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Efeito água irrigação

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1778 Ra imundo Nona t o de Assis J únior & E dison Ferna ndes da Silva

R. Bras. Ci. Solo, 36:1778-1786

EFEITO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO SOBRE OS

ATRIBUTOS FÍSICOS DE UM NEOSSOLO FLÚVICO DO

MUNICÍPIO DE QUIXERÉ, CE - BRASIL (1)

Raimundo Nonato de Assis J únior(2) & Edison Fernandes da Silva(3)

RESUMO

A qualidade da água usada na irrigação é um fator decisivo para aprodutividade dos cultivos e para a qualidade do solo no semiárido brasileiro.Foram avaliados os efeitos das concentrações salinas da água de duas fontesdistintas (rio e poço raso) sobre os atributos físicos: argila dispersa em água,grau de floculação, densidade e porosidade do solo, estabilidade e diâmetromédio ponderado de agregados estáveis em água de um Neossolo Flúvico Ta

eutrófico, cultivado com a bananeira Mu s a sp. cv. Pacovan, durante os anos2000/2001. A densidade do solo, a argila dispersa em água e o grau de floculaçãomostraram-se sensíveis aos incrementos de sais no solo irrigado com água dafonte poço. Os movimentos de contração e expansão do solo estudado, muitoprovavelmente, influenciaram as variações observadas na macroporosidade eestabilidade de agregados, pois as concentrações salinas das águas das duasfontes não foram suficientemente altas para alterar esses atributos físicos. Ocurto espaço de tempo em que o solo foi submetido à ação de agentessalinizadores pode ter diminuído e, ou, mascarado os efeitos dos sais sobre osprocessos de floculação e dispersão.

Termos de indexação: estabilidade de agregados, porosidade do solo, águasalina

(1)  Extraído da dissertação de Mestrado do primeiro autor, apresentada à Universidade Federal do Ceará - UFC. Recebido parapublicação em 29 de agosto de 2011 e aprovado em 02 de outubro de 2012.

(2)  Professor Associado do Departamento de Ciências do Solo, UFC. Avenida da Universidade, 2853, Benfica. CEP 60020-181Fortaleza (CE). E-mail: [email protected]

 (3) P rofessor Assistente do Centro de Ciências Agrárias e Ambienta is da U niversidade Federa l do Maran hã o, campus C ha padinha- U FMA. BR 222, km 04, s/n. B oa Vista . CE P 65500-000 Cha padin ha (MA). E -ma il edison@ufma .br

Comissão 2.4 - Química do solo

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 EFE ITO DA QUALIDADE DA ÁGU A DE IRRIG AÇÃO SOB RE OS ATRIB UTOS FÍSICOS DE UM.. . 1779

R. Bras. Ci. Solo, 36:1778-1786

SUMMARY: EFFECT OF TH E WATER IRRIGATION QUALI TY ON PHYSICAL

PROPERTI ES OF AN EN TISOL I N QU IXERÉ, CE - BRAZIL

Th e wat er quali ty used i n i rr igati on is a decisive factor for crop productivi ty and soil 

quali ty i n t he Brazil ian semi ari d. T he effects of the sali ne concentr ations of two di fferent water 

qual it y sampl es (ri ver an d shal low w ell resources) on the physical pr oper ti es (clay di spersed i n 

water, fl occulati on level, density, porosit y, stabi li ty and mean weighted di ameter of water-stabl e aggregates) were tested. The experi ment s were carr ied out i n 2000/ 2001 on an En ti sol und er 

M usa sp. cv. Pacovan . The soil density, wa ter-di spersed clay, and the floccul ati on level w ere 

sensiti ve to in crement s of salts in the well-ir ri gated t reatment. Th e cont racti on and expansion of 

the studi ed soil possibly i nfl uenced th e macroporosity and aggregate stabil it y vari ati ons, since 

th e sali ne concent r ati ons from both sour ces were not hi gh enough to al ter th ese tw o physical 

pr oper ti es. The effects of sal ts on the fl occulat ion and dispersion pr ocesses may have been r edu ced 

or masked by the short ti me dur in g whi ch the soil was exposed to the sali ni zati on agent s.

I ndex terms: aggregate stabi li ty, soil porosit y, sali ne water.

INTRODUÇÃO

O semiárido nordest ino é conhecidamentedeficitár io em fontes de á gua de boa qua lida de, razã opela qual os agricul tores da região irr igam suascultur a s com á gua de rios intermit entes e poços ra sose, ou, profundos. As condições climá tica s locais d eintensa insolaçã o e evapotra nspiraçã o comprometema q u a l i d a d e f í s i c a e q u í m i c a d e s s a s á g u a s ,enriquecendo-as com sa is que sã o tra nsporta dos parao sistema solo-plant a via irr iga ção. A presença de saisno ambiente pedológico interfere na dinâmica defloculação e dispersã o da s unida des estrut ura is do solo,compromet endo at ribut os físicos e qu ímicos, a lém de

influenciar a s planta s cultivada s nesses pedons . Nossolos irrigados com fontes de água ricas em saissolúveis, especialmente nos Neossolos Flúvicos, ocomprometim ento dos a tr ibutos q uímicos e físicos éevidente, pois estes solos sã o nat ura lmente ricos emar gila s expansiva s, que facilita m a r etençã o de águae sa is n os horizont es superficia is (Wiedenfeld, 2008);q u a n d o e s s e s s a i s s e c o n s t i t u e m d e s o l u ç õ e sdispersa nt es à ba se de sódio, os processos dispersivossã o potencializa dos (Corr êa et a l., 2003). Contu do, osva lores crít icos da rela ção de ad sorção de sódio (RAS)e de concentr a ções eletr olíticas , a ba ixo ou a cima d osqua is pode ha ver dispersão ou floculação, nã o podemse r e xa t am e n te d e f i n i d o s , f i c an d o à m e rcê d e

cara cterísticas mineralógica s, textura e densidade dossolos (Yousa f et a l., 1987).

Os sais a gem sobre a dupla cama da difusa (DCD ),alargando e , ou, estrei tando-a de acordo com ana tur eza e concentra ção dos cá tions salinizad ores dosolo (G upt a et a l.; 1984; Amezket a & Ara gues, 1994;Gh eyi et al .., 1997; Wienh old & Trooien, 1998; Corr êaet al . , 2003; Mira nda  e t a l.., 2008). A a çã o dos sa is éproeminente em solos com a rgila s montm orilonít icas(G heyi et a l.., 1997), pois potencia liza os event os dedispersão, com efeitos na distribuição de poros econsequ ente a densa ment o do solo (Corrêa et a l., 2003).P or outr o lado, a prevalência d e sais agr egant es, de

matéria orgânica e de óxidos de ferro e alumínio

a ssume ação ant a gônica, promovendo a esta biliza çãode agregad os (B a rtoli et al ., 1988). E sses elemen t osorgâ nicos e inorgâ nicos governa m o comporta ment oda DCD (Coelho, 1981; Paula, 1981; Carter, 1984;Costa et a l., 1991; Pr a do, 2003; Ruiz et a l., 2006; Speraet. a l., 2008), provocan do modifica ções no a rra njo daspart ículas primá rias e secundá rias do solo, a lterando,entre outros, a distr ibuiçã o dos poros.

A prevalência de eletrólitos desagregantes nasolução do solo dispersa os coloides, reduz o índ ice dea grega ção e compromete a ma croporosida de do solo,estabelecendo uma r ela ção estreita entr e a ar quitetur ados poros e a na tur eza e concentr a ção da solução dosolo (Costa et al.,1991; Miranda et al., 2011). Noenta nto, a s concentr a ções da solução eletrolítica dosolo devem a tingir va lores mínimos a part ir dos qua isse pode observar modifica ções nos a tr ibutos físicos desolo (Russo & Bresler, 1977; Silva et al . , 2005).Soluções sa linas d esagrega ntes t êm seus efeitos ma isexpressivos na s proporções de ma cro e microporos doque na porosida de tota l , principalmente no que dizrespeito a os Neossolos Flúvicos de ca rá ter expa nsivo(Lima et a l., 1990; Lima & G rismer , 1992; Silva eta l ., 2005). Deve-se considerar também o efei tocata lisador da s modificações na porosidade do soloprovocada s pelo rear ra njo estrut ura l a pós ciclos deumedecimento e s eca gem (McG a rry & Da niells, 1987;

Lin et a l., 1998; Oliveira et a l., 1995; Ba ga rello et a l.,2006). Os efeitos de soluções sa lina s dispersa nt es, apredominâ ncia de fração granulométrica ma is f ina eo caráter expansivo de muitos Neossolos Flúvicoseleva m a frequência de microporos nest es solos, comomostra m os dad os obtidos por S a unders et a l. (1980)em Pent ecostes, CE . Por outro la do, B a ga rello et a l .(2006) e Almeida Neto et a l. (2009) dest a cam qu e á guacom sa linidad e inferior a 0,5 dS m -1 e par ticula rmentea ba ixo de 0,2 dS m -1 t ende a lixiviar os sa is solúveis,incluind o o Ca 2+ , comprometendo a est a bilidad e dosagr egados e a estrut ura do solo.

A desestr utu ra ção dos solos irr iga dos pode ocorrerpelo umedecimento com subsequente tráfego de

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m áqu i n as , c au san d o co m p ac t ação co m e f e i t o sdeletérios na densida de do solo e na m a croporosida de(Miche lon e t a l . , 2007) , pe la presença de sa i sdispersa ntes, q ue levam os coloides dispersos a ocuparos espa ços va zios do solo, incrementa ndo a densida deou promovendo com ma is intensida de, qua ndo úmido,o aden sa ment o e compa cta ção dos solos (Wienhold &Trooien, 1998). Via de regra, a diluição e retiradadesses sais do solo pode ser efetuada mediante aa plicação de lâmina s de lixiviação, que muita s vezespodem diluir, junta mente com sa is dispersa ntes, sa isa gregant es, comprometendo a ssim a est rutur a do solo,com efeitos notórios na esta bilida de de a gregados,porosidad e, densidade, entr e outr os at ribut os físicosdo solo (Mira nda et a l., 2011). P or isso, a ma nutençãode sa is de eletrovalência com força de a gregaçã o nosolo a ssume pa pel relevant e no a lca nce de medida s dedensida de e outr os at ribut os físicos condiciona doresd e am bi e n te s f í s i co s e qu í m i co s p a ra o ó t i m od e s e n v o l v i m e n t o e c r e s c i m e n t o d e s i s t e m a s

rad icu lares ; nesse sen t ido , Costa e t a l . (1991)o bse rva ram qu e a p re se n ça d o cá t i o n C a 2+   emconcentra ções crescentes na á gua de irrigação promovefloculação e reduz significa tiva mente a densida de dosolo, principa lment e na ca ma da de 0-15 cm. Lima &Grismer (1992) verificaram que solos aluviais comampla ocorrência de arg i l as montmori lon i tas eirr iga dos com á gua s de RAS 4,8, 15,1 e 18,2 e CE 1,4,2,1 e 6,4 dSm -1 mostraram redução nos valores dedensidade à medida que se apl ica va água de maiordur eza. Va ria ções de 1,45 a 1,77 Mg m-3 na densidadede Neossolos Flúv icos do perímetro irriga do de Sã oGonçalo-PB foram atribuídas por Millar & Gomes(1978) à a lternâ ncia de ca ma da s de solo de textura sa reia-ba rrent a e bar ro-a renosa e a lta s concentra çõesde sódio. Densida de média de 1,57 Mg m -3 foi observadapor Sa under s et a l. (1980) em N eossolo Flúvico detextura fra nco-a renosa da região de P entecostes, CE.Macêdo & Santos (1992) registraram valores dedensidade entre 1,45 e 1,47 Mg m -3  em NeossolosFlúvicos da B a cia Sucuru/Sumé, P B , irrigad os comáguas salinas. Assim, essas medidas de densidademostra m-se fortemente sensíveis à s va ria ções dosteores de sa is na solução do solo, sobretudo qu a ndoesses íons sã o deposita dos com água s de irriga ção e,ou, lâmin a s de lixiviaçã o (Ruiz et a l., 2006).

Est e tra balho objetivou a va liar os efeitos de fontes

de á gua (rio e poço ra so), do tempo de irriga ção, delâmina s d’á gua e das chuvas sobre os a tributos físicosestabilidade de agregados, DMP (Diâmetro MédioPonderado), f loculação, dispersão, porosidade edensid a de do solo de um N eossolo Flúvico Ta eutr óficodo município de Quixeré, CE .

MATERIAL E MÉTODOS

O e x p e r i m e n t o f o i r e a l i z a d o n u m a á r e aexperiment a l de 5.000 m2 cultivada com bana na (Musa 

sp.), no município de Quixeré, no Est a do do Cea rá ,si tuado a 05o 06’ 38’’ S e 37o 56’ 05’’ N e a 23 m dealtitude. O solo da área de estudo é um NeossoloFlúvico Ta eutró f ico (Embrapa , 1999) . Foramcoleta das 10 am ostra s na cama da de 0-20 cm, as qua isfora m seca s a o ar, destorroa das e homogeneizada s paraforma r uma a mostra composta , cuja car acteriza çãofísica e química é mostra da no qua dro 1.

Conduziu-se o experiment o dura nt e o período deestiagem (junho a dezembro de 2000) e o períodochuvoso (janeiro a junho de 2001). Fora m ut ilizada sá gua s da s fontes: rio J a gua ribe e poço ra so, mediant es i s t e m a d e i r r i g a ç ã o a u t o m a t i z a d o d o t i p omicroaspersão, com um aspersor para cada trêsplan ta s e com t rês níveis de irriga ção (L1, L2 e L3),corr espondendo respectiva ment e a 75, 100 e 125 %dalâmina ideal para o desenvolvimento da ba na neiraMusa sp. cv. Pacovan. O solo foi irrigado com águadas fontes dura nte t odo o período de estia gem, enqua ntono período chuvoso a principal fonte de água foi a

precipita ção pluvia l do período (Qua dro 2); contudo, àmedida que ocorriam veranicos, a i rr igação erare to m ad a . Du ran te o p e r í o d o e xp e r i m e n ta l , aqua lidade química da á gua da s fontes rio e poço foimonitora da e cara cterizada (Qua dro 3).

O de l ineamento exper imenta l fo i de b locosinteiramente casualizados, seguindo um esquemafa toria l 2 x 2 x 3, com os fat ores: dois ciclos esta ciona is,duas q ualida des de água , três lâmina s de irrigação equa tr o repetições pa ra cada lâmina . Amostra s de solosfora m coleta da s na cama da de 0-15 cm, no fim de ca daciclo esta ciona l, procedendo-se à a mostr a gem de 24parcela s, representa ndo as tr ês lâminas de irrigação

com qua tro repetições ca da e as dua s fontes de água .Amostras com estrut ura deformada fora m coleta dascom a uxílio de enxadã o, sendo utilizada s para a ná lisesgranulométricas, a rgi la dispersa em á gua, gra u def loculação, estabi l idade de agregados e anál isesquímicas de rotina , conforme indica ções de Em bra pa(1997). As a mostra s com estr utur a indeforma da fora mcoleta das com a mostra dor de U hland e ut ilizada s paraa ná lises de densida de do solo (Ds ) e porosida de. Nad e f i n i ção d a Ds , am o s t r a s i n d e f o rm ad as f o r amsubmetida s à seca gem a 105 ºC e a plicou-se a fórmula :

VMsDs  

em que D S = densida de do solo (Mg m -3), M S  = m assado solo seco (Mg) e V = volume (m3).

Na determina ção da porosidad e tota l (P T) essasam ostra s fora m sa tura da s por 72 h, com subsequentedesidrat a ção em estufa a 105 oC, sendo P T= volumede água do solo na saturação. A microporosidade(Micro) foi obtida a plica ndo-se tensã o de 6 kPa sobrea mostra s de solo, expulsand o a á gua correspondenteaos ma croporos at é que restasse somente a quela r etidanos microporos. A ma croporosida de (Macro) foi obtidapela diferença entr e P T e microporosidade. A definiçãoe distribuiçã o de poros por t a ma nho fora m feita s apartir da equa ção:

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Vh

0,3

em que φ =  diâm etro dos poros (mm) e h = tensã oa plicada (kPa ).

A composição granulométrica foi determinadautilizando-se agent e dispersan te Na OH 1 mol L -1,agita çã o de alta rota çã o durant e 15 min. Separa ra m-

se as a reias por ta misação em peneira de ma lha de0,053 mm, sendo silte e a rgila s, residuais, separ a dospor sediment a ção, de acordo com a lei de St okes. Ogra u de floculaçã o foi obtido pela equ a ção:

100xtotalargila

águaemdispersaargila-totalargilaGF  

A determinação da a rgila dispersa em água seguiuo mesmo procedimento da a ná lise granulométrica ,porém abst ra indo-se o a gente dispersa nte Na OH. Na sa ná lises de ag rega dos adotou-se o método proposto porKemper & Chepil (1965), com pré-umedecimento,agitação em oscilador elétrico composto por dois

conjunt os de peneira s com ma lha s de 2, 1, 0,5, e 0,25mm, na s qua is f icam retidos agrega dos está veis emá gua. O percentua l de a gregados está veis em água foicalculado a part ir da equa ção:

100xamostradatotalsecaMassa

 peneiracadaemretidosecosolodoMassa(%)classeAg  

O diâ metro médio pondera do foi obtido a part ir dafórmula:

ii yx

sendo xi  correspondent e ao diâ metr o médio de cadacla sse e yi à fra ção decimal dos a grega dos está veis.

As a ná lises químicas fora m realizada s em estra tosde pas ta de sa tu ra ção 1:2 (40 g de TFS A e 80 mL d eá gua destila da ), como propost o por R ichar ds (1954).O pH foi medido em ág ua , usa ndo-se eletr odo de vidro;os cá tions solúveis Ca 2+  e Mg2+ , por a bsorção a tômica ;e Na +  e K+ , por fotometr ia de chama . A RAS (Rela çãode Adsorçã o de Sódio) foi determina da a part ir dafórmula:

2

MgCa/ NaRAS

22    

A condutividade elétrica (CE) foi determinada

usa ndo-se condut ivímetro com célula d e medição tipopipeta ; e o carb ono orgâ nico (CO), por oxida ção viaúmida , com dicroma to de potá ssio 0,1667 mol L-1 etit ula ção do excesso de dicroma to em solução de sulfa toferroso amonia cal 0,25 mol L-1 e difenila mina comoindica dor. A ma téria orgân ica foi estima da a par tirdo teor de carbono orgâ nico, mult iplica do pelo fa tor1,724.

Os efeitos dos dois ciclos esta cionais, da s dua s fontesde água e das três lâminas de irr igação sobre osatr ibutos f ís icos foram aval iados pelos métodosconvencionais de a ná lises de va riâ ncia, usa ndo-se oteste F para contra sta r a s variâ ncias. As diferença s

GranulometriaClasse textural pH (H2O) CE

AreiaSilte Argila

Grossa Fina Total

 g kg -1 dS m -1

116 202 318 356 326 F ra nco-a rgilosa 7,5 2,17

Complexo sortivo

Ca 2+ Mg 2+ K + Na + H + Al Al3+ S B T V P S T C N M O C /N

cmolc  dm -3 % g kg -1

14,8 0,9 1,4 0,59 0,33 0,0 17,6 18,0 98 3 7,7 0,8 13,3 10

Quadro 1. Caracterização física e química de amostras coletadas na camada de 0-20 cm do Neossolo FlúvicoTa eutrófico estudado

CE = condutivida de elétrica, S = soma de ba ses, T = capacidade de tr oca catiônica, V(%) = percenta gem de bases tr ocáveis, P ST =percenta gem de sódio trocável, C = carbono orgâ nico, N = nitrogênio, C/N = relação carbono/nitrogênio e MO = ma téria orgânica.

Período

2000 2001

m m m m

J u n h o 30,7 J a n eiro 41,62

J u lh o 31,3 F ever eir o 11,21

Ag os t o 89,4 Ma r ço 116,6

S et em br o 0,00 Abril 187,1

Ou t u br o 0,00 Ma io 0,00N ovem b r o 0,00 J u n h o 0,00

D ezem br o 0,00 J u lh o 0,00

Quadro 2. Dados de precipitação pluvial na área doexperimento durante o período de junho de 2000a julho de 2001

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entre médias fora m a va liada s pelo teste de Tukey a 5e 1 %, ut ilizand o-se o program a ES TAT (B a nza tt o &Kr onka , 1999).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No qua dro 4, observa -se que o gra u de floculaçã omédio diferiu, a 1%, entr e a s fontes d e á gua rio e poço

ta nt o no período seco qua nt o no chuvoso; os ma ioresgra us de floculaçã o foram observados na s par celas q uereceberam á gua do rio, enqua nto nas irriga da s comág u a d o p o ço o g r au d e f l o cu l ação d e cre sce usignificat iva ment e, evidenciando os efeitos nega tivosda á gua r ica em Na +  sobre essa propriedade física.E n t r e l â m i n a s n ã o s e o b s e r v a r a m d i f e r e n ç a ssignificat ivas. Nos solos irriga dos com água rica emsa is solúveis, especia lment e os Neossolos Flú vicos, ocomprometim ento dos a tr ibutos q uímicos e físicos éma is evident e, pois estes solos sã o nat ura lmente ricosem argi las , que facil ita m a retenção de água e saisnos h orizont es superficiais (Wiedenfeld, 2008); q ua ndoesses sa is se const ituem de soluções dispersa nt es àb a s e d e N a + , o s p r o c e s s o s d i s p e r s i v o s s ã opotencializa dos (Corrêa et a l., 2003). Nesse sent ido,a s experimenta ções de Ga va nde (1972), G upta et a l.(1984), Amezket a & Ara gues (1994), Ayer s & West cot(1999) e Corrêa et a l. (2003) ra tificam os resulta dosobtidos neste trabalho, confirmando os efeitos dainteraçã o negativa do Na +  na a glutina ção dos coloidesdo solo (Qua dro 4). Contudo, as á gua s de irriga çãotra nsporta m, ta mbém, cá tions a grega ntes, como Ca 2+ ,Mg 2+  e K  + , com desta que para o Ca 2+ , que, na ma ioriadas vezes, contrapõe os efeitos do Na +   sobre asproprieda des física s dos solos, exercendo, junt a ment ecom óxidos, sesquióxidos e ma téria orgân ica , o papel

de agente cimentante do solo. Todavia, os valoresconsidera dos crít icos par a q ue ocorra m fenômenos defloculação ou dispersão não podem ser fixados emterm os a bsolutos, pois esses processos dependem d eoutra s va riáveis, como fra ção textura l e Ds (Yousaf eta l., 1987), o que torna a rbitrá ria a f ixa ção de valores

Característica2000 2001

21/07 18/08 23/10 20/11 20/12 02/01 26/03 25/05

poço r io poço r io poço r io poço r io poço r io poço r io poço r io poço r io

Ca2+

(mmolc L-1

) 9,2 1,1 7,0 0,6 6,2 0,8 2,3 0,6 3,5 0,9 4,8 1,1 0,7 0,8 6,0 1,0Mg 2+  (mmolc L

-1) 4,6 1,3 6,0 1,1 2,9 0,7 2,3 1,0 2,0 1,1 2,3 1,0 0,9 0,6 4,5 1,2

Na +  (mmolc L-1) 8,6 1,3 6,4 0,9 7,5 1,2 2,6 1,1 2,2 1,0 2,7 0,9 1,3 0,4 9,5 1,7

K +   (mmolc L-1) 0,3 0,2 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,3 0,2 0,3 0,1 0,2 0,2 0,2

H C O3-  (mmolc  L -1) 5,7 2,3 14,8 1,9 4,5 2,1 3,1 1,9 3,9 2,0 4,3 2,2 1,8 1,1 4,8 1,9

Cl- (mmolc L-1) 16,5 1,6 4,1 1,0 12,0 0,8 4.0 1,0 3,8 1,0 5,5 1,2 0,1 0,8 14,8 2,0

S O4+ 2(mmolc  L -1) 0,5 0,1 0,7 0,1 0,4 t r a ços 0,3 t r a ços 0,2 0,3 0,2 0,1 0,1 0,1 0,6 0,2

RAS (mmolc  L -1) 3,75 1,20 2,51 1,00 3,53 1,33 1,71 1,37 1,34 1,00 1,44 0,88 1,43 0,53 4,12 1,62

CE (dS m -1) 2,27 0,39 1,91 0,29 1,75 0,29 0,74 0,28 0,80 0,32 1,02 0,34 0,29 0,19 2,06 0,41

pH 6,9 6,8 8,0 8,1 7,7 7,4 8,0 7,1 7,3 8,1 7,5 7,6 8,0 7,3 8,0 8,1

Quadro 3. Teores de cátions e ânions solúveis, CE , RAS e pH das águas das fontes poço e rio J aguaribe

CE (Condutividade Elétrica), RAS (Relação de Adsorção de Sódio).

LâminaADA GF

de água

g kg -1 %

Rio

E st ia gem C h u v os o E st ia gem C h u v oso

L1(1) 219 a 204 a 28 a 33 a

L2 241 a 186 a 29 a 45 a

L3 263 a 221 a 28 a 41 a

Média (2) 241 A* 204 A* 28 A** 40 A**

P oç o

L1(1) 227 a 237 a 20 a 17 a

L2 282 a 256 a 15 a 24 a

L3 255 a 239 a 20 a 25 a

Média (2) 255 B * 244 B * 18 B ** 22 B **

C V(%) 11,54 22,73 14,31 14,83

Quadro 4. Valores de argila dispersa em água (ADA)e grau de floculação (GF) de amostras de umNeossolo Flúvico Ta eutrófico do município deQuixeré, CE, coletadas nos períodos de estiageme chuvoso, na camada de 0-15 cm

(1)M é d ias d e l âm ina d e ág u a d e n t ro d a m e sm a f on te se g u i -d as d e l e t r as m as inú sc u l as i g u a i s não d i f e re m e s t a t i s t i c a-mente . (2) Médias de fontes de água seguidas de letra s ma iús-culas iguais , na mesma coluna, não d i ferem estat is t icamen-te. * e ** diferenças signif icativa s a 5 e 1 %, respectiva mente.

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que limita m a s concentra ções eletrolítica s ou de RASa pa rt ir dos qua is predomina rã o processos de floculaçãoe, ou, dispersã o.

A a rgila d ispersa em á gua (ADA) nã o diferiu entreas lâ minas, ma s apresentou diferenças a 5 %entrepoço e rio. Os menores percentuais médios de ADA

foram r egistra dos no solo que recebeu á gua s pobres emsais de Na +  (fonte r io), a o passo que o uso de águ a ma isconcentrada em Na +  promoveu ma ior dispersão da sa rgilas, como evidenciado no qua dro 4. Segundo Pr a do(2003), à medida qu e o Na +  é substit uído pelo Ca 2+  eoutros cá tions de maior va lência por meio da reaçã o detr oca cat iônica, eleva-se a concentr a ção eletrolítica dasolução, diminuindo a espessura da dupla cama da eelevan do o gra u de flocula ção. Em solos sa lino-sódicos,Ruiz et al. (2006) verificaram também os efeitosa tenua dores de soluções à base de C a 2+  na reduçã o dadispersão de argilas. P orta nto, a dispersã o de argila dosolo pode ser provocada pela q ualida de da água aplicada ,seja de fonte pluvial ou via irrigação com ou sem

fertiliza nt es (Almeida Net o et a l., 2009). A ent ra da desa is no sistema solo interfere nos processos de floculaçã oe dispersã o, modifican do o est a do físico e químico dossolos. En tr eta nto, em solos que possuem cará ter vért icoo comport a mento expansivo das a rgilas pode ofuscaros efeitos dos sa is, especialmen te qu a ndo a s soluçõesdo solo contêm concentr ações moderada s de íons sa linos,provocand o incerteza s a cerca dos reais efeitos dos sa issobre os esta dos físico e qu ímico do solo, sobretu do naporosidade, Ds e esta bilida de dos a gregados.

Os índices de a grega ção do solo apresenta dos noqua dro 5 mostra m que nã o houve diferenças entr e as

três lâmina s de irrigação qua ndo foi usada á gua do rioe do poço. Com relação à irrigação rea lizada com á guado rio e do poço, observa ra m-se diferenças n as a mostra sde solos irriga dos com água de poço, com predominâ nciados a grega dos da s class es de 0,5 e 0,25 mm. Os efeitosa dversos das dua s fontes de água sobre a esta bilidadedos agrega dos podem nã o ter relação direta com a squa ntidades de íons a grega ntes ou desagregant es,porque na s concentr a ções em que se encontra m nã oinfluenciariam esse atributo físico do solo. Nessesentido, B a ga rello et a l. (2006) e Almeida Neto et a l.(2009) desta cam que á gua com sa linidade inferior a0,5 dS m -1 e particularmente abaixo de 0,2 dS m -1

tende a lixiviar os sais e minera is solúveis, incluindoos de Ca 2+ , reduzindo sua influência positiva sobre aesta bilida de dos agr egados e a est rut ura do solo. P oroutro lado, Costa et a l. (1991) const a ta ra m que os efeitosdo N+  sobre a esta bilida de dos a gregad os somente sef izeram signi f icat ivos a part ir de RAS igual a 9,ressa lta ndo que valores menores nã o tivera m efeitos

significat ivos; e P aula (1981) e Coelho (1981) confirmama n ecessidade de valores mínimos a pa rt ir dos qua is osefeitos das soluções salinas passem a modificar aestrut ura do solo, qua ndo observar a m efeitos de RASsuperiores a 10, desestabi l izando a estrutura deNeossolos Flúvicos. S emelha ntemente, G a vande (1972)afirma que a individualização das argilas ocorreráqua ndo o percentua l de Na +  for > 15 e a condut ividad eelétr ica < 4 dS m -1; já Ayers & Westcot (1999) a firm a mque se encontr a m efeitos do Na +  sobre a estrutura dosolo em níveis de PST < 15, sendo mais prudenteconsid era r como sódicos solos com P S T > 7. Amezket a& Ara gues (1994) ressalt am que a D CD (Dupla Ca ma da

Quadro 5. Valores médios de agregados estáveis em água (AEA) e diâmetro médio ponderado (DMP) deamostras de um Neossolo Flúvico Ta eutrófico do município de Quixeré, CE, coletadas nos períodos deestiagem e chuvoso, na camada de 0-15 cm

Lâmina de água

Estiagem

DMP

Chuvoso

DMPAEA, g kg-1 AEA, g kg-1

2,0 1,0 0,5 0,25 2,0 1,0 0,5 0,25

m m

Rio

L1 (3) 190 a 110 a 86 a 76 a 0,90 a 150 a 142 a 116 a 76 a 0,83 a

L2 325 a 137 a 91 a 71 a 1,40 a 140 a 164 a 122 a 80 a 0,84 aL3 208 a 180 a 99 a 64 a 1,26 a 251 a 171 a 101 a 63 a 1,20 a

Média (4) 241 A 142 A 92 A** 70 A** 1,19 A 180 A 159 A 113 A** 73 A 0,96 A

P oç o

L1 168 a 162 a 156 a 131 a 0,98 a 122 a 144 a 126 a 91 a 0,75 a

L2 131 a 179 a 161 a 112 a 0,88 a 165 a 184 a 138 a 90 a 0,97 a

L3 126 a 175 a 158 a 117 a 0,85 a 149 a 119 a 127 a 95 a 0,88 a

Média 142 A 172 A 158 B ** 120 B ** 0,90 A 145 A 149 A 130 B ** 92 A 0,87 A

C V (%) 24,42 19,56 22,73 25,98 32,62 2,02 34,52 16,42 27,17 28,52

(1)  Médias de lâminas de água dentro da mesma fonte , seguidas de le tras minúsculas iguais , não d i ferem estat is t icamente .(2)  Médias de fontes deágua seguidas de letras maiúsculas iguais, na mesma coluna, não diferem estatisticamente. *e** diferençassignificat iva s a 5 e 1 %, respectiva ment e.

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ma ntendo está vel a porosidad e tota l . Além disso, ocar á ter vért ico desses solos qua ndo submetidos a ciclosde seca gem e umedeciment o podem a ltera r ta mbém adistribuiçã o de poros por t a ma nho, mascar a ndo osefeitos de soluções dispersantes e favorecendo ap o r o s i d a d e c a p i l a r , s e m e l h a n t e m e n t e a o q u eobservar a m McG a rry & Da niells (1987), Moutier eta l.  (1998), Wienhold & Trooien (1998) e Lin et al .(1998).

Discutindo os efeitos da ma téria orgânica sobre aDs e outros a tr ibutos físicos, Teja da & G onza lez (2005)destacam as implicações antagônicas da matériaorgânica, ora estr utur a ndo o solo e ma ximizando oespaço poroso, ora carr eand o íons salinos para a soluçãodo solo, afeta ndo negat ivamente a distr ibuiçã o de porose Ds. Desse modo, espera -se que os impa ctos do uso deágua s sa linas na ma ssa do solo sejam negativos, poiso efeito dispersivo dos sais t ende a provoca r migra çãod a s f r a ç õ e s m a i s f i n a s e m c u r t a d i s t â n c i a ,preenchendo poros, que, cat a lisados pela contra ção e

e x p a n s ã o d e s s e s s o l o s , p r o m o v e r a m m a i o ra densa mento (Corrêa et a l., 2003). Assim, os va loresde Ds entre 1,37 e 1,55 Mg m -3 (Quadro 6) sãocara cterísticos de solos sob efeito de sa is, concorda ndocom os dados de Macêdo & Santos (1992), quandoregistra ra m Ds va ria ndo entr e 1,45 e 1,47 Mg m-3 emsolos aluviais irrigados com água salina, e com asobservações de Sa unders et a l. (1982), que observa ra mpara a mesma cla sse de solos Ds média de 1,57 Mg m-3.Ha rtemink (1998) confirma essa hipótese pela observaçãode va lores de Ds inferiores a 1,30 Mg m-3 em NeossolosFlúvicos de Nova G uiné cultiva dos dura nte 17 anos comcana -de-a çúca r nã o irrigada , incrementa ndo os efeitos

de á guas sa lina s no aumento da Ds.

CONCLUSÕES

1. O uso de á gua com ma ior concentr a ção de sais(font e poço) alterou os a tr ibutos físicos densida de dosolo, a rgila dispersa em á gua e gra u de flocula ção.

2. A porosidad e e esta bilidade de a grega dos fora m,

provavelmente, modificadas pelos movimentos decont ra ção e expa nsã o cara cterísticas do solo estuda do.

3. O curto espaço de tempo em que o solo foisubmetido à s diferentes qua lidades de água pode terdiminuído e, ou, mascarado os efeitos dos agentesquímicos sobre os atributos f ísicos avaliados, ema mbos os períodos.

LITERATURA CITADA

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150-75m

>150m   75-50m

50-37,5m

37,5-30m

<30m

>150m150-75m

75-50m

50-37,5m

37,5-30m

<30m

150 - 75m

75 - 50m

>150m

37,5-30m

< 30m

50 - 37,5m

>150m75 - 50m

150 - 75m

50 - 37,5m37,5-30m

< 30m

Figura 1. Distribuição de poros por tamanho deamostras de solos com estrutura indeformadacoletadas na camada de 0-15 cm nos solosirrigados, com águas do rio e do poço,respectivamente, no período de estiagem (a) eno período chuvoso (b).

(a)

(b)

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