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16 de setembro de 2008 - Terça-feira Pôsteres - Enfermagem J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3) 243 XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia PO111 ESTRATÉGIA DE ENSINO E APRENDIZADO PARA AUTO-MEDICAÇÃO NO PÓS-TRANSPLANTE RENAL. ANDRADE, AC(1); CRUZ, RFA(1); CUNHA, ER(1); DIAS, CLL(1); CUNHA, CP(1); LESSA, LMM(1); WAKIYAMA, TP(1); PEREIRA, AWS(1); UFMA(1); Objetivo: relatar a experiência do profissional de enfermagem através de uma estratégia de ensino e aprendizagem para auto-medicação do transplantado renal. Materiais e Métodos: No 3º dia pós- operatório (DPO) é fornecido um pictograma contendo toda as informações necessárias para que o paciente possa familiarizar-se com as medicações a serem tomadas e as respectivas doses e horários. A cada tomada de medicação o paciente é orientado a comparar a medicação oferecida com a apresentada no pictograma. Essa estratégia é realizada até a alta hospitalar. No 4º DPO são fornecidas as receitas dos imunossupressores e medicamentos básicos para que todos os medicamentos sejam providenciados pela família do paciente, que é orientada a apresentar a medicação completa para o enfermeiro realizar a conferência, evitando assim, que o paciente retorne ao domicílio com qualquer uma das medicações em falta. O paciente somente receberá alta após ser considerado apto pelo enfermeiro a realizar a auto-medicação em seu domicílio. A apresentação de todas as medicações pela família e o aprendizado do esquema terapêutico constituem pré-requisito para alta. Resultados: O pictograma facilita a compreensão do esquema terapêutico no pós- operatório dos transplantados renais e ainda dar uma maior segurança para as equipes médicas e de enfermagem, visto que, o paciente conta com uma simplificada forma de orientação para auto-medicação, levando assim, melhor adesão ao esquema terapêutico. Conclusão: A complexidade dos regimes terapêuticos pós- transplante com múltiplas medicações distribuídas em várias tomadas durante o dia torna a adesão terapêutica medicamentosa um grande desafio para os transplantados renais. O enfermeiro atua diretamente com o paciente desenvolvendo atividades assistenciais durante todo o pós- operatório, visando facilitar a adesão aos medicamentos, e evitando rejeição do órgão e melhorando a sobrevida do enxerto a longo prazo. Este pictograma tem se mostrado uma estratégia facilitadora para compreensão dos transplantados renais a respeito do esquema terapêutico, desenvolvendo nestes pacientes autonomia para auto-medicação no seu domicílio. PO112 OTIMIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL EM NEFROLOGIA PEDIÁTRICA A PARTIR DO ACOLHIMENTO E DA TRIAGEM DE ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. SILVA, BC(1); TAPIA, CEV(1); BAMBIRRA, AVQ(1); CILLO, ACP(1); Pontifícia Universidade Católica (1); Objetivo: Relatar a experiência da introdução do acolhimento e da triagem de enfermagem no ambulatório de Nefrologia Pediátrica. Material e Métodos: O ambulatório de Nefrologia Pediátrica da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) assiste em média 160 clientes por mês. Em virtude da alta demanda de atendimento e da necessidade de se prestar um cuidado holístico e humanizado à criança, são desenvolvidos o acolhimento e a triagem de enfermagem, com as finalidades de otimizar a assistência ao usuário, facilitar a consulta médica posterior e proporcionar maior complexidade ao cuidado. Esta atividade é desenvolvida por uma enfermeira residente da mesma Instituição, que atua como agente facilitadora da comunicação e da assistência, promovendo a continuidade do programa de prestação de cuidados ao cliente. Para implementar tal atividade, foi confeccionado um instrumento único para o atendimento, o qual contempla as seguintes variáveis: data da consulta, idade, peso (kg), estatura (cm), índice de massa corporal (I.M.C.), pressão arterial sistólica e diastólica (mmHg) e teste do sulfossalicílico, finalizando com a assinatura do enfermeiro responsável pelo procedimento. Resultados: A implementação do acolhimento e da triagem de enfermagem consiste em uma melhor assistência ao cliente, pois permite uma melhor monitorização do usuário, diminui o tempo de espera das consultas, facilita e contribui para o trabalho em equipe junto aos médicos nefrologistas e, acima de tudo, reduz o estresse e a aflição das crianças e familiares. Conclusão: Conclui-se que o acolhimento e a triagem de enfermagem realizados no ambulatório de Nefrologia Pediátrica da PUCC proporcionam um melhor padrão de qualidade no atendimento à criança nefrológica, otimizando as atividades de âmbito ambulatorial e, acima de tudo, estabelecendo um vínculo importante entre o profissional enfermeiro com o binômio criança/família, a fim de humanizar o cuidado e garantir a participação ativa de todos neste processo de trabalho. AMBULATÓRIO DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA - TRIAGEM DE ENFERMAGEM DATA: ____/____/______ IDADE: ____ ano(s) ____ mês (es) ____ dia (s) PESO: __________ Kg ESTATURA: _________ cm I.M.C.: ________ PRESSÃO ARTERIAL: ____x____ mmHg TESTE DO SULFOSSALICÍLICO: ( ) Negativo ( ) + / 4+ ( ) ++ / 4+ ( ) +++ / 4+ ( ) ++++ / 4+ ENFERMEIRO (A) RESPONSÁVEL: COREN Nº: PO113 ACHADOS CLÍNICOS E HISTOLÓGICOS DE 2615 PACIENTES ENCAMINHADOS PARA O SETOR DE GLOMERULOPATIAS DA UNIFESP (1988-2007). LOPES, TR(1); PEREIRA, AR(1); PASSOS, MT(1); KIRSZTAJN, GM(1); UNIFESP(1); Objetivo: Fazer o levantamento de informações clínicas e histológicas de pacientes atendidos no Ambulatório de Nefrites de 1988 a 2007, com o fim de determinar os principais diagnósticos na avaliação inicial. Pacientes e métodos: Estudo retrospectivo de 2615 pacientes, encaminhados para este ambulatório, com história e/ou alterações laboratoriais sugestivas de acometimento glomerular. Resultados: Em 884 casos, os resultados de biópsia renal (bx) estavam disponíveis. Os demais diagnósticos foram baseados em informações clínico-laboratoriais: 166 síndrome nefrítica aguda, 234 proteinúria não-nefrótica + hematúria, 151 proteinúria isolada, 337 hematúria, 116 tinham alterações urinárias com alguns critérios para o diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico, 72 eram parentes de pacientes com glomerulopatias, 38 tinham IRC, 12 apresentavam rim único, e em 198 casos não se confirmou o diagnóstico de glomerulopatias. Vale ressaltar que ocorreram 143 abandonos após a 1ª consulta, 108 na 2ª consulta e 156 até o 3º retorno. Conclusão: Muitos pacientes avaliados não eram portadores de glomerulopatias, por encaminhamento indevido. Encontramos elevada taxa de abandono na fase inicial de investigação. Predominaram os seguintes diagnósticos à biópsia renal, em ordem decrescente: GESF, GNM, DLM, Nefrite Lúpica (e nesta a classe IV), GNMP e NIgA. Os diagnósticos mais freqüentes estão de acordo com relatos de outros serviços, com predomínio de GESF ou GNM entre as GN primárias e nefrite lúpica entre as secundárias. Na seqüência da investigação, muitos outros pacientes foram submetidos a biópsia renal (dados não relatados aqui). Tabela ACHADOS EM BIÓPSIAS RENAIS DE 884 PACIENTES HISTOLOGIA N Síndrome de Alport 04 Amiloidose 06 Glomerulonefrite Proliferativa Difusa (GNP) 64 Glomerulonefrite com crescentes 25 Doença de Lesões Mínimas (DLM) 72 Glomerulosclerose Segmentar e Focal (GESF) 169 DLM / GESF 24 Glomerulopatias Pós Transplante Renal 31 Glomerulonefrite Membranosa (GNM) 130 Glomerulonefrite Membranoproliferativa (GNMP I, II ou III) 69 Glomerulonefrite Proliferativa Mesangial (GNPM) 46 Nefrite Lúpica classe: II/III/IV/IV-V/V 07/07/50/06/14 Nefropatia por IgA (N. IgA) 58 Nefrite Tubulo- Intersticial (NTI) 12 outros 90 PO114 FATORES DE RISCO PARA DEISCÊNCIA DE FERIDA OPERATÓRIA EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS. MACHADO-PEREIRA, AF(1); PIVETA, VM; (1); CLESCA, P; (1); PARK, SI; (1); TEDESCO, HS(1); MEDINA-PESTANA, JO(1); Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP(1); Introdução: A magnitude e incidência de deiscência em ferida operatória têm despertado atenção de pesquisadores e profissionais preocupados com a qualidade da assistência, maior tempo de internação, infecção e aumento de custos. O tratamento de uma ferida depende dos fatores locais e sistêmicos relacionados. Objetivo: Identificar fatores de risco para deiscência de ferida operatória(DFO), com a finalidade de estabelecer medidas preventivas e curativas. Material e Método: Estudo epidemiológico prospectivo não intervencional com uma amostra de 480 pacientes transplantados renais doador vivo e falecido. Destes 56 (11,66%) apresentaram deiscência de ferida operatória. As variáveis coletadas foram demográficas, tipo de doador, tempo de cirurgia, tipo de anastomose ureteral, tempo de permanência da sonda vesical e Índice de Massa Corpórea(IMC). As possíveis variáveis de risco foram analisadas univariavelmente e multivariado posteriormente, utilizando o método de regressão logística. O nível de significância estatística foi p<0,05. Resultado: Foram analisados 480 pacientes transplantados renais( 61,5% masculino), Idade média 41,56 anos. Os resultados univariados para DFO foram os seguintes: idade > 42 anos (RR=3,20 IC 1,7-6,04)(p<0,05), uso de rapamicina (RR=2,6 IC 1,3-5,2)(p<0,05), doador falecido (RR=2,2 IC 1,24-3,8)(p<0,05), diabetes mellitus (RR=2,5 IC 1,2-5,2)(p<0,05), tempo de cirurgia>2h (RR=2,6 IC 1,1- 5,8)(p<0,05), anastomose vesical não-Gregoir (RR=2,1 IC 1,2-3,7)(p<0,05), circunferência abdominal > 88cm (RR=2,3 IC 1,3-4,2)(p<0,05), índice de massa corpórea (RR=2,3 IC 1,3-4,3)(p<0,05), tempo de sondagem vesical > 4 días (RR=2,1 IC 1,2-3,7)(p<0,05). Entretanto em análise multivariada foram significantes os seguintes fatores: Idade > 42 anos (RR=2,7 IC 1,32-5,4)(p<0,05), uso de rapamicina (RR=2,9 IC 1,1-7,5)(p<0,05), diabetes mellitus (RR=2,33 IC 1,02-5,3)(p<0,05). Conclusão: A deiscência de ferida operatória em transplantado renal é um fenômeno de etiologia multifatorial. Estratégias orientadas à intervenção em pacientes com estes fatores podem influir de forma positiva no prognóstico desta complicação freqüente nos pacientes receptores de transplante renal. PO115 POSSÍVEL INTERFERÊNCIA DA ANSIEDADE SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL EM EXAME COM PERMANÊNCIA PROLONGADA NO LABORATÓRIO. LOPES, TR(1); PEREIRA, AR(1); PASSOS, MT(1); ZANOCCO, JA(1); BARROS, ME(1); BARROS, BP(1); AHMED, M(1); NISHIDA, SK(1); KISZTAJN, GM(1); Universidade Federal de São Paulo UNIFESP/EPM Setor de Glomerulopatias e Imunopatologia Renal(1); Introdução: Alguns exames exigem uma permanência maior dos pacientes no laboratório de análises, e um deles é o clearence de iohexol, considerado como “gold standard” para a avaliação de função renal; sua realização demanda um período médio de 5 horas. Objetivo: Avaliar a relação de interferência do nível de ansiedade com a pressão arterial dos pacientes para a realização de um exame de longa permanência no laboratório e que exige punção venosa. Metodologia: Foi utilizado como instrumento para análise da

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16 de setembro de 2008 - Terça-feiraPôsteres - Enfermagem

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3) 243XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

PO111ESTRATÉGIA DE ENSINO E APRENDIZADO PARA AUTO-MEDICAÇÃO NOPÓS-TRANSPLANTE RENAL.ANDRADE, AC(1); CRUZ, RFA(1); CUNHA, ER(1); DIAS, CLL(1); CUNHA, CP(1);LESSA, LMM(1); WAKIYAMA, TP(1); PEREIRA, AWS(1); UFMA(1);

Objetivo: relatar a experiência do profissional de enfermagem através de uma estratégiade ensino e aprendizagem para auto-medicação do transplantado renal. Materiais eMétodos: No 3º dia pós- operatório (DPO) é fornecido um pictograma contendo toda asinformações necessárias para que o paciente possa familiarizar-se com as medicações aserem tomadas e as respectivas doses e horários. A cada tomada de medicação o pacienteé orientado a comparar a medicação oferecida com a apresentada no pictograma. Essaestratégia é realizada até a alta hospitalar. No 4º DPO são fornecidas as receitas dosimunossupressores e medicamentos básicos para que todos os medicamentos sejamprovidenciados pela família do paciente, que é orientada a apresentar a medicaçãocompleta para o enfermeiro realizar a conferência, evitando assim, que o paciente retorneao domicílio com qualquer uma das medicações em falta. O paciente somente receberáalta após ser considerado apto pelo enfermeiro a realizar a auto-medicação em seudomicílio. A apresentação de todas as medicações pela família e o aprendizado doesquema terapêutico constituem pré-requisito para alta. Resultados: O pictograma facilitaa compreensão do esquema terapêutico no pós- operatório dos transplantados renais eainda dar uma maior segurança para as equipes médicas e de enfermagem, visto que, opaciente conta com uma simplificada forma de orientação para auto-medicação, levandoassim, melhor adesão ao esquema terapêutico. Conclusão: A complexidade dos regimesterapêuticos pós- transplante com múltiplas medicações distribuídas em várias tomadasdurante o dia torna a adesão terapêutica medicamentosa um grande desafio para ostransplantados renais. O enfermeiro atua diretamente com o paciente desenvolvendoatividades assistenciais durante todo o pós- operatório, visando facilitar a adesão aosmedicamentos, e evitando rejeição do órgão e melhorando a sobrevida do enxerto a longoprazo. Este pictograma tem se mostrado uma estratégia facilitadora para compreensãodos transplantados renais a respeito do esquema terapêutico, desenvolvendo nestespacientes autonomia para auto-medicação no seu domicílio.

PO112OTIMIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL EM NEFROLOGIAPEDIÁTRICA A PARTIR DO ACOLHIMENTO E DA TRIAGEM DEENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.SILVA, BC(1); TAPIA, CEV(1); BAMBIRRA, AVQ(1); CILLO, ACP(1); Pontifícia Universidade Católica (1);

Objetivo: Relatar a experiência da introdução do acolhimento e da triagem deenfermagem no ambulatório de Nefrologia Pediátrica. Material e Métodos: Oambulatório de Nefrologia Pediátrica da Pontifícia Universidade Católica de Campinas(PUCC) assiste em média 160 clientes por mês. Em virtude da alta demanda deatendimento e da necessidade de se prestar um cuidado holístico e humanizado à criança,são desenvolvidos o acolhimento e a triagem de enfermagem, com as finalidades deotimizar a assistência ao usuário, facilitar a consulta médica posterior e proporcionarmaior complexidade ao cuidado. Esta atividade é desenvolvida por uma enfermeiraresidente da mesma Instituição, que atua como agente facilitadora da comunicação e daassistência, promovendo a continuidade do programa de prestação de cuidados ao cliente.Para implementar tal atividade, foi confeccionado um instrumento único para oatendimento, o qual contempla as seguintes variáveis: data da consulta, idade, peso (kg),estatura (cm), índice de massa corporal (I.M.C.), pressão arterial sistólica e diastólica(mmHg) e teste do sulfossalicílico, finalizando com a assinatura do enfermeiroresponsável pelo procedimento. Resultados: A implementação do acolhimento e datriagem de enfermagem consiste em uma melhor assistência ao cliente, pois permite umamelhor monitorização do usuário, diminui o tempo de espera das consultas, facilita econtribui para o trabalho em equipe junto aos médicos nefrologistas e, acima de tudo,reduz o estresse e a aflição das crianças e familiares. Conclusão: Conclui-se que oacolhimento e a triagem de enfermagem realizados no ambulatório de NefrologiaPediátrica da PUCC proporcionam um melhor padrão de qualidade no atendimento àcriança nefrológica, otimizando as atividades de âmbito ambulatorial e, acima de tudo,estabelecendo um vínculo importante entre o profissional enfermeiro com o binômiocriança/família, a fim de humanizar o cuidado e garantir a participação ativa de todosneste processo de trabalho. AMBULATÓRIO DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA - TRIAGEM DEENFERMAGEMDATA: ____/____/______ IDADE: ____ ano(s) ____ mês (es) ____ dia (s)PESO: __________ Kg ESTATURA: _________ cm I.M.C.: ________PRESSÃO ARTERIAL: ____x____ mmHgTESTE DO SULFOSSALICÍLICO:( ) Negativo ( ) + / 4+ ( ) ++ / 4+ ( ) +++ / 4+ ( ) ++++ / 4+

ENFERMEIRO (A) RESPONSÁVEL: COREN Nº:

PO113ACHADOS CLÍNICOS E HISTOLÓGICOS DE 2615 PACIENTESENCAMINHADOS PARA O SETOR DE GLOMERULOPATIAS DA UNIFESP(1988-2007).LOPES, TR(1); PEREIRA, AR(1); PASSOS, MT(1); KIRSZTAJN, GM(1); UNIFESP(1);

Objetivo: Fazer o levantamento de informações clínicas e histológicas de pacientesatendidos no Ambulatório de Nefrites de 1988 a 2007, com o fim de determinar os

principais diagnósticos na avaliação inicial. Pacientes e métodos: Estudo retrospectivo de2615 pacientes, encaminhados para este ambulatório, com história e/ou alteraçõeslaboratoriais sugestivas de acometimento glomerular. Resultados: Em 884 casos, osresultados de biópsia renal (bx) estavam disponíveis. Os demais diagnósticos forambaseados em informações clínico-laboratoriais: 166 síndrome nefrítica aguda, 234proteinúria não-nefrótica + hematúria, 151 proteinúria isolada, 337 hematúria, 116tinham alterações urinárias com alguns critérios para o diagnóstico de lúpus eritematososistêmico, 72 eram parentes de pacientes com glomerulopatias, 38 tinham IRC, 12apresentavam rim único, e em 198 casos não se confirmou o diagnóstico deglomerulopatias. Vale ressaltar que ocorreram 143 abandonos após a 1ª consulta, 108 na2ª consulta e 156 até o 3º retorno. Conclusão: Muitos pacientes avaliados não eramportadores de glomerulopatias, por encaminhamento indevido. Encontramos elevadataxa de abandono na fase inicial de investigação. Predominaram os seguintesdiagnósticos à biópsia renal, em ordem decrescente: GESF, GNM, DLM, Nefrite Lúpica(e nesta a classe IV), GNMP e NIgA. Os diagnósticos mais freqüentes estão de acordocom relatos de outros serviços, com predomínio de GESF ou GNM entre as GN primáriase nefrite lúpica entre as secundárias. Na seqüência da investigação, muitos outrospacientes foram submetidos a biópsia renal (dados não relatados aqui).Tabela ACHADOS EM BIÓPSIAS RENAIS DE 884 PACIENTESHISTOLOGIA NSíndrome de Alport 04Amiloidose 06Glomerulonefrite Proliferativa Difusa (GNP) 64Glomerulonefrite com crescentes 25Doença de Lesões Mínimas (DLM) 72Glomerulosclerose Segmentar e Focal (GESF) 169DLM / GESF 24Glomerulopatias Pós Transplante Renal 31Glomerulonefrite Membranosa (GNM) 130Glomerulonefrite Membranoproliferativa (GNMP I, II ou III) 69Glomerulonefrite Proliferativa Mesangial (GNPM) 46Nefrite Lúpica classe: II/III/IV/IV-V/V 07/07/50/06/14Nefropatia por IgA (N. IgA) 58Nefrite Tubulo- Intersticial (NTI) 12outros 90

PO114FATORES DE RISCO PARA DEISCÊNCIA DE FERIDA OPERATÓRIA EMPACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS.MACHADO-PEREIRA, AF(1); PIVETA, VM; (1); CLESCA, P; (1); PARK, SI; (1);TEDESCO, HS(1); MEDINA-PESTANA, JO(1); Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP(1);

Introdução: A magnitude e incidência de deiscência em ferida operatória têm despertadoatenção de pesquisadores e profissionais preocupados com a qualidade da assistência,maior tempo de internação, infecção e aumento de custos. O tratamento de uma feridadepende dos fatores locais e sistêmicos relacionados. Objetivo: Identificar fatores derisco para deiscência de ferida operatória(DFO), com a finalidade de estabelecer medidaspreventivas e curativas. Material e Método: Estudo epidemiológico prospectivo nãointervencional com uma amostra de 480 pacientes transplantados renais doador vivo efalecido. Destes 56 (11,66%) apresentaram deiscência de ferida operatória. As variáveiscoletadas foram demográficas, tipo de doador, tempo de cirurgia, tipo de anastomoseureteral, tempo de permanência da sonda vesical e Índice de Massa Corpórea(IMC). Aspossíveis variáveis de risco foram analisadas univariavelmente e multivariadoposteriormente, utilizando o método de regressão logística. O nível de significânciaestatística foi p<0,05. Resultado: Foram analisados 480 pacientes transplantados renais(61,5% masculino), Idade média 41,56 anos. Os resultados univariados para DFO foramos seguintes: idade > 42 anos (RR=3,20 IC 1,7-6,04)(p<0,05), uso de rapamicina(RR=2,6 IC 1,3-5,2)(p<0,05), doador falecido (RR=2,2 IC 1,24-3,8)(p<0,05), diabetesmellitus (RR=2,5 IC 1,2-5,2)(p<0,05), tempo de cirurgia>2h (RR=2,6 IC 1,1-5,8)(p<0,05), anastomose vesical não-Gregoir (RR=2,1 IC 1,2-3,7)(p<0,05),circunferência abdominal > 88cm (RR=2,3 IC 1,3-4,2)(p<0,05), índice de massacorpórea (RR=2,3 IC 1,3-4,3)(p<0,05), tempo de sondagem vesical > 4 días (RR=2,1 IC1,2-3,7)(p<0,05). Entretanto em análise multivariada foram significantes os seguintesfatores: Idade > 42 anos (RR=2,7 IC 1,32-5,4)(p<0,05), uso de rapamicina (RR=2,9 IC1,1-7,5)(p<0,05), diabetes mellitus (RR=2,33 IC 1,02-5,3)(p<0,05). Conclusão: Adeiscência de ferida operatória em transplantado renal é um fenômeno de etiologiamultifatorial. Estratégias orientadas à intervenção em pacientes com estes fatores podeminfluir de forma positiva no prognóstico desta complicação freqüente nos pacientesreceptores de transplante renal.

PO115POSSÍVEL INTERFERÊNCIA DA ANSIEDADE SOBRE A PRESSÃOARTERIAL EM EXAME COM PERMANÊNCIA PROLONGADA NOLABORATÓRIO.LOPES, TR(1); PEREIRA, AR(1); PASSOS, MT(1); ZANOCCO, JA(1); BARROS,ME(1); BARROS, BP(1); AHMED, M(1); NISHIDA, SK(1); KISZTAJN, GM(1); Universidade Federal de São Paulo UNIFESP/EPM Setor de Glomerulopatias eImunopatologia Renal(1);

Introdução: Alguns exames exigem uma permanência maior dos pacientes no laboratóriode análises, e um deles é o clearence de iohexol, considerado como “gold standard” paraa avaliação de função renal; sua realização demanda um período médio de 5 horas.Objetivo: Avaliar a relação de interferência do nível de ansiedade com a pressão arterialdos pacientes para a realização de um exame de longa permanência no laboratório e queexige punção venosa. Metodologia: Foi utilizado como instrumento para análise da

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Pôsteres - Enfermagem16 de setembro de 2008 - Terça-feira

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aceitabilidade do exame pelos indivíduos a escala para investigação de ansiedade traço-estado (IDATE), mencionada pela National Kidney Foundation como adequada paraavaliar aspectos psicológicos dos pacientes com doença renal crônica (DRC). Foramselecionados para este estudo 130 pacientes adultos com glomerulopatias quenecessitavam de determinação precisa do ritmo de filtração glomerular. Questionário foientregue no dia da seleção e foi feita em seguida a aferição da pressão arterial (PA); omesmo aconteceu antes do início dos procedimentos no dia do exame, e ao termino doexame. O procedimento durou em média 5 horas e consistiu de punção venosa, commanutenção de escalpe e coletas seriadas de sangue, assim como de urina. Resultados:Dos 130 pacientes selecionados, 77 eram do sexo feminino; o IDATE – traço teve média41(desvio padrão 9) .Conclusões: Observou-se que, quando o paciente era selecionadopara realização do exame, apresentava certa resistência inicial, relacionada, sobretudo àsua duração prolongada, porém o índice de ansiedade e pressão arterial (PA) maiselevado se dava no momento das orientações pré-exame, sendo os valores pós-exame(término) de um modo geral menores. Os autores acreditam que, além da motivaçãodecorrente do valor intrínseco do exame e a constatação de que de fato o exame não trariamaiores desconfortos do que a punção venosa e a permanência no laboratório, oferecerao paciente, formas de se distrair durante o exame podem ter contribuído para arealização deste tipo de procedimento, reduzindo os índices de ansiedade e níveis depressão arterial. Achados em 130 pacientes

IDATE Pressão Arterial Pressão Arterial Pressão Arterial(etado) Sistólica (PAS) Diastólica (PAD) Média (PAM)

Tempo I (seleção) 41 ± 9 130 ± 19 83 ± 13 107 ± 15Tempo II (pré-exame) 43 ± 9 128 ± 17 82 ± 12 105 ± 13Tempo III (pós-exame) 38 ± 9 124 ± 13 78 ± 9 102 ± 10

PO116QUALIDADE DE VIDA EM HEMODIÁLISE: SF-36V2.ANES, EMGJ(1); Escola Superior de Saúde - Instituto Politécnico de Bragança(1);

Objectivo: Este artigo pretende descrever a qualidade de vida relacionada com a saúdenas pessoas com insuficiência renal crónica em hemodiálise. Material e Métodos: Foidesenvolvido um estudo não experimental, transversal e descritivo numa amostra de 154pessoas com insuficiência renal crónica, que efectuavam tratamento em hemodiálise emtrês instituições do nordeste transmontano em Portugal, entre Junho e Dezembro de 2007.Utilizou-se o instrumento de medição Sf-36v2 constituindo uma medida genérica desaúde, reflectindo a voz do utente. Este instrumento possui oito dimensões: a funçãofísica, desempenho físico, dor, saúde geral função emocional, desempenho emocional,função social e vitalidade. Resultados e conclusões: Dos participantes estudados, amaioria era do sexo masculino (61,7%), casados (70%), reformados ou pensionistas(80%), e possuíam um nível de instrução básico ou inferior (89,6%). A idade dosrespondentes variou entre os 19 e os 88 anos, com uma média de 59,88 anos. O tempoem hemodiálise destes doentes varia entre 8 dias e 18 anos sendo a média de 6 anos. Amaior parte dos doentes apresentou outras doenças associadas (59%), tendo sido adiabetes a doença associada referida com maior frequência (24,7%), seguida dasalterações cardiovasculares e problemas de visão com (14,3%) respectivamente. É visívela relação dos factores sociodemográficos, nos índices de qualidade de vida relacionadoscom a saúde destes doentes. Verificando-se valores médios de qualidade de vidasuperiores no sexo masculino, nos doentes mais jovens, nos doentes com maioreshabilitações, doentes com companheiro/a, nos trabalhadores activos e com maioresrendimentos. Relativamente aos factores clínicos, os índices médios de qualidade de vidasão superiores nos doentes com menos tempo de tratamento, nos doentes sem outrasdoenças associadas e com um menor número de complicações. Nesta investigação éreconhecida a importância da avaliação da qualidade de vida relacionada com a saúde,como um indicador de excelência dos cuidados de saúde.

PO117A BUSCA DE EVIDENCIAS CIENTÍFICAS QUE RESPALDA OU NÃO AUTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE TRICOTOMIA EM PRÉ-TRANSPLANTERENAL.SANUTO-LEITE, L(1); TEIXEIRA, LC(1); MOREIRA, MF(1); SOUZA, PM(1); SENNA,R(1); particular(1);

Objetivo: O tema proposto tem a necessidade de demonstrar através de umacompanhamento detalhado e descritivo, sobre a tricotomia em cirurgias de transplanterenal e sua real relevância no processo infeccioso pós-cirúrgico. O tema justifica-se peloprognostico de imunossupressão ao cliente transplantado, sendo esta técnica acoadjuvante para mais uma porta de infecção do que proteção. Traça-se um objetivonorteado pelas evidencias cientificas sobre a validação ou inadequação desta técnica emtransplantados. Material e Método: Foi realizada uma Metodologia de pesquisabibliográfica computadorizada no período de janeiro/2002 a novembro de 2007,utilizando as palavras-chaves (enfermagem; renal; tricotomia), nas seguintes bases dedados OBJN, BIREME, PubMed, Cochrane BVS. Dos 45 textos identificados, foramselecionados os 10 mais pertinentes ao assunto para analise. Resultado: As evidenciasnão demonstraram nenhuma diferença em relação à infecção cirúrgica entre pacientesque removeram os pêlos antes da cirurgia e aqueles que não removeram. Remover ospêlos cortando com tesoura ou máquina resulta em pouca infecção cirúrgica quandocomparada à raspagem utilizando a navalha. Conclusão: O estudo abordado foi de granderelevância para o assunto que foi proposto, porem houve uma grande dificuldade paraselecionar os artigos, devido à deficiência destes que mencionem sobre transplante renalem enfermagem; daí a dificuldade quando se pesquisa sobre transplante renal nesta área,questão esta que não ocorre quando o assusto discutido é sobre hemodiálise. Estapesquisa ratifica o questionamento proposto do estudo, que se tornou obsoleta e

infundada a técnica de tricotomia em muitos casos cirúrgicos. Tendo como alternativa autilização de corte com tesoura ou maquina, porem necessita de um estudo maisaprofundado quando o assunto relaciona-se com os pacientes transplantados, já quepouco se comenta á nível Brasil

PO118QUALIDADE DE VIDA EM HEMODIÁLISE:SF-36V2.ANES, EMGJ(1); Escola Superior de Saúde - Instituto Politécnico de Bragança(1);

Objectivo: Este artigo pretende descrever a qualidade de vida relacionada com a saúdenas pessoas com insuficiência renal crónica em hemodiálise. Material e Métodos: Foidesenvolvido um estudo não experimental, transversal e descritivo numa amostra de 154pessoas com insuficiência renal crónica, que efectuavam tratamento em hemodiálise emtrês instituições do nordeste transmontano em Portugal, entre Junho e Dezembro de 2007.Utilizou-se o instrumento de medição Sf-36v2 constituindo uma medida genérica desaúde, reflectindo a voz do utente. Este instrumento possui oito dimensões: a funçãofísica, desempenho físico, dor, saúde geral função emocional, desempenho emocional,função social e vitalidade. Resultados e conclusões: Dos participantes estudados, amaioria era do sexo masculino (61,7%), casados (70%), reformados ou pensionistas(80%), e possuíam um nível de instrução básico ou inferior (89,6%). A idade dosrespondentes variou entre os 19 e os 88 anos, com uma média de 59,88 anos. O tempoem hemodiálise destes doentes varia entre 8 dias e 18 anos sendo a média de 6 anos. Amaior parte dos doentes apresentou outras doenças associadas (59%), tendo sido adiabetes a doença associada referida com maior frequência (24,7%), seguida dasalterações cardiovasculares e problemas de visão com (14,3%) respectivamente. É visívela relação dos factores sociodemográficos, nos índices de qualidade de vida relacionadoscom a saúde destes doentes. Verificando-se valores médios de qualidade de vidasuperiores no sexo masculino, nos doentes mais jovens, nos doentes com maioreshabilitações, doentes com companheiro/a, nos trabalhadores activos e com maioresrendimentos. Relativamente aos factores clínicos, os índices médios de qualidade de vidasão superiores nos doentes com menos tempo de tratamento, nos doentes sem outrasdoenças associadas e com um menor número de complicações. Nesta investigação éreconhecida a importância da avaliação da qualidade de vida relacionada com a saúde,como um indicador de excelência dos cuidados de saúde.

PO119EQUIPE DE APOIO EM ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA INTENSIVA.NAKAYAMA, KG(1); KURODA, CM(1); INOUE, KC(1); SILVA, SB(1); CASON,AM(1); OLIVEIRA, MLF(1); Hospital Universitário de Maringá / Universidade Estadual de Maringá(1);

Introdução: O apoio matricial em saúde objetiva assegurar apoio especializado a equipese profissionais encarregados da atenção a problemas de saúde. Trata-se de umametodologia de trabalho complementar que pretende oferecer retaguarda assistencial esuporte técnico pedagógico às equipes de referência1. Objetivo: Relatar a experiência daconstrução da Equipe de Apoio em Enfermagem em Nefrologia Intensiva (EAENI), comenfoque à trajetória percorrida e problemas enfrentados. Metodologia: Estudo descritivo,realizado entre outubro de 2007 a junho de 2008 em um Hospital Ensino do Paraná.Resultados: Em 2004, iniciou-se a realização de hemodiálise (HD) na Unidade deTerapia Intensiva para Adultos (UTIA). Foram executados diferentes métodos emodalidades terapêuticas, de acordo com a aquisição de máquinas específicas etreinamento dos enfermeiros da UTIA para sua operacionalização, sob tutoria doenfermeiro nefrologista e nefrologistas. A realização de HD para suprir a real demandaestá aquém do necessário, principalmente pela limitação de recursos humanos. Assim, anecessidade de constituir um grupo maior, motivou a qualificação e seleção deenfermeiros de outros setores da instituição para atuarem em nefrologia intensiva. AEAENI possibilitará confecção de escala para atender às exigências de trabalhopertinentes ao grupo em Regime de Plantão de Sobreaviso2. Estão previstas a educaçãoe avaliação continuada dos integrantes da EAENI para permanente assistência dequalidade ao paciente com IRA na UTIA. Conclusão: Trata-se de uma proposta factívele que visa à maximização da qualidade e segurança no cuidado ao paciente em nefrologiaintensiva. Referências: (1) Campos GWS. Equipes de referência e apoio especializadomatricial: uma proposta de reorganização do trabalho em saúde. Ciênc Saúde Colet 1999;4:393-404. (2) Paraná. Lei nº 15050, de 12 de abril de 2006. Curitiba; 2006.

PO120PERFIL DOS PACIENTES EM TRATAMENTO CONSERVADOR DA DOENÇARENAL CRÔNICA EM UM AMBULATÓRIO DE NEFROLOGIA.VON STEIN, JK(1); PACHALY, MA(1); Pro Renal Fundacao de Amparo a Pesquisa em Enfermidades Renais e Metabolicas(1);

A doença renal crônica tem um ônus importante na saúde da população, sendo estimadoque 1.628.025 indivíduos sejam portadores de doença renal crônica (DCR) no Brasil, e65.121 estão em diálise. Os fatores de risco potencialmente controláveis como ahipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes (DM) respondem por 50% dos casosde DRC terminal. Os casos que se encontram em estágios mais precoces de doençapodem ser detectados por meio de testes laboratoriais e o diagnóstico nessa etapa éimportante, visto que, o tratamento adequado é capaz de reduzir a velocidade deprogressão para insuficiência renal crônica terminal . Objetivo: caracterizar o perfil depacientes em tratamento conservador da doença renal crônica em um ambulatório denefrologia. Metodologia: foi utilizada uma abordagem quantitativa e como método umapesquisa documental por meio de prontuário eletrônico de pacientes do Ambulatório deNefrologia da Fundação Pró-Renal em Curitiba-PR. Como critério de inclusão foramconsiderados os pacientes que apresentassem estimativa da filtração glomerular

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16 de setembro de 2008 - Terça-feiraPôsteres - Enfermagem

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3) 245XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

calculada pela fórmula MDRD (Modification of Diet in Renal Disease) registrado noprontuário eletrônico no período compreendido entre março de 2007 a junho de 2008,totalizando 1056 pacientes. Resultado: Dos 1056 pacientes estudados 25% sãoportadores de duas patologias associadas, hipertensão arterial sistêmica (HAS) ediabetes (DM); entretanto da amostra analisada 69% apresentam HAS e 28% DM . Emrelação as variáveis sócio-demográficas 58% eram do gênero feminino e 42%masculino. A média de idade encontrada foi de 8% dos pacientes entre 15 e 30 anos,31% com idades entre 31 e 50 anos, 33% com 51 a 65 anos e 28% com idade superiora 65 anos. Quanto à prevalência de DRC e seu estadiamento, 18% dos pacientes seencontravam no estagio 1, 31% no estágio 2, 31% no estágio 3, 14% no estágio 4 e 6%no estágio 5. A prevalência da DRC nos estágios 1, 2 e 3 se apresentou elevada,totalizando 80% da amostra. Conclusão: Conhecer o perfil dos pacientes é umaimportante informação para o ambulatório de nefrologia, pois torna possível por meiodas informações escolher grupos de pacientes para aplicar medidas de prevençãoevitando assim o avanço da doença nos seus estágios, melhorando com isso a qualidadede vida do paciennte

PO121CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DO CURSO TÉCNICO EMENFERMAGEM SOBRE AS ÁREAS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL:ENFOQUE NA NEFROLOGIA.PEREIRA TA(1); BRAGA C(1); DE DEUS RB(2); FERRAZ RR(1,2); Universidade Nove de Julho - UNINOVE(1); GEN - Grupo de Estudos em Nefrologia(2);

Introdução: A prevalência das doenças renais apresenta-se em crescimento e aNefrologia em expansão, sendo um grande campo de atuação para profissional. OCOREN-RJ encaminhou ao COFEN proposta sobre Especializações de Nível Médio,sugerindo a criação de 22 especializações (Pós Técnico). Entre elas, está a Nefrologiae/ou Hemodiálise, o que pode favorecer o interesse e o direcionamento dessesprofissionais para a área. Objetivo: Verificar o conhecimento dos estudantes do cursotécnico em enfermagem sobre as áreas de atuação profissional com enfoque naNefrologia. Método: Participaram do estudo 11 concluintes do curso técnico emenfermagem da cidade de São Carlos-SP. Um questionário com questões sobre operfil sócio-econômico e sobre o trabalho em enfermagem e as áreas de atuaçãoprofissional foi aplicado entre abril e maio de 2008. Resultados: A idade média dosentrevistados foi 29±8 anos (9F/2M). Quando questionados quanto a áreaprofissional, revelaram que gostariam de atuar na assistência a pacientes/clientesidosos (5; 11%) recém-nascidos (4; 9%), gestantes e puérperas (4; 9%), emurgência/emergência (4; 9%), cardiopatas (3; 7%), crianças (3; 7%), pré e pós-cirúrgicos (3; 7%), em Unidade de Saúde da Família-USF (3; 7%), em laboratórios decoleta (3; 7%), adolescentes (2; 4%), com patologias do sistema respiratório (2; 4%),intensivos adulto-“UTI-adulto” (2; 4%), neuropatas (1; 2%), oncológicos (1; 2%),psiquiátricos (1; 2%), com queimaduras (1; 2%), com feridas ou estomas (1; 2%), emUnidade Básica de Saúde - UBS (1; 2%), em Saúde do Trabalhador (1; 2%); Somente1 indivíduo (2%) relatou interesse em trabalhar com pacientes nefropatas.Conclusões: Há pequeno interesse dos estudantes do curso técnico em enfermagemem atuar na Nefrologia (apenas um estudante revelou interesse). Para motivar ointeresse por áreas menos conhecidas pelos estudantes, como a Nefrologia – que é umcampo de trabalho em expansão – sugerimos uma maior orientação das instituições deformação técnica sobre esta e outras importantes áreas de atuação profissional e, seaprovada, sobre as especializações para o técnico em enfermagem.

PO122AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PORTADORES DEINSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO DE HEMODIÁLISEEM GOIANÉSIA-GO.NOGUEIRA, DL(1); LIMA, LR(1); STIVAL, MM(1); TAVARES, RS(2); UNIEvangelica(1); Clinica de Nefrologia de Goianesia(2);

A Insuficiência Renal Crônica Terminal (IRCT) apresenta deterioração progressiva,irreversível da função renal sendo grande problema de saúde publica. Pelo tratamentoser substituição renal e não a cura pode implicar em impacto negativo na qualidade devida relacionada à saúde (QVRS) e afetar estado de saúde em geral, física, mental,funcional, bem-estar, interação social, função sexual e satisfação do paciente.Objetivou-se avaliar a qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal crônicaem tratamento de hemodiálise do município de Goianésia-GO-Brasil. Pesquisaquantitativa descritiva transversal realizada em uma instituição de diálise da cidade.Participaram 50 pacientes. O instrumento utilizado para avaliação foi Kidney DiseaseQuality of Life Short Form (KDQOL-SFTM). A confiabilidade foi avaliada pelaconsistência interna, com determinação do coeficiente alfa de Cronbach. Dos 50participantes 58% eram mulheres, 32% entre 50-59 anos e 42% com tempo de diálise≥3 anos. Para as mulheres as dimensões que exibiram maior consistência interna eobtiveram menores escores, implicando em menor qualidade de vida, foram: situação detrabalho (5,2), função física (10,3) e função emocional (29,9). Para elas maior qualidadede vida inclui estimulo por parte da equipe de diálise (100,0), suporte social (92,5) esatisfação do paciente (90,8). Enquanto para os homens menor qualidade de vida commaior consistência interna foi evidenciada em função física (11,9) e situação de trabalho(21,4). Efeitos da doença renal (49,7) apresentou escore baixo, porém com poucaconsistência. Foi evidenciada melhor qualidade de vida para eles em estimulo por parteda equipe de diálise (100), satisfação do paciente (98,4) e suporte social (97,6).Evidenciou-se que homens e mulheres apresentaram melhor qualidade de vida nosmesmos domínios, para as mulheres a qualidade de vida é prejudicada em relação aotrabalho, físico e emocional e para os homens trabalho, físico e efeitos da doença. AIRCT está diretamente ligada a QVRS e a enfermagem por ser voltada para ações depromoção e proteção de saúde, pode direcionar busca de soluções para limitaçõesprovocadas pela IRCT.

PO123O ATENDIMENTO DAS EMERGÊNCIAS/URGÊNCIAS NA UNIDADE DEHEMODIÁLISE.COPANSKI, BERNADETE(1); THOL, MARGARETE T(1); SAMERDAK, JACEMIR(1); Fundação Pro Rim(1);

Introdução: O estudo busca contribuir para a qualidade da assistência de enfermagem prestadapelos auxiliares e técnicos de enfermagem ao portador de insuficiência renal crônica (IRC)em hemodiálise (HD). Objetivo: intensificar as diferentes atitudes dos auxiliares e técnicos deenfermagem diante de uma situação de emergência/ urgência em HD. Material e Método:trata-se de um estudo exploratório descritivo, aplicado em duas unidades de HD, com autilização da Técnica de Incidente Crítico (TIC), no período de fevereiro a maio de 2006. OTIC consiste em um conjunto de procedimentos para a coleta de observações diretas docomportamento, o qual permite obter fatos importantes relacionados ao indivíduo emsituações definidas. (FLANAGLAN, 1973, p. 99). Resultados: foram avaliados 09 Auxiliarese 12 Técnicos de enfermagem 18 responderam ao questionário, 03 se absteram. Dosresultados das situações observadas e relatadas pelos Auxiliares e Técnicos de Enfermagemforam extraídos os seguintes incidentes críticos relacionados à assistência prestada.Conclusão: Dentro das principais intercorrências assistidas, observadas e relatadas no diáriode campo, e as a respostas obtidas através do questionário respondidos pelos auxiliares etécnicos de enfermagem pudemos identificar que as maiores dificuldades e comportamentosestão relacionados ao nível emocional e cognitivo, tais como: ansiedade, insegurança, vinculoemocional com o paciente, nervosismo, e a dificuldade de relacionar teoria e prática , medode errar no procedimento, ou até mesmo sentir-se culpado em não reverter o quadro clinicoque o paciente se encontra. ResultadosINCIDENTES Negativo Positivo Abstenção1. Equipamentos com mau funcionamento X2. Dificuldade de conciliar teoria e prática X3. Não tenho dificuldades X4. Raramente nos deparamos com tal situação X5. Sentimento de culpa quando não obtido o sucesso X6. Ansiedade/ nervosismo/ insegurança X7. Vínculo afetivo e emocional com os pacientes. X8. Ausência do médico na hora da intercorrência X9. Abstenção 3

PO124QUALIDADE DE VIDA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA HEMODIÁLISE.POLINS, BRG(1); BELASCO, AGS(1); MARTINS, LAN(1); BARBOSA, DA(1); UNIVERSIDADE FEDERL DE SÃO PAULO(1);

O trabalhador dos dias de hoje convive com diversos fatores estressantes, que acabamcomprometendo sua saúde física e mental, refletindo diretamente em sua qualidade devida. Isso acontece também com a equipe de enfermagem onde a satisfação na realizaçãode seu trabalho, a relação familiar, a disposição para o exercício de atividades, aprodutividade, são algumas das condições imprescindíveis para o seu bem-estar equalidade de vida, tema desse trabalho que buscou avaliar a qualidade de vida da equipede enfermagem, atuante em hemodiálise, procedimento que implica limitações nocotidiano dos pacientes acometidos pela doença renal. Assim, neste estudo utilizou-se deinstrumentos para coleta dos dados sócio-demográficos, variáveis sobre o trabalho esaúde; e o WHOQOL – Bref, que consta de 26 questões, duas gerais e as demais 24representando cada uma das facetas que compõem o instrumento original. O inventáriopossui 4 domínios: Físico, Psicológico, Relações Sociais e Meio – Ambiente, fornecendoum perfil da qualidade de vida, obtido através dos escores dos domínios, sendo quequanto mais altos os escores, melhor a qualidade. Trata-se, assim, de um estudoepidemiológico, do tipo exploratório, descritivo, com delineamento transversal numaabordagem quantitativa. Como resultado obtido neste trabalho, fica evidente que ocuidado de vários pacientes ao mesmo tempo; o excesso de horas de trabalho; o descuidocom o próprio estado de saúde; a falta de tempo junto aos familiares; e a falta deatualização quanto aos conhecimentos necessários para exercer a profissão comprometea satisfação pessoal e profissional. Nesse contexto é necessário criar condições deflexibilização com a participação da equipe nas decisões e mudanças, repensar os atuaismodelos de organização do trabalho, a fim de favorecer sua condição de saúde e amelhoria da qualidade de vida. Fica claro que um olhar mais cuidadoso tem de serdirigida a equipe de enfermagem, não somente o que atua em hemodiálise, mas em todosos outros setores das instituições de assistência à saúde, pois, com o comprometimentoda sua própria saúde não poderá ministrar um cuidado de qualidade aos clientes.Palavras-Chave: qualidade de vida - equipe de enfermagem - sobrecarga de trabalho.

PO125A IMPORTÂNCIA DA CONSULTA DE ENFERMAGEM NO PRÉTRANSPLANTE DE DOADOR VIVO.SANCHES, HCP(1); Hospital do rim e Hipertensão(1);

O objetivo deste estudo é descrever os resultados de uma consulta de enfermagem no pré-transplante renal de doador vivo, através do ensino com os pacientes que serãosubmetidos a transplante renal. Uma delas é a consulta de enfermagem aos pacientescandidatos ao transplante renal com doador vivo, com posterior aplicação de umquestionário relacionado às orientações já realizadas. Analisou-se 40 pacientes sendo que50% deles não foram orientados e os outros 20 pacientes foram orientados e amboscolhidos os dados no 2º PO. Em relação às respostas obtidas do questionário aplicado, amédia de acerto foi de 97% para os pacientes que foram orientados e 77% para os nãoorientados. Analisando os resultados neste estudo tendo o conhecimento inicial dospacientes, que essa primeira abordagem foi importante para o aprendizado de cadapaciente contribuindo assim, para sua aderência ao tratamento

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Pôsteres - Enfermagem16 de setembro de 2008 - Terça-feira

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3)246 XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

PO126AMBIENTE DOMICILAR EM DIÁLISE PERITONEAL: UM ESPAÇO PARACUIDAR, ENSINAR E APRENDER.FURTADO, AM(1); Universidade Estadual do Ceará(1); Clinica Prontorim(2);

Objetivo: Refletir sobre a prática educativa do enfermeiro no contexto domiciliar depacientes em diálise peritoneal(DP). Material e métodos: Estudo de reflexão teórica,desenvolvido a partir da disciplina Saúde, Enfermagem, Cultura e Práticas Educativasvinculada ao curso de Mestrado Acadêmico em Cuidados Clínicos em Saúde eEnfermagem da Universidade Estadual do Ceará. A situação refletida partiu daexperiência profissional de uma das pesquisadoras, utilizando-se como cenário deatuação o domicílio do paciente em DP durante a visita domiciliar admissional(VDA).Como referencial teórico, adotou-se a pedagogia de Paulo Freire, para embasar a reflexãodo processo ensinar-aprender em DP. Resultados: A VDA revelou-se um momento dericas possibilidades interativas do enfermeiro com o seu paciente, onde se tem aoportunidade de transpor condições, a priori, adversas para a realização da DP, com aprática de respeito a cultura do paciente,convivendo e aceitando humildemente o seu“saber de experiência feito”, ou seja, com seu senso comum, mantendo uma relaçãodialógica e aberta. Como resultado, um ser curioso epistemologicamente, comcriatividade e imaginação capazes de transformar o mundo a sua volta; um ser que sepercebe com a autonomia de um cidadão, porque compreende a sua posição no mundo eo quanto dele é capaz de mudar. Conclusão: A educação em saúde, enquanto estratégiapara a promoção em saúde é uma atividade de relevante amplitude na DP. Conclui-se queo saber advindo desta prática, ascende à sensibilização do paciente enquanto serparticipante ativo e potencial transformador de sua realidade, facilitando a seu ingressono programa de diálise peritoneal apesar das condições negativas e limitações que possavir a se defrontar

PO127AVALIAÇÃO DA DISFUNÇÃO COGNITIVA ASSOCIADA A FATORESNUTRICIONAIS E SOCIAIS EM IDOSOS QUE REALIZAM HEMODIÁLISE.MESQUITA, RA(1); FILHO, NM(1); OLIVA, M(1); COELHO, S(1); CASTRO, S(1);AZEVEDO, MR(1); GOBBI, SE(1); Instituto Nefrológico de Guarapari(1);

O aumento de idosos que se submete a Terapia Renal Substitutiva (TRS), está diretamenterelacionado à média do tempo de vida do ser humano, que se elevou sensivelmente.Considerando que a idade é um fator de risco para a doença renal, a prevalência nesta faixaetária está cada vez maior. O objetivo deste estudo é avaliar se fatores nutricionais e sociaisinterferem na perda de função cognitiva em pacientes submetidos à TRS. No período deagosto de 2007 a maio de 2008, foram estudados 26 pacientes com idade entre 60 e 87 anos,sendo 13 do sexo masculino e 13 do feminino, que realizavam hemodiálise convencionalem nosso Instituto. Foram aplicados os testes: Mini Exame do Estado Mental (MEEM),teste do desenho do relógio, para avaliar a função cognitiva, para análise social foi feita aescala de recurso social (social resource scale – OARS) e exames laboratoriais a fim deobservar fatores nutricionais. Dos pacientes em estudo, 39% eram analfabetos, 70%realizaram os testes com facilidade, 30% tiveram algum tipo de dificuldade em realizar ostestes, 57% eram casados, 81% apresentaram excelentes recursos sociais e tinham apoiofamiliar, 76% tinham renda entre 2 a 4 salários mínimo, 42% tinham hematócrito menorque 30% e hemoglobina menor que 10g%, 11% tinham creatinina sérica menor que3.5mg/dl, 38% albumina menor que 3,5 g/dl, 10% tinham KT/V menor que 1,2 , 61 %estavam em tratamento dialítico há mais de12 meses, 15% não aceitavam o tratamento eapresentaram disfunção cognitiva e 11% foram a óbito. Concluímos que pacientessubmetidos à hemodiálise, com algum grau de desnutrição, comorbidades pré existentes, eoutros fatores mórbidos relacionados a terapia dialítica apresentaram demência em graumoderado a grave e tiveram aumento na taxa de mortalidade, já os fatores sociais nãomostraram dados que pudessem ser relacionados a com disfunção cognitiva

PO128AS AÇÕES DO ENFERMEIRO MEDIANTE AO PLANEJAMENTO DOCUIDADO AOS CLIENTES EM HEMODIÁLISE.CARNEIRO, RL; (1); GRAVINI, AP.(1); CARNEIRO, KL; (1); Hospital Universitàrio Pedro Ernesto- HUPE_UERJ(1);

As ações do enfermeiro mediante ao planejamento do cuidado aos clientes em hemodiálise.O presente estudo aborda a otimização das ações do enfermeiro perante o planejamento daassistência ao cliente renal em hemodiálise. Teve como objeto as ações do enfermeiromediante ao planejamento do cuidado e os objetivos foram: (1) Caracterizar as ações dosenfermeiros mediante ao planejamento do cuidado ao cliente renal em hemodiálise e; (2)Discutir possibilidades e dificuldades da otimização das ações do enfermeiro noplanejamento do cuidado. A pesquisa abordou uma metodologia de pesquisa qualitativa efoi desenvolvido no setor de hemodiálise do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE).Os sujeitos do estudo foram 05 (cinco) enfermeiros plantonistas do setor de hemodiálise,sendo que 03 (três) dos enfermeiros realizam suas atividades no plantão noturno e 02 (dois)enfermeiros são do plantão diurno. As entrevistas foram contempladas na sala branca . Acoleta de dados foi através de entrevista semi-estruturada pessoal a cada enfermeiro. Asentrevistas foram autorizadas previamente pelos entrevistados através de consentimentolivre e esclarecido preconizado pelo conselho de ética e pesquisa, as mesmas foramgravadas em fita cassete e posteriormente transcritas na íntegra o que possibilitou a análise.Tendo como resultado: os cincos enfermeiros assistenciais que fizeram parte do estudo,ressaltaram que realizam a sistematização de uma forma empírica, enfatizando aimportância do diagnóstico para o desenvolvimento do raciocínio clínico do enfermeiro epara a qualidade da assistência de enfermagem, enfocando a necessidade da sistematizaçãoda assistência proposta pela North American Nursing Diagnosis Association-NANDA. Aconclusão é que esse estudo permitiu elaborar os diagnósticos de enfermagem mais

freqüentes em pacientes que fazem hemodiálise, colocando em destaque a necessidade daassistência de enfermagem mais direcionada a esses clientes durante o procedimento. Deacordo com os resultados obtidos, pretende-se elaborar um instrumento de registros dasistematização da assistência de enfermagem contendo os diagnósticos e as intervenções esugeri-los à equipe de enfermagem da instituição estudada

PO129O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIALSISTÊMICA EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE.SAMERDAK, JACEMIR(1); BECK, GRAZIELI C(1); SMOKEVICZ, MARCELA A(1); Fundação Pró Rim(1);

Introdução: Visando a qualidade do tratamento dialítico e sabendo que a hipertensão arterialsistêmica (HAS) é a 1ª causa de complicações interdialíticas, implantamos o programa decontrole de HAS nos pacientes de hemodiálise (HD), pois nossa realidade é que em média60% dos pacientes chegam hipertensos pré HD. Objetivo: Melhorar o controle da HAS eganho de peso interdialítico (GPI) dos pacientes pré e pós HD. Material e métodos: Noperíodo de janeiro de 2006 à março de 2008 foi realizado um programa de divulgação dosvalores de pressão arterial sistêmica (PA) e (GPI) de cada paciente verificados no início decada sessão pela enfermagem em duas unidades de HD da Fundação Pró Rim. Criou-se umarotina de anotação do GPI e PA aferidos em um mapa com fitas coloridas. Ficouestabelecido fita verde para PAS < 140, PAD < 90mmHg. Fita vermelha para PAS>140,PAD>90mmhg. O mapa foi exposto em local visível, contendo o nome de todos os pacientese os valores aferidos. Aqueles com PA elevada eram identificados e as orientações eramreforçadas pela enfermeira em cada visita de enfermagem, sobre o uso correto dosantihipertensivos, dieta hipossódica, complicações da HAS e do GPI. A média dos valoresde PAS e PAD foram calculadas para cada paciente, a cada mês e considerados controladosquando inferior aos valores de referência. Conclusão: Percebemos que no primeiro ano oresultado foi satisfatório, porém, houve comodismo de parte dos pacientes com isso, foiimplantado um novo método para aferição da PA, onde todos os pacientes aguardam por 10minutos antes da 1ª aferição. Contudo permanecemos com trabalhos de conscientização afim de melhorar os resultados da HAS após a HD. RESULTADOS2006 2007 2008Nº pacientes 168 Nº pacientes 176 Nº Pacientes 182HAS pré 22,8% HAS pré 31,5 % HAS pré 24,3%HAS pós 9,2% HAS pós 16,7% HAS pós 17,1

PO130ATIVIDADES EDUCATIVAS E MOTIVACIONAIS COMO UM RECURSOPARA A ADESÃO AO TRATAMENTO DE PORTADORES DE INSUFICIÊNCIARENAL CRÔNICA EM TERAPIA HEMODIALÍTICA.BURG, G; (1); Clínica Renal de Santa Maria(1);

O tratamento do paciente renal crônico em hemodiálise, não inclui somente sessões dehemodiálise prescrita, mas também outras medidas de adesão à terapêutica, tais como:controle hídrico, dietético e medicamentoso, os quais influenciam diretamente na morbi-mortalidade. Percebe-se uma grande dificuldade na adesão ao tratamento, devido váriasrestrições e limitações que a própria doença renal crônica impõe. Objetivou-seimplementar medidas educativas e motivacionais em um grupo de pacientes emprograma de hemodiálise e comparar os resultados de alguns indicadores antes e após aimplantação. As atividades foram realizadas através de uma gincana incluindo 22pacientes em programa de hemodiálise no período de julho a janeiro de 2007, numserviço de diálise no centro do estado do RS. As atividades foram desenvolvidas pelaequipe multidisciplinar através de dinâmicas, palestras educativas e avaliação deindicadores como: peso pré hemodiálise que não poderiam ser superiores a 5 % do pesoseco, pressão arterial sistólica inferior ou igual a 140mmHg, pressão arterial diastólicainferior ou igual a 90 mmHg, níveis laboratoriais de potássio e fósforo inferior ou iguala 5, e Kt/V superior ou igual a 1,2. Como ferramenta motivacional à adesão, a gincanapontuou a meta dos indicadores propostos, bem como a avaliação do conhecimentoadquirido nas atividades premiando os melhores resultados. Os dados foram coletadostrês meses anteriores e posteriores à gincana no sistema informatizado do serviço eanalisados pelo programa SPSS (versão 9.0). Os resultados comparados ao períodoanterior e posterior à gincana não mostraram diferença estatística significativa nasvariáveis analisadas. Do ponto de vista subjetivo percebeu-se um maior envolvimento eparticipação dos pacientes em relação ao entendimento de sua doença e da importânciado seu auto-cuidado. Acreditamos que sempre é valido educar e motivar nossos pacientespara melhoria da adesão ao tratamento, embora os resultados não tenham sidosignificativos, percebeu-se uma melhoria no nível de conhecimento sobre a patologia euma busca maior pela qualidade de vida

PO131ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE NO PROCESSO DETRATAMENTO HEMODIALÍTICO.SAMERDAK, JACEMIR(1); SANTOS, PRISCILA(1); VERISSIMO, ROSILDA(1);FERNANDES, FRANCINE(1); LEONHARDT, ASTRID(1); Fundação Pró Rim(1);

Introdução: A unidade de hemodiálise (HD), por ser complexa e o tratamento essencialna vida de portadores de doença renal crônica, despertou nosso interesse emacompanhar o tratamento destas pessoas, que vêem suas vidas limitadas e dependentesda máquina de HD. Objetivo: Cuidar de portadores de insuficiência renal crônica (IRC)durante o processo de HD. Metodologia: Realizamos a Sistematização da Assistência deEnfermagem (SAE) com uma amostra de 10 pacientes, concomitante a essa aplicamos

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atividades lúdicas com todos os pacientes que estavam presentes durante o turno de HDcom a finalidade de promover maior bem estar e interação entre eles. A práticaassistencial foi desenvolvida no período de março a maio de 2008, na Fundação Pró-Rimanexa ao Hospital Regional Hans Dieter Schimidt. Resultado: Desses pacientes em HDpredominou o sexo feminino, com idade entre 50 e 58 anos e que tiveram como causasmais freqüentes a indicação do tratamento a hipertensão arterial sistêmica (HAS) ediabetes mellitus (DM). A metodologia do cuidado facilitou o trabalho permitindo,implementar ações efetivas de controle e promoção de saúde e na prevenção de agravos.Observamos que os participantes se dispuseram a seguir nossas orientações, em prol deseu estado de saúde. Verificamos que o cuidado lúdico além do aspecto biológico trouxeuma rotina diferente, onde risos, brincadeiras e conversas marcaram essa prática, já queestas atividades eram restritas. Conclusão: Pudemos perceber que a aplicação da SAE sefaz necessária, assim como a diversificação das atividades de enfermagem

PO132O ADVENTO DO SISTEMA GENIUS® ASSOCIANDO TERAPIA RENALSUBSTITUTIVA À PLASMAFÉRESE.ALMEIDA, MN(1); COSTA, CRSG(1); MENDONÇA, MS(1); SASSÁ, RFR(1); CDR-Clínica de Doenças Renais S/A. - Serviços Hospitalares(1);

Introdução: O tratamento dialítico em pacientes agudos hospitalizados requeralternativas eficientes e inovadoras. A introdução do Sistema Genius® viabiliza amodalidade de Plasmaférese associada à hemodiálise, quando da sua indicação. Objetivo:Demonstrar a utilização do Sistema Genius® como possibilidade terapêutica segura eeficiente de Unidade Móvel de Terapia de Depuração Sangüínea em simultaneidade àmodalidade de Plasmaférese. Materiais e Métodos: ORSA, sexo feminino, 73 anos,branca, internada em Hospital de grande porte com diagnóstico de glomerulonefritecrescêntica por anticorpo anti-membrana basal, sendo indicado como tratamento o uso deprednisolona, citostáticos e Plasmaférese de alto volume associada à hemodiáliseintermitente. Mantido como acesso vascular temporário a veia subclávia esquerdasupraclavicular, anticoagulação zero. A montagem do circuito extracorpóreo é realizadaà beira do leito, quando do início do procedimento dialítico, por profissional técnicoqualificado e responsável. Foram utilizados os materiais específicos do SistemaGenius®, dialisadores de alto fluxo (FX 80), Plasmafiltro (PlasmaFlux PSu 2S) e bombade infusão volumétrica com canal duplo, tendo como reposição a solução albuminada a4% e plasma fresco. O protocolo da Plasmaférese foi de 4000 ml de plasmafiltrado porsessão. Resultados: Durante a internação foram realizadas 15 sessões de Plasmaféresenum período de 16 dias (07 a 23/04/2008) e posteriormente alta programada comcontinuidade da Terapia Renal Substitutiva em âmbito ambulatorial. O mapeamento doanticorpo anti-MGB teve um decréscimo efetivo com a Plasmaférese em 09 sessões comos seguintes valores: 1055 para 151 UI/ml. Conclusão: Este foi um modelo inovador daterapia de Plasmaférese utilizando como uma alternativa segura e eficiente o SistemaGenius® quando comparada às possibilidades atuais. A ausência de circuitos dedrenagem, o funcionamento silencioso e a boa resposta como tratamento propostoresultaram em grande aceitabilidade por parte dos clientes externos.

PO133FÍSTULA ARTÉRIO-VENOSA EM HEMODIÁLISE – CRIAÇÃO DE UMACARTILHA EDUCATIVA.FURTADO, AM(1,2); LIMA, FET(1); SAMPAIO, GMA(2); FRANCO, CMM(2); Universidade Estadual do Ceará(1); Clinica Prontorim(2);

Objetivo: Elaborar uma cartilha educativa abordando aspectos quanto à confecção,maturação, funcionalidade e cuidados relacionados à fístula artério-venosa(FAV) para opaciente em Hemodiálise.Material e Métodos: A temática da cartilha foi selecionada apósrealização de um estudo anterior pelas pesquisadoras, que verificou déficit deconhecimento dos pacientes que realizam hemodiálise acerca da sua FAV. Inserida emuma abordagem qualitativa, a pesquisa delineou-se com a escolha, da cartilha, enquantotécnica de ensino, devido a sua facilidade de utilização do lúdico com o textual.Para tanto,foi criado um personagem central, RINO, que ao longo do folhetim foi esclarecendo aoleitor os principais assuntos que envolvem a FAV. Em sua fase inicial, a cartilha apontouum enfoque sobre a definição de insuficiência renal crônica e tratamento dialítico, com ointuito de orientar o paciente sobre sua patologia e a necessidade de confeccionar o acessovenoso. Em seguida, abordou-se o ponto culminante da cartilha que ressalta os temasrelacionados à fístula artério-venosa(FAV), tais como: confecção, funcionamento ecuidados que devem ser executados pelos pacientes para a manutenção do acesso venoso.Resultados: Elaborar uma cartilha educativa definiu-se como uma tarefa árdua, istoporque resumir assuntos tão variados, com uma abordagem simples e uma leituraenvolvente, permeada de ilustrações que até, então eram inéditas, se mostrou umdesafio.Aos pacientes o instrumento foi apresentado, revelando-se um momento devalidação e aprovação, devido à constatação elucidativa que as temáticas trouxeram a eles.Conclusão: Espera-se, portanto, contribuir com este trabalho, à realidade daqueles quefazem hemodiálise, encontrando e esclarecendo suas principais dúvidas acerca da FAVque possuem, podendo assim ajudá-los a se conhecer, se cuidar e entender melhor oprocesso de hemodiálise e a necessidade da manutenção de seu acesso vascular

PO134CAMPANHA DE PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA PARAGRUPOS DE RISCO.TASQUETO, JVG; NUNES, FS(1,1); Clínica Renal de Frederico Westphalen(1);

Introdução: O crescente aumento do número de portadores de doença renal quenecessitam de terapia renal substitutiva tem preocupado profissionais de saúde, uma vezque a doença apresenta poucos sintomas, o diagnóstico tardio e o início do tratamento

costumam ser em caráter de urgência. Estima-se que mais de 2 milhões de brasileirossejam portadores de algum tipo de disfunção renal e destes, 60% não sabem que tem oproblema. Os diabéticos e hipertensos estão entre os principais grupos de risco. Objetivo:Procurar informar, conscientizar e orientar a população de risco para doença renal assimcomo hipertensos e diabéticos dos programas de saúde da família e programa de agentescomunitários de saúde dos municípios de Frederico Westphalen, Caiçara e Erval Seco(RS). Metodologia: Este trabalho foi realizado através de palestras educativasministradas pelas enfermeiras da Clínica Renal de Frederico Westphalen no período demarço a junho de 2008. Nestes 32 encontros de aproximadamente 2 horas foi abordadoo tema Prevenção da Doença Renal Crônica e estimulado a avaliação renal regularmenteatravés de exames de creatinina sérica e pesquisa qualitativa de proteína na urina. Nestesencontros foi aferido a pressão arterial e nos diabéticos e hipertensos com dificuldade decontrolar a pressão arterial realizavam teste de proteinúria através de fita reagente.Aqueles com resultado positivo eram orientados a realizar creatinina sérica e estando emestágio 3 ou mais, encaminhados para avaliação com médico nefrologista. Resultados:Dos 725 pessoas que assistiram as palestras, 22% eram homens e 78% mulheres. A idademédia foi de 59,8 anos. Destes, 77% são hipertensos e 12% diabéticos. A pressão arterialmédia foi de 134/84 mmHg. Foram realizados 255 urinálises, destas, 78,4% foramnegativas para proteinúria. Dos testes positivos para proteinúria, 11% apresentaramresultados < 30 mg/dl, 9,4%, entre 30 – 300 mg/dl e 1,2%, >300 mg/dl. Conclusões: Dos255 testes de urina realizados 21,6% dos participantes apresentaram algum grau dealteração da função renal. Destes, todos desconheciam o problema, dados estes que vemde encontro com a realidade brasileira. Outro ponto relevante é que na populaçãohipertensa, a pressão arterial média está sendo controlada, o que contribui para minimizaro dano renal

PO135GRAU DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE: INDICADOR PARA MELHORAR AQUALIDADE DO SERVIÇO.PORTELA, OT; (1); Clínica Renal de Santa Maria(1);

Conhecer a satisfação do cliente e suas expectativas é condição básica para avaliar aqualidade dos serviços, vislumbrando a melhoria contínua. Estudo realizado numa clínicade Nefrologia, com 285 pacientes em hemodiálise, localizada no Rio Grande do Sul.Objetivou-se mensurar a satisfação do paciente em relação a sua percepção do serviço.A metodologia utilizada foi exploratório-descritiva quantitativa, com técnica estudo decaso. Para a coleta de dados utilizou-se um instrumento com questões objetivas esubjetivas. Na elaboração, se considerou três dimensões da qualidade preconizadas porDonabedian: a técnica, a interpessoal e a ambiente, além de informações relacionadas àidentificação, bem como a percepção de qualidade na perspectiva do paciente utilizandoa escala Likert 5 pontos. Participaram da pesquisa todos os pacientes em programa dehemodiálise no mês de maio de 2008. Excluiu-se da amostra, pacientes com distúrbioneurológico e psiquiátrico, como também questionários incompletos, resultando 202questionários válidos. Resultados mostram que a avaliação geral do serviço foiconsiderada, ótima por 63% dos pacientes, bom por 33% e apenas 4% consideramregular. Em relação ao atendimento que inclui gentileza, educação e conhecimento: paraprofissionais: médicos, ótimo por 62% e bom por 29%; enfermeiras obtiveram ótimo por63% e bom em 28%; auxiliares e técnicos de enfermagem: considerado ótimo por 55%e bom por 35%; assistente social ótimo por 45% e bom por 35%; nutricionista ótimo por37% e bom por 32%; secretaria/recepção foi considerado ótimo por 46% e bom por 39%.Já o ambiente, higiene, limpeza, lanche obteve ótimo por 50% e bom por 35%. Emrelação à expectativa do cliente apareceu como requisito básico à gentileza dosprofissionais em 26% dos participantes e o conhecimento dos profissionais por 22%.Concluímos que a avaliação geral do serviço foi considerada muito boa em quase atotalidade dos participantes, assim como a qualidade do atendimento prestado pelosprofissionais foi avaliada como ótimo e bom por mais de 80%. A pesquisa contribuiupara mostrar o grau de satisfação e expectativa do cliente, e os dados levantados poderãoser usados como indicadores no planejamento de ações visando aprimorar a qualidade doserviço.

PO136PERFIL DOS CLIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENALCRÔNICA DO INSTITUTO NEFROLÓGICO DE MATO GROSSO.CASOLA, MSS; (1); Instituto nefrológico de Mato Grosso(1);

A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é um estado patológico que pelos seus aspectosfisiológicos, psicológicos e sócio-econômicos, representam um grave e relevante problemade saúde pública, sendo considerada uma epidemia de crescimento alarmante. No estado deMato Grosso há 8 centros de diálise , atendendo 664 pacientes (SBN, 2007). O InstitutoNefrológico de Mato Grosso (INEMAT) é constituído de 3 centros. Considerando aimportância dessa problemática e o interesse em conhecer a clientela atendida no InstitutoNefrológico de Mato Grosso, este estudo visa conhecer o perfil dos clientes emacompanhamento, levando a uma melhoria do atendimento dessa população. Trata-se deum estudo descritivo e retrospectivo, sobre a caracterização de clientes atendidos noperíodo de janeiro a dezembro de 2007. A população foi caracterizada através dasvariáveis: sexo, idade, procedência, escolaridade, renda familiar, diagnóstico etiológico,tempo de tratamento, tipo de acesso venoso e sorologias. O grupo de estudo constou de 261prontuários, sendo 158 (60,5%) do sexo masculino e 103 (39,5%) feminino. Em relação àprocedência, a grande maioria reside na capital (54%) e Várzea Grande (35%) e no interiordo estado (11%). A idade da clientela variou de 18 a 70 anos, e a maior freqüência de 40 a69 anos (43%). O nível de escolaridade da clientela foi o ensino fundamental incompleto(42%) e 52% tem uma renda familiar de um salário mínimo. Em relação ao diagnósticoetiológico que levaram ao tratamento hemodialítico, segundo o CID-10, 41% apresentavamNefroesclerose Hipertensiva, 28% Nefropatia Diabética, 18% Glomérulonefrite Crônica

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Indeterminada, e 13% outros. O tempo de hemodiálise variou de 6 meses a 10 anos. Quantoao acesso venoso 82% apresentam fístula artério-venosa. O resultado contribuiu paraimplantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), base de elaboraçãode futuros trabalhos científicos, e ainda como apoio de medidas efetivas de vigilância,prevenção e controle da Doença Renal Crônica.

PO137O PAPEL DA ENFERMEIRA NA CONSCIENTIZAÇÃO E CONTROLE DAVACINAÇÃO CONTRA HEPATITE B NUMA UNIDADE HOSPITALAR.VALENTIM, ET(1); CARVALHO, SS(1); AMARAL, DSO(1); BARBOSA, SMC(1);SILVA, PRA(1); ALMEIDA, JR(1); Hospital dos Servidores do Estado (HSE-RJ)(1);

Objetivo: Conscientizar os pacientes Anti-HBsAg negativos sobre a importância davacinação e controlar os resultados, avaliando possíveis interferências. Material eMétodos: Realizamos abordagem oral individual e coletiva antes e durante sessõesdialíticas sobre a importância da vacinação. Orientamos os pacientes a comparecerem àsUnidades Públicas de Imunização levando um encaminhamento do Serviço deNefrologia. Fizeram parte da amostra 95 pacientes, no período de agosto de 2007 a abrilde2008. Os instrumentos para a análise interpretativa foram: Cartão de vacinação,Prontuário e os resultados dos marcadores virais. É importante ressaltar que o protocolode vacinação, segundo o Ministério da Saúde, preconiza: dose dupla em relação arecomendada para a mesma idade conforme o produto, esquema de 4 doses (0, 1,2 e 6meses), testagem da sorologia 1 a 2 meses após ultima dose, repetir esquema para os semresposta e fazer reforço para os que apresentarem títulos Anti-HBsAg < 10mUl/ml.Resultados: Dos 95 pacientes selecionados, 57 pacientes (60%) mantiveram-se negativose 22 pacientes (23,2%) positivaram, e em 16 (16,8%) perdeu-se o seguimento (óbitos,transferências, abandono de tratamento, dificuldade de acesso, calendários de vacinaçãoe desabastecimento). Conclusão: O índice de conversão é baixo na nossa realidade.Evidenciamos que interferências como: desabastecimento da vacina, variações noscalendários de uma Unidade para outra e dificuldades de acesso a esses locais por estaclientela teriam sido fatores que dificultaram o controle desse esquema e da respostavacinal. Sabemos também da importância de obedecer ao protocolo. Acreditamos que aconscientização dos pacientes pelos Enfermeiros é uma etapa imprescindível e deveprevalecer para tornarmos possível a mudança dessa realidade. Mais estudos sãonecessários para estabelecer o real índice da proteção vacinal entre os pacientes comdoença renal crônica.

PO138PACIENTES EM HEMODIÁLISE EM UMA REGIÃO POBRE DO BRASIL -CONDIÇÕES DE MORADIA.PEREIRA, GS(1); VIEIRA, MC(1); SILVA, GAS(1); FRANÇA, AKTC(1); VIEGAS,HS(1); CALADO, IL(1); SALGADO FILHO, N(1); Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão(1);

Objetivo: Avaliar as condições socioeconômicas, sob o enfoque das condições demoradia, de pacientes renais crônicos em hemodiálise de um Hospital Universitário nacidade de São Luís, Maranhão. Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivorealizado com pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico no Serviço deNefrologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Foramavaliadas as condições de moradia dos pacientes e os dados foram obtidos no Cadastrodo Serviço Social no período de abril a junho de 2008. Os dados foram analisadosutilizando o software Epi Info, versão 3.3.2 – 2005. Resultados: Foram avaliados 102pacientes com média de idade de 44,3±18,6 anos e distribuição homogênea de gênero(50,0% masculino). A maioria dos pacientes residiam em imóvel próprio (74,5%), com4 a 6 cômodos (67,6%), de alvenaria (91,2%), com cobertura de telha (87,3%), piso decerâmica (54,9%) ou cimento (30,4%), com coleta pública do lixo (84,3%), energiaelétrica (99,0%) e abastecimento de água pela rede pública (86,3%). Porém, foramobservadas condições adversas de moradia, como paredes de taipa ou adobe (8,8%),cobertura de palha (2,9%), sem revestimento de piso (14,7%), lixo ao céu aberto (5,9%),enterrado ou queimado (9,8%), água proveniente de poço (13,7%) e sem tratamento paraconsumo (6,9%). Tais condições evidenciam precária situação social e podem restringiropções de tratamento. Conclusão: Apesar da maioria dos pacientes apresentaremcondições de moradia aparentemente adequadas, existe uma minoria que demonstracondições desfavoráveis de moradia e a necessidade de aprimoramento de políticaspúblicas, principalmente no que se refere ao saneamento básico.

PO139CARACTERIZAÇÃO DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENALCRÔNICA EM TRATAMENTO DE HEMODIALÍTICO EM UM HOSPITAL DEENSINO.RIBEIRO RCHM(1); Famerp(1); UNIP(2);

A Insuficiência Renal Crônica (IRC) refere-se a um diagnóstico sindrômico de perdaprogressiva e irreversível da função renal de depuração. A indicação do programahemodialítico é feita quando o tratamento conservador não é capaz de manter a qualidadede vida do paciente. O objetivo foi caracterizar sócio demograficamente o paciente comIRC em programa hemodialítico na unidade de nefrologia de um Hospital de Ensino,analisar as causas de IRC, identificar as doenças associadas a IRC e levantar o acessoatual do tratamento. Trata-se de um estudo descritivo e prospectivo, onde foramentrevistados, por meio de um instrumento de coleta de dados, 120 pacientes cadastradosaté novembro de 2006 na Unidade de Hemodiálise do Hospital de Base de São José doRio Preto-SP. Os dados revelaram que a maioria foi do sexo masculino (58,3%), casados

(57,5%), com escolaridade de zero a quatro anos (55%), aposentados (50,8%), residentesem zona urbana (85,8%), com renda mensal entre dois a quatro salários mínimos(44,1%), cuja principal causa da IRC foi a Hipertensão Arterial (56,6%), com doençasassociadas a cardiopatias (15%), em tratamento hemodialítico com acesso em fístulaartério-venosa (95%). Com base na epidemiologia, todos os resultados apresentaram-secompatíveis com a literatura encontrada. Os resultados obtidos neste estudo são de sumaimportância, uma vez que, para realização do direcionamento da assistência deenfermagem, é imprescindível o conhecimento do perfil dos pacientes em tratamentohemodialítico, podendo assim, fornecer um melhor atendimento, planejamento doscuidados e obtenção da efetividade no tratamento e satisfação dos pacientes.

PO140ESTUDO RETROSPECTIVO DA FREQÜÊNCIA DE INFECÇÃO E DOSPRINCIPAIS MICRORGANISMOS EM PACIENTES DE HEMODIÁLISE COMUSO DE CATETER DUPLO LÚMEN.RIBEIRO R C H M(1); CESARE A P(1); BERTOLIN D C(2); RIBEIRO D F(1);CHICOTE S C(1); LIMA L C E Q(1); LIMA E Q(1); BURDMANN E A(1); FAMERP (1); UNIP(2);

O cateter venoso central é bastante utilizado, e conhecido como importante fator de riscopara o desenvolvimento de infecção e bacteremia em pacientes renais crônicossubmetidos ao tratamento hemodialítico. O objetivo desta pesquisa foi verificar osíndices de infecção e os tipos de microrganismos mais freqüentes em cateter duplo lúmenocorrido em uma unidade de hemodiálise. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivoe quantitativo, realizado no Hospital de Base de São José do Rio Preto-SP. Verificamosque das sessões de hemodiálise avaliadas, 74% foram realizadas por fístula artério-venosa; 15% por cateter duplo lúmen (CDL); 10% por enxerto de politetrafluoretano; e1% das sessões foi realizada utilizando cateter permanente. As bacteremias queocorreram foram relacionadas de acordo com o tipo de acesso vascular, onde a maioriados casos ocorreu em pacientes que utilizavam o CDL temporário, correspondendo a88% das bacteremias ocorridas. Os tipos de microorganismos isolados com maiorfreqüência foram respectivamente, Staphylococcus coagulase negativo (28%),Staphylococcus Aureus (23%) e Acinetobacter Baumannii (13%). Foi possível verificarque os índices de infecção e os tipos de microorganismos isolados nos episódios debacteremias se assemelham com estudos realizados por outros autores. O cateter duplolúmen temporário, é o tipo de acesso venoso para hemodiálise que causa os maioresíndices de infecção. Acreditamos que reduzir índices de infecção é responsabilidade detodo profissional de saúde comprometido com a vida humana.

PO141DEPRESSÃO EM IDOSOS PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENALCRÔNICA EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO.RIBEIRO R C H M(1); SANTIAGO E(1); RIBEIRO D F(1); BERTOLIN D C(2); OLLERG A S A(2); RODRIGUES A M S(1); RODRIGUES R A P(3); KUSSUMOTA L(3); FAMERP(1); UNIP(2); USP(3);

Doenças clínicas podem contribuir para a patogênese da depressão através de efeitosdiretos na função cerebral ou através de efeitos psicológicos ou psicossociais. O fato deestar cronicamente doente pode gerar conflito, frustração e culpa, sendo difícil para opaciente, cônjuge e família expressar seus sentimentos negativos e de raiva. Quando taissentimentos não são expressos, podem ser introjetados, levando ao desespero, depressão etentativas de suicídio (a incidência de suicídio mostra-se aumentada nos pacientes dediálise), chegando a destruir relações familiares já ameaçadas. O presente estudo teve comoobjetivos caracterizar idosos com Insuficiência Renal Crônica submetidos à hemodiáliseem um Hospital Escola e verificar a existência de respostas depressivas na mesma amostra.Trata-se de uma pesquisa descritiva - exploratória, de natureza quantitativa utilizando-seGeriatric Depression Scale (GDS) e Questionário de Caracterização Populacional.Analisados por Método Quantitativo Progressivo (porcentagem) com organização/categorização por meio do programa Excel da Microsoft com posterior análise estatística(correlação de Spearmann). Participaram do estudo 61 idosos com idade variando de 60-88anos, média de idade de 69,97±7,51 anos, 57% gênero masculino, 79% cor branca, 72%casados, sendo 26% analfabetos. A média de respostas depressivas foi 10,43±4,37, o quesugeriria humor normal-levemente deprimido na população em geral. Houve correlaçãoestatisticamente significativa entre Renda Mensal Familiar e Escolaridade (valor p=0,004)e Escore GDS e Analfabetismo (p=0,028), mostrando que os analfabetos apresentarammais respostas depressivas, sugerindo a menor capacidade de adaptabilidade/resiliênciadesses indivíduos à doença e suas implicações.

PO142COMPLICAÇÕES DOS ACESSOS VENOSOS DOS PACIENTES COMINSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO.RIBEIRO R C H M(1); VIZOTO J A(1); BERTOLIN D C(2); RIBEIRO D F(1);CESARINO C B(1); OLIVEIRA JFP(1); LIMA L C E Q(1); BURDMANN E A(1); FAMERP(1); UNIP(2);

Introdução: A perda da função renal terá como conseqüência a Insuficiência RenalCrônica (IRC) como prejuízo ao paciente, que terá como sintomas: fadiga, anorexia,amenorréia, estertores, hiperlipidemia, emagrecimento, fraqueza, náuseas, câimbra,cefaléia, sede, entre outros. A hemodiálise é um dos tratamentos para a IRC e para suaeficácia de resultados exige um acesso venoso de bom fluxo, este acesso pode ser umafístula arterio – venosa (FAV), um enxerto ou o cateter de duplo lúmen (CDL), que émuito prático e de implantação rápida, permitindo o seu uso imediato. A integração e oconhecimento sobre o assunto, por parte das equipes assistenciais são importantes para aadequada manutenção do tratamento, além de proporcionar uma melhor qualidade devida ao paciente. Objetivo: Este trabalho teve por objetivo caracterizar o paciente com

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IRC em tratamento hemodialítico, caracterizar o seu acesso e verificar as complicaçõesdo seu acesso para hemodiálise. Metodologia: Esta pesquisa foi do tipo descritivoinquérito com pacientes que estavam realizando o tratamento de hemodiálise,cadastrados até julho de 2007, nos períodos da tarde e noite, na unidade de nefrologia doHospital de Base da Funfarme de São José do Rio Preto-SP, com bolsa de iniciaçãocientífica (BIC) da Famerp. Resultados: Dos 102 pacientes entrevistados: 66,7% eramhomens, 30,4% com idade entre 61 e 70 anos e 36,3% faziam tratamento entre um e trêsanos. As principais causas da IRC foram: HAS isolada (25,5%) e diabetes associado àHAS (19,6%); 85,3% usavam a FAV, 81,4% não tiveram problema com o atual acesso;44,1% já utilizaram o CDL como acesso anterior, 35,2% já apresentaram infecção nocateter ou coágulo na FAV; 83,3% nunca fizeram outro tratamento antes da hemodiálise;96,1% nunca internaram por problema no acesso vascular.Conclusão: A maioria dospacientes é do sexo masculino, tem a FAV como acesso para hemodiálise, eapresentaram a infecção como principal problema do CDL ou o coágulo na FAV e nuncainternaram por problema no acesso vascular.

PO143PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES INTRADIALÍTICAS EM PACIENTES COMINSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NA HEMODIÁLISE.RIBEIRO R C H M(1); FERRARI R R(1); BERTOLIN D C(2); RIBEIRO D F(1);CESARINO C B(1); LIMA E Q(1); LIMA L C E Q(1); BURDMANN E A(1); FAMERP(1); UNIP(2);

A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é um conjunto de múltiplos sinais e sintomasdecorrentes da incapacidade do rim manter a homeostase interna. Constitui um problemade saúde, pois na maioria das vezes a IRC é diagnosticada em um estágio muitoavançado, pois os sintomas iniciais são pouco evidentes. Os objetivos desse trabalhoforam caracterizar os pacientes que realizavam hemodiálise no período da tarde desegunda a sábado e as principais complicações intradialíticas que os mesmosapresentavam durante a realização da sessão de hemodiálise. Trata-se de um estudodescritivo dos pacientes submetidos á hemodiálise durante o ano de 2007. Para a coletade dados foi utilizado um instrumento contendo 15 questões fechadas, após a aprovaçãodo CEP da Famerp. Os dados obtidos foram analisados na forma de percentuais e sãoapresentados na forma descritiva. Os resultados mostraram que 61% da população daamostra eram do sexo masculino, 98% não moravam sozinhos, 76% eram casados, 51%pardos, 31% brancos, 53% com idade de 60 á 80 anos, 65% tinham hipertensão arterialsistêmica (HAS) como doença de base, 84%nunca realizaram outro tratamento para IRC,67% conhecem a IRC, 40% tem tempo de tratamento na hemodiálise de dois a cincoanos. A principal intercorrência durante a hemodiálise foi à hipotensão com 43% seguidoda hipertensão com 17%. Concluímos que a maioria dos pacientes era do sexo masculino,casados, na cor parda, na faixa etária predominantemente idosa, com doença de baseHAS, não realizaram outro tratamento para IRC, tempo de tratamento de dois a cincoanos e a principal intercorrência durante a sessão de hemodiálise foi à hipotensão.

PO144CONTAMINAÇÃO DE LÚMEN DE CATETER DE HEMODIÁLISE:PREVENÇÃO E TRATAMENTO COM M-EDTA.BIERNAT. JC(1); DEMIN, MSS(1); KOCHHANN, D(1); SANTOS, F(1); SANTOS,AMG(1); RAUBACH, AA(1); SOUZA, MEL(1); BIERNAT, MS(1); Clinirim(1);

Introdução: A presença de biofilme em cateter venoso central perpetua as infecções. Aassociação entre edetato dissódico à minociclina forma o M-EDTA, que é utilizado parao preenchimento do lúmen do cateter para hemodiálise. Esta é uma técnica que vemsendo empregada como alternativa à prevenção das infecções. Objetivo: Verificar aeficácia de uma solução contendo M-EDTA, como selo em cateter de hemodiálise emcomparação à heparina. Metodologia: Aplicou-se heparina em 8 cateteres, denominadosgrupo A, e M-EDTA em 7 cateteres, denominados grupo B. Antes de inicar cada sessãode hemodiálise, respeitando-se a técnica asséptica, foi retirado o produto da luz do catetere coletado hemocultura, totalizando um número de 160 hemoculturas. Na análiseestatística foi usado o Teste de Comparação entre Proporções Independentes sendoconsiderado significativo um p<0,05. Resultados: Foram realizadas 84 hemoculturasseriadas no grupo A, sendo que 8 apresentaram resultado positivo para crescimentobacteriano, representando uma incidência de 9,25% após 248 dias de observação. Nogrupo B, foram coletadas 76 hemoculturas seriadas e apenas uma hemocultura foipositiva, representando a incidência de 1,31% (p<0,05) após 203 dias de observação.Foram identificadas Klebsiella pneumoniae em quatro amostras, Staphylococcus aureusem três amostas e Streptococcus pneumoniae em uma amostra, todas no grupo A. Nogrupo B, identificou-se Klebsiella pneumoniae em uma amostra. Conclusão: De acordocom os resultados, a solução de M-EDTA apresentou eficácia na prevenção de infecções,além de auxiliar em seu tratamento em cateter de hemodiálise. Esta técnica apresenta-secomo uma alternativa para reduzir a prevalência de sepse em pacientes renais crônicos.

PO145ANÁLISE DO PROGRAMA DE DIÁLISE PERITONEAL EM SANTA MARIA-RS: EM BUSCA DA MELHORIA CONTÍNUA DO TRATAMENTO EM DP.CORDENUZZI, OCP(1); BURG, G(1); GUSMÃO, PF(1); SILVA, DM(1); Clínica Renal de Santa Maria(1);

Introdução: Estudos relatando a experiência em diálise peritoneal propiciam programas demelhoria contínua do tratamento. Objetivos: Descrever o perfil do paciente em diáliseperitoneal (DP) e fatores que influenciaram seu prognóstico, incluindo sobrevida dopaciente. Material e Método: Estudo prospectivo, onde analisamos 84 pacientes queiniciaram DP entre março de 2007 e maio de 2008. Foram analisados idade, IMC, sexo,raça, doença de base, tempo de seguimento, modalidade de tratamento, falência da técnica,

complicações infecciosas. Um nível de p menor que 0,05 foi requerido para significânciaestatística. Análise de Kaplan-Meier foi utilizada para o cálculo da sobrevida. Resultados:Dentre os pacientes estudados, 45% realizavam CAPD e 55% DPA. A idade média foi 58+/- 16,85 anos. O sexo feminino predominou em 58,3%, e a raça branca em 88,1%. Entrea etiologia da DRC, Diabetes Mellitus foi determinante em 34,5%, Hipertensão ArterialSistêmica em 28,6% e glomerulopatias ou outras causas em 36,9%. A média de IMCencontrado foi de 24,34 (+/- 3,78). Quanto ao tratamento anterior a DP, 52,4% eraproveniente da hemodiálise por dificuldade de acesso vascular. As complicaçõesinfecciosas mostraram a infecção de ósteo em 27,4%, as tunelites em 7% e a peritonite em11,9%. A sobrevida média da técnica foi de 11,28 meses. Dentre as causas de falência datécnica, 48 % permanecem em tratamento, 26 % transferidos para a hemodiálise, 23%evoluíram para óbito. Os motivos de transferência para hemodiálise foram por peritoniteem 11,9%, diálise inadequada em 4,8% e recusa ao método em 6%. A sobrevida dospacientes de 6 e 12 meses, foi respectivamente de 81% e 63%. Conclusões: A mortalidadena DP foi elevada, associada à etiologia da DRC. A sobrevida dos pacientes foi baixa, eabaixo da descrita na literatura mundial. Foi possível verificar que a maioria dos pacientesnão escolheu o método como tratamento, e sim como última alternativa. Estudar o perfildos pacientes no programa de diálise peritoneal torna-se fundamental para avaliar aqualidade do programa em busca da melhoria contínua do mesmo.

PO146SINTOMAS RELATADOS POR PACIENTES EM HEMODIÁLISE E SUASCARACTERÍSTICAS MULTIDIMENSIONAIS.CAPELLARI, C(1); BELLE, LG(1); Centro Nefrológico de Taquara(1);

A doença renal crônica é uma patologia multicausal, cujas manifestações incluemanemia, doença óssea articular e complicações cardiovasculares, entre outras (BATISTAet al., 2005; THOMÉ et al., 2006). Para os sujeitos que realizam hemodiálise (HD),intensificam-se muitos sintomas. Assim, está sendo desenvolvida pesquisa em umaclínica de nefrologia do Rio Grande do Sul, com objetivo de identificar os sintomasrelatados por pacientes submetidos a HD crônica, em sua freqüência e severidade. Temcomo objetivos específicos comparar os sintomas relatados com os exames laboratoriaisde rotina. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal. Da populaçãofazem parte todos os pacientes que realizam HD no referido local entre os meses de maioe junho/2008. Da amostra, os pacientes há 3 meses ou mais nesta TRS, que estejam aptosa responder ao questionário (lucidez, orientação, coerência) e que aceitarem participar doestudo. Os dados são coletados a partir de entrevista semi-estruturada, na qual os sujeitosrespondem questões acerca de dados pessoais e dos sintomas apresentados. Neste último,inferem a freqüência semanal e a intensidade (escala analógica visual de 1 a 10, do menospara o mais intenso). Na análise dos dados, aplica-se estatística descritiva, cálculos defreqüência, média e desvio-padrão. Quanto aos aspectos éticos, o projeto foi aprovadopela direção da instituição, além de os participantes assinarem um Termo deConsentimento para participação em pesquisa. Como resultados preliminares, obteve-seuma população de 86 pacientes, e uma amostra de 46. As principais queixas foram:Fraqueza (67%), cefaléia (63%), cãibras (63%), dor articular (58%), fadiga/cansaço(56%), dor nas costas (38%), dormência nas mãos (38%), insônia (35%), prurido (31%),dor torácica (25%), dispnéia (23%), dispnéia (23%), anorexia (17%), dor na fístulaarteriovenosa (15%) e náuseas/vômitos (13%). Os participantes ainda responderam afreqüência semanal e a intensidade dos sintomas, dados ainda em avaliação. Conclui-seque os sintomas encontrados são semelhantes aos da literatura mundial e que os mesmosservirão de base para diagnósticos e intervenções de enfermagem.

PO147ADMISSÕES EM CLÍNICA MÉDICA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DAGRANDE SÃO PAULO: É GRANDE A PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃOARTERIAL SISTÊMICA (HAS)?SILVA AC(1); BRAGA C(1); DE DEUS RB(2); FERRAZ RR(1,2); Universidade Nove de Julho - UNINOVE(1); GEN - Grupo de Estudos emNefrologia(2);

Introdução: A pressão arterial (PA) é resultante da tensão que o sangue exerce sobre asparedes das artérias, dependendo de dois fatores que são o débito cardíaco e a resistênciaperiférica. Sua averiguação compreende a verificação da pressão máxima ou sistólica, eda pressão mínima ou diastólica, sendo registrada em forma de fração ou não. Níveispressóricos acima do normal constituem HAS (PA normal considerada neste estudocomo 120/80 mmHg). Sendo a HAS uma importante comorbidade que pode predispordiversas lesões em órgãos-alvo como, por exemplo, o encéfalo, coração e rins, seriainteressante que a maioria dos serviços conhecessem a sua prevalência, buscandosistematizar o atendimento e elaborar programas de prevenção. Objetivo: Avaliar aprevalência de HAS como motivo de admissão na Clínica Médica de um hospital da redepública da cidade de São Paulo. Método: Foi realizado um estudo retrospectivo comlevantamento de prontuários no período de janeiro a maio de 2008 (4 meses). Nesselevantamento foram anotados os motivos da admissão e o sexo dos indivíduos.Resultados: No período observado, ocorreram 37 internações (26M/11F). Destespacientes, 23 (62%) apresentavam-se com HAS. Observou-se um maior número de casosentre indivíduos do sexo masculino, 15M/8F (69 e 31% respectivamente). Conclusão: AHAS apresentou alta prevalência nos pacientes masculinos quando comparados aospacientes femininos e nos pacientes admitidos quando comparados a outros diagnósticosde internação. A implementação de programas de prevenção de HAS, bem como aeducação continuada desta patologia em simpósios e palestras para estudantes dediferentes níveis de escolaridade continua sendo necessária, para minimizar e mesmoreduzir as conseqüências, em longo prazo, desta patologia. As grandes conseqüênciasrelacionadas a HAS são, em sua maioria, acidente vascular encefálico, insuficiênciacoronariana (podendo levar a infarto agudo do miocárdio) e insuficiência renal de grausvariados, com possibilidade de necessidade de tratamento dialítico.

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J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3)250 XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

PO148AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO TEMPO DE DIAGNÓSTICO DE LÚPUSERITEMATOSO SISTÊMICO (LES) E PIORA DE FUNÇÃO RENAL EM UMGRUPO DE 102 MULHERES.OLIVEIRA SR(1); FERRAZ RR(1,2); DE DEUS RB(2); UNIBAN - Universidade Bandeirantes de São Paulo(1); GEN - Grupo de estudos emNefrologia(2);

Introdução: O LES é uma doença que se caracteriza por ser auto-imune e de carátersistêmico e inflamatório com produção de auto-anticorpos e atinge órgãos diversos(dentre eles os rins) e de formas diversas em cada indivíduo. O acometimento renal éfreqüente e em geral, corresponde a uma glomerulonefrite, que pode apresentar-se dediferentes formas, indo desde alterações urinárias mínimas até insuficiência renal.Estima-se que cerca de um terço dos pacientes com LES venha a desenvolver alteraçãorenal, o que requer um acompanhamento ambulatorial rigoroso. Objetivo: Avaliar ainfluência do tempo de doença lúpica em indivíduos femininos ao longo de 5 anos e suarespectiva sua função renal. Material e métodos: Foram avaliadas 102 pacientes do sexofeminino, provenientes de um ambulatório de um Posto de atendimento de especialidadesda rede Municipal da grande São Paulo e levantados prontuários e colhidos dadosreferentes a: sexo, idade, tempo de diagnóstico, raça e valores de creatinina plasmática.Resultados: Todos os indivíduos do estudo eram do sexo feminino. Legenda da tabela:IMC=índice de massa corpórea; na coluna raça: B=branca, N=negra, P=parda. Todos osindivíduos do estudo estavam em tratamento ambulatorial neste posto e nenhuma daspacientes sofreu internação no período. Conclusão: Observamos que não houve diferençasignificativa entre os IMC e as diferentes raças nos 4 grupos; Houve uma tendência aindivíduos mais velhos no 4° grupo (de 5 a 10 anos) e observamos diferença significativanos valores de creatinina plasmática entre os indivíduos 1 vs. 4; 2 vs. 4 e 3 vs. 4.Concluímos que o maior tempo de doença apresenta relação com maiores valores decreatinina plasmática e de diminuição de função renal. Características clinicas e creatinina plasmática das 102 mulheres com LES do estudo.Grupo Tempo de Idade IMC Raça (número CreatininaE N Diagnóstico (anos) (kg/m2) de pacientes Plasmática

em anos e raça) (mg/dL)I (n=37) 1 a 2 27,2 +/- 5,3 24 +/- 3,5 8B; 23N ; 5P 1,14 +/- 0,3II (n=15) 2,01 a 3 31 +/- 5,2 24 +/- 3,0 3B; 8N; 4P 1,27 +/- 0,4III (n=46) 3,01 a 4 32,2 +/- 5,6 26 +/- 3,7 10B; 32N; 4P 1,10 +/- 0,3IV (n=4) 4,01 a 10 35,6 +/- 3,1 29 +/- 1,5 0B; 4N; 0P 2,64 +/- 0,9

PO149INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE COMCATETER DUPLO LÚMEN TEMPORÁRIO.BARROSO, AL; (1); SAMERDAK, J; (1); VIEIRA, M A; (1); DEBONI, LM; (1); ARAUJO,M; (1); THOL, MT; (1); LUZ, HA; (1); VIEIRA, J A; (1); LEONARDT, AM; (1); Fundação Pró-Rim(1);

Introdução: A ocorrência de infecção em cateter duplo lúmen temporário (CDLT) é umacondição frequente e repercute negativamente na morbi-mortalidade de pacientes emhemodiálise. Objetivo: Determinar a incidência de infecção em CDLT em pacientessubmetidos à hemodiálise. Material e métodos: Estudo retrospectivo, no qual foramanalisados os dados referentes a implante de CTDL (local de punção e tempo depermanência) e ocorrência de infecção definida como presença de secreção em sítio de saída,febre ou bacteremia no período de janeiro a dezembro de 2007 envolvendo três centros dediálise. Resultados: No período observado foram implantados 68 CTDL (51 em veia jugular;tempo de permanência médio=29,8±25,6 dias e 17 em veia femoral; tempo de permanênciamédio=9,2±8,3 dias). A incidência de infecção observada foi de 25% (17 casos). Em relaçãoao tempo de ocorrência da infecção, 4 casos (23,5%) foram observados nos primeiros 15dias, 6 casos (35,3%) entre 16 e 30 dias e 7 casos (41,2%) acima de 30 dias. A incidência deinfecção em CTDL em jugular foi de 29,4% (15 casos) e em CTDL em femoral de 11,7%(2 casos). Conclusão: A incidência de infecção e o tempo de permanência do CTDLencontrada na população estudada foram semelhantes aos dados da literatura. Ocorreu umamaior incidência de infecção em CTDL em veia jugular, provavelmente, devido ao maiortempo de permanência. No entanto, como esta é uma complicação com potencial deevolução desfavorável, todos os esforços devem ser feitos para reduzir a sua incidência.

PO150TRANSFERÊNCIA DE USUÁRIOS PARA CLÍNICA DE DIÁLISE: UMAAVALIAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL SOBRE O DESAFIO E A GARANTIA DAINTEGRALIDADE NO SUS EM UMA UNIDADE PÚBLICA.SILVA, ESF(1); VALENTIM, E(1); GOMES, LMR(1); NOBRE, CQM(1); BARBOSA, S(1); Hospital Servidores do Estado (HSE-RJ)(1);

Introdução : A dificuldade do processo de transferência de usuários para clínicasconveniadas de diálise (CCD), no setor de Nefrologia do HSE nos leva a considerar osdesafios e impasses colocados para o funcionamento dos serviços públicos de diálise,mas também, e de forma contundente, nos remete a pensar até que ponto está segarantindo a integralidade da assistência aos portadores de Insuficiência Renal Crônica(IRC) em regime de Hemodiálise(HD).Objetivo: análise do processo de transferência deusuários para CCD buscando compreender em que medida a continuidade do tratamentorenal é garantida no sistema após a entrada dos usuários portadores de IRC no serviço deHD do HSE. Metodologia: avaliação do fluxo de entrada de usuários novos etransferências para CCD focando o número de transferências realizadas em confrontocom o número de usuários novos no período de Janeiro de 2007 a Março de 2008;utilizou-se o registro de enfermagem de entrada e saída de pacientes na Hemodiálise parao estudo. Resultado: A tabela dos dados colhidos apresenta a situação. Conclusão: Oresultado nos permite afirmar que : há uma esmagadora predominância da baixa ofertade vagas para transferência tendo em vista o contraste da admissão de usuários novos e

a saída destes para clínicas de diálise. Este fato se torna relevante se considerarmos queneste processo está colocado um impasse a garantia da integralidade das ações do SUS,mas também coopera para a dificuldade do acesso de 1ªvez à diálise, superlotação dosserviços públicos (além de comprometer a qualidade do atendimento) e, ainda maisgrave, acarreta em grandes repercussões nas estratégias de vida e na qualidade da mesmapor parte dos usuários (grandes deslocamentos, problemas com trabalho, rede de apoio social, etc.). Tabela ITotal de Total de Usuários que Média de Média de entradas transferências retornaram entradas transferências

para CCD (Mês) (Mês)278 33 44 18.5 2.2

PO151TREINAMENTO POR SIMULAÇÃO EM TERAPIAS DIALÍTICAS SOBMONITORIA DE ENFERMEIROS.MARINHO, DG(1); VALENTIM, ET(1); BARBOSA, SM(1); COSTA, MF(1); SILVA,PRA(1); Hospital Servidores do Estado (HSE-RJ)(1);

Introdução: Investir em treinamento e educação é um papel importante para aenfermagem, garantindo a qualidade e continuidade do serviço. Visando ampliaroportunidades para aprimorar e complementar o conhecimento teórico e prático sobre ostipos de terapias renais iniciamos uma experiência realista com o uso de equipamentosde diálise de forma ética e segura. Objetivos: descrever uma prática segura das técnicasde tratamento dialítico sem riscos e de forma interativa com as várias situações clínicassimuladas. Métodos: realizado um curso com 16 alunos de nível técnico no Centro deTreinamento Berkeley (CTB), durante dois dias consecutivos, com total de vinte horasentre teoria, demonstração e prática no mês de junho de 2008. Os cursandos foramdivididos entre 4 estações de treinamento: Punção de Acessos Vasculares, CAPD, DPAe HD. Foram utilizadas as máquinas Gambro AK 95 para hemodiálise e a HomeChoicepara diálise peritoneal , além de todo material necessário para o tratamento dialítico(luvas, máscaras, gorros, linhas arterial e venosa, dialisadores, soluções de DP e HD). Aestrutura do CTB por dispor de manequins que simulam reações humanas e queapresentam circulação artificial, permitem ao aluno treinar as técnicas de punção deFAV, conhecer os tipos de acessos para a diálise, montar sistemas, simular o inicio etérmino do tratamento, aprender como atuar em situações de emergências e os cuidadosao paciente pré e pós-tratamento. Ressaltamos que os manequins são capazes de simularhipotensão, vômitos, tosse, sudorese, PCR, arritmias,etc. Foi oferecido ainda ao cursandoum manual ilustrado de treinamento em Terapia Renal Substitutiva paraacompanhamento do curso além da apresentação de vídeos que ilustram destas práticasem DP e HD. Esta foi uma parceria entre o Serviço de Nefrologia do HSE-RJ, asempresas Baxter e Renaltec e o CTB. Conclusão: O treinamento por simulação, realizadoem manequins, é uma técnica pedagógica pioneira e que proporciona ao cursando maiorsegurança e tranqüilidade para o uso de equipamentos, uma boa e amistosa interação comos monitores e uma forma dinâmica e consolidada de aprendizado e conhecimento.

PO152DESVENDANDO OS RECEIOS DOS PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EMPROGRAMA DE HEMODIÁLISE: PASSOS PARA PROMOÇÃO EM SAÚDEPELA EQUIPE TRANSDICIPLINAR.CUNHA, CVC(1); Santa Cecília Serviços Médicos(1);

Introdução: O atendimento ao indivíduo portador de DRC compreende diferentes níveis,onde se faz necessária a presença de uma equipe transdiciplinar, tanto na atenção básicaquamto em medidas universais de promoção a saúde. Buscando aprofundar o alcancedesta atenção, realizamos em 2007 o levantamento do perfil dos pacientes da clínicaSanta Cecília Serviços Médicos, e como prosseguimos em 2008, identificamos osprincipais receios destes pacientes em programa de hemodiálise. Objetivos: Îdentificar osreceios dos pacientes renais crônicos com relação ao seu tratamento,Orientar a equipetransdiciplinar de acordo com o problema identificado, tornando as intervenções maiseficazes,Promover a qualidade de vida e adesão ao tratamento. Material e Método: Oestudo foi realizado por meio de método quali-quantitativo, através de questionáriofechado, contendo uma questão subdividida em vários quesitos, a respeito do principalreceio do paciente renal crônico em hemodiálise na Clínica Santa Cecília ServiçosMédicos, com relação ao seu tratamento. Responderam ao questionário 181 pacientes.Resultado: Os maiores receios colocados pelos pacientes foram 51% dependência damáquina de hemodiálise; 17% dificuldade em realizar dieta adequada; 10,5%lamentamestar fora do mercado de trabalho; 10.5%alegam outras questões e 11% nãoresponderam. Conclusão: Os resultados aqui obtidos proporcionam à equipetransdiciplinar desta unidade um melhor conhecimento dos receios de nossos pacientesem programa de hemodiálise, com uma visão mais abrangente do indivíduo. Permitemplanejamento direto e eficaz de intervenções que busquem minimizar as consequênciasdestes receios levantados, promovendo educação em saúde e adesão ao tratamento.

PO153A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS TERAPÊUTICOSOCUPACIONAIS JUNTO A CLIENTELA COM INSUFICIÊNCIA RENALCRÔNICA (IRC) NO HOSPITAL SERVIDORES DO ESTADO (HSE-RJ).GOMES, LMR(1); FERNANDES, AL(1); BARBOSA, SMC(1); Hospital Servidores do Estado (HSE-RJ)(1);

Introdução: O HSE-RJ, recebeu nos últimos dois anos profissionais aprovados em concursopúblico. A terapia ocupacional (TO) passou a fazer parte da equipe de nefrologia em 2007,quando inicia o trabalho, em parceria com toda equipe, em especial a de enfermagem.

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J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3) 251XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

Objetivo: Este trabalho relata a experiência na área de TO com pessoas portadoras de IRCem terapia dialítica, possibilitando melhora na qualidade de vida e suporte na re-organização do seu cotidiano e o tempo que permanecem no espaço hospitalar. Métodos:A intervenção da TO foi realizada semanalmente pela manhã em atendimentos individuaisno local do tratamento dialítico, diálise peritonial (DP), hemodiálise (HD) ou enfermaria.A seleção da atividade, enquanto recurso terapêutico, dá-se através da avaliação terapêuticaocupacional levando-se em consideração as características individuais e respeitando-se opotencial funcional de cada paciente. Alguns atendimentos foram desdobrados ematendimentos ambulatoriais, inserção no mercado informal (feira de artezanato) econfecção de ornamentação para o próprio serviço. Utilizamos entrevistas estruturadas paraavaliação com instrumento exclusivo do TO, medida de Desempenho OcupacionalCanadense que avalia o desempenho nas atividades de vida diária. Resultados: De jan/07 amaio/08, 54 pacientes foram atendidos, sendo 37 em enfermaria, 24 em DP e 13 em HD.As principais atividades selecionadas, após avaliação, foram as expressivas (pintura edesenho) e artesanais. A maioria dos trabalhos foram expostos na feira. Conclusão: Aatuação da terapia ocupacional com utilização de recursos terapêuticos pode capacitá-lospara mudança de estilo de vida promovendo a autonomia e independência nas atividadesde vida diária, obtendo melhor qualidade de vida para si e para aqueles que o cercam. Ouso produtivo do tempo de tratamento hospitalar promove ao paciente com IRC a reflexãosobre diversos aspectos da sua vida ampliando as possibilidades de trocas entre familiares,amigos e equipe do serviço de nefrologia.

PO154LEVANTAMENTO DE ACHADOS E SINTOMAS DIAGNÓSTICOS EMPACIENTES AFRO-DESCENDENTES COM LÚPUS ERITEMATOSOSISTÊMICO (LES) TRATADAS AO LONGO DE ATÉ 10 ANOS EMCOMPARAÇÃO COM PACIENTES CAUCASIANAS.OLIVEIRA SR(1); DE DEUS RB(3); FERRAZ RR(1,2,3); Universidade Bandeirante de São Paulo - UNIBAN(1); Universidade Nove de Julho -UNINOVE(2); GEN - Grupo de Estudos em Nefrologia(3);

Introdução: O LES é uma doença reumática que acomete diversos sistemas corpóreos.Nos EUA, sua prevalência é de 15 a 51 casos/100.000 habitantes, dependendo dotamanho da população afro-descendente presente em cada Estado. Ainda, O LES é maisfreqüente em negros do que em brancos, com incidência de 11,7/100.000 e 2,7/100.000,respectivamente. Calcula-se (dados anuais) que 27,5/milhão de caucasianas e75,4/milhão de negras são lúpicas. No Brasil não existem estudos que categorizem apopulação lúpica, mas pode-se prever que esta incidência seja alta, devido à intensapresença de negros e mulatos em nossa população. Objetivos: Avaliar sintomasobservados em pacientes femininas afro-descendentes com LES em comparação àpopulação caucasiana. Casuística e Método: Foram avaliadas 102 pacientes provenientesde um ambulatório de especialidades, de amparo municipal, da cidade de São Paulo.Resultados: Do total, 22 eram brancas (Grupo GI) e 80 eram negras (Grupo GII) No GIobservou-se idade de 30,2+/- 5 anos, IMC de 24+/-3,4 kg/m2; creatinina sérica: 1,22+/-0,4 mg/dL vs. GII, que apresentava idade média de 30,5+/-6 anos, IMC: 25+/-3,7 kg/m2e creatinina sérica de 1,43+/-0,6 mg/dL. Não ocorreram diferenças estatisticamentesignificantes com relação a estes parâmetros entre os grupos. Quanto aos achados,destacamos (GI/GII): reumatismo (12/51 casos), artrite (2/15); úlcera gástrica (2/3);gastrite (5/19); varizes de membros inferiores (1/5); manchas cutâneas (7/35); psoríase(4/15); anemia (4/21); HAS (0/5) e Diabetes Melito (0/1). Conclusões: Observamos maisachados nas pacientes afro-descendentes, principalmente relacionados com manchas napele, doenças ou sintomas reumáticos e HAS. Idade de acometimento e IMC nãomostraram diferenças entre os grupos. A creatinina sérica apresentou tendência a ser maiselevada no GII. No Brasil deve-se redobrar a atenção nos casos de LES devido à intensamiscigenação, no intuito de prevenir ou tratar precocemente as complicações do LES,que podem evoluir para a insuficiência renal crônica.

PO155PROMOVENDO A INTERAÇÃO DA TEORIA À PRÁTICA NA EDUCAÇÃOPROFISSIONAL FOCALIZADA NA ANTICOAGULAÇÃO EM HEMODIÁLISE.AMARAL, DSO(1); COSTA, MFM.(1); BARBOSA, SMC(1); VALENTIM, ET(1); Hospital Servidores do Estado (HSE-RJ)(1);

Objetivos: descrever o protocolo de anticoagulação (AC) em hemodiálise (HD) do HSEpara profissionais técnicos de enfermagem (TE). Proporcionar estudo, discussão e práticade: HD, sistema renal e AC em HD para o grupo em campo de estágio e promover relatopelo grupo, das possibilidades e dificuldade encontradas para o desenvolvimento doprotocolo. Metodologia: estudo descritivo com 15 profissionais/alunos do curso decomplementação para TE com abordagem metodológica do estudo do protocolo de HD,sendo este fazendo parte da rotina de serviço do campo de estágio. Este protocolo descrevea dose de heparina utilizada durante o tratamento, a técnica passo a passo de administraçãodo mesmo por bomba de heparina na máquina de HD bem como os testes de coagulaçãode sangue realizados nos tempos em que são preconizados. Descrevemos também oprotocolo de lavagem do sistema com soro fisiológico quando a AC for contra indicada.Resultados: em reunião avaliativa, detectou-se algumas dificuldades: 1)período de estágiocurto para execução da técnica; 2) informações insuficientes no protocolo que facilitassemo aprendizado; 3) apoio inadequado dos profissionais na unidade e 4) restritorelacionamento com a equipe de enfermagem. Verificaram a necessidade de estudar ateoria do procedimento para domínio da prática e desmotivação na execução dasatividades, reduzindo o aprendizado. Nas possibilidades descritas: 1) a importância dacriação de ações práticas quanto à assistência humanizada, motivada pelo aprendizadocomo apoio psicológico pós intercorrências ao cliente em tratamento; 2) sugeriramreavaliação do protocolo existente com informações mais esclarecedoras para execuçãodo procedimento e 3) descreveram que o aprendizado sobre intercorrências ressaltou o usode EPI e biossegurança. Conclusões: o apresentado constituiu na busca de identificaçõesdas possibilidades e dificuldades de descrever uma técnica de ensino-aprendizagem para

ação prática pelo profissional técnico/aluno, permitindo o desenvolvimento da percepçãopara maturação, aprendizagem e interpretação das relações entre si e dos outros equestionar, para estabeler, novos saberes no ensino – aprendizagem.

PO156DESVENDENDANDO OS RECEIOS POS PACIENTE RENAIS CRÔNICOS EMPROGRAMA DE HEMODIÁLISE: PASSOS PARA PROMOÇÃO EM SAÚDEPELA EQUIPE TRANSDICIPLINAR.MAGALHÃES, MS(1); Santa Cecília Serviços Médicos(1);

Introdução:O atendimento ao indivíduo portador de DRC compreende diferentes níveis,onde se faz necessário a prença da equipe transdiciplinar, tanto na atenção básica quantoem medidas universais de promoção a saúde. Buscando aprofundar o alcance destaatenção, realizamos em 2007 o levantamento do perfil dos pacientes da Clínica SantaCecília Serviços Médicos, e como prosseguimento em 2008 , identificamos os principaisreceios destes pacientes em programa de hemodiálise. Objetivos: Identificar os receiosdos pacientes renais crônicos com relação ao seu tratamento; orientar a equipetransdiciplinar de acordo com o problema identificado, tornando as intervenções maiseficazes; Promover a qualidade de vida e adesão ao tratamento. Material e Método: Oestudo foi realizado por método quali-quantitativo, através de questionário fechado,contendo uma questão subdividida em vários quesitos, a respeito do principal receio dopaciente renal crônico em hemodiálise na Clínica Santa Cecília Serviços Médicos, comrelação ao seu tratamento. Responderam ao questionário 181 pacientes. Resultado: Osmaiores receios colocados pelos pacientes foram: 51% dependência da máquina dehemodiálise; 17%dificuldades em realizar a dieta; 10,5%lamentam estar fora do mercadode trabalho,10,5% alegam outras questões e 11% não responderam. Conclusão: Osresultados aqui obtidos proporcionam à equipe transdiciplinar desta unidade um melhorconhecimento dos receios de nossos pacientes em programa de hemodiálise, com umavisão mais abrangente do indivíduo. Permitem planejamento direto e eficaz deintervenções que busquem minimizar as consequências destes receios levantados,promovendo educação em saúde e adesão ao tratamento.

PO157FATORES DE RISCO PARA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA ENTREFREQUENTANTES DE UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE.BERTOLIN, DC; (2); RIBEIRO, RCHM; (1); OLIVEIRA, JFP; (1); RAMALHO, HJ; (1);YAMAZAKI, WM(3); POMPEO, DA; (2); PINA, JC(2); PARRO, ES; (2); ZANOTI,MDU; (2); FAMERP(1); UNIP(2); IUN(3);

A insuficiência renal crônica (IRC) é um problema de saúde pública em todo o mundo.Entre as suas principais causas estão a glomerulonefrite crônica, pielonefrites, doençascrônicas obstrutivas, diabetes mellitus, hipertensão arterial, doenças auto-imunes, gota,amiloidose, rins policísticos, síndrome de alport, cistinose e mal formações congênitas.Com tantas causas, vários fatores de risco estão associados à IRC. Este estudo objetivouanalisar os fatores e risco para IRC em uma amostra de pessoas frequentantes de unidadesbásicas de saúde (UBS) no interior do estado de São Paulo. Este estudo descritivo, não-experimental foi desenvolvido em quatro UBS de São José do Rio Preto – SP, deleparticiparam pessoas adultas e idosas que compareceram às UBS por motivos variados eque concordaram participar do estudo. Foi utilizada a ficha unificada de atendimentoprevina-se, proposta pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, com linguagem adaptada,esta foi aplicada pelas próprias pesquisadoras nas UBS. A população estudada foi compostapor 192 pessoas, sendo 71% do sexo feminino, 70% adultos e 30% idosos. De acordo comos fatores de risco presentes na ficha utilizada encontramos que 54% das pessoasentrevistadas eram hipertensas; 16% apresentavam doenças cardiovasculares; 13% játinham algum grau de disfunção renal; 11% eram diabéticas; 69% relataram não praticarexercícios físicos; 60% possuíam familiares hipertensos; 45% possuíam familiaresdiabéticos; 35% possuíam familiares com doenças cardiovasculares; 23% referiram terfamiliares com doença renal; 21% relataram nunca ter realizado exames de sangue ou urinapara avaliar a função renal; 19% referiram fumar e apenas 7% não referiram nenhum fatorde risco proposto na ficha. Concluímos que a maioria das pessoas entrevistadas apresentavapelo menos um fator de risco, entre os propostos pela ficha utilizada, para desenvolver IRC.

PO158EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENALCRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE.FERREIRA, V(1); Centro Universitário de Araraquara-UNIARA(1);

Introdução: doença renal crônica é uma síndrome clínica caracterizada pela perda lenta eirreversível da função renal. Dados do Censo realizado em 2007 pela SociedadeBrasileira de Nefrologia mostram uma prevalência de 391 pacientes em tratamentodialítico por milhão de habitantes no Brasil. A prevalência da doença renal crônica nafase não dialítica também é elevada e preocupante. Sendo assim, ela constitui umproblema de impacto no plano individual e coletivo expresso pelo sofrimento que aenfermidade acarreta, bem como os custos associados à terapia renal substitutiva.Comoa educação é um processo representado por toda e qualquer influência sofrida peloindivíduo, capaz de modificar-lhe o comportamento, distinguem-se dois tipos deeducação pelos quais essas influências são exercidas e sentidas pelo educando, aheteroeducação e a auto-educação. No primeiro tipo é quando as influências incidemsobre o indivíduo independentemente de sua vontade. É aquele em que não há aparticipação deliberada e intencional do próprio sujeito da educação, embora ele sejalevado inconscientemente a participar do processo. Na auto-educação, ao contrário,existe a participação intencional do educando em procurar influências capazes de lhe

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modificar o comportamento e submeter-se a elas. Objetivos: Identificar o conhecimentoda prevenção da doença, antes do início do tratamento, em portadores de insuficiênciarenal crônica, Desenvolver folhetos educativos para a população com base na patologia,prevenção e tratamento de insuficiência renal crônica. Material e métodos: Trata-se deum estudo descritivo, com pesquisa de campo e abordagem quantitativa, utilizandoquestionário estruturado com perguntas fechadas e abertas. O local de estudo será umaunidade de tratamento dialítico. A população do estudo correspondera a 100 pacientescom insuficiência renal crônica em tratamento crônico de hemodiálise, de ambos ossexos, idade variada (exceto menores de 18 anos). O projeto de estudo foi aprovado peloComitê de Ética em pesquisa em seres humanos da UNIARA. Resultados Esperados:presume-se que os pacientes com insuficiência renal crônica em tratamentohemodialítico não tenham (ou não tiveram) conhecimento suficientemente adequado emrelação à prevenção das possíveis complicações da patologia.

PO159TRANSPLANTE RENAL: PERFIL DO PACIENTE COM PERDA DOENXERTO RENAL.MARTINS, SAS; (1); CUNHA, FN; (1); CHAVES, CS; (1); JESSÍO, LA; (1); NUNES,RS; (1); OLIVEIRA, AB; (1); Hospital Santa Marcelina(1);

O transplante renal envolve o transplante de um rim de um doador vivo ou falecido. Tornou-se o tratamento de escolha para grande parte dos pacientes com doença renal em estágioterminal. O transplante renal tem sido uma opção de tratamento para a melhora da qualidadede vida dos pacientes que antes deste procedimento são submetidos a sessões de hemodiálisede duas a três vezes na semana, privando-os muitas vezes de uma atuação profissional e atésocial em alguns casos. O objetivo deste estudo foi de avaliar o perfil de pacientes submetidosa transplante renal que perderam o enxerto renal por motivos clínicos. A unidade detransplante onde foi realizado este estudo, esta instalada em um hospital de grande portesituado na zona leste da cidade de São Paulo. A unidade está em funcionamento desde o anode 1997, tendo realizado até o mês de junho do presente ano 529 transplantes entre doadoresvivo e doador falecido, destes 115 foram a óbito e 50 perderam o enxerto renal. Ametodologia utilizada foi de levantamento de dados retrospectivos, através dos prontuáriosespecíficos do transplante renal (n=50). O que se observou com estes dados que a maioria dospacientes são aderentes ao tratamento, porém a perda do enxerto foi em menos de um ano detransplante, e o motivo da rejeição foi o uso incorreto do medicamento. Conclui-se que apesarde todo o empenho da equipe multidisciplinar e principalmente a de enfermagem que assisteao paciente continuamente em seu período de internação e através das consultas ambulatóriasno pós-transplante renal é necessário intensificar as orientações sobre o uso correto dosimunossupressores indicado e para isso foi criado panfleto que visa à identificação dosmedicamentos através de figuras, onde em seu período de internação, a cada administraçãodo medicamento é solicitado para o mesmo identificar o imunossupressor que irá tomar. Comisso espera-se minimizar a perda do enxerto pelo uso indevido do medicamento. Palavraschaves: Transplante Renal; Rejeição; Imunossupressores.

PO160MORTE ENCEFÁLICA: CONSEQUÊNCIAS ENVOLVENDO CRITÉRIOSCLÍNICOS, ASPÉCTOS ÉTICOS E OS CUIDADOS NA MANUTENÇÃO DOPOTENCIAL DOADOR.OLIVEIRA, AB; (2); MARTINS, SAS:(1); MEDEIROS, DJ; (2); CUNHA, FN; (1);NUNES, RS; (1); CHAVES, CS; (1); JESSIO, LA; (1); Hospital Santa Marcelina(1); UNINOVE(2);

A morte encefálica há muito tempo deixou de ser assunto de mera curiosidade para osprofissionais da saúde independente da especialidade de que exerça, antes era deixadoexclusivamente para os neurologistas, hoje se trata de uma situação que abrange asdemais especialidades, como intensivistas, anestesistas clínicos e equipe de enfermagem.Somente através de uma atualização cientifica constante e um posicionamento maduropode-se enfrentar esta conflituosa e desafiante real situação sobre morte encefálica. Amorte encefálica é definida quando há perda irreversível das funções cerebrais, incluídotronco e encéfalo. É um processo que altera a fisiologia de todos os sistemas orgânicos.Este estudo teve como objetivo, demonstrar os critérios clínicos e aspectos éticos queenvolvem a morte encefálica visando à manutenção do potencial doador. Foi utilizadocomo metodologia a pesquisa bibliográfica, atreves de livros, artigos científicos, e sitesda rede de comunicação internet. Através da pesquisa realizada concluiu-se que éessencial que a equipe médica e de enfermagem, tenha conhecimento das possíveisalterações fisiopatológica da morte encefálica. Ao colocar em pratica tais conhecimentoscontribuirá para um adequado cuidado ao potencial doador, viabilizando os órgãos paraum possível transplante. Os aspectos éticos devem ser rigorosos em relação à notificaçãoe abordagem aos familiares, onde muitas vezes estes desconhecem a veracidade econfiabilidade de todo os tramites da morte encefálica e doação de órgãos. Diante de taissituações todos os membros da equipe de saúde envolvidos neste contexto devem estarpreparados e empenhados para conduzir de maneira integra e humanizada todo esteprocesso. Palavras Chaves: Morte Encefálica; Aspectos Éticos; Potencial Doador.

PO161IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR EMNEFROLOGIA.SILVA, MIL(1); MACHADO, DKBB(1); CDR(1);

A insuficiência renal crônica e o tratamento hemodialítico provocam uma sucessão desituações para o paciente renal crônico, que comprometem aspectos de caráter físico epsicológico, com repercussões pessoais, familiares e sociais. Nesta perspectiva, este estudoexploratório-descritivo, de caráter qualitativo, objetivou identificar a percepção do paciente

renal crônico sobre a importância do enfermeiro na equipe multidisciplinar em nefrologia.Foram entrevistados 30 pacientes em terapia hemodialítica de uma unidade privada denefrologia no interior do estado do Maranhão, entre os meses de maio e junho 2008. Todosos entrevistados responderam que estão satisfeitos com a assistência prestada peloenfermeiro da unidade, 30% referiram que a importância do enfermeiro está napreocupação que este demonstra sobre seu estado de saúde, 50% citam que a figura doenfermeiro inspira confiança, segurança e tem caráter educativo. Essas afirmaçõesconvergem com as de Lima (2004), quando afirma que o enfermeiro exerce papel deorientador facilitando a adesão do paciente ao tratamento. Assim, consideramos que ospacientes reconhecem que a enfermagem desempenha um papel fundamental, contribuindopara melhoria na qualidade de vida dos pacientes, porém enfatizamos a necessidade demanter um programa de atualização a todos profissionais que atuam no serviço

PO162A VISÃO DO PACIENTE RENAL SOBRE DIÁLISE PERITONEAL.SILVA, MIL(1); TEIXEIRA, CBX(1); TORRES, AD(1); Facimp(1);

A diálise peritoneal (DP) ainda é uma realidade distante em alguns estados do Brasil.Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia- SBN, em 2007 apenas 9,2% dospacientes nefropatas optaram pela diálise peritoneal como terapia dialítica. Apesar de seruma modalidade que oferece maior conforto, liberdade e bem-estar se comparada àhemodiálise, observa-se que muitos pacientes não aderem à terapia. Objetivamos, nesteestudo, elucidar as causas da não aceitação da diálise peritoneal pelos pacientes renaiscrônicos de uma clínica do interior do estado do Maranhão. Para tanto, realizamos umapesquisa de caráter exploratório, de cunho qualitativo, em uma unidade privada denefrologia do estado do Maranhão, que oferece a hemodiálise e diálise peritoneal comomodalidades terapêuticas, entre os meses de abril e junho de 2008. Os dados foramcoletados através de entrevista a 70 pacientes em tratamento hemodialítico na supracitadaunidade e que concordaram em participar do estudo. Foram excluídos aqueles com contra-indicações absolutas à diálise peritoneal, como os pacientes com cavidade inadequada(devido a aderências cirúrgicas ou doença inflamatória), citadas por Riella (1996). Alémdisso, os pacientes com dificuldade de compreensão ou com alterações no processo depensamento também não foram entrevistados. Os resultados revelaram que 65% dospacientes não compreendem claramente o mecanismo da diálise peritoneal e afirmam comênfase que esta modalidade só deve ser feita quando nenhuma outra for possível; 60% nãoconcluíram o ensino fundamental e 40% ouviram informações vagas de outros pacientes.Além disso, houve pacientes que responderam que as pessoas que fizeram este tipo detratamento morreram logo (20%); 30% sentem-se bem com a modalidade atual porquegostam do tratamento oferecido pela clínica de diálise e o tratamento permite o encontrocom os amigos. Além disso temem o auto-cuidado. Concluímos que a resistência à adesãodo paciente à DP deve-se em grande parte à falta de informações seguido ofertadas pelosprofissionais, fazendo com que as informações sejam adquiridas de forma deturpada.

PO163RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A DINÂMICA DE UM SERVIÇO DETRANSPLANTE RENAL: UMA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL.SILVA, AS(1); Hoapital Geral Ana Neri(1);

O crescente número de doentes renais crônicos no Brasil caracteriza uma problemática desaúde pública de difícil controle. Como residentes da especialização multiprofissional emsaúde, do núcleo de nefrologia, vivenciamos um estágio observacional por 22 dias em umhospital de grande porte na capital São Paulo que funciona um serviço de transplante renal.Diante do exposto, temos por objetivo descrever a experiência vivenciada em um serviço dereferência em transplante renal na capital de São Paulo, sob a ótica de enfermeiros enutricionistas que residentes da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) Utilizamos aabordagem qualitativa, descritiva, exploratória, com método de análise de relato deexperiência com observação sistematizada. Análise: A) Composição do serviço de Nutrição- O serviço de nutrição do hospital do rim é composto por 1 nutricionista coordenadora, 2nutricionistas de clínica e 2 nutricionistas de produção, sendo este último serviçoterceirizado; O protocolo de avaliação nutricional constava de avaliação subjetiva global,avaliação objetiva global e avaliação de exames bioquímicos. Também havia visita doserviço de nutrição aos pacientes acomodados no Pronto Atendimento e no Hospital Dia. B)Composição do serviço de enfermagem – o processo de sistematização de assistência deenfermagem é implantado embora não haja uma teoria definida, é elaborado diagnóstico deenfermagem e a prescrição em forma de check list. Refletimos que a qualidade da assistênciaestá estritamente relacionada ao quantitativo e qualificação dos enfermeiros, que sedistribuíam em 02 para 23 pacientes, condição não usual nas unidades do nordeste. Ocontrole de infecção é efetivo. O trabalho sistematizado e com alta resolutividade é umaconquista diária e não instante de mágica, necessitando contar com profissionais motivados,capacitados e que contem com instrumentos de trabalho adequados. Sob nossa ótica a regiãodo nordeste deve buscar avançar na estrutura, formação de recursos humanos e aquisição detecnologia de ponta a fim de ofertar a população tratamentos seguros e humanizados.

PO164REJEIÇÃO À DIÁLISE PERITONEAL DOS PACIENTES SUBMETIDOS ÀHEMODIÁLISE EM UM ÚNICO CENTRO BRASILEIRO.SILVA, EK(1); MORAES, TP(1); PASQUAL, DD(1); LOBO, YS(1); VAVRUK, AM(1);BAGGIO, L(1); DOURADO, VA(1); BERALDO, RM(1); ZANARDINI, CSB(1); DIAS,MC(1); Clínica de Doenças Renais(1);

Introdução: A diálise peritoneal (DP) é uma terapia de substituição renal bem estabelecidae mundialmente aceita. Suas vantagens em relação a qualidade de vida quando comparado

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a hemodiálise(HD) são bem conhecidas. Entretanto na pratica clinica diária observamosque o paciente em programa de HD aparenta ter grande rejeição à DP. Objetivo:Quantificar a taxa de rejeição à DP dos pacientes submetidos à HD em um único centrobrasileiro, e identificar os principais motivos que conduzem a rejeição. Método: Estudotransversal onde foram incluídos 357 pacientes prevalentes em HD de 3 clínicas de diáliseque integram um único centro em Curitiba, e que concordaram em responder a umquestionário composto de 8 perguntas relacionadas a DP após assinatura de um termo deconsentimento. Os dados foram expressos em médias, mediana ou porcentagem conformeo caso. Resultados: 357 pacientes responderam o questionário. Destes 60% eram do sexomasculino. Idade média 53 ± 13 anos. O índice de rejeição a DP foi de 77%. O risco deinfecção peritoneal foi o principal motivo de rejeição ao método, com 52% das respostas.A ausência de uma equipe médica próxima 10%. Habitação imprópria para realizaçãoadequada do método foi motivo de preocupação para 22% dos pacientes. 5% estavampróximo à data do transplante e não tinham interesse naquele momento. 12% relataramnunca ter sido apresentado ao método. A taxa de rejeição de acordo com a clínica em queo paciente dialisa está expressa na Tabela 1. 88% conhece ou já ouvi falar de DP,entretanto 90% relatou nunca ter recebido explicação sobre o método e 23% foramintroduzidos ao método por outros pacientes. Conclusão: O estudo confirma a impressãoda alta taxa de rejeição dos pacientes em HD à DP. A menor taxa de rejeição ocorreu nocentro onde não há internação hospitalar conjunta de pacientes em DP e HD, sugerindoque o contato com complicações da DP sem um conhecimento adequado do método podeinfluenciar nos altos índices de rejeição.Taxa de rejeição à DP dos pacientes submetidos à HD

Rejeição Idade Sexo Apresentado pormasculino outro paciente

Clínica Cajurú 70% 54 ± 14 66% 6%Clínica Evangélico 82% 53 ± 14 59% 4%Clínica de Doenças Renais 80% 52,5 ± 13 58% 21%

PO165PRIMEIRA ENTREVISTA ORIENTADA AOS FAMILIARES DO PACIENTERENAL EM HEMODIÁLISE.KURY, FERNANDA(1,2,3,4); Equipe Multidisplinar da Clinirim(1); Equipe Multidisciplinar da Clínica NefrológicaGuaíba(2); Equipe Multidisciplinar da Nefrobelém(3); Equipe Multidisciplinar daProntorim(4); Clinrim(1); Clínica Nefrológica Guaíba(2); Nefrobelém(3); Prontorim(4);

Primeira Entrevista Orientada aos Familiares do Paciente Renal emHemodiálise.Indrodução:A partir das observações e vivências diárias de nosso trabalhojunto aos portadores de Insuficiência Renal Crônica(IRC), temos constatado anecessidade de um momento dedicado ás famílias.Na maioria das vezes a família dopaciente renal nunca conviveu com a doença,logo desconhece toda a rotina que passa seufamiliar no decurso do tratamento.Objetivo:Promover o acolhimento e comunicaçãopermanente entre equipe/paciente/familiar, objetivando esclarecer os aspectospertinentes a doença e tratamento; incentivando a família a fazer parte de uma "rede deapoio" ao paciente renal.Metodologia:Este projeto iniciou em julho de 2007,com 84familiares de pacientes com IRC.Participaram deste projeto as clínicas:Clinirim,Nefrológica Guaíba,Nefrobelém e Prontorim.As famílias do paciente renal no primeiromês de tratamento foram convidadas para uma entrevista com a equipemultidisciplinar(assistente social,enfermeira,médico,nutricionista e psicóloga) em dia elocal previamente estabelecidos.As reuniões tiveram duração,em média, de umahora,quando cada profissional expôs aspectos relacionados a sua atividade junto aospacientes.Cada profissional tem seu roteiro de assuntos relacionados, através de materialgráfico exposto na sala, com tempo igualmente dividido de esplanação do assunto.Resultados:Os familiares após participarem da entrevista orientada preencheram umquestionário, dos 84 questionários preenchidos, 81 questionários avaliaram o conceitomáximo nos quesitos conteúdo e clareza apresentado pelos profissionais.Conclusão:Agrande maioria dos familiares considerou importante a orientação recebida durante aprimeira entrevista orientada aos familiares.Podemos perceber o quanto suas dúvidaseram primárias, pois a maioria deles nunca tinha convivido com o assunto.Tambémpercebemos o quanto tinham informações inadequadas sobre a hemodiálise, que foramrevistas através deste projeto.Constatamos também, que houve uma diminuição na vindados familiares á clínica para esclarecimentos sobre a situação do seu familiar,pacienterenal, durante o primeiro mês, comparado ao período anterior ao projeto.

PO166DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM FRENTE AOSEFEITOS SECUNDÁRIOS DO USO DE TERAPIA IMUNOSSUPRESSORA NOPÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE CRIANÇAS TRANSPLANTADAS DE RIM.PEREIRA, PRA(1); UNIFESP(1);

O transplante renal bem sucedido é uma opção efetiva para o tratamento da insuficiênciarenal crônica (IRC) e o manejo adequado da imunossupressão quanto ao surgimento depossíveis efeitos secundários é de suma importância. Objetivos: Apresentar os principaisefeitos secundários relacionados ao uso da imunossupressão e destacar os principaisdiagnósticos de enfermagem e respectivas intervenções. Método: Revisão de literaturacom opção pelas publicações contidas nas bases eletrônicas BDENF, LILACS, BIREMEe acervos fixos da biblioteca da Escola de Enfermagem da USP. Resultados: Quanto aosefeitos secundários, os corticosteróides podem provocar edema, hipertensão, irritaçãogastrintestinal, além de atrasar o crescimento e desenvolvimento. Em relação aosimunossupressores, o uso de Tacrolimus pode causar hipertensão, tremores, prurido,insônia, hiperglicemia. Ciclosporina causa, hipertensão observada em mais de 30% dospacientes, leucopenia, trombocitopenia, hirsutismo, edema, náusea, vômitos, diarréia,hiperplasia gengival, anorexia. Também podem surgir com o uso de Azatioprina ou

Micofenolato Mofetil, dor abdominal, diarréia, leucopenia, anemia e plaquetopenia, queapesar de serem drogas antiproliferativas, a ocorrência de linfomas é a mesma quandocomparada a outras drogas imunossupressoras. A sistematização da assistência deenfermagem (SAE) deverá priorizar intervenções, principalmente orientações à criança eao cuidador, para os principais diagnósticos de enfermagem: risco de desequilíbrio dovolume de líquidos, proteção ineficaz, risco de infecção, risco de integridade da peleprejudicada, risco de crescimento desproporcional, risco de mucosa oral prejudicada,nutrição desequilibrada menos: do que as necessidades corporais e diarréia. Conclusão:O controle dos efeitos secundários só poderá ser alcançado quando a imunossupressãofor capaz de abolir a rejeição sem interferir nos processos imunológicos que protegem oorganismo e a qualidade da assistência de enfermagem, depende da identificação precisados diagnósticos de enfermagem e da aplicação de intervenções adequadas.

PO167ALTERAÇÕES COGNITIVAS EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOSPORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DIABETESMELLITUS TIPO 2: UM ESTUDO DE RASTREAMENTO.ORLANDI, FS(1); Universidade Federal de Mato Grosso do Sul(1);

Introdução: As síndromes demenciais são problemas mentais prevalentes na populaçãoidosa, podendo acarretar repercussões na sua vida, na família e na relação com asociedade. Objetivo: Sendo assim, o presente estudo visa rastrear alterações cognitivasem idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2, por meiodo Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). Material e Método: A amostra foi compostapor 16 idosos com idade igual ou superior a 60 anos. O estudo foi realizado em umaAssociação de Diabéticos do interior do Estado de São Paulo. A coleta de dados ocorreudurante os meses de abril e maio de 2008. Os dados foram coletados por meio deentrevista no domicílio dos idosos. Todos os preceitos éticos foram seguidos. Resultados:Em relação aos resultados, observou-se que a idade variou de 60 a 79 anos, sendo que56,2% dos sujeitos estavam na faixa etária de 60 a 69 anos, a maioria era do sexofeminino (68,7%), casados ou moravam com companheiro (62,5%), tinham de 1 a 3 anosde escolaridade (43,7%) e eram católicos (56,2%). Em relação às complicações crônicasdo DM2, 6,25% possuem macroangiopatias e 31,2% possuem microangiopatias. Emrelação às alterações cognitivas, observou-se que 7 sujeitos (43,7%) estavam com oescore total no MEEM abaixo da normalidade. Conclusão: Conclui-se que o número deidosos hipertensos e diabéticos com alterações cognitivas foi alto. Vale enfatizar queestes idosos serão encaminhados para uma avaliação mais aprofundada em um serviçoespecializado. Além disso, almeja-se ampliar esta pesquisa para todos os idososatendidos nesta associação buscando rastrear outros casos. Acredita-se que estudos dessanatureza sejam necessários para que se possa obter um panorama de saúde da população,objetivando assim, bases mais seguras e concretas para o atendimento integral à saúde dapopulação.

PO168SINTOMAS DEPRESSIVOS EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOSPORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2: UM ESTUDO DERASTREAMENTO.ORLANDI, FS(1); Universidade Federal de Mato Grosso do Sul(1);

Introdução: As síndromes depressivas são problemas mentais prevalentes na populaçãoidosa, podendo acarretar repercussões na sua vida, na família e na relação com asociedade. Estudos sugerem que os portadores de diabetes mellitus (DM) possuem ummaior índice de sintomas depressivos. Objetivo: O presente estudo visa rastrear sintomasdepressivos em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), por meio da Escalade Depressão Geriátrica (EDG). Material e Método: A amostra foi composta por 30 idososcom idade igual ou superior a 60 anos. O estudo foi realizado em uma Associação deDiabéticos do interior do Estado de São Paulo. A coleta de dados ocorreu durante os mesesde abril e maio de 2008. Os dados foram coletados por meio de entrevista no domicíliodos idosos. Todos os preceitos éticos foram seguidos. Resultados: Em relação aosresultados, observou-se que a idade variou de 60 a 81 anos, sendo que 56,7% dos sujeitosestavam na faixa etária de 60 a 69 anos, a maioria era do sexo feminino (73,3%), casadosou moravam com companheiro (70,0%), tinham de 1 a 3 anos de escolaridade (43,3%) eeram católicos (60,0%). Em relação às complicações crônicas do DM2, 20,0% possuemmacroangiopatias e 36,7% possuem microangiopatias. Em relação aos sintomasdepressivos, observou-se que sete idosos (23,3%) apresentavam sintomas depressivosleves e dois idosos (6,7%) com sintomas depressivos graves. Conclusão: Conclui-se queo número de idosos diabéticos com sintomas depressivos foi alto (30,0%). Vale enfatizarque estes idosos serão encaminhados para uma avaliação mais aprofundada em um serviçoespecializado. Além disso, almeja-se ampliar esta pesquisa para todos idosos atendidosnesta associação buscando rastrear outros casos. Acredita-se que estudos dessa naturezasejam necessários para que se possa obter um panorama de saúde da população,objetivando assim, bases mais seguras e concretas para o atendimento integral à saúde dapopulação.

PO169SINTOMAS DEPRESSIVOS EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOSPORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2: UM ESTUDO DERASTREAMENTO.ORLANDI, FS(1); Universidade Federal de Mato Grosso do Sul(1);

Introdução: As síndromes depressivas são problemas mentais prevalentes na populaçãoidosa, podendo acarretar repercussões na sua vida, na família e na relação com a

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sociedade. Estudos sugerem que os portadores de diabetes mellitus (DM) possuem ummaior índice de sintomas depressivos. Objetivo: O presente estudo visa rastrear sintomasdepressivos em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), por meio da Escalade Depressão Geriátrica (EDG). Material e Método: A amostra foi composta por 30idosos com idade igual ou superior a 60 anos. O estudo foi realizado em uma Associaçãode Diabéticos do interior do Estado de São Paulo. A coleta de dados ocorreu durante osmeses de abril e maio de 2008. Os dados foram coletados por meio de entrevista nodomicílio dos idosos. Todos os preceitos éticos foram seguidos. Resultados: Em relaçãoaos resultados, observou-se que a idade variou de 60 a 81 anos, sendo que 56,7% dossujeitos estavam na faixa etária de 60 a 69 anos, a maioria era do sexo feminino (73,3%),casados ou moravam com companheiro (70,0%), tinham de 1 a 3 anos de escolaridade(43,3%) e eram católicos (60,0%). Em relação às complicações crônicas do DM2, 20,0%possuem macroangiopatias e 36,7% possuem microangiopatias. Em relação aos sintomasdepressivos, observou-se que sete idosos (23,3%) apresentavam sintomas depressivosleves e dois idosos (6,7%) com sintomas depressivos graves. Conclusão: Conclui-se queo número de idosos diabéticos com sintomas depressivos foi alto (30,0%). Vale enfatizarque estes idosos serão encaminhados para uma avaliação mais aprofundada em umserviço especializado. Além disso, almeja-se ampliar esta pesquisa para todos idososatendidos nesta associação buscando rastrear outros casos. Acredita-se que estudos dessanatureza sejam necessários para que se possa obter um panorama de saúde da população,objetivando assim, bases mais seguras e concretas para o atendimento integral à saúde dapopulação.

PO170CARACTERIZAÇÃO DE UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS DIABÉTICOS TIPO 2:UM OLHAR NOS ASPECTOS SÓCIO – DEMOGRÁFICOS E CLÍNICOS.ORLANDI, FS(1); Universidade Federal de Mato Grosso do Sul(1);

Introdução: A realização de estudos para obtenção de panoramas de saúde da populaçãosão sugeridos na literatura na busca de bases mais seguras e concretas para o atendimentointegral à saúde da população. Objetivo: Neste sentido, o presente estudo teve comoobjetivo caracterizar os idosos diabéticos tipo 2 cadastrados na Associação de Diabéticosde Ilha Solteira (ADIS), segundo dados sócio-demográficos e clínicos. Material eMétodo: A amostra foi composta de 30 idosos com idade igual ou superior a 60 anos. Acoleta de dados ocorreu durante os meses de abril e maio de 2008. Os dados foramcoletados por meio de entrevista no domicílio dos idosos. Todos os preceitos éticos foramrealizados. Resultados: Em relação aos resultados, observou-se que a idade variou de 60a 85 anos, sendo que 56,7% dos sujeitos estavam na faixa etária de 60 a 69 anos, amaioria era do sexo feminino (73,3%), casados ou moravam com companheiro (70,0%),tinham de 1 a 3 anos de escolaridade (43,3%) e eram católicos (60,0%). Em relação aosdados clínicos, o tempo de diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) variou de 1 a39 anos, sendo que 83,3% dos idosos realizavam tratamento medicamentoso e 33,3%faziam uso de insulina NPH. Vale destacar que apenas 16,6% faziam controle glicêmicodiário. Em relação às patologias associadas, 50,0% tinham pelo menos uma patologiaassociada e destes, 56,7% tinham hipertensão arterial sistêmica. Em relação àscomplicações crônicas do DM2, 20,0% possuem macroangiopatias e 36,7% possuemmicroangiopatias. Conclusão: Conclui-se, portanto, que esta população de idosos possuia maioria dos idosos é portador de DM2 há mais de 10 anos e possuem muitas co-morbidades. Pretende-se ampliar esta pesquisa para todos idosos atendidos nestaassociação. Almeja-se também fazer um trabalho educativo com esta população estudadaacerca do DM2, principalmente controle e tratamento farmacológico e nãofarmacológico.

PO171ALTERAÇÕES COGNITIVAS EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOSPORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2: UM ESTUDO DERASTREAMENTO.ORLANDI, FS(1); Universidade Federal de Mato Grosso do Sul(1);

Introdução: As síndromes demenciais são problemas mentais prevalentes na populaçãoidosa, podendo acarretar repercussões na sua vida, na família e na relação com asociedade. A literatura evidencia que o idoso diabético apresenta um desempenhocognitivo inferior se comparado aos idosos não diabéticos. Objetivo: Sendo assim, opresente estudo visa rastrear alterações cognitivas em idosos diabéticos tipo 2cadastrados na Associação dos Diabéticos de Ilha Solteira (ADIS), por meio do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). Material e Método: A amostra foi composta por 30idosos com idade igual ou superior a 60 anos. A coleta de dados ocorreu durante osmeses de abril e maio de 2008. Os dados foram coletados por meio de entrevista nodomicílio dos idosos. Todos os preceitos éticos foram seguidos. Resultados: Em relaçãoaos resultados, observou-se que a idade variou de 60 a 81 anos, sendo que 56,7% dossujeitos estavam na faixa etária de 60 a 69 anos, a maioria era do sexo feminino(73,3%), casados ou moravam com companheiro (70,0%), tinham de 1 a 3 anos deescolaridade (43,3%) e eram católicos (60,0%). Em relação aos dados clínicos, o tempode diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) variou de 1 a 39 anos, sendo que83,3% dos idosos realizavam tratamento medicamentoso e 33,3% faziam uso deinsulina NPH. Em relação às alterações cognitivas, observou-se que 13 sujeitos (43,3%)estavam com o escore total no MEEM abaixo da normalidade. Conclusão: Conclui-seque o número de idosos diabéticos com alterações cognitivas foi alto. Vale enfatizar queestes idosos serão encaminhados para uma avaliação mais aprofundada em um serviçoespecializado. Além disso, almeja-se ampliar esta pesquisa para todos os idososatendidos nesta associação buscando rastrear outros casos. Acredita-se que estudosdessa natureza sejam necessários para que se possa obter um panorama de saúde dapopulação, objetivando assim, bases mais seguras e concretas para o atendimentointegral à saúde da população.

PO172A SUBJETIVIDADE E A TRANSFERÊNCIA DE CLÍNICA.NOBRE, CQM.(1); Hospital dos Servidores do Estado(1);

Objetivo: O foco central deste estudo é a descrição de uma forma de interferência noprocesso de subjetivação do paciente submetido a hemodialise no HSE para clinicaconveniada com o SUS. A transferência de clinica é uma questão de máximacomplexidade envolvendo fenômenos políticos ecônomicos e sociais, no entanto recortoa observação e intervenção no limite do espaço da subjetividade da relação médicopaciente, nos conflitos gerados pelo procedimento entre equipe de médicos enfermeirose usuários do serviço. Como Psicóloga designada para clinica de nefrologia desde 2007,a maior queixa de solicitação de intervenção centrou-se no mau estar e nos ruídosdecorrentes do procedimento de transferência. Observei que alguns pacientes serecusavam a serem transferidos e interpretam o procedimento como sinal de rejeição oucomo castigo por um suposto mau comportamento, enquanto os profissionais reagem anegativa destes usuários julgando-os egoístas e incompreensivos às necessidades dooutro. O impasse gerado do maior desconforto para todos, muitas vezes justificou apostergação ou resistências a possíveis melhorais no atendimento ao publico, para evitarum maior apego do usuário pelo serviço. Portanto, intervir, sem ingenuamente proporuma harmonia ideal ou uma subjetivação isenta de conflitos, confere relevancia a estetrabalho. Material: 1 – Sistematização de grupo de recepção para os pacientes renais. 2 –Elaboração interdisciplinar de material informativo e de entrevista semi-dirigida.Métodos. 1- Registrar algo do discurso do sujeito renal crônico que possibilite a equipeaproximação prévia de sua subjetividade. 2 – Contribuir para desconstrução dosignificado de exclusão da transferência do paciente para o significado de confirmaçãoda melhora de seu estado de saúde. Resultado: Na entrevista semi-dirigida foi possivelobservar a quantidade de pacientes resistentes à transferencia e aprofundar no conteudodo discuso. Conclusão: Garantiu-se maior espaço institucional para o acolhimento dosofrimento psíquico do paciente renal crônico. Possibilitou a aferição da quantidaderelativa dos pacientes que se opõe a transferência.

PO173PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM PACIENTESSUBMETIDOS A TRANSPLANTE RENAL EM UM HOSPITAL DE ENSINO DEFORTALEZA-CE.BRITO, LMPM(1); SOUZA, MF(1); FAVA, CC(1); Hospital Universitario Walter Cantídio(1);

O transplante renal tem se mostrado boa opção terapêutica para insuficiência renalcrônica, entretanto as infecções ainda são uma das mais importantes complicações pós-transplante com significante impacto na sobrevida do enxerto. O objetivo deste estudo foideterminar a prevalência de infecção hospitalar em pacientes submetidos a transplanterenal no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). Nesse estudo transversalretrospectivo, realizamos a revisão dos prontuários de 87 pacientes que foramsubmetidos a transplante renal nos anos de 2005 (45) e 2006 (42). Foram consideradosapenas os pacientes com diagnóstico (clínico e/ou laboratorial) confirmado de infecçãohospitalar, ficando a amostra constituída por trinta e seis (36) pacientes, dezoito (18) em2005 e dezoito 18 em 2006. Ao todo foram notificados 51 casos de infecção hospitalar,sendo 25 (49,02%) em 2005 e 26 (50,98%) em 2006. Com uma media de 0.58 episódiospor receptor e 1.41 episodio por paciente infectado. Das 25 infecções encontradas em2005 e 26 em 2006, 14 (56%) e 15 (57,7%) ocorreram no trato urinário (ITU), 09 (36%)e 10 (38,5%) no sitio cirúrgico (ISC), 01 (4%) e 01(3,8%) na corrente sanguínea e 01(4%) e zero no sistema respiratório respectivamente. Observamos que a Klebsiellapneumoniae obtida de 22 culturas (44,0%) foi o principal agente isolado, seguida doStaphylococcus aureus isolado de 10 culturas (20,0%), estes dois agentes representam(60,0%). O Enterobacter coclae é o terceiro agente isolado proveniente de 05 amostras(10,0%), seguindo a Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa presente em 04 culturas(8,0%) cada, a Acinetobacter SP em 03 (6,0%) e a Providencia stuartii e M. Morganii em01(2,0%) cada. A prevalência de infecções hospitalares encontrada neste estudo mostrou-se abaixo da media encontrada em outros estudos recentes.

PO174ELABORAÇÃO DE UM ÁLBUM SERIADO PARA EDUCAÇÃO DE DOENTESRENAIS CRÔNICOS CANDIDATOS A TRANSPLANTE EM UM HOSPITALUNIVERSITÁRIO.BRITO, LMPM(1); FAVA, CC(1); NEGREIROS, FDS(1); ROCHA, LHT(1); HOLANDA,CM(1); COLARES, VLL(1); SOUZA, MF(1); Hospital Universitario Walter Cantidio(1);

Há muito, o transplante renal deixou de ser um procedimento experimental, tornando-seum tratamento seguro e eficiente para a maioria dos pacientes com doença renal terminal.Além das inovações tecnológicas é inquestionável que o sucesso do transplante dependedo trabalho coordenado da equipe multiprofissional. A educação em saúde é parteintegrante da enfermagem, sendo interesse do enfermeiro ajudar os pacientes e seusfamiliares a aprender como manter a saúde, como restaurá-la e/ou como adaptar-se aosestados alterados de saúde. Na pratica assistencial cotidiana verificamos que muitospacientes apresentam dificuldades de compreensão em diversos seguimentos necessáriospara uma melhor condução do seu processo de tratamento e constatamos a necessidadeda tomada de providencias no sentido de melhor preparar estes pacientes e famílias parao período pré, trans e pós-transplante renal. O objetivo geral foi munir o doente renal deconhecimentos básicos necessários para uma maior adesão ao tratamento em todas assuas fases, e o especifico elaborar um álbum seriado para ajudá-los na adesão aotratamento. A metodologia utilizada foi a observação direta dos itens mais questionados,bem como a verificação das necessidades de orientações sobre questões gerenciais queinterferem no processo de cuidar. Iniciamos a utilização do álbum no inicio do ano de

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16 de setembro de 2008 - Terça-feiraPôsteres - Enfermagem

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3) 255XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

2007 e ainda não realizamos avaliação das mudanças ocorridas. Pretendemos utilizá-lopor mais um ano para procedermos a verificação dos resultados e fazer possíveisreajustes nas informações de acordo com os resultados da avaliação.

PO175MUDANÇA NO COTIDIANO DO PACIENTE PORTADOR DEINSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE.Nascimento, RA; (1); Martins, SAS; (1); Hospital Santa Marcelina(1);

Entre os grandes problemas de saúde pública encontramos a doença renal, com suaselevadas taxas de morbidade e mortalidade que acabam por evidenciar impactosnegativos sobre a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). A QVRS implica nofato do indivíduo perceber sua saúde através de um processo de avaliação de seussintomas, satisfação e adesão ao tratamento. A Insuficiência Renal Crönica (IRC) e otratamento hemodiálitico é um desafio ao paciente, já que causam uma série delimitações que compreendem os aspectos não só físico, mas também psicológico,interferindo na vida pessoal, familiar e social. A doença renal crônica é, atualmente, alvode estudo dos profissionais da saúde, já que não afeta apenas os idosos, muito pelocontrário, atinge também jovens em idade produtiva, através da dependëncia doprocedimento de hemodiálise muitos pacientes deixam de estar inserido produtivamenteno mercado de trabalho, causando muitas vezes frustrações individuais e de convíviosocial. Este estudo é um projeto de pesquisa a ser desenvolvido, onde o objetivo geralserá verificar os principais fatores que interferem no cotidiano do paciente renal crônicoem tratamento de hemodiálise. Trata-se de uma pesquisa de campo com abordagemquantitativa (n=100), será realizado em unidade de hemodiálise situada em um hospitalde grande porte localizado na zona leste da cidade de São Paulo. Como critério deelegibilidade serão convidados a participar do estudo todos os pacientes que estejam nomínimo há três meses em tratamento hemodiálitico , o presente estudo será desenvolvidoentre o meses de julho e agosto do presente ano. A pesquisa terá como intuito apresentardados que permita análise e reflexão crítica, possibilitando verificar como se dá a relaçãodo paciente renal crônico e seu cotidiano, e tentar verificar se o mercado de trabalhopromove condições adequadas relacionado à patologia e capacidade funcional,almejando um padrão, onde a qualidade de vida é fundamental. Palavras Chaves:Insuficiência Renal Crônica; Hemodiálise; Cotidiano.

PO176O CONHECIMENTO SOBRE A DIÁLISE PERITONEAL DOS PACIENTESSUBMETIDOS A HEMODIÁLISE.GISELE DA PIEDADE SILVA(1); VIVIANE GANEM KIPPER DE LIMA(1); Clínica de Doenças Renais(1);

O estudo foi motivado pela admissão de um grande número de pacientes em diáliseperitoneal (DP) provenientes da hemodiálise apresentando diversas barreiras devido aodesconhecimento da terapia e de informações baseadas em crenças, e não de orientaçõesde profissionais capacitados. O presente trabalho aborda o conhecimento que osportadores de insuficiência renal crônica (IRC) submetidos a hemodiálise (HD) temsobre a diálise peritoneal. Objetivos: Traçar um perfil dos pacientes que iniciam a DP eavaliar o grau de conhecimento do renal crônico (RC) em tratamento de HD, sobre otratamento de diálise peritoneal. Material e método: Estudo qualitativo de caráterexploratório. Na coleta de dados foi desenvolvido um instrumento com 13 questõesobjetivas. Com o qual foram entrevistados 50 pacientes durante o tratamentohemodialítico, dos quais 22(vinte e dois) são mulheres e 28(vinte e oito) homens.Resultados: O quantitativo evidenciou que 46% dos pacientes não sabem o que é diáliseperitoneal; 68% fazem HD há mais de 3 anos; apenas 14% fizeram DP antes da HD; 32%vieram de tratamento conservador; e 54% iniciaram em HD; e em 90% dos entrevistadosa escolha do método foi indicação médica. Conclusão: Observa-se que os pacientes comIRC, na maioria das vezes, não escolhe seu tratamento. O início da HD é uma indicaçãomédica e durante este tempo de terapia recebe pouca informação sobre os métodosdialíticos, inclusive da possibilidade futura de necessitar mudar de tratamento. Destaforma, os pacientes chegam em DP com a idéia da não qualidade, do medo da infecção,dificultando sua aceitação ao “novo” método. Faz-se necessária a presença do enfermeirono ambulatório do tratamento conservador e nas salas de diálise, promovendo educaçãosobre todos os métodos dialíticos.

PO177O CUIDADOR DO IDOSO COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EMDIÁLISE PERITONEAL AMBULATORIAL CONTÍNUA.RIBEIRO, DF(1); MARQUES, S(2); CESARINO, CB(1); KUSUMOTA, L(2); RIBEIRO,RCHM(1); CESARE, AP(1); BERTOLIN, DC(3); FAMERP(1); EERP(2); UNIP(3);

O idoso com insuficiência renal crônica terminal (IRCT) em tratamento de Diáliseperitoneal ambulatorial contínua (DPAC), requer maior atenção da família frente àsdificuldades decorrentes da doença, dentre elas, a realização das trocas de bolsas dediálise. Assim, este estudo tem como objetivos: caracterizar os idosos com diagnósticode IRCT em tratamento de DPAC, atendidos em uma Unidade Nefrológica de umHospital Escola do interior paulista, bem como seus respectivos cuidadores familiares edescrever o processo de cuidar destes idosos. Trata-se de um estudo de caráter qualitativoem que utilizou-se como técnica de coleta de dados a história oral temática e para aanálise foi adotada a análise temática dos dados segundo Minayo (2006). Participaramnove cuidadores familiares de idosos com IRCT em tratamento de DPAC. A coleta dedados foi realizada no domicílio dos cuidadores, no período de agosto de 2007 a janeirode 2008. Quanto à caracterização dos idosos, 55,6% eram homens; média de idade de 70anos; 88,9% eram casados; 88,9% aposentados e 55,6% recebiam 1SM; o tempo em que

estavam recebendo cuidados perfez uma média de 2,4 anos e 100% dos clientes eramdependentes, de outra pessoa, para realizar a troca de bolsa de diálise. Em relação aoscuidadores, 88,9% eram mulheres, 77,8% casados, com média idade de 41,5 anos. Emrelação a renda, 22,2% recebiam 1 SM e 66,7% entre 2 a 4 SM. O tempo dedicado aocuidar representou 8horas/dia. A análise dos dados revelou quatro categorias: O impactoda IRCT e do tratamento para o idoso e o cuidador; O processo de cuidar do idoso comIRCT em DPAC no domicílio; Reações do cuidador frente à experiência de cuidar doidoso com IRCT no domicílio; Sistemas de suportes e recursos para o cuidado do idosono domicílio. O estudo revelou a necessidade de atuar com a família, buscandoestratégias para amenizar a sobrecarga de trabalho.

PO178PSICOLOGIA E ENFERMAGEM: A INTERDISCIPLINARIDADE EM UMACLÍNICA DE HEMODIÁLISE.SILVA, MDM(1); HENRIQUES, SHS(2); Ciclos Consultoria(1); Clínica do Rim(2);

Introdução: A rotina de uma clínica de hemodiálise é intensa e desgastante, por conta danecessidade de atividades técnicas especializadas e repetitivas, bem como o impactoestressante para a pessoa e sua família frente ao diagnóstico de insuficiência renalcrônica, além de todas as mudanças implicadas na vida e no viver de todos os envolvidosneste processo. Por isso, o diálogo entre a equipe multidisciplinar é imprescindível.Porém, quando esta interlocução torna-se interdisciplinar, em especial, entre a psicologiae a enfermagem, a real integração da construção do conhecimento e da atuação de cadaprofissional se torna realidade. A integração da psicologia com a enfermagem tem porobjetivos, perceber o processo emocional do adoecimento crônico, possibilitar umaintervenção conjunta e pontual, e discutir sobre a importância da inter-relação entre estasduas profissões. Material: Livros e revistas científicas, recursos humanos. Métodos:Pesquisa bibliográfica/documental e reuniões semanais (psicólogas e enfermeira) paraestudo e discussão de casos, com planejamento das intervenções e a apresentação dosresultados alcançados. Resultados: O conjunto dos conhecimentos teórico-práticos dapsicologia e da enfermagem permite uma compreensão sistêmica da dinâmica da pessoaportadora de IRC e sua família, criando assim uma linguagem compartilhada entre asprofissionais, somada a uma atuação pontual sobre a situação apresentada. Conclusão: Apartir das reuniões semanais, percebeu-se uma abrangência no entendimento da dinâmicado paciente e seu sistema familiar, assim como dos problemas e dificuldades enfrentadaspor eles, somado a um melhor acolhimento, pela enfermeira, para com os pacientes queapresentam comportamentos irritadiços e questionadores, além do diálogo acerca daintensificação do sofrimento psíquico porque passa uma pessoa com doença crônica.

PO179MUDANÇA NO COTIDIANO DO PACIENTE PORTADOR DEINSUFICIÊNCIA RENAL CRONICA EM TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE.NASCIMENTO, RA; (1); MARTINS, SAS; (1); Hospital Santa Marcelina(1);

Entre os grandes problemas de saúde pública encontramos a doença renal, com suaselevadas taxas de morbidade e mortalidade que acabam por evidenciar impactosnegativos sobre a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). A QVRS implica nofato do indivíduo perceber sua saúde através de um processo de avaliação de seussintomas, satisfação e adesão ao tratamento. A Insuficiência Renal Crönica (IRC) e otratamento hemodiálitico é um desafio ao paciente, já que causam uma série delimitações que compreendem os aspectos não só físico, mas também psicológico,interferindo na vida pessoal, familiar e social. A doença renal crônica é, atualmente, alvode estudo dos profissionais da saúde, já que não afeta apenas os idosos, muito pelocontrário, atinge também jovens em idade produtiva, através da dependëncia doprocedimento de hemodiálise muitos pacientes deixam de estar inserido produtivamenteno mercado de trabalho, causando muitas vezes frustrações individuais e de convíviosocial. Este estudo é um projeto de pesquisa a ser desenvolvido, onde o objetivo geralserá verificar os principais fatores que interferem no cotidiano do paciente renal crônicoem tratamento de hemodiálise. Trata-se de uma pesquisa de campo com abordagemquantitativa (n=100), será realizado em unidade de hemodiálise situada em um hospitalde grande porte localizado na zona leste da cidade de São Paulo. Como critério deelegibilidade serão convidados a participar do estudo todos os pacientes que estejam nomínimo há três meses em tratamento hemodiálitico, o presente estudo será desenvolvidoentre o meses de julho e agosto do presente ano. A pesquisa terá como intuito apresentardados que permita análise e reflexão crítica, possibilitando verificar como se dá a relaçãodo paciente renal crônico e seu cotidiano, e tentar verificar se o mercado de trabalhopromove condições adequadas relacionado à patologia e capacidade funcional,almejando um padrão, onde a qualidade de vida é fundamental. Palavras Chaves:Insuficiência Renal Crônica; Hemodiálise; Cotidiano.

PO180UM ENCONTRO NECESSÁRIO: A ESCUTA PSICOLÓGICA PARA AENFERMAGEM.SILVA, MDM(1); HENRIQUES, SHS(2); Ciclos Consultoria(1); Clínica do Rim(2);

Objetivos: Oportunizar a fala e a escuta terapêutica da equipe de enfermagem e criarmomentos de reflexão para a motivação de relacionamentos saudáveis e de qualidade notrabalho. Métodos: Intervenção psicológica com a equipe de enfermagem do 3º turno, porconta do nível elevado de estresse, desgaste com os médicos e pressa em terminar oturno. A equipe de 9 técnicos foi dividida em 3 grupos-reflexão, em encontros de duashoras de duração aproximadamente. Resultados: O primeiro encontro teve a função de“esvaziamento” do desgaste que a equipe vinha apresentando: os técnicos puderam falar

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J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3)256 XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

do que mais os incomodava e da percepção de si e do colega. Percebeu-se umdesaceleramento imediato das atividades e um ambiente “menos pesado”. Conclusão: Osprofissionais de saúde foram ensinados a curar, cuidar e/ou salvar vidas, mas se vêemdiante de situações de estresse diariamente, que fogem ao seu controle, como nahemodiálise. Por isso, a importância e a necessidade da intervenção psicológica, comoapoio às reações emocionais e possibilidade para o alívio das tensões na vida e notrabalho, buscando-se uma melhor qualidade de vida.

PO181AVALIAÇÃO DA DISFUNÇÃO COGNITIVA ASSOCIADA A FATORESNUTRICIONAIS E SOCIAIS EM IDOSOS QUE REALIZAM HEMODIÁLISE.MESQUITA, RA(1); FILHO, NM(1); OLIVA, M(1); GOBBI, SE(1); AZEVEDO, MR(1);COELHO, S(1); CASTRO, S(1); Instituto Nefrológico de Guarapari(1);

O aumento de idosos que se submete a Terapia Renal Substitutiva (TRS), estádiretamente relacionado à média do tempo de vida do ser humano, que se elevousensivelmente. Considerando que a idade é um fator de risco para a doença renal, aprevalência nesta faixa etária está cada vez maior. O objetivo deste estudo é avaliar sefatores nutricionais e sociais interferem na perda de função cognitiva em pacientessubmetidos à TRS. No período de agosto de 2007 a maio de 2008, foram estudados 26pacientes com idade entre 60 e 87 anos, sendo 13 do sexo masculino e 13 do feminino,que realizavam hemodiálise convencional em nosso Instituto. Foram aplicados os testes:Mini Exame do Estado Mental (MEEM), teste do desenho do relógio, para avaliar afunção cognitiva, para análise social foi feita a escala de recurso social (social resourcescale – OARS) e exames laboratoriais a fim de observar fatores nutricionais. Dospacientes em estudo, 39% eram analfabetos, 70% realizaram os testes com facilidade,30% tiveram algum tipo de dificuldade em realizar os testes, 57% eram casados, 81%apresentaram excelentes recursos sociais e tinham apoio familiar, 76% tinham rendaentre 2 a 4 salários mínimo, 42% tinham hematócrito menor que 30% e hemoglobinamenor que 10g%, 11% tinham creatinina sérica menor que 3.5mg/dl, 38% albuminamenor que 3,5 g/dl, 10% tinham KT/V menor que 1,2 , 61 % estavam em tratamentodialítico há mais de12 meses, 15% não aceitavam o tratamento, 15% apresentaramdisfunção cognitiva e 11% foram a óbito. Concluímos que pacientes submetidos àhemodiálise, com algum grau de desnutrição, comorbidades pré existentes, e outrosfatores mórbidos relacionados a terapia dialítica apresentaram demência em graumoderado a grave e tiveram aumento na taxa de mortalidade, já os fatores sociais nãomostraram dados que pudessem ser relacionados com disfunção cognitiva.

PO182HIPERTENSÃO ARTERIAL E O RISCO PARA INSUFICIÊNCIA RENALCRÔNICA: PERFIL DO MUNICÍPIO DE CASSILÂNDIA – MS.GOUVÊA, ECDP(1,2); Secretaria Municipal de Saúde de Cassilândia(1); Faculdade Vale do Aporé(2);

Introdução: A doença renal crônica está se tornando um dos maiores problemas desaúde pública em todo o mundo(Bastos,Bastos,2006,p.176). A hipertensão arterial(HA) é um fator de risco para o desenvolvimento de insuficiência renal crônica (IRC),porém o que se observa na atenção básica a saúde é que além da HA os clientesatendidos pela estratégia saúde da família do município de Cassilândia, possuem outrosfatores de risco concomitantemente, como diabetes, sobrepeso, tabagismo esedentarismo. Objetivo: Avaliar os portadores de hipertensão arterial de Cassilândia,cadastrados no programa HIPERDIA, traçando o perfil de desenvolvimento de IRC,conforme os fatores de risco diabetes, tabagismo, sedentarismo e sobrepeso. Materiale métodos: Coleta de dados utilizando a base do sistema de informação em saúdeHIPERDIA do Ministério da Saúde no município de Cassilândia, e levantamentobibliográfico com acervo dos anos de 2004 a 2006. Resultados: Pode-se observar queo município apresenta 7,8% da população acometida com HA, e destes, 4,8% é do sexofeminino e 3% masculino. As mulheres apresentam com maior risco de desenvolverIRC uma vez que possuem os maiores índices de fatores de risco, ou seja 38% sãosedentárias e 35% estão acima do peso ideal para a altura, ambos os fatores têm grandecontribuição no desenvolvimento de dislipidemia e consequentemente aterosclerose.Os homens apresentam como fatores de risco sobressalente, em relação às mulheres, ode diabetes com 15,3% e tabagismo 18,5%. Conclusão: Observa-se, que a populaçãoavaliada possui grande chance de desenvolver IRC, pois, além da HA possuemsimultaneamente outro fator de risco. Este cenário cria forte demanda aos serviços desaúde, além de contribuir para uma epidemia de IRC que o Brasil está prestes a sofrer,caso não faça uma política de saúde voltada para a prevenção de tais agravantes,incorporando medidas de qualidade de vida às orientações dos profissionais de saúde,principalmente da rede pública de atenção básica que é a porta de entrada do clienteaos serviços de saúde.

PO183CONHECIMENTOS REFERIDOS PELA POPULAÇÃO DA CIDADE DE SÃOPAULO SOBRE A HIPERTENSÃO ARTERIAL.PINHO, NA(1); PIERIN, AMG(2); COSTA, KRA(2); MION JR, DÉCIO(3); HENRIQUE,LFO(3); COUTO, RC(3); LAURENTI, TE(3); MACHADO, TAO(3); Hospital Universitário da Universidade de São Paulo(1); Escola de Enfermagem daUniversidade de São Paulo(2); Liga de Hipertensão do Hospital das Clínicas DaFaculdade de Medicina da Universidade de São Paulo(3);

Objetivos: Identificar os conhecimentos e crenças da população estudada acerca dahipertensão arterial (HAS) e suas conseqüências. População e métodos: Foramescolhidos randomicamente n.º de telefones na cidade de São Paulo através das listastelefônicas das regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro. As entrevistas ocorreram por

telefone, com pessoas selecionadas através de uma tabela de randomização conforme on.º de pessoas maiores de 18 anos moradoras da residência. A amostra, calculada em 426indivíduos, foi estendida para 1000, considerando recusas. Participaram 613 pessoas:68% mulheres; idade média 43 anos, IMC médio de 25,6 kg/m2 (50% em sobrepeso),61% brancos, 37% com o equivalente ao Ensino Médio, 35% com atividade físicaregular, sendo a prevalência para HAS encontrada neste estudo de 23,2%. Resultados: Amaioria dos entrevistados acreditava que a prática de exercícios físicos é benéfica aohipertenso (96,1%) e que a HAS poderia levar a complicações (90,4). As mais citadasforam o AVC (96,3%) e problemas cardíacos (36,5%), seguidas pela doença renal,informada por apenas 5,3% dos indivíduos. O reconhecimento da doença renal comocomplicação da HAS foi significativamente relacionado ao fato de ser hipertenso (12,7vs. 5,3, p<0,05). Cerca de um terço referiu que a HAS não tem cura, e 30,5% achava queo tratamento deveria estender-se por toda vida. Associaram-se (p<0,05) ao fato de saberque a pressão arterial (PA) é considerada alta a partir de 140x90 mm Hg: maior tempode etilismo, HAS e ter sido alertado pelo enfermeiro sobre a elevação de sua PA,comparado aos demais profissionais. Notas de gravidade mais alta para HAS (1 a 10)foram associadas ao hábito de medir a PA regularmente e ao conhecimento de que a HASnão tem cura (p<0,05). Quanto aos fatores que levam os hipertensos a não tomarem seusremédios ou que são reconhecidos como dificuldades no tratamento, observa-se umaparticipação importante dos motivos relacionados a crenças (58,8% e 33,9%,respectivamente). Conclusão: A informação sobre a HAS entre a população ainda éfragmentada, refletindo em má condução do regime terapêutico e, conseqüentemente,aumento da exposição a lesões de órgãos-alvo

PO184A SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISEDE UM HOSPITAL DE ENSINO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO.CESARINO, CB(1); LIMA, ICPC(1); RIBEIRO, RCHM(1); MIRANDA, ALL(1);BOTTAZZO, AC(1); LIMA, LCEQ(1); CHICOTE, SC(1); FAMERP(1);

A satisfação dos usuários é um indicador necessário para atingir a qualidade noatendimento, devendo estar entre as preocupações centrais das organizações de saúde. Oobjetivo do presente estudo foi identificar a opinião dos usuários portadores deinsuficiência renal crônica, quanto ao grau de satisfação em relação aos serviços,assistência oferecida e às condições físicas do local. Utilizou-se um questionárioobjetivando mensurar a satisfação dos usuários renais crônicos, onde os mesmosclassificaram 21 afirmativas em uma escala tipo Likert de cinco itens, variando deconcordo plenamente a discordo plenamente. Os sujeitos da pesquisa foram 81 usuárioscom insuficiência renal crônica sem déficit cognitivo em tratamento hemodialítico doServiço de Nefrologia do Hospital de Base de São José do Rio Preto. Quando analisadoa satisfação geral do usuário, por meio do escore obtido, os resultados foram: 53% dosusuários estão muito satisfeitos e 47% satisfeitos. Tais resultados apontam que emboratenha verificado alto grau de satisfação dos usuários com os serviços, assistência econdições físicas do ambiente, os usuários demonstram algumas limitações. A satisfaçãodos usuários possibilita apontar algumas alternativas para um repensar da prática dosprofissionais da saúde, oferecendo subsídios no processo de gestão, objetivando amelhoria contínua do serviço.

PO185PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTEPORTADOR DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA EM HEMODIÁLISE.CESARINO, CB(1); MIRANDA, ALL(1); LIMA, ICPC(1); RIBEIRO, RCHM(1); LIMA,LCEQ(1); BOTTAZZO, AC(1); CESARE, AP(1); FAMERP(1);

O adequado acesso vascular para os pacientes portadores de insuficiência renal emhemodiálise define um melhor resultado terapêutico, bem como a sobrevida do paciente.Objetivo: identificar as necessidades de aprendizagem dos profissionais de enfermagemna assistência ao paciente portador de fístula arteriovenosa (FAV) em hemodiálise eelaborar um protocolo de assistência de enfermagem. Metodologia: trata-se de um estudodescritivo transversal, no qual a população estudada foi composta por 43 profissionais deEnfermagem da unidade de hemodiálise de um Hospital de Ensino e utilizou-se umquestionário semi-estruturado para coleta de dados. Resultados: 44,91% dosprofissionais de enfermagem apresentaram dificuldades na assistência prestada aopaciente portador de FAV, sendo que 47,22% encontraram dificuldades ao puncionar aFAV; 19,44% na hemostasia após a retirada das agulhas; 19,44% dúvidas na orientaçãodos pacientes nos cuidados com a FAV e 13,88% relataram falta de habilidade nocuidado com hematoma. Conclusão: o estudo realizado permitiu conhecer asnecessidades de aprendizagem na assistência de enfermagem ao paciente portador deFAV e elaborar um protocolo para a assistência de enfermagem, melhorando os cuidadosprestados a estes pacientes.

PO186FATORES ASSOCIADOS À NÃO-ADESÃO DOS PACIENTES AOTRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL.CESARINO, CB(1); DOSSE, C(1); MARTIM, JFV(1); MARTINS, MI(1); RIBEIRO,RCHM(1); UGINO, DM(1); CRISTOVAM, AR(1); FAMERP(1);

Este estudo teve como objetivo determinar as freqüências à consulta e/ou tratamentomedicamentoso e não medicamentoso e identificar os principais motivos referidospelos pacientes hipertensos para a sua não-adesão aos tratamentos. A pesquisaconsistiu num estudo descritivo exploratório no qual foram incluídos 327 pacienteshipertensos do grupo de hipertensão arterial de um hospital-escola. Primeiramente

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16 de setembro de 2008 - Terça-feiraPôsteres - Enfermagem

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3) 257XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

realizou-se um levantamento de dados no formulário de atendimento de enfermagemdos pacientes cadastrados. No total foram selecionados 123 pacientes que nas trêsúltimas consultas apresentaram média de PA igual ou superior a 140/90mmHg, emédia da PA acima de 130/80mmHg durante a monitoração ambulatorial da pressãoarterial de 24 horas. Posteriormente foi realizada uma busca fonada entre todos ospacientes (123) com descontrole pressórico para identificação dos motivos da suanão-adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso, utilizando umapergunta norteadora e do teste de Morisky-Green. Para análise da adesão aotratamento não medicamentoso, classificaram-se os pacientes em 5 grupos de acordocom seus hábitos de vida. Dos 123 pacientes selecionados apenas 68 (55,3%) foramlocalizados pela busca fonada, sendo que a maioria 64,71% eram mulheres. A médiade idade foi de 63,9 anos. Os resultados mostraram que dos 68 pacientes pesquisados,61.76% foram assíduos às consultas; 38.24% faltaram em pelo menos uma das trêsúltimas consultas marcadas. A somatória dos pontos de acordo com o preconizado noteste de Morisky-Green, mostrou que 86,93% dos pacientes apresentaram pontuaçãomenor ou igual a 3, caracterizando-se a não-adesão ao tratamento medicamentoso. Emrelação aos hábitos de vida, verificou-se que 85,29% mantêm pelo menos um hábitode vida não saudável. Os principais motivos referidos pelos pacientes hipertensos paraa sua não-adesão ao tratamento foram: emocional (69,1%), não souberam relatar omotivo (10,3%) e alimentação (8,8%). Os achados desta pesquisa podem proporcionarsubsídios para a realização de intervenções na assistência aos pacientes comHipertensão Arterial Sistêmica com o objetivo de aumentar as taxas de adesão equalidade de vida.

PO187ANÁLISE DO CUSTO DIRETO E DE PROCEDIMENTO MÉDICO-HOSPITALAR NAS TERAPIAS DE SUBSTITUIÇÃO RENAL.ANDRADE, CM(1); SILVA,GF(1); Instituto do Coração - HC-FMUSP(1);

Na alta complexidade enquadram-se pacientes portadores de insuficiência renal aguda,ou insuficiência renal crônica agudizada , internados em unidade de terapia intensiva,cuja incidência pode chegar a 30%, ao contrário de uma incidência hospitalar geral de3-5%. A tabela de procedimentos do (SUS), Portaria n. 637, de 13/09/2002, incluiu naTabela de Procedimentos Especiais os procedimentos de terapias de fluxo lento. Acobrança destes procedimentos, iniciaram com reembolso de R$99,96. Neste contexto,faz-se necessário a reavaliação do valor a ser reembolsado pelo SUS a unidadefornecedora de cuidado, pois cada modalidade dialítica, envolve custo de insumos,medicamentos diferenciados o que pode alterar o custo individual de cadaprocedimento. Objetivo: Elaborar tabelas que permitam verificar o custo direto e gastocom os insumos, medicamentos e soluções utilizados nos procedimentos de TSR.Material e Métodos: Foram acompanhados 100 procedimentos dialíticos nas Unidadesde Terapia Intensiva, controlando-se por meio de um check-list os insumos emedicamentos utilizados no período de 24 horas de cada procedimento de TSR, nasetapas de instalação e manutenção da terapia. Para o cálculo do custo direto dosinsumos, medicamentos e soluções de reposição foram confeccionadas 08 planilhas quepropiciaram a elaboração de Kits individualizados por paciente para as diferentes TSR,baseados nos resultados da média de consumo. Com esses dados, calculou-se o custo deuma instalação e a manutenção de TSR por um período de 24 horas. Conclusão: Em facedos resultados obtidos pode-se concluir que os custos dos procedimentos de Terapia deSubstituição Renal são muito superiores aos valores de repasse da Tabela SUS. Oscustos de cada procedimento estão atrelados aos diferentes tipos de insumos,medicamentos e condições clínicas do paciente. Independente do tipo de terapia ainstituição acaba assumindo os custos reais que atingem o valor de R$ 2.451,37, ou seja2.500% acima da tabela Sus.

PO188A MASSAGEM DE CONFORTO PARA O PACIENTE RENAL CRÔNICO EMTRATAMENTO HEMODIALÍTICO.LOPES, SE(1); BORGES, BLC(2); Universidade da Grande Dourados (1); Associação Beneficente Douradense(2);

A Insuficiência Renal Crônica é uma doença que tem como característicafisiopatológica a falência das funções renais, não gerando muitas expectativas decura. Dessa forma, o portador desta patologia passa a depender da hemodiálise pararemover as substâncias tóxicas de seu organismo, realizando em média 3 sessõessemanais com duração de 4 horas. A enfermagem pode desenvolver muitas açõesvisando uma melhor adaptação do paciente ao seu estado crônico; A massagem é umprocedimento básico utilizado pela enfermagem, praticada desde a pré-históriainicialmente por Chineses e Romanos, e se caracteriza pela manipulação manual esistemática dos tecidos corporais, podendo ser aplicada para aliviar a percepção dedor, aumentar o relaxamento, reduzir a ansiedade, reduzir o estresse, além de outrosbenefícios. O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos da massagem de confortoem um paciente renal crônico em tratamento hemodialítico e demonstrar como amassagem de conforto pode proporcionar bem estar ao paciente renal crônico ediminuir as intercorrências comuns do tratamento como edema, câimbras, cansaço,além de alterações emocionais como ansiedade e medo. Materiais e Métodos: Opresente trabalho constitui-se de uma pesquisa do tipo estudo de caso; a massagemfoi realizada na Unidade de Hemodiálise da Associação Beneficente Douradense,durante o tratamento, totalizando 10 sessões. Ao início e final do estudo, utilizou-seum questionário para avaliar se houve melhora em alguns sinais e sintomasrelacionados à doença e ao seu tratamento. Resultados e Conclusão: Foi possívelobservar que a paciente obteve melhor hidratação da pele massageada, aumento dacirculação sanguínea em membros inferiores, relaxamento físico e diminuição daansiedade. O interesse da paciente em continuar a receber a massagem demonstrou oestudo ser de grande relevância, já que de alguma forma a massagem foi sentidacomo benéfica.

PO189PERFIL SOCIOCULTURAL E DEMOGRÁFICO DE PACIENTES EMHEMODIÁLISE EM UM HOSPITAL PÚBLICO.PEREIRA, GS(1); VIEIRA, MC(1); SILVA, GAS(1); FRANÇA, AKTC(1); VIEGAS,HS(1); SALGADO FILHO, N(1); Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão(1);

Objetivo: Avaliar o perfil sociocultural e demográfico de pacientes portadores de DoençaRenal Crônica (DRC) em hemodiálise de um Hospital Universitário na cidade de SãoLuís, Maranhão. Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivo que avaliou operfil sociocultural e demográfico de 102 pacientes em tratamento hemodialítico noServiço de Nefrologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão.Foram avaliados dados socioculturais e demográficos dos pacientes, obtidos no Cadastrodo Serviço Social no período de abril a junho de 2008. Os dados foram analisadosutilizando o software Epi Info, versão 3.3.2 – 2005. Resultados: Dos pacientes estudados,a média de idade foi de 44,3±18,6 anos, 50,0% eram do gênero masculino e 42,6%declararam-se da etnia parda. Mais da metade era analfabeta ou possuía até a quarta sériedo ensino fundamental (52,0%) e 2,9% foram considerados alfabetizados (lêem eescrevem sem ter freqüentado a escola), condição que pode contribuir para limitação aoacesso e à compreensão dos cuidados com a saúde. No que se refere à religião, 71%declararam-se católicos. Dos entrevistados 50,98% eram casados ou viviam em uniãoestável e 35,29% eram solteiros. No tocante à procedência, 60% eram da capital e 40%do interior do estado. No que se refere à composição familiar, 48,0%possuíam núcleofamiliar composto por até quatro pessoas e 52,0% com cinco ou mais. Conclusão: Ospacientes estudados eram adultos jovens, com distribuição homogênea para gênero. Amaioria dos entrevistados apresentava baixo nível de escolaridade e declarou-se católicoe de etnia parda. Mais da metade mantinha relacionamento conjugal estável e possuíaelevado número de pessoas por domicílio. Um pouco menos da metade era procedentedo interior do estado, tendo que se deslocar para a capital a fim de se submeter aotratamento dialítico.

PO190PESQUISA DA SATISFAÇÃO DO CLIENTE PORTADOR DE INSUFICIÊNCIARENAL CRÔNICA SUBMETIDO À HEMODIÁLISE EM UMA CLÍNICA DACIDADE DE BELÉM-PA.CRUZ, AP(1); SILVA, SE(1); SILVA, MDM(1); SILVA, LCS(1); VASCONCELOS,EV(1); Universidade Federal do Pará(1);

Introdução: Os profissionais de enfermagem; que executam cuidados aos pacientesportadores de insuficiência renal crônica, e que são submetidos a hemodiálise (HD),necessitam de destreza, habilidade, conhecimento científico e sensibilidade, a fim depromover abordagem humanizada, minimizando a dor, desconforto e estresse dosclientes e familiares. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo avaliar a qualidade dasatividades assistenciais num centro de hemodiálise, em Belém, Pará. Metodologia:Foram entrevistados 40 clientes, com idade entre 20 e 77 anos, sendo 14 do sexofeminino e 26 do masculino, no período de 02 a 15 de maio de 2007, na sala detratamento hemodialítico de uma unidade satélite de terapia renal substitutiva. Apesquisa foi realizada pelo método quantitativo e as entrevistas foram individuais,apoiadas por um questionário com 28 quesitos, que permitia ao entrevistado expressarlivremente comentários e sugestões. Além do perfil do entrevistado, foram abordadasainda assistência de enfermagem, infra-estrutura física e tecnológica da HD.Resultados: Foi identificada expressiva satisfação dos entrevistados aos serviçosprestados pela enfermeira, 69% (ótimo) e 31% (bom); com relação à assistênciadesempenhada pelos técnicos de enfermagem, 57% (ótimo) e 43% (bom); estruturafísica e tecnologia 49% (ótimo), 45% (bom) e 6% (regular). Conclusões: Aidentificação do nível de qualidade da assistência de enfermagem possibilitou oengajamento entre profissionais e clientes, proporcionou relação de confiança entre osenvolvidos, estimulou ações de melhorias, fez com que os clientes/familiaresdemonstrassem menor ansiedade e melhor adaptação á unidade e aos procedimentosrealizados.

PO191PACIENTES EM HEMODIÁLISE EM UMA REGIÃO POBRE DO BRASIL -CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS.PEREIRA, GS(1); VIEIRA, MC(1); SILVA, GAS(1); VIEGAS, HS(1); FRANÇA,AKTC(1); LAGES, JS(1); SALGADO FILHO, N(1); Hospital Universitário Da Universidade Federal do Maranhão(1);

Objetivo: Avaliar as condições socioeconômicas de pacientes portadores de DoençaRenal Crônica (DRC) em hemodiálise de um Hospital Universitário na cidade de SãoLuís, Maranhão. Material e métodos: Este estudo, de natureza descritiva, avaliou o perfilsocioeconômico de 102 pacientes em tratamento hemodialítico no Serviço de Nefrologiado Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Foram avaliados dadossocioeconômicos dos pacientes obtidos no Cadastro do Serviço Social no período de abrila junho de 2008. Os dados foram analisados utilizando o software Epi Info, versão 3.3.2– 2005. Resultados: Dos indivíduos estudados, a média de idade foi de 44,3±18,6 anos,50,0% eram do gênero masculino e 42,6% declararam-se da etnia parda. Mais da metadeera analfabeta ou possuía até a quarta série do ensino fundamental (52,0%) e 2,9% foramconsiderados alfabetizados (lêem e escrevem sem ter freqüentado a escola), condição quepode contribuir para limitação ao acesso e à compreensão dos cuidados com a saúde. Emrelação à profissão verificou-se uma diversidade de categorias no início do tratamento,onde a maioria era lavrador (25,0%) ou donas de casa (18,6%), porém, foi observada umamudança quanto a atividade laboral exercida, sendo 33,8% donas-de-casa, 22,5%aposentados e 11,3% declararam-se desempregados. A renda média per capta foi de R$

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Pôsteres - Enfermagem16 de setembro de 2008 - Terça-feira

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3)258 XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

210,37 ± 147,99 e, vale ressaltar que 22,5% eram aposentados e 43,2% recebiambenefício de prestação continuada (BPC) de caráter temporário. No que se refere àcomposição familiar, 48,0% possuíam núcleo familiar composto por até quatro pessoase 52,0% com cinco ou mais. Conclusão: Os pacientes estudados eram adultos jovens,com distribuição homogênea para gênero. Apresentaram condições socioeconômicasdesfavoráveis, com baixo nível de escolaridade, elevado número de pessoas pordomicílio e baixa renda per capta.

PO192DA PENA DE GANSO À BIOTECNOLOGIA, DESAFIOS CONTEMPORÂNEOSDE ENFERMAGEM.SOUZA, LM DO C; DOS SANTOS, DLS; DA SILVA, PAMUniversidade Candido Mendes(1);

A IRC, insuficiência renal crônica é considerada, como uma das complicaçõessecundárias, de doenças como Hipertensão arterial e Diabete Melito. O objetivo destetrabalho é ressaltar a relevância da assistência de enfermagem, junto ao cliente portadorde IRC., pois esta, demanda de apurada técnica, assim como exige do enfermeiro,habilidade e capacidade de interação junto ao cliente e a família, levando orientaçõesclaras e objetivas, que visam o bem estar físico e mental do cliente. Optou-se pelapesquisa bibliográfico-histórica, para viabilizar a coleta de informações didáticas atravésde quatro livros e em cinco periódicos de teor científico, provenientes da bibliotecavirtual, para embasar com informações científico-históricas, esta apresentação oral, quese inicia, com a descoberta da corrente sangüínea, em 1616, seguida pela criação em1658, de um dispositivo para acesso intravascular, criado a partir de uma pena de ganso,com o qual um arquiteto, realizou a primeira aplicação intravenosa. A partir do séculoXIX, através das teorias de Florence Nightingale, a cada ação pró-cuidados à saúde, aenfermagem se fez presente, e ganhou mais responsabilidade através da resolução nº.146de 1º/06/ 1992, do COFEN, que preconiza a presença de um enfermeiro nos locais ondesão exercidas ações exclusivas de enfermagem, tais como manejo e inserção de cateterese punções arteriais. O resultado mostrou outras aplicabilidades funcionais, que seenquadram no perfil profissional do enfermeiro, que transitando entre as necessidades docliente e da equipe multidisciplinar, realiza cuidados que objetivam a integralidade daassistência. A conclusão é a de que num processo evolutivo que teve como base umapena de ganso, chegou-se a era tecnológica, que permite desde diagnósticos, a técnicasterapêuticas menos invasivas, e mesmo com toda esta praticidade, ainda há espaço parao atendimento acolhedor e humanizado, assim como não se invalidam os conhecimentossobre os parâmetros hemodinâmicos do cliente, e dentre outros profissionais, talvez sejao enfermeiro, o que mais reúna condições de aplicar em sua prática, esse que surge comoum paradigma de uma nova era, o cuidado biotecnológico.

PO193ESTUDO SUBJETIVO DOS INDICADORES DE QUALIDADE EM UMACLÍNICA DE HEMODIÁLISE NA CIDADE DE BELÉM-PA.CRUZ, AP(1); MARINHO, TA(1); SILVA, MDM(1); SILVA, LCS(1); SILVA, SE(1); Universidade Federal do Pará(1);

Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é perda progressiva e irreversível dasfunções renais. Uma das modalidades de terapia renal substitutiva (TRS) é a (HD), noentanto, o paciente necessita se deslocar para um centro de HD de duas a três vezes porsemana e permanecer em tratamento em média por 4 horas cada sessão.Objetivos: Estetrabalho tem por objetivo avaliar os indicadores da qualidade do serviço e da atividadeassistencial de enfermagem num centro de hemodiálise (HD), em Belém, Pará.Metodologia: Foram entrevistados 40 clientes, com idade entre 20 e 77 anos, sendo 14do sexo feminino e 26 do masculino, no período de 02 a 15 de maio de 2007, na sala detratamento hemodialítico de uma unidade satélite de terapia renal substitutiva. Pesquisaquantitativa, com entrevistas individuais, apoiadas por um questionário com 28 quesitos,que permitia ao entrevistado expressar livremente comentários e sugestões. Resultados:Segundo a pesquisa aplicada aos pacientes no atendimento de HD, a avaliação geral decomo o cliente considera o estabelecimento, obteve 45% de classificação ótima, 49%bom e 6% regular. A avaliação subjetiva quanto ao atendimento de enfermagem,imediato das intercorrências mostrou que 93% ocorrem, 2% não e 5% às vezes. Emrelação aos cuidados de enfermagem prestados ao término da sessão de HD, em 95% aresposta foi sim e 5% às vezes. Referente a pontualidade/ regularidade do início dotratamento, 61% consideram bom, 15% ótimo, 12% ruim e 12% regular. Quanto àalimentação, a consideram 9% ótima, 47% boa, 30% regular e 14% ruim. No quesitonível de ruído, considera 57% bom, 26% ótimo, 14% regular e 3% ruim. Conclusão: Aidentificação dos indicadores, assim como a avaliação da qualidade do serviço geralprestado e da assistência de enfermagem possibilitou a aproximação entre profissionaise clientes, proporcionou relação de confiança entre os envolvidos e estimulou ações demelhorias.

PO194O CUIDADO JUNTO AO PACIENTE RENAL CRÔNICO ATRAVÉS DASISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM.MARINHO, LCR(1); CALIXTO, EM(1); AMARAL, MLM(1); BUCUVIC, EM(1);MONTANHA, LA(1); PEREIRA, ERCP(1); LORENCON, M(1); Unidade de Dialise do H.C. da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP(1);

A sistematização da Assistência de Enfermagem compreende as fases do Processo deEnfermagem que implica no planejamento, implementação e avaliação da assistênciaplanejada. Torna-se imprescindível que o enfermeiro esteja ciente de que estas ações sãoprivativas, não devendo ser delegada a outros profissionais. Objetivo: Elaborarinstrumento para coleta de dados, diagnóstico, prescrição e evolução de enfermagem,proporcionando registro manual de forma individualizada, eficiente e rápida, trazendo

segurança ao paciente. Metodologia: Desenvolveu-se em três etapas do processo deEnfermagem, norteada pela teoria de Vanda de Aguiar Horta (1970) – Necessidadeshumanas básicas.Na primeira etapa elaborou-se um instrumento utilizando uma base dedados de sinais e sintomas apresentados pelo paciente renal crônico .Na segunda,elaborou-se uma planilha com “checklist” através do processo de Enfermagem e deavaliações diárias.Na terceira implantou-se a SAE. Resultado: Esta implantaçãopropiciou um método sistemático de organizar a SAE, sendo um processo de trabalhoadequado as necessidades do paciente renal crônico e um modelo assistencial para seraplicado em Unidade de Diálise pelo enfermeiro. Conclusão:Concluímos que aimplementação da SAE colaborou na visão sistêmica assistencial. Trata-se de uminstrumento de detecção de variáveis, resultados e melhoria, sendo de fácil utilização,garantindo elaboração do Processo de Enfermagem com qualidade e rapidez.

PO195INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA – NARRATIVA DE UMA HISTÓRIAORAL.CRUZ, AP(1); AMARAL, ES(1); RODRIGUES, RA(1); AMARAL, PM(1); SILVA, SE(1); Universidade Federal do Pará(1);

Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é a perda progressiva e irreversível dasfunções renais, promovendo implicações das Necessidades Humanas Básicas (NHB).Objetivo: Compreender os significados da IRC para uma cliente há 20 meses em terapiarenal substitutiva (TRS), modalidade de hemodiálise (HD). Metodologia: Foientrevistada 01 cliente, 49 anos, sexo feminino, em junho de 2008, na sala de tratamentohemodialítico de um hospital público estadual de Belém-PA. A pesquisa foi realizadapelo método qualitativo, descritivo, baseada na História Oral e nas NHB, segundo aTeoria de Maslow. Resultados: A narrativa da cliente mostrou como as NHB sãoafetadas. Necessidades fisiológicas: “Tudo começou com alguns enjôos e dores nascostas, aconteceram vários desmaios, eu não tinha vontade de comer, e ai eu fui nomédico, ele falou que era problema nos rins” e “ quando eu urino eu começo agradecera Deus, eu até choro de tanta felicidade”; necessidade de segurança: “ fugia daqui com ocateter, as enfermeiras iam atrás de mim, e eu já tava lá no quarto, pra mim isso aqui erao final, pra mim eu não ia mais viver”; necessidades sociais: “lazer, não tenho vontadede sair”; necessidade de auto-estima: “pra mim foi difícil demais, eu chorava, chorava,depois vinha aqui muitas vezes e eu fugia daqui com o cateter”; necessidade de auto-realização: “fazer o transplante e penso em voltar ao normal, mas não penso em voltarpara minha terra, só pra passear”. Conclusões: O significado da narrativa enfatizou comoo tratamento é difícil, em uma vivência marcada por desafios, revelações e esperanças.A equipe de enfermagem deve fortalecer o vínculo e a segurança estabelecidos pelocuidado, reforçando a importância de perceber cada pessoa como um ser único, singular,apresentando a sua maneira peculiar de conviver com a situação de doença.

PO196PERFIL DOS PACIENTES EM TRATAMENTO CONSERVADOR DA DOENÇARENAL CRÔNICA EM UM AMBULATÓRIO DE NEFROLOGIA.VON STEIN, J K; (1); PACHALY, M A.(1); Pro Renal Fundacao de Amparo a Pesquisa em Enfermidades Renais e Metabolicas(1);

A doença renal crônica (DCR) tem um ônus importante na saúde da população, sendoestimado que 3,5 milhões de indivíduos sejam portadores DCR no Brasil, e 73.605 estãoem diálise. Os fatores de risco potencialmente controláveis como a hipertensão arterialsistêmica (HAS) e o diabetes (DM) respondem por 50% dos casos de DRC terminal. Oscasos que se encontram em estágios mais precoces de doença podem ser detectados pormeio de testes laboratoriais e o diagnóstico nessa etapa é importante, visto que, otratamento adequado é capaz de reduzir a velocidade de progressão para insuficiênciarenal crônica terminal . Objetivo: caracterizar o perfil de pacientes em tratamentoconservador da doença renal crônica em um ambulatório de nefrologia. Metodologia: foiutilizada uma abordagem quantitativa e como método uma pesquisa documental pormeio de prontuário eletrônico de pacientes do Ambulatório de Nefrologia da FundaçãoPró-Renal em Curitiba-PR. Como critério de inclusão foram considerados os pacientesque apresentaram estimativa da filtração glomerular calculada pela fórmula MDRD(Modification of Diet in Renal Disease) registrado no prontuário eletrônico no períodocompreendido entre março de 2007 a junho de 2008, totalizando 1061 pacientes.Resultado: Dos 1061 pacientes estudados 25% são portadores de duas patologiasassociadas, HAS e DM; entretanto da amostra analisada 69% apresentam HAS e 28%DM. Em relação as variáveis sócio-demográficas 58% eram do gênero feminino e 42%masculino. A média de idade encontrada foi de 8% dos pacientes entre 15 a 30 anos, 31%com idades entre 31 a 50 anos, 33% com 51 a 65 anos e 28% com idade superior a 65anos. Quanto à prevalência de DRC e seu estadiamento, 18% dos pacientes seencontravam no estágio 1, 31% no estágio 2, 31% no estágio 3, 14% no estágio 4 e 6%no estágio 5. Conclusão: Conhecer o perfil dos pacientes é uma importante informaçãopara o ambulatório de nefrologia, pois torna possível por meio das informações priorizargrupos de pacientes para aplicar medidas de prevenção evitando assim o avanço dadoença nos seus estágios, melhorando com isso a qualidade de vida do paciente.

PO197MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO PARAPACIENTES SUBMETIDOS A CONFECÇÃO DE FÍSTULA-ARTÉRIO-VENOSA (FAV).MARINHO, LCR(1); SERAFIM, NMB(1); AMARAL, MLM(1); BALBI, AL(1); VILLASBOAS, PJF(1); LORENCON, M(1); Unidade de Dialise do H.C. da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP(1);

O baixo índice de infecção de sítio cirúrgico justifica-se quando são utilizadas medidaspreventivas no preparo da pele e no uso de antibiótico profilático pelos profissionais do

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16 de setembro de 2008 - Terça-feiraPôsteres - Enfermagem

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3) 259XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

serviço. Objetivo: Avaliar protocolo para capacitar os profissionais de enfermagem daUnidade de Diálise do HC da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP noscuidados pré e pós-operatório do paciente submetido à confecção de FAV no período demaio de 2.007 a abril de 2008. Metodologia: Estudo retrospectivo com a utilização dedados coletados de pacientes submetidos à confecção de FAV, divididos em 2 grupos:G1: 26 pacientes acompanhados nos 6 meses que antecederam a implantação doprotocolo e G2: 27 pacientes acompanhados nos 6 meses que sucederam a implantaçãodo protocolo. O protocolo constou da administração de antibioticoterapia profilática (1grama de cefazolina endovenosa) durante a indução anestésica, com repetição da dosenos casos de procedimento cirúrgico superior a 180 minutos. Os pacientes de ambos osgrupos foram acompanhados por um período de 3 semanas para observação deintercorrência infecciosa local. Foram aplicados testes estatísticos de acordo com ascaracterísticas da amostra, com nível de significância (p) <0.05. Resultados: Ospacientes foram semelhantes em relação ao sexo masculino (69.2% no G1 e 62.9% noG2 - ns), idade média (58.5 ±1.5 anos e 56.2 ± 16.9 anos - ns) e presença de diabetesmellitus (50% e 37% - ns). Infecções do sitio cirúrgico ocorreram em 61.5% dospacientes do G1 (61.5%) e em 7.4% do G2 (p<0.05). Na presença de infecção, todospacientes foram tratados com antibioticoperapia específica, de acordo comantibiograma, por um período de 14 dias, com sucesso. Conclusão: A implantação deprocedimento padronizado melhorou significativamente a qualidade da assistência aospacientes submetidos a confecção de FAV. A associação do uso de medidas preventivascom o aprimoramento técnico pode ser apontada como responsável pelos baixos índicesde infecção neste procedimento.

PO198O QUE É IMPORTANTE PARA O PSICÓLOGO DURANTE SUAESPECIALIZAÇÃO EM NEFROLOGIA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA.FAYER, AAM(1); ABDULKADER, RCRM(1); NASCIMENTO, RA(1); Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo(1);

Objetivo: Para os psicólogos que atuam em Nefrologia e Diálise, o curso deespecialização deve garantir a singularidade do atendimento aos pacientes nefropatas.Através do curso deve-se adquirir os conhecimentos teóricos para sustentação da práticaprofissional. O grande número de atendimentos psicológicos contribuem para odesenvolvimento de uma escuta clínica fundamentada na reflexão e na ética. O objetivodo presente trabalho é apontar o que foi de maior importância no curso do ponto de vistade uma vivência pessoal. Metodologia: Relato pessoal e análise crítica do percurso deformação profissional e seus alcances. Resultados: A especialização constou de 366horas de aulas teóricas e 1420 horas de atividades práticas. As atividades práticas foramdivididas em atendimentos clínicos aos pacientes do Serviço de Nefrologia do Hospitaldas Clínicas da FMUSP (ambulatório, enfermaria e unidade de tratamento intensivo),trabalho com a equipe de saúde através da interconsulta, discussão de casos e supervisõesclínicas dos atendimentos. O atendimento clínico consistia de triagens, psicoterapias,psicodiagnósticos, intervenções breves e intervenções grupais. Nesse serviço, asolicitação de atendimento psicológico se dá através do pedido de interconsulta feito porqualquer membro da equipe multidisciplinar. A maior demanda para atendimento sãopacientes em sofrimento psíquico principalmente por duas causas principais: iminênciade entrada em diálise e questões de âmbito afetivo-relacional. A parte teórica solidificoumeus conhecimentos, porém foi a vivência clínica que me possibilitou avaliar a realnecessidade de cada pedido de consulta, a partir da demanda do paciente (entrevistaspreliminares) e do trabalho de escuta junto à equipe, culminando na aprendizagem dotrabalho interdisciplinar. Conclusão: Dessa maneira, o meu percurso como psicólogaespecializanda contribuiu para ampliar e aprofundar informações, conhecimentos eensinamentos e abriu a possibilidade do meu ingresso no curso de pós-graduação (strictosensu) na Nefrologia do mesmo hospital.

PO199A COMUNICAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EPACIENTES EM HEMODIÁLISE: A PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS.SADALA, MLA(1); ALBINO, BB(1); Unidade de Dialise do HC Botucatu FMB-UNESP(1);

Objetivo: Analisar e descrever a experiência dos profissionais de enfermagem aocomunicar-se com os pacientes numa unidade de hemodiálise. Materiais e Métodos:Trata-se de uma pesquisa qualitativa, não há número definido. Os participantes dapesquisa serão profissionais de enfermagem com o único pré-requisito de estarcuidando de paciente em hemodiálise há pelo menos um ano. A pergunta norteadorado estudo será colocada, no início da entrevista individual, para os participantes:"Como tem sido a sua experiência de comunicação com o paciente em hemodiálise?" Respondendo a esta pergunta única sobre a questão, o participante descreverá o seupré-reflexivo a respeito do fenômeno em estudo. Este estudo foi financiado pelaFAPESP. Resultados: Este estudo apresenta as limitações dos estudos qualitativos:não têm a pretensão de generalizar os resultados, mas de aprofundar a compreensãosobre o fenômeno estudado. Os resultados obtidos apontam para questões essenciaisneste cuidado peculiar: a natureza paliativa da hemodiálise, a condição dedependência dos pacientes, seu sofrimento e falta de perspectivas. Os participantes doestudo mostram consciência sobre essa realidade e sobre a importância de comunicar-se efetivamente com o paciente, buscando melhor assisti-lo. Sobre a própriacomunicação, alguns mostram um conhecimento específico sobre comunicaçãoterapêutica. Outros mostram seus esforços por utilizar a comunicação comoinstrumento de trabalho, embora não explicitem o conhecimento específico detécnicas e medidas terapêuticas. Estes resultados podem ser compreendido numcontexto no qual a maioria dos profissionais não teve formação específica dadisciplina de comunicação nos seus currículos. Conclusão: Os resultados do estudosugerem a necessidade de programas específicos sobre comunicação terapêutica,visando, além da aquisição de informações sobre este tema, a troca de experiênciasentre os profissionais da unidade

PO200METODOLOGIA PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃODA QUALIDADE EM UM CENTRO DE DIÁLISE EM SÃO LUÍS-MA.LIMA, GO(1); ALMEIDA, RFC(1); VALE, S(1); CARNEIRO, ER(1); NUNES, PC(1); Centro de Nefrologia do Maranhão(1);

Objetivo: Descrever a metodologia para implantação do Sistema de Gestão da Qualidade– SGQ em um Centro de Diálise em São Luís-Maranhão com base nos requisitos da NBR(Norma Brasileira) ISO (International Organization for Standardization) 9001:2000.Material e Métodos: Trata-se de estudo descritivo que aborda uma metodologia paraimplantação de um Sistema de Gestão da Qualidade no Centro de Nefrologia doMaranhão, São Luís-MA, que iniciou em 2007. Resultados: A implantação do Sistemade Gestão da Qualidade no Centro de Nefrologia do Maranhão (CENEFRON) começoucom a criação de um Comitê da Qualidade (CQ) formado por uma equipemultiprofissional da instituição e um consultor externo. Foram definidos os membros doComitê da Qualidade denominados “Facilitadores” para dar suporte e acompanhar açõesde qualidade nas áreas. Elaborou-se um Manual da Qualidade (MQ) onde estão definidosos objetivos e especificado os requisitos para o desenvolvimento do SGQ. Realizou-seum diagnóstico situacional das áreas tendo como instrumento um questionáriofundamentado na legislação vigente que regulamenta o serviço de diálise no Brasil.Foram feitos o mapeamento dos processos e fluxograma do serviço. Para fornecerdiretrizes para o SGQ foram elaborados e implantados 08 documentos denominadosProcedimentos Gerais (PG) 1- Controle de documentos e registros em relação àelaboração, verificação, aprovação, revisão e distribuição dos mesmos nas áreas; 2 -Controle e tratamento de produto não conforme e de ações preventivas e corretivas; 3 -Processo de aquisição ; 4- Gestão de Recursos Humanos para garantir a qualificação ecapacitação dos funcionários; 5- Controle e tratamento de reclamações e sugestões declientes; 6- Controle estatístico; 7 -Organização ambiental; 8- Análise crítica peladireção. Foi implantado um boletim informativo com periodicidade trimestral paradivulgar ações da qualidade no serviço. Conclusão: O desenvolvimento de umametodologia para implantação de um sistema de gestão da qualidade no Centro deNefrologia do Maranhão se faz necessário para melhoria contínua dos processos onde ofoco principal é a satisfação dos clientes que utilizam este serviço.

PO201CONSCIENTIZAÇÃO DA EQUIPE DE COLABORADORES COMO PAPELDETERMINANTE NA REDUÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS DESERVIÇO DE SAÚDE (LIXO HOSPITALAR) EM CLÍNICA DEHEMODIÁLISE.AGRESTA, SA(1); ARAÚJO, SA(1); CAMARGO, JMT(1); SOUZA, WM(1); Nefroclínica(1);

Com o objetivo de reduzir a geração de lixo hospitalar produzido diariamente naNefroclínica de Unaí, que atende a um total de 108 pacientes em hemodiálise em trêsturnos, 6 dias por semana, foi realizada a pesagem do lixo hospitalar diariamente, noperíodo de 12 meses durante o ano de 2007, excluiídas as caixas de papelão quecompõem o Grupo D do Programa de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde(Tabela II) . Em função do risco biológico de contaminação humana e ambiental,atualmente têm-se empregado normas de como fazer a coleta e o descarte do lixohospitalar, considerando sua origem, classificação, localidade, características físicas equantitativas. Apesar das leis estabelecidas para uma adequada destinação do lixo, muitasvezes ou quase sempre é possível notar o desprezo das mesmas, uma vez que a populaçãoe governantes em geral não têm se mostrado empenhados em cumprir seu papel dianteda situação precária observada em 75% dos municípios brasileiros quanto ao descarte dolixo como um todo. Pode-se notar, então, que em todos os âmbitos o lixo se apresentacomo um problema no que diz respeito ao seu descarte inapropriado. Os principaisresultados obtidos foram, (tabela 1).Estes dados sugerem que é possível reduzir aquantidade de lixo hospitalar gerado na unidade de diálise através da segregação dosresíduos. A conscientização de todos os colaboradores, visando uma participação ativados mesmos com conseqüente reaproveitamento do material reciclável, como no caso dascaixas de papelão, reduz em cerca de 40%.a quantidade de lixo hospitalar gerado. Pesagem Lixo HospitalarMÊS PESO MÊS PESOJANEIRO 365,6 JULHO 325,3FEVEREIRO 312,3 AGOSTO 334,1MARÇO 317,6 SETEMBRO 314,2ABRIL 292,0 OUTUBRO 355,25MAIO 306,7 NOVEMBRO 371,95JUNHO 319,3 DEZEMBRO 370,46PESAGEM CAIXA DE PAPELÃO

Dez/2007 Jan/2008 Fev/2008 Mar/2008 Abr/2008 Mai/2008 Jun/2008Quantidade 497 343 629 470 467 443 452Peso em Kg 255,95 176,64 323,93 242,05 240,50 228,40 232,77

PO202O CUIDADO HUMANIZADO NA HEMODIÁLISE.ALVES, JLS(1,2,2); Clinefro Ltda(1); ULBRA(2);

Introdução: Humanização é ofertar atendimento de qualidade, articulando os avançostécnologicos com acolhimento, com melhoria dos ambientes de cuidado e das condiçõesde trabalho dos profissionais.? Objetivo: Conhecer a percepção do paciente renal crônicosobre a humanização da enfermagem em uma unidade de hemodiálise. Metodologia:Pesquisa de natureza exploratória descritiva com abordagem quantitativa, realizada comuma amostra de 28 pacientes portadores de doença renal crônica, em tratamentohemodialítico em uma clínica de hemodiálise no município de Porto Alegre. Resultados:

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Pôsteres - Enfermagem16 de setembro de 2008 - Terça-feira

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3)260 XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

Os resultados demonstraram que a equipe de enfermagem interfere na qualidade da vidados pacientes, pois o incentivo dado pela equipe, faz com que o paciente continue otratamento. Se a equipe não souber interagir com o paciente, isto poderá alterar o bemestar do paciente e prejudicar o tratamento. O paciente deseja ser valorizado comopessoa, necessita das orientações, da atenção, do respeito e almeja um tratamento comuma visão holística e um cuidado humanizado. Considerações Finais: Concluiu-se quecem por cento dos pacientes, sabem o que significa cuidado humanizado e consideramesta clínica humanizada por parte da enfermagem, que presta uma assistênciadiferenciada e personalizada aos seus pacientes. Palavras-chave: Cuidado Humanizado,Hemodiálise, Equipe de Enfermagem.

PO203AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DAS RESOLUÇÕES QUENORMATIZAM O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DESAÚDE EM UNAÍ – MINAS GERAIS.AGRESTA, SA(1); MAGALHÃES, AJM(1); SCANO, LLC(1); Nefroclínica(1);

Com o objetivo de contribuir com a conscientização sobre os resíduos de saúde, aNefroclínica Unaí/MG realizou um estudo através de um questionário semi-dirigido paraser aplicado em estabelecimentos da saúde tais como clínicas, farmácias, clínicasveterinárias, hospitais, laboratórios e clínicas odontológicas. O questionário eracomposto pelas seguintes perguntas: (1) O estabelecimento possui o PGRSS – Programade Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde implantado? E quais os principaisobstáculos encontrados para a implantação? (2) O responsável pelo estabelecimentoconhece a RDC 306/2004? (3) O responsável pelo estabelecimento conhece a CONAMA358/2005? (4) Qual o destino do resíduo de saúde de seu estabelecimento? (5) Osfuncionários do estabelecimento possuem cartão de vacina e estão devidamenteimunizados contra a Hepatite B? No final de cada entrevista foi solicitado que oresponsável assinasse o termo de consentimento e pesasse o resíduo sólido de 24 horas.Os principais resultados obtidos foram os seguintes descritos nas tabelas. Estes dadossugerem a necessidade da conscientização e do conhecimento das normas no que tangeaos resíduos de saúde; bem como, das resoluções que regem o Programa deGerenciamento de Resíduos de Saúde – PGRSS, pois além de estar cumprindo alegislação em igor, estaremos, juntos, preservando o ser humano e o meio ambiente,criando um ambiente propício à harmonia e bem estar, favorecendo a uma boa qualidadede vida.Estabelecimentos VisitadosEstabelecimentos Atenderam Não Atenderam TotalFarmácias 08 07 15Clínicas Odontológicas 00 07 07Laboratórios 03 03 06Hospitais e Clínicas Médicas 04 01 05Centros de Saúde 04 00 04Clínicas Veterinárias 01 01 02Total 20 19 39Respostas ao QuestionárioPergunta Número de % Pergunta Número de % Pergunta Número de %01 Resposta 02 Resposta 03 RespostaFuncionando Adequadamente 05 25% Sim 15 75% Sim 06 30%Não Implantado 03 15% Não 05 15% Não 14 70%Fase Inicial 12 60% Total 20 100% Total 20 100%Total 20 100%

PO204ACESSOS VASCULARES NO CENTRO DE DIÁLISE DA SANTA CASA DEBELO HORIZONTE: COMPARAÇÃO DOS DADOS DOS ANOS DE 2007 E 2008E PROPOSTA DE UM PROGRAMA DE MELHORIA CONTINUADA EMACESSO VASCULAR PARA HEMODIÁLISE.FERRAZ, CB(1); PENA, RM(1); Santa Casa de Belo Horizonte(1);

Introdução: Atualmente cerca de 70.000 pacientes estão em terapia renal substitutiva(TRS) crônica no Brasil, sendo a hemodiálise (HD) a modalidade em cerca 90% doscasos. Um acesso vascular (AV) ideal implica em fornecer um fluxo sanguíneo adequadopara a prescrição da diálise, uma longa sobrevida e um baixo risco de complicações.Objetivo: comparar o panorama dos AV no CNSCBH nos anos de 2007 e 2008; avaliarse estão dentro das normas recomendadas pelo Kidney Disease Outcomes QualityInitiative (KDOQI); propor um programa de melhoria continuada em AV. Material emétodos: Estudo transversal com todos os pacientes em TRS crônica no CNSCBH nosanos 2007 e 2008. Resultados: 439 pacientes se encontram em TRS. A HD é amodalidade dialítica em 92% dos casos. Dos pacientes em HD, 84% dialisam por fístulaarteriovenosa (FAV), 7 (1,8%) apresentam prótese sintética. Apenas sete pacientes(1,8%) apresentam FAV nativa em membro inferior (MMII), ao passo que 71% (287pacientes) a possuem em membro superior distal (MSD) e 16,9% (68 pacientes) emmembro superior proximal (MSP). Todas as FAVs com prótese sintética estãolocalizadas nos MSD. Os cateteres de duplo lúmen (CDL) representam 10% dos acessosvasculares (39 pacientes): 48% são de curta e 51% de longa permanência. A veia jugularinterna é o único sítio de localização dos CDL de curta permanência, enquanto a veiasubclávia é o local de inserção mais utilizado nos pacientes com CDL de longapermanência (95% dos casos). Conclusão: Observa-se, na atualidade, um grande esforçodas organizações internacionais no intuito de aumentar a prevalência de FAVs nativas.Concluímos que a introdução de um programa de melhoria continuada em acessovascular para hemodiálise é importante para um melhor resultado em relação à qualidade,à manutenção e ao manuseio do AV.

PO205LUDOTERAPIA DE GRUPO EM CLÍNICA DE HEMODIÁLISE; RELATO DEEXPERIÊNCIA.PEDROSO, MLR(1,2,3); CLINEFRO(1); ULBRA(2); UFRGS(3);

Introdução: Ludoterapia é o nome científico da “terapia através do brincar”. A essemétodo, Melanie Klein (1932) deu o nome de playtechnique, ou técnica de brinquedo.Foi desenvolvida por psicanalistas da Escola de Londres, como D. W. Winnicott eMoney Kyrle, adotada no todo ou em parte por analistas de outras correntes. É umatécnica utilizada em crianças ou adultos, tendo como objetivo facilitar a expressão dossentimentos e buscar melhores alternativas para lidar com seus conflitos. Tendo comobase as nossas experiências com pacientes renais crônicos, sabendo das suas dificuldadese necessidades, resolvemos implantar a técnica da Ludoterapia, introduzindo os jogoscomo procedimento terapêutico. Material e Métodos: Na maioria das clínicasdisponibiliza-se em sala de diálise o aparelho de televisão, mas, em ambiente coletivo,normalmente não consegue despertar a atenção de todos, simultaneamente. Rádio ou,mais raramente, a leitura de jornais, são alternativas de passatempo. Em nosso serviço,foi introduzido o jogo de Bingo, onde o jogador deverá preencher, com númerossorteados, a cartela toda, apenas uma fileira ou diagonais para vencer e receber seuprêmio trazido pelos pacientes – um mimo. Resultados: Percebemos que o momento dojogo começou a ser muito aguardado pelos pacientes, pois nos dias dos jogos os mesmoscostumam chegar animados, esquecendo as dificuldades do tratamento, e ansiosos pelopróximo dia de jogo. Observamos com esse método terapêutico uma melhor integraçãodos pacientes com a equipe multidisciplinar, um menor número de intercorrências(principalmente em queixas referentes a dores generalizadas ou cansaço, possivelmentedevido ao seu caráter psicossomático) e principalmente uma alegria generalizada não sóentre os pacientes, mas também entre os membros da equipe de diálise, tornando apermanência agradável em um ambiente caracterizado pela cronicidade de tratamento.Conclusão: O emprego de jogos facilita o diálogo, e a linguagem do brincar passa a serum meio de expressão de sentimentos, frustrações, agressividades, inseguranças econfusões. O ambiente lúdico, adequadamente aproveitado, serve como “termômetro”para o profissional treinado identificar pacientes mais propícios a depressão ou sujeitosa conflitos interpessoais ou familiares.

PO206NÍVEL DE SATISFAÇÃO DAS ENFERMEIRAS QUE ATUAM EM UNIDADESDE HEMODIÁLISE.PEDROSO, MLR(1,2,3); CLINEFRO LTDA(1); ULBRA(2); UFRGS(3);

Introdução: A doença renal crônica caracteriza-se como uma doença terminal, e oportador desta patologia sente uma significativa alteração na sua qualidade de vida,acarretando conflitos e estados de agressividade. Para o enfrentamento desta situação, aatuação do profissional de Enfermagem, em equipe multidisciplinar, é imprescindível.Para que tal seja atingido, é importante conhecermos até que ponto o profissional deenfermagem encontra-se satisfeito com sua atuação e serviço perante estaclientela.Material e Métodos: A fim de verificar o nível de satisfação dos enfermeiros queatuam em unidades de hemodiálise conveniadas pelo SUS e identificar as principaiscausas de satisfação e insatisfação dos enfermeiros em suas respectivas unidades, foirealizada, através de um questionário anônimo, perguntas fechadas que foram entreguesdiretamente para Onze enfermeiras de diversos serviços de Diálise do Município de PortoAlegre. Após, os resultados foram tabulados e considerados, dentre outros, os seguintesdados: idade, tempo de atuação, jornada de trabalho mensal.Resultados: Em geral, osenfermeiros que atuam nestas unidades estão satisfeitos em seus ambientes de trabalho,realizando as tarefas que lhes são exigidas. No que tange à legislação, que prevê trinta ecinco pacientes para cada enfermeiro, por terem que realizar outras tarefas além daassistência a estes pacientes, sentem-se, em sua maioria, sobrecarregadas. No que serefere ao atendimento, para que seja adequado e de qualidade a estes pacientes, preferiamum menor numero de pacientes por profissional.Conclusão: De acordo com os resultadosobtidos, a insatisfação demonstrada pelos enfermeiros referiu-se ao não cumprimento detodas as rotinas de Enfermagem, além do que diz respeito à legislação. Apesar disso,consideram-se satisfeitas em seu ambiente de trabalho. A satisfação depende nãosomente do método de trabalho e do incentivo salarial, mas de um conjunto de condiçõesambientais que garantam o bem-estar do profissional enquanto atua.

PO207AVALIAÇÃO DA CLORAÇÃO DA ÁGUA UTILIZADA NAS SESSÕES DEHEMODIÁLISE INTRA-HOSPITALAR À BEIRA DO LEITO EM HOSPITAISDA CIDADE DE RECIFE.ARAUJO, AP(1); ANDRADE, SC(1); FERNANDES, GCF(1); HOLANDA, JOS(1);ARAUJO FILHO, RP(1); ANDRADE, FG(1); SANTOS, AM(1); OLIVEIRA JR., MH(1); UNINEFRON(1);

Introdução:A água utilizada para hemodiálises(HD) deve apresentar padrão de qualidadeexigida na Portaria 82 do MS de 03/01/2000 e RDC 154 de 15/06/2004.A vigilânciaconstante é pertinente e vislumbra respeito aos níveis máximos de contaminantes.Aavaliação do cloro na água das HD consiste na aferição do cloro livre e dacloramina,cujos parâmetros devem ser de 0,5mg/L e 0,1mg/L,respectivamente.Ascloraminas são formadas pela reação do cloro com as aminas que se encontram na águadurante sua purificação.Essas substâncias,quando presentes em níveis elevados,podemcausar sérios danos à saúde dos pacientes submetidos à HD.Ainda não existeregulamentação específica para a água utilizada na HD à beira do leito.Objetivo:Avaliação da cloração da água fornecida por hospitais da cidade do Recife paraa realização de HD intra-hospitalar,utilizando as recomendações vigentes para osprocedimentos dialíticos nas Unidades de Diálise. Métodos:Análise retrospectiva dos

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16 de setembro de 2008 - Terça-feiraPôsteres - Enfermagem

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registros efetuados por nossa equipe,do nível de cloro utilizado para as HD à beira doleito em oito hospitais da cidade do Recife entre agosto/2006 e maio/2008.Esta análiseera realizada no início da sessão, na água fornecida pelos hospitais,no pré -tratamento(torneira abastecedora) e pós-tratamento(osmose reversa), utilizando a soluçãode ortotolidina a 0,1%. Resultados:Foram realizadas 3781 aferições.Destas,840amostras(22,21%) encontravam-se em níveis considerados adequados:>0,2 a 0,5ppm.Em 2849 amostras(75,35%) os níveis de cloro estavam acima do determinado pelalegislação,sendo que 989 amostras(26,15%)apresentavam dosagem >0,5 a 1,0ppm,728(19,25%) >1,0 a1,5, 466(12,32%) > 1,5 a 2,0, 436(11,53%) > 2,0 a 3,0,230(6,08%) > 3,0 a 5,0. 92 amostras(2,43%) mostraram ausência de cloro.Conclusão:Observamos variações significativas nas dosagens de cloro na água fornecidapelos hospitais para realização das HD,tendo encontrado dosagens acima do determinadopela legislação na maioria dos casos.Ressaltamos a necessidade de uma regulamentaçãoque oriente os padrões de qualidade para a água forne

PO208AGREGAÇÃO FAMILIAR DE DOENÇA RENAL CRÔNICA TERMINAL EMPETRÓPOLIS – RJ.RANCIARO, DC(1); LEAL, VO(1); FARACO, PRO(1); IBRAHIM, MY(1); Renalle Consultoria e Serviços Médicos Ltda(1);

Introdução: O aumento da incidência e de prevalência de Doença Renal CrônicaTerminal (DRCT) no Brasil tem sido observado em todas as regiões do país. Éimportante identificar os fatores de risco DRCT para fundamentar políticas públicas desaúde de prevenção e de fomento. O objetivo do estudo foi determinar a prevalência e ograu de parentesco na agregação familiar para DRC dos pacientes submetidos a HD denossa clínica, relacionadas à etiologia atribuída da falência renal. Material e Método:Através do prontuário e entrevistas coletamos dados da história familiar e da etiologiapara DRCT de 113 pacientes, em programa regular de hemodiálise (HD). Sendo que 23pacientes desconheciam seu histórico familiar. Resultados: História familiar positivapara DRC foi reportada em 32/90 pacientes, sendo 56,2% (18/32) pais e/ou irmãos,37,5% (12/32) tios e/ou primos e 15,6% (5/32) cônjuges. Agregação familiar segundoetiologia atribuída da DRCT dos pacientes em HD obedeceu a seguinte prevalência:doença renal policística 6,6% (6/90); hipertensão arterial sistêmica 6,6% (6/90); causasindeterminadas 6,6% (6/90); diabetes mellitus 5,5% (5/90); glomerulonefrite crônica3,3% (3/90); e, outras causas 1,1% (1/90). Conclusões: Os resultados reforçam anecessidade de maiores pesquisas epidemiológicas referentes aos fatores de risco paraDRCT. Uma elevada prevalência de história familiar positiva para DRC no município dePetrópolis foi detectada necessitando maiores esclarecimentos para o entendimento doimpacto dos fatores de risco potencialmente modificáveis. Este conceito, se confirmado,exigirá programas de prevenção específicos aos familiares de pacientes em hemodiálise.

PO209HUMANIZAÇÃO EM HEMODIÁLISE: ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM.CORDEIRO, CRISLAINE PERUZZO(1); Pró Nefro, Assintência Nefrológica e Urológica Ltda(1);

Os avanços tecnológicos e a especialização profissional tornaram-se essenciais notratamento da Doença Renal Crônica (DRC). No entanto, apenas a tecnologia não semostrou suficiente para traduzir a magnitude real da doença e do tratamento dialítico paraos envolvidos, gerando no profissional de saúde a busca de modificações e melhorias nasrelações com os seus clientes. A Enfermagem é quem está mais tempo com o pacienterenal durante a terapia dialítica, servindo de elo de ligação entre este e a equipemultiprofissional. Com o objetivo de analisar a atuação da equipe de enfermagem noprocesso de humanização na unidade de hemodiálise, foi realizado um estudo de naturezaqualitativo, do tipo descritivo, através de questionário semi-estruturado aplicado a 15membros da equipe de Enfermagem do serviço de Nefrologia do Hospital SantaTeresa/Petrópolis-RJ nos meses setembro e outubro de 2006, onde foram abordadasinformações sobre os aspectos sócio-demográficos e perguntas abertas sobrehumanização Os entrevistados encontravam-se na faixa etária de 23 a 49 anos, sendo amaioria do sexo feminino, com tempo de trabalho entre 4 meses a 28 anos. A maior parterelatou não ter recebido durante sua formação orientação sobre humanização. Asrespostas foram agrupadas em três categorias. Enfermagem presença, onde ficaevidenciada a preocupação da enfermagem como cuidador, educador e transformadordiante do envolvimento com a globalidade do cuidar em hemodiálise. Estreitamento devínculos: onde o respeito e a atenção foram as relações mais apresentadas com o termoHumanização. Todos declaram sua relação com o cliente como boa e solícita. A melhorforma de aproximação e humanização identificada foi o reconhecimento àindividualidade do paciente, o “chamar pelo nome”, além de saber “ouvir o paciente” ea possibilidade de fornecer orientação adequada sobre todo o procedimento que édemonstrada através dos sentimentos.Tecnologia ambivalente: A tecnologia foi apontadatanto como fator facilitador quando permite mais segurança durante o tratamento, comodificuldade por da mesma forma permitir o afastamento físico. Palavras-Chave:Insuficiência Renal Crônica, Hemodiálise, Enfermagem, Humanização.

PO210O REFLEXO DO CATETER DE DIÁLISE PERITONEAL A PARTIR DAPERCEPÇÃO VISUAL DO CLIENTE.CRUZ, DOA; ARAUJO, STC(1,1); Hospital Universitario Clementino Fraga Filho da UFRJ(1);

Estudo qualitativo que trata da percepção visual do cliente e a convivência com o cateterde diálise peritoneal. Objetivos: investigar a percepção visual do cliente na convivênciacom o cateter de diálise peritoneal e analisar as necessidades do cuidado de enfermagemem nefrologia. Método: baseado na sociopoética e no dispositivo do grupo pesquisador de

Freire com os sentidos corporais e o recorte do sentido visão. Os dados coletados de marçoa maio de 2006 com participação de treze clientes do programa de diálise peritonealambulatorial de um Hospital Universitário. Resultados: a partir de dinâmicas de criaçãoartística, relaxamento corporal, confecção de desenhos, colagens e construção de históriaspara liberação do imaginário, apontam sub-categorias: bem-estar, conforto e domínio datécnica em relação às outras terapias dialíticas, 43; o mal-estar, presença do cateter esolução de diálise no abdome, dificuldade à execução da técnica e cuidados do dia-a-dia,30; o cuidado, manutenção do tratamento com esmero e zelo, 30; a função-cateter/indiferença, o cateter posicionado exerce sua função, não há incômodo, 29; anegação, recusa de mostrar e observar o cateter, 14; a frustração/tempo, restrição daliberdade pelo tratamento, 10; a esperança, união do amor, persistência à vontade de viver;adaptação, 09. O estudo transversal e a triangulação dos dados da visão e demais sentidosmostraram categorias analíticas de auto-estima e auto-imagem. Conclusões: revelam adimensão do cuidado de enfermagem com a facilitação do espaço terapêutico participativoe a criatividade, valorizando a cultura dominada e o instituído. As necessidades de cuidadomostram a ausência de orientação inicial (em outra instituição); a espera para medicaçõesinjetáveis e exames laboratoriais; dificuldade extrema para receber a cicladora automática;re-implante do cateter inoperante; falta de um espaço coletivo de participação e opção pelaterapia de dálise mais adequada ao seu estilo de vida.

PO211HUMANIZAÇÃO EM HEMODIÁLISE: ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM.CORDEIRO, CP(1); GORINI, CC(2); Pro-Nefro(1); Faculdade Arthur Sá Earp Neto(2);

Com o objetivo de analisar a atuação da equipe de enfermagem no processo dehumanização na unidade de hemodiálise, foi realizado um estudo de naturezaqualitativo, do tipo descritivo, através de questionário semi-estruturado aplicado a 15membros da equipe de Enfermagem do serviço de Nefrologia do Hospital SantaTeresa/Petrópolis-RJ nos meses setembro e outubro de 2006, onde foram abordadasinformações sobre os aspectos sócio-demográficos e perguntas abertas sobrehumanização Os entrevistados encontravam-se na faixa etária de 23 a 49 anos, sendo amaioria do sexo feminino, com tempo de trabalho entre 4 meses a 28 anos. A maiorparte relatou não ter recebido durante sua formação orientação sobre humanização. Asrespostas foram agrupadas em três categorias. Enfermagem presença, onde ficaevidenciada a preocupação da enfermagem como cuidador, educador e transformadordiante do envolvimento com a globalidade do cuidar em hemodiálise. Estreitamento devínculos: onde o respeito e a atenção foram as relações mais apresentadas com o termoHumanização. Todos declaram sua relação com o cliente como boa e solícita. A melhorforma de aproximação e humanização identificada foi o reconhecimento àindividualidade do paciente, o “chamar pelo nome”, além de saber “ouvir o paciente”e a possibilidade de fornecer orientação adequada sobre todo o procedimento que édemonstrada através dos sentimentos.Tecnologia ambivalente: A tecnologia foiapontada tanto como fator facilitador quando permite mais segurança durante otratamento, como dificuldade por da mesma forma permitir o afastamento físico. Anecessidade de maior treinamento tanto técnico como de humanização foi apontada portodos. O grupo analisado apesar de em sua maioria não ter recebido treinamentoespecífico durante sua formação, demonstrou identificar a necessidade de humanizar oatendimento mesmo diante dos avanços tecnológicos do tratamento dialítico. Aindaque individualmente, sinalizou a Enfermagem como elo motor da humanização e doconhecimento.

PO212CONHECIMENTO SOBRE CÂNCER DE MAMA: ALICERCE PARA APREVENÇÃO.PINHEIRO, O.(1); PASQUAL, D. D.(2); SCOPEL, F. Z.(2); BRITO, D. P.(1); MELO, C.P.(1); MATTOSO, A. P.(1); MODESTO, A. P.(1); UNIBRASIL(1); CDR(2);

Introdução: O atendimento de enfermagem em Unidades de Hemodiálise geralmente éfocado na função renal e nas suas alterações, mas é importante lembrar que há muitasmulheres em tratamento neste tipo serviço de saúde e, sendo o câncer de mama umaimportante causa de morbimortalidade, identificou-se a necessidade de verificar oconhecimento destas mulheres quanto ao auto-exame da mama como forma deprevenção. Objetivo do estudo: Avaliar o conhecimento das mulheres em tratamentohemodialítico acerca das medidas de prevenção do câncer de mama. Material eMétodos: O estudo é de caráter quantitativo. O cenário do estudo foi uma Clínica deHemodiálise de Curitiba/Paraná no período de maio a junho de 2008, quando foramentrevistadas 36 mulheres em tratamento dialítico, tendo-se como instrumento decoleta de análise de conteúdo. Resultados: Primeiramente, o estudo foi direcionado aolevantamento de dados de quantas pacientes fazem o auto-exame regularmente, o qualrevelou que 78% delas não o fazem e apenas 22% o fazem. Dentre as que realizam oauto-exame, investigamos a freqüência da realização: uma vez por ano (50%); uma vezpor mês (25%); a cada seis meses (12,5%); e uma vez ao dia (12,5%). Ao seremquestionadas se já realizaram algum tipo de exame de mama, 47% das entrevistadasrelatou que não e 53% que sim, sendo os *exames realizados: mamografia (68%);exame clínico (37%); ecografia (11%), exames estes que identificaram alterações em5% das mulheres. A seguir buscamos desvelar do conhecimento destas mulheres sobreo que é o auto-exame da mama, bem como sua função, quando emergiram os seguintesdiscursos: ”Verificar como está a mama, para prevenir contra o câncer”; “Levanta amão e apalpa, para ver se não tem câncer”; “Passo todo o dia a mão na mama para verse não tem uma bolinha”; “A gente aperta para ver se tem algum caroço”, “ Examinara mama, para detectar nódulos”. Considerações Finais: Constatou-se que, apesar dadivulgação que há sobre o auto-exame da mama em meios de comunicação de massa,uma pequena parcela das mulheres envolvidas neste estudo realiza o exame e sabe oseu significado.

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Pôsteres - Enfermagem16 de setembro de 2008 - Terça-feira

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3)262 XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

PO213CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS SEM POSSIBILIDADESTERAPÊUTICAS: UM DESAFIO PARA A ENFERMAGEM.TITO, AKO(1); Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco(1);

O carcinoma de células renais, também chamado de adenocarcinoma de rim,carcinoma de rim e tumor de Grawitz, acontece por um crescimento descontrolado decélulas anormais do rim, comumente do túbulo contorcido proximal, que invadem edestroem o tecido normal e pode metastatisar para outros órgãos. Objetivo:Implementar o plano de cuidados de enfermagem a uma paciente portadora decarcinoma de células renais sem possibilidades terapêuticas. Material e Métodos:Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, no formato de relato de caso, realizadono período compreendido entre 05/05/08 à 22/05/08, na unidade de Clínica Médica doHospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Asinformações foram colhidas a partir do prontuário, com ênfase no histórico e nasevoluções de enfermagem. Resultados: A análise do material possibilitou aidentificação dos seguintes diagnósticos de enfermagem segundo o Manual deDiagnósticos de Enfermagem do Carpenito: Dor aguda; Fadiga; Ingestão menor doque as necessidades corporais; Conforto prejudicado e Risco para desgaste do papeldo cuidador. Conclusão: O importante papel do profissional de enfermagem contribuipara a assistência aos pacientes portadores de carcinoma de células renais sempossibilidades terapêuticas por utilizar intervenções empregadas nos cuidados diários,contribuindo para um melhor conforto e bem-estar da paciente, voltada aoatendimento das suas reais necessidades.

PO214ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES AO LONGO PRAZODA DIÁLISE PERITONEAL ASSOCIADA AO DIABETES MELLITUS TIPO I.TITO, AKO(1); Hospital das Clinicas da Universidade Federal de Pernambuco(1);

A nefropatia diabética é uma das complicações crônicas microvasculares que levam opaciente a Insuficiência Renal Crônica (IRC). Entre as modalidades de tratamento paraa terapia renal substitutiva, a diálise peritoneal é a mais indicada para os pacientesportadores de diabetes mellitus (DM), devido à dificuldade de acesso venoso,prevalência de doenças cardiovasculares e neuropatia autonômica. Objetivo:Implementar a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) qualificada a umadulto jovem portador de IRC secundária a DM tipo I. Material e Métodos: Trata-se deum estudo exploratório-descritivo, no formato de relato de caso, realizado no períodocompreendido entre 21/02/08 à 14/03/08, na unidade de Nefrologia – Enfermaria doHospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. As informações foramcolhidas a partir do prontuário, com ênfase no histórico e nas evoluções deenfermagem. Resultados: A análise do material possibilitou a identificação dosseguintes diagnósticos de enfermagem segundo o Manual de Diagnósticos deEnfermagem do Carpenito: Controle ineficaz do regime terapêutico; Volume delíquidos excessivos; Conforto prejudicado e Risco para infecção. Conclusão: Oportador de nefropatia diabética em uso de diálise peritoneal necessita de umaassistência de enfermagem qualificada, voltada para o ensino e treinamento para oautocuidado, e a implementação de um plano de cuidados individualizados contribuiupara um melhor conforto e bem-estar do paciente, voltado ao atendimento das suasreais necessidades.

PO215EXPERIÊNCIA DE 2 ANOS COM PUNÇÃO DE FÍSTULA ARTÉRIO-VENOSA(FAV) PELA TÉCNICA DE BUTTONHOLE.MYNSSEN D(1); CUNHA AC(1); VIANA PC(1); BARRA AB(1); PINTO ME(1);SOARES V(1); STROGOFF J(1); CDR Clínicas de Doenças Renais(1);

Introdução: Buttonhole é a técnica pela qual as agulhas de hemodiálise são sempreinseridas exatamente no mesmo local da FAV para que se forme um trajeto epitelizadovisando redução da dor, da ocorrência de hematomas e de formações aneurismáticas.Objetivo: Descrever a experiência de 2 anos do emprego desta técnica na quasetotalidade dos pacientes de uma unidade de diálise. Métodos: Esta é uma análiseretrospectiva de todos os pacientes que tiveram a FAV puncionada pela técnica debuttonhole entre 01/Jun/06 a 31/Mai/08. Inicialmente, cada paciente era puncionado porum único profissional por 10 sessões consecutivas. As 2 agulhas eram inseridas nadireção centrípeta. O ângulo de inserção da agulha deveria ser sempre o mesmo. Acrosta da punção anterior era removida antes da inserção da agulha. Clorexidinealcoólico era aplicado antes e depois da remoção da crosta. Não eram elegíveis para estatécnica os pacientes com PTFE. Por falta de disponibilidade de agulhas específicas parabuttonhole no mercado nacional, sempre utilizamos agulhas tradicionais com corte.Resultados: 50 pacientes (62% homens, 62 anos, 38% diabéticos) foram incluídos nestaanálise que correspondem a 71% do total em HD. Ocorreram 10 hematomas (1,37episódio por 100 pac./ ano), 2 infecções no local de punção (0,27 episódio por 100 pac./ano) e 6 casos de trombose da FAV (0,96 episódio por 100 pac./ ano). O local de punçãoteve de ser trocado em 14% dos pacientes devido a sangramento durante a diálise e/oudificuldade de hemostasia. Observamos 3 episódios de sangramento recorrente fora dadiálise que necessitaram de intervenção cirúrgica. Houve um caso de endocarditebacteriana neste período que não se pode atribuir e tampouco excluir alguma associaçãocom a técnica.Conclusão: A aceitação pelos pacientes foi muito positiva, pela reduçãoda dor e a baixa incidência de hematomas. A principal complicação foi sangramentorecorrente no período interdialítico em 3 pacientes com necessidade de intervençãocirúrgica. O risco desta complicação poderia ser minimizado com o uso de agulhasespecíficifica para a técnica.

PO216RISCOS OCUPACIONAIS EM UM SETOR DE HEMODIÁLISE NAPERSPECTIVA DOS TRABALHADORES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM.SILVA, MKD(1); ZEITOUNE, RCG(1); MEDEIROS, MS(1); Hospital Universitário Clementino Fraga Filho(1);

Estudo descritivo exploratório, de abordagem qualitativa, teve como objetivos descreveros riscos ocupacionais no contexto dos trabalhadores da equipe de enfermagem em umaunidade de hemodiálise, analisar o conhecimento do trabalhador da equipe de enfermagemacerca das medidas de proteção e segurança em uma unidade de hemodiálise e discutir oconhecimento do trabalhador da equipe de enfermagem sobre os riscos ocupacionais e asimplicações para a saúde do trabalhador. O cenário foi um Hospital Universitário domunicípio do Rio de Janeiro. Os sujeitos foram 26 trabalhadores da equipe de enfermagemdo setor de hemodiálise. Foi utilizada entrevista semi-estruturada. O projeto foi aprovadopor Comitê de Ética. Resultados: os trabalhadores detêm o conhecimento sobre os riscosocupacionais e sobre as medidas de proteção e segurança, apesar de nem sempre aplicá-las na sua prática profissional. Foram citados como as principais implicações à saúde osproblemas respiratórios, de coluna e as doenças contagiosas.

PO217NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS AFETADAS PELA INSUFICIÊNCIARENAL CRÔNICA: HISTÓRIA ORAL.CRUZ, AP(1); AMARAL, ES(1); RODRIGUES, RA(1); AMARAL, PM(1); SILVA, SE(1); Universidade Federal do Pará(1);

Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é a perda progressiva e irreversível dasfunções renais, promovendo implicações das Necessidades Humanas Básicas (NHB).Objetivo: Compreender os significados da IRC para uma cliente há 20 meses em terapiarenal substitutiva (TRS), modalidade de hemodiálise (HD). Metodologia: Foientrevistada 01 cliente, 49 anos, sexo feminino, em junho de 2008, na sala de tratamentohemodialítico de um hospital público estadual de Belém-PA. A pesquisa foi realizadapelo método qualitativo, descritivo, baseada na História Oral e nas NHB, segundo aTeoria de Maslow. Resultados: A narrativa da cliente mostrou como as NHB sãoafetadas. Necessidades fisiológicas: “Tudo começou com alguns enjôos e dores nascostas, aconteceram vários desmaios, eu não tinha vontade de comer, e ai eu fui nomédico, ele falou que era problema nos rins” e “ quando eu urino eu começo agradecera Deus, eu até choro de tanta felicidade”; necessidade de segurança: “ fugia daqui com ocateter, as enfermeiras iam atrás de mim, e eu já tava lá no quarto, pra mim isso aqui erao final, pra mim eu não ia mais viver”; necessidades sociais: “lazer, não tenho vontadede sair”; necessidade de auto-estima: “pra mim foi difícil demais, eu chorava, chorava,depois vinha aqui muitas vezes e eu fugia daqui com o cateter”; necessidade de auto-realização: “fazer o transplante e penso em voltar ao normal, mas não penso em voltarpara minha terra, só pra passear”. Conclusões: O significado da narrativa enfatizou comoo tratamento é difícil, em uma vivência marcada por desafios, revelações e esperanças.A equipe de enfermagem deve fortalecer o vínculo e a segurança estabelecidos pelocuidado, reforçando a importância de perceber cada pessoa como um ser único, singular,apresentando a sua maneira peculiar de conviver com a situação de doença.

PO218PORTADOR DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA E SUBMETIDO AOTRANSPLANTE RENAL: REPRESENTAÇÃO PESSOAL.CRUZ, AP(1); FROES, LS(1); SILVA, SE(1); VASCONCELOS, EV(1); Universidade Federal do Pará(1);

Introdução: Neste estudo empregou-se o pressuposto teórico das representações navertente processual, segundo MOSCOVICI, 2003. Objetivos: Analisar a representaçãoda Insuficiência Renal Crônica (IRC) em um paciente submetido ao transplante renal(Tx) e descrever o significado do cuidado de enfermagem no processo patológico.Metodologia: A abordagem utilizada foi do tipo estudo de caso, adotando umaabordagem qualitativa. O sujeito do estudo foi um cliente portador de IRC e submetidoao Tx renal. Para obtenção dos dados utilizamos duas técnicas de coleta: a livreassociação de palavras, a entrevista semidirigida. Para a interpretação dos dados usamosa técnica de análise temática. Resultados: Constatou-se a emergência de duas unidadestemáticas. IRC: uma “fatalidade” da vida: a IRC foi associada a uma “fatalidade”, pois oentrevistado desconhecia as causas predisponentes da patologia. Quando obteve aconfirmação do diagnóstico, surgiu o interesse em conhecer as causas que levaram aodesenvolvimento da doença, que culminou a realização do Tx renal. Tx renal: uma novadefinição de viver: no processo de enfrentamento da doença, o entrevistado relatou medoque o Tx não evoluísse de modo positivo. Mas o amor da sua irmã, a qual foi a doadorarenal incentivou a acreditar que o Tx poderia contribuir com a melhora da sua qualidadede vida. Após sete meses do Tx renal, o entrevistado afirma que voltou a viver.Conclusões: O processo de evolução lento e progressivo da IRC contribuiu para aformação de um pensar vinculado a “fatalidade”. Porém, as medidas de educação emsaúde contribuem para prevenção e diagnóstico precoce da IRC. O conhecer dos medosa cerca do Tx renal ajudam na determinação de um cuidado holístico, tomando comoreferência à família, a patologia, a insegurança e o cliente.

PO219A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA NO TRATAMENTO DOS PACIENTESRENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE.SILVA, HF(1); CARVALHO, EMC(1); Instituto de Nefrologia e Diálise(1);

Introdução Há um longo período a doença renal acompanha e marca a humanidade. Atecnologia melhorou os equipamentos médicos, produziu novos medicamentos, e o mais

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simples de tudo, a consciência da necessidade de mudança de hábitos. Segundo Liparizi háuma visão de que o tratamento de hemodiálise é destinado a pessoas que estejam em estadoterminal, porém vimos que é uma medida suporte de manter a pessoa para viver mais emelhor. Objetivos: Correlacionar fatos relativos aos avanços tecnológicos no tratamentodos renais crônicos em hemodiálise. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisãobibliográfica que terá como fonte de informações literárias de livros, textos, artigoscientíficos e banco de dados eletrônicos. Resultados: A análise do material buscarácorrelacionar os avanços tecnológicos na doença renal crônica em hemodiálise, Serãomostradas informações sobre nº de Centros de diálise no Brasil, a evolução das máquinasde hemodiálise, fabricação de dialisadores com membranas mais biocompatíveis, melhorianos acessos vasculares, melhoria da qualidade da água para hemodiálise e individualizaçãodos concentrados de diálise. Conclusão: É notável a melhoria no tratamento dos portadoresde doença renal crônica em hemodiálise. Os anos mais recentes presenciaram importantesavanços em equipamentos, técnicas e no manuseio terapêutico.Os avanços tecnológicos naárea de tratamento dialítico contribuíram para melhoria da hemodiálise diversificando otratamento em si e uma prescrição de hemodiálise individualizada.

PO220GERENCIAMENTO DE INDICADORES DE DESEMPENHO ASSISTENCIAISEM UMA UNIDADE DE HEMODIALISE.SILVA, HF; (1); SENA, LS; (1); MELGAÇO, MCM(1); Instituto de Nefrologia e Diálise - INED(1);

Introdução O gerenciamento de indicadores de desempenho assistenciais comoferramenta de gestão é de fundamental importância na melhoria da qualidade dosprocessos e do atendimento, em serviços de diálise. Objetivos: Relatar a experiência deum serviço de hemodiálise no gerenciamento de indicadores de desempenhoassistenciais, criando um “ benchmarking” interno que facilite o aprendizado a cerca dosprocessos e a tomada de decisões direcionando para o estabelecimento de metasestratégicas para a assistência de enfermagem. Metodologia: Durante o ano de 2007,dados referentes a procedimentos e intercorrências relacionadas à assistência deenfermagem de pacientes em hemodiálise, foram levantados prospectivamente, atravésde relatórios diários de enfermagem e boletins mensais. Após discussões com o núcleode qualidade, foram selecionados os seguintes indicadores de desempenho assistenciaisconsiderados estratégicos para o gerenciamento: Taxa de pacientes sem acessodefinitivo/ mês, taxa de pacientes com infecção de acesso vascular/mês, taxa de pacienteshemotransfundidos/mês, taxa de hospitalização relacionada a acesso vascular/mês, Osdados foram mensalmente tabulados e armazenados em um banco de dados, discutidosem reuniões e posteriormente divulgados.Baseados nestes resultados metas de melhoriaforam estabelecidas para o ano de 2008. Resultado: No ano de 2007 pode-se observarmelhoria em todos os indicadores em relação à média do ano anterior, cujos gráficosserão mostrados. Conclusão: A implantação do sistema de gerenciamento de indicadoresde desempenho assistenciais, permitiu uma visão global da efetividade na execução dosprocessos assistenciais de enfermagem e a análise estatística dos dados, facilitou aidentificação de oportunidades de melhoria, a aplicação de medidas corretivas e oestabelecimento de metas baseadas em referenciais internos da instituição.

PO221CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA UTILIZAÇÃO DE DROGAS IMNOSSU-PRESSORAS PARA A PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE REJEIÇÃO EMTRANSPLANTE RENAL.CARMO, RN(1); CRUZ, DOA(1); FERREIRA, SAMN(1); Hospital Universitário Clementino Fraga Filho(1);

Esse trabalho é uma revisão bibliográfica a respeito da utilização de imunossupressoresna prevenção e tratamento da rejeição de transplante renal, incluindo mecanismo de ação,reações adversas e cuidadas de enfermagem na utilização dessas drogas. Objetivos:identificar as reações adversas das drogas imunossupressoras e apontar os principaiscuidados de enfermagem na utilização das drogas . Material: as medicações pesquisadasforam: corticosteróides (Prednisona/Metilprednisolona), azatioprina, micofenolatomofetil, ciclosporina, tacrolimus, sirolimus, timoglobulina e basilíximabe. Métodos:estudo realizado por integrantes do setor de nefrologia de um Hospital Universitário, nomunicípio do Rio de Janeiro, com busca de referências realizadas nas bases de dados, naBiblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Economic Library Online (SCIELO),Literatura Latino Americana de Ciências da Saúde (LILACS), Google Acadêmico, comum recorde temporal de 2001 a 2007. Resultados: a análise pôde verificar que das drogasimunossupressoras citadas, 62,5% (5) podem causar leucopenia, 50% (4) podemapresentar diarréia, náuseas, vômito e hepatotoxicidade, e 37,5% (3) podem desencadearhipertensão e acne. Conclusão: os resultados obtidos facilitam a sistematização daassistência de enfermagem, visando à melhoria da assistência prestada ao pacientesubmetido a transplante renal em uso de drogas imunossuressoras.

PO222O PAPEL DA ENFERMAGEM NA BUSCA ATIVA PARA CAPTAÇÃO DECÓRNEAS: EXPERIÊNCIA DA COMISSÃO INTRA-HOSPITALAR DEDOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTE.LIMA, RR; ANDRADE, PM; SILVA, CC; PEREIRA, MM; OLIVEIRA, JRF;CATAPANO, U; SANTOS,EF; FERREIRA, JC; CAJADO, CV; MARIA, CD; PEREIRA,CP; SANTOS, ES; ROSA, G.Hospital Geral Roberto Santos - SESAB - SUS(1);

Objetivos: Descrever a experiência da equipe de busca ativa da comissão Intra-hospitalarde Doação de Órgãos e tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Hospital Geral RobertoSantos. Analisar a taxa de consentimento e recusa familiar identificando as causas de nãoefetivação para captação de córneas. Material e Métodos: Estudo analítico e retrospectivo

realizado de agosto a dezembro de 2007 no hospital terciário da rede pública de Salvador.Após implantação da CIHDOTT ficou estabelecido a equipe de busca ativa com 5enfermeiras, utilizando os anexos I e II da portaria n°1.262 do Ministério da Saúde (MS)como instrumento para levantamento de dados. Definido o programa de educaçãocontinuada nos setores de Emergência e UTI visando a notificação dos óbitos por ParadaCardiorespiratória (PCR) objetivando a triagem para possíveis doadores de córneas eacolhimento familiar em parceria com o serviço social junto aos responsáveis legais dospotenciais doadores para viabilização da entrevista. A analise estatística foi baseada natabulação do anexo III referente ao intervalo do estudo. Resultados: Notificados 973 porPCR, média de 194,6 óbitos/mês. Entrevistas realizadas 79(31,9%) e entrevistas nãorealizadas 168(68,1%). Contra-indicações médicas e logísticas 747. Consentimentos paracaptação de córneas 20(25,3%) e recusas 59(74,6%). Causas de não efetivação de doaçãode córneas: potencial doador contrário em vida 16(27,1%), indecisão da familia 14(23,7%),recusa familiar 11(18,6%), familiares desejam o corpo íntegro 7(11,8%), familiaresdescontente com o atendimento 6(10,1%), desconhecimento da opinião do doador 5(8,4%),religião e demora na liberação do corpo sem registro. Conclusões: O modelo da CIHDOTTcom uma equipe de enfermagem na busca ativa representa a estratégia básica para odesenvolvimento da captação de córnea. Opinião do doador em vida e indecisão familiarsão os maiores fatores de recusa familiar . A dispeito do número baixo de entrevistas a taxade consentimento familiar (25,2%) com a busca ativa foi superior as metas do MS.

PO223PERFIL DIAGNÓSTICO DE PACIENTES EM DIÁLISE PERITONEALSEGUNDO O MODELO CONCEITUAL DE HORTA E A TAXONOMIA II DANANDA.FABRÍCIO DE ANDRADE GALLI(1); DACLÉ VILMA CARVALHO(2); SELMESILQUEIRA DE MATOS(1); ALEXANDRA DIAS MOREIRA(2); Hospital Felício Rocho(1); Escola de Enfermagem da UFMG(2);

O presente estudo contemplou a utilização do Processo de Enfermagem, fundamentado nosreferenciais teóricos de Wanda de Aguiar Horta e da Taxonomia II da North AmericanNursing Diagnosis Association (NANDA), com os seguintes objetivos: traçar o perfildemográfico e epidemiológico dos pacientes e estruturar os diagnósticos de enfermagemsegundo taxonomia da NANDA. Trata-se de um estudo descritivo exploratório que foirealizado em um hospital de grande porte de Belo Horizonte - MG, sendo que a populaçãoconstituiu-se dos 20 instrumentos de coleta de dados (Históricos de enfermagem) utilizadospelos enfermeiros durante a consulta de enfermagem dos pacientes em diálise peritoneal. Acoleta de dados foi realizada nos meses de junho e julho de 2006 durante as consultas deenfermagem. Após a coleta e registro dos dados, estes foram tratados utilizando-se recursosde informática (banco de dados) os dados foram analisados através de estatística descritiva,e os resultados apresentados em figuras e tabelas e discutidos à luz da Teoria dasnecessidades humanas básicas de Horta e Taxonomias dos diagnósticos da NANDA. Pelaanálise dos registros dos enfermeiros no Histórico permitiu identificar 12 diagnósticos deriscos e 26 reais. Estes diagnósticos foram agrupados em 8 Domínios e 13 Classes.Observou-se uma predominância de diagnósticos no Domínio segurança/proteção odiagnóstico Risco para Infecção. Além disso, pode-se identificar que o maior percentual depacientes é do sexo feminino, com idade entre 40 e 60 anos, e tinham como fontemantenedora dos custos médico-hospitalares, o Sistema Único de Saúde (SUS). A primeiracausa para Insuficiência Renal Crônica (IRC) foi Hipertensão arterial em 45% dospacientes, seguido das Glomérulos Nefrites (25%) e Diabetes Mellitus (DM) como aterceira causa(20%). Sendo que todos os pacientes que apresentaram (DM) com primeiracausa, possuem HAS associada. Em Glomerulonefrites associadas a outras causas,encontramos Lúpus Eritematoso Sistêmico com (5%) e Tuberculose Renal, representando(5%). Desse modo, verifica-se que a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)é um método científico de trabalho que proporciona melhoria significativa da qualidade daAssistência prestada ao cliente através do planejamento individualizado das ações deEnfermagem elaboradas pelo profissional enfermeiro. Permite a continuidade e aintegralidade do cuidado humanizado e a valorização do enfermeiro. Além disso,esperamos que os resultados aqui encontrados estimulem enfermeiros a implantar ummodelo de assistência de enfermagem, utilizando o histórico de enfermagem e as fases doprocesso de enfermagem assim como a Taxonomia da NANDA para diagnósticos deEnfermagem, bem como, pesquisas sobre o tema.

PO224MORBI-MORTALIDADE CARDIOVASCULAR EM DIÁLISE PERITONEAL:UM ESTUDO PROSPECTIVOPASCHOALIN, RP(1); SILVA, CAB(1); RASPANTI, EO(1); CHIOZI, SZ(1);NAKAGAWA, B(1); PASCHOALIN, NP(1); NETO, MM(1); SENERP (Serviço de Nefrologia de Ribeirão Preto)(1);

Objetivo: Analisar as causas de morbidade e mortalidade cardiovasculares entre pacientesportadores de insuficiência renal crônica (IRC) em programa regular de diálise peritoneal(DP). Materiais e Métodos: Estudo prospectivo no qual foram avaliados os pacientes queiniciaram tratamento em diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) ou diáliseperitoneal automatizada (APD) neste serviço, no período de Julho de 2001 a Dezembro de2007, totalizando 78 meses de observação. Registradas todas as internações, suas causase a evolução dos pacientes. Resultados: Nos 78 meses de observação foram admitidos 204pacientes, sendo que 77 (37,7%) necessitaram de hospitalização devido problemascardiovasculares. Dentre estes pacientes, 68,8% eram submetidos à CAPD e 31,2% àAPD; com idade média de 63 anos (21-92 anos); 50% pertenciam ao sexo masculino e89,6% eram brancos. 55,8% dos pacientes que internaram apresentavam diabetes mellitus(DM). O tempo em diálise variava de 01 a 64 meses (média de tratamento: 19,1 meses).Foram computadas 580 internações no período, sendo 149 (25,7%) por causascardiovasculares, e dentre elas, as principais foram: edema agudo de pulmão (33,7%),crise hipertensiva (14,7%), insuficiência cardíaca congestiva (ICC) (14,1%), acidentevascular cerebral (AVC) (11,4%), infarto agudo do miocárdio (IAM) (4,7%) e outras

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Pôsteres - Enfermagem16 de setembro de 2008 - Terça-feira

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3)264 XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

(21,4%). Do total de pacientes (204) avaliados no período, 88 evoluíram a óbito, sendo28,4% por eventos cardiovasculares: 36% por ICC, 28% por IAM, 20% por AVC e 16%por outras causas. 18,2% dos pacientes faleceram subitamente no domicílio, fato tambémsugestivo do envolvimento de problemas cardiovasculares. Dos 88 pacientes que foram aóbito no período, 46,6% eram diabéticos. Conclusões: Nessa casuística, foi evidenciadoum alto índice de internação e mortalidade devido a problemas cardiovasculares entre ospacientes portadores de IRC em DP, dados estes que estão em concordância com aliteratura. Em torno de 50% dos pacientes internados e que foram a óbito devido aetiologia cardiovascular eram portadores de diabetes mellitus.

PO225PERFIL DOS PACIENTES ENCAMINHADOS À DIÁLISE PERITONEAL: UMESTUDO PROSPECTIVOSILVA, CAB(1); PASCHOALIN, RP(1); NARDIM, MEP(1); PASCHOALIN, NP(1);NAKAGAWA, B(1); CHIOZI, SZ(1); NETO, MM(1); SENERP (Serviço de Nefrologia de Ribeirão Preto)(1);

Objetivo: Analisar as características clínico-epidemiológicas numa população depacientes portadores de insuficiência renal crônica (IRC) quando encaminhados à diáliseperitoneal (DP). Materiais e Métodos: Estudo prospectivo no qual foram analisados dadosepidemiológicos, clínicos e laboratoriais de 204 pacientes portadores de IRC no momentodo início do tratamento dialítico neste Serviço, entre Julho de 2001 e Dezembro de 2007.Resultados: Durante os 78 meses de observação, 204 pacientes foram encaminhados aoprograma de DP, sendo 52% homens, 87% brancos, com idade média de 62,3 anos (01 -93 anos). 15,2% cursaram ensino superior, 23,5% ensino médio, 49,5% ensinofundamental e 11,8% eram analfabetos. O tempo de acompanhamento médico antes dadiálise foi em média de 17,2 meses (01 - 72 meses). As principais etiologias de IRC eram:diabetes mellitus (DM) (42,6%), hipertensão arterial sistêmica (13,2%), desconhecida(24,5%) e outras (19,7%). 66,2% dos pacientes foram submetidos no início à CAPD e33,8% à APD. 29% dos pacientes vieram encaminhados da hemodiálise (HD) por falta deacesso vascular, 60% eram oriundos de consultórios onde realizavam seguimentoconservador, 7,1% deram entrada no hospital já com IRC terminal sem tratamento prévio,2,4% vieram da HD por escolha própria, e 1,5% iniciaram DP após perda do enxerto renal.Em relação aos exames laboratoriais, os pacientes apresentavam em média à época doencaminhamento uréia de 116,6 mg/dl (41 - 323 mg/dL), creatinina de 7,4 mg/dL (1,3 -18,8 mg/dL), potássio de 4,7 mEq/L (2,9 - 7,2 mEq/L) e hemoglobina de 10,6 g/dL (6,8 a16 g/dL). Conclusões: O aumento da prevalência e incidência da IRC são fenômenosmundialmente reconhecidos, cabendo à nefrologia a tarefa de identificar as principaiscaracterísticas e fatores implicados nessa população. Nessa casuística, a maioria dospacientes encaminhados à DP eram homens, brancos, com idade média de 62,3 anos,sendo o DM o grande responsável pela IRC, dado condizente com a literatura atual.

PO226PERCEPÇÃO DOS PACIENTES EM HEMODIÁLISE ACERCA DA DOENÇARENAL CRÔNICA E DOS CUIDADOS NECESSÁRIOSIWAMOTO, HH(1); Universidade Federal do Triângulo Mineiro(1);

O presente estudo tem como objetivo Identificar a percepção que os pacientes emtratamento hemodialitico têm sobre os cuidados necessários em relação à doença, dieta,ingestão de líquidos e medicação. Trata-se de um estudo descritivo realizado com 32pacientes em terapia renal substitutiva (hemodiálise), na Unidade de Terapia Renal(UTR) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM),localizada no município de Uberaba - MG. A coleta de dados foi realizada com autilização de um instrumento semi-estruturado. Para a análise dos dados foi criado umbanco de dados (Excel). Todos os 32 pacientes entrevistados durante os meses de maio ejunho de 2008 faziam a hemodiálise três vezes por semana. Destes apenas um pacientenão apresentava condições físicas para responder às questões referentes à percepçãosobre sua saúde. Verificou-se que 22(68,7%) dos pacientes referem seguir corretamentea dieta orientada pela equipe da unidade, 26(81,2%) fazem controle da ingestão delíquidos por meio da quantificação de copos (tipo americano) utilizados por dia. Amaioria dos pacientes disseram não ter dúvidas quanto aos cuidados domiciliaresnecessários e apenas 9(29,03%) demonstraram a necessidade de obter algumasinformações acerca da doença renal crônica e suas complicações. Dentre elas destacam-se: as causas da Insuficiência Renal Crônica (IRC), a influência dos suplementosalimentares, efeitos das medicações em uso e quais são as possibilidades e as dificuldadesa realização de transplante renal. Ressalta-se que alguns destes pacientes disseram terdificuldade para assimilar ou compreender as informações recebidas. Essa dificuldadepode estar atrelada ao baixo nível de instrução, uma vez que 23(71,87%) dosentrevistados têm o 1º grau incompleto. Observa-se que a maioria dos pacientesmostraram conhecer a importância de seguir corretamente a dieta, de fazer o controlehídrico e as limitações para o transplante renal. Como ainda 2/3 dos pacientes têmdúvidas em relação à IRC é importante que a equipe de saúde da unidade estabeleça ummétodo de orientação de mais fácil compreensão.

PO227TESTE DE CONHECIMENTO DO RIM E SUAS DOENÇAS NOS USUÁRIOSDO AMBULATÓRIO HU USPCAMPOS, MS(1); FUJIMOTO, MI(1); ANABUKI, MH(1); RAVAGLIO, LM(1); PINTO,GA(1); DOREA, EL(1); MAEDA, LC(1); SASSAKI, AL(1); BERNIK, M(1); Hospital Universitário da USP(1);

As funções dos rins , a doença renal crônica e suas graves conseqüências são poucoconhecidas pela população. Tendo em vista o aumento crescente e a gravidade destapatologia são primordiais ações detecção precoce e esclarecimento sobre a doença e suas

conseqüências. O Ambulatório do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo(HU USP) realizou em conjunto com a Sociedade Brasileira de Nefrologia campanha deesclarecimentos sobre doença renal que incluiu questionário de conhecimento sobre osrins e suas doenças. Objetivos: Realizar uma pesquisa de conhecimentos sobre a funçãodos rins e suas doenças no público da sala de espera do Ambulatório do HU USP durantea semana do Dia Internacional do Rim com propósito de discutir a importância da doençacom pacientes e equipe de saúde. Metodologia: Foi elaborado questionário com questõessobre a anatomia, as funções dos rins, sobre a doença renal crônica (DRC) e suascomorbidades e aplicado em 263 pessoas pacientes e acompanhantes. Resultados: Oquestionário foi aplicado em 263 pessoas que estiveram presentes na sala de espera nesteperíodo. 263 pessoas responderam a pesquisa; destes 246 eram pacientes e 17acompanhantes com idades entre 17 a 93 anos sendo 142 mulheres e 121 homens. Das263 pessoas apenas 79 (30%) tinham conhecimento de sua função renal. Dos pacientesportadores de Hipertensão Arterial (94) e Diabetes Mellitus (49) somente 53% e 55 %respectivamente destes grupos haviam sido informados de sua função renal pelo médico.Todos os pacientes com DRC ( 19) e com Doença Cardíaca ( 27) tinham conhecimentode sua função renal. Conclusão: A importância dos rins na saúde e de sua doença crônicaainda não é claro para a população geral. O profissional médico não informaadequadamente aos pacientes sobre este assunto inclusive nas populações de maior riscopara doença renal crônica como diabéticos e hipertensos . Ações como as campanhas doDia Mundial do Rim são de fundamental importância para a conscientização dospacientes e profissionais com intuito de diagnósticos mais precoce e melhor

PO228IMAGEM CORPORAL DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICASANTOS, FR(1); ELIAS, FCA(1); SILVEIRA, LAG(1); CARMO, WB(1); BASTOS,MG(1); Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Nefrologia/ Fundação IMEPEN/Universidade Federal de Juiz de Fora(1);

Introdução: A doença renal crônica (DRC) traz uma série de alterações corporais, comoedema, mudanças na cor da pele e alterações de peso, podendo acarretar distorções daimagem corporal. Objetivo: Investigar o impacto da doença renal crônica na auto-imagemde pacientes renais crônicos e verificar as possíveis diferenças na imagem corporal entrepacientes submetidos aos três tipos de tratamento (conservador, diálise e transplanterenal). Materiais e Métodos: Foram avaliados 88 pacientes (28 portadores de DRC em fasepré-dialítica, 30 em hemodiálise e 30 transplantados) através da Escala de Satisfação dasÁreas Corporais, que consta de 15 itens (rosto, cabelo, nádegas, quadril, coxas, pernas,estômago, cintura, seio/ tórax, costas/ombros, braços, tônus muscular, peso, altura, todasas áreas) em uma escala de variação de 1 a 5: de muito insatisfeito a muito satisfeito.Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 47,68 &#61617; 14,85 anos. A maiorparte dos pacientes (61,36%) possuía escolaridade até o nível fundamental e era do sexomasculino (56,81%). Foi observado que 45,6% dos pacientes encontrava-se satisfeito coma aparência corporal e 18,9% encontrava-se muito satisfeito. Não foi observada diferençasignificativa entre os grupos com relação ao grau de insatisfação corporal (p=0,247). Omaior grau de insatisfação foi observado com relação às nádegas e ao tórax/seio. Asmulheres mostraram-se mais insatisfeitas que os homens com relação a estes doisparâmetros. Os homens apresentaram forte tendência a estarem mais satisfeitos que asmulheres com relação ao primeiro parâmetro (p=0,051), assim como apresentaram maiorsatisfação com relação ao tórax/seio (p=0,017). Conclusão: Não foi observada diferençaentre os grupos com relação ao grau de insatisfação corporal. O maior grau de insatisfaçãofoi observado com relação ao tórax/seio e nádegas, parâmetros nos quais as mulheresmostraram-se mais insatisfeitas que os homens. Estes parâmetros estão associados àsexualidade, o que aponta para as dificuldades enfrentadas, especialmente pelas pacientesdo sexo feminino, em lidar com a auto-imagem.

PO229O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TREINAMENTO, MOTIVAÇÃO EASSISTÊNCIA AOS CLIENTES EM PROGRAMA DE DIÁLISE PERITONEAL.SILVA, ML(1); Hospital São João de Deus(1);

Introdução: Ao se inserir um paciente em diálise peritoneal (DP) cabe ao enfermeiroavaliar aspectos de inclusão ou exclusão deste paciente na terapia, como a vontade derealizar o tratamento, auto cuidado, aplicação e avaliação do treinamento para realizar astrocas em seu domicilio e a continuidade do tratamento. Durante o treinamento e naevolução da terapia a dedicação do enfermeiro é muito importante para fortalecer ovinculo entre paciente, família e centro de diálise, divulgando sempre novas informações.Objetivo: Avaliar o papel do enfermeiro no treinamento, motivação e assistência aosclientes em programa de Diálise Peritoneal (DP). Metodologia: Estudo retrospectivo comlevantamento de dados do prontuário de enfermagem dos pacientes que iniciaram DP noserviço de nefrologia de um hospital de grande porte no período entre novembro de 2005a outubro de 2007. Todos seguiram um protocolo de treinamento teórico, com aulasexpositivas e práticas, utilização de cartazes, fichários, manequins, entre outros.Resultados: Foram avaliados 62 pacientes, sendo 27 (43%) do sexo masculino, 35 (57%)do sexo feminino, com média de 54 anos de idade. Identificamos que cada treinamentofoi realizado em média de 18 horas (3 horas/dia). Em 44 destes pacientes o treinamentofoi acompanhado pela própria família, em 5 deles por pessoas não relacionadas e em 13,o paciente foi o próprio cuidador. Foram treinados 3 cuidadores por paciente. Ocorreram14 (23%) internações relacionadas à terapia, 17 (27%) peritonites e 5 (8%) infecções deexit-site. Em 5 pacientes (29%) houve necessidade de mudança de terapia. Nenhum óbitofoi decorrente de complicações da terapia durante o período estudado. Conclusão:Concluímos que com o procedimento adotado obtivemos índices de qualidadedestacados. O papel do enfermeiro no treinamento sistematizado, a revisão dosprotocolos e a troca de informações com o paciente traz boas expectativas, gera confiançae melhor aderência ao tratamento.

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16 de setembro de 2008 - Terça-feiraPôsteres - Enfermagem

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3) 265XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

PO230ESTUDO COMPARATIVO DA AUTO-ESTIMA ENTRE PORTADORES DECATETERES E PORTADORES DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA EM UMAUNIDADE DE DIÁLISE LIMEIRA, PC; (1); ROMÃO, MAF; (1); SALEH, CMR(1); Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo(1);

Introdução: Em decorrência da Insuficiência Renal Crônica (IRC) cerca de 70872pacientes realizam algum tipo de diálise, incluindo a hemodiálise, que requer ouso de um acesso vascular, que pode ser a fístula arteriovenosa (FAV) ou o cateterde longa ou de curta permanência. Com isso, possivelmente, os indivíduos sofremuma alteração de sua auto-estima. Objetivos: avaliar a auto-estima dessespacientes e comparar seus níveis entre os portadores de FAV (Grupo 1) e osportadores de cateter (Grupo 2). Metodologia: estudo comparativo, quantitativo etransversal; coleta de dados: obedecendo às determinações éticas, realizada noHCFMUSP com 17 e 15 indivíduos (Grupo 1 e 2, respectivamente) através daEscala de Medida do Sentimento de Auto-Estima (escore máximo de 15) e deinstrumentos constando dados sócio-demográficos e opinião acerca dos acessosvasculares. Análise dos Dados: Teste de Mann-Whitney e Teste de KruskalWallis. Resultados: Grupo 1: predomínio de indivíduos com escores 09 e 10(58,8%), Grupo 2: predomínio de escores 07 e 08 (60%). A comparação dosescores entre os grupos não demonstrou significância estatística (p=0,105).Conclusões:em ambos os grupos os pacientes apresentaram auto-estima em níveisintermediários e a comparação entre os grupos não demonstrou diferença de auto-estima estatisticamente significante. Descritores: Auto-estima, Hemodiálise, Vias de Acesso Vascular

PO231RELAÇÃO ENTRE NÃO ADERÊNCIA E CONHECIMENTO DO EFEITOTERAPÊUTICO DA DROGA: UMA VISÃO DO PACIENTECASTRO, MCM(1); DOMINGOS, ES(1); COUTINHO, RCS(1); AOKI, MVS(1);XAGORARIS, M(1); CENTENO, JR(1); SOUZA, JAC(1); Instituto de Nefrologia de Taubaté(1);

Objetivo: Não aderência a medicação (med) é um problema em HD sendo sua causamultifatorial. Para avaliar essa questão submetemos pacientes (pac) em HD aquestionário para investigar a não aderência a med. Métodos: 65 pac (37M, 28F)com idade 49±13 anos, em HD há 50±21m foram submetidos a questionário com 35perguntas relacionadas a múltiplos aspectos da med. A resposta foi espontânea nãosendo confirmada a veracidade. Neste estudo mostramos os resultados relacionadosao conhecimento sobre a ação da med. Resultados: A análise revelou que 20% dospac confundem a med; 37% confundem a med se prescrita com nome genérico oufantasia; 54% referem que embalagens parecidas confundem a med; 12% associama med a características de cor, tamanho ou gosto; 77% referiram que já usaram medde forma errada. 19% relataram que conhecem a indicação de todos e 72% dealgumas das med prescritas. 65% responderam que o médico não explicou para queservem as med, motivando 27% dos pac a não tomar regularmente algumas med poracharem que elas não funcionam. A tabela mostra o grau de concordância entre aresposta espontânea e a prescrição para algumas classes de drogas. Conclusões:Nosso estudo mostra que os pac em HD são pouco orientados em relação a utilidadee função de suas med. Isto associado a confusão entre as med motiva a baixaaderência. Talvez uma pós-consulta com profissional da área de enfermagemmelhore esses resultados.

PO232HUMANIZAÇÃO EM TRS–TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA: AVALIAÇÃODA PERCEPÇÃO DE PACIENTES E ACOMPANHANTES SOBRE OTRATAMENTOSCANO, LLC(1); AGRESTA, SA(1); Nefroclínica Ltda(1);

Com o intuito de analisar a percepção do cliente da TRS sobre o tratamento a que ésubmetido, a Nefroclínica de Unaí/MG fez uma pesquisa, utilizando-se deentrevistas semi-dirigidas que foram aplicadas em 82 sujeitos, entre pacientes emhemodiálise e acompanhantes. Destes, 04 acompanhantes e 02 pacientes serecusaram a participar. As entrevistas foram realizadas durante a hemodiálise,seguindo o seguinte roteiro: Como é estar na clínica (1)? O que geralmente você fazenquanto dialisa (2)? O que você aprecia fazer (3)? Acha que poderia passar melhoro tempo em que se encontra na clínica dialisando? Você se lembra de algumaexperiência agradável na clínica, onde foi proposta uma outra atividade além dahemodiálise? As respostas foram agrupados por semelhança ou natureza, sendo quepara análise seguiu-se um referencial teórico psicanalítico, considerando emoções,sentimentos e a experiência vivenciada na clínica de cada paciente.Os principaisresultados obtidos foram:*existe mais de uma reposta por paciente. Em primeiroplano o que chamou atenção foi a grande quantidade de “não” nas respostas, o quedemonstra um estado de limitação ou falta de liberdade: “eu não posso mais fazernada”, “não tenho mais o apoio de minha família”, “não posso comer quase nada”.Outrossim, alguns entrevistados colocaram de forma clara a possibilidade de passarmelhor o tempo na clínica, e como tentativa de amenizar a negação relembrarammomentos bons vividos na clínica, “ o dia das mães foi inesquecível”, “a festa deaniversário com o pastor é uma benção”. Conclui-se, a partir destes dados, que épossível tornar o ambienta da TRS mais agradável ao paciente, no entanto, para issofaz-se necessário que os profissionais trabalhem juntos, superando os melindres ebuscando uma visão completa do paciente e de seu bem-estar, trabalhando assimqualidade de vida e morte.

PO233ÁCIDOS GRAXOS LIVRES (C14 A C16) NAS DISLIPIDEMIASRELACIONADAS AO USO DE SIROLIMOFATIMA REGINA VEIGA TOSTES(1); MAURO VELHO CASTRO-FARIA(1);MAURICIO YOUNES-IBRAHIM(1); Universidade do Estado do Rio de Janeiro(1);

Objetivo – A dislipidemia é um paraefeito atribuído ao Sirolimo (S). Neste estudoanalisamos os níveis séricos dos ácidos graxos livres (AGL) de cadeias entre 14 e 18carbonos, nas dislipidemias relacionadas ao uso de S, englobando os períodos pré e pósuso de estatinas (E), em pacientes transplantados renais (Tx) entre 3 meses e 10 anos apósenxerto. Material e Métodos- Amostras seriadas de soro de 13 pacientes foram analisadaspor HPLC, em 4 momentos distintos – M1-até 20º dia de início do uso de Sirolimo (IS),M2- entre 60 e 90 dias IS e antes do uso de E – M3 entre 150 e 180 dias de IS e 60 a 90dias de E - M4 entre 450 e 500 dias de IS mantidos com uso de E. Trata-se de um estudode observacional de 2 grupos – Grupo I (G I n=9) inibidores de calcineurina (ICN) foramtotalmente substituidos por S e Grupo II (G II n=4) pacientes mantidos com dosereduzida do ICN em associação ao S. Foram identificados os pacientes que utilizaramoutros fármacos de considerável potencial dislipidêmico: corticosteróides, beta-bloqueadores e diuréticos. Foram também avaliados índice de massa corporal (IMC),Lipidograma, bioquímica, hemograma e nível sérico de S. O tratamento estatístico foifeito com Wilcoxon Matteched Pairs e Teste U. Resultados - GI cursou comhipercolesterolemia (HCL) e hipertrigliceridemia (HTG) no M2, e redução no M3 apósuso de E. GII manteve níveis >GI em M2 e M3. AG totais não variaram entre os M decada grupo. Valores absolutos de AG e frações (C14:0, C16:0, C16:1,C18:0, C18:1) emM3 GII>GI. No GI, C18:2 M2>M1. O GI, após 60 dias de E reduziu HTG e HCL emM3. No M3, a relação Ac Oleico/Albumina e Oleico + Linoleico/Albumina encontrava-se reduzida no M3. Correlações significantes entre C16:0 e C18:1 com a glicemia no M3;C16:0 e C18:1 com leucocitose em M1 e M3. Conclusão: O uso de S cursou com HCLe HTG que respondeu à E. O comportamento dos AG séricos durante o uso de S foidiferente entre o G I e GII. Correlações positivas entre AG e glicemia pode estarimplicado no desenvolvimento de diabetes pós TX.

PO234HUMANIZAÇÃO EM TRS-TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA: UMAPROPOSTA VOLTADA PARA A ESPIRITUALIDADE AGRESTA, SA(1); SILVA, ACO(1); SCANO, LLC(1); Nefroclínica Ltda(1);

Com o objetivo de contribuir para a humanização do atendimento em TRS, a intervençãode um profissional de psicologia, responsável pela execução de uma avaliação estratégicado projeto de humanização que estava em andamento na Nefroclínica de Unaí/MG, nospermitiu construir algumas reflexões. Durante dois meses, com a freqüência de dois diassemanais foram realizadas várias observações, conversas informais, entrevistas semi-estruturadas e questionários em grupo, e participação nos espaços grupais de discussão.O projeto iniciou há cerca de um ano e sofreu diversas modificações e aperfeiçoamentosneste tempo. Num primeiro momento com exibição de filmes e debates, desenvolvendotemas como o amor e o cuidado. No início de 2008 o projeto ganhou força com a divisãodos funcionários da clínica em três “tribos” (Judá, Efraim e Dã) que participaram dedinâmicas semanais, aulas de educação médica permanente e de uma gincanamotivacional mensal. A denominação “tribo” é uma referência às tribos do livro bíblicodos “Números: 2, 1-34”. Cada “tribo” tem 4 assessores, que formam em conjunto a“Tribo Rubem”, que se reúne todo início de semana para traçar as metas e estratégias aserem trabalhadas semanalmente. Participam em média 13 funcionários por tribo e aperiodicidade de reuniões é de duas horas semanais. As atividades são coordenadas pelomédico Nefrologista responsável pela clínica. Constatou-se nesse trabalho o desafio dese modificar a cultura organizacional da autocracia, a proposta trabalhada nas dinâmicase demais espaços grupais propõe que o indivíduo se reconheça como ser autônomo ecomprometido com a mudança de paradigmas nas relações. Os principais resultadosobtidos neste período foram: fortalecimento de vínculos (positivos ou negativos),surgimento de instrumentos de humanização como audição empática, riso terapêutico,dinâmicas de grupo, sempre com sentimentos de fé, amor, perdão, humildade. Alémdisso, houve o estabelecimento de um ambiente propício para a implementação dagincana motivacional. Estes dados nos permite concluir que a TRS tem um vasto campoa ser trabalhado, incluindo a espiritualidade, tanto da equipe, como de gestores, clientese familiares.

PO235HUMANIZAÇÃO EM TRS – TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA:IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE VIDA NA RECUPERAÇÃO DOSPACIENTES AGRESTA, SA(1); PAULA, MFR(1); Nefroclínica Ltda(1);

Para TRENTINI(1992)* uma condição crônica de saúde caracteriza-se pelo momentoem que a pessoa passa a incorporar a doença no seu processo de viver, constituindo-se em condição permeada de estresse. Considerando que, o paciente renal crônicopassa muitas horas de suas vidas em contato com a equipe multiprofissional (em nossocaso atuam enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogo, assistente social,nutricionista e médico Nefrologista), destacamos as possibilidades desta equipe agirde forma a tornar mais agradável este tempo, propiciando uma melhoria na qualidadede vida deste paciente. Para que este novo modelo de relação seja possível énecessário que a equipe desenvolva a capacidade de respeitar crenças, costumes evalores do paciente, o que possibilita maior aproximação do cuidador e do paciente,construindo um relacionamento de confiança e cooperação mútua. Com o propósitode aprofundar o conhecimento sobre o paciente e sua realidade, aplicamos o

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Pôsteres - Enfermagem16 de setembro de 2008 - Terça-feira

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3)266 XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

questionário da Organização Mundial de Saúde (OMS), o WHOQOL-100, em todosos pacientes que voluntariamente se dispuseram a responder. Este questionário ésubdividido em sete tópicos(I=Valores, aspirações, prazeres e preocupações/II=Capacidade de fazer certas coisas/III=Satisfeiro, feliz ou bem com a vida/IV=Vocêsentiu ou experimentou certas coisas/V=Trabalho/VI=Quão bem você é capaz de selocomover/VII=Crenças pessoais/QV = Qualidade de Vida. Nossos resultadosmostram que cerca de 50% dos pacientes em TRS têm um índice de qualidade de vidaabaixo de 70%. Consideramos que a significação da doença e do tratamento podeminfluenciar neste resultado, sendo assim a equipe multiprofissional da Nefroclínica dacidade Unaí/MG, passa a buscar, através do desenvolvimento de um projeto dehumanização em TRS, a valorização do ser humano. A intenção é que através dotrabalho com a equipe multiprofissional e com os pacientes se resgate entre eles odesejo profundo não só de acordar no próximo amanhecer, mas o de renascer a cadadia em busca de uma vida com mais qualidade.TRENTINI, M., SILVA, D.G.V. Condições crônica de saúde e o processo de sersaudável. Texto & Contexto Enf., v.1, n.2, p.76-78, 1992

PO236BENEFÍCIOS DA TÉCNICA DE RELAXAMENTO EM FUNCIONÁRIOS DEUMA UNIDADE DE HEMODIÁLISEGROSSL, VC(1); MARTINS, FB(1); SELL, JC(1); ZANON, FJ(1); SILVA, RMG(1);LOURENÇO, TJC(1); VIEIRA, JA(1); LUZ, HA(1); DEBONI, LM(1); MALLON, IC(1); Fundação Pró-rim(1);

Introdução: As técnicas de relaxamento promovem um bem estar físico e mental,diminuindo a tensão muscular. Objetivo: Avaliar e quantificar os benefícios da técnicade relaxamento frente a funcionários de uma clínica de hemodiálise. Metodologia: Opresente estudo foi realizado na Fundação Pró Rim – Unidade de São Bento do Sul/SC,no período de maio e junho de 2008, teve amostra (N=11) funcionários, foi aplicado astécnicas de relaxamento de Jacobson e Schultz em seis sessões, e utilizado comoinstrumento a Escala Analógica Tipo Likert referente tensão muscular sendo que de 10a 30 representava pouca tensão muscular, de 40 a 70 média tensão muscular e de 80 a100 muita tensão muscular, foi aplicada antes e após cada sessão que tinha duração deuma hora. Resultados: Foram analisados 11 dos 16 funcionários sendo 2 dos excluídospor auxilio doença, 3 excluídos devido à incompatibilidade de horários, e 1 em períodode férias. 90,9% eram do gênero feminino e 9,10% gênero masculino, com idade entre20 e 53 anos e tempo de serviço de 8 meses a 6 anos. Realizaram-se seis sessõescoletivas, sendo na primeira a tensão muscular conforme aplicação da avaliação,identificada média de 68,88 tensão muscular e após sessão 42,22 média, na segundasessão iniciou em média da tensão muscular 62,5 e no final 20, na terceira sessão noinício apresentou 64 média e ao término apresentou média 26, quarta sessão iniciou-secom média de 53,75 e terminou com média de 31,25, na quinta sessão iniciou-se commédia 52 e finalizou-se com 37,50 e na última sessão a média tensão muscularapresentada iniciou em 51,75 e finalizou em 20. Considerando uma média geral dassessões encontrou-se que no inicio das sessões obteve-se 58,8 de tensão muscular e apósaplicação da técnica a média foi 29,50. Conclusão: Este estudo mostrou a eficácia dautilização das técnicas de relaxamento aplicadas em funcionários de uma clinica dehemodiálise, onde em todas as sessões notou-se a diminuição da tensão muscular apósa aplicação da técnica, podendo ter como conseqüência um profissional mais centradoem suas atividades laborais.

PO237CONHECIMENTO SOBRE TRANSPLANTE RENAL ENTRE OS PACIENTESEM DIÁLISE EM SÃO LUIS.FILHO NS(1); OLIVEIRA MIG(1); FERREIRA TC(1); GUERRA RFA(1); OLIVEIRAMT(1); LEAL AL(1); BEZERRA KB(1); CUNHA ER(1); Universidade Federal do Maranhão(1);

Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento e o entendimento relativo ao processomórbido sobre transplante renal nos pacientes submetidos à diálise. Material eMétodos: Estudo realizado a partir da aplicação de questionários, em 130 pacientessubmetidos à hemodiálise em dois hospitais de São Luis (Hospital UniversitárioPresidente Dutra e Hospital do Servidor Público Carlos Macieira) no período de marçoa maio de 2008. Utilizou-se o programa SPSS para organização e análise dos dados.Resultados: A média de idade dos pacientes entrevistados foi de 47,3 com faixa etáriavariando de 16 a 78 anos. A maioria (96%) conhecia o transplante como umaalternativa de tratamento. Entretanto, apenas 39,5% apresentavam algumconhecimento sobre sua patologia de base e 71,4% não sabiam da existência dotransplante renal até o início do tratamento dialítico. Dentre os entrevistados, 76% nãoconheciam as contra-indicações para um potencial receptor, e 60% para potencialdoador, 14% sequer sabiam da possibilidade de encontrar um doador na própriafamília. Na amostra analisada, 59% não sabiam citar algumas complicações que podemocorrer após o transplante tanto para o doador quanto para o receptor, no entanto,76,2% tinham algum entendimento sobre a rejeição. Aproximadamente 62% sentemnecessidade de receber maiores explicações sobre o transplante por parte dosfuncionários dos hospitais. Foi constatado que quanto maior a escolaridade do pacientemaior o seu nível de conhecimento sobre a transplantação e o seu processo mórbido.Com relação ao grau de escolaridade, 65% dos pacientes que concluíram o segundograu entendiam os mecanismos da sua doença de base e todos os pacientes com 3º graucompleto ou incompleto conheciam as contra indicações para a realização dotransplante. Conclusão: A grande maioria dos pacientes reconhece o transplante servecomo uma forma de tratamento, apesar de desconhecerem aspectos básicos comocontra indicações, riscos associados, rejeição e possibilidade de transplante intervivos.Além disso, não possuem entendimento sobre o que lhes levou a precisar de umtransplante. Diante disso, se faz necessário a realização de atividades educativasdirecionadas para esses pacientes.

PO238CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DE PACIENTES SOBHEMODIÁLISE EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: CONHECER AREALIDADE PARA VIABILIZAR DIREITOSOLIVEIRA, IA(1); COELHO, SN(1); SEVERO, R(1); GUEDES, S(1); Hospital das Clinicas(1);

Objetivo: Identificar o perfil socioeconômico dos pacientes sob hemodiálise no Serviçode Nefrologia, Hospital das Clínicas, UFPE com a perspectiva de desenvolver ações maisconsistentes para viabilizar direitos e, conseqüentemente, melhoria nas condições desaúde dos mesmos.Material e Métodos: entrevistas semi-estruturadas foram aplicadasaos pacientes e seus familiares, no período de setembro de 2006 a janeiro de 2007. Oscritérios de inclusão foram: diagnóstico de doença renal crônica e estar sob hemodiálisehá pelo menos 3 meses. Para a tabulação dos dados foi utilizado o programa estatísticoStatistical Program for the Social Sciences-SPSS, sendo analisadas as freqüências e ospercentuais de cada variável construída.Resultados: Entre os 71 pacientes do Serviço, 49preencheram os critérios de inclusão e foram entrevistados. Havia 57% (28/49) do sexofeminino. A faixa etária predominante foi entre 31 a 59 anos (53%,26/49), seguida pormaiores de 60 anos com 35% (17/49) e 19 a 30 anos com 12%(6/49).Em relação aescolaridade, cerca de 84% (41/49) estudaram até o fundamental II. Cerca de 69%(34/49)dos pacientes apresentaram renda familiar de até 2 salários mínimos. A situaçãoprevidenciária ou assistencial mostrou que 39% (19/49) estão inclusos no Benefício dePrestação Continuada (BPC), 22% (11/49) são aposentados por invalidez e 16% (8/49)não recebem nenhum benefício.Conclusâo: A entrevista como instrumental utilizadopossibilitou maior aproximação do profissional com os pacientes, identificando suasrelações sociais, familiares,afetivas e laborativas que influenciam de forma significativano tratamento dialítico e, consequentemente, na atuação da equipe multiprofissional. Aanálise dos dados coletados apontou a necessidade de aperfeiçoar as estratégias decomunicação com os pacientes, a exemplo da utilização de metodologia de educaçãopopular em saúde, devido à baixa escolaridade identificada. O estudo poderá contribuirno desenvolvimento das ações dos profissionais envolvidos no tratamento hemodialítico,numa perspectiva de promoção e proteção à qualidade e vida e a saúde dos pacientes

PO239A COMUNICAÇÃO COMO TEMÁTICA DE PESQUISA NA NEFROLOGIA:SUBSÍDIO PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEMKOEPPE, GBO(1); ARAÚJO, STC(1); Escola de Enfermagem Anna Nery/Universidade Federal do Rio de Janeiro(1);

Este estudo tem como objeto a comunicação nas pesquisas de nefrologia e os objetivosforam: identificar a tendência de pesquisas da área de nefrologia com foco nacomunicação e analisar a abordagem sobre comunicação nestas pesquisas. Oconhecimento da comunicação, em especial a não-verbal, neste cenário tem importanterelevância, visto que o vínculo entre profissional e cliente é intenso, possibilitando umacompreensão plena, que vai além do que é verbalizado pelo cliente. Metodologia: Trata-se do levantamento de artigos realizado nas bases de dados LILACS, SCIELO, BDENFe MEDLINE; com enfoque na nefrologia; publicados entre 1997 e 2007; nos idiomasportuguês e espanhol; com foco na comunicação em si, ou no relacionamento compaciente, ou nos sentimentos, emoções e percepções do mesmo. Após a busca foramselecionados 11 artigos, que foram fichados em quadros e divididos por três categorias:comunicação; relacionamento/interação e sentimentos/emoção/percepção. PrincipaisResultados: A maior parte dos artigos, relaciona-se aos sentimentos, emoções epercepções da clientela. Os estudos apontam o vínculo profissional/paciente comoimportante facilitador da comunicação e o classificam como principal arma nacompreensão do cliente. Os autores reconhecem a necessidade de olhar o cliente deforma integral e individualizada para que o cuidado se dê de forma adequada. Algunsdespontam que a tecnologia existente neste cenário resulta em robotização do cuidado deenfermagem. Considerações finais: Através desta investigação evidenciamossignificados diferenciados nos contextos pesquisados, que demonstram um fazersingularizado, com especificidades de cuidado objetivo articulado com o aspectosubjetivo. Quanto ao não-verbal no contexto de cuidado hospitalar, alguns autores vêmse dedicando à produção científica na área da enfermagem. Temos um desafio aoexercitar este enfoque na nefrologia, pela riqueza das manifestações subjetivas daclientela, pois ao investigá-las podemos descrever melhor suas característicasfundamentais, suas perspectivas e possibilidades durante a interação e o cuidadoprestado.

PO240PERCEPÇÕESDOS CLIENTES DOADORES/RECEPTORES EM PRÉ-TRANSPLANTE RENAL, DIANTE DO PROCESSO ASSISTENCIAL ECONSULTA DE ENFERMAGEMSANTOS, VGC(1,); Hospital Geral de Fortaleza(1);

Introdução: O estudo originou-se de nossa atuação no transplante renal (Tx) em relaçãoaos clientes que se candidatam a um transplante renal para receptor/doador vivo. Essaintervenção terapêutica de grande repercussão para a condição e bem-estar do pacientetraz ansiedades, incertezas, medo do desconhecido necessitando de atuação da equipeinterdisciplinar. Objetivo: Investigar junto aos clientes receptor/doador vivo a percepçãoque possuem em relação ao preparo para o transplante renal e descrever sobre asdificuldades encontradas neste percurso. Metodologia: Estudo do tipo descritivofundamentado na abordagem qualitativa. O “lócus” da pesquisa foi o ambulatório detransplante renal de um hospital público de Fortaleza-CE. A amostragem de dezpacientes receptores e dez doadores em preparo para o transplante renal, realizada demaio a julho de 2007. Adotou-se a técnica de entrevista aberta. Resultados: Grande partedos doadores mediante seus depoimentos expressaram o valor da informação, divulgação

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16 de setembro de 2008 - Terça-feiraPôsteres - Enfermagem

J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3) 267XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia

e orientação por parte dos profissionais de saúde, pois é um dos pontos vitais para eles,diante das dúvidas e carências de conhecimentos, como também pelo medo dodesconhecido. Entretanto, outros entrevistados abordaram as dificuldades de todoprocesso como: “quanto tempo para se preparar”, “como marcar os exames”, “o tempopara realizá-los “, “retornos demorados”. Evidenciou-se nas respostas que a maioria dosentrevistados estão surpresos com o procedimento, mas apesar de alguns entravesacharam fácil chegar ao transplante, outros acharam que estava dentro do esperado, o quereforça mais ainda o nosso pensamento de que a individualidade de cada um deve serrespeitada, como também, suas limitações e que todo preparo para um tx é genuíno.

PO241A SUBJETIVIDADE DE CLIENTES COM CATÉTER DE DIÁLISEPERITONEAL: A SOCIOPOÉTICA COMO ABORDAGEM DE PESQUISAARAÚJO, STC(1); CRUZ, DOA(2); SILVA, LM(1); Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ(1); Hospital Universitário Clementino FragaFilho(2);

Trata o estudo da abordagem sociopoética utilizada em dissertação de mestradodesenvolvida no Curso Strito sensu da Escola de Enfermagem Anna Nery daUniversidade Federal do Rio de Janeiro, no período de 2005 e 2006, permite desvelar asubjetividade dos clientes portadores de cateter de diálise peritoneal implantado em seucorpo. O objetivo traçado aponta para a vivência dos sentidos “sociocomunicantes docorpo” criada na tese de Araújo (2000) no afloramento de expressões; sentimentos eemoções predominantes dos clientes neste contexto de cuidado. Os referenciais teóricosvalorizam a subjetividade a partir dos sentidos do corpo e das manifestações doimaginário do cliente cujas informações são de grande relevância para auxiliar nocuidado de enfermagem. Através do imaginário podemos compreender não somente asimagens armazenadas no consciente, como também buscar as diferentes reaçõescomportamentais de cada cliente. A metodologia é guiada pelos fundamentos do grupopesquisador de Freire, valorizando a criação coletiva em todas as etapas de produção,através da criatividade e do imaginário a partir de desenhos, discussão e gravação dosachados. Os resultados referem-se ao diálogo na pré-consulta entre pessoas que têmpercepções diferentes e tem em comum a dificuldade de conviver com o cateter.Consideramos que a pesquisa flexibilizou o tempo e o espaço na pré consulta edemonstrou também que através da abordagem é possível os clientes expressarem suapercepção diante da realidade vivida. Referências:ARAÚJO, Sílvia T. C. Os sentidos corporais dos estudantes de enfermagem noaprendizado da comunicação não verbal do cliente na recepção pré-operatória: umasemiologia da expressão através da sociopoética. 2000. Tese (Doutorado emEnfermagem) - Esc

PO242A ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS NAS COMPLICAÇÕES DA FÍSTULAARTÉRIO-VENOSAPÁDUA, VR(1); CEEN(1);

O trabalho objetivou identificar os cuidados de enfermagem prestados pelos EnfermeirosNefrologistas aos pacientes com fistula artério-venosa. Realizou-se o levantamento dasorientações feitas ao paciente no pré e pós-operatório na confecção da FAV , problemasmais comuns relacionados ao manuseio do acesso vascular, e as principais ações e ocuidados de enfermagem para os problemas encontrados pelos profissionaisentrevistados. A pesquisa foi realizada em quatro clinicas de hemodiálise, com mais de35 pacientes em uso de fistula artério-venosa, nas cidades de Uberlândia-MG, e Ceres-GO. Participaram da pesquisa 10 Enfermeiros Assistencialistas, que consentiram emparticipar da pesquisa após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido.Tratou-se de uma pesquisa descritiva, de natureza qualitativa que se caracterizou por sepreocupar com a realidade que não pode ser quantificada e por aprofundar-se no mundodos significados das ações e relações humanas. A análise dos discursos possibilitouidentificar quatro categorias: Orientações fornecidas aos pacientes no pré e pós-operatório; Cuidados de enfermagem; Problemas com a fistula e presença de protocolosde assistência; Condutas dos enfermeiros nefrologistas frente aos problemas com fistulaarterio venosa. Após a exaustiva leitura e analise dos dados percebemos que ainda hámuitos aspectos a serem melhorados na assistência de enfermagem, pois o nível deorientação fornecido ao paciente a cerca da confecção da fistula arterio venosa não foibom, pois vimos que a maioria dos entrevistados não conseguem visualizar asverdadeiras necessidades do paciente quando ele se encontra em inicio da terapia renalsubstitutiva. Em relação à existência de protocolos de enfermagem o resultado foisatisfatório, pois a grande parte dos entrevistados afirmou a presença do documento emsuas unidades. Porém, devemos enfatizar que a existência de problemas com FAV foiconsiderável quando comparados à presença de protocolos na clinica, já que este é uminstrumento para treinamento da equipe e melhorias na qualidade da

PO243HUMANIZAÇÃO EM HEMODIÁLISE: ATUAÇÃO DA ENFERMAGEMCORDEIRO, CRISLAINE PERUZZO(1); Pró Nefro, Assintência Nefrológica e Urológica Ltda(1);

Os avanços tecnológicos e a especialização profissional tornaram-se essenciais notratamento da Doença Renal Crônica (DRC). No entanto, apenas a tecnologia não semostrou suficiente para traduzir a magnitude real da doença e do tratamento dialítico paraos envolvidos, gerando no profissional de saúde a busca de modificações e melhorias nasrelações com os seus clientes. A Enfermagem é quem está mais tempo com o pacienterenal durante a terapia dialítica, servindo de elo de ligação entre este e a equipemultiprofissional. Com o objetivo de analisar a atuação da equipe de enfermagem no

processo de humanização na unidade de hemodiálise, foi realizado um estudo de naturezaqualitativo, do tipo descritivo, através de questionário semi-estruturado aplicado a 15membros da equipe de Enfermagem do serviço de Nefrologia do Hospital SantaTeresa/Petrópolis-RJ nos meses setembro e outubro de 2006, onde foram abordadasinformações sobre os aspectos sócio-demográficos e perguntas abertas sobrehumanização Os entrevistados encontravam-se na faixa etária de 23 a 49 anos, sendo amaioria do sexo feminino, com tempo de trabalho entre 4 meses a 28 anos. A maior parterelatou não ter recebido durante sua formação orientação sobre humanização. Asrespostas foram agrupadas em três categorias. Enfermagem presença, onde ficaevidenciada a preocupação da enfermagem como cuidador, educador e transformadordiante do envolvimento com a globalidade do cuidar em hemodiálise. Estreitamento devínculos: onde o respeito e a atenção foram as relações mais apresentadas com o termoHumanização. Todos declaram sua relação com o cliente como boa e solícita. A melhorforma de aproximação e humanização identificada foi o reconhecimento àindividualidade do paciente, o “chamar pelo nome”, além de saber “ouvir o paciente” ea possibilidade de fornecer orientação adequada sobre todo o procedimento que édemonstrada através dos sentimentos.Tecnologia ambivalente: A tecnologia foi apontadatanto como fator facilitador quando permite mais segurança durante o tratamento, comodificuldade por da mesma forma permitir o afastamento físico. Palavras-Chave:Insuficiência Renal Crônica, Hemodiálise, Enfermagem, Humanização.

PO244A QUALIDADE DE VIDA DA ENFERMAGEM COM O SISTEMA GENIUS®DE DIÁLISE NO CTI DA SANTA CASA DE BELO HORIZONTE SANTOS, KF; (1); Centro de Nefrologia da Santa Casa de Belo Horizonte(1);

Objetivo: Demonstrar a qualidade de trabalho dos técnicos de enfermagem após aimplantação do sistema Genius® e a satisfação dos funcionários do CTI em comparaçãoao sistema de diálise com máquinas convencionais. Material e métodos: O estudo é decaráter qualitativo. A coleta de dados foi feita através de questionários aplicados aostécnicos de hemodiálise comparando as condições de trabalho com o Sistema Genius®com as máquinas convencionais, avaliando as variáveis: tempo de preparo dosequipamentos, tipo de soluções, dialisadores e linhas utilizadas, transporte das máquinas,tratamento de água e desinfecção dos sistemas. Para a avaliação da satisfação dosfuncionários do CTI com o sistema Genius® foi aplicado um questionário avaliando ositens: espaço físico utilizado pelo equipamento, higienização do ambiente e comodidadepara realização do trabalho. Foram entrevistados da equipe da Nefrologia 8 técnicos dehemodiálise e 1 enfermeira, e da equipe do CTI 15 técnicos de enfermagem, 1 enfermeirae 1 funcionária da higienização. Resultados: A análise dos dados da equipe de Nefrologiademonstrou que o sistema convencional de diálise foi conceituado por 7% dosentrevistados como ótimo, 52% bom e 41% regular. O Sistema Genius® foi consideradopor 89% como ótimo, 9% bom e 2% regular. Considerando os funcionários do CTI, aoavaliar a satisfação dos mesmos com implantação do novo sistema em comparação aosistema convencional, temos: 74% dos entrevistados consideraram o sistema Genius®como ótimo, 25% como bom e 1% regular. Conclusão: A implantação do sistemaGenius® no CTI pela equipe de Nefrologia da Santa Casa, proporcionou aos técnicos deenfermagem e aos funcionários do CTI uma grande satisfação e melhoria no processo detrabalho. A nova tecnologia facilitou os procedimentos da equipe de hemodiálise além degarantir maior segurança aos pacientes submetidos ao tratamento dialítico. A equipe doCTI demonstrou que a experiência com o Sistema Genius® está sendo positiva, devidoà praticidade e o design apropriado do equipamento para movimentar-se e adequar-se àestrutura física do CTI.

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