11D – Produtividade Variável Para o Serviço de Concretagem

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561 TCPO D – Produtividade variável para o serviço de concretagem A concretagem de uma estrutura é um serviço que acontece periodicamente em lugar de continuamente, ou seja, é usual que este serviço aconteça em certos dias do ciclo de execução da estrutura em lugar de continuamente. Mais que isso, por várias razões (que vão da facilidade de lançamento e adensamento do concreto até a facilidade de reutilização das fôrmas, é bastante usual que se realize a concretagem dos pilares (e de parte das escadas) num certo dia do ciclo, e a das vigas e lajes (mais os topos dos pilares e o restante das escadas) num outro dia. Dentro deste cenário, o texto a seguir lida com valores de produtividade da mão de obra e de consumo de concreto separadamente para o primeiro tipo de concretagem (aqui denominado “concretagem dos pilares”) e para o segundo (que chamaremos “concretagem de vigas/lajes”). A produtividade neste serviço pode variar em função de vários fatores. Por exemplo, o sistema de transporte vertical pode ser um definidor da mesma; assim é que, tendo frente de trabalho capaz de absorver todo seu potencial de envio de material, o bombeamento de concreto costuma levar a situação de melhor produtividade que as gruas e elevadores. Os pilares são também, como regra, de mais difícil execução, por m 3 concretado, que as lajes e vigas. No texto a seguir indicam-se os fatores que levam a uma expectativa melhor ou pior para a produtividade. Em termos do consumo de materiais, aqui expresso em termos do volume de concreto demandado para se executar 1 m 3 de estrutura, também vários fatores podem gerar prognósticos mais favoráveis ou desfavoráveis quanto ao mesmo. Assim é que, numa estrutura mais esbelta, em função da maior relevância de eventual incorporação excessiva de material que em outra mais robusta, espera-se um consumo unitário maior (por exemplo, um aumento de 5 mm da espessura de uma laje de 10 cm é mais significativo, percentualmente, que numa laje de 15 cm). As faixas de valores de consumo unitário de concreto (expresso em termos do m 3 de estrutura de concreto armado) são apresentadas associadas aos fatores que fazem a expectativa se dirigir mais para a direita de tais faixas (pior consumo unitário) ou para a esquerda (situação relativamente de melhor eficiência no uso do material). D.1 – PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA Vai-se discutir a produtividade da mão de obra através da apresentação de faixas de valores separadas para concretagens de “pilar” e de “vigas/lajes”, além das relativas à “estrutura” como um todo. Para cada uma delas indicam- se, ainda, os valores medianos encontrados para as concretagens feitas com bomba, grua com caçambas e elevador de obras com jericas. As faixas de valores de produtividade da mão de obra, mostradas a seguir, foram feitas com as seguintes considerações: a) separam-se os dois tipos de concretagem aqui abordados: de pilares e de vigas/lajes; b) mostram-se, complementarmente, os esforços detectados para o caso da concretagem da estrutura como um todo; c) para cada um destes subgrupos apresentam-se faixas de valores para a produtividade; e) cada faixa vem associada aos fatores que levam a uma expectativa pior ou melhor quanto ao valor do indicador de produtividade, isto é, uma proximidade maior do extremo direito ou esquerdo, respectivamente, da faixa; f) sugere-se, para fins de uso dos valores da produtividade (expressa em homens/hora por m 3 de estrutura concretada), que se considere, em função da situação mais comumente encontrada nas obras estudadas, uma formação da equipe com 50% de oficiais e 50 de ajudantes. CONCRETAGEM DE PILARES a) faixa de valores de produtividade da mão de obra: 0tQ 0pG 0i[ 3URGXWLYLGDGH GRV RSHUiULRV +KP FRP GH RILFLDLV GH DMXGDQWHV 3LODUHV FRP VHomR WUDQVYHUVDO JUDQGH 3LODUHV FRP VHomR WUDQVYHUVDO SHTXHQD 3LODUHV FRQFUHWDGRV DQWHV GD FRORFDomR GD DUPDGXUD GD YLJD &RQFUHWDJHP GRV SLODUHV DSyV DUPDomR GH YLJDV $FHVVR IDFLOLWDGR j ERFD GRV SLODUHV $FHVVR FRP HVFDGDDQGDLPH j ERFD GRV SLODUHV $QGDU VHQGR FRQFUHWDGR PDLV EDL[R $QGDU VHQGR FRQFUHWDGR DOWR &RQFUHWDJHP SURJUDPDGD SDUD XVR GH WXUQRV FRPSOHWRV GH WUDEDOKR &RQFUHWDJHP XWLOL]DQGR SDUWH GR WXUQR GH WUDEDOKR (QWUHJD GH FRQFUHWR VHP DWUDVR $WUDVRV QD FKDJDGD GRV FDPLQK}HVEHWRQHLUD 7URFD GH FDPLQK}HV iJLO 7URFD GHPRUDGD GH FDPLQK}HV 3UR[LPLGDGH HQWUH ORFDLV GH GHVFDUUHJDPHQWR GR FRQFUHWR HP UHODomR DR HTXLSDPHQWR GH WUDQVSRUWH YHUWLFDO /RFDO GH UHFHELPHQWR GR FRQFUHWR QmR FRPSDWtYHO FRP R VLVWHPD GH WUDQVSRUWH YHUWLFDO (TXLSH EHP GLPHQVLRQDGD SDUD D YHORFLGDGH GH FRQFUHWDJHP ([FHVVR GH SHVVRDV QD HTXLSH %RP IXQFLRQDPHQWR GR HTXLSDPHQWR GH WUDQVSRUWH 2FRUUrQFLD IUHTHQWH GH SDUDOL]Do}HV SRU SUREOHPDV FRP R HTXLSDPHQWR GH WUDQVSRUWH YHUWLFDO 3DJDVH WDUHID DWUDHQWH 7UDEDOKR VHP LQFHQWLYR 6HUYLoR HP FRQGLo}HV IDYRUiYHLV IDWRUHV FOLPiWLFRV IDYRUiYHLV EDL[D URWDWLYLGDGH GD PmR GH REUD RSHUiULRV VDWLVIHLWRV 6HUYLoR HP FRQGLo}HV GHVIDYRUiYHLV IDWRUHV FOLPiWLFRV GHVIDYRUiYHLV DOWD URWDWLYLGDGH GD PmR GH REUD RSHUiULRV LQVDWLVIHLWRV b) produtividade mediana (em Hh/m 3 ) em função do equipamento de transporte adotado: Transporte vertical Produtividade da mão de obra Elevador e jericas 2,92 Grua e caçambas 2,00 Bomba 1,68

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D – Produtividade variável para o serviço de concretagem

A concretagem de uma estrutura é um serviço que acontece periodicamente em lugar de continuamente, ou seja, é usual que este serviço aconteça em certos dias do ciclo de execução da estrutura em lugar de continuamente. Mais que isso, por várias razões (que vão da facilidade de lançamento e adensamento do concreto até a facilidade de reutilização das fôrmas, é bastante usual que se realize a concretagem dos pilares (e de parte das escadas) num certo dia do ciclo, e a das vigas e lajes (mais os topos dos pilares e o restante das escadas) num outro dia.

Dentro deste cenário, o texto a seguir lida com valores de produtividade da mão de obra e de consumo de concreto separadamente para o primeiro tipo de concretagem (aqui denominado “concretagem dos pilares”) e para o segundo (que chamaremos “concretagem de vigas/lajes”).

A produtividade neste serviço pode variar em função de vários fatores. Por exemplo, o sistema de transporte vertical pode ser um definidor da mesma; assim é que, tendo frente de trabalho capaz de absorver todo seu potencial de envio de material, o bombeamento de concreto costuma levar a situação de melhor produtividade que as gruas e elevadores. Os pilares são também, como regra, de mais difícil execução, por m3 concretado, que as lajes e vigas. No texto a seguir indicam-se os fatores que levam a uma expectativa melhor ou pior para a produtividade.

Em termos do consumo de materiais, aqui expresso em termos do volume de concreto demandado para se executar 1 m3 de estrutura, também vários fatores podem gerar prognósticos mais favoráveis ou desfavoráveis quanto ao mesmo. Assim é que, numa estrutura mais esbelta, em função da maior relevância de eventual incorporação excessiva de material que em outra mais robusta, espera-se um consumo unitário maior (por exemplo, um aumento de 5 mm da espessura de uma laje de 10 cm é mais significativo, percentualmente, que numa laje de 15 cm). As faixas de valores de consumo unitário de concreto (expresso em termos do m3 de estrutura de concreto armado) são apresentadas associadas aos fatores que fazem a expectativa se dirigir mais para a direita de tais faixas (pior consumo unitário) ou para a esquerda (situação relativamente de melhor eficiência no uso do material).

D.1 – PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA

Vai-se discutir a produtividade da mão de obra através da apresentação de faixas de valores separadas para concretagens de “pilar” e de “vigas/lajes”, além das relativas à “estrutura” como um todo. Para cada uma delas indicam-se, ainda, os valores medianos encontrados para as concretagens feitas com bomba, grua com caçambas e elevador de obras com jericas.

As faixas de valores de produtividade da mão de obra, mostradas a seguir, foram feitas com as seguintes considerações:

a) separam-se os dois tipos de concretagem aqui abordados: de pilares e de vigas/lajes;

b) mostram-se, complementarmente, os esforços detectados para o caso da concretagem da estrutura como um todo;

c) para cada um destes subgrupos apresentam-se faixas de valores para a produtividade;

e) cada faixa vem associada aos fatores que levam a uma expectativa pior ou melhor quanto ao valor do indicador de produtividade, isto é, uma proximidade maior do extremo direito ou esquerdo, respectivamente, da faixa;

f) sugere-se, para fins de uso dos valores da produtividade (expressa em homens/hora por m3 de estrutura concretada), que se considere, em função da situação mais comumente encontrada nas obras estudadas, uma formação da equipe com 50% de oficiais e 50 de ajudantes.

CONCRETAGEM DE PILARES

a) faixa de valores de produtividade da mão de obra:

b) produtividade mediana (em Hh/m3) em função do equipamento de transporte adotado:

Transporte vertical Produtividade da mão de obraElevador e jericas 2,92Grua e caçambas 2,00Bomba 1,68

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CONCRETAGEM DE VIGAS/LAJES

a) faixa de valores de produtividade da mão de obra:

b) produtividade mediana (em Hh/m3) em função do equipamento de transporte adotado:

TransporTe verTical produTividade da mão de obra

Elevador e jericas 2,97Grua e caçambas 2,09Bomba 1,46

CONCRETAGEM DA ESTRUTURA

Faixa de valores de produtividade da mão de obra:

OBS.: os fatores a considerar são os relativos às faixas dos 2 grupos de concretagem (pilares; vigas/lajes)

D.2 – PRODUTIVIDADE NO USO DOS MATERIAIS (CONSUMO UNITÁRIO DE CONCRETO)

As faixas de valores de consumo unitário de materiais, mostradas a seguir, foram feitas com as seguintes considerações:

a) Tratou-se o consumo de concreto na execução da estrutura de concreto como um todo;

b) Apresenta-se uma faixa de consumo de concreto por m3 de estrutura como um todo;

c) tal faixa vem associada aos fatores que levam a uma expectativa maior ou menor quanto ao valor do indicador de consumo unitário, isto é, uma proximidade maior do extremo direito ou esquerdo, respectivamente, da faixa.