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10 1. INTRODUÇÃO A gravidez é um momento de importante reestruturação na vida da mulher e nos papéis que ela exerce. Representa um período de intensas modificações físicas e psicológicas, transformando a vida social, familiar e profissional (BRANDÃO; GASPARETTO; PIVETTA, 2008). Durante a gestação há uma sequência de mudanças. O útero está em constante crescimento, formando um abdômen cada vez mais globoso. Há o deslocamento do centro de gravidade para frente devido ao crescimento uterino, aumento da base de sustentação para melhorar a estabilidade e o equilíbrio, além da liberação de hormônios, como estrógeno e relaxina, que ocasionam um crescente afrouxamento dos ligamentos. Todas essas modificações causam lordose lombar exagerada com anteversão pélvica, ocasionando sobrecarga dos músculos lombares e posteriores da coxa, podendo gerar um processo doloroso (NOVAES; SHIMO; LOPES, 2006). Dentre as queixas mais frequentes e comuns na gestação está a lombalgia, que pode ser conceituada como um sintoma que afeta a área entre a parte mais baixa do dorso e a prega glútea, a região lombar, podendo ou não irradiar-se para os membros inferiores. É geralmente caracterizada como desconforto axial ou para-sagital na região lombar e de caráter músculo-esquelético. Isto pode ser devido a uma combinação de fatores mecânicos, hormonais, circulatórios, e psicossocial. Suas características clínicas seriam: dor de caráter constante, pouca dificuldade durante a marcha e em postura estática, redução da amplitude de movimento da coluna lombar, dor a palpação da musculatura paravertebral e teste para provocação da dor pélvica posterior negativo (PITANGUI; FERREIRA, 2008; SABINO; GRAUER, 2008). Estes sintomas, com intensidade e duração variáveis, geralmente aumentam com o decorrer da gravidez, ocasionando diversas interferências nas atividades de vida diária da gestante, tais como carregar objetos, limpar a casa, sentar e caminhar, além de também poder acarretar absenteísmo, distúrbios de sono, incapacidade motora e depressão, impedindo a gestante de levar sua vida normalmente (NOVAES; SHIMO; LOPES, 2006; PENNICK; YOUNG, 2008; SABINO; GRAUER, 2008;).

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1. INTRODUÇÃO

A gravidez é um momento de importante reestruturação na vida da mulher

e nos papéis que ela exerce. Representa um período de intensas modificações

físicas e psicológicas, transformando a vida social, familiar e profissional

(BRANDÃO; GASPARETTO; PIVETTA, 2008).

Durante a gestação há uma sequência de mudanças. O útero está em

constante crescimento, formando um abdômen cada vez mais globoso. Há o

deslocamento do centro de gravidade para frente devido ao crescimento uterino,

aumento da base de sustentação para melhorar a estabilidade e o equilíbrio, além

da liberação de hormônios, como estrógeno e relaxina, que ocasionam um

crescente afrouxamento dos ligamentos. Todas essas modificações causam

lordose lombar exagerada com anteversão pélvica, ocasionando sobrecarga dos

músculos lombares e posteriores da coxa, podendo gerar um processo doloroso

(NOVAES; SHIMO; LOPES, 2006).

Dentre as queixas mais frequentes e comuns na gestação está a lombalgia,

que pode ser conceituada como um sintoma que afeta a área entre a parte mais

baixa do dorso e a prega glútea, a região lombar, podendo ou não irradiar-se para

os membros inferiores. É geralmente caracterizada como desconforto axial ou

para-sagital na região lombar e de caráter músculo-esquelético. Isto pode ser

devido a uma combinação de fatores mecânicos, hormonais, circulatórios, e

psicossocial. Suas características clínicas seriam: dor de caráter constante, pouca

dificuldade durante a marcha e em postura estática, redução da amplitude de

movimento da coluna lombar, dor a palpação da musculatura paravertebral e teste

para provocação da dor pélvica posterior negativo (PITANGUI; FERREIRA, 2008;

SABINO; GRAUER, 2008).

Estes sintomas, com intensidade e duração variáveis, geralmente

aumentam com o decorrer da gravidez, ocasionando diversas interferências nas

atividades de vida diária da gestante, tais como carregar objetos, limpar a casa,

sentar e caminhar, além de também poder acarretar absenteísmo, distúrbios de

sono, incapacidade motora e depressão, impedindo a gestante de levar sua vida

normalmente (NOVAES; SHIMO; LOPES, 2006; PENNICK; YOUNG, 2008;

SABINO; GRAUER, 2008;).

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Portanto, há necessidade de um trabalho de prevenção que auxilia na

diminuição da probabilidade de mulheres com esse desconforto. Hábitos

saudáveis na vida diária, antes e durante a gestação, causam grande bem-estar,

e contribuem para diminuir a possibilidade de lombalgia na gravidez, desta forma,

o ideal seria manter bons hábitos alimentares e posturais, adequar o ambiente de

trabalho com orientação ergonômica, dormir pelo menos 8 horas por dia em

posição e colchão confortável, não ingerir bebidas alcoólicas nem fumar, e

principalmente, praticar exercícios regularmente, garantindo desta forma uma vida

mais saudável e sem dor (NOVAES; SHIMO; LOPES, 2006; DOMINGUES;

BARROS, 2007).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005), em seu

documento que procede a análise da Estratégia Global para Alimentação,

Atividade Física e Saúde (EG/OMS), há recomendação de que os indivíduos

adotem níveis adequados de atividade física durante toda a vida. Diferentes tipos

e quantidades de atividade física são necessários para obter diferentes resultados

na saúde.

Além de atuar na prevenção e no controle de diversas doenças, a prática

da atividade física melhora a qualidade de vida, inclusive para grupos especiais,

dentro dos quais se incluem as gestantes. Até pouco tempo, as recomendações

limitavam a prática de atividade física para este grupo ou até mesmo as contra-

indiciavam para não arriscar suas vidas nem a de seus bebês. As mulheres eram

orientadas a reduzir suas atividades e até mesmo interromper seu trabalho,

especialmente no final da gestação. A questão é que este declínio na prática de

atividade física pode ser um fator de risco a longo prazo para obesidade,

diabetes, doenças cardiovasculares, entre outros (DOMINGUES; BARROS, 2007;

PEREIRA et al., 2007; SCHLÜSSEL et al., 2008; TAVARES et al., 2009ª;

2009b).

Entretanto, esta concepção de inatividade mudou. Hoje já existe consenso

sobre a importância da atividade física durante a gestação e especialistas relatam

efeitos positivos para a prática da atividade física regular (DOMINGUES;

BARROS, 2007; SCHLÜSSEL et al., 2008; TAVARES et al., 2009a).

Na gestação, a atividade física é recomendada na total ausência de

qualquer anormalidade, mediante avaliação médica especializada. As contra

indicações absolutas são o sangramento uterino de qualquer causa, a

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placentação baixa, o trabalho de parto prematuro, o retardo de crescimento

intrauterino, os sinais de insuficiência placentária, a rotura prematura de

membranas e a incompetência istmocervical. Durante uma gestação normal,

quem já praticava exercícios pode continuar a fazê-lo, adequando a prescrição à

gestação (LEITÃO et al., 2000).

Tendo em vista esta prevenção da lombalgia durante a gravidez, fazem-se

necessárias medidas profiláticas prévias à gestação. Além da prática de

condicionamento físico regular, exercícios de percepção corpórea para que a

mulher aprenda a conhecer seu próprio corpo e suas limitações, técnicas de

relaxamento e orientação postural em atividades diárias são importantes.

Também é indispensável a conscientização dos profissionais da área da saúde

em relação às mulheres em fase reprodutiva que apresentem dor lombar, já que

estas terão maiores chances de desenvolvê-la durante a gestação, fato este que

torna imprescindível o tratamento adequado deste sintoma. Durante a gestação,

as medidas preventivas devem ser realizadas o mais precocemente possível, com

orientações ergonômicas, posturais, exercícios de fortalecimento muscular e

alongamento (PITANGUI; FERREIRA, 2008).

Sendo assim, uma técnica que vem ganhando espaço e repercussão, e

que trabalha todos os pontos acima citados é o Pilates. Técnica de baixo impacto,

cujo trabalho envolve corpo e mente, com grande enfoque na musculatura do

tronco, que permite proteger as estruturas da coluna vertebral e articulações

sacroilíacas. Pode ser vista como uma técnica completa, pois há associado

trabalho respiratório, de consciência corporal, de flexibilidade e força, de

concentração e precisão na realização dos exercícios.

O objetivo deste trabalho é de realizar uma revisão na literatura científica

para verificar como a atividade física através do método Pilates pode ajudar a

diminuir os efeitos decorrentes das modificações fisiológicas que ocorrem durante

a gestação, principalmente no quadro de lombalgia tão relatado pelas gestantes.

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2. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão de literatura científica, dos aspectos da atividade

física por meio do método Pilates na gestação. A pesquisa foi realizada por meio

de artigos publicados período de 2005-2009, com os idiomas em português,

espanhol e inglês. Tendo as bases de dados para a revisão bibliográfica:

Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Regional de Medicina

(BIREME), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

(LILACS). As palavras-chaves, sendo algumas descritas de acordo com os

Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), foram: Pilates, lombalgia (low back

pain, dolor de la región lumbar), gestantes (pregnant women, mujeres

embarazadas), gestação/gravidez (pregnancy, embarazo), fisioterapia

(physiotherapy, physical therapy, terapia física), exercícios na gestação

(pregnancy’s exercises, ejercicios durante el embarazo), atividade física na

gestação (physical activity in pregnancy, physical exercise in pregnancy).

Todo material obtido foi submetido à leitura cuidadosa e a análise

apresentada de forma descritiva.

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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Alterações Biomecânicas na Gestação

As principais alterações biomecânicas que ocorrem durante a gestação

são: crescente crescimento uterino, deslocamento anterior do centro da

gravidade, aumento da base de sustentação, afrouxamento dos ligamentos,

aumento das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, sobrecarga da

musculatura dos músculos lombares e posterior da coxa, fraqueza dos músculos

abdominais e glúteos, abertura e elevação de costelas e aumento da pressão na

musculatura perineal, resultando em má postura e aumentando a força de

cisalhamento na região lombar (BALOGH, 2005; NOVAES; SHIMO; LOPES,

2006).

A necessidade de adaptar a postura na gravidez para compensar a

mudança de seu centro de gravidade é feita de maneira individual e dependerá de

muitos fatores, por exemplo, força muscular, extensão da articulação, fadiga e

modelos de posição. Apesar de ser individual para cada mulher, a maioria tem as

curvas lombares e torácicas aumentadas (NOVAES; SHIMO; LOPES, 2006).

Frente a estas modificações fisiológicas da gestação, praticamente todas

as mulheres grávidas experimentam algum desconforto musculoesquelético neste

período. Na literatura há relatos estimando que cerca de 25% delas apresentem

ao menos sintomas temporários (BORG-STEIN; DUGAN; GRUBER, 2005).

A lombalgia durante a gravidez é geralmente atribuída às modificações

biomecânicas do período gestacional, claramente evidenciada pelo ganho

ponderal e deslocamento anterior do centro de gravidade, aumentando a

sobrecarga na região lombar. Além disso, a musculatura abdominal sofre um

estiramento para tentar acomodar a expansão uterina, com isso, perde a

capacidade de exercer corretamente sua função de estabilizar a lombar,

causando maior estresse na região (SABINO: GRAUNER, 2008).

Essas dores aumentam principalmente se a mulher apresentava esta

queixa antes de engravidar. Caso ela tenha apresentado a lombalgia durante a

primeira gestação, nas próximas gestações haverá maior chance de desenvolver

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o mesmo quadro álgico. Esse sintoma pode perdurar no período puerperal e

continuar interferindo com sua rotina diária e, consequentemente, em sua

qualidade de vida (MARTINS; PINTO e SILVA, 2005; SABINO; GRAUER, 2008;

PITANGUI; FERREIRA, 2008).

Na tentativa de diminuir este desconforto, a literatura descreve que a

prática de alguma atividade física atenua a dor lombar durante a gestação. Foi

comprovado que o estilo de vida sedentário aumenta o risco de lombalgia quando

comparado com pacientes que engajaram em um estilo de vida mais ativo, hoje a

prática da atividade física durante o período gestacional vem sendo foco de

debates na comunidade científica (SABINO; GRAUER, 2008; TAVARES et al.,

2009b).

Novaes, Shimo e Lopes (2006) evidenciaram a grande importância da

aquisição de novos hábitos posturais, a realização de exercícios terapêuticos e

técnicas de relaxamento para proporcionar melhor preservação da musculatura.

A atividade física pode ser definida como um movimento corporal qualquer,

produzido pelo sistema esquelético e que resulte em gasto energético maior que

os níveis de repouso. Conceitualmente, diferencia-se do exercício físico cuja

característica é tida como uma atividade física planejada, estruturada e realizada

de forma sistemática com o objetivo de melhorar ou manter a aptidão e o

desempenho físico. O exercício físico é uma categoria da atividade física

(TAVARES et al., 2009ª; 2009b; OMS, 2005). Sendo assim, embora todo

exercício físico seja uma atividade física, nem toda atividade física é um exercício.

A definição de atividade física engloba uma série de aspectos incluindo

todas as atividades voluntárias, como o tempo de descanso, atividades

domésticas, ocupacionais, entre outras. Quando se encoraja a gestante a praticar

uma atividade física, é necessário que se mencione a frequência, intensidade e

duração (SCHLÜSSEL et al., 2008).

Lima e Oliveira (2005) recomendam que as gestantes tenham

precauções durante a realização das atividades e que algumas sejam evitadas,

como por exemplo, o mergulho e outras que envolvam riscos de quedas e

desequilíbrios.

Domingues e Barros (2007) relatam não existir evidências de danos nem

para mãe nem para a criança nos casos de mães sedentárias que queiram iniciar

uma atividade durante a gestação. Porém, a atividade deve ser prescrita

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considerando as particularidades da gestante e seu nível de prática, as mulheres

que não apresentam contraindicações devem ser incentivadas a realizar

atividades aeróbias, de resistência muscular e alongamento.

Sabe-se que as gestantes envolvidas em um programa de exercícios que

envolvem flexibilidade e resistência muscular, particularmente força abdominal,

revelam diminuição nas alterações posturais e na severidade da dor no grupo que

praticava exercícios. O fato é que durante a gestação, a musculatura abdominal

sofre estiramento para acomodar a expansão uterina e perde a habilidade de

desempenhar a função de manutenção da postura, o que gera sobrecarga da

região lombar. Assim, o trabalho focado no reforço da musculatura abdominal faz

com que haja menos estresse sobre a região lombar. No entanto, pacientes que

tem alguma ocupação muito ativa ou que exigidos por uma intensa demanda

física, também tem alto risco de desenvolver dor durante a gestação, sugerindo

que atividades extremas não são provavelmente ideais (SABINO; GRAUER,

2008).

3.2 Os benefícios do Pilates no período gestacional

Cada vez mais, a população vem buscando diferentes formas para

melhorar a qualidade de vida. Cada indivíduo apresenta suas preferências e

procura atividades que trabalhem o corpo de uma forma global e interessante.

Nota-se um grande aumento no número de técnicas disponíveis para esses

objetivos e entre elas está a moderna e discutida técnica Pilates (SACCO et al.,

2005).

Joseph Hubertus Pilates (1880 – 1967) nasceu em

Mönchengladbach, que fica próximo a Düsseldorf, na Alemanha. Quando criança,

era doente, sofria de raquitismo, febre reumática e asma, já na sua adolescência

ele visava superar as suas limitações físicas e autodidaticamente começou a

estudar anatomia, fisiologia humana e fundamentos de medicina oriental,

estudando diferentes formas de movimento durante toda a sua vida. O Pilates é

um método de condicionamento físico e mental que desenvolve força, flexibilidade

e resistência. Através de uma multiplicidade de exercícios executados em

aparelhos diferenciados, o método prioriza o fortalecimento da musculatura

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abdominal e alongamento da parte posterior do corpo proporcionando um bom

equilíbrio, alinhamento e postura corporal. O pilates alivia a maior parte das dores

nas costas, corrigindo a coordenação, e a postura e também melhora a

flexibilidade muscular e a mobilidade das articulações (GALLAGHER;

KRYZANOWSKA, 2000).

Pilates é uma forma de exercício que se trabalha o conjunto mente-

corpo tendo como foco o controle do movimento, postura e respiração. Durante a

última década, a popularidade dos exercícios cresceu, e o Pilates agora é usado

no campo da reabilitação e fitness. O objetivo é aumentar a força e endurance

muscular, bem como a flexibilidade e melhorar a postura e equilíbrio,

preocupando-se em manter as curvaturas fisiológicas da coluna. O trabalho

mental no Pilates é evidenciado na respiração, que deve ser do tipo torácica

lateral, e na concentração durante a execução dos exercícios (BALOGH, 2005;

BERTOLLA et al., 2007; SOROSKY; STILP; AKUTHOTA, 2008; SILVA;

MANNRICH, 2009).

Visando o movimento consciente sem fadiga e dor, o método é baseado

em seis princípios: concentração, respiração, “centramento” (power house),

controle, precisão e fluidez de movimento (SACCO et al., 2005; BERTOLLA et al.,

2007).

A técnica que enfoca o power house, o centro, inclui o abdominal, o glúteo

e a musculatura paraespinhal em particular, responsáveis pela estabilização

estática e dinâmica do corpo. São realizados exercícios de baixo impacto

contracional, onde o power house é trabalhado constantemente em todos os

exercícios da técnica, realizados com poucas repetições (JAGO et al., 2006;

SOROSKY; STILP; AKUTHOTA, 2008; SILVA; MANNRICH, 2009).

Os músculos abdominais são muito importantes, pois em coordenação com

os músculos dorsais, eles são o suporte contra a ação da gravidade e

manutenção para uma postura alinhada (SACCO et al., 2005).

O método Pilates apresenta muitas vantagens sendo apontado na literatura

como uma técnica capaz de estimular a circulação, melhorar o condicionamento

físico, a flexibilidade, a amplitude muscular e o alinhamento postural. Pode

também melhorar os níveis de consciência corporal e a coordenação motora. Tais

benefícios ajudariam a prevenir lesões e proporcionar alívio de dores crônicas

(SACCO et al., 2005).

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Como outras técnicas, este método apresenta muitas variações de

exercícios, o que proporciona um trabalho mais individualizado, respeitando os

limites de cada pessoa. Assim, maior que as contra-indicações estão os cuidados

que devem ser tomados. Respeitando sempre os princípios do método Pilates, o

paciente é capaz de realizar os exercícios a ele desenhados, com suas

respectivas modificações, em seu próprio ritmo e com progressão proporcional ao

desempenho apresentado (SILVA; MANNRICH, 2009).

As indicações são muitas e variadas, podendo ser aplicada em populações

que vão desde indivíduos que buscam alguma atividade física, ou por aqueles

que apresentam alguma condição especial onde a reabilitação é necessária, na

qual se pode incluir as gestantes (SACCO et al., 2005; SILVA; MANNRICH,

2009).

Exercícios realizados durante a gestação oferecem muitos benefícios

físicos e emocionais, e por causa do caráter leve e suave dos exercícios do

Pilates, é que cada vez mais mulheres estão procurando esta técnica durante e

após a gravidez. Particularmente, muitos dos exercícios podem ser realizados em

decúbito lateral ou até mesmo sentado, sendo seguros durante o segundo e

terceiro trimestre de gestação quando a posição supina é contra-indiciada

(BALOGH, 2005).

No método, a prática física é aliada ao relaxamento mental, onde as

gestantes tomam maior consciência corporal e se sentem mais preparadas e

confiantes em si mesmas. Elas reorganizam o seu centro de força, como o

abdômen, quadril e lombar, através de uma prática variada com poucas

repetições, concentração, precisão de movimentos e fluidez (SACCO et al., 2005;

BERTOLLA et al., 2007; SOROSKY; STILP; AKUTHOTA, 2008; SILVA;

MANNRICH, 2009).

Nota-se melhora na postura e nas compensações típicas do período

gravídico, com diminuição das dores lombares. Além disso, há o alongamento e

relaxamento muscular, fortalecimento dos músculos do períneo preparando para

o parto e pós-parto, estimulação da circulação e melhora da respiração, bem

como um aumento da sensação de bem-estar levando à melhora da autoestima.

Para a prática segura, as orientações às gestantes devem ser voltadas para o

alinhamento corporal e descarga de peso, a fim de evitar sobrecarga em algumas

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articulações, principalmente na região lombar, o que gera inflamação e dor

(BALOGH, 2005).

Correlacionando a tão reportada lombalgia durante o período gestacional

ao método Pilates, percebe-se que este vem ganhando espaço no tratamento

desse quadro álgico, tão mencionado a cada dia devido sua crescente incidência,

cuja influência vai desde as atividades profissionais até as de lazer (SILVA;

MANNRICH, 2009).

Rydeard, Leger e Smith (2006) comprovaram que o método Pilates foi

eficaz para reduzir a lombalgia em indivíduos que participaram de quatro

semanas de treinamento e foram seguidos três, seis e doze meses após seu

término.

Como tentativa de se trabalhar os músculos envolvidos nos movimentos de

forma mais consciente, as mulheres grávidas procuram o método Pilates devido à

leveza dos movimentos, e através dele obtêm relaxamento e aumento na abertura

da caixa torácica, devido à respiração. Além disso, por trabalhar a musculatura

abdominal e do assoalho pélvico, há prevenção da diástase abdominal e da

incontinência urinária. Chama a atenção para que as mães sejam encorajadas e

incentivadas a incorporar os exercícios em suas atividades funcionais (BALOGH,

2005).

Dentre os exercícios do método, o Hundred é indicado para a diminuição

de dores lombares e a melhora da mecânica respiratória. Os músculos

abdominais são fundamentais para que haja uma ação funcional do músculo

diafragma. Eles revestem as paredes laterais, anterior e posterior do abdômen, e

também servem de apoio para o músculo diafragma. Assim, os músculos

abdominais evitam que as vísceras se desloquem para frente e para baixo,

formando um apoio para o centro frênico e permitindo que o diafragma eleve as

costelas inferiores na inspiração. Além disso, na expiração ativa, são

responsáveis pelo rebaixamento da caixa torácica e, com a contenção das

vísceras, pelo relaxamento forçado do diafragma (SACCO et al., 2005).

Não há muito que possa ser feito frente às inevitáveis mudanças da

gravidez, pois elas são fisiológicas e hormonais. Entretanto, ao se reforçar o

centro da força, o power house, estabilizando a musculatura da coluna e pelve, e

melhorando o controle respiratório, pode-se esperar uma melhora postural e uma

diminuição da lombalgia já que os músculos abdominais nas gestantes estão

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sujeitos a uma sobrecarga de forças em todas as direções e que um fraco

trabalho da musculatura abdominal reduz a estabilidade da coluna lombar e área

pélvica (BALOGH, 2005; SABINO; GRAUER, 2008).

E o foco do método Pilates é exatamente nesse engajamento do centro, na

musculatura abdominal, paraespinhal e glútea, associado ao controle da

respiração. Na evolução do trabalho, a gestante mais consciente com seu corpo e

com os princípios do método, pode desafiar ainda mais seu centro de gravidade.

Uma melhor consciência corporal se traduz no aumento do grau de dificuldade

dos exercícios, associando a estes, movimentos com braços, pernas e

acessórios, como bolas e rolos (BALOGH, 2005).

Em fato, a prática de uma atividade física de grau leve e moderado durante

uma gestação sem complicações provê vários benefícios. Os objetivos desta para

as gestantes são a manutenção da aptidão física e da saúde, a diminuição de

sintomas gravídicos, o melhor controle ponderal, a diminuição da tensão no parto,

e uma recuperação no pós-parto imediato mais rápida (LEITÃO et al., 2000;

TAVARES et al., 2009b).

Adicionalmente, há melhora na redistribuição circulatória, o aumento da

concentração sanguínea do útero e placenta para as extremidades. Este processo

ajuda a reduzir e prevenir a dor lombar, reduzir o estresse cardiovascular, diminuir

a retenção hídrica, aumentar a capacidade de oxigenação, diminuir a pressão

sanguínea, reduzir o risco de diabetes gestacional, auxiliar no retorno venoso

prevenindo o aparecimento de varizes de membros inferiores. Além disso,

também inclui benefícios sobre o quadro emocional, ao passo que a atividade

física ajuda a mulher a se sentir mais autoconfiante e satisfeita com sua

aparência, aumentando sua autoestima, e reduzindo assim o risco de depressão

pós-parto (LEITÃO et al., 2000; SCHLÜSSEL et al., 2008).

Garshasbi e Zadeh (2005) mostram claramente a melhora da dor na região

lombar e mesmo a prevenção desta, antes e durante a gestação, na manutenção

de uma atividade física regular. Evidenciaram que um programa de exercícios

executado três vezes por semana durante a segunda metade da gravidez

colabora na redução da intensidade das dores lombares, aumentando também a

flexibilidade da coluna.

Na revisão de Pennick e Young (2008) o objetivo foi avaliar os efeitos das

intervenções para a prevenção e tratamento da dor lombar e pélvica durante a

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gestação. Viu-se que as mulheres que participaram de programas de exercícios,

que incluíam a fisioterapia, ou a ginástica aquática ou a acupuntura, informaram

maior alívio de dor lombar, quando comparadas com as mulheres que não

participaram de nenhum programa específico.

Martins e Pinto e Silva (2005) mostraram que exercícios de alongamento

através do método Stretching global ativo (SGA), orientados por fisioterapeutas,

foram efetivos para a diminuição da dor lombar e pélvica posterior e que o grupo

que somente seguiu as orientações médicas não apresentou efetiva melhora do

quadro álgico. Verificou-se que um terço dos obstetras não recomendaram

nenhuma orientação para o alívio das algias lombar e/ou pélvica posterior.

Conduta esta que precisa ser repensada entre os profissionais da área, já que a

prevalência destes sintomas no período gestacional é alta e pode durar até seis

anos após o parto.

Desta forma é possível notar que inúmeros são os benefícios, e que as

gestantes devem sim praticar uma atividade física regular de intensidade

moderada, melhorando não só o quadro álgico da lombalgia como também

proporcionando mais disposição na execução de suas atividades diárias

(NOVAES; SHIMO; LOPES, 2006; DOMINGUES; BARROS, 2007).

3.3 NASF

Visando apoiar a inserção da Estratégia Saúde da Família na rede de

serviços e ampliar a abrangência das ações da Atenção Básica bem como sua

resolutividade, além dos processos de territorialização e regionalização, o

Ministério da Saúde criou com a Portaria GM nº 154 de 24 de Janeiro de 2008, o

Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que deve ser constituído por

equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, para

atuarem em conjunto com os profissionais das Equipes Saúde da Família (ESF),

compartilhando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das

ESF no qual o NASF está cadastrado. O NASF está dividido em nove áreas

estratégicas sendo elas: atividade física/práticas corporais; práticas integrativas e

complementares; reabilitação; alimentação e nutrição; saúde mental; serviço

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social; saúde da criança/ do adolescente e do jovem; saúde da mulher e

assistência farmacêutica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).

As equipes criarão espaços de discussões para gestão do cuidado,

como, por exemplo, reuniões e atendimentos conjuntos constituindo processo de

aprendizado coletivo. Desta maneira, o NASF não se constitui porta de entrada do

sistema para os usuários, mas apoio às equipes de saúde da família e tem como

eixos a responsabilização, gestão compartilhada e apoio à coordenação do

cuidado, que se pretende, pela saúde da família (CONASEMS, 2008).

De acordo com o Ministério da Saúde (2011), são consideradas

prioridades do NASF:

atendimento compartilhado para uma intervenção interdisciplinar, com

troca de saberes, capacitação e responsabilidades mútuas, gerando experiência

para ambos os profissionais envolvidos. Com ênfase em estudo e discussão de

casos e situações, realização de projeto terapêutico, orientações, bem como

atendimento conjunto; (criando espaços de reuniões, atendimento, apoio por

telefone, e-mail);

intervenções específicas do NASF com usuários e famílias

encaminhados pela equipe de SF, com discussões e negociação a priori entre os

profissionais responsáveis pelo caso, de forma que o atendimento individualizado

pelo NASF se dê apenas em situações extremamente necessária; e,

ações comuns nos territórios de sua responsabilidade, desenvolvidas

de forma articulada com as equipes de SF e outros setores. Como por exemplo o

desenvolvimento do projeto de saúde no território, planejamentos, apoio aos

grupos, trabalhos educativos, de inclusão social, enfrentamento da violência,

ações junto aos equipamentos públicos (escolas, creches, igrejas, pastorais, entre

outros).

Dentro de tal perspectiva, implantar NASF implica, portanto, na necessidade de

estabelecer espaços rotineiros de reunião de planejamentos, o que incluiria

discussão de casos, estabelecimentos de contratos, definição de objetivos,

critérios de prioridade, critérios de encaminhamento ou compartilhamento de

casos, critérios de avaliação, resolução de conflitos, entre outros. Tudo isso não

acontece automaticamente, tornando-se assim necessário que os profissionais

assumam sua responsabilidade na co-gestão e os gestores coordenem estes

processos, em constante construção.

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3.4 O Fisioterapeuta no NASF

O fisioterapeuta vem adquirindo crescente importância nos serviços de

Atenção Básica à Saúde. A inserção desse profissional no serviço torna-se viável

com a criação do NASF, entretanto, com a Portaria GM nº 154 de 24 de Janeiro

de 2008 deixa a critério do gestor a inclusão ou não desse especialista. É

necessário um estudo do perfil de cada município, é preciso a organização das

práticas profissionais em todas as ações de sua responsabilidade para

assistência às ESF.

O profissional fisioterapeuta habilitado a atuar na promoção e proteção

da saúde, prevenindo e reabilitando em níveis individual e coletivo, é de suma

importância. Associado ao PSF, suas práticas se traduzem em um novo modelo

de atenção que abrange e privilegia toda a comunidade, ganhando resolutividade

e efetividade, valorizando a profissão por todos que são assistidos e os assistem.

Tornando os profissionais agentes ativos transformadores do processo saúde-

doença da população, o que implica em uma melhoria da qualidade de vida de

todos. Afinal, são profissionais que buscam a integralidade para além do corpo

físico.

Com a inclusão do fisioterapeuta no NASF, ele adquire um potencial para

construir grupos de gestantes e, em parceria com outros profissionais da área da

saúde, contribuir para um pré natal, parto e pós parto de qualidade, respeitando a

integralidade da mulher em um período de tantas transformações.

O pilates pode ser feito tanto em uma sala mais ampla dentro da UBS, quanto

em um salão da associação de moradores ou da igreja do bairro, de uma a duas

vezes na semana, tanto no período da manhã ou tarde, o que for mais viável em

cada UBS. O fisioterapeuta vai necessitar de colchonetes e bolas suíças, para um

melhor atendimento, com mais atenção e cuidados com as gestantes os grupos não

devem ser numerosos, com o máximo de oito a dez gestantes por grupos.

São vários os benefícios que o método pilates traz para as gestantes, ele

trabalha o aumento da força, flexibilidade, resistência, alongamento, alinhamento,

postura corporal e respiração. Com isso diminui as dores na região lombar, melhora

a circulação, diminui a pressão sanguínea e o risco de diabetes gestacional, auxilia

no retorno venoso, prevenindo o aparecimento de varizes, fortalece os músculos do

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períneo e abdômen preparando para o parto e pós parto, previne a diástase

abdominal e melhora a autoestima da mulher, reduzindo o risco de depressão pós

parto.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A preparação de atividade na gestação deve ser planejada de maneira

especial para cada gestante, respeitando a individualidade e sem levar à exaustão.

Deve ser o considerado o nível de atividade física que a gestante possuía antes da

gravidez, o tempo de gestação, o tipo de exercício e a sua intensidade.

Tendo monitoramento constante durante toda a prática e acompanhamento

por profissionais especializados e habilitados. As melhorias relatadas pela literatura

sobre a prática de uma atividade física regular, com intensidade moderada são

inúmeras. Incluem redução nos níveis de ansiedade e estresse, diminuição dos

transtornos ocasionados pelas alterações gravídicas, principalmente a lombalgia,

proporcionando assim maior disposição para as atividades do dia a dia da gestante.

O método Pilates vem crescendo dentre a população das gestantes, e pode

ser uma forma de terapia muito agradável e eficaz. Com seus seis principais

princípios, a técnica visa o alcance do movimento eficiente, retorno para movimentos

funcionais e melhora da performance, que durante a gestação promove uma vida

mais saudável, tanto para a mãe quanto para o bebê.

O método Pilates pode ser útil também nas mudanças psicológicas e sociais

enfrentadas pela gestante. Ela vivencia intensos e confusos sentimentos em relação

ao tornar-se mãe. Frente a isto, pode ser realizado um trabalho em grupo onde o

apoio do coletivo terá papel fundamental. A mulher, sentindo o apoio do grupo,

poderá se sentir mais confortável e segura no processo da sua gestação.

Assim, a prática de exercícios por meio do método Pilates possibilita a

mulher manter-se saudável durante a gestação, preparando-a tanto física como

emocionalmente para o parto e pós-parto, podendo assim ajudar a evitar aumento

dos custos com os serviços públicos de saúde.

O profissional fisioterapeuta habilitado a atuar na promoção e proteção da

saúde, prevenindo e reabilitando em níveis individual e coletivo, é de suma

importância. Associado ao PSF, suas práticas se traduzem em um novo modelo de

atenção que abrange e privilegia toda a comunidade, ganhando resolutividade e

efetividade, valorizando a profissão por todos que são assistidos e os assistem.

26

É importante salientar que para o desenvolvimento deste estudo, verificou-se

a escassez de material relacionados com a inserção do fisioterapeuta no NASF,

ressaltando a necessidade de novos estudos sobre o tema, a relevância de um

projeto de educação permanente em saúde para todos os profissionais,

potencializando o trabalho em equipe e o cuidado ao usuário.

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