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Questões retiradas das provas do ENEM de diversos anos

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    1. (Enem 2012) A figura representa um dos modelos de um sistema de interaes entre seres vivos. Ela apresenta duas propriedades, P1 e P2, que interagem em I, para afetar uma terceira propriedade, P3, quando o sistema alimentado por uma fonte de energia, E. Essa figura pode simular um sistema de campo em que P1 representa as plantas verdes; P2 um animal herbvoro e P3, um animal onvoro.

    A funo interativa I representa a proporo de a) herbivoria entre P1 e P2. b) polinizao entre P1 e P2. c) P3 utilizada na alimentao de P1 e P2. d) P1 ou P2 utilizada na alimentao de P3. e) energia de P1 e de P2 que saem do sistema. 2. (Enem 2012) No de hoje que o homem cria, artificialmente, variedades de peixes por meio da hibridao. Esta uma tcnica muito usada pelos cientistas e pelos piscicultores porque os hbridos resultantes, em geral, apresentam maior valor comercial do que a mdia de ambas as espcies parentais, alm de reduzir a sobrepesca no ambiente natural.

    Terra da Gente, ano 4, n. 47, mar, 2008 (adaptado). Sem controle, esses animais podem invadir rios e lagos naturais, se reproduzir e a) originar uma nova espcie poliploide. b) substituir geneticamente a espcie natural. c) ocupar o primeiro nvel trfico no hbitat aqutico. d) impedir a interao biolgica entre as espcies parentais. e) produzir descendentes com o cdigo gentico modificado. 3. (Enem 2012) Muitas espcies de plantas lenhosas so encontradas no cerrado brasileiro. Para a sobrevivncia nas condies de longos perodos de seca e queimadas peridicas, prprias desse ecossistema, essas plantas desenvolveram estruturas muito peculiares. As estruturas adaptativas mais apropriadas para a sobrevivncia desse grupo de plantas nas condies ambientais de referido ecossistema so: a) Cascas finas e sem sulcos ou fendas. b) Caules estreitos e retilneos. c) Folhas estreitas e membranosas. d) Gemas apicais com densa pilosidade. e) Razes superficiais, em geral, areas. 4. (Enem 2012) Pesticidas so contaminantes ambientais altamente txicos aos seres vivos e, geralmente, com grande persistncia ambiental. A busca por novas formas de eliminao dos pesticidas tem aumentado nos ltimos anos, uma vez que as tcnicas atuais so economicamente dispendiosas e paliativas. A biorremediao de

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    pesticidas utilizando micro-organismos tem se mostrado uma tcnica muito promissora para essa finalidade, por apresentar vantagens econmicas e ambientais. Para ser utilizado nesta tcnica promissora, um microrganismo deve ser capaz de a) transferir o contaminante do solo para a gua. b) absorver o contaminante sem alter-lo quimicamente. c) apresentar alta taxa de mutao ao longo das geraes. d) estimular o sistema imunolgico do homem contra o contaminante. e) metabolizar o contaminante, liberando subprodutos menos txicos ou atxicos. 5. (Enem 2012) Para diminuir o acmulo de lixo e o desperdcio de materiais de valor econmico e, assim, reduzir a explorao de recursos naturais, adotou-se, em escala internacional, a poltica dos trs erres: Reduo, Reutilizao e Reciclagem. Um exemplo de reciclagem a utilizao de a) garrafas de vidro retornveis para cerveja ou refrigerante. b) latas de alumnio como material para fabricao de lingotes. c) sacos plsticos de supermercado como acondicionantes de lixo caseiro. d) embalagens plsticas vazias e limpas para acondicionar outros alimentos. e) garrafas PET recortadas em tiras para fabricao de cerdas de vassouras. 6. (Enem 2012) O menor tamandu do mundo solitrio e tem hbitos noturnos, passa o dia repousando, geralmente em um emaranhado de cips, com o corpo curvado de tal maneira que forma uma bola. Quando em atividade, se locomove vagarosamente e emite som semelhante a um assobio. A cada gestao, gera um nico filhote. A cria deixada em uma rvore noite e amamentada pela me at que tenha idade para procurar alimento. As fmeas adultas tm territrios grandes e o territrio de um macho inclui o de vrias fmeas, o que significa que ele tem sempre diversas pretendentes disposio para namorar!

    Cincia Hoje das Crianas, ano 19, n. 174, nov. 2006 (adaptado). Essa descrio sobre o tamandu diz respeito ao seu a) hbitat. b) bitopo. c) nvel trpico. d) nicho ecolgico. e) potencial bitico. 7. (Enem 2011) Segundo dados do Balano Energtico Nacional de 2008, do Ministrio das Minas e Energia, a matriz energtica brasileira composta por hidreltrica (80%), termeltrica (19,9%) e elica (0,1%). Nas termeltricas, esse percentual dividido conforme o combustvel usado, sendo: gs natural (6,6%), biomassa (5,3%), derivados de petrleo (3,3%), energia nuclear (3,1%) e carvo mineral (1,6%). Com a gerao de eletricidade da biomassa, pode-se considerar que ocorre uma compensao do carbono liberado na queima do material vegetal pela absoro desse elemento no crescimento das plantas. Entretanto, estudos indicam que as emisses de metano

    4(CH ) das hidreltricas podem ser comparveis s emisses de 2CO das termeltricas.

    MORET, A. S.; FERREIRA, I. A. As hidreltricas do Rio Madeira e os impactos socioambientais da eletrificao no

    Brasil. Revista Cincia Hoje. V. 45, n 265, 2009 (adaptado). No Brasil, em termos do impacto das fontes de energia no crescimento do efeito estufa, quanto emisso de gases, as hidreltricas seriam consideradas como uma fonte a) limpa de energia, contribuindo para minimizar os efeitos deste fenmeno. b) eficaz de energia, tornando-se o percentual de oferta e os benefcios verificados. c) limpa de energia, no afetando ou alterando os nveis dos gases do efeito estufa. d) poluidora, colaborando com nveis altos de gases de efeito estufa em funo de seu potencial de oferta. e) alternativa, tomando-se por referncia a grande emisso de gases de efeito estufa das demais fontes geradoras. 8. (Enem 2011) Os personagens da figura esto representando uma situao hipottica de cadeia alimentar.

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    Suponha que, em cena anterior apresentada, o homem tenha se alimentado de frutas e gros que conseguiu coletar. Na hiptese de, nas prximas cenas, o tigre ser bem-sucedido e, posteriormente, servir de alimento aos abutres, tigre e abutres ocuparo, respectivamente, os nveis trficos de a) produtor e consumidor primrio. b) consumidor primrio e consumidor secundrio. c) consumidor secundrio e consumidor tercirio. d) consumidor tercirio e produtor. e) consumidor secundrio e consumidor primrio. 9. (Enem 2011) Diferente do que o senso comum acredita, as lagartas de borboletas no possuem voracidade generalizada. Um estudo mostrou que as borboletas de asas transparentes da famlia Ithomiinae, comuns na Floresta Amaznica e na Mata Atlntica, consomem, sobretudo, plantas da famlia Solanaceae, a mesma do tomate. Contudo, os ancestrais dessas borboletas consumiam espcies vegetais da famlia Apocinaceae, mas a quantidade dessas plantas parece no ter sido suficiente para garantir o suprimento alimentar dessas borboletas. Dessa forma, as solanceas tornaram-se uma opo de alimento, pois so abundantes na Mata Atlntica e na Floresta Amaznica.

    Cores ao vento. Genes e fsseis revelam origem e diversidade de borboletas sul-americanas. Revista Pesquisa FAPESP. N 170, 2010 (adaptado).

    Nesse texto, a ideia do senso comum confrontada com os conhecimentos cientficos, ao se entender que as larvas das borboletas Ithomiinae encontradas atualmente na Mata Atlntica e na Floresta Amaznica, apresentam a) facilidade em digerir todas as plantas desses locais. b) interao com as plantas hospedeiras da famlia Apocinaceae. c) adaptao para se alimentar de todas as plantas desses locais. d) voracidade indiscriminada por todas as plantas existentes nesses locais. e) especificidade pelas plantas da famlia Solanaceae existentes nesses locais. 10. (Enem 2011) Os vaga-lumes machos e fmeas emitem sinais luminosos para se atrarem para o acasalamento. O macho reconhece a fmea de sua espcie e, atrado por ela, vai ao seu encontro. Porm, existe um tipo de vaga-lume, o Photuris, cuja fmea engana e atrai os machos de outro tipo, o Photinus fingindo ser desse gnero. Quando o macho Photinus se aproxima da fmea Photuris, muito maior que ele, atacado e devorado por ela.

    BERTOLDI, O. G.; VASCONCELLOS, J. R. Cincia & sociedade: a aventura da vida, a aventura da tecnologia. So Paulo: Scipione, 2000 (adaptado).

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    A relao descrita no texto, entre a fmea do gnero Photuris e o macho do gnero Photinus, um exemplo de a) comensalismo. b) inquilinismo. c) cooperao. d) predatismo. e) mutualismo. 11. (Enem 2011) O controle biolgico, tcnica empregada no combate a espcies que causam danos e prejuzos aos seres humanos, utilizado no combate lagarta que se alimenta de folhas de algodoeiro. Algumas espcies de borboleta depositam seus ovos nessa cultura. A microvespa Trichogramma sp. introduz seus ovos nos ovos de outros insetos, incluindo os das borboletas em questo. Os embries da vespa se alimentam do contedo desses ovos e impedem que as larvas de borboleta se desenvolvam. Assim, possvel reduzir a densidade populacional das borboletas at nveis que no prejudiquem a cultura. A tcnica de controle biolgico realizado pela microvespa Trichogramma sp. consiste na a) introduo de um parasita no ambiente da espcie que se deseja combater. b) introduo de um gene letal nas borboletas para diminuir o nmero de indivduos. c) competio entre a borboleta e a microvespa para a obteno de recursos. d) modificao do ambiente para selecionar indivduos melhor adaptados. e) aplicao de inseticidas a fim de diminuir o nmero de indivduos que se deseja combater. 12. (Enem 2011) Os biocombustveis de primeira gerao so derivados da soja, milho e cana-de-acar e sua produo ocorre atravs da fermentao. Biocombustveis derivados de material celulsico ou biocombustveis de segunda gerao coloquialmente chamados de gasolina de capim so aqueles produzidos a partir de resduos de madeira (serragem, por exemplo), talos de milho, palha de trigo ou capim de crescimento rpido e se apresentam como uma alternativa para os problemas enfrentados pelos de primeira gerao, j que as matrias-primas so baratas e abundantes.

    DALE, B. E.; HUBER, G. W. Gasolina de capim e outros vegetais. Scientific American Brasil. Ago. 2009, n 87 (adaptado).

    O texto mostra um dos pontos de vista a respeito do uso dos biocombustveis na atualidade, os quais a) so matrizes energticas com menor carga de poluio para o ambiente e podem propiciar a gerao de novos

    empregos, entretanto, para serem oferecidos com baixo custo, a tecnologia da degradao da celulose nos biocombustveis de segunda gerao deve ser extremamente eficiente.

    b) oferecem mltiplas dificuldades, pois a produo de alto custo, sua implantao no gera empregos, e deve-se ter cuidado com o risco ambiental, pois eles oferecerem os mesmos riscos que o uso de combustveis fsseis.

    c) sendo de segunda gerao, so produzidos por uma tecnologia que acarreta problemas sociais, sobretudo decorrente do fato de a matria-prima ser abundante e facilmente encontrada, o que impede a gerao de novos empregos.

    d) sendo de primeira e segunda gerao, so produzidos por tecnologias que devem passar por uma avaliao criteriosa quanto ao uso, pois uma enfrenta o problema da falta de espao para plantio da matria-prima e a outra impede a gerao de novas fontes de emprego.

    e) podem acarretar srios problemas econmicos e sociais, pois a substituio do uso de petrleo afeta negativamente toda uma cadeia produtiva na medida em que exclui diversas fontes de emprego nas refinarias, postos de gasolina e no transporte petrleo e gasolina.

    13. (Enem 2011) Moradores sobreviventes da tragdia que destruiu aproximadamente 60 casas no Morro do Bumba, na Zona Norte de Niteri (RJ), ainda defendem a hiptese de o deslizamento ter sido causado por uma exploso provocada por gs metano, visto que esse local foi um lixo entre os anos 1960 e 1980.

    Jornal Web. Disponvel em: http://www.ojornalweb.com. Acesso em: 12 abr. 2010 (adaptado). O gs mencionado no texto produzido a) como subproduto da respirao aerbia bacteriana. b) pela degradao anaerbia de matria orgnica por bactrias. c) como produto da fotossntese de organismos pluricelulares autotrficos. d) pela transformao qumica do gs carbnico em condies anaerbias. e) pela converso, por oxidao qumica, do gs carbnico sob condies aerbias.

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    14. (Enem 2011)

    De acordo com o relatrio A grande sombra da pecuria (Livestocks Long Shadow), feito pela Organizao das Naes Unidas para a Agricultura e a Alimentao, o gado responsvel por cerca de 18% do aquecimento global, uma contribuio maior que a do setor de transportes.

    Disponvel em: www.conpet.gov.br. Acesso em: 22 jun. 2010.

    A criao de gado em larga escala contribui para o aquecimento global por meio da emisso de a) metano durante o processo de digesto. b) xido nitroso durante o processo de ruminao. c) clorofluorcarbono durante o transporte de carne. d) xido nitroso durante o processo respiratrio. e) dixido de enxofre durante o consumo de pastagens. 15. (Enem 2 aplicao 2010) Um agricultor, buscando o aumento da produtividade de sua lavoura, utilizou o adubo NPK (nitrognio, fsforo e potssio) com alto teor de sais minerais. A irrigao dessa lavoura feita por canais que so desviados de um rio que abastece os canais, devido contaminao das guas pelo excesso de adubo usado pelo agricultor. Que processo biolgico pode ter sido provocado na gua do rio pelo uso do adubo NPK? a) Lixiviao, processo em que ocorre a lavagem do solo, que acaba disponibilizando os nutrientes para a gua do

    rio. b) Acidificao, processo em que os sais, ao se dissolverem na gua do rio, formam cidos. c) Eutrofizao, ocasionada pelo aumento do fsforo e nitrognio dissolvidos na gua, que resulta na proliferao do

    fitoplncton. d) Aquecimento, decorrente do aumento de sais dissolvidos na gua do rio, que eleva sua temperatura. e) Denitrificao, processo em que o excesso de nitrognio que chega ao rio disponibilizado para a atmosfera,

    prejudicando o desenvolvimento dos peixes. 16. (Enem 2010) O despejo de dejetos de esgotos domsticos e industriais vem causando srios problemas aos rios brasileiros. Esses poluentes so ricos em substncias que contribuem para a eutrofizao de ecossistemas, que um enriquecimento da gua por nutrientes, o que provoca um grande crescimento bacteriano e, por fim, pode promover escassez de oxignio. Uma maneira de evitar a diminuio da concentrao de oxignio no ambiente : a) Aquecer as guas dos rios para aumentar a velocidade de decomposiao dos dejetos. b) Retirar do esgoto os materiais ricos em nutrientes para diminuir a sua concentrao nos rios. c) Adicionar bactrias anaerbicas s guas dos rios para que elas sobrevivam mesmo sem o oxignio. d) Substituir produtos no degradveis por biodegradveis para que as bactrias possam utilizar os nutrientes.

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    e) Aumentar a solubilidade dos dejetos no esgoto para que os nutrientes fiquem mais acessveis s bactrias. 17. (Enem 2 aplicao 2010) A figura representa uma cadeia alimentar em uma lagoa. As setas indicam o sentido do fluxo de energia entre os componentes dos nveis trficos.

    Sabendo-se que o mercrio se acumula nos tecidos vivos, que componente dessa cadeia alimentar apresentar maior teor de mercrio no organismo se nessa lagoa ocorrer um derramamento desse metal? a) As aves, pois so os predadores do topo dessa cadeia e acumulam mercrio incorporado pelos componentes dos

    demais elos. b) Os caramujos, pois se alimentam das razes das plantas, que acumulam maior quantidade de metal. c) Os grandes peixes, pois acumulam o mercrio presente nas plantas e nos peixes pequenos. d) Os pequenos peixes, pois acumulam maior quantidade de mercrio, j que se alimentam das plantas

    contaminadas. e) As plantas aquticas, pois absorvem grande quantidade de mercrio da gua atravs de suas razes e folhas. 18. (Enem 2010) No ano de 2000, um vazamento em dutos de leo na baa de Guanabara (RJ) causou um dos maiores acidentes ambientais do Brasil. Alm de afetar a fauna e a flora, o acidente abalou o equilbrio da cadeia alimentar de toda a baa. O petrleo forma uma pelcula na superfcie da gua, o que prejudica as trocas gasosas da atmosfera com a gua e desfavorece a realizao de fotossntese pelas algas, que esto na base da cadeia alimentar hdrica. Alm disso, o derramamento de leo contribuiu para o envenenamento das rvores e, consequentemente, para a intoxicao da fauna e flora aquticas, bem como conduziu morte diversas espcies de animais, entre outras formas de vida, afetando tambm a atividade pesqueira.

    LAUBIER, L. Diversidade da Mar Negra. In: Scientific American Brasil 4(39), ago. 2005 (adaptado). A situao exposta no texto e suas implicaes a) indicam a independncia da espcie humana com relao ao ambiente marinho. b) alertam para a necessidade do controle da poluio ambiental para reduo do efeito estufa. c) ilustram a interdependncia das diversas formas de vida (animal, vegetal e outras) e o seu habitat. d) indicam a alta resistncia do meio ambiente ao do homem, alm de evidenciar a sua sustentabilidade mesmo

    em condies extremas de poluio. e) evidenciam a grande capacidade animal de se adaptar s mudanas ambientais, em contraste com a baixa

    capacidade das espcies vegetais, que esto na base da cadeia alimentar hdrica. 19. (Enem 2 aplicao 2010) Os oceanos absorvem aproximadamente um tero das emisses de CO2 procedentes de atividades humanas, como a queima de combustveis fsseis e as queimadas. O CO2 combina-se com as guas dos oceanos, provocando uma alterao importante em suas propriedades. Pesquisas com vrios organismos marinhos revelam que essa alterao nos oceanos afeta uma srie de processos biolgicos necessrios para o desenvolvimento e a sobrevivncia de vrias espcies da vida marinha. A alterao a que se refere o texto diz respeito ao aumento a) da acidez das guas dos oceanos. b) do estoque de pescado nos oceanos. c) da temperatura mdia dos oceanos.

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    d) do nvel das guas dos oceanos. e) da salinizao das guas dos oceanos. 20. (Enem 2 aplicao 2010) A interferncia do homem no meio ambiente tem feito com que espcies de seres vivos desapaream muito mais rapidamente do que em pocas anteriores. Vrios mecanismos de proteo ao planeta tm sido discutidos por cientistas, organizaes e governantes. Entre esses mecanismos, destaca-se o acordado na Conveno sobre a Diversidade Biolgica durante a Rio 92, que afirma que a nao tem direito sobre a variedade de vida contida no seu territrio e o dever de conserv-la, utilizando-se dela de forma sustentvel. A dificuldade encontrada pelo Brasil em seguir o acordo da Conveno sobre a Diversidade Biolgica decorre, entre outros fatores, do fato de a a) extino de vrias espcies ter ocorrido em larga escala. b) alta biodiversidade no pas impedir a sua conservao. c) utilizao de espcies nativas de forma sustentvel ser utpica. d) grande extenso de nosso territrio dificultar a sua fiscalizao. e) classificao taxonmica de novas espcies ocorrer de forma lenta. 21. (Enem 2 aplicao 2010) Os corais que formam o banco dos Abrolhos, na Bahia, podem estar extintos at 2050 devido a uma epidemia. Por exemplo, os corais-crebro j tiveram cerca de 10% de sua populao afetada pela praga-branca, a mais prevalente da seis doenas identificadas em Abrolhos, causada provavelmente por uma bactria. Os cientistas atribuem a proliferao das patologias ao aquecimento global e poluio marinha. O aquecimento global reduziria a imunidade dos corais ou estimularia os patgenos causadores desses males, trazendo novos agentes infecciosos.

    FURTADO, F. Peste branca no mar. Cincia hoje. Rio de Janeiro, v. 42, n. 251, ago. 2008 (adaptado). A fim de combater a praga-branca, a medida mais apropriada, segura e de efeitos mais duradouros seria a) aplicar antibiticos nas guas litorneas de Abrolhos. b) substituir os aterros sanitrios por centros de reciclagem de lixo. c) introduzir nas guas de Abrolhos espcies que se alimentem da bactria causadora da doena. d) aumentar, mundialmente, o uso de transportes coletivos e diminuir a queima de derivados de petrleo. e) criar uma lei que proteja os corais, impedindo que mergulhadores e turistas se aproximem deles e os contaminem. 22. (Enem 2 aplicao 2010) O aquecimento global, ocasionado pelo aumento do efeito estufa, tem como uma de suas causas a disponibilizao acelerada de tomos de carbono para a atmosfera. Essa disponibilizao acontece, por exemplo, na queima de combustveis fsseis, como a gasolina, os leos e o carvo, que libera o gs carbnico (CO2) para a atmosfera. Por outro lado, a produo de metano (CH4), outro gs causador do efeito estufa, est associada pecuria e degradao de matria orgnica em aterros sanitrios. Apesar dos problemas causados pela disponibilizao acelerada dos gases citados, eles so imprescindveis vida na Terra e importantes para a manuteno do equilbrio ecolgico, porque, por exemplo, o a) metano fonte de carbono para os organismos fotossintetizantes. b) metano fonte de hidrognio para os organismos fotossintetizantes. c) gs carbnico fonte de energia para os organismos fotossintetizantes. d) gs carbnico fonte de carbono inorgnico para os organismos fotossintetizantes. e) gs carbnico fonte de oxignio molecular para os organismos heterotrficos aerbios. 23. (Enem cancelado 2009) Confirmada pelos cientistas e j sentida pela populao mundial, a mudana climtica global hoje o principal desafio socioambiental a ser enfrentado pela humanidade. Mudana climtica o nome que se d ao conjunto de alteraes nas condies do clima da Terra pelo acmulo de seis tipos de gases na atmosfera sendo os principais o dixido de carbono (CO2) e o metano (CH4) emitidos em quantidade excessiva atravs da queima de combustveis (petrleo e carvo) e do uso inadequado do solo.

    SANTILLI, M. Mudana climtica global. Almanaque Brasil Socioambiental 2008. So Paulo, 2007 (adaptado). Suponha que, ao invs de superaquecimento, o planeta sofresse uma queda de temperatura, resfriando-se como numa era glacial, nesse caso a) a camada de geleiras, bem como o nvel do mar, diminuiriam.

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    b) as geleiras aumentariam, acarretando alteraes no relevo do continente e no nvel do mar. c) o equilbrio do clima do planeta seria re-estabelecido, uma vez que ele est em processo de aquecimento. d) a fauna e a flora das regies prximas ao crculo polar rtico e antrtico nada sofreriam com a glaciao. e) os centros urbanos permaneceriam os mesmos, sem prejuzo populao humana e ao seu desenvolvimento. 24. (Enem 2009) O lixo orgnico de casa constitudo de restos de verduras, frutas, legumes, cascas de ovo, aparas de grama, entre outros , se for depositado nos lixes, pode contribuir para o aparecimento de animais e de odores indesejveis.

    Entretanto, sua reciclagem gera um excelente adubo orgnico, que pode ser usado no cultivo de hortalias, frutferas

    e plantas ornamentais. A produo do adubo ou composto orgnico se d por meio da compostagem, um processo

    simples que requer alguns cuidados especiais. O material que acumulado diariamente em recipientes prprios deve

    ser revirado com auxlio de ferramentas adequadas, semanalmente, de forma a homogeneiz-lo. preciso tambm

    umedec-lo periodicamente. O material de restos de capina pode ser intercalado entre uma camada e outra de lixo

    da cozinha. Por meio desse mtodo, o adubo orgnico estar pronto em aproximadamente dois a trs meses.

    Como usar o lixo orgnico em casa? Cincia Hoje, v. 42, jun. 2008 (adaptado).

    Suponha que uma pessoa, desejosa de fazer seu prprio adubo orgnico, tenha seguido o procedimento descrito no

    texto, exceto no que se refere ao umedecimento peridico do composto. Nessa situao,

    a) o processo de compostagem iria produzir intenso mau cheiro. b) o adubo formado seria pobre em matria orgnica que no foi transformada em composto. c) a falta de gua no composto vai impedir que microrganismos decomponham a matria orgnica. d) a falta de gua no composto iria elevar a temperatura da mistura, o que resultaria na perda de nutrientes

    essenciais. e) apenas microrganismos que independem de oxignio poderiam agir sobre a matria orgnica e transform-la em

    adubo.

    25. (Enem cancelado 2009) Na regio semirida do Nordeste brasileiro, mesmo nos anos mais secos, chove pelo menos 200 milmetros por ano. Durante a seca, muitas pessoas, em geral as mes de famlia, tm de caminhar vrias horas em busca de gua, utilizando audes compartilhados com animais e frequentemente contaminados. Sem tratamento, essa gua fonte de diarreias, parasitas intestinais, e uma das responsveis pela elevada mortalidade infantil da regio. Os audes secam com frequncia, tornando necessrio o abastecimento das populaes por carros-pipa, uma alternativa cara e que no traz soluo definitiva ao abastecimento de gua.

    OSAVA, M. Chuva de beber: Cisternas para 50 mil famlias. Revista Eco21, n- 96, nov. 2004 (adaptado). Considerando o texto, a proposta mais eficaz para reduzir os impactos da falta de gua na regio seria a) subsidiar a venda de gua mineral nos estabelecimentos comerciais. b) distribuir gratuitamente remdios contra parasitas e outras molstias intestinais. c) desenvolver carros-pipa maiores e mais econmicos, de forma a baratear o custo da gua transportada. d) captar gua de chuva em cisternas, permitindo seu adequado tratamento e armazenamento para consumo. e) promover a migrao das famlias mais necessitadas para as regies Sudeste e Sul, onde as chuvas so

    abundantes. 26. (Enem cancelado 2009) Suponha que o chefe do departamento de administrao de uma empresa tenha feito um discurso defendendo a ideia de que os funcionrios deveriam cuidar do meio ambiente no espao da empresa. Um dos funcionrios levantou-se e comentou que o conceito de meio ambiente no era claro o suficiente para se falar sobre esse assunto naquele lugar. Considerando que o chefe do departamento de administrao entende que a empresa parte do meio ambiente, a definio que mais se aproxima dessa concepo : a) Regio que inclui somente cachoeiras, mananciais e florestas. b) Apenas locais onde possvel o contato direto com a natureza. c) Locais que servem como reas de proteo onde fatores biticos so preservados. d) Apenas os grandes biomas, por exemplo, Mata Atlntica, Mata Amaznica, Cerrado e Caatinga. e) Qualquer local em que haja relao entre fatores biticos e abiticos, seja ele natural ou urbano.

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    27. (Enem cancelado 2009)

    QUALIDADE NDICE POLUENTE

    Parque D. Pedro II BOA 6 MP10

    So Caetano do Sul REGULAR 60 NO2

    Congonhas BOA 15 MP10

    Osasco INADEQUADA 175 CO

    Pinheiros M 283 SO2

    MP10 partculas inalveis: aquelas cujo dimetro aerodinmico menor que 10 m.

    CO monxido de carbono: gs incolor e inodoro que resulta da queima incompleta de combustveis de origem orgnica (combustveis fsseis, biomassa etc.). Emitido principalmente por veculos automotores.

    NO2 dixido de nitrognio: formado principalmente nos processos de combusto de veculos automotores. Dependendo das concentraes, o NO2 pode causar prejuzos sade.

    SO2 dixido de enxofre: resulta principalmente da queima de combustveis que contm enxofre, como leo diesel. Pode reagir com outras substncias presentes no ar, formando partculas base de sulfato responsveis pela reduo da visibilidade na atmosfera.

    0-50 51-100 101-199 200-299 > 299

    BOA REGULAR INADEQUADA M PSSIMA

    Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental CETESB. Padres, ndices. http://www.cetesb.sp.gov.br. Acesso em: 22 jun. 2008.

    A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de So Paulo (CETESB) divulga continuamente dados referentes qualidade do ar na regio metropolitana de So Paulo. A tabela apresentada corresponde a dados hipotticos que poderiam ter sido obtidos pela CETESB em determinado dia. Se esses dados fossem verdicos, ento, seria mais provvel encontrar problemas de visibilidade a) no Parque Dom Pedro II. b) em So Caetano do Sul. c) em Congonhas. d) em Osasco. e) em Pinheiros. 28. (Enem 2009) O cultivo de camares de gua salgada vem se desenvolvendo muito nos ltimos anos na regio

    Nordeste do Brasil e, em algumas localidades, passou a ser a principal atividade econmica. Uma das grandes

    preocupaes dos impactos negativos dessa atividade est relacionada descarga, sem nenhum tipo de tratamento,

    dos efluentes dos viveiros diretamente no ambiente marinho, em esturios ou em manguezais. Esses efluentes

    possuem matria orgnica particulada e dissolvida, amnia, nitrito, nitrato, fosfatos, partculas de slidos em

    suspenso e outras substncias que podem ser consideradas contaminantes potenciais.

    CASTRO, C. B.; ARAGO, J. S.; COSTA-LOTUFO, L. V. Monitoramento da toxicidade de efluentes de uma fazenda

    de cultivo de camaro marinho. Anais do IX Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia, 2006 (adaptado).

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    Suponha que tenha sido construda uma fazenda de carcinicultura prximo a um manguezal. Entre as perturbaes

    ambientais causadas pela fazenda, espera-se que

    a) a atividade microbiana se torne responsvel pela reciclagem do fsforo orgnico excedente no ambiente marinho. b) a relativa instabilidade das condies marinhas torne as alteraes de fatores fsico-qumicos pouco crticas vida

    no mar. c) a amnia excedente seja convertida em nitrito, por meio do processo de nitrificao, e em nitrato, formado como

    produto intermedirio desse processo. d) os efluentes promovam o crescimento excessivo de plantas aquticas devido alta diversidade de espcies

    vegetais permanentes no manguezal. e) o impedimento da penetrao da luz pelas partculas em suspenso venha a comprometer a produtividade

    primria do ambiente marinho, que resulta da atividade metablica do fitoplncton. 29. (Enem cancelado 2009) Uma colnia de formigas inicia-se com uma rainha jovem que, aps ser fecundada pelo macho, voa e escolhe um lugar para cavar um buraco no cho. Ali dar origem a milhares de formigas, constituindo uma nova colnia. As fmeas geradas podero ser operrias, vivendo cerca de um ano, ou novas rainhas. Os machos provm de vulos no fertilizados e vivem aproximadamente uma semana. As operrias se dividem nos trabalhos do formigueiro. H formigas forrageadoras que se encarregam da busca por alimentos, formigas operrias que retiram dejetos da colnia e so responsveis pela manuteno ou que lidam com o alimento e alimentam as larvas, e as formigas patrulheiras. Uma colnia de formigas pode durar anos e dificilmente uma formiga social consegue sobreviver sozinha. MELO, A. Como funciona uma sociedade de formigas? Disponvel em: http://www.cienciahoje.uol.com.br. Acesso em:

    21 fev. 2009 (adaptado). Uma caracterstica que contribui diretamente para o sucesso da organizao social dos formigueiros : a) a diviso de tarefas entre as formigas e a organizao funcional da colnia. b) o fato de as formigas machos serem provenientes de vulos no fertilizados. c) a alta taxa de mortalidade das formigas solitrias ou das que se afastam da colnia. d) a existncia de patrulheiras, que protegem o formigueiro do ataque de herbvoros. e) o fato de as rainhas serem fecundadas antes do estabelecimento de um novo formigueiro. 30. (Enem 2009) Uma pesquisadora deseja reflorestar uma rea de mata ciliar quase que totalmente desmatada.

    Essa formao vegetal um tipo de floresta muito comum nas margens de rios dos cerrados no Brasil central e, em

    seu clmax, possui vegetao arbrea perene e apresenta dossel fechado, com pouca incidncia luminosa no solo e

    nas plntulas. Sabe-se que a incidncia de luz, a disponibilidade de nutrientes e a umidade do solo so os principais

    fatores do meio ambiente fsico que influenciam no desenvolvimento da planta. Para testar unicamente os efeitos da

    variao de luz, a pesquisadora analisou, em casas de vegetao com condies controladas, o desenvolvimento de

    plantas de 10 espcies nativas da regio desmatada sob quatro condies de luminosidade: uma sob sol pleno e as

    demais em diferentes nveis de sombreamento. Para cada tratamento experimental, a pesquisadora relatou se o

    desenvolvimento da planta foi bom, razovel ou ruim, de acordo com critrios especficos. Os resultados obtidos

    foram os seguintes:

    Espcie

    Condio de Luminosidade

    Sol pleno Sombreamento

    30% 50% 90%

    1 Razovel Bom Razovel Ruim

    2 Bom Razovel Ruim Ruim

    3 Bom Bom Razovel Ruim

    4 Bom Bom Bom Bom

    5 Bom Razovel Ruim Ruim

    6 Ruim Razovel Bom Bom

    7 Ruim Ruim Ruim Razovel

    8 Ruim Ruim Razovel Ruim

    9 Ruim Razovel Bom Bom

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    10 Razovel Razovel Razovel Bom

    Para o reflorestamento da regio desmatada,

    a) a espcie 8 mais indicada que a 1, uma vez que aquela possui melhor adaptao a regies com maior incidncia de luz.

    b) recomenda-se a utilizao de espcies pioneiras, isto , aquelas que suportam alta incidncia de luz, como as espcies 2, 3 e 5.

    c) sugere-se o uso de espcies exticas, pois somente essas podem suportar a alta incidncia luminosa caracterstica de regies desmatadas.

    d) espcies de comunidade clmax, como as 4 e 7, so as mais indicadas, uma vez que possuem boa capacidade de aclimatao a diferentes ambientes.

    e) recomendado o uso de espcies com melhor desenvolvimento sombra, como as plantas das espcies 4, 6, 7, 9 e 10, pois essa floresta, mesmo no estgio de degradao referido, possui dossel fechado, o que impede a entrada de luz.

    31. (Enem cancelado 2009) Desde os anos 1990, novas tecnologias para a produo de plsticos biodegradveis foram pesquisadas em diversos pases do mundo. No Brasil, foi desenvolvido um plstico empregando-se derivados da cana-de-acar e uma bactria recm-identificada, capaz de transformar acar em plstico. A bactria se alimenta de acar, transformando o excedente do seu metabolismo em um plstico biodegradvel chamado PHB (polihidroxibutirato). Sua vantagem que, ao ser descartado, o bioplstico degradado por microorganismos existentes no solo em no mximo um ano, ao contrrio dos plsticos de origem petroqumica, que geram resduos que demoram mais de 200 anos para se degradarem. GOMES, A. C. Biotecnologia ajuda na conservao do ambiente. Revista Eletrnica Vox Sciencia. Ano V, n 28. So

    Paulo: Ncleo de Divulgao Cientfica Jos Gomes. Acesso em: 30 abr. 2009 (adaptado).

    A nova tecnologia, apresentada no texto, tem como consequncia, a) a diminuio da matria orgnica nos aterros e do mau cheiro nos lixes. b) a ampliao do uso de recursos no renovveis, especialmente, os plsticos. c) a diminuio do metabolismo de bactrias decompositoras presentes nos solos. d) a substituio de recursos no renovveis por renovveis para fabricar plsticos. e) o lanamento no meio ambiente de produtos plsticos inertes em relao ao ciclo da matria. 32. (Enem cancelado 2009) Nas ltimas dcadas os ecossistemas aquticos tm sido alterados de maneira significativa em funo de atividades antrpicas, tais como minerao, construo de barragens, desvio do curso natural de rios, lanamento de

    efluentes domsticos e industriais no tratados, desmatamento e uso inadequado do solo prximo aos leitos, superexplorao dos

    recursos pesqueiros, introduo de espcies exticas, entre outros. Como consequncia, tem-se observado expressiva queda da

    qualidade da gua e perda da biodiversidade aqutica, em funo da desestruturao dos ambientes fsico, qumico e biolgico. A

    avaliao de impactos ambientais nesses ecossistemas tem sido realizada atravs da medio de alteraes nas concentraes de

    variveis fsicas e qumicas da gua. Este sistema de monitoramento, juntamente com a avaliao de variveis biolgicas,

    fundamental para a classificao de rios e crregos em classes de qualidade de gua e padres de potabilidade e balneabilidade

    humanas.

    DAVE, M.; GOULART, C.; CALLISTO, M. Bioindicadores de qualidade de gua como ferramenta em estudo de impacto

    ambiental. Disponvel em: http://www.icb.ufmg.br. Acesso em: 9 jan. 2009 (adaptado).

    Se um pesquisador pretende avaliar variveis biolgicas de determinado manancial, deve escolher os testes de a) teor de oxignio dissolvido e de temperatura e turbidez da gua. b) teor de nitrognio amoniacal e de temperatura e turbidez da gua. c) densidade populacional de cianobactrias e de invertebrados bentnicos. d) densidade populacional de cianobactrias e do teor de alumnio dissolvido. e) teor de nitrognio amoniacal e de densidade populacional de invertebrados bentnicos. 33. (Enem cancelado 2009) O mar de Aral, um lago de gua salgada localizado em rea da antiga Unio Sovitica, tem sido explorado por um projeto de transferncia de gua em larga escala desde 1960. Por meio de um canal com mais de 1.300 km, enormes quantidades de gua foram desviadas do lago para a irrigao de plantaes de arroz e algodo. Aliado s altas taxas de evaporao e s fortes secas da regio, o projeto causou um grande desastre

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    ecolgico e econmico, e trouxe muitos problemas de sade para a populao. A salinidade do lago triplicou, sua rea superficial diminuiu 58% e seu volume, 83%. Cerca de 85% das reas midas da regio foram eliminadas e quase metade das espcies locais de aves e mamferos desapareceu. Alm disso, uma grande rea, que antes era o fundo do lago, foi transformada em um deserto coberto de sal branco e brilhante, visvel em imagens de satlite.

    MILLER, JR., G. T. Cincia Ambiental. So Paulo: Editora Thomson, 2007 (adaptado). Suponha que tenha sido observada, em uma vila rural localizada a 100 km de distncia do mar de Aral, alguns anos depois da implantao do projeto descrito, significativa diminuio na produtividade das lavouras, aumento da salinidade das guas e problemas de sade em sua populao. Esses sintomas podem ser efeito a) da perda da biodiversidade da regio. b) da seca dos rios da regio sob a influncia do projeto. c) da perda de reas midas nos arredores do mar de Aral. d) do sal trazido pelo vento, do mar de Aral para a vila rural. e) dos herbicidas utilizados nas lavouras de arroz e algodo do projeto. 34. (Enem cancelado 2009) Nos ltimos 60 anos, a populao mundial duplicou, enquanto o consumo de gua foi multiplicado por sete. Da gua existente no planeta, 97% so de gua salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessveis e apenas 1% corresponde gua doce, armazenada em lenis subterrneos, rios e lagos. A poluio pela descarga de resduos municipais e industriais, combinada com a explorao excessiva dos recursos hdricos disponveis, ameaa o meio ambiente, comprometendo a disponibilidade de gua doce para o abastecimento das populaes humanas. Se esse ritmo se mantiver, em alguns anos a gua potvel tornar-se- um bem extremamente raro e caro.

    MORAES, D. S. L.; JORDAO, B. Q. Degradao de recursos hdricos e seus efeitos sobre a sade humana. Sade Pblica, So Paulo, v. 36, n. 3, Jun. 2002 (adaptado).

    Considerando o texto, uma proposta vivel para conservar o meio ambiente e a gua doce seria a) fazer uso exclusivo da gua subterrnea, pois ela pouco interfere na quantidade de gua dos rios. b) desviar a gua dos mares para os rios e lagos, de maneira a aumentar o volume de gua doce nos pontos de

    captao. c) promover a adaptao das populaes humanas ao consumo de gua do mar, diminuindo assim a demanda sobre

    a gua doce. d) reduzir a poluio e a explorao dos recursos naturais, otimizar o uso da gua potvel e aumentar a captao da

    gua da chuva. e) realizar a descarga dos resduos municipais e industriais diretamente nos mares, de maneira a no afetar a gua

    doce disponvel. 35. (Enem cancelado 2009) Metade do volume de leo de cozinha consumido anualmente no Brasil, cerca de dois bilhes de litros, jogada incorretamente em ralos, pias e bueiros. Estima-se que cada litro de leo descartado polua milhares de litros de gua. O leo no esgoto tende a criar uma barreira que impede a passagem da gua, causa entupimentos e, consequentemente, enchentes. Alm disso, ao contaminar os mananciais, resulta na mortandade de peixes. A reciclagem do leo de cozinha, alm de necessria, tem mercado na produo de biodiesel. H uma demanda atual de 1,2 bilhes de litros de biodiesel no Brasil. Se houver planejamento na coleta, transporte e produo, estima-se que se possa pagar at R$ 1,00 por litro de leo a ser reciclado.

    Programa mostra caminho para uso do leo de fritura na produo de biodiesel. Disponvel em: http://www.nutrinews.com.br. Acesso em: 14 fev. 2009.

    De acordo com o texto, o destino inadequado do leo de cozinha traz diversos problemas. Com o objetivo de contribuir para resolver esses problemas, deve-se a) utilizar o leo para a produo de biocombustveis, como etanol. b) coletar o leo devidamente e transport-lo s empresas de produo de biodiesel. c) limpar periodicamente os esgotos das cidades para evitar entupimentos e enchentes. d) utilizar o leo como alimento para os peixes, uma vez que preserva seu valor nutritivo aps o descarte. e) descartar o leo diretamente em ralos, pias e bueiros, sem tratamento prvio com agentes dispersantes. 36. (Enem 2008) Um jornal de circulao nacional publicou a seguinte notcia:

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    Choveu torrencialmente na madrugada de ontem em Roraima, horas depois de os pajs caiaps Mantii e Kucrit, levados de Mato Grosso pela FUNAI, terem participado do ritual da dana da chuva, em Boa Vista. A chuva durou trs horas em todo o estado e as previses indicam que continuar pelo menos at amanh. Com isso, ser possvel acabar de vez com o incndio que ontem completou 63 dias e devastou parte das florestas do estado.

    Jornal do Brasil abril/1998 (com adaptaes).

    Considerando a situao descrita, avalie as afirmativas seguintes.

    I. No ritual indgena, a dana da chuva, mais que constituir uma manifestao artstica, tem a funo de intervir no ciclo da gua.

    II. A existncia da dana da chuva em algumas culturas est relacionada importncia do ciclo da gua para a vida.

    III. Uma das informaes do texto pode ser expressa em linguagem cientfica da seguinte forma: a dana da chuva seria efetiva se provocasse a precipitao das gotculas de gua das nuvens.

    correto o que se afirma em

    a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 37. (Enem 2008) Os ingredientes que compem uma gotcula de nuvem so o vapor de gua e um ncleo de condensao de nuvens (NCN). Em torno desse ncleo, que consiste em uma minscula partcula em suspenso no ar, o vapor de gua se condensa, formando uma gotcula microscpica, que, devido a uma srie de processos fsicos, cresce at precipitar-se como chuva. Na floresta Amaznica, a principal fonte natural de NCN a prpria vegetao. As chuvas de nuvens baixas, na estao chuvosa, devolvem os NCNs, aerossis, superfcie, praticamente no mesmo lugar em que foram gerados pela floresta. As nuvens altas so carregadas por ventos mais intensos, de altitude, e viajam centenas de quilmetros de seu local de origem, exportando as partculas contidas no interior das gotas de chuva. Na Amaznia, cuja taxa de precipitao uma das mais altas do mundo, o ciclo de evaporao e precipitao natural altamente eficiente. Com a chegada, em larga escala, dos seres humanos Amaznia, ao longo dos ltimos 30 anos, parte dos ciclos naturais est sendo alterada. As emisses de poluentes atmosfricos pelas queimadas, na poca da seca, modificam as caractersticas fsicas e qumicas da atmosfera amaznica, provocando o seu aquecimento, com modificao do perfil natural da variao da temperatura com a altura, o que torna mais difcil a formao de nuvens.

    Paulo Artaxo et al. O mecanismo da floresta para fazer chover. In: Scientific American Brasil, ano 1, n0. 11,

    abr./2003, p. 38-45 (com adaptaes). Na Amaznia, o ciclo hidrolgico depende fundamentalmente a) da produo de CO2 oriundo da respirao das rvores. b) da evaporao, da transpirao e da liberao de aerossis que atuam como NCNs. c) das queimadas, que produzem gotculas microscpicas de gua, as quais crescem at se precipitarem como

    chuva. d) das nuvens de maior altitude, que trazem para a floresta NCNs produzidos a centenas de quilmetros de seu local

    de origem. e) da interveno humana, mediante aes que modificam as caractersticas fsicas e qumicas da atmosfera da

    regio. 38. (Enem 2008) Um grupo de eclogos esperava encontrar aumento de tamanho das accias, rvores preferidas de grandes mamferos herbvoros africanos, como girafas e elefantes, j que a rea estudada era cercada para evitar a entrada desses herbvoros. Para espanto dos cientistas, as accias pareciam menos viosas, o que os levou a compar-las com outras de duas reas de savana: uma rea na qual os herbvoros circulam livremente e fazem podas regulares nas accias, e outra de onde eles foram retirados h 15 anos. O esquema a seguir mostra os resultados observados nessas duas reas.

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    De acordo com as informaes acima, a) a presena de populaes de grandes mamferos herbvoros provoca o declnio das accias. b) os hbitos de alimentao constituem um padro de comportamento que os herbvoros aprendem pelo uso, mas

    que esquecem pelo desuso. c) as formigas da espcie 1 e as accias mantm uma relao benfica para ambas. d) os besouros e as formigas da espcie 2 contribuem para a sobrevivncia das accias. e) a relao entre os animais herbvoros, as formigas e as accias a mesma que ocorre entre qualquer predador e

    sua presa. 39. (Enem 2008) Usada para dar estabilidade aos navios, a gua de lastro acarreta grave problema ambiental: ela introduz, indevidamente, no pas, espcies indesejveis do ponto de vista ecolgico e sanitrio, a exemplo do mexilho dourado, molusco originrio da China. Trazido para o Brasil pelos navios mercantes, o mexilho dourado foi encontrado na bacia Paran-Paraguai em 1991. A disseminao desse molusco e a ausncia de predadores para conter o crescimento da populao de moluscos causaram vrios problemas, como o que ocorreu na hidreltrica de Itaipu, onde o mexilho alterou a rotina de manuteno das turbinas, acarretando prejuzo de US$ 1 milho por dia, devido paralisao do sistema. Uma das estratgias utilizadas para diminuir o problema acrescentar gs cloro gua, o que reduz em cerca de 50% a taxa de reproduo da espcie.

    (GTGUAS, MPF, 4a CCR, ano 1, n

    0. 2, maio/2007, com adaptaes.)

    De acordo com as informaes do texto, o despejo da gua de lastro a) ambientalmente benfico por contribuir para a seleo natural das espcies e, consequentemente, para a

    evoluo delas. b) trouxe da China um molusco, que passou a compor a flora aqutica nativa do lago da hidreltrica de Itaipu. c) causou, na usina de Itaipu, por meio do microrganismo invasor, uma reduo do suprimento de gua para as

    turbinas. d) introduziu uma espcie exgena na bacia Paran-Paraguai, que se disseminou at ser controlada por seus

    predadores naturais. e) motivou a utilizao de um agente qumico na gua como uma das estratgias para diminuir a reproduo do

    mexilho dourado.

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    40. (Enem 2008) Um estudo recente feito no Pantanal d uma boa ideia de como o equilbrio entre as espcies, na natureza, um verdadeiro quebra-cabea. As peas do quebra-cabea so o tucano-toco, a arara-azul e o manduvi. O tucano-toco o nico pssaro que consegue abrir o fruto e engolir a semente do manduvi sendo, assim, o principal dispersor de suas sementes. O manduvi, por sua vez, uma das poucas rvores onde as araras-azuis fazem seus ninhos. At aqui, tudo parece bem encaixado, mas... justamente o tucano-toco o maior predador de ovos de arara-azul - mais da metade dos ovos das araras so predados pelos tucanos. Ento, ficamos na seguinte encruzilhada: se no h tucanos-toco, os manduvis se extinguem, pois no h disperso de suas sementes e no surgem novos manduvinhos, e isso afeta as araras-azuis, que no tm onde fazer seus ninhos. Se, por outro lado, h muitos tucanos-toco, eles dispersam as sementes dos manduvis, e as araras-azuis tm muito lugar para fazer seus ninhos, mas seus ovos so muito predados.

    Internet: (com adaptaes) De acordo com a situao descrita a) o manduvi depende diretamente tanto do tucano-toco como da arara-azul para sua sobrevivncia. b) o tucano-toco, depois de engolir sementes de manduvi, digere-as e torna-as inviveis. c) a conservao da arara-azul exige a reduo da populao de manduvis e o aumento da populao de tucanos-

    toco. d) a conservao das araras-azuis depende tambm da conservao dos tucanos-toco, apesar de estes serem

    predadores daquelas. e) a derrubada de manduvis em decorrncia do desmatamento diminui a disponibilidade de locais para os tucanos

    fazerem seus ninhos. 41. (Enem 2007) H diversas maneiras de o ser humano obter energia para seu prprio metabolismo utilizando energia armazenada na cana-de-acar. O esquema a seguir apresenta quatro alternativas dessa utilizao.

    A partir dessas informaes, conclui-se que a) a alternativa 1 a que envolve maior diversidade de atividades econmicas. b) a alternativa 2 a que provoca maior emisso de gs carbnico para a atmosfera. c) as alternativas 3 e 4 so as que requerem menor conhecimento tecnolgico. d) todas as alternativas requerem trabalho humano para a obteno de energia. e) todas as alternativas ilustram o consumo direto, pelo ser humano, da energia armazenada na cana. 42. (Enem 2007) Nos ltimos 50 anos, as temperaturas de inverno na pennsula antrtica subiram quase 6

    C.

    Ao contrrio do esperado, o aquecimento tem aumentado a precipitao de neve. Isso ocorre porque o gelo marinho, que forma um manto impermevel sobre o oceano, est derretendo devido elevao de temperatura, o que permite que mais umidade escape para a atmosfera. Essa umidade cai na forma de neve. Logo depois de chegar a essa regio, certa espcie de pinguins precisa de solos nus para construir seus ninhos de pedregulhos. Se a neve no derrete a tempo, eles pem seus ovos sobre ela. Quando a neve finalmente derrete, os ovos se encharcam de gua e goram.

    Scientific American Brasil, ano 2, n

    0. 21, 2004, p.80 (com adaptaes).

    A partir do texto, analise as seguintes afirmativas.

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    I - O aumento da temperatura global interfere no ciclo da gua na pennsula antrtica. II - O aquecimento global pode interferir no ciclo de vida de espcies tpicas de regio de clima polar. III - A existncia de gua em estado slido constitui fator crucial para a manuteno da vida em alguns biomas. correto o que se afirma a) apenas em I. b) apenas em II. c) apenas em I e II. d) apenas em II e III. e) em I, II e III. 43. (Enem 2007) Devido ao aquecimento global e consequente diminuio da cobertura de gelo no rtico, aumenta a distncia que os ursos polares precisam nadar para encontrar alimentos. Apesar de exmios nadadores, eles acabam morrendo afogados devido ao cansao. A situao descrita acima a) enfoca o problema da interrupo da cadeia alimentar, o qual decorre das variaes climticas. b) alerta para prejuzos que o aquecimento global pode acarretar biodiversidade no rtico. c) ressalta que o aumento da temperatura decorrente de mudanas climticas permite o surgimento de novas

    espcies. d) mostra a importncia das caractersticas das zonas frias para a manuteno de outros biomas na Terra. e) evidencia a autonomia dos seres vivos em relao ao habitat, visto que eles se adaptam rapidamente s

    mudanas nas condies climticas. 44. (Enem 2007) A figura a seguir parte de uma campanha publicitria.

    Essa campanha publicitria relaciona-se diretamente com a seguinte afirmativa: a) O comrcio ilcito da fauna silvestre, atividade de grande impacto, uma ameaa para a biodiversidade nacional. b) A manuteno do mico-leo-dourado em jaula a medida que garante a preservao dessa espcie animal. c) O Brasil, primeiro pas a eliminar o trfico do mico-leo-dourado, garantiu a preservao dessa espcie. d) O aumento da biodiversidade em outros pases depende do comrcio ilegal da fauna silvestre brasileira. e) O trfico de animais silvestres benfico para a preservao das espcies, pois garante-lhes a sobrevivncia. 45. (Enem 2007) Se a explorao descontrolada e predatria verificada atualmente continuar por mais alguns anos, pode-se antecipar a extino do mogno. Essa madeira j desapareceu de extensas reas do Par, de Mato Grosso, de Rondnia, e h indcios de que a diversidade e o nmero de indivduos existentes podem no ser suficientes para garantir a sobrevivncia da espcie a longo prazo. A diversidade um elemento fundamental na sobrevivncia de qualquer ser vivo. Sem ela, perde-se a capacidade de adaptao ao ambiente, que muda tanto por interferncia humana como por causas naturais.

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    Internet: (com adaptaes). Com relao ao problema descrito no texto, correto afirmar que a) a baixa adaptao do mogno ao ambiente amaznico causa da extino dessa madeira. b) a extrao predatria do mogno pode reduzir o nmero de indivduos dessa espcie e prejudicar sua diversidade

    gentica. c) as causas naturais decorrentes das mudanas climticas globais contribuem mais para a extino do mogno que a

    interferncia humana. d) a reduo do nmero de rvores de mogno ocorre na mesma medida em que aumenta a diversidade biolgica

    dessa madeira na regio amaznica. e) o desinteresse do mercado madeireiro internacional pelo mogno contribuiu para a reduo da explorao

    predatria dessa espcie. 46. (Enem 2006) produo industrial de celulose e de papel esto associados alguns problemas ambientais. Um exemplo so os odores caractersticos dos compostos volteis de enxofre (mercaptanas) que se formam durante a remoo da lignina da principal matria-prima para a obteno industrial das fibras celulsicas que formam o papel: a madeira. nos estgios de branqueamento que se encontra um dos principais problemas ambientais causados pelas indstrias de celulose. Reagentes como cloro e hipoclorito de sdio reagem com a lignina residual, levando formao de compostos organoclorados. Esses compostos, presentes na gua industrial, despejada em grande quantidade nos rios pelas indstrias de papel, no so biodegradveis e acumulam-se nos tecidos vegetais e animais, podendo levar a alteraes genticas.

    Celnia P. Santos et al. Papel: como se fabrica? In: Qumica nova na escola. n0. 14, nov./2001, p. 3-7 (com

    adaptaes). Para se diminurem os problemas ambientais decorrentes da fabricao do papel, recomendvel a) a criao de legislao mais branda, a fim de favorecer a fabricao de papel biodegradvel. b) a diminuio das reas de reflorestamento, com o intuito de reduzir o volume de madeira utilizado na obteno de

    fibras celulsicas. c) a distribuio de equipamentos de desodorizao populao que vive nas adjacncias de indstrias de produo

    de papel. d) o tratamento da gua industrial, antes de retorn-la aos cursos d'gua, com o objetivo de promover a degradao

    dos compostos orgnicos solveis. e) o recolhimento, por parte das famlias que habitam as regies circunvizinhas, dos resduos slidos gerados pela

    indstria de papel, em um processo de coleta seletiva de lixo. 47. (Enem 2006) Na regio sul da Bahia, o cacau tem sido cultivado por meio de diferentes sistemas. Em um deles, o convencional, a primeira etapa de preparao do solo corresponde retirada da mata e queimada dos tocos e das razes. Em seguida, para o plantio da quantidade mxima de cacau na rea, os ps de cacau so plantados prximos uns dos outros. No cultivo pelo sistema chamado cabruca, os ps de cacau so abrigados entre as plantas de maior porte, em espao aberto criado pela derrubada apenas das plantas de pequeno porte. Os cacaueiros dessa regio tm sido atacados e devastados pelo fungo chamado vassoura-de-bruxa, que se reproduz em ambiente quente e mido por meio de esporos que se espalham no meio areo. As condies ambientais em que os ps de cacau so plantados e as condies de vida do fungo vassoura-de-bruxa, mencionadas anteriormente, permitem supor-se que sejam mais intensamente atacados por esse fungo os cacaueiros plantados por meio do sistema a) convencional, pois os ps de cacau ficam mais expostos ao sol, o que facilita a reproduo do parasita. b) convencional, pois a proximidade entre os ps de cacau facilita a disseminao da doena. c) convencional, pois o calor das queimadas cria as condies ideais de reproduo do fungo. d) cabruca, pois os cacaueiros no suportam a sombra e, portanto, tero seu crescimento prejudicado e adoecero. e) cabruca, pois, na competio com outras espcies, os cacaueiros ficam enfraquecidos e adoecem mais facilmente. 48. (Enem 2006) Quando um macho do besouro-da-cana localiza uma plantao de cana-de-acar, ele libera uma substncia para que outros besouros tambm localizem essa plantao, o que causa srios prejuzos ao agricultor. A substncia liberada pelo besouro foi sintetizada em laboratrio por um qumico brasileiro. Com essa substncia sinttica, o agricultor pode fazer o feitio virar contra o feiticeiro: usar a substncia como isca e atrair os besouros para longe das plantaes de cana.

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    Folha Cincia. In: Folha de S. Paulo, 25/5/2004 (com adaptaes).

    Assinale a opo que apresenta corretamente tanto a finalidade quanto a vantagem ambiental da utilizao da substncia sinttica mencionada. a) Finalidade: eliminar os besouros; Vantagem: reduzir as espcies que se alimentam da cana-de-acar. b) Finalidade: afastar os predadores da plantao; Vantagem: reduzir a necessidade de uso de agrotxicos. c) Finalidade: exterminar os besouros; Vantagem: eliminar o uso de agrotxicos. d) Finalidade: dispersar os besouros; Vantagem: evitar a incidncia de novas pragas. e) Finalidade: afastar os predadores da plantao; Vantagem: aumentar as resistncias dos canaviais. 49. (Enem 2006) A anlise de esporos de samambaias e de plen fossilizados contidos em sedimentos pode fornecer pistas sobre as formaes vegetais de outras pocas. No esquema a seguir, que ilustra a anlise de uma amostra de camadas contnuas de sedimentos, as camadas mais antigas encontram-se mais distantes da superfcie.

    Essa anlise permite supor-se que o local em que foi colhida a amostra deve ter sido ocupado, sucessivamente, por a) floresta mida, campos cerrados e caatinga. b) floresta mida, floresta temperada e campos cerrados. c) campos cerrados, caatinga e floresta mida. d) caatinga, floresta mida e campos cerrados. e) campos cerrados, caatinga e floresta temperada. 50. (Enem 2006) A ocupao predatria associada expanso da fronteira agropecuria e acelerada pelo plantio da soja tem deflagrado, com a perda da cobertura vegetal, a diminuio da biodiversidade, a eroso do solo, a escassez e a contaminao dos recursos hdricos no bioma cerrado. Segundo ambientalistas, o cerrado brasileiro corre o risco de se transformar em um deserto. A respeito desse assunto, analise as afirmaes a seguir. I. Considerando-se que, em 2006, restem apenas 25% da cobertura vegetal original do cerrado e que, desse

    percentual, 3% sejam derrubados a cada ano, estima-se que, em 2030, o cerrado brasileiro se transformar em deserto.

    II. Sabe-se que a eventual extino do bioma cerrado, dada a pobreza que o caracteriza, no causar impacto sistmico no conjunto dos biomas brasileiros.

    III. A substituio de agrotxicos por bioinseticidas reduz a contaminao dos recursos hdricos no bioma cerrado. correto o que se afirma a) apenas em I. b) apenas em III. c) apenas em I e II. d) apenas em II e III. e) em I, II e III. 51. (Enem 2006) A MONTANHA PULVERIZADA Esta manh acordo e no a encontro.

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    Britada em bilhes de lascas deslizando em correia transportadora entupindo 150 vages no trem-monstro de 5 locomotivas - trem maior do mundo, tomem nota - foge minha serra, vai deixando no meu corpo a paisagem msero p de ferro, e este no passa.

    Carlos Drummond de Andrade. Antologia potica. Rio de Janeiro: Record, 2000.

    A situao poeticamente descrita sinaliza, do ponto de vista ambiental, para a necessidade de I. manter-se rigoroso controle sobre os processos de instalao de novas mineradoras. II. criarem-se estratgias para reduzir o impacto ambiental no ambiente degradado. III. reaproveitarem-se materiais, reduzindo-se a necessidade de extrao de minrios. correto o que se afirma a) apenas em I. b) apenas em II. c) apenas em I e II. d) apenas em II e III. e) em I, II e III. 52. (Enem 2005) Quando um reservatrio de gua agredido ambientalmente por poluio de origem domstica ou industrial, uma rpida providncia fundamental para diminuir os danos ecolgicos. Como o monitoramento constante dessas guas demanda aparelhos caros e testes demorados, cientistas tm se utilizado de biodetectores, como peixes que so colocados em gaiolas dentro da gua, podendo ser observados periodicamente. Para testar a resistncia de trs espcies de peixes, cientistas separaram dois grupos de cada espcie, cada um com cem peixes, totalizando seis grupos. Foi, ento, adicionada a mesma quantidade de poluentes de origem domstica e industrial, em separado. Durante o perodo de 24 horas, o nmero de indivduos passou a ser contado de hora em hora. Os resultados so apresentados a seguir.

    Pelos resultados obtidos, a espcie de peixe mais indicada para ser utilizada como detectora de poluio, a fim de que sejam tomadas providncias imediatas, seria a) a espcie I, pois sendo menos resistente poluio, morreria mais rapidamente aps a contaminao. b) a espcie II, pois sendo a mais resistente, haveria mais tempo para testes. c) a espcie III, pois como apresenta resistncia diferente poluio domstica e industrial, propicia estudos

    posteriores. d) as espcies I e III juntas, pois tendo resistncia semelhante em relao poluio permitem comparar resultados. e) as espcies II e III juntas, pois como so pouco tolerantes poluio, propiciam um rpido alerta.

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    53. (Enem 2005) Um estudo caracterizou 5 ambientes aquticos, nomeados de A a E, em uma regio, medindo parmetros fsico-qumicos de cada um deles, incluindo o pH nos ambientes. O grfico I representa os valores de pH dos 5 ambientes. Utilizando o grfico II, que representa a distribuio estatstica de espcies em diferentes faixas de pH, pode-se esperar um maior nmero de espcies no ambiente:

    a) A. b) B. c) C. d) D. e) E. 54. (Enem 2005) H quatro sculos alguns animais domsticos foram introduzidos na Ilha da Trindade como "reserva de alimento". Porcos e cabras soltos davam boa carne aos navegantes de passagem, cansados de tanto peixe no cardpio. Entretanto, as cabras consumiram toda a vegetao rasteira e ainda comeram a casca dos arbustos sobreviventes. Os porcos revolveram razes e a terra na busca de semente. Depois de consumir todo o verde, de volta ao estado selvagem, os porcos passaram a devorar qualquer coisa: ovos de tartarugas, de aves marinhas, caranguejos e at cabritos pequenos. Com base nos fatos acima, pode-se afirmar que a) a introduo desses animais domsticos trouxe, com o passar dos anos, o equilbrio ecolgico. b) o ecossistema da Ilha da Trindade foi alterado, pois no houve uma interao equilibrada entre os seres vivos. c) a principal alterao do ecossistema foi a presena dos homens, pois animais nunca geram desequilbrios no

    ecossistema. d) o desequilbrio s apareceu quando os porcos comearam a comer os cabritos pequenos. e) o aumento da biodiversidade, a longo prazo, foi favorecido pela introduo de mais dois tipos de animais na ilha. 55. (Enem 2005) Uma expedio de paleontlogos descobre em um determinado extrato geolgico marinho uma nova espcie de animal fossilizado. No mesmo extrato, foram encontrados artrpodes xifosuras e trilobitas, braquipodos e peixes ostracodermos e placodermos. O esquema a seguir representa os perodos geolgicos em que esses grupos viveram.

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    Observando esse esquema os paleontlogos concluram que o perodo geolgico em que haviam encontrado essa nova espcie era o Devoniano, tendo ela uma idade estimada entre 405 milhes e 345 milhes de anos. Destes cinco grupos de animais que estavam associados nova espcie, aquele que foi determinante para a definio do perodo geolgico em que ela foi encontrada a) xifosura, grupo muito antigo, associado a outros animais. b) trilobita, grupo tpico da era Paleozoica. c) braquipodo, grupo de maior distribuio geolgica. d) ostracodermo, grupo de peixes que s aparece at o Devoniano. e) placodermo, grupo que s existiu no Devoniano. 56. (Enem 2005) Pesquisas recentes estimam o seguinte perfil da concentrao de oxignio (O2) atmosfrico ao longo da histria evolutiva da Terra:

    No perodo Carbonfero entre aproximadamente 350 e 300 milhes de anos, houve uma ampla ocorrncia de animais gigantes, como por exemplo insetos voadores de 45 centmetros e anfbios de at 2 metros de comprimento. No entanto, grande parte da vida na Terra foi extinta h cerca de 250 milhes de anos, durante o perodo Permiano. Sabendo-se que o O2 um gs extremamente importante para os processos de obteno de energia em sistemas biolgicos, conclui-se que a) a concentrao de nitrognio atmosfrico se manteve constante nos ltimos 400 milhes de anos, possibilitando o

    surgimento de animais gigantes. b) a produo de energia dos organismos fotossintticos causou a extino em massa no perodo Permiano por

    aumentar a concentrao de oxignio atmosfrico. c) o surgimento de animais gigantes pode ser explicado pelo aumento de concentrao de oxignio atmosfrico, o

    que possibilitou uma maior absoro de oxignio por esses animais. d) o aumento da concentrao de gs carbnico (CO2) atmosfrico no perodo Carbonfero causou mutaes que

    permitiram o aparecimento de animais gigantes.

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    e) a reduo da concentrao de oxignio atmosfrico no perodo Permiano permitiu um aumento da biodiversidade terrestre por meio da induo de processos de obteno de energia.

    57. (Enem 2005) Foram publicados recentemente trabalhos relatando o uso de fungos como controle biolgico de mosquitos transmissores da malria. Observou-se o percentual de sobrevivncia dos mosquitos Anopheles sp. Aps exposio ou no a superfcies cobertas com fungos sabidamente pesticidas, ao longo de duas semanas. Os dados obtidos esto presentes no grfico a seguir.

    No grupo exposto aos fungos, o perodo em que houve 50% de sobrevivncia ocorreu entre os dias a) 2 e 4. b) 4 e 6. c) 6 e 8. d) 8 e 10. e) 10 e 12. 58. (Enem 2005) A atividade pesqueira antes de tudo extrativista, o que causa impactos ambientais. Muitas espcies j apresentam srio comprometimento em seus estoques e, para diminuir esse impacto, vrias espcies vm sendo cultivadas. No Brasil, o cultivo de algas, mexilhes, ostras, peixes e camares vem sendo realizado h alguns anos, com grande sucesso, graas ao estudo minucioso da biologia dessas espcies.

    Os crustceos decpodes, por exemplo, apresentam durante seu desenvolvimento larvrio, vrias etapas com mudana radical de sua forma. No s a sua forma muda, mas tambm a sua alimentao e habitat. Isso faz com que os criadores estejam atentos a essas mudanas, porque a alimentao ministrada tem de mudar a cada fase. Se para o criador, essas mudanas so um problema para a espcie em questo, essa metamorfose apresenta uma vantagem importante para sua sobrevivncia, pois a) aumenta a predao entre os indivduos. b) aumenta o ritmo de crescimento. c) diminui a competio entre os indivduos da mesma espcie. d) diminui a quantidade de nichos ecolgicos ocupados pela espcie. e) mantm a uniformidade da espcie.

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    59. (Enem 2005) Em uma rea observa-se o seguinte regime pluviomtrico:

    Os anfbios so seres que podem ocupar tanto ambientes aquticos quanto terrestres. Entretanto, h espcies de anfbios que passam todo o tempo na terra ou ento na gua. Apesar disso, a maioria das espcies terrestres depende de gua para se reproduzir e o faz quando essa existe em abundncia. Os meses do ano em que, nessa rea, esses anfbios terrestres poderiam se reproduzir mais eficientemente so de a) setembro a dezembro. b) novembro a fevereiro. c) janeiro a abril. d) maro a julho. e) maio a agosto. 60. (Enem 2004) Um rio que localmente degradado por dejetos orgnicos nele lanados pode passar por um

    processo de autodepurao. No entanto, a recuperao depende, entre outros fatores, da carga de dejetos recebida,

    da extenso e do volume do rio. Nesse processo, a distribuio das populaes de organismos consumidores e

    decompositores varia, conforme mostra o esquema:

    Com base nas informaes fornecidas pelo esquema, so feitas as seguintes consideraes sobre o processo de

    depurao do rio:

    I. a vida aqutica superior pode voltar a existir a partir de uma certa distncia do ponto de lanamento dos dejetos;

    II. os organismos decompositores so os que sobrevivem onde a oferta de oxignio baixa ou inexistente e a matria

    orgnica abundante;

    III. as comunidades biolgicas, apesar da poluio, no se alteram ao longo do processo de recuperao.

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    Est correto o que se afirma em

    a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III. 61. (Enem 2004) Programas de reintroduo de animais consistem em soltar indivduos, criados em cativeiro, em

    ambientes onde sua espcie se encontra ameaada ou extinta.

    O mico-leo-dourado da Mata Atlntica faz parte de um desses programas. Como faltam aos micos criados em

    cativeiro habilidades para sobreviver em seu habitat, so formados grupos sociais desses micos com outros

    capturados na natureza, antes de solt-los coletivamente.

    O grfico mostra o NMERO TOTAL DE ANIMAIS, em uma certa regio, a cada ano, ao longo de um programa de

    reintroduo desse tipo.

    A anlise do grfico permite concluir que o sucesso do programa deveu-se

    a) adaptao dos animais nascidos em cativeiro ao ambiente natural, mostrada pelo aumento do nmero de nascidos na natureza.

    b) ao aumento da populao total, resultante da reintroduo de um nmero cada vez maior de animais. c) eliminao dos animais nascidos em cativeiro pelos nascidos na natureza, que so mais fortes e selvagens. d) ao pequeno nmero de animais reintroduzidos, que se mantiveram isolados da populao de nascidos na

    natureza. e) grande sobrevivncia dos animais reintroduzidos, que compensou a mortalidade dos nascidos na natureza. 62. (Enem 2004) O bicho-furo-dos-citros causa prejuzos anuais de US$ 50 milhes citricultura brasileira, mas pode ser combatido eficazmente se um certo agrotxico for aplicado plantao no momento adequado. possvel determinar esse momento utilizando-se uma armadilha constituda de uma caixinha de papelo, contendo uma pastilha com o feromnio da fmea e um adesivo para prender o macho. Verificando periodicamente a armadilha, percebe-se a poca da chegada do inseto. Uma vantagem do uso dessas armadilhas, tanto do ponto de vista ambiental como econmico, seria a) otimizar o uso de produtos agrotxicos. b) diminuir a populao de predadores do bicho-furo. c) capturar todos os machos do bicho-furo. d) reduzir a rea destinada plantao de laranjas. e) espantar o bicho-furo das proximidades do pomar. 63. (Enem 2003) A falta de gua doce no Planeta ser, possivelmente, um dos mais graves problemas deste sculo. Prev-se que, nos prximos vinte anos, a quantidade de gua doce disponvel para cada habitante ser drasticamente reduzida. Por meio de seus diferentes usos e consumos, as atividades humanas interferem no ciclo da gua, alterando a) a quantidade total, mas no a qualidade da gua disponvel no Planeta. b) a qualidade da gua e sua quantidade disponvel para o consumo das populaes. c) a qualidade da gua disponvel, apenas no sub-solo terrestre.

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    d) apenas a disponibilidade de gua superficial existente nos rios e lagos. e) o regime de chuvas, mas no a quantidade de gua disponvel no Planeta. 64. (Enem 2003) Do ponto de vista ambiental, uma distino importante que se faz entre os combustveis serem provenientes ou no de fontes renovveis. No caso dos derivados de petrleo e do lcool de cana, essa distino se caracteriza a) pela diferena nas escalas de tempo de formao das fontes, perodo geolgico no caso do petrleo e anual no da

    cana. b) pelo maior ou menor tempo para se reciclar o combustvel utilizado, tempo muito maior no caso do lcool. c) pelo maior ou menor tempo para se reciclar o combustvel utilizado, tempo muito maior no caso dos derivados do

    petrleo. d) pelo tempo de combusto de uma mesma quantidade de combustvel, tempo muito maior para os derivados do

    petrleo do que do lcool. e) pelo tempo de produo de combustvel, pois o refino do petrleo leva dez vezes mais tempo do que a destilao

    do fermento de cana. 65. (Enem 2003) Considerando a riqueza dos recursos hdricos brasileiros, uma grave crise de gua em nosso pas poderia ser motivada por a) reduzida rea de solos agricultveis. b) ausncia de reservas de guas subterrneas. c) escassez de rios e de grandes bacias hidrogrficas. d) falta de tecnologia para retirar o sal da gua do mar. e) degradao dos mananciais e desperdcio no consumo. 66. (Enem 2003) Considerando os custos e a importncia da preservao dos recursos hdricos, uma indstria decidiu purificar parte da gua que consome para reutiliz-la no processo industrial. De uma perspectiva econmica e ambiental, a iniciativa importante porque esse processo a) permite que toda gua seja devolvida limpa aos mananciais. b) diminui a quantidade de gua adquirida e comprometida pelo uso industrial. c) reduz o prejuzo ambiental, aumentando o consumo de gua. d) torna menor a evaporao da gua e mantm o ciclo hidrolgico inalterado. e) recupera o rio onde so lanadas as guas utilizadas. 67. (Enem 2003) A caixinha utilizada em embalagens como as de leite "longa vida" chamada de "tetra brick", por ser composta de quatro camadas de diferentes materiais, incluindo alumnio e plstico, e ter a forma de um tijolo (brick, em ingls). Esse material, quando descartado, pode levar at cem anos para se decompor. Considerando os impactos ambientais, seria mais adequado a) utilizar soda custica para amolecer as embalagens e s ento descart-las. b) promover a coleta seletiva, de modo a reaproveitar as embalagens para outros fins. c) aumentar a capacidade de cada embalagem, ampliando a superfcie de contato com o ar para sua decomposio. d) constituir um aterro especfico de embalagens "tetra brick", acondicionadas de forma a reduzir seu volume. e) proibir a fabricao de leite "longa vida", considerando que esse tipo de embalagem no adequado para

    conservar o produto. 68. (Enem 2003) Um grupo de estudantes, saindo de uma escola, observou uma pessoa catando latinhas de alumnio jogadas na calada. Um deles considerou curioso que a falta de civilidade de quem deixa lixo pelas ruas acaba sendo til para a subsistncia de um desempregado. Outro estudante comentou o significado econmico da sucata recolhida, pois ouvira dizer que a maior parte do alumnio das latas estaria sendo reciclada. Tentando sintetizar o que estava sendo observado, um terceiro estudante fez trs anotaes, que apresentou em aula no dia seguinte: I. A catao de latinhas prejudicial indstria de alumnio; II. A situao observada nas ruas revela uma condio de duplo desequilbrio: do ser humano com a natureza e dos seres humanos entre si; III. Atividades humanas resultantes de problemas sociais e ambientais podem gerar reflexos (refletir) na economia.

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    Dessas afirmaes, voc tenderia a concordar, apenas, com a) I e II b) I e III c) II e III d) II e) III 69. (Enem 2003) Em um debate sobre o futuro do setor de transporte de uma grande cidade brasileira com trnsito intenso, foi apresentado um conjunto de propostas. Entre as propostas reproduzidas a seguir, aquela que atende, ao mesmo tempo, a implicaes sociais e ambientais presentes nesse setor a) proibir o uso de combustveis produzidos a partir de recursos naturais. b) promover a substituio de veculos a diesel por veculos a gasolina. c) incentivar a substituio do transporte individual por transportes coletivos. d) aumentar a importao de diesel para substituir os veculos a lcool. e) diminuir o uso de combustveis volteis devido ao perigo que representam. 70. (Enem 2003) A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espcies, ecossistemas, como a funes, e coloca problemas de gesto muito diferenciados. carregada de normas de valor. Proteger a biodiversidade pode significar: - a eliminao da ao humana, como a proposta da ecologia radical; - a proteo das populaes cujos sistemas de produo e cultura repousam num dado ecossistema; - a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como matria-prima, para produzir mercadorias.

    (Adaptado de GARAY, I. & DIAS, B. Conservao da biodiversidade em ecossistemas tropicais) De acordo com o texto, no tratamento da questo da biodiversidade no Planeta, a) o principal desafio conhecer todos os problemas dos ecossistemas, para conseguir proteg-los da ao humana. b) os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, independentemente do equilbrio

    ecolgico. c) deve-se valorizar o equilbrio do meio ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da terra e seus

    recursos. d) o enfoque ecolgico mais importante do que o social, pois as necessidades das populaes no devem constituir

    preocupao para ningum. e) h diferentes vises em jogo, tanto as que s consideram aspectos ecolgicos, quanto as que levam em conta

    aspectos sociais e econmicos. 71. (Enem 2002) GARFIELD

    O Globo, 01/09/2001.

    Na charge, a arrogncia do gato com relao ao comportamento alimentar da minhoca, do ponto de vista biolgico, a) no se justifica, porque ambos, como consumidores, devem "cavar" diariamente o seu prprio alimento. b) justificvel, visto que o felino possui funo superior da minhoca numa teia alimentar. c) no se justifica, porque ambos so consumidores primrios em uma teia alimentar.

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    d) justificvel, porque as minhocas, por se alimentarem de detritos, no participam das cadeias alimentares. e) justificvel, porque os vertebrados ocupam o topo das teias alimentares. 72. (Enem 2002) Artemia um camaro primitivo que vive em guas salgadas, sendo considerado um fssil vivo. Surpreendentemente, possui uma propriedade semelhante dos vegetais que a diapausa, isto , a capacidade de manter ovos dormentes (embries latentes) por muito tempo. Fatores climticos ou alteraes ambientais podem subitamente ativar a ecloso dos ovos, assim como, nos vegetais, tais alteraes induzem a germinao de sementes. Vrios estudos tm sido realizados com artemias, pois estes animais apresentam caractersticas que sugerem um potencial biolgico: possuem alto teor de protena e so capazes de se alimentar de partculas orgnicas e inorgnicas em suspenso. Tais caractersticas podem servir de parmetro para uma avaliao do potencial econmico e ecolgico da artemia. Em um estudo foram consideradas as seguintes possibilidades: I. A variao da populao de artemia pode ser usada como um indicador de poluio aqutica. II. A artemia pode ser utilizada como um agente de descontaminao ambiental, particularmente em ambientes aquticos. III. A ecloso dos ovos um indicador de poluio qumica. IV. Os camares podem ser utilizados como fonte alternativa de alimentos de alto teor nutritivo. correto apenas o que se afirma em a) I e II. b) II e III. c) I, II e IV. d) II, III e IV. e) I, II, III e IV. 73. (Enem 2002) Nativas do Brasil, as vrias espcies das plantas conhecidas como fava-d'anta tm lugar garantido no mercado mundial de produtos cosmticos e farmacuticos. Elas praticamente no tm concorrentes, pois apenas uma outra planta chinesa produz os elementos cobiados pela indstria mundial. As plantas acham-se dispersas no cerrado e a sua explorao feita pela coleta manual das favas ou, ainda, com instrumentos rsticos (garfos e forquilhas) que retiram os frutos das pontas dos galhos. Alguns catadores quebram galhos ou arbustos para facilitar a coleta. Depois da coleta, as vagens so vendidas aos atacadistas locais que as revendem a atacadistas regionais, estes sim, os revendedores de fava para as indstrias. Depois de processados, os produtos so exportados. Embora os moradores da regio tenham um vasto conhecimento sobre hbitos e usos da fauna e flora locais, pouco ou nada sabem sobre a produo de mudas de espcies nativas e, ainda, sobre o destino e o aproveitamento da matria-prima extrada da fava-d'anta.

    Adaptado de: Extrativismo e biodiversidade: o caso da fava-d'anta. Cincia Hoje, junho, 2000. Ainda que a extrao das vagens no seja prejudicial s rvores, a estratgia usada na sua coleta, aliada eventual presso de mercado, so fatores que podem prejudicar a renovao natural da fava-d'anta. Uma proposta vivel para que estas plantas nativas no corram nenhum risco de extino a) introduzir a coleta mecanizada das favas, reduzindo tanto as perdas durante a coleta quanto os eventuais danos

    s plantas. b) conservar o solo e aumentar a produtividade dessas plantas por meio de irrigao e reposio de sais minerais. c) domesticar a espcie, introduzindo viveiros que possam abastecer a regio de novas mudas, caso isto se torne

    necessrio. d) proibir a coleta das favas, aplicando pesadas multas aos infratores. e) diversificar as atividades econmicas na regio do cerrado para aumentar as fontes de renda dos trabalhadores. 74. (Enem 2002) Nos peixamentos - designao dada introduo de peixes em sistemas aquticos, nos quais a qualidade da gua reduziu as populaes nativas de peixes - podem ser utilizados peixes importados de outros pases, peixes produzidos em unidades de piscicultura ou, como o caso da grande maioria dos peixamentos no Brasil, de peixes capturados em algum ambiente natural e liberados em outro. Recentemente comearam a ser utilizados peixes hbridos, como os "paquis", obtidos por cruzamentos entre pacu e tambaqui; tambm hbrida a espcie conhecida como surubim ou pintado, piscvoro de grande porte. Em alguns julgamentos de crimes ambientais, as sentenas, de modo geral, condenam empresas culpadas pela

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    reduo da qualidade de cursos d'gua a realizarem peixamentos. Em geral, os peixamentos tendem a ser repetidos muitas vezes numa mesma rea. A respeito da realizao de peixamentos pelas empresas infratoras, pode-se considerar que essa penalidade a) no leva mais em conta os efeitos da poluio industrial, mas sim as suas causas. b) faz a devida diferenciao entre quantidade de peixes e qualidade ambiental. c) indutora de ao que reverte uma das causas bsicas da poluio. d) confunde quantidade de peixes com boa qualidade ambiental dos cursos d'gua. e) obriga o poluidor a pagar pelos prejuzos ambientais que causa e a deixar de poluir. TEXTO PARA AS PRXIMAS 2 QUESTES: A corvina um peixe carnvoro que se alimenta de crustceos, moluscos e pequenos peixes que vivem no fundo do mar. bastante utilizada na alimentao humana, sendo encontrada em toda a costa brasileira, embora seja mais abundante no sul do Pas. A concentrao mdia anual de mercrio no tecido muscular de corvinas capturadas em quatro reas, bem como as caractersticas destas reas esto descritas adiante: Baa de Guanabara (RJ) - 193,6 rea de intensa atividade porturia, que recebe esgotos domsticos no tratados e rejeitos industriais de cerca de 6.000 fontes. Baa de Ilha Grande (RJ) - 153,8 Recebe rejeitos de parque industrial ainda em fase de crescimento e uma das principais fontes de pescado do estado. Baa de Sepetiba (RJ) - 124,0 rea sujeita a eficientes efeitos de mar e com baixa atividade pesqueira, sem fontes industriais de contaminao por mercrio. Lagoa da Conceio (SC) - 90,6* Importante fonte de pescado no litoral catarinense, na qual praticamente inexiste contaminao industrial por mercrio.

    *Concentrao natural de mercrio, caracterstica de local no contaminado. (KEHRIG. H. A. & MALM, O. Mercrio: uma avaliao na costa brasileira. Cincia Hoje, outubro, 1997.)

    75. (Enem 2002) Comparando as caractersticas das quatro reas de coleta s respectivas concentraes mdias anuais de mercrio nas corvinas capturadas, pode-se considerar que, primeira vista, os resultados a) correspondem ao esperado, uma vez que o nvel de contaminao proporcional ao aumento da atividade

    industrial e do volume de esgotos domsticos. b) no correspondem ao esperado, especialmente no ca