – Controle de Estoques Inadequado.
Até que ponto a falta de controle mais apurado dos estoques pode agregar custos a
produção? Até que ponto torna-se viável a utilização de controles manuais?
1.2.2 Limites do Projeto
O estudo decorrente ao estágio curricular limita-se ao levantamento e análise dos
dados referentes ao controle de estoque nas linhas de produção da Maria Zilma Farias FerreiraME.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
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Aperfeiçoar o controle de estoques de forma a otimizar o tempo disposto com
cadastro, entrada e baixas de matérias primas.
1.3.2 Objetivos Específicos
a) Inventariar todos os produtos estocáveis;
b) Padronizar a nomenclatura de todas as matérias primas de acordo com nome sugerido pelo
fornecedor;
c) Criar controle eletrônico de estoques.
1.4 JUSTIFICATIVA
A crescente e continua busca por resultados positivos em todos os segmentos
econômicos, fazem com que a tarefa de administrar empresas não seja uma tarefa fácil apesarde grandes esforços desprendidos por administradores, buscas por novos produtos ou
procedimentos operacionais para otimizar processos, em muitos casos, auxiliam esta difícil
tarefa e podem amenizar danos.
Apesar de grandes investimentos em inovações, a economia acaba tendo ciclos de
altos e baixos. Períodos de estagnação econômica acabam sendo uma realidade dura de ser
enfrentada.
Um dos grandes problemas encontrados em pequenas e médias empresas é a falta decontrole nos estoques de matérias primas e insumos, o que por sua vez pode causar diversos
problemas atrelados à lucratividade. Isso ocorre, em grande parte das vezes, por falta de
investimentos em tecnologia e mão de obra dedicada a tarefa de gerenciar estoques. Em
alguns casos podemos atrelar a falta de controle de materiais pela pouca importância dada a
este segmento pelos proprietários e administradores, os quais acabam concentrando suas
atenções e esforços em aumentar a produtividade, qualidade dos produtos e redução de custos
produtivos. Isto de forma alguma pode ser considerado como atitude equivocada, mas o
reflexo de um mau controle de materiais estocáveis pode ser o carrasco de um sistema
aparentemente sustentável.
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Sabe-se que estoques em volumes excessivos geram custos desnecessários, assim
como quando não há produtos disponíveis para a produção, os custos podem ser ainda
maiores, justificando desta forma a importância de se aplicar ferramentas para controle de
estoque.
1.4.1 Oportunidade do projeto
Segundo relatos prestados pela gerente de produção da empresa Maria Zilma Farias
Ferreira ME, ocorreram situações onde por falta de alguns insumos, diversas adequaçõesrelacionadas às linhas produção fizeram-se necessárias. Após estudo de rotatividade de
materiais estocáveis desta empresa, notou-se grande deficiência na gestão de controle de
estoques. O que por sua vez tornou-se o principal foco para este estudo.
1.4.2 Viabilidade do projeto
Tendo em vista a ineficiência do atual controle de estoque da empresa, verificou-se a
disponibilidade de se implantar um sistema simplificado para a gestão de materiais, o qual
seja acessível e de fácil aplicação e entendimento para a colaboradora responsável por este
setor.
1.4.3 Importância do Projeto
A fim de reduzir os desperdícios decorrentes da má administração dos estoques, faz-se
necessária a aplicação de ferramentas para gerenciamento destas funções. Estas ferramentas
visam otimizar o tempo tanto na tomada de decisão, quanto na compra de materiais.
Tem-se como item de grande importância deste projeto a orientação da produção
através da disponibilidade de matéria prima, ou seja, o quanto pode ser produzido com o
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material estocado ou ainda qual produto deve ser produzido tendo em vista a viabilidade
econômica da produção.
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2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 LOGISTICA
A logística sofreu diversas mutações com o passar dos anos e o seu papel, já de
conhecida relevância dentro e fora das organizações, tem aumentado com o passar do tempo.
Para Coronado (2007), ao longo da historia do homem as guerras foram vencidas e
perdidas, ou ainda têm sido, pelo poder e pela capacidade da logística ou pela ausência dela.
Para Michael Porter (1991), o conceito da logística é dividido em duas categorias,conforme segue abaixo:
Logística interna – são as atividades relacionadas ao recebimento, armazenagem e
distribuição de insumos, como manuseio de material, armazenagem, controle de estoque,
programação de frotas, veículos e devolução para fornecedores;
Logística externa – são as atividades associadas à coleta, armazenagem e distribuição físicado produto para compradores, como armazenagem de produtos acabados, manuseio de
materiais, operação de veículos de entrega, processamento de pedidos e programação.
Atualmente com os avanços nos campos de telecomunicações, marketing e da logística
propriamente dita, consegue-se efetuar compras on-line. As entregas acontecem de forma
cada vez mais rápida, e isso possibilita que possamos trabalhar com estoques locais cada vez
menores, utilizando-se os estoques alocados dentro das dependências dos fornecedores,evitando custos excessivos com compras, transporte e alocação de matéria prima.
Para Bowersox & Closs (2001), quaisquer decisões logísticas as quais envolvam
gerenciamento de estoques, são prioridades e são decisões de alto risco. Obviamente este é
um assunto bastante sensível, pois tratamos dos insumos, os materiais os quais irão dar vida
as empresas, e raramente esta “repartição” o almoxarifado recebe a devida importância.
O correto controle de matérias primas pode ser uma grande vantagem competitiva,
pois se pode deslocar investimentos antes imobilizados na forma de matéria prima, em
atividades com grande prioridade como, por exemplo, a compra de um novo equipamento.
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2.2 ESTOQUES
Para Slack et al (1999), entende-se por estoque qualquer quantia de produto, objeto ou,
material armazenado, seja de produto acabado, matéria-prima, material em processo, insumos,
manutenção, entre outros.
Ainda para o autor, estoques têm valores, finalidades e administração diferentes, de
acordo com sua utilização na empresa. Pode-se apontar também alguns motivos para se
manter estoques, entre eles: evitar interrupção da produção e evitar perdas de vendas por falta
de produtos. Os estoques servem como segurança para os casos como perdas, oscilações na
produção, quebra de máquinas, falta de funcionário e vendas imprevistas.Já para Ballou (2004), se a demanda for previsível não é necessário manter estoques,
isto é, quanto mais preciso for a previsão de demanda, mais simples de controlar os estoques.
No entanto, como praticamente não existe previsão de demanda exata, as empresas
utilizam de estoques para reduzir os efeitos causados pelas variações de oferta e procura.
Conforme Corrêa, Gianesi e Caon (2001), o conceito de estoque é um elemento
gerencial essencial na administração das empresas. Após buscar durante muito tempo baixar
seus estoques a níveis máximos, as empresas enfrentaram grandes problemas, e acabaramcompreendendo que a estratégia é chegar a um consenso de que realmente precisa-se de
estoque para trabalhar sem comprometer os seus processos.
Para Dias (1993), os estoques na empresa podem ser de matérias-primas, produtos em
processo, produtos acabados e peças de manutenção, no caso específico desse trabalho o tipo
de estoque é o de matérias-primas. O autor define estoques de matérias-primas como sendo os
materiais básicos e necessários para a fabricação do produto final, sendo seu consumo
proporcional à quantidade produzida. Em outras palavras, todos os materiais agregados ao produto acabado.
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Figura 4 – Situação de Melhoria na Gestão de Estoques.
Segundo Dias (1993) para a organização de um setor de estoques é necessário:
O número de itens que devem permanecer em estoque;
Qual o período de reposição para os itens em estoque;
O quanto deve-se manter em estoque para um período determinado;
Acionar o departamento de compras para a aquisição do produto;
Receber, armazenar e distribuir os materiais de acordo com a necessidade;
Exercer o controle sobre as quantidades e valores em estoque, fornecendo essas
informações;
Manter a acuracidade e avaliar a situação dos estoques com inventários periódicos e
ainda identificar e retirar do estoque materiais obsoletos e materiais danificados.
Ainda para o autor, cada tipo de estoque tem suas particularidades dentro da empresa,
o modo como devem ser tratados, seus níveis, relação entre nível de estoque e capital
envolvido, entre outros fatores.
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2.3 CUSTO DE ESTOQUE
Para Dias (1993), todos os custos gerados pelo armazenamento de materiais, podem
ser chamados de custo de armazenagem, e deve ser calculado da seguinte forma:
unitário)custodo%eme(geralment
ntoarmazenamedetaxaunitário preçotempo
2
estoqueemquantidade
ntoarmazename
deCusto
Ainda para o autor custo de pedido é o custo em $ para se colocar um pedido decompra, e deve ser calculado com base no custo anual total de pedidos, seguindo a seguinte
fórmula:
pedidosdeanualnúmero
indiretoscustos materialobrademão
pedido
deCusto
Já o custo total, é igual a:
pedidodetotalcustontoarmazenamedecustoTotal
Custo
Segundo Fernandes (2006), custo de carregamento é o valor de estocagem do material.
Custo de Armazenagem (CA) somado ao Custo de Capital (CP) que é a taxa de aplicação ou
empréstimo (i), multiplicado pelo preço de compra do item (p). As fórmulas são:
CP CACC piCP
2.4 ACURÁCIA DE ESTOQUES
É preciso que os valores físicos de estoques e seus registros no sistema sejam os mais parecidos possíveis. A falta de cuidado das empresas com a alimentação do sistema acaba
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gerando uma falta de confiança no usuário que acaba muitas vezes abandonando o uso do
sistema. A movimentação de itens do estoque deve ser feita em tempo real para que se
mantenha a acuracidade dos estoques (CORRÊA, GIANESI E CAON 2001).
Figura 5 – Controle de Estoques Implantado.
Ainda para o autor, deve ser calculado o percentual de acuracidade do estoque através
da fórmula:
100contadosregistros
corretosregistros registrosdoseacuracidad
O resultado 100% seria o ideal, sendo pouco provável de ser alcançado na prática,
devemos adotar um grau de erro tolerável entre as quantidades do físico e o do sistema, sendo
5% um valor máximo.
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A seguir, exemplo de tabela de acuracidade na tabela 1:
Tabela 1 – Cálculo de Acurácia de Estoques.
Contagem Física Registro do Sisitema Tolerância Aceito Não Aceito
1 94 102 +/- 2 X
2 96 97 +/- 5 X
3 96 100 +/- 0 X
4 96 99 +/- 2 X
5 98 96 +/- 2 X
6 99 97 +/- 2 X
7 110 110 +/- 0 X
8 104 105 +/- 0 X
9 97 100 +/- 5 X
10 103 100 +/- 2 X
11 104 102 +/- 5 X
12 105 100 +/- 5 X
13 106 100 +/- 0 X
1308 1308 8
Fonte: Corrêa, Gianesi e Caon ( 2001)
De acordo com Pozo (2007), a logística é um processo destinado basicamente em
gerenciar estrategicamente a aquisição, a movimentação e a armazenagem de materiais
necessários para produção de quaisquer tipos de bens de consumo e/ou materiais provenienteda produção. Deste modo pode-se maximizar a lucratividade através da redução dos custos
dos estoques, consequente atendimento a pedidos e concreta satisfação dos clientes. Pozo
(2007) acrescenta ainda que em primeiro lugar as empresas obterão vantagens competitivas
frente ao mercado quando for capaz de aos olhos dos clientes mostrar-se diferente de seus
coconcorrentes, e em segundo lugar, conseguir operar a baixo custo.
Atribui-se também ao controle de estoque as disponibilidades e as necessidades totais
dos processos produtivos, o que por sua vez irá envolver não apenas almoxarifados dematérias-primas e auxiliares, como também os intermediários e os de produtos acabados. O
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principal objetivo destes almoxarifados é garantir que em nenhum momento durante o
processo produtivo qualquer equipamento ou segmento pare de produzir/agregar valor em
função de indisponibilidade de matéria prima necessária. Pozo (2007) apresenta uma lista dos
objetivos do planejamento e controle de estoque:
• Assegurar o suprimento adequado de matéria-prima, material, material auxiliar, peças e
insumos ao processo de fabricação;
• Manter o estoque o mais baixo possível para atendimento compatível às necessidades
vendidas;
• Identificar os itens obsoletos e defeituosos em estoque para eliminá-los;
• Não permitir condições de falta ou excesso em relação à demanda de vendas;• Prevenir-se contra perdas, danos, extravios ou mau uso;
• Manter as quantidades em relação às necessidades e aos registros;
• Fornecer bases concretas para a elaboração de dados ao planejamento de curto médio e
longo prazos, das necessidades de estoque;
• Manter os custos nos níveis mais baixos possíveis, levando em conta os volumes de vendas,
prazos, recursos e se efeito sobre o custo de venda do produto.
Em seu principio mais básico a logística busca o correto gerenciamento dos estoques e
demais atividades correlatas, é de sua responsabilidade a promoção do nível de serviço e ao
mesmo tempo redução no custo de produção, mirando uma maior eficiência do setor
produtivo, ou seja, otimizar as operações e movimentações fabris.
Os autores Côrrea, Gianesi e Caon(2001) afirmam “os estoques são acúmulos de
recursos materiais entre fases específicas do processo de transformação”, esses “acúmulos”
podem ser bem usados ou não, o ideal é que as empresas controlem seus estoques da melhormaneira possível, ou seja ter estoques em quantidades adequadas nem a mais nem a menos.
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3 METODOLOGIA
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Pretende-se com este estudo implantar um conjunto de planilhas a fim de reduzir o
tempo despendido com inventários mensais e anuais de controle de estoques e reduzir o
tempo necessário para registrar entradas e saídas de matarias provenientes de compras ou
baixas de estoque para as linhas de produção.
Para elaboração destas planilhas primeiramente será inventariado todo o estoque atuale correlacionado aos níveis de estoque máximo, mínimo e ótimo para que se possa estabelecer
parâmetros de reposição/compra.
3.2 DEFINIÇÃO DA ÁREA OU POPULAÇÃO-ALVO DO ESTUDO
Definiu-se como área de foco para o desenvolvimento do estágio curricular
supervisionado o setor de almoxarifado da confecção da empresa Maria Zilma Farias Ferreira
ME. Este setor atualmente é administrado por apenas uma pessoa com poucos recursos
tecnológicos para controle, está área serve como apoio para as linhas de produção, onde
trabalham oito operadoras de máquinas de costura.
3.3 PLANOS E INSTRUMENTOS DE COLETA
Todas as coletas de dados e amostragens foram obtidas através de inventários dos
estoques atuais, onde foram catalogados e contabilizados todos os itens relativos a materiais
diretos para a produção, foram contabilizados mais de 300 itens, estes foram registrados em
uma planilha EXCEL apropriada, onde cada produto recebeu tratamento diferenciado, além
de conter informações como quantidade de cada item em estoque, contém dados como
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estoque máximo, mínimo e ponto ótimo, alem de informações relativas a compra, como por
exemplo custo unitário de cada item.
As informações atinentes a volumes de estoque, ou seja, estoque máximo e mínimo
foram obtidas através do volume de produção de cada produto, de forma que se pode estimar
através do ritmo de produção e também através do feeling da supervisora do setor de
produção.
3.4 PLANO DE ANÁLISE DE DADOS
As análises de dados serão efetuadas através de dados qualitativos, onde aspectos
como qualidade dos relatórios de compra e qualidade dos relatórios de inventário, juntamente
com a velocidade na preparação destes serão avaliadas.
Utilizou-se como instrumento principal para a análise de dados o programa Microsoft
Office Excel 2007®.
No programa acima referenciado foram elaboradas planilhas para entrada, avaliação e
saída de dados.
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4 ANÁLISE
4.1 DESCRIÇÃO DOS DADOS COLETADOS
Na Tabela 2 demonstrada abaixo contém o controle de estoques implantado na
empresa Maria Zilma Farias Ferreira ME, apresenta a tela inicial do programa de gestão de
estoques (Menu de Navegação).
Tabela 2 – Menu de Navegação.
Fonte: Próprio autor (2014).
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Para entrada de dados referentes à matéria prima para fabricação de roupas íntimas
femininas, apresenta-se a Tabela 3 logo abaixo, nesta tabela ainda temos dados relativos
a otimização de estoques e custos com matéria-prima
Tabela 3 – Gestão de Estoques.
Fonte: Próprio autor (2014)
Na Tabela 4 apresentada abaixo, podemos observar informações relativas ao custo de
aquisição de cada material contido em estoque, estes valores são correlacionados com o
volume de estoque e dessa forma geram relatórios de compras automaticamente.
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Tabela 4 – Gestão de Compras.
Fonte: Próprio autor (2014)
Nota-se que a Tabela 4, gera automaticamente relatório de compras, isso ocorre em
função da interligação existente entre a gestão de estoques e a gestão de compras, os valores
de estoque estão correlacionados com o valor de cada item, dessa forma quando um item
recebe baixas em seu estoque de forma a extrapolar o limite de estoque mínimo, este é
automaticamente multiplicado pelo número necessário deste material para que ele atinja
novamente o estoque ótimo, este número é ainda multiplicado pelo valor unitário de cada
produto, gerando assim, um relatório de necessidades de compra em tempo real.
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4.2 ANÁLISE
Tendo como principal objetivo deste trabalho a otimização no tempo despendido para
o controle dos estoques e para a elaboração de relatórios de necessidades de compras da
empresa Maria Zilma Farias Ferreira ME, podemos confirmar através Gráfico 1 abaixo que
houve grande otimização no tempo empregado para a elaboração desta atividade.
Gráfico 1 – Ganho de Produtividade no Controle de Estoque.
0102030405060708090
100110
0,20 1,004,00
48,00
0,452,25 9,00
108,00
Ganho de Produtividade no Controle de Estoque
TempoDiespendido ParaControle de
Estoque(ELETRÔNICO)
TempoDespendido Para
Controle deEstoque(MANUAL)
(horas)
Fonte: Próprio autor (2014)
Notamos que reduziu-se cerca de 60 horas por ano na atividade de gestão de estoques,
estas horas eram distribuídas entre cadastro de entradas, cadastro de saídas e inventários
anuais para controle fiscal, constante no Gráfico 2 logo abaixo podemos notar esta redução
em percentual bastante significativa para a gestão de controle de estoque, com essa redução de
tempo podemos atribuir novas funções para a atividade aprimorando desta forma cada vez
mais a qualidade dos serviços prestados, visando a melhoria contínua.
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Gráfico 2 – Otimização no Tempo de Gestão do Controle de Estoque.
05
10152025303540455055
60
55,655,6
55,655,6
Otimização no Tempo de Gestão do Controle de Estoque
Média Diária
Média Semanal
Média Mensal
Média Anual
(%)
Fonte: Próprio autor (2014)
O Gráfico 2 acima mostra uma redução de 55,6% no tempo atribuído para o controle
dos estoques de matéria primas, de maneira bastante simples podemos concluir que com aimplementação de um controle eletrônico de materiais a colaboradora efetua a sua atividade
na metade do tempo antes gasto, isso sem considerar que de forma muito mais organizada e
confiável.
Ainda com relação a otimização de tempo na atividade de almoxarife no setor de
produção da empresa Maria Zilma Farias Ferreira ME, existe a necessidade da elaboração de
relatórios de compras, estes são baseados no estoque atual como principal índice para nova
aquisição, com o emprego das planilhas de controle de estoque pode-se atribuir valores deestoques mínimos, máximos e ótimos, com isso gerando esta requisição instantaneamente.
Pode-se notar no Gráfico 3 logo abaixo que para a elaboração do relatório de compras
tivemos bons resultados no que diz respeito a otimização de recursos.
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Gráfico 3 – Ganho de Produtividade no Relatório de Compras.
0
4
8
12
16
20
24
28
32
36
40
0,020,20
3,00
36,00
Ganho de Produtividade no Relatório de Compras
Tempo Despendido ParaElaboração de Relatóriode
Compras(ELETRÔNICO)
Tempo Despendido ParaElaboração de Relatóriode Compras (MANUAL)
(horas)
Fonte: Próprio autor (2014)
Estes resultados são ainda mais conclusivos quando analisado em percentual da
redução do tempo como é apresentado no Gráfico 4 abaixo.
Gráfico 4 – Otimização do Tempo de Elaboração do Relatório de Compras.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
99,499,4
Otimização no Tempo de Elaboração do Relatório de Compras
Média Mensal
Média Anual
(%)
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Fonte: Próprio autor (2014)
É inevitável não tocar no assunto custos quando se pode notar reduções de até 56% notempo gasto em uma atividade, para tal o Gráfico 5 abaixo apresenta o custo médio com mão
de obra atrelado ao controle de estoques.
Gráfico 5 – Redução no Custo com Controle de Estoque.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0,783,92
15,67
188,00
1,768,81 35,25
423,00
Redução no Custo com Controle de Estoque
Custo Com
Controle deEstoque
(ELETRÔNICO)
Custo ComControle de
Estoque
(MANUAL)
(R$)
Fonte: Próprio autor (2014)
Nota-se uma economia de mais de R$ 200,00 por ano com a implantação de umcontrole de estoques adequado, quando se observa o Gráfico 6 na sequência percebe-se
redução equivalente percentual de 55,56% nos custos com gestão de estoques.
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Gráfico 6 – Otimização no Custo de Gestão do Controle de Estoque.
05
10
15
20
25
30
35
40
45
5055
60
55,5655,56
55,5655,56
Otimização no Custo de Gestão do Controle de Estoque
Média Diária
Média Semanal
Média Mensal
Média Anual
(%)
Fonte: Próprio autor (2014)
Para o Gráfico 7, nota-se uma redução ainda maior de tempo e dinheiro, onde tem-se
resultados de economia de mais de R$ 140,00 por ano como podemos observar abaixo.
Gráfico 7 – Redução no Custo com a Elaboração de Relatórios de Compras.
0102030405060708090
100110
120130140
0,07
0,78
11,75
141,00
Redução no Custo com a Elaboração de Relatórios de Compras
Custo ComElaboração de
Relatório deCompras(ELETRÔNICO)
Custo ComElaboração deRelatório de
Compras(MANUAL)
(R$)(R$)
Fonte: Próprio autor (2014)
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O Gráfico 8 abaixo apresenta a redução percentual dos custos com a elaboração de
relatórios de vendas, são resultados diretamente correlacionados com a redução de tempo
despendido para a função, ou seja, apresentou-se redução de custos de mais de 94%.
Gráfico 8 – Otimização no Custo de Elaboração do Relatório de Compras.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
99,499,4
Otimização no Custo de Elaboração do Relatório de Compras
Média Mensal
Média Anual
(%)
Fonte: Próprio autor (2014)
Contudo a visão macro da situação da empresa Maria Zilma Farias Ferreira ME no
tocante ao seu controle de estoques (matérias primas) e relatórios de necessidades de compras pôde-se concluir que se teve uma redução de aproximadamente 66% nos custos atribuídos a
elaboração de relatórios de estoque, a qual engloba desde a manutenção dos estoques, in put’s
e out put’s, até a emissão de relatórios pertinentes a atividade de almoxarifado, sendo que
estes montantes financeiros os quais puderam ser reduzidos são relativos a mão de obra,
mesmo assim, são valores bastante impressionantes independentemente do montante a ser
economizado e do tamanho da organização, este valor em percentual pode ser melhor
observado no Gráfico 9 o qual é apresentado a seguir.
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Gráfico 9 – Otimização de Custo na Elaboração do Relatório de Estoque.
05
10152025303540455055606570
66,5366,53
Otimização de Custo na Elaboração do Relatório de Estoque
Média Mensal
Média Anual
(%)
Fonte: Próprio autor (2014)
No Gráfico 10, nota-se a redução total de custos em dinheiro, onde se teve uma
redução anual de mais de R$ 350,00 por ano.
Gráfico 10 – Redução no Custo Total.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
15,73
188,7847,00
564,00Redução no Custo Total
Custo Total
Com Sistema(ELETRÔNICO)
Custo TotalCom Sistema(MANUAL)
(R$)
Fonte: Próprio autor (2014)
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Tabela 5 - Pay- Back.
R$
375,22255,00
0,68
Pay-Back 0,68 ano ou 8 meses
Pay-Back
Resultado Anualizado
Ganho AnuzlizadoInvestimento
Pay-Back
Fonte: Próprio autor (2014)
Notou-se que após a implantação do programa de controle de estoques, as prateleiras de
armazenamento de materiais sofreram mudanças quanto as suas funcionalidades, diversos
produtos os quais se encontravam em caixas e sem identificação, passaram a ser dispostos
separados por cor, utilização e tipo de produto, observa-se na Figura 6 logo abaixo a maneira
antiga de controle de estoques.
Figura 6 – Metodologia de Armazenagem Antiga.
Nota-se na figura a seguir (Figura 7) que o armazém, sem custo adicional com prateleiras ou semelhantes, sofreu uma readequação no que diz respeito a disposição dos seus
itens.
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Figura 7 – Metodologia de Armazenagem Atual.
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5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Sabe-se quanto à dificuldade de se administrar uma empresa quer ela seja de pequeno,
médio ou grande porte, as variáveis associadas são muitas e por muitas vezes os
administradores quando não capacitados e/ou não conseguem lidar com as adversidades
encontradas no caminho acabam levando a empresa à falência.
É de vital importância para qualquer empresa que se tenha o correto controle de seus
estoques, estoques de produtos acabados e estoque de matérias primas, informações como
ponto de estoque baixo e alto são essenciais para a tomada de decisão e qualquer
administrador. Notou-se durante o período deste projeto a deficiência na forma de controle de
estoques da empresa em questão, onde todos os apontamentos eram feitos de forma manual, a
qual era facilmente suscetível a falhas e de forma que esta atividade demandava muito tempo,
conforme pôde-se observar na Figura 3 e Figura 5, as quais seguem abaixo em forma de
comparativo como “antes e depois”.
Figura 3 - Controle de Estoques Inadequado. Figura 5 – Controle de Estoques Atual.
Contudo após a aplicação de alguns conceitos teóricos com as pessoas envolvidas, e a
aplicação do programa de controle de estoques propriamente dito, notamos diversos
benefícios, o primeiro deles foi a velocidade com qual a tarefa é executada, onde se reduziu
em 56% o tempo gasto com controle de estoques a mais de 99% de redução no tempo
despendido com emissão de relatórios, outro grande ganho atrelado ao programa de controle é
a confiabilidade dos dados, haja vista o controle de mais apurado dos dados.
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Notou-se também que, após a elaboração de planilhas para controle de materiais a
organização dos materiais relativos a produção aumentou significativamente, facilitando o
registro de entrada e de saída de materiais.
Ganhos financeiros foram da mesma forma contabilizados, uma vez que a pessoa
responsável pelo controle de estoque poderá aumentar o seu tempo dedicado a outras funções,
ou até mesmo, em uma atitude mais radical manter a colaboradora responsável pelo controle
de materiais em meio período reduzindo o custo com encargos trabalhistas e remuneração.
Com relação ao custo benefício o pay back foi de apenas 8 meses, ou seja, prazo
bastante aceitável haja vista os benefícios envolvidos.
Outro aspecto bastante importante e relevante ao projeto de estágio implantado foi a
satisfação e motivação da colaboradora diretamente envolvida com o programa de controle deestoques, foi possível notar o grau de comprometimento aumentando com o passar do tempo,
e isso é muito gratificante, haja vista a simplicidade do projeto em questão.
Como sugestão de trabalhos futuros, a implantação de sistemas para a aferição de
acurácia dos estoques será primordial, como também a aplicação de custeio pelo método
A,B,C.
Será interessante também como trabalhos futuros, atribuir através dos produtos com
maior rotatividade e os produtos acabados os quais estes irão originar, traçar uma projeção de produção e vendas através das baixas de estoque, com isso poderá ser criado um modelo de
previsão de demanda, onde o administrador poderá utilizar esta ferramenta como base para a
tomada de decisão tentando prever e/ou antecipar seu posicionamento de mercado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BOWERSOX, Donald J. CLOSS, David. Logística empresarial: o processo de integraçãoda cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
CONRADO, O. Logística Integrada. São Paulo: Atlas 2007
CORRÊA, Henrique L.; GIANESI, Irineu G. N.; CAON, Mauro. Planejamento,programação e controle da produção – MRP II / ERP. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 4. ed. SãoPaulo: Atlas, 1993.
DRUCKER, Peter. Administrando em tempos de grandes mudanças. Tradução: NivaldoMontingelli Jr. São Paulo: Publifolha, 1999.
FERNANDES, Luiz Antônio. Administração de recursos materiais/patrimoniais. Socorro,S.P. : Faculdade XV de Agosto 2006. (apostila)
PORTER, M. E. Towards a dynamic theory of strategy. Strategic Management Journal:Winter 1991. Special issue.
POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem
logística. 4ª ed. - São Paulo: Atlas, 2007.
SLACK, Nigel et al. Administração da produção. Edição Compacta. São Paulo: Atlas,1999.