10/10/2015 - Jornal Semanário - Edição 3172

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Uma cidade que não abre mão de suas origens Capital do Vinho comemora aniversário pensando no futuro sem esquecer do passado CRISTIANO MIGON BENTO GONÇALVES Sábado 10 DE OUTUBRO DE 2015 ANO 48 N°3172 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Concurso da Prefeitura Prova é anulada e servidores afastados Prefeito vai criar uma nova comissão de licitação e contratar empresa para realizar processo seletivo Página 25 Bento 125 anos Páginas 15 a 24

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10/10/2015 - Jornal Semanário - Edição 3172 - Bento Gonçalves/RS

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Uma cidade que não abre mão de suas origens

Capital do Vinho comemora aniversário pensando no futuro sem esquecer do passado

CRISTIAN

O M

IGO

N

BENTO GONÇALVESSábado10 DE OUTUBRO DE 2015ANO 48 N°3172

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Concurso da Prefeitura

Prova é anulada e servidores afastadosPrefeito vai criar uma nova comissão de licitação e contratar empresa para realizar processo seletivo Página 25

Bento 125 anos

Páginas 15 a 24

A diferença entre namoro e união estávelNos dias atuais, muito se ouve falar em “união es-

tável”, mas o termo ainda gera muitas dúvidas e, pior do que isso, há muitas pessoas que afirmam viver em união estável sem exatamente saber do que se trata.

Para início de conversa, o requisito fundamental para existir uma união estável é morar junto. Namorar há muitos anos, cada um na sua casa, não caracteriza união estável e, ainda, não existe nada previsto em lei que traga alguma consequência, tanto pessoal quanto patrimonial para quem namora.

Já a existência da união estável está prevista não só na legislação, como também na Constituição Federal que, em seu artigo 1;723, reconhece como entidade familiar a união estável entre homem e mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabeleci-da com o objetivo de constituição de família.

Ou seja: para a configuração de união estável, tem que haver a convivência pública, contínua, duradora, estabelecida com o objetivo de constituir uma família.

Estamos esclarecendo este assunto porque, logica-mente, enquanto o casal estiver junto, tanto em na-moro, quanto em união estável, não há motivo para grandes preocupações. Os problemas começam a surgir quando há separação ou falecimento de um dos namo-rados ou companheiros, momento em que surgem dis-putas por bens e pensões.

Teoricamente, a relação do casal que vive em união estável possui muito mais obrigações do que ocorre em

um simples namoro. Para ter união estável, não basta passar juntos o fim de semana, viajar juntos e frequen-tarem as festas de família. Na união estável é preciso que o casal viva como se casado fosse.

E aí surge mais uma dúvida: como provar uma união estável? Existem muitas formas, mas entre as princi-pais estão os comprovantes de dependência em plano de saúde, de dependência em declaração de imposto de renda, dependência em título de clube social, conta conjunta, entre outras. Muito importante também nes-tes processos é a prova testemunhal, para que terceiros contem ao Juiz o que sabem da relação.

De qualquer forma, para quem vive em união estável se prevenir de qualquer problema, o ideal é fazer um contrato de união estável, firmado por um advogado que incluirá regime de bens e outras cláusulas de suma importância. Ter o contrato em mão evitará muitas dores de cabeça na hipótese de separação, pois evitará discussões sobre direitos hereditários, e até mesmo fa-cilitará a prova junto ao INSS, no caso de morte, para passar a pensão para o cônjuge sobrevivente.

Antes de simplesmente ir morar com seu compa-nheiro ou companheira, procure informar-se e, melhor ainda, firmar um contrato. Enquanto a paixão e o amor estiverem vivendo em clima de mar de rosas, ninguém pensa que as consequências, caso surjam os espinhos,

possam ser desastrosas e desesperadoras.

Artigo

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*Alini Pegoraro Vieira é Advogada, Especialista em Direito Empresarial

OAB/RS 57.144 - Fone: (54) 3451.6980 |[email protected]

125 anos de prosperidadeEditorial

A palavra prosperidade possui vários sinônimos, bem-su-cedido e sucesso entre eles. Pois esta única palavra serve para definir muito bem o município de Bento Gonçalves, que che-ga hoje a 125 anos de história. Até aqui, uma trajetória que orgulha a todos, sejam eles bento-gonçalvenses ou não.

A Capital do Vinho surgiu encravada no meio das pedras e tornou-se, em pouco mais de um século, uma das melhores cidades brasileiras para se viver. Com seu potencial econômico e um povo extremamente aco-lhedor, atrai milhares de pessoas que, ao se instalarem por estas terras, dificilmente querem sair daqui.

Bento Gonçalves é sinônimo de oportunidade, de melhoria na qualidade de vida das pessoas, de crescimento da autoes-tima e de um local para construir uma família e ser feliz. Esta cidade, considerada por muitos a Europa brasileira, nos dá tantas coisas e nós, como comunidade, o que damos à ela em

O bento-gonçalvense é muito exigente e se recusa a contentar-se com pouco, marca de um povo empreendedor

contrapartida? Muito pouco, com certeza.Seja você nascido aqui, ou não, é preciso demonstrar ainda

mais o seu amor por Bento Gonçalves. Não somente no seu aniversário, mas diariamente. Com pequenas ações, podemos mostrar que queremos ver esta cidade cada vez mais linda e

mais desenvolvida. Não sujar as ruas e não poluir os nossos mananciais já é um bom co-meço. Também é importante preservarmos e darmos uma atenção maior aos nossos patri-mônios históricos, assim como damos a nos-sa cultura italiana, preservando os filós e as danças típicas.

Graças a Deus, moramos em uma terra abençoada e muito produtiva, em todos os sentidos. Quem não mora em Bento, sonha e deseja muito morar aqui. A comuni-dade bento-gonçalvense é muito exigente e se recusa a conten-tar-se com pouco. Essa é a marca de um povo empreendedor e ordeiro, que tem muito a comemorar nestes 125 anos.

Sábado, 10 de outubro de 2015 2 Opinião

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ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

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DireitoEmpresarial

“ ”E aí surge mais uma dúvida:

como provar uma união estável?

PainelO Hotel Villa Michelon, em

parceria com a Jamar Cia do Esporte, promove o tradicional Passeio Ciclístico de Primavera. Será no dia 18 de outubro, com saída às 9h, em frente à Aprova-le, no km 14,85, na ERS-444, no Vale dos Vinhedos.

No percurso de 5,3 quilô-metros, os ciclistas de todas as idades, amadores ou profissio-nais, poderão relaxar, praticar atividade física e ainda apreciar a paisagem e conferir a brota-ção dos parreirais. Estão pro-gramadas paradas na Vinícola Torcello e Almaúnica para um

breve descanso e também para que os participantes possam to-mar água e suco de uva.

Na chegada ao Hotel Villa Mi-chelon, ponto final do passeio, serão sorteados uma bicicleta, diárias no hotel, além de vários outros brindes. Também serão reservados brindes para a fa-mília mais numerosa, o ciclista mais idoso, o ciclista mais jovem e o ciclis-ta ou bicicleta mais incrementada.

A inscrição é gratuita e pode ser realizada an-

tecipadamente no Hotel Villa Michelon, na Aprovale, na Jamar Cia do Esporte ou no dia do even-to. O Passeio Ciclístico da Prima-vera conta com o apoio da Apro-vale, Isabela, Polícia Rodoviária, Brigada Militar e Prefeitura de Bento Gonçalves. Em caso de mau tempo o passeio será trans-ferido para o dia 25 de outubro.

Já está aberto o período de inscrições para jovens entre 16 e 22 anos interessados em par-ticipar do Programa Aprendiz. Totalmente gratuito e com benefício financeiro, o curso Edificador Predial terá início nos próximos dias e aconte-cerá, diariamente, no turno da tarde. Os interessados po-dem entrar em contato com a Ascon Vinhedos por meio do telefone (54) 3454.5734.

A parceria será novamen-te entre a Ascon Vinhedos e o Senai-Cetemo e o objetivo do Aprendiz em Bento Gonçalves visa, principalmente, atender a

Se o design está à flor da pele, o Salão Design é para você! As inscrições para o prêmio do Sindmóveis en-cerram na próxima quarta--feira, 14, sem chance de prorrogação. São R$ 205 mil em premiações para es-tudantes, profissionais e in-dústrias. Em sua 20ª edição, o Salão Design é a maior pre-miação de design de produ-tos da América Latina e um canal relevante para quem realmente vê no design uma forma essencial de expressão e uma ferramenta para mos-

trar ao mundo o seu estilo. Até hoje, já foram inscritos 12.058 projetos.

A novidade desse ano é que os produtos vencedores e outros selecionados pela co-missão julgadora vão partici-par de, não apenas uma, mas duas mostras de produtos: em março de 2016, durante a fei-ra Movelsul Brasil (em Bento Gonçalves/RS) e em agos-to, durante o DW! São Paulo Design Weekend. São sete categorias disponíveis. Re-gulamento e downloads pelo www.salaodesign.com.br.

Passeio ciclístico no Vale dos Vinhedos

Programa Aprendiz da Ascon Inscrições no Salão Design

Sábado, 10 de outubro de 2015 3

Com toda esta chuvarada, vamos passar o Dia das Crianças passeando de barco com nossos filhos?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Painel

demanda por mão de obra do setor da construção civil na ci-dade e região. Ao final do curso de 1.200 horas/aula, totalizan-do 18 meses, os jovens estarão aptos para trabalhar na cons-trução civil.

O Programa Aprendiz aten-de a Lei 10097/2000 que de-termina que todas as empre-sas de médio e grande porte contratem um número de aprendizes equivalente a um mínimo de 5%, a partir de sete funcionários, e um máximo de 15% do seu quadro de funcio-nários cujas funções deman-dem formação profissional.

DIVU

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HUMOR Moacir Arlan

Sábado, 10 de outubro de 2015 4 Geral

A hipocrisia no seu limite

Quiseram “aparecer”?

Escrevo, agora, direcionado ás pessoas que têm o artigo 5º em mente. Determina ele: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos se-guintes:” E segue com seus LXXVIII incisos. A determinação de que “todos são iguais perante a lei” deve, no meu entender e deveria ser no de qualquer pessoa, aplicado a todos, em qualquer circunstância. Todavia, o que se tem visto no Brasil, notadamente da última década, é a máxima esdrúxula e tendenciosa que diz: “Aos amigos, tudo. Aos inimigos, os rigores da lei”. É nisso que reside o suprassumo da hipo-crisia que campeia solta no Brasil.

Falei sobre a hipocrisia no tópico anterior para mencionar o que aconteceu esta semana. Numa fantástica cena político-midiática, o Tribunal de Contas da União – que nunca passou de uma grande fa-lácia, um reduto de políticos “indicados” para encher suas burras com um salário digno de marajás – reuniu-se publicamente para anunciar a não aprovação das contas do governo federal de 2014. Eles não têm poder algum para tomar qualquer atitude. Só que, desta vez, com “lu-zes, câmeras, ação” para aparecer – no pior sentido da palavra – ao Brasil. E a tal de “votação” durou nada mais que dezenove minutos. Claro, orquestrado para ser manchete dos jornais televisivos da noi-te, especialmente o decadente Jornal Nacional. Cobriram o Brasil das pessoas de mediana inteligência com uma imensa lona. E houve quem aplaudisse uma coisa dessas.

ÚLTIMASPrimeira: Bento

Gonçalves completa amanhã 125 anos de sua emancipação política. Um município que nas-ceu com mais de 700 km2 e que hoje, muti-lado, tem apenas 170 km2. Tudo porque seus prefeitos assistiram, inertes, emancipações que poderiam ter sido evitadas legalmente;

Segunda: Caxias do Sul deu sobrados exem-plos de “como impedir as mutilações”, na medi-da em que seus manda-tários agiram para bar-rar muitas tentativas de emancipações. Exem-plos que não foram se-guidos, ou melhor, sole-nemente ignorados por bento-gonçalvenses;

Terceira: Meus pa-

rabéns são, pois, dirigi-dos àqueles raríssimos que tentaram manter nossa Bento Gonçalves inteira. Aos demais, que a história se encar-regue de julgá-los;

Quarta: Depois de 60 dias de participação nas negociações entre o Tacchini e a Secre-taria da Saúde, posso afirmar, sem medo de errar, que são raros os que realmente po-dem falar em saúde. A esmagadora maioria nada sabe, só dá palpi-tes vazios;

Quinta: Da série “perguntar não ofen-de”: quando tempo es-perarão, ainda, para re-solver aquele escândalo que é o cruzamento da Rua Pernambuco com a Fiorelo Bertuol? Talvez até que morra a mãe de alguém importante ali?

Sexta: E amanhã, às

16h, na Via Del Vino, o nosso artista Beto Val-duga com grande equipe estará homenageando Bento Gonçalves e sua gente. Imperdível, com qualquer tempo. Há co-bertura no local. Sem dúvidas, um grande pro-grama.

Antô[email protected]

A realidade

E ele vai mais fundo...

O que não traduz os fatos?

O colunista de Zero Hora, Moisés Mendes, em sua coluna de sexta--feira, 9, colocou com maestria o que realmente aconteceu no TCU. Reproduzo o seu texto porque ele traduz, com perfeição, a realidade dos fatos. Escreveu Mendes: “O TCU submeteu seu trabalho a uma farsa. Pareceres de duas décadas atrás foram aprovados em agosto em poucos minutos, para que só assim as contas de Dilma pudessem ser votadas. Eram contabilidades de Itamar, FHC, Lula. E ainda fal-tam 12 processos. Os técnicos do TCU se dedicaram durante anos a analisar “pedaladas” (que antes eram consideradas “leves”) para orientar os ministros. E viram a Câmara fingir que votava todos os pareceres ao mesmo tempo, porque era preciso desobstruir a pauta para a articulação do golpe contra Dilma”.

Continua Mendes: “Enquanto se abria a porteira para o projeto gol-pista, esperei que os técnicos do TCU se rebelassem contra a farsa e saíssem em defesa do próprio trabalho e da instituição que os paga pela vigilância das contas públicas. Nada. Só obediência silenciosa. Dos ministros, nem falo, porque na quarta-feira eles nem abriram a boca”. Conclui Mendes: “Será que, ao contrário dos servidores do IPEA, os servidores do TCU temem hierarquias e represálias? Ou es-taremos todos resignados com a subserviência do trabalho dito técni-co ao que há de pior na política?”

Moisés Mendes foi fiel aos fatos. Ou alguém pode fazer algum repa-ro? Sim, pode. Os ANTIPT (partido que quer assumir o governo custe o que custar, mesmo que seja a estabilidade democrática do Brasil), que não estão “nem aí” para as consequências que já se fazem sentir na pele de todos os brasileiros, estão radiantes, felizes, comemorando (?). Quando escrevi várias vezes, há algum tempo, que o Brasil seria dividido em duas épocas, ou seja, APT (Antes do PT) e DPT (Depois do PT), não imaginei que chegássemos a isso. Já pensaram se o povo brasileiro tomar consciência e exigir o mesmo tratamento a todos de parte da polícia federal, ministério público e da justiça? As pessoas de ética, moral e honestidade não seletivos sentir-se-iam bem melhor e o País seria respeitado. E o artº 5º da Constituição igual para todos.

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Sábado, 10 de outubro de 20156 Geral

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.997

IGVariedades

A FRASE

A água, será mesmo um bem finito?(.)

Fé e trabalhoOs imigrantes italianos que aqui chegaram da Itália em 1875, via-

jando por mar, passando por toda a sorte de privações, provaram com dignidade a vontade de vencer. E além de vencer os obstáculos que lhe eram impostos pelo próprio mundo desconhecido, eles venceram pelo trabalho e amor à terra. Com humildade, nos deixaram verdadeiras li-ções de vida! Uma vida de religiosidade, muita fé e trabalho, muito amor aos usos e costumes, e, acima de tudo, uma dose incomparável de es-perança. Sentimentos que brotavam da alma e do coração de cada imi-grante! Ensinamentos que através dos tempos, ainda hoje – em 2015 - permanecem na memória da nossa brava gente - especialmente os mais antigos que paulatinamente e de forma corajosa testemunharam o crescimento desta abençoada terra de Bento Gonçalves.

Bravura históricaA bravura dos imigrantes italianos e seu legado, o avanço tecnológi-

co nos convida a conhecer a trajetória de lutas e conquistas dos nossos antepassados. Conquistas que hoje felizmente usufruímos e que estão aí para provar a grandeza muitas vezes desconhecida da semente lan-çada em terra fértil pelas mãos calejadas do imigrante italiano. Quem sabe um dia todos possam entender o que é a vida! Com dignidade continuar reconhecendo e respeitando o passado, valorizando o pre-sente e acreditando no futuro! E finalmente para descrever a grandeza que hoje desfruta o município de Bento Gonçalves, 125 anos de con-quistas históricas, em suas diferentes áreas de atuação, é bom saber de onde viemos e quem somos, conhecendo principalmente a bandeira de nossas raízes. Raízes pelas quais representam o alicerce e o suporte do progresso e desenvolvimento desta abençoada terra, uma longa ca-minhada abençoada por Deus, bordada de parreirais!

Movelsul Brasil 2016

Corpore – saúde e natação

Capacitação e palestra

Elas nas Panelas

A 20ª Movelsul Brasil a maior feira do gênero da América Lati-na acontece na Fundaparque, Bento Gonçalves – RS, de 14 a 18 de março 2016. Promovida pelo Sindimóveis liderada pelo presidente Henrique Tecchio e Diretoria, a Movelsul Brasil tem como objetivo a organização, primando pela qualidade no atendimento ao visitante. A realização do Projeto Comprador vai fomentar ações direcionadas ao setor moveleiro e ao mercado consumidor internacional. Feira de qualidade, alta tecnologia e inovadora! Fique ligado!

Linha de boas opções a Corpore Academia – oferece aos seus fre-quentadores práticas de saúde, bem estar e segurança com acom-panhamento profissional. Tecnologia de ponta a Corpore Acade-mia propicia atividades trabalhando corpo e mente como um todo, agora incorporada ao Método Gustavo Borges de Natação. Infor-me-se 3451.5279! São práticas de saúde gerando qualidade de vida. Com a direção das empresárias Fabiana Geremia Bucco e Viviana Geremia a Corpore é o caminho do bem estar! Salute!

A Fundação Proamb, liderada pelo presidente Neri Gilberto Bas-so, promove, no dia 15 de outubro, no Sindicado dos Engenheiros do RS (SENGE) em Porto Alegre, capacitação sobre o gerenciamento de resíduos e legislações aplicáveis com duração de 8 horas. Com o objetivo de fornecer conhecimentos aos participantes sobre o geren-ciamento de resíduos sólidos, com ênfase na elaboração de planos de gerenciamento de resíduos sólidos e destinação de resíduos sólidos. A palestrante é Iliane Müller Otto, Gestora Ambiental pelo Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), e mestranda em Desenvolvimen-to Territorial e Sistemas Agroindustriais. Sucesso!

A Casa da Amizade liderada pela presidente Liria Foresti e equipe convidando a sociedade bento-gonçalvense para o 6º Jantar Dançante Elas nas Panelas animado pelo musical Zabadak, dia 24 de outubro 2015 às 20h no Clube Botafogo. O evento é beneficente. Prestigie!

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Sábado, 10 de outubro de 20158 Geral

[email protected]

DenisedaRé

Todo mundo está careca de saber que ponto de vista é a vista a partir de determinado ponto. Essa “vista” é a soma das vivências do indivíduo, de suas experiên-cias, de suas convicções, da sua leitura do mundo, do universo de informações de que ele dispõe..., uma vista que pode mostrar apenas um lado das coisas. E, todo mundo sabe também que a vida é muito mais que um polígono de vários lados. Por isso é saudável a diver-sidade de opiniões e a discussão de ideias, desde que elas contribuam para reforçar ou corrigir certo ponto de vista. A história dos seis cegos e o elefante ilustra bem o caso. É mais ou menos assim:

Seis cegos queriam saber que bicho era o elefante. Então eles foram conduzidos até o circo e começaram a apalpar o paquiderme. Satisfeitos com sua “pesquisa”, sentaram-se para confabular sobre o assunto. O que ti-nha apalpado a barriga definiu o elefante com sendo uma grande panela. O que tinha apalpado a cauda ar-gumentou que o elefante se parecia com uma vassoura. O que tinha apalpado a orelha afirmou que o elefante era como um grande leque aberto. O que tinha apalpa-do a tromba retrucou que o elefante tinha a forma de uma mangueira de água. O que tinha apalpado a perna, disse que ele era redondo como uma grande mangueira, mas que era duro como um poste. E o que tinha apalpa-do uma das presas, garantiu tratar-se de uma lança. Os cegos ficaram discutindo, gritando, se xingando, cada qual querendo impor sua verdade que derivara da pró-pria percepção. Então o mestre – sempre há um mestre nas parábolas – explicou que todos estavam um pouco certos e um pouco errados, mas se cada um aceitasse a verdade do outro poderiam visualizar o elefante.

A historinha terminou, mas vou emendar noutra por-que tem tudo a ver com a gritaria da discussão sobre a forma do elefante:

Um homem muito sábio levou seu filho para dar um passeio no bosque, para que ele pudesse escutar os ruí-dos da floresta. O rapaz ouviu desde o cantar dos pássa-ros até o farfalhar das folhas sendo levadas pelo vento. De repente, um ruído distante foi logo reconhecido pelo filho como sendo uma carroça. O pai então acrescentou que se tratava de uma carroça vazia. Surpreso, o filho perguntou como ele sabia disso sem mesmo vê-la. O pai respondeu que era muito fácil identificar por causa do ruído: quanto mais vazia, maior era o barulho.

Ninguém precisa ser carroça vazia. Ouvir o que os outros têm a dizer, além de educação, revela inteligên-cia. Com a mente aberta, acontece a troca e, por con-seguinte, a aprendizagem. A evolução da humanidade, em todos os sentidos, depende disso.

Pontos de vista

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Sábado, 10 de outubro de 201510 Geral

Bento Gonçalves -1950Imagem parcial da cidade, conhecida como Cidade Baixa. Nessa época residiam 6.500 habitantes. No Setor industrial, destaca-vam-se o Cortume Fasolo, a fábrica de acordeões Todeschini, a Vinícola Mônaco, a Cooperativa Aurora e a Adega Dreher, além de 174 outros estabelecimentos industrias

AssuntaDeParis

Bento Gonçalves – 125 anos

Até 1870, Bento Gonçalves, chamava-se Cruzinha di-zem ser um local onde morreu e foi enterrado um traça-dor de estradas ou um tropeiro.

Por ato do Presidente da Província do Rio Grande de São Pedro, em 24 de maio de 1870, foram criadas as co-lônias Isabel e Conde D” Eu ( hoje Bento Gonçalves e Garibaldi).

Em 24 de dezembro de 1875 chegaram os primeiros imigrantes italianos, que do Rio de Janeiro era, remeti-dos para Porto Alegre e após São João do Monte Negro. Seguiam em trilhas para Dona Isabel.

Os imigrantes italianos eram sua totalidade católicos, puderam erguer a sua capela e como era o centro de tudo formavam-se as comunidades.

Com o aumento da população e o crescimento econô-mico, a Colônia Dona Isabel foi desmembrada de Mon-tenegro em 11 de outubro de 1890, pelo ato número 474 do general Cândido Costa.

A estrada Buarque de Macedo (antiga trilha dos imi-grantes e hoje BR 470) e o Porto de Monte Negro, con-tribuíram por muito tempo, como ponto estratégico de desenvolvimento, modificando-se com o surgimento da Ferrovia (1910 Caxias e 1919 – Bento Gonçalves).

A rua Marechal Deodoro foi a primeira via pública a ser calçada em 1940. A Rádio Difusora ZYQ-5 foi a pri-meira emissora de rádio, fundada em 1947.

A primeira Fenavinho realizou-se em 1967. Durante a abertura oficial, pela primeira vez, um Presidente da Re-pública visita Bento Gonçalves, colocando um marco na história do nosso município. O presidente foi o Exmo. Sr. Marechal Humberto Alencar Castelo Branco.

Em 1975, pela comemoração do Centenário da Imi-gração Italiana no Rio Grande do Sul, tivemos a pre-sença do Presidente da República em exercício, o Ge-neral Ernesto Geisel, que muito nos honrou por ser filho dessa terra.

“Saudamos com carinho o aniversário do nosso muni-cípio, pelo progresso e pelas grandes conquistas “.

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Sábado, 10 de outubro de 201512 Geral

Adelgides Stefenon, MSc.

Negócios& Empresas

A mão invisívelCalma, não estou falando de roubos nem de escânda-

los de corrupção onde uma traiçoeira “mão invisível” es-taria agindo. Quero falar das ideologias econômicas e o que isto tem a ver com você, quer seja consumidor(a), empresário(a), funcionário(a) público(a), aposentado(a) e até desempregado(a).

Começo colocando que a mão invisível que falo é a força que os mercados teriam de encontrar o equilíbrio de forma autônoma, ou seja, as economias descentralizadas, livres portanto, encontrariam naturalmente o equilíbrio sem ajus-tes maiores como se existisse uma “mão invisível” que ajus-tasse tudo na economia. O termo foi elaborado por Adam Smith, um dos maiores economistas de todos os tempos, em sua mais importante obra “A Riqueza das Nações”, de 1776, 240 anos atrás.

Bem, você sabe que as coisas atualmente não se compor-tam desta maneira, tão simples.

Voltemos à época. O mundo foi se sofisticando, a revolu-ção industrial mudou o contexto econômico, novas teorias foram surgindo até que Karl Marx, em 1867 aprofundasse suas ideias comunistas no livro “O Capital”. Nele, Marx con-trapôs toda a visão do livre mercado até então difundida de-fendendo que os mercados não conseguiriam guiar-se por si só e que o capitalismo teria que dar lugar ao comunismo porque o capital explorava o trabalho. O mundo não foi mais o mesmo até hoje. Nascia aí, digamos assim, a lei da usura onde os trabalhadores sempre seriam mal pagos porque os empresários, para terem lucros, teriam, necessariamente, que remunerar mal os funcionários. Sabe-se que isto não é verdade atualmente mas nascia aí e no seu outro livro, Ma-nifesto Comunista, que havia sido publico ainda em 1848, a visão atual do sistema socialista.

Mesmo assim, o mundo econômico andava mal. Veio a pri-meira guerra mundial, em 1914 e a grande depressão de 1929, maior crise de toda a história, onde só a de 2009 chegou perto.

Surgiu Keynes, em 1933, com sua “Teoria Geral” que dis-se que o governo deveria intervir na economia quando esta estivesse em crise para regular as atividades econômicas e, com isto, conduzi-la novamente ao equilíbrio. Os gover-nos adotaram imediatamente práticas de intervencionismo e nunca mais deixaram de interferir nas economias. Digo mais, nunca mais deixarão mesmo com provas inúmeras de que muitos problemas são gerados pelo excesso de intromis-são dos governos.

Chegamos no hoje. E você se pergunta: o que eu tenho a ver com tudo isto?

Respondo: tudo, pois até hoje todas as economias do mun-do se debatem entre estes 3 alicerces macroeconômicos 1) o livre jogo das forças de mercado ou; 2) o socialismo ou; 3) a interferência do governo nas crises. Como você, eu e todas as pessoas necessitamos consumir, tudo o que fazemos está ligado, de uma forma ou outra, a como a economia é admi-nistrada e conduzida.

As ideologias de Adam Smith, Karl Marx e John Maynard Keynes ainda hoje influenciam sua vida. Até aí tudo bem. O problema é que, quando uma dessas visões de mundo é tão forte que cega seus líderes de verem o outro lado da moeda, as coisas ficam complicadas.

Enquanto os empresários forem vistos, por aqui, como vi-lões quando, na verdade, sem empresários o Brasil e o mun-do param, este país não vai atingir o desenvolvimento tão almejado por todos nós. Por enquanto, nesse país, a “mão invisível” é outra.

Pense nisso e sucesso.

Adelgides Stefenon é economista, mestre em marketing, consultor nacional e internacional, professor universitário.

Envie seus comentários e/ou sugestões para [email protected]

Sábado, 10 de outubro de 2015 13Geral

Sábado, 10 de outubro de 201514 Geral

A sequência de dias de chu-va torrencial na região

de Bento Gonçalves provocou inundações, queda de barrei-ras e muitos estragos em vá-rios municípios. Até o fecha-mento desta edição não havia registro de desabrigados.

O excesso de chuvas pro-vocou o bloqueio de rodovias importantes da região. A ERS-446, principal acesso até Por-to Alegre, foi interditada duas vezes no quilômetro 11, devido a um deslizamento de terra. Nos dois dias, o trecho ficou fechado por pelo menos qua-tro horas na manhã de ontem e na tarde da quinta-feira.

O trânsito também foi in-terrompido no quilômetro 12 da ERS-431, na localidade de Linha Colussi, em Monte Belo do Sul. A rodovia foi invadida pelas águas do Rio das Antas e o local permanecia interrom-pido para o tráfego de veículos até o final da tarde de ontem.

Quedas de barreiras e inundações bloquearam rodovias e causaram transtornos em pelo menos cinco municípios

ERS-446, em Carlos Barbosa, precisou ser interditada por duas vezes

ERS-431, na Linha Colussi, foi invadida pelas águas do Rio das Antas

Chuvarada provoca estragos na regiãoClima

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Em Santa Tereza, o Rio Ta-quari chegou a atingir 14 me-tros e as águas chegaram até a praça Fábio Koff, junto ao camping municipal. Alguns moradores ribeirinhos pre-cisaram ser retirados de suas casas pela Defesa Civil.

No município de Garibaldi, ocorreram alagamentos em ruas do bairro Bela Vista I, especialmente na quadra en-tre as ruas Engenheiro Vitório Denegri e Tiradentes. Tam-bém houve desmoronamento de parte da estrada que liga as localidades de Santo Antônio do Araripe e Linha Araújo e Souza. Apenas veículos leves estão autorizados a trafegar pelo local.

Em Bento Gonçalves, o Ar-roio Pedrinho transbordou, assustando moradores do bairro Municipal, mas não há registro de desabrigados. A Defesa Civil registrou ala-gamentos nos bairros Licor-

sul, Vila Nova, Fátima, Santa Marta e Licorsul. A queda de um muro de uma casa caiu no Barracão.

Na localidade do 6 da Leo-poldina, a torre da igreja Ca-pela das Almas foi atingida por um raio na quarta-feira, 7. No dia seguinte, outro raio atingiu aquela comunidade, desta vez caindo sobre o sa-lão paroquial. Nos dois casos, houve danos na parte elétrica e em partes da estrutura dos dois prédios. Nenhuma pes-soa ficou ferida, apesar do grande susto.

De acordo com a meteoro-logia, as chuvas devem con-tinuar na região de Bento Gonçalves pelo menos até segunda-feira, 12. Porém, as precipitações devem ser mais fracas, ficando em torno de 35 milímetros hoje e entre 6 e 12 milímetros amanhã e na segunda. Na terça-feira, 13, há predomínio de sol na região.

1 5anos2Bento Gonçalves Sábado, 10 de outubro de 2015

ESPECIAL 125 ANOS DE BENTO GONÇALVES

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Bento Gonçalves16 1 5anos2Sábado, 10 de outubro de 2015

A formação

Colônia Dona Isabel se desenvolveMais de 40 bairros se consolidaram com o passar dos anos e a fé auxiliou os moradores da Capital do Vinho

Cleunice [email protected]

O município é habitado por mais de 113 mil pessoas,

segundo estimativa do Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgada em 2015. De acordo com dados da Pre-feitura, mais de 40 bairros compõem o município. Cada um deles possui suas peculiari-dades, mas foram importantes e decisivos para a colonização e o crescimento da cidade.

Para falar sobre o desenvol-vimento e evolução de Bento, deve-se lembrar como tudo iniciou. De acordo com o livro “Século XX Memórias de Ben-to Gonçalves” e o “Cidade Alta, raízes de um povo”, a Colônia Dona Isabel, criada em 1870, já era conhecida como região

Várias são as manifestações de fé e devoção no município. Durante estes 125 anos, diver-sas doutrinas e religiões se for-maram em Bento Gonçalves, e atraem centenas de pessoas. Porém, a mais antiga da cidade é a igreja católica, que iniciou as atividades muito antes de o mu-nicípio ser emancipado. Por vol-ta do século 18, várias atividades religiosas já eram realizadas na antiga Colônia Dona Isabel.

Segundo dados da Paróquia Santo Antônio, em 1875 hou-ve a chegada dos primeiros imigrantes italianos, um ano depois, mais precisamente em 30 de setembro de 1876, o pa-dre Bartholomeu Ticcher cele-brou a primeira missa no local

Bairro Cidade Alta, local onde os primeiros imigrantes chegaram

Santuário de Santo Antônio está localizado no Centro do município

Religião

Além da bagagem, os imigrantes trazem a religiosidadee neste mesmo ano é construí-da a primeira capela, de tábuas rústicas. Em 1878 é celebrada a primeira festa de Santo Antô-nio, em 2015 a festividade co-memorou 137 anos, doze anos a mais que o município. Seis anos após a primeira festa, em 26 de abril de 1884, a paróquia é criada. A terceira igreja começa a ganhar forma em 1890 e em 1984 ela é concluída. Em 1922 a igreja matriz é ampliada, com conclusão da reforma em 1923. No ano de 1934, um decreto ele-va a igreja Matriz para Santuá-rio Diocesano de Santo Antônio e em 1951 a pedra fundamen-tal para construção do edifício Santo Antônio é lançada.

Como o santo é o padroeiro

do município, em 1972 o dia 13 de junho é decretado feriado municipal. Em 1999 a Festa é incluída no Calendário Oficial de Eventos do Município de Bento Gonçalves (Lei Munici-pal) e no Calendário de Even-tos Turísticos do Rio Grande do Sul. Após mais de 100 anos de sua construção, em 2014 foi entregue as obras de restauro do santuário.

Dentro deste contexto ini-cial, outras crenças surgiram no município. Bento ainda conta com as paróquias Cristo Rei, São Roque e Nossa Senho-ra do Rosário, além de diversas outras igrejas e templos pela cidade, representando a fé do povo bento-gonçalvense.

de Cruzinha, considerado o primeiro nome do município. Cinco anos depois, em dezem-bro, os primeiros imigrantes italianos chegavam à região. No ano seguinte, o presiden-te do estado, José Antônio de Azevedo Castro, anunciava a existência de 348 lotes rurais, medidos e demarcados, e uma população de 790 pessoas. Nesta data, há o registro de que os primeiros imigrantes chegaram à esplanada, onde hoje está situada a Igreja Cris-to Rei, no Cidade Alta.

De acordo com a historiado-ra Assunta De Páris, por volta de 1919 uma Companhia Belga trazia a ferrovia que ligava Por-to Alegre, Capital do Estado, na época Província do Estado do Rio Grande do Sul, para Bento Gonçalves. “Em 1910 a ferrovia

já chegava a Caxias do Sul e depois de nove anos veio para Bento, graças a uma comissão de pessoas e lideranças, liga-das à Associação Comercial de Bento Gonçalves (fundada em 1914). Os integrantes se reuni-ram e trouxeram a ferrovia. No entorno da estação, os comer-ciantes estabeleceram suas ca-sas comerciais e assim se for-mou o núcleo Cidade Alta, um dos bairros mais importantes para o município”, relata.

A partir deste momento, Bento Gonçalves passou a se desenvolver e expandir. De acordo com a historiadora, além do núcleo, outros dois bairros foram importantes para o crescimento do municí-pio. O Centro, devido à religio-sidade e São Roque, pela exis-tência do Batalhão Ferroviário.

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Jamais passaria pela cabeça de quem via a então Colônia de Dona Isabel, em 1875, que Ben-to Gonçalves se tornaria uma cidade tão grande e significante. Contudo, grande parte da trans-formação urbana observada no passar dos anos se deve ao setor de Construção Civil, que em 1930 deu início a fase evolutiva do Mu-nicípio, com a construção de edi-fícios como o Círculo Operário e o prédio das Irmãs Pastorinhas.

Entretanto, apenas em 1950, com a posse do então prefeito João Batista Pianca a fase de grandes avanços tem início. Ho-mem visionário, o então líder

do Executivo foi responsável por construções icônicas, como o prédio do Hospital Tacchini e a Igreja Santo Antônio. A déca-da também marcou o início das associações de construtores.

Já em 1970, com o começo dos incentivos do Banco Na-cional do Desenvolvimento, a verdadeira expansão predial e territorial foi possível. “Foi uma época próspera e de grandes edificações. Datam da fase o Edifício Camerini e o De Gas-peri, com mais de 10 andares, realização nova até então na cidade”, conta Cedamir Poletto, vice-presidente da Ascon.

Na década de 1980, o mercado entra em crise, em virtude da si-tuação financeira do país, vindo a se recuperar somente duas déca-das depois. “A recessão durante esses 25 anos foi severa. É pos-sível contar nos dedos os anos que não fechamos as contas no vermelho” lembra Poletto.

Em 2005, com o surgimento do programa “Minha Casa, Mi-nha Vida, o setor é novamente impulsionado, e tem início a fase de grandes edificações, princi-palmente na área central da cida-de. “Foi a salvação do setor”, re-corda Alfredo Cousandier Filho, ex-presidente da instituição.

Setembrino Rubbo é figura conhecida em Pinto Ban-

deira e Bento Gonçalves. Hoje, com 88 anos, ele organiza as coleções de livros, discos e fi-tas cassetes e não hesita em contar história para quem quer que seja, na rua, em casa. Para quem quiser ouvir, ele tem his-tória pra contar. Na década de 1940 deixou a roça para traba-lhar na construção civil. Se ins-creveu no curso de construtor pelo Instituto Universal Brasi-leiro (IUB) e aprendeu do jeito que dava, por cartas. Rubbo não só viveu a história de Bento Gonçalves, ele a desenhou com régua e tinta nanquim e a cons-truiu tijolo a tijolo.

Assinou projetos de importan-tes obras para a época, muitas ainda intactas que se contrastam com a paisagem vertical que o

Na década de 1940, Setembrino Rubbo estudou Arquitetura por correspondência e ajudou a erguer Bento Gonçalves

Da alvenaria aos arranha-céus

Clube Aliança, um dos prédios mais antigos da cidade, que data de 1906

Hoje, ele se orgulha da neta Andressa, que estuda Arquitetura na UCS

História pelas mãos de um construtor

Construção Civil

Traços da Capital do Vinho

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Vitória [email protected]

Bento Gonçalves171 5anos2 Sábado, 10 de outubro de 2015

município foi ganhando ao longo dos anos. Ele construía também as casas das famílias mais tradi-cionais e elevou a torre ao lado da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Pinto Bandeira.

Hoje, com sorriso e sem arre-

pendimento, ele resgata as lon-gas caminhadas noturnas para chegar até os locais de trabalho. “Eu ia para onde tinha trabalho. Nos chamavam para ir à Antô-nio Prado, Linha Jansen e a gente ia. Saia de noite e chegava

lá de manhã cedo. Se trabalha-va até que tinha luz”, lembra.

O último construtor regis-trado em Bento Gonçalves, Setembrino exibe com orgulho o seu Registro profissional de número 8.645. Junto do do-cumento, ele guarda o Alvará de Licença como arquiteto e a Portaria de Louvor e Agrade-cimento que lhe foi concedida pela Câmara de Vereadores, em 2007, devido aos trabalhos prestados pela cidade.

Apesar de saber que muitas das construções que projetou já foram demolidas, Rubbo sabe que irá deixar mais do que prédios e história, ele tem uma neta inspirada em sua profissão que vai levar adian-te os passos do avô. Andressa Rubbo tem 20 anos e está no sexto semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo. Ela lembra olhar os projetos do avô quando criança e diz que

não imaginava que aquilo po-deria se tornar sua profissão. “Ele me influenciou desde pe-quena, mesmo sem eu saber. Tenho orgulho dele e de tudo o que ele já fez”, afirma.

Rubbo acompanha a jornada de Andressa na faculdade e diz se orgulhar de ver a neta estu-dando com facilidade o que ele precisou fazer por meio de car-tas. “Hoje é tudo mais moder-no, né? A Andressa é capricho-sa, ela faz tudo bem direito. Eu fico feliz quando ela me mostra os desenhos”, comenta.

A estudante diz querer levar a história adiante e fazer com que mais pessoas tenham acesso ao que ela teve. “Pretendo me es-pecializar em engenharia civil e passar o conhecimento adiante. Imagina que legal pode ser se eu me tornar professora e le-var esse material antigo para os alunos. Isso sim é não deixar a história morrer”, finaliza.

Bento Gonçalves18 1 5anos2Sábado, 10 de outubro de 2015

Orgulho e simpatia

Cidade que encanta os olhos e o coraçãoDestino de quem procura prosperar, Bento Gonçalves é reconhecida pelo seu povo acolhedor e boa qualidade de vida

Leonardo [email protected]

Neli Dutra, 60 anos, moradora do Aparecida

É uma cidade bela e histórica com as nos-sas uvas e cantinas. Sou de Vacaria e moro aqui há 44 anos. Eu gosto muito do povo e deste movimento na cidade, adoro estar pelo Centro. É uma cidade que cresceu mui-to rápido, sempre com pessoas novas che-gando e com muitas oportunidades para quem quer prosperar.

Gorete Terezinha Bodnar, 24 anos, moradora do Caminhos de Pedra

Sou do Paraná e estou há três anos em Bento Gonçalves. É uma cidade muito boa, pelas suas pessoas e esta caraterística turística. Gosto de cami-nhar, principalmente pelo Centro. É uma cidade muito bela e acolhedora, que é grande, mas mantém esse ar do interior. Eu não trocaria.

Luiz Carlos Ardusti, 52 anos, morador do Universitário

Vim de Ronda Alta há 20 anos em busca de trabalho. No começo foi difícil, mas depois só alegria. São muitas oportunidades e fui muito bem recebido. É uma cidade que equilibra este ar do interior com bastante atrativos, como a ExpoBento, a Fenavinho e diversos locais de passeios. As pessoas são simples, trabalhadoras e a cidade é bem cuida-da, com sua natureza e as casas pintadas.

Uma cidade de oportunida-des, atrativa por suas bele-

zas e com um povo acolhedor. Esta é a reputação construída por Bento Gonçalves em seus 125 anos de história. Claro que a natureza ajuda, basta um pe-queno passeio pelos Caminhos de Pedra ou Vale dos Vinhedos para se deslumbrar. Porém, é a simplicidade das pessoas e seu cuidado com a própria terra que conquista turistas e mi-grantes.

Com um povo que historica-mente valoriza o trabalho e as pessoas, o município virou refe-rência de oportunidades. Além da vitivinicultura, sua caracte-rística principal, Bento Gonçal-ves é referência nos setores mo-

veleiro e metalmecânico.Este potencial econômico é

revertido para a qualidade de vida, o maior exemplo, talvez, seja o apoio dado aos órgãos de segurança pública. Graças a força da comunidade, o 3º Ba-talhão de Policiamento de Áre-as Turísticas (3º BPAT), Bri-gada Militar, conta com uma das melhores frotas do estado. Com oportunidades e um bom convívio, a Capital do Vinho vi-rou referência. Hoje, mais de 50% de sua população veio de outras localidades.

Enquanto prospera e acolhe cada vez mais moradores, a Ca-pital do Vinho tem por desafio manter seu principal trunfo, ter atrativos de cidade grande en-quanto mantém o cuidado com sua terra e a simpatia caracte-rística do povo do interior.

Bento Gonçalves191 5anos2 Sábado, 10 de outubro de 2015

Therezinha Fabbres Lanfredi, 78 anos, moradora do Cidade Alta

Adoro este povo que é muito acolhedor. O meu pai, que era ferroviário, morava em Santa Maria e sempre dizia que iria voltar para a Serra. Quando se aposentou, em 1959, viemos para Bento. Era muito bom participar das canchas de futebol na colônia e o bom atendimento nas lo-jas, o que ainda se mantém em algumas.

Ariel Martins, 16 anos, morador do Ouro Verde

É uma cidade que tem tudo, vários luga-res para sair e diversos atrativos. Apesar de que está tendo muito assalto, eu gosto de andar por aí e aproveitar esta variedade. A maioria das pessoas é simpática, me sinto parte desta comunidade e não pretendo ir embora não. E a parte dos Vinhedos as pessoas precisam conhecer, é muito bonito.

Maria Terezinha Ramos Cainelli, 60 anos, moradora de Tuiuty

Eu nasci em Venâncio Aires, mas me mudei criança para Bento Gon-çalves, onde casei e criei os meus três filhos. Gosto de tudo na cidade e de Tuiuty, onde moro. O lugar é lindo e as pessoas são ótimas, os vizinhos são como parentes para mim. Eu nunca sairia de lá.

Maria Benedita, 66 anos, mo-radora de Monte Belo do Sul

Bento Gonçalves tem tantas vir-tudes, principalmente um povo sim-pático e carinhoso. Eu recomendo o passeio na praça São Bento e sua igreja, que é um lugar lindo e mo-vimentado. Monte Belo do Sul foi emancipado (há 23 anos), mas eu ainda me sinto parte de Bento e gosto da cidade.

Monique da Silva Nuncio, 23 anos, e Miguel Nuncio de Morais, 1 ano e 6 meses, moradores do Vila Nova

Eu nasci em Bento e nunca pensei em me mudar. Gosto de passear, mostrar a cidade para o meu bebê. É um local bonito, com lugares deslumbrantes, alguns que nem eu conheço ainda. Tenho orgulho de ser da-qui. A cidade pode crescer um pouco ainda, mas preci-sa manter estas raízes.

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Bento Gonçalves20 1 5anos2Sábado, 10 de outubro de 2015

Histórias da cidade

Memórias do pioneiro MichelonUm dos responsáveis pela evolução da cidade relata como o município se tornou a Capital Nacional do Vinho

Luiza [email protected]

Michelon com a miniatura do hotel Bela Vista, comprado pelo pai quando ele tinha 10 anos de idade

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Era uma vez uma Bento Gonçalves que ainda não

era conhecida como a Capital Nacional do Vinho. No Vale dos Vinhedos é possível en-contrar um dos pioneiros do turismo na cidade. Moysés Luiz Michelon, proprietá-rio do Hotel Villa Michelon, sentado em seu escritório, lembra a história da cidade enquanto olha pela janela e enxerga, ao seu redor, parte daquilo que ele fala. As bele-zas do Vale se misturam com as atrações instaladas por lá. Mas, o que parece já ter nas-cido assim, foi fruto de muito trabalho e dedicação.

A ligação de Michelon com hotelaria iniciou quando ele era criança. Seu pai comprou o Hotel Bela Vista, no Centro da cidade. Com 10 anos, ele já interagia com turistas que se hospedavam no estabeleci-mento da família e conhecia a realidade da área hoteleira. Formou-se técnico em conta-bilidade, tornou-se gerente da fábrica de biscoitos e massas Isabela e passou a ter mui-

ta participação comunitária. Após ser um dos criadores do Centro da Indústria Fabril, hoje Centro da Indústria e Co-mércio (CIC-BG) e presidente do Clube Esportivo, também

foi, em 1967, o presidente da Comissão Executiva da pri-meira Festa Nacional do Vi-nho (Fenavinho), quando o primeiro pavilhão da Funda-Parque foi construído.

Primeira Fenavinho trouxe a evolução

A primeira Fenavinho pro-jetou Bento Gonçalves no cenário político e turístico

brasileiro. “Afinal, a cidade não era conhecida e reco-nhecida sem ser localmente. Como conseguimos trazer aqui o Presidente da Repúbli-ca Castelo Branco e também o presidente dos diários e emissoras associadas, embai-xador Assis Chateaubriand, o Marinho da época, o evento teve repercussão na imprensa nacional”, lembra Michelon. Naquela oportunidade, foi criado o brasão, a bandeira e o hino do município. Além disso, foi assim que a cidade recebeu o título de capital na-cional do vinho.

Com isso, conseguiram a atenção das autoridades es-taduais e federais para solu-cionar os problemas enfren-tados, como a isolação por causa das estradas e a carên-cia de energia. Também, com isso, conseguiram métodos para a construção da RS-446, na estrada São Vendelino. Os 150km de chão batido pelos Caminhos de Pedra até Far-roupilha para chegar a capital do estado, foram substituídos por 120km de asfalto. “Isso acabou facilitando o turis-mo”, salienta.

Gastronomia e hotelaria para uma terra promissoraO irmão de Moysés Miche-

lon e diretor-superintendente da rede de hotéis Dall’Onder, Tarcísio Michelon, criou o Ca-minhos de Pedra, primeiro ro-teiro turístico da serra. O pro-jeto, elaborado em 1987 com Júlio Posenato, fez com que os homens do interior passas-sem a se interessar no desen-volvimento do turismo. Como presidente do primeiro comitê regional do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtivida-

de (PGQP), Moysés Michelon palestrou, em 1995, para os fundadores do projeto enotu-rísticos do Vale dos Vinhedos. Por isso, o comitê foi criado: orientar as empresas que pre-cisavam melhorar a qualidade de seus serviços. Afinal, segun-do ele, “o concorrente que era o vizinho do lado, tornou-se internacional”.

Como o projeto tratava-se de parreirais e vinícolas, Miche-lon percebeu que, para ficar

completo, faltava a gastrono-mia e a hotelaria. Assim, ven-deu a fábrica Isabela e investiu na mesma área que seu pai. “A partir do ano 2000, construí-mos o primeiro restaurante no Vale e o primeiro hotel, cha-mado Villa Michelon”, destaca. Hoje, existem 12 restaurantes, dois hotéis e várias pousadas. Além disso, das seis vinícolas iniciais, hoje existem 32. “Des-sa forma, o vale dos vinhedos passou a ser reconhecido como

o principal destino enoturísti-co do Brasil. E, segundo as re-vistas especializadas, um dos dez principais do mundo”, se orgulha.

“Não é pouco e não é só por minha causa”

Moysés Michelon sabe da importância do Vale dos Vi-nhedos no turismo brasileiro. Mas, ele destaca que o desen-volvimento se deu por conta

de um trabalho em equipe. Com a evolução do Vale, todo o projeto turístico da cidade se fortaleceu. Dessa forma, vários roteiros começaram a surgir. Porém, o empresário acredita ser possível evoluir ainda mais e salienta a importância dos próprios moradores valoriza-rem o que possuem ao redor e, muitas vezes, não enxergam. “Caberia um endomarketing nas empresas para tratar disso com os funcionários”, indica.

Um dos desafios do setor é popularizar o vinho e aumentar a produçãoO cultivo e colheita, cacho a cacho, gera emprego no interior da cidade

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Bento Gonçalves2125anos1 Sábado, 10 de outubro de 2015

É unânime. As mais de 110 mil pessoas que moram em

Bento Gonçalves têm ou já ti-veram em sua família alguma ligação com uva e vinho. Mes-mo os que vêm de outras cida-des. Para encontrar a cultura da vitivinicultura em Bento, não precisa ir até as produções das grandes vinícolas, basta ir à horta de casa, no vizinho, ou no avô, onde pelo menos uma pequena parreira floresce e dá frutos no verão. É impossível viver em Bento e não ter, se-quer, experimentado um cacho de uva ou uma taça de vinho.

O povo de Bento Gonçal-ves soube como transformar a tradição do plantio e colheita da uva em um dos principais setores econômicos da cida-de. Hoje, a indústria vitiviní-cola movimenta a economia, gera renda, empregos e cresci-mento. O município é um dos maiores polos de produção do Brasil e concentra as principais instituições de pesquisa. Esse povo, que veio colonizar e viver na Serra Gaúcha foi além do vinho, ele transformou a uva em espumante, suco, chimia e geleia e até produto de beleza.

O diretor executivo do Insti-tuto Brasileiro do Vinho (Ibra-vin), Carlos Paviani, destaca os contrastes que a indústria apresenta. De um lado as fa-

Das produções mais simples às máquinas mais modernas para transformar a uva, Bento Gonçalves é a Capital do Vinho

Tradição que movimenta a economiaVitivinicultura

Vitória [email protected]

mílias que transformam seu pequeno parreiral em um vi-nho colonial feito no porão de casa. Na contramão, as gran-des vinícolas e cooperativas investem cada vez mais em tecnologia a fim de inovar a forma de produção. “Eu consi-go enxergar, um mesmo setor, de duas formas. Quem ainda produz de forma artesanal possui um lado bem tradicio-nal devido aos ensinamentos que foram passados de ge-ração em geração. Por outro lado, há as pessoas que ino-vam e usam a tecnologia a seu favor. São modos diferentes de fazer e temos que respeitar cada um deles”, explica.

Desafios do setor

Apesar de a Serra Gaúcha es-tar ligada à produção vitiviníco-la, no Brasil, a cultura do vinho ainda é pequena, o que implica nas vendas internas. Paviani lembra que o consumo de bebi-das fora das regiões produtoras ainda tem a cerveja e a cachaça como líderes. “Quando falo em cultura do vinho, me refiro a atrelar a bebida a uma refeição. Infelizmente, o alto percentual de álcool também implica nisso. Apesar disso, eu ainda acredito que as pessoas poderiam estar em casa consumindo uma gar-rafa de vinho pelo menos uma vez na semana”, avalia.

O diretor do Ibravin lembra as dificuldades de infraestru-tura das estradas. Segundo ele, a produção da região sul é vendida majoritariamente para a região sudeste, onde há uma concentração maior de pessoas. As dificuldades de logística dei-xam o custo de deslocamento mais alto do que para os impor-tadores já que eles estão na re-gião sudeste. “O nosso produto chega lá desvalorizado diante dos outros. Contudo, se por um lado isso é um desafio, também é um incentivo”, comenta.

Paviani relata que a entrada de bebidas importadas cresceu nos últimos 20 anos. Isso é bom por-que aumenta o consumo da be-

bida e cresce a cultura do vinho. “Com o crescimento do consu-mo, cresce a produtividade e nós somos beneficiados”, finaliza.

Segundo ele, na medida em que os produtores conhecem as potencialidades e defeitos das bebidas é possível melhorar e evoluir. “Com o crescimento do consumo, cresce a produtividade e nós também somos beneficia-dos. No fim das contas, quanto mais gente produzir e consumir vinhos e os outros derivados da uva, melhor”, finaliza. A expec-tativa é que o mercado continue crescendo devido também à po-pularização dos programas de gastronomia que levam vinhos como acompanhamento.

Não é novidade a força do turismo na Capital do Vi-

nho. O próprio apelido já revela o motivo de tantas pessoas, do Brasil e do mundo, desejarem embarcar na cultura italiana preservada pelo município. Se-gundo o secretário de Turismo, Gilberto Durante, os visitantes se importam com quatro pi-lares: dormir, comer, divertir e comprar. Estruturada com 33 meios de hospedagem, di-versos restaurantes italianos, rotas turísticas e comércio in-tenso de móveis, o município atende as necessidades e von-tades de quem o visita e ainda, consequentemente, cresce em termos econômicos.

De acordo com Durante, o tu-rismo é uma atividade ex-tremamente social. Além disso, pode--se dizer que

Em busca de oportunidades, 50% da população é turista permanente

Cidade se destaca por atrair e acolher visitantes

Turismo

Luiza [email protected]

Bento Gonçalves22 25anos1Sábado, 10 de outubro de 2015

Pipa PórticoO símbolo turís-

tico recebe a todos que chegam com um convite para en-trar “no mundo do vinho”. O primeiro pórtico foi constru-ído em madeira pa-ra a I Fenavinho, e o atual foi inaugurado em 1985. a cidade não só recebe, como

acolhe quem chega. “Nós pas-samos por um processo de transformação, 50% dos mora-dores são descendentes e 50% são de outras culturas e povos, que vieram em busca de opor-tunidades e para empreender. Metade da nossa população é um turista permanente, que vai descobrindo Bento aos poucos”, explica.

Por isso, a secretaria busca melhorar. “Temos a preocu-pação constante em sempre evoluir”, diz Durante. Eles en-tendem que, como tantos che-garam e resolveram ficar, a cidade vai ser boa para quem visita se for também para os moradores. Dessa forma, ele destaca que as atividades estão disponíveis também para quem reside aqui. “Fazemos ações que buscam a interação entre

turista e comunidade e descon-tos para quem é daqui, nas bai-xas temporadas”, comenta.

“Eles buscam o que somos”

Só em 2014, mais de um mi-lhão de pessoas visitaram o município. “Somando todos são noves roteiros, rurais e ur-banos. O grande diferencial é a questão da experiência. Não temos mais o turista contem-plativo. Ele gosta de experi-mentar e interagir. Procuram conhecer a cultura do vinho e ter momentos lúdicos”, expli-ca. Para isso, quem chega aqui pode colher uva, almoçar na vinícola, participar do dia a dia do produtor e fazer refeições embaixo dos parreirais. “O Vale dos Vinhedos, o Caminho de Pedras e o passeio de Maria Fumaça são bem procurados”,

afirma Durante.

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A Sagra Trevisana Di Faria Lemos é realizada anualmente e tem por objetivo resgatar os costumes dos imigrantes ita-lianos. O nome do evento sig-nifica festa tradicional italiana.

Durante a festividade é cele-brada uma missa em italiano. No decorrer do dia são desen-volvidas diversas atividades culturais e gastronômicas. O público pode conferir como é feito o pão caseiro, a chimia, o vitelo, além de relembrar como se batia o feijão, utilizar a má-quina de trilhar o milho e fazer a tradicional pisa da uva. Na Sagra não pode faltar a música que é representada pelos coros da Matriz e da Associação Ca-minhos de Faria Lemos. Tam-bém há apresentações da Fan-fara Bersaglieri di Faria Lemos.

Segundo a presidente da sexta edição, Milena Poloni Pergher, as pessoas que com-parecem a Sagra se emocio-nam muito. “Elas relembram os costumes, querem parti-cipar e manusear tudo o que é disponibilizado”, comenta. Neste ano, cerca de 800 pes-soas prestigiaram o evento que marca o encerramento do Ben-to Vindima. A próxima festa já

Integrar as pessoas das comu-nidades. Este foi o objetivo

da criação do Coral do Vale dos Vinhedos, no dia 4 de junho de 1999, idealizado por Enei-va Cristófoli. De acordo com o maestro do coro, Geraldo Fari-na, quase todas as localidades do distrito têm representantes. “Também é uma oportunida-de de aprimorar o desenvolvi-mento do canto para o coral e levar ao turismo”, destaca.

O grupo é composto por 25 membros e possui um repertó-rio italiano e algumas canções voltadas a produção vitivinícola. As apresentações são realizadas em diversos eventos como filós e festas em empresas. Ainda, promovem o concerto “Natal Encanto no Vale”, que ocorre em cada ano em uma comuni-dade. Outra atração aguardada ansiosamente pelos moradores é o Canto dei Trè Rè.

No ano de 2004, foi gravado o primeiro CD, e agora está sendo produzido o segundo volume que será composto por treze músicas, e deve ficar pronto neste mês.

Para o segundo CD, foram

Canções italianas são interpretadas e resgatadas nas vozes de moradores

Sagra Trevisana resgata os costumes dos imigrantes

Pão caseiro é uma das atrações gastronômicas da festa italiana

Grupo gravou o segundo CD em uma capela localizada no distrito

Canto preservado pelo Coral Vale dos Vinhedos

Para manter as tradições

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eleitas músicas inéditas, entre elas, “Imigrante Trentini”, com-posta pelo maestro Geraldo Fa-rina em parceria com o amigo Giordani. “Ela conta a vida do imigrante que vem da região do Trento e instalando no Vale dos Vinhedos. É bem a nossa histó-ria”, revela. Além desta canção, foram gravadas outras compo-sições italianas que tem em sua letra a temática do trabalho, da alegria do imigrante, do próprio vinho como cultura e como ati-vidade econômica. No repertó-rio para a gravação foram inseri-das duas músicas gaúchas.

Segundo Farina, o coral tam-

bém se dedica a músicas relacio-nadas ao vinho. Até o momento foram gravadas três canções. “Nós já cantávamos ‘Vinho e Alegria’. Neste ano, também gravamos ‘Vino Talian’, que enaltece o produtor que produz a uva e o vinho e celebra a ale-gria de estarmos juntos”, afirma. Ele relata que sempre é dado o foco do vinho como a bebida da alegria. “É a canção do vinho que é tomado com sabedoria. Que nos trás toda uma história e ao mesmo tempo é um esteio econômico, mas tem a impor-tância de ser a bebida de quem gosta de estar junto”, destaca.

tem data: 13 de março de 2016. Um dos pontos positivos é que a cada ano, as comunidades es-tão se envolvendo mais na or-ganização, não ficando restrita a sede do distrito.

Milena relata que também há o apoio das escolas. “Eles apresentam todos os anos as brincadeiras que eram reali-zadas antigamente e há uma integração com os pais”, res-salta. A Sagra Trevisana é pro-movida pela Associação Cami-nhos de Faria Lemos e o apoio da Paróquia Nossa Senhora do Rosário e prefeitura.

O município possui quatro distritos: Faria Lemos,

São Pedro, Vale dos Vinhedos e Tuiuty. Cada um deles com as suas características marcan-tes. E, com o passar dos anos, o desenvolvimento está presente em todos eles.

O morador de São Pedro, Al-mir Cavalet, lembra que fazem aproximadamente 20 anos que a comunidade tornou-se um distrito. De acordo com ele, naquela época houveram incentivos e depois o interior parou. Porém, comenta que comparando a época com o que se tem hoje melhorou mui-to. “Nós tínhamos a estrada de chão e agora o asfalto. E, ainda, contamos com as praças”, diz. Outra conquista é em relação a água potável e a energia elétri-

Vale dos Vinhedos, Tuiuty, São Pedro e Faria Lemos têm as suas peculiaridades e seguem trilhando o crescimento

Odília e Luiz Tomasi, de Tuiuty Almir Cavalet, de São Pedro José E. Dal Moro, de Faria Lemos

Organizados em quatro distritosDesenvolvimento

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Bento Gonçalves24 25anos1Sábado, 10 de outubro de 2015

ca de melhor qualidade. Para Cavalet, é necessário que seja feito um acostamento próxi-mo à igreja e que as paradas de ônibus fossem melhoradas. A comunidade é conhecida pelo roteiro turístico Caminhos de Pedra, o que possibilitou que os moradores não precisassem mais procurar emprego em ou-tros locais ou até mesmo mu-

dar-se da região. Pelo contrá-rio, de acordo com o agricultor, hoje falta mão de obra.

Estradas e incentivos aos pro-dutores de Faria Lemos. Essas são as necessidades apontadas pelo viticultor José Elias Dal Moro, que analisa que a locali-dade está se desenvolvendo. “É preciso incentivar como é feito na Feira Livre e no Festival do

Vinho Colonial, pois bons pro-dutos são comercializados”, ressalta. A falta de máquinas também é um problema desta-cado pelo agricultor, que justi-fica que se tivessem mais equi-pamentos poderiam melhorar as estradas. Conforme ele, caso cada prefeito que assumiu o Executivo tivesse feito cinco quilômetros de pavimentação

asfáltica nos distritos, a realida-de seria diferente. “É preciso di-vidir entre a cidade e a colônia, pegar uma parcela e auxiliar o interior”, destaca.

A segurança é uma das preo-cupações da família do viticul-tor Luiz Tomasi, morador do Distrito de Tuiuty. “É um lugar de turismo que requer mais atenção neste setor”, afirma. De acordo com ele, muitas fa-mílias vieram de fora para tra-balhar e, hoje, a comunidade possui uma boa infraestrutura com escola, ginásio e unidade de saúde.

O Vale dos Vinhedos, conhe-cido pelos seus atrativos turís-ticos, tem entre as conquistas a certificação de Denominação de Origem (DO) em 2010. Ainda, conta com o belo trabalho de-senvolvido pela Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale).

Sábado, 10 de outubro de 2015 25Geral

e retornarão às suas funções de origem durante o decorrer das investigações. “Tudo será feito de forma tranquila, para que o processo não venha a infringir o direito de esclare-cimento dos fatos por parte dos acusados”, afirma. Se-gundo Pasin, o deslocamento dos servidores está sendo re-alizado para que se reinstale a normalidade dos trabalhos e também para deixar claro

à população que o Governo Municipal não tem compro-misso algum com o erro. “Com o transcurso da inves-tigação, caso fique provado que o funcionário não tinha envolvimento com as fraudes, poderá retornar às suas anti-gas funções, sem objeções e com ainda mais força”, res-salta o prefeito Pasin. Uma nova comissão de licitações já está sendo nomeada.

Novo certame

Com a anulação do certame, a Prefeitura terá que realizar um novo concurso para preen-cher os postos remanescentes. Segundo o líder do Executivo, o processo para realização da nova prova tramitara em re-gime de urgência, de acordo com o rito da procuradoria, que está encarregada de fazer todo o levantamento técnico e jurídico para a contratação da empresa. “Esperamos que seja realizado no menor tempo possível”, ressalta.

Aos que optarem por não realizar novamente o exame, poderão ser ressarcidos do va-lor pago. Contudo, ainda não existe prazo para a devolução. “Vamos criar um canal de co-municação com todos os ins-critos que optarem por serem reembolsados. Estamos dis-cutindo quais os regramentos necessários para ser feito o pagamento”, explica. Segun-do ele, também será feito um processo de reinscrição e aba-timento de valores para os que desejarem refazer a prova.

Quanto à nova sindicância interna que será instaurada no Executivo, Pasin reve-la que o Governo Municipal já possui uma averiguação técnica, que investiga o ato de contratação da empresa. Porém, será instaurada uma nova comissão, esta, para apurar todos os fatos levanta-dos em paralelo ao Ministério Público. “Embora ainda não tenhamos acesso total aos da-dos levantados, como escutas telefônicas e depoimentos so-bre a questão, optamos pela abertura das investigações internas com base em dados prévios apurados pelo Gover-no Municipal”, esclarece.

Sobre a possibilidade de fa-lha de controle interno quan-to à avaliação da licitação, o prefeito ressalta que só serão tomadas novas ações em con-senso com o decorrer das in-vestigações do MP. “Para que os mesmos erros não se repi-tam, será criado um manual das posturas e encargos de cada uma das comissões para que não se deixe passar qual-quer dúvida”, finaliza.

Visando manifestar a pos-tura da Prefeitura quanto

às investigações da Operação Cobertura, do Ministério Pú-blico (MP), o líder do Execu-tivo, Guilherme Pasin, veio a público na manhã de quinta--feira, 8, destacar as medidas que estão sendo adotadas em paralelo ao desdobramento das investigações de fraude no certame. Dentre as medidas anunciadas, consta o cancela-mento do concurso, realizado em maio, o afastamento de to-dos os membros da comissão de licitações e citados na pers-crutação e a devolução dos valores de inscrição para can-didatos que optarem por não realizar a prova novamente.

A não homologação do concurso foi a primeira ação tomada pelo Governo Muni-cipal, em maio. Contudo, o cancelamento dos resultados só foi divulgado esta semana. O Prefeito revela que os fun-cionários que faziam parte da comissão serão afastados

Cancelamento faz parte de pacote de outras oito medidas adotadas pelo Executivo em virtude da Operação Cobertura

O prefeito também anunciou o afastamento de todos os investigados

Pasin anula concurso da PrefeituraFraude

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Afastamento de todos os membros da comissão que atuou nesse pro-cesso licitatório;

Nomeação de uma nova comissão de licitações; Instauração de uma comissão de sindicância interna para apurar, em

paralelo às investigações do Ministério Público, todos os fatos levantados; Anulação dos resultados do concurso público investigado pelo MP; Contratação de nova empresa para realização de novos concursos; Aproveitamento das inscrições já realizadas, possibilitando a partici-

pação dos candidatos que já pagaram as taxas; Devolução dos valores da inscrição para candidatos que não quiserem

participar do novo concurso; Instauração de processo contra a empresa que realizou o concurso pa-

ra devolução do dinheiro aos cofres públicos.

Medidas adotadas

Sábado, 10 de outubro de 201526Geral

Sábado, 10 de outubro de 2015 27Geral

Dia de Finados Benefício Social

Sistema digital agiliza o cadastramento de usuáriosCartões especiais foram emitidos para idosos, deficientes e taxistas

Luiza [email protected]

Prazo para limpeza dos cemitérios é até o dia 26

Com a presença de autorida-des, o novo sistema digital

de cadastramento, recadastra-mento e emissão de cartões de benefícios sociais foi lançado quinta-feira, 8 de outubro, na sede da Secretaria de Gestão Integrada e Mobilidade Urba-na (Segimu). Através dele, se-rão emitidos o cartão especial de benefício de estacionamento para pessoas idosas e com defi-ciência, e o cartão de habilitação para o serviço de táxi e o cadas-tramento dos motoristas desta modalidade.

O lançamento contou a pre-sença de representantes dos públicos beneficiados. Se-gundo o secretário da pasta,

Simulação foi realizada para mostrar agilidade do procedimento

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Com a proximidade de finados, no dia 2 de novembro, a Secreta-ria de Gestão Integrada e Mobili-dade Urbana (Segimu) avisa aos familiares de que o prazo para limpeza e melhorias de túmulos, jazigos, capelas e gavetas só po-dem ser realizadas até o dia 26 de outubro, com autorização da Di-visão de Administração e Manu-tenção dos Cemitérios. De acor-do com o secretário da Segimu, Mauro Moro, a organização visa preparar os locais para visitação dos familiares.

A sonorização dos cemitérios para as missas também já foi pre-parada. “Estamos em processo de pintura das paredes externas dos muros, conforme o tempo permitir, reforma e colocação de areia nos veleiros e colocação de grades de segurança em pontos frágeis de segurança”, relata. Há orientações para quem possui título de perpetuidade ou é loca-tário. “Retirem as flores antigas e substituam os vasos, para evitar

que a água parada gere a proli-feração de mosquitos”, aconse-lha. A Segimu ainda avisa que, entre os dias 13 de outubro a 9 de novembro, a emissão de au-torizações para translados de corpos e reforma de túmulos, capelas e carneiras estão sus-pensas no três cemitérios de Bento Gonçalves, Central, São Roque e Santo Antão.

“Estão bem melhores do que já foram”

Mauro Moro destaca que a situação atual nos cemitérios é bem melhor do que a de outras épocas. Com o cadastramento, chamamento público, levanta-mento topográfico e confecção de planta baixa das áreas, tiveram uma resposta positiva. “Também tivemos a mudança de compor-tamento das empresas prestado-ras dos serviços funerários que melhorou muito em qualidade e eficácia”, salienta o secretário.

Mauro Moro, o sistema per-mite agilidade e segurança no procedimento. “Parece pouca

coisa, mas atinge muitas pes-soas e será muito importan-te”, destaca.

Sábado, 10 de outubro de 201528 Geral

Chega outubro e a cidade se pinta de rosa. Entidades e

a população se mobilizam por uma causa que está deixando de ser tabu e auxiliando a vida de muitas pessoas. O Outubro Rosa é contra o câncer e a favor de todas as pessoas que enfren-tam ou enfrentaram a doença algum dia. A movimentação é em favor da vida e da batalha com um sorriso no rosto. O câncer de mama é uma doen-ça que assusta e interfere na vida de muitas famílias, mas, durante o mês de mobilização, as pessoas percebem que não estão sozinhas e ganham ainda mais ânimo em busca da cura.

A Liga de Combate ao Cân-cer de Bento Gonçalves in-tensificou as suas atividades neste mês e as expandiu para outras cidades da região com o objetivo de conscientizar o maior número possível de pes-soas sobre a importância do diagnóstico precoce da doen-ça. Além de Bento, Carlos Bar-bosa, Garibaldi, Monte Belo do Sul e Montenegro recebem uma programação com pales-tras e encontros de conscien-tização em mais de 80 pontos. A Liga atua em empresas, es-colas, demais associações e faz abordagens nas portas de casa, inclusive.

A presidente da Liga, Ma-ria Lúcia Severa, destaca que o Outubro Rosa ganha ainda mais destaque a cada ano de-vido ao envolvimento cada vez maior de pessoas. As ações realizadas durante este mês

Liga de Combate ao Câncer da cidade intensificou as atividades na região

Na divulgação, Liga contou com a ajuda dos jogadores do Bento Snakes

Mês para lembrar que o câncer pode ser superado

Outubro Rosa

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Programação para as mulheres

Quinta-feira, dia 15, às 14hPalestra: autoestima, cuidados com a saúde e

Lei Maria da Penha. No salão da Comunidade de São Miguel

Quinta-feira, dia 15, às 17h Palestra: autoestima, cuidados com a saúde e

Lei Maria da Penha. Na UBS do bairro Ouro VerdeSábado, dia 17, das 8h às 11hServiços gratuitos: testes de HIV, sífilis e hepati-

te. Coleta citopatológica, audiometria e orientações básicas sobre a saúde da mulher. Na UBS Central

Quinta-feira, dia 22, às 14hPalestra: autoestima, cuidados com a saúde e

Lei Maria da Penha. No salão da Comunidade da Linha Cruzeiro

Sábado, dia 24, às 9hPalestra: autoestima, cuidados com a saú-

de e Lei Maria da Penha. Na UBS do bairro São Roque

Sábado, dia 31, às 15h Evento com atividades especiais no Ginásio

Municipal

são feitas especificamente por um mutirão de voluntários. “A participação é espontânea e demonstra conscientização da população em torno do câncer de mama. Esses voluntários se unem ao nosso trabalho, que também conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais para comparti-lhar conhecimento e, assim, diagnosticar a doença cedo para poder combatê-la. For-mamos um batalhão nesta luta”, afirma.

As ações do Outubro Rosa vão além da rotina da entidade, por isso, empresas se solidari-zaram com a causa e oferece-ram ajuda para levar as infor-mações ainda mais longe. “Um dos exemplos é a distribuição de porta em porta. Materiais de conscientização chegam até as donas de casa com o auxílio da empresa Gás Cainelli. As companhias de supermercado

Apolo e Grepar também se so-lidarizaram e integraram a cor-rente de voluntários”, explica. Folders com orientações sobre prevenção do câncer de mama estão em mais de 600 estabele-cimentos e consultórios médi-cos do município.

Ao longo do mês, a prefeitu-ra, por meio da Coordenadoria da Mulher e do Centro Revi-vi, organizou atividades nas Unidades Básicas de Saúde e também em comunidades do interior. Nas quintas-feiras e sábados haverá palestras gra-tuitas abordando a autoesti-ma, cuidados com a saúde, Lei Maria da Penha e outros ques-tionamentos sobre o câncer de mama. Também serão disponi-bilizados testes gratuitos e exa-mes básicos para o bem estar das mulheres. No último dia do mês, um evento surpresa está sendo planejado do Giná-sio Municipal de Esportes.

Simone Dias foi diagnosti-cada com câncer de mama em janeiro. Não deve ser fácil ou-vir que você carrega uma das doenças que mais dá medo na população. Sem qualquer pro-babilidade de isso acontecer, Simone ouviu. Vegetariana e não-fumante, ela mantêm atividades físicas e não bebe álcool, mas o resultados dos exames estavam lá e, mesmo sem incidentes na família, ela começaria uma jornada contra a doença. “Parece que quando o médico disse que eu tinha câncer, ele me deu uma sen-tença de morte. Dali em diante eu teria mais um determinado tempo de vida e depois aca-bou”, lembra.

Como a maioria das pesso-as que acaba de receber uma notícia como esta, Simone diz ter perdido o chão e demora-do a entender o que realmen-te estava acontecendo. “Então eu comecei a pensar: não é as-sim com todo mundo? Todas as pessoas morrem, seja de câncer, de acidente, de velhi-ce. Comigo não vai ser dife-rente, eu vou morrer também. Mas nesse momento eu não queria morrer, então rezei e pedi mais uma chance para Deus”, relata.

Simone sabia que a fé, so-zinha, não a curaria. As su-gestões dadas pelos médicos foram acatadas por ela, que

“Precisamos falar de câncer e enfrentá-lo sorrindo”

Diagnóstico precoce é forma mais eficiente de prevenção

Simone Dias passou por um câncer de mama em menos de um ano e é exemplo de superação e autoestima

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Sábado, 10 de outubro de 2015 29Geral

A oncologista Janaina Brollo e o mastologista Maximiliano Cassilha foram os médicos de Simone e a acompanharam durante todos os procedimen-tos. Ambos tratam mulheres em Bento Gonçalves que lu-tam pela cura do câncer. Os médicos lembram que a única forma de prevenção da doença realmente eficiente é o diag-nóstico precoce. “O câncer de mama ocupa posição de des-

taque mundial por ser a neo-plasia maligna mais incidente na mulher e a maior causa de mortalidade por câncer no sexo feminino. Toda mulher precisa consultar com o médi-co pelo menos uma vez ao ano para realizar o exame clínico das mamas”, lembra Cassilha.

Segundo ele, as mulheres que não têm histórico familiar de câncer de mama devem re-alizar a mamografia de ras-

treamento acima dos 40 anos de idade que é, atualmente, o melhor método para o diag-nóstico precoce do câncer de mama, reduzindo em até 35% a mortalidade. “Já as pacientes que possuem história familiar de câncer de mama devem co-meçar o rastreamento 10 anos antes do caso mais jovem, po-rém não antes dos 30 anos de idade”, recomenda. O médico afirma que as pacientes com

mutações genéticas conhecidas devem iniciar seu acompanha-mento também aos 30 anos e deve-se associar a ressonância magnética das mamas aos exa-mes de rastreamento.

Em 2014 eram esperados mais de 57 mil casos da doença. O alto índice da doença no Brasil não minimiza as possibilidades de cura. Cassilha aponta que a possibilidade de cura, hoje, che-ga aos 90% dos casos e que este

número está relacionado com o diagnóstico precoce. “Para que o rastreamento mamográfico se torne uma realidade e possa-mos reduzir a mortalidade por câncer de mama, as mulheres precisam se conscientizar sobre o benefício da detecção precoce desta neoplasia, e isso segura-mente implicará em um maior número de vidas salvas e trata-mentos menos agressivos e me-nos mutilantes”, completa.

marcou a cirurgia da retira-da das mamas, mesmo que a doença tivesse sido detecta-da em apenas uma delas. “Ao mesmo tempo em que eu re-zava, eu dizia para Deus que tinha todos os recursos mé-dicos para me ajudar e que ele ajudasse aqueles recursos a me fazerem bem. Nós não podemos depender só da ci-ência ou da religião, não é

mesmo? Eu acreditei que se unisse os dois seria mais for-te. E fui”, comenta.

Em poucos dias, ela saia da sala de cirurgia feliz pelo su-cesso dos procedimentos. “Foi tudo muito rápido. No fim de janeiro eu descobri, chorei por uns três dias e decidi fazer a cirurgia. Na primeira semana de fevereiro eu entrei no hos-pital com um sorriso no rosto

e tranquila. Depois de alguns dias na sala de recuperação veio a melhor notícia que eu poderia esperar: o câncer não tinha se espalhado pelo meu corpo. Que alegria”, confessa.

Após o primeiro passo ser concluído, era momento de iniciar a jornada que a maio-ria das pessoas teme, as qui-mioterapias. Simone preci-sava fazer quatro sessões e

decidiu enfrentar cada uma delas, assim como a cirurgia, com calma e serenidade. “Eu tentava imaginar que aquele remédio faria bem para mim, não o tratei como um inimigo, como muitas pessoas fazem. Eu me preparava com uma leitura ou uma música que eu gostasse e isso tornava tudo mais fácil”, resume.

Simone poderia ter protela-do a cirurgia, poderia ter esco-lhidos outros caminhos, mas fez questão de mostrar para a doença quem era mais forte e mais rápida. Ela não se inti-midou com consequências ou abaixou a cabeça. “Precisamos falar a palavra câncer. Preci-samos falar sobre essa doença que interfere a vida de tantas pessoas. Precisamos lembrar que ela pode ser superada. E melhor ainda se dissermos isso com alegria e confian-ça. Eu tinha duas opções: ou permanecia mais tempo cho-rando ou tomava uma atitude para isso ir embora da minha vida o mais rápido possível. Acho que a segunda opção é a mais eficiente”, completa.

Hoje, quase um ano depois, ela diz feliz que a doença a en-sinou muitas coisas. “O cân-cer tira o teu medo de morrer. E melhor, ele te tira o medo de viver. Ele te mostra como aproveitar essa passagem”, finaliza.

Diferente dos demais seto-res econômicos que apre-

sentam grandes perdas desde o início de 2014, a indústria de plásticos demorou mais para sentir os reflexos da recessão econômica pela qual o Brasil está passando. Contudo, as perdas começam a preocupar os empresários que registram queda média de 10% no fatura-mento desde setembro do ano passado. O aumento do cus-to de produção dificulta para quem busca manter os empre-gos e o lucro no fim do mês.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Sim-plavi) e diretor Comercial e de Logística da Akeo, Ivânio Ân-gelo Arioli, afirma que devido ao bom momento econômico para qual o Brasil se encami-nhava em 2013, o setor se pre-parou para grandes demandas. “O nosso segmento do plástico, assim como outros, se estrutu-rou para um consumo real no

Setor sofre com a recessão econômica e jornada de trabalho reduzida é alternativa para não aumentar as demissões

Estabilidade e um possível crescimento no fim do ano

A Akeo faz feriados prolongados e busca se adequar para que mais perdas não sejam contabilizadas

Faturamento caiu 10% em 12 mesesIndústria de plásticos

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Sábado, 10 de outubro de 201530 Geral

Brasil. Muitos foram os inves-timentos em equipamentos e pessoas, porém nos deparamos com um cenário totalmente in-verso ao esperado”, lembra.

Segundo Arioli, o aumento do custo de produção é um fa-tor determinante para que o se-tor não consiga colher os mes-

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indús-trias Químicas, Farmacêuticas e Material Plástico da Serra Gaúcha, Adão Rodrigues, des-taca que a situação da indús-tria de plástico esteve mais complicada no início de 2015 e que depois de as empresas se adequarem à nova realidade que encontraram, os números se estabilizaram. “De março a junho houve muitas demis-sões. Os empresários percebe-ram que a crise estava gerando reflexos e as primeiras medi-das foram tomadas”, lembra.

O aumento do custo de pro-dução, diminuição da deman-da, burocracia e falta de infra-estrutura contribuíram para que o cenário piorasse. “Nesse momento percebemos que era hora de gastar o menos possí-vel. De cortar o que não fosse necessário e valorizar o que poderia fazer a indústria se

mo frutos do que antes. Cada indústria busca se adequar à realidade do mercado. “Além dos problemas de demanda, temos mais este fato para en-frentar. As matérias primas, de agosto a outubro, aumentaram seu preço em 10,17%, isso além das despesas com serviços”,

relata. O repasse dos custos para os clientes, segundo o presidente do Simplavi, está sendo cada vez mais constante já que as margens de lucro es-tão comprometidas.

Demitir não está sendo a primeira opção das indús-trias. Segundo ele, medidas

como essa só em extrema ne-cessidade. “Nenhuma empre-sa tem por critério se desfazer de mão de obra, dispensas somente são tomadas após uma conclusão que não exista outra opção para o negócio”, garante. A jornada reduzida é uma opção para quem não quer demitir e, em consenso com o sindicato e acordo com os funcionários, é a solução para que o número de demis-sões não se eleve.

Devido às compras de fim de ano, outubro é geralmente quando as demandas aumen-tam para a indústria de plás-tico, contudo, Arioli ainda não percebe movimentação. “Para 2016 tudo pode mudar. Vai de-pender da política econômica que o governo irá praticar, se houver aumentos de impostos, os quais já vamos ter no nosso estado, a demanda deve ficar pior. Sentimos falta de um go-verno que nos dê segurança, que nos apoie e não que apenas nos explore. Infelizmente, nós é que devemos corrigir os erros do Estado”, finaliza.

manter”, explica.Arioli espera algum sinal de

melhora nos últimos meses de 2015. Para ele, após esta esta-bilidade, é possível recuperar alguns números. “Neste mês parece que as demissões ces-saram. Teve, inclusive, uma ou outra empresa que afixou cartazes de contrata-se. Isso dá uma esperança, né?”, ex-prime o presidente.

As férias coletivas de fim de ano devem ajudar também na melhora da situação. Ro-drigues lembra que este é um período onde os empresários têm menos gastos enquanto, no comércio, as pessoas es-tão consumindo e ajudando a indústria a ter ainda mais de-manda. “Nós não estamos tão ruins. A situação é estável se compararmos com os demais setores econômicos. Mas es-peramos que, para 2016, me-lhore um pouco”, completa.

Sábado, 10 de outubro de 2015 31ObituárioFalecimentos

EDUARDO OLINTO DOS SANTOS, no dia 01 de Outubro de 2015. Natural de São Martinho, RS, era filho de Paulo Adauri dos Santos e Eloisa Olga dos Santos e tinha 22 anos.

JOÃO PIUCO, no dia 01 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Arcangelo Piuco e Maria Tortora Piuco e tinha 96 anos.

SÉRGIO PEDRO ROSA, no dia 02 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Deziderio Rosa e Thereza Rosa e tinha 61 anos.

DALVA JENNY SARTOR LANDO, no dia 03 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Artidoro Sartor e Paulina da Silveira e tinha 89 anos.

AVELINO LUIZ ZAT, no dia 04 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Constante Fortunato Zat e Fiorinda Gazzolla Zat e tinha 84 anos

FIORELLO CARRARO, no dia 05 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Adriano Carraro e Maria Lorenzin Carraro e tinha 90 anos.

JULIENTA ISAURA FESTA BERTO, no dia 05 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Baptista Festa e Irene Milani e tinha 92 anos.

LAURA KUNZLER BANALETTI, no dia 05 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Marcelo Banaletti e Juleide Isabel Kunzler e tinha 01 dia.

SILVANA DA ROSA, no dia 05 de Outubro de 2015. Natural de Porto Alegre, RS, era filha de Theresinha da Rosa de Oliveira e tinha 54 anos.

LEOCIR VON MIIHLEN, no dia 03 de Outubro de 2015. Natural de Nova Prata, RS, era filho de Favorino Von Miihlen e Euclides Alves Von Miihlen e tinha 49 anos.

AILOR JORGE DA COSTA, no dia 06 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Manoel José da Costa e Amalia Thereza Stormvski da Costa e tinha 72 anos.

IRACEMA DA ROSA ORLANDIN, no dia 06 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Augusto Dias da Rosa e Filomena Comparin da Rosa e tinha 79 anos.

LORENZO KUNZLER BANALETTI, no dia 06 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Marcelo Banaletti e Juleide Isabel Kunzler e tinha 1 dia.

JEFERSON ANTONIO CENCI, no dia 05 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Irineu Cenci e Tania Maria Cenci e tinha 24 anos.

DUARTE VIVAN, no dia 04 de Outubro de 2015. Natural de Veranópolis, RS, era filho de Clarindo Luiz Vivan e Lucilda Verginia Molossi Vivan e tinha 52 anos.

SANDRA MARA DE PAULO ALMEIDA, no dia 07 de Outubro de 2015. Natural de Uruguaiana, RS, era filha de Antonio Manolo de Paulo e Catarina Melo de Paulo e tinha 54 anos.

JOSÉ ELOI PERES, no dia 06 de Outubro de 2015. Natural de Pinhalzinho, SC, era filho de Abrelino Peres e Catarina Peres e tinha 53 anos.

NELSON CANAL, no dia 26 de Setembro de 2015. Natural de Carlos Barbosa, RS, era filho de Armelindo Canal e Olinda Gedoz Canal e tinha 66 anos.

LUCIANO BURTET, no dia 07 de Outubro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Luiz Domingos Burtet e Alvorina Zottis Burtet e tinha 53 anos.

Sábado, 10 de outubro de 201532 Regional

A 113ª Romaria e festa em honra a Nossa Senhora do Rosário de Pompeia ocorre amanhã, em Pinto Bandei-ra. O tema deste ano é “Com a Mãe do Rosário de Pom-peia em Jesus, chegamos à Glória”.

A programação inicia com alvorada festiva às 6h. A primeira missa do dia será celebrada às 8h, após às 10h30min acontece a missa solene; às 11h30min recep-ção e benção da Romaria dos Motoqueiros; às 12h almoço festivo no Salão Paroquial; às 14h30min terço; às 15h missa festiva; e às 16h encerramento com a procissão e benção das rosas e envio. O cronograma de atividades em preparação à festividade iniciou no dia 2.

O prefeito de Garibaldi, An-tônio Cettolin, participou na quarta-feira, 7 de outubro, do Bom Dia Associado Câmara de Indústria e Comércio de Garibaldi (CIC). Em sua fala afirmou que o equilíbrio nas contas e o planejamento reali-zado no início da atual gestão garantem a manutenção dos investimentos do Município mesmo em meio à crise do país e ainda sobra dinheiro em cai-xa no final do ano. Segundo ele, nem mesmo a diminuição dos repasses da União e do Es-tado ou a queda de arrecadação tributária devem atrapalhar os planos já definidos.

Além de fazer um relato das principais ações realizadas pela Administração, o gestor traçou um panorama positivo para a municipalidade. “Para enfren-tar a crise o Município optou por manter os investimentos.

A Semana da Leitura de Monte Belo do Sul chega a sua sétima edição. O evento inicia na próxima quarta-feira, 14, e se estende até a sexta-feira, 16, no Ginásio de Esportes da Es-cola Estadual Pedro Migliorini.

A temática deste ano é “Monte Belo do Sul – Na arte de escre-ver, criar novos sonhos e cons-truir nossa história”. No primei-ro dia da programação ocorre o II Festival de Lendas, crônicas e poesias, na qual no turno da manhã acontece as apresenta-ções dos alunos de 6º à 8º anos das redes municipal e estadual de ensino. À tarde, ocorrem as apresentações dos estudantes da Educação Infantil aos 5º anos da rede municipal de ensi-no e apresentação do espetáculo “Marilu”, do Serviço Social do Comércio (Sesc). Durante o dia, o público pode conferir a exposi-

A equipe da Subprefeitura do Distrito de São Pedro

segue realizando a manuten-ção das estradas mesmo sem contar com o auxílio de má-quinas. O equipamento que a localidade possuía há anos estragou e não possui mais conserto. Com isso, o trabalho passou a ser manual.

Segundo o subprefeito Le-ocir Lerin, os trabalhos con-tam com a cedência de equi-pamentos de outros distritos quando não são utilizados, porém não se consegue dar uma sequência. Na terça--feira, 5 de outubro, uma das vias da localidade foi patro-lada. No entanto, com a chu-va registrada naquele dia foi necessário espalhar a pedra brita para garantir a trafega-bilidade do local, pois pela estrada passa a van escolar que realiza o transporte dos estudantes. Ainda, os bueiros foram limpos, com o auxilio

Romaria e festa ocorre amanhã no Santuário

Equipe faz a limpeza de bueiros para o escoamento da água da chuva

Antônio Cettolin os dados econômicos no Bom Dia Associado do CIC

Sem máquinas, trabalho passa a ser manual nas vias

Pinto BandeiraGaribaldi

Monte Belo do SulSão Pedro

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Estefania V. [email protected]

ServiçoO que: VII Semana da Leitura;Tema: “Monte Belo do Sul

- Na arte de escrever, criar no-vos sonhos e construir nossa história”;

Quando: 14, 15 e 16 de outu-bro (quarta à sexta-feira);

Onde: Ginásio de Esportes da Escola Pedro Migliorini.

Entrada: Franca.

Município irá fechar o ano com saldo positivo

Semana da Leitura inicia na próxima quarta-feira

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Equipamento da Subprefeitura estragou e não possui mais conserto

ção fotográfica “Verão”, de Wag-ner Meneguzzi. Além da mostra fotográfica das escolhas que re-tratam os melhores momentos do evento.

Na quinta-feira, 15, a progra-mação será em homenagem ao Dia das Crianças, a partir das 13h, onde serão disponibi-lizados brinquedos infláveis e sessão de cinema para os alu-nos da Educação Infantil ao 5º ano e para a Escola Estadual. A abertura está prevista para às 19h30min e contará com a en-trega da premiação aos ganha-dores do festival, homenagem à Leonildo Domingos Brun e espetáculo “Dom Quixote. No último dia, ocorre o encontro com o escritor Alexandre Bri-to. O evento é promovido pela Prefeitura de Monte Belo por meio da Secretaria Municipal de Educação e Desporto.

Fizemos um planejamento no início de nosso governo, redu-zindo despesas e cortando gas-tos para termos um equilíbrio nas contas”, destacou.

Ao apresentar os indicado-res de algumas áreas, disse que neste ano serão investidos R$ 24,6 milhões em Educa-ção e R$ 20 milhões na área

de Saúde. Com uma previsão orçamentária de R$ 112,5 mi-lhões para 2015, sendo R$ 21 milhões do Fundo de Previ-dência dos Servidores Muni-cipais (Funpres), o percentual de gasto com pessoal – con-cursados, cargos em comissão e terceirizados – deve atingir 40,5%. “Nossa meta é enxugar

a máquina pública. Tivemos uma redução de 43 servidores concursados, o que representa uma economia anual de até R$ 4 milhões”, ressaltou.

Durante o evento, que teve a participação de aproxima-damente 90 pessoas na sede da entidade, Cettolin afirmou que as contas do Executivo estão em dia, o salário dos servidores, assim como o 13º salário, garantido e as obras mantidas como planejadas. “Em uma época de crise, com um país falido e um Estado quebrado, Garibaldi está in-vestindo e ainda mantendo reservas em caixa”, come-morou. A presidente da CIC, Alexandra Nicolini Brufatto, ressaltou que é muito impor-tante a entidade proporcionar ao seu associado a oportuni-dade de conhecer a realidade do setor público de Garibaldi.

de pás, pelos funcionários. Lerin comenta que os mora-

dores procuram a Subprefei-tura para solicitar melhorias, porém as ações são desenvol-vidas dentro da viabilidade. Ele destaca que com o registro de dias seguidos chuvosos, a situação das estradas do inte-rior se agravam e a recupera-ção é mais demorada ainda.

O secretário de Governo,

Enio De Paris, explica que a demanda será suprida por meio da disponibilização de máquinas terceirizadas para a Subprefeitura de São Pedro que deverá solicitar junto a Secretaria de Obras. Ele co-menta ainda que, desde ou-tubro de 2014, aguarda o en-vio de duas retroescavadeiras pelo Governo Federal, que já estão autorizadas.

Sábado, 10 de outubro de 2015 33Esporte

O Bento Vôlei segue invic-to no Campeonato Gaúcho. A equipe comandada pelo técni-co Paulão recebe na próxima terça-feira, 13 de outubro, o Canoas, às 20h.

O clube venceu de virada o

O Farrapos recebe hoje a tarde o Band Saracens pelo Super 8. A partida ocorre às 15h30min, no Estádio da Mon-tanha, em Bento Gonçalves.

No primeiro confronto, em São Paulo, melhor para os gaú-chos que venceram por 38 x 31 em uma partida acirrada. No en-

As rodadas do Distrital de Futebol de Campo para as ca-tegorias Veteranos, Sub-18 e Masculino Livre foram can-celadas. A medida é em virtu-de da previsão de chuva para

O Clube Esportivo elege na próxima terça-feira, 13, a dire-toria para a gestão 2016/2017. Apenas uma chapa foi inscrita, e tem como candidatos a se-guinte nominata: presidente Guilherme Salton; e vices Jor-dano Zanesco e Renato Mas-sutti. O conselheiro possui o apoio de vários empresários na sua candidatura.

O pleito que é coordenado pelo presidente do Conselho Deliberativo Jauri Peixoto e pelo atual presidente Luis Ose-lame ocorre às 18h45min, nas dependências do clube. Essa

A 19ª rodada do Citadino de Futsal Masculino que

ocorreria na terça-feira, 13 de outubro foi adiada para quar-ta-feira, 14. A decisão vale somente para os jogos dispu-tados no Ginásio Municipal de Esportes. As partidas em Faria Lemos serão realizado conforme a tabela. A altera-ção da data se deve ao fato do Bento Vôlei irá utilizar o gi-násio para a disputa do Cam-peonato Gaúcho.

Na quinta-feira, 8, as par-tidas entre Conceição e De-bianchi; Colorado e Shakthar; e Futuro F.C. e B.D.L. Futsal, válidas pela 18ª rodada, que ocorreriam no Ginásio Munici-pal de Esportes foram cancela-das. Já no Ginásio de Esportes de Faria Lemos, os confrontos ocorreram normalmente, e fo-ram marcados por goleadas.

A Açolar goleou o Open Aca-

Partidas foram transferidas de terça-feira, 13, para quarta-feira, 14

Bento Vôlei segue invicto, e é lider do campeonato

Farrapos precisa vencer para ficar longe da laterna

Rodada é cancelada nas três categorias da competição

Salton se candidata a presidência

Clube venceu de virada no tie-break o Voleisul, em Novo Hamburgo

Restam duas rodadas e os confrontos adiados para término da 1ª fase

Empresário conta com o apoio de diversas entidades da cidade

Data dos jogos do ginásio municipal é modificada

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Jogos

Terça-feira (13/10): Faria Lemos

Quarta-feira (14/10): Ginásio Municipal

19h30min: São Bento Fut-sal x Galáticos F.C.

20h30min: Lokomotiva F.C. x Santa Tereza

19h30min: Meia Boca Ju-niors x Ventura da Serra

20h30min: A.F.E. x Tigres F.C.21h30min: E. C. Menin x

U.T.I. F.C.

será a segunda data que o Al-viazul realiza as eleições.

Na primeira assembleia foi realizada no dia 14 de setem-bro, quando foi apresentada apenas uma carta de intenção do conselheiro Marcelo Vig-natti, no entanto não possuía os requisitos exigidos no esta-tuto. Com a falta de candidatos aptos, uma comissão formada pelos conselheiros Carlos Pe-rizzolo, Adroaldo Dal Mas e Henrique Caprara propuseram a alteração de artigos do esta-tuto para que mais pudessem participar do pleito.

demia pelo placar de 8 a 0. Em seguida, foi a vez do P.S.G. vencer o ANFC por 8 a 1. Fi-nalizando os jogos da noite, o Sócanelas F.C. venceu por 8 a 3 o U.T.I. F.C.

Para encerrar a primeira fase faltam duas rodadas, mais os jo-gos que foram cancelados. Algu-mas equipes já garantiram a vaga nas oitavas de final, como P.S.G, Açolar, Foppa e Debianchi.

o final de semana. A decisão foi tomada em comum acordo entre a Secretaria de Juventu-de, Esporte e Lazer (Semjel) e as equipes que participam do campeonato.

tanto, o clube bento-gonçalvense vem de uma sequência de quatro derrotas, enquanto o adversário segue embalado com sete vitórias consecutivas. A equipe da casa precisa marcar apenas um ponto para fugir da possível última co-locação ocupada pelo Jacareí, e assim se manter no Super 8.

Voleisul na quarta-feira, 7, em Novo Hamburgo, por três sets a dois. As parciais foram de 25 a 17, 26 a 24, 17 a 25, 21 a 25, e 12 a 15. Com a vitória, o Bento Vôlei chega aos 12 pontos, dei-xando o Voleisul com 8.

Sábado, 10 de outubro de 201534 Segurança

Policial troca tiros com ladrão no São Roque

Um policial militar e um assaltan-te trocaram tiros no São Roque na manhã de quinta-feira, 8 de outubro. De acordo com a Brigada Militar, o confronto ocorreu na rua Antônio Fronza às 7h30min. O assaltante teria abordado o veículo da filha do policial militar. O brigadiano, que es-tava em deslocamento para o serviço, flagrou a ação e deu voz de prisão ao criminoso. O bandido reagiu atiran-do contra o policial que respondeu. Foram efetuados cerca de cinco tiros no confronto. O assaltante conseguiu fugir. Ninguém restou ferido.

Violência doméstica

Rede amplia proteção às mulheres em audiênciasPor iniciativa da juíza, profissionais do Revivi estão acompanhando vítimas

Leonardo [email protected]

Em constante aprimoramento no combate a violência do-

méstica e apoio às mulheres víti-mas, a 2ª Vara Criminal de Bento Gonçalves e a Coordenadoria da Mulher estabeleceram uma nova parceria. Desde março, as pro-fissionais do Centro de Atendi-mento à Mulher em Situação de Violência (Revivi) acompanham as vítimas durante as audiências do Fórum. A medida busca forta-lecer a mulher neste momento de reencontro com o agressor.

A iniciativa partiu da juíza Va-léria Neves Willhelm em um dos encontros da rede de enfrenta-mento e combate a violência con-tra a mulher. “Percebemos que as vítimas contavam uma histó-ria diferente, durante as audiên-cias, daquela que falavam direta-mente para as técnicas na sala de espera”, explica a magistrada.

A coordenadora do Centro

Um acidente com trator no distrito de Tuiu-ty vitimou Luciano Burtet, 53 anos, na ma-nhã de quarta-feira, 7 de outubro. Conforme as informações do Corpo de Bombeiros, por volta das 8h, o agricultor trabalhava em meio aos parreirais quando o veículo tombou.

A Unidade de Resgate e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se deslocaram ao local, porém não con-seguiram reanimar a vítima. A Brigada Militar e a Polícia Civil foram acionadas para assumir a ocorrência.

Agricultor morre em acidente com trator no distrito de Tuiuty

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Revivi, Regina Zanetti, expli-ca que apenas com um olhar, os agressores conseguiam in-timidar estas mulheres, que acabavam coagidas a distorcer os fatos verdadeiros por medo. “Quando estão acompanhadas pelas profissionais do Centro Revivi, estas mulheres se sen-tem mais seguras e protegidas, que é justamente o principal objetivo da nossa rede”, explica.

O Centro Revivi dispõe de duas psicólogas e uma assisten-te social que acompanham as ví-timas desde o registro da Polícia Civil até a solução do problema, visando o seu empoderamento. Vítimas de violência doméstica podem procurar a Coordenaria da Mulher e o Centro Revivi, na rua Assis Brasil, 94, próximo a igreja Santo Antônio, ou pelo telefone 3454.5400.

Com o apoio, vítimas sentem-se mais seguras para relatar o ocorrido

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Sábado, 10 de outubro de 2015 35Segurança

Novos roubos ampliam temor de taxistasTensão nas ruas

Enquanto motoristas cogitam paralisação total, Polícia Civil alerta contra vítimas que não colaboram com as investigações

Leonardo [email protected]

A mobilização de cerca de 25 taxistas em frente ao Dis-

trito Policial na terça-feira, 6 de outubro, impressionou, porém pelo menos outros dois assaltos ocorreram ao longo da semana. Na conta dos motoristas, foram seis crimes ocorridos apenas neste mês. Por outro lado, a Polícia Civil emperra diante de relatos distorcidos.

De acordo com os próprios taxistas, na quinta-feira, 8 de outubro, ocorreram outros dois assaltos. Pela manhã, uma corrida foi chamada no bairro Glória, porém, quando o táxi chegou, o motorista foi rendi-do por um assaltante. No final da tarde, um outro taxista fina-lizava uma corrida até o Muni-cipal, quando, após a saída dos passageiros, foi rendido por um bandido com um revólver em sua janela.

Por enquanto, os criminosos só levaram dinheiro e celulares. Porém, a preocupação é que, em um futuro próximo, um assal-tante esteja alterado ou um co-

lega de profissão reaja de forma errada e ocorra uma tragédia. “Enquanto for levado alguns pertences está tudo bem. Mas e se daqui a pouco acontecer algo pior? Está todo mundo insegu-ro, sem saber se vai retornar para casa”, alerta o taxista Noi-var Lucchese, 64 anos.

O representante da clas-se relata que as vítimas têm medo de falar detalhes para

a polícia, principalmente pela sensação que em uma ou duas semanas os acusados estarão soltos. Outros ainda não que-rem nem comentar sobre o crime, para não gerar preocu-pações aos familiares.

Lucchese pede uma união maior de todos os taxistas para resolver esta situação insusten-tável. Novas mobilizações são cogitadas, porém o fato de o lí-

der do sindicato morar em Dois Lajeados atrapalha. Uma para-lisação de todos os taxistas de Bento Gonçalves é possível.

Medo das vítimas prejudica investigações

Este receio dos taxistas de re-gistrar os roubos e repassar in-formações sobre os assaltantes tem atrapalhado a resposta da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), es-pecializada no combate a roubos. “Estamos fazendo a nossa parte que é a investigação. Se as pes-soas vierem até a delegacia para fazer o registro e dar as condições para que possamos identificar os autores, logo prenderemos estes indivíduos. Não adianta fazer o registro e, no momento que pre-cisamos das informações corre-tas, o relato for distorcido. Isso só dificulta o nosso trabalho. Estamos aí para ajudar e fazer a segurança aumentar, mas preci-samos deste auxílio das vítimas”, informa o delegado Álvaro Pa-checo Becker.

O titular da 2ª DP relata que os motoristas, seja por medo ou outro motivo, evitam repassar

características físicas dos assal-tantes ou realizar o reconheci-mento. “Acho estranho que em uma corrida do Centro ao São Roque ou até o Conceição, o motorista não veja, em nenhum momento, o rosto ou alguma característica deste passageiro. Me causa estranheza. Durante todo o tempo este indivíduo fi-cou encapuzado?” questiona o delegado Álvaro.

Por outro lado, a autoridade policial reforça o interesse dos órgãos de segurança em captu-rar estes indivíduos e que as in-vestigações estão prosseguindo, já com alguns suspeitos. O de-legado Álvaro ainda recomenda que os taxistas procurem pela polícia quando possuam algu-ma informação ou desconfiança. “No momento que este indiví-duo entra no táxi, se o motorista suspeitar de algo ou identificar uma pessoa conhecida por prá-ticas ilícitas, podem acionar a Brigada Militar ou vir até a dele-gacia. Este indivíduo será identi-ficado e revistado. Se estiver ar-mado, logo ocorrerá uma prisão em flagrante. Basta procurar por uma viatura na rua”, comenta.

Temor entre os taxistas é que uma tragédia esteja próxima de acontecer

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Indústria de plástico

Empresas têm queda de 10% nos negócios

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Taxistas

Mesmo com protesto os assaltos continuam

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Região sofre com as chuvas

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A Edição www.jornalsemanario.com.br56 páginas

BENTO GONÇALVESSábado10 DE OUTUBRO DE 2015ANO 48 N°3172

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Sábado

min 11º max 13º

Domingo

min 13º max 14º

Segunda

min 9º max 14º

Terça

min 12º max 21º

Fonte

: G

oogle

Reprodução

Bento Gonçalves

Sábado | 10 de outubro de 2015

Ficar o dia todo sentado

pode causar prejuízos à

sua saúde Página 2

Movimente-se

A prevenção é uma

das melhores formas de

lutar contra a doença

Outubro Rosa

Página 5

Rua General Osório, 309| sala 703

Centro Clínico Osvaldo Cruz|BG|RS

54 3452.5458|54 3451.4170A insônia é uma doença multifatorial que pode estar encobrindo depressão,

ansiedade, apnéia do sono, síndrome das pernas inquietas, entre outros.

Se você dorme mal, tendo seu sono intercortado diversas vezes, faça um

diagnóstico. Converse com seu médico.

INSÔNIA TEM TRATAMENTO!

INVISTA NO SEU SONO E VIVA MELHOR!

Cristiano Migon

Bento Gonçalves

Sábado | 10 de outubro de 2015Caderno

Texto: Cristiane Grohe G. Arroyo

Valéria Eugênia

Neves Willhelm

A magistratura é umas das carreiras jurídicas mais almejadas pelos profissionais do

Direito. E a porto-alegrense Valéria Eugênia Neves Willhelm, 55 anos, percorreu um caminho

de muito estudo e empenho para hoje ser juíza da 2ª Vara Criminal do município. A carreira

bem sucedida começou com a formação em psicologia pela PUC/RS, com 18 anos, em 1984.

“O conhecimento do comportamento humano auxilia muito no meu trabalho, pois consigo

enxergar além dos processos, o que possibilita tomar decisões mais seguras. Também ajuda

muito no contato com os servidores”, explica Valéria. Em 1986 ela foi contratada como Perito

Psicólogo no Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre, antigo Juizado de Menores.

“Em 1991 pedi exoneração do cargo para trabalhar como psicóloga em um consultório e ter

mais tempo para os meus filhos que ainda eram pequenos”, lembra. Em 1993 ela ingressou

na faculdade de direito. “Meu filho tinha cinco anos de idade e a minha filha nove. Na época,

eu estudava à noite e trabalhava como psicóloga durante o dia”, completa.

A busca pelo crescimento pessoal e profissional sempre fez parte da vida de Valéria.

“Meu objetivo era ser Juíza, cursei a Escola da Magistratura da Ajuris, e, em 2004, depois de

prestar concurso, ingressei no Ministério Público como Assessora Jurídica na Promotoria de

Justiça de Charqueadas”. A juíza percorreu um caminho importante na carreira, chegando

a Bento Gonçalves em novembro do ano passado. Valéria diz que as mulheres avançaram

muito profissionalmente e socialmente. “Mas infelizmente ainda não somos vistas de forma

igualitária pelos homens. Acho que a culpa é nossa, pois ainda estamos em dúvida do nosso

papel na sociedade”, afirma. Ela acredita que a partir do momento em que as mulheres

realmente acreditarem que são tão fortes e inteligentes quanto os homens, poderão assumir

seu lugar no mundo, sem qualquer insegurança.

Com pouco tempo para a vida pessoal ela tem se dedicado quase que exclusivamente

ao trabalho. “São processos muito sensíveis sob minha jurisdição, os quais necessitam de

decisões de caráter urgentes. Sem falar dos processos de crimes comuns, os quais divido com

a 1ª Vara Criminal”, explica. Ela conta com uma excelente equipe de trabalho e dessa forma

consegue dar conta da demanda processual e do número de audiências.

O tempo livre é dedicado à família, esporte e aos animais de estimação. “Pratico pilates

duas vezes por semana, mas admito que gostaria de ter mais tempo para cuidar de mim”,

destaca. Nos finais de semana ela se diverte com os oito cachorros da raça Akita: Eros, Ariel

Ken, Flecha, Thor, Paixão, Brad e Barbie, além dos três gatos Trovão, Linda e Bruxinha.

“Querer é Poder. “

Primeiro Caderno ......................36 páginasCaderno S ................................12 páginas Saúde & Beleza .........................8 páginas

Clima

Página 14