1 VITOR PINHEIRO FERREIRA · 2017-05-26 · 3 Brasília 2016 DEDICATÓRIA Aos meus pais, os quais...
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VITOR PINHEIRO FERREIRA
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS CONTRUTIVOS: ALVENARIA CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAME
Artigo apresentado ao curso de graduação em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção de Título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Msc. Robson Donizeth Gonçalves da Costa
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Brasília 2016
Artigo de autoria de Vitor Pinheiro Ferreira, intitulado “ESTUDO COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS CONSTRUTIVOS: ALVENARIA CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAME”, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, em (Data de aprovação), defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada:
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Prof. MSc. Robson Donizeth Gonçalves da Costa Orientador
Curso de Engenharia Civil – UCB
__________________________________________________
Prof. Dr. Gabriel Zapata Examinador
Curso de Engenharia Civil – UCB
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Brasília 2016
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, os quais com um trabalho árduo, investem para o meu conhecimento.
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus, por se fazer tão presente em minha vida.
Aos meus pais, Rosilete e Edson pela paciência, empenho na minha educação e pelos valores
que me ensinaram ao longo dos anos, colaborando para me tornar o que sou hoje.
Aos parentes mais próximos por sempre estarem por perto para darem o suporte necessário.
À Ana Luiza por estar ao meu lado nos momentos de desespero durante o trabalho e na vida.
Ao professor Robson Donizeth pela ótima orientação e por servir como como um espelho
para mim.
Aos professores Nielsen, Rideci e Haroldo por sempre aliar o conhecimento teórico com o
prático.
Aos demais professores por colaborarem para a formação acadêmica e profissional
Aos colegas de turma pela solidariedade com os demais
Ao Leonardo da empresa Construlight Steel Frame pela disponibilidade e à empresa Zárya
Arquitetura e Engenharia
Às empresas Brookfield e Porto Belo, as quais eu trabalhei e tive gestores que influenciaram
muito positivamente no meu crescimento profissional.
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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS CONSTRUTIVOS: ALVENARIA
CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAME
VITOR PINHEIRO FERREIRA
RESUMO
Com o alto investimento no ramo da construção civil, a busca por sistemas
construtivos que possam diminuir o prazo, o custo, os efeitos negativos no meio ambiente,
aumentar a qualidade e o lucro, é incessante. Sendo assim, se torna fundamental o estudo para
comparar os métodos construtivos.
Dentre diversos sistemas, serão abordados dois métodos em específico. A alvenaria
convencional que ainda é o método mais popular e considerado artesanal e o light steel frame,
já difundido e adotado em vários países. O intuito é descobrir qual dos dois é mais viável
financeiramente a ser implantado. Para isso, serão analisados os custos, tempo de execução e
levantamento de quantitativos de ambos os sistemas.
Palavras-chave: Alvenaria Convencional, Light Steel Frame, Construção Civil, Sistemas
Construtivos.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Casa em alvenaria convencional ............................................................................. 10 Figura 2 - Modelo estrutural .................................................................................................... 11 Figura 3 - Bloco cerâmico ........................................................................................................ 12 Figura 4 - Instalações embutidas .............................................................................................. 13 Figura 5 - Esquema estrutura light steel frame ........................................................................ 14 Figura 6 - Detalhamento do radier ........................................................................................... 15 Figura 7 - Estrutura light steel frame com contraventamento .................................................. 16 Figura 8 - Instalações elétricas e sanitárias para light steel frame ........................................... 17 Figura 9 - Fechamento externo em OSB .................................................................................. 18 Figura 10 - Fechamento interno em placas de gesso acartonado ............................................. 19 Figura 11 - Estrutura de telhado ............................................................................................... 20
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Produtividade do sistema light steel frame ............................................................. 21 Tabela 2 – Produtividade do sistema alvenaria convencional .................................................. 21 Tabela 3 – Composição de custo por metro quadrado de estrutura e vedação do sistema light steel frame ................................................................................................................................ 23 Tabela 4 – Composição do custo unitário para forma para concreto ....................................... 24 Tabela 5 – Composição do custo unitário para armadura CA 50 para estrutura ...................... 24 Tabela 6 – Composição do custo unitáriopara alvenaria de tijolo furado, espessura – 10 cm . 25 Tabela 7 – Composição do custo unitário para chapisco ......................................................... 25 Tabela 8 – Composição do custo unitário para emboço desempenado .................................... 26 Tabela 9 – Composição do custo unitário para pintura látex ................................................... 26 Tabela 10 – Composição do custo unitário de alvenaria convencional pronta ........................ 27
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................91.1 Objetivos........................................................................................................................91.2 Justificativa.....................................................................................................................9
2 MATERIALEMÉTODOS.............................................................................................102.1 Sistemaalvenariaconvencional....................................................................................10
2.1.1 Fundação.........................................................................................................................112.1.2 Estrutura.........................................................................................................................112.1.3 Alvenaria.........................................................................................................................112.1.4 Instalações......................................................................................................................122.1.5 Cobertura........................................................................................................................13
2.2 LightSteelFrame..........................................................................................................132.2.1 Fundação.........................................................................................................................142.2.2 Estrutura.........................................................................................................................152.2.3 Instalações......................................................................................................................162.2.4 Fechamentos...................................................................................................................172.2.5 Cobertura........................................................................................................................19
2.3 COMPARAÇÃOENTREOSISTEMACONVENCIONALELIGHTSTEELFRAME....................212.3.1 Preço...............................................................................................................................222.3.1.1 LightSteelFrame........................................................................................................232.3.2.1 AlvenariaConvencional..............................................................................................24
3 RESULTADOSEDISCUSSÃO.......................................................................................28
4 CONCLUSÃO.............................................................................................................29
5 REFERÊNCIAS............................................................................................................30
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1 INTRODUÇÃO
Há muito tempo, o Brasil sofre com uma falta de padronização no ramo da construção
civil. Engenheiros que trabalham em canteiros de obras sofrem com a mão de obra
desqualificada para um serviço considerado artesanal. Sendo assim, engenheiros e empresas
buscam tecnologias e sistemas construtivos industrializados já adotados em países
desenvolvidos para trazer ao Brasil.
Segundo SABBATINI (1989) (apud BRUMATTI 2008), “... evoluir no sentido de
aperfeiçoa-se como indústria é o caminho natural da construção civil”, logo, à medida que
consegue tornar um processo industrial na construção civil, é sinônimo de evoluir.
A construção industrializada já ocupa hoje um bom espaço nas obras de grandes
dimensões do país, principalmente naqueles cujos prazos de execução são fatores
determinantes. A construção industrializada transforma o canteiro de obras em uma linha de
montagem, evitando desperdício de material e atendendo melhor os requisitos de
sustentabilidade.
Dentre a diversidade de sistemas construtivos industrializados, teremos como foco o
steel frame, que traz economia na montagem, agilidade e o fim da era tradicional e
imobilizada da construção civil.
1.1 Objetivos Apresentar a comparação entre dois sistemas construtivos, alvenaria convencional e
light steel frame, a fim de mostrar qual apresenta com maior viabilidade em diversos quesitos.
Tendo como base, os levantamentos de custos direto e indireto de cada sistema.
1.2 Justificativa Com o alto índice de déficit habitacional no Brasil que, de acordo com Fundação João
Pinheiro e o Ministério das Cidades gira em torno de 5,4 milhões de lares, as empresas veem
a necessidade de buscas por métodos construtivos novos, que acelerem a produção e
mantenha um padrão de qualidade satisfatório.
Em levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas para o Sinduscon – Sp, estimou-
se que serão necessários R$ 760 bilhões em investimentos para que o déficit habitacional caia
consideravelmente ou chegando a zerar. Sendo assim, o light steel frame pode ser um dos
processos industrializados a conseguir manter ou até mesmo reduzir os custos de
investimentos.
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2 MATERIAL E MÉTODOS
Com auxílio de empresas que já se encontram no mercado, artigos e consultoria do
orientador, será feito o levantamento e comparação de dois sistemas construtivos diferentes, a
alvenaria convencional. Após esse levantamento, analisar qual dos métodos se torna mais
viável dentro dos parâmetros que serão explicados mais a frente. Cada sistema construtivo
será explicado com detalhes para que possa entender os custos que são envolvidos em cada
operação.
2.1 Sistema alvenaria convencional
Para o presente trabalho, será considerado como alvenaria convencional (figura 1),
casas com vedação em blocos cerâmicos, estrutura em concreto armado e tendo o radier como
fundação.
Figura 1 - Casa em alvenaria convencional
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2.1.1 Fundação A fundação que tem o melhor custo benefício para residências térreas ou com poucos
pavimentos é o radier, pois se trata de uma fundação do tipo rasa. Claro que será necessário
uma sondagem para análise da fundação, porém, na maioria das vezes adota-se esse tipo de
fundação por já ter a utilidade como contra piso e dependendo da qualidade da mão de obra,
dispensando até mesmo a regularização da base.
2.1.2 Estrutura Adotará a forma mais tradicional de estrutura (figura 2), que é o concreto armado
moldado in loco com o uso de formas para a concretagem das peças.
Figura 2 - Modelo estrutural
Fonte: Canto de Felipe e Nubia (2013)
2.1.3 Alvenaria Tendo a estrutura pronta, é iniciado o processo de alvenaria com blocos cerâmicos. De
acordo com NBR 15270-1 (ABNT, 2005), bloco é um “componente da alvenaria que possui
furos prismáticos e/ou cilíndricos perpendiculares às faces que os contêm”. Apesar de ser
encontrado em diversas dimensões, será adota o bloco de dimensões 9x19x19 com 6 furos,
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apresentado na figura 3. Os blocos serão unidos com argamassa de ligação em fiadas
horizontais. Será usado para vedações e separação de ambientes.
Após a execução da alvenaria, as paredes são chapiscadas, emboçadas e rebocadas.
Um processo lento e considerado artesanal, pois, o prumo da parede irá depender unicamente
da habilidade do pedreiro.
Figura 3 - Bloco cerâmico
Fonte: Construir barato (2012)
2.1.4 Instalações Serão considerados nesse tópico as instalações elétricas, hidráulicas e hidrossanitárias.
As instalações são em geral, feitas após a execução da alvenaria e na maioria das vezes
encontram-se embutidas na parede, figura 4. Para que seja embutida a tubulação ou
eletroduto, é necessário que um operário faça um corte na alvenaria com talhadeira e marreta
ou somente uma serra mármore.
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Figura 4 - Instalações embutidas
Fonte: Marido de aluguel (2012)
2.1.5 Cobertura De maneira simplificada, o telhado possui estruturas de madeira ou em aço, com telhas
de variados tipos.
2.2 Light Steel Frame O light steel frame tem como origem o sistema construtivo wood frame, que foi muito
utilizado no território norte americano para atender o crescimento populacional do século
XIX. Era necessário uma solução construtiva com os conceitos de velocidade, praticidade e
produtividade originados na Revolução Industrial e fazendo o uso do material disponível no
local. Foi assim então que surgiu o wood frame.
Segundo Silva (2010), define-se wood frame como um sistema construtivo constituído
de estrutura de perfis leves de madeira maciça, que nos dias atuais, utiliza-se chapas
estruturais de madeira transformada, tipo OSB (Oriented Strand Board), como
contraventamento.
A substituição em grande escala da madeira pelo aço, se deu no fim da década de 80 e
início da década de 90. Onde a madeira usada na construção subiu cerca de 80% em quatro
meses, levando assim construtores a adotarem outro material e após a segunda guerra
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mundial, o aço era recurso abundante. A partir de então, foi adotado e difundido o sistema
light steel frame. Com a substituição do aço pela madeira, tiveram as vantagens de eficiência
e resistência estrutural, dando à estrutura maior resistências às catástrofes naturais como
furacões e terremotos (FREITAS E CRASTO, 2006)
De acordo com a definição de Freitas e Castro (2006) o light steel frame, apresentado
na figura 5, é um sistema construtivo à seco, onde sua estrutura é formada por perfis de aço
galvanizado, composto de vigas, painéis, tesouras de telhado e outros elementos, que são
projetadas para suportar todas as cargas da edificação. Sobre a estrutura, são fixadas placas de
fechamento externo e interno, isolamentos acústicos e térmicos, gerando assim, ao final da
construção, um aspecto visual semelhante à alvenaria convencional com pouca quantidade de
entulho. Vários países adotam esse sistema como uma forma rápida e econômica para
combater o déficit populacional, dentre eles estão: Canadá, Estados Unidos, Chile e Japão.
Figura 5 - Esquema estrutura light steel frame
Fonte: Metalica (2013)
2.2.1 Fundação Devido à estrutura e os componentes de fechamento do light steel frame serem muito
leves, esse sistema construtivo exige menos resistência da fundação que outros sistemas
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convencionais, porém como a estrutura distribui a carga uniformemente, a fundação necessita
ser contínua para suportar os painéis em toda sua extensão.
Os dois tipos de fundações mais comuns utilizados são sapata corrida e radier. De
acordo com Freitas e Castro (2006), sempre que houver um terreno que permita, o tipo de
fundação mais usual é a laje radier (Figura 6), abrangendo todo a extensão da edificação.
É necessário ter bastante atenção e manter uma boa qualidade na execução da
fundação, pois a qualidade irá afetar diretamente na precisão da montagem, como
nivelamento, esquadro e consequentemente dará maior eficiência estrutural.
Figura 6 - Detalhamento do radier
Fonte: Revista Téchne edição 138 ( 2008)
2.2.2 Estrutura Os painéis são compostos por elementos na horizontal, com seção transversal do tipo
“U”, denominados de guia e de elementos na vertical com seção transversal do tipo “U”
enrijecido, chamados montantes. O comprimento do montante definirá a altura do painel e a
guia a largura. Uma grande vantagem da guia do light steel frame com relação à alvenaria
convencional, é que ela não sai de esquadro.
Como é possível verificar na figura 6, a guia é fixada no radier, e sobre a guia é
instalado o montante. A união desses perfis estruturais é feita por parafusos autoatarrachantes
ou autobrocantes. De acordo com Santiago (2012), somente a utilização dos montantes não
garante que a estrutura resista à esforços horizontais solicitados pela mesma. Então para evitar
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a falta de estabilidade, é utilizado o sistema de contraventamento com uma ou duas fitas de
aço galvanizado na diagonal, fazendo uma formato de “X”, conforme a imagem 7.
Figura 7 - Estrutura light steel frame com contraventamento
Fonte: Acervo Construlight Steel Frame (2016)
2.2.3 Instalações As instalações hidráulicas, sanitárias e elétricas, são as mesmas utilizadas no sistema
convencional, tendo assim o mesmo desempenho. O que irá divergir, será o método como
como eles são executados. Diferente do sistema convencional explicado anteriormente, no
sistema light steel frame, são feitos furos nos perfis, de acordo com a normatização, para que
os conduítes elétricos e tubulações possam passar pelas vigas e montantes. A sugestão de
Terni, Santiago e Pianheri (2008) é que para tubulações sanitárias, seja feita o caminhamento
da mesma sob a laje, de maneira mais curta possível, pois em geral essas tubulações tendem à
ter um diâmetro maior. Na figura 8 é demonstrado o caminhamento das tubulações.
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Figura 8 - Instalações elétricas e sanitárias para light steel frame
Fonte: Acervo Construlight Steel Frame (2015)
2.2.4 Fechamentos Para fazer o fechamento desse método construtivo, são utilizados três tipos de
materiais. São eles: placa cimentícia, gesso acartonado e OSB (Oriented Strand Board). O
tópico de fechamentos pode ser subdividido em três classes: fechamento externo, interno e
isolamento termo acústico.
Para o fechamento externo é comumente utilizado as placas de OSB (figura 9), que é
um painel de madeira reflorestada feito de três camadas prensadas com tiras de madeira,
alinhadas em escamas, tendo como base a norma europeia EN 300 OSB. Estas placas ajudam
no contraventamento da estrutura, mas é necessário que faça um tipo de impermeabilização
nas placas, pois elas estão sujeitas à intempéries e assim evitará acúmulo de umidade e até
mesmo fungos. As juntas de dilatação são de três milímetros, permitindo assim as dilatações
da estrutura.
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Figura 9 - Fechamento externo em OSB
Fonte: Acervo Construlight Steel Frame (2016)
No fechamento interno e divisões, por apresentar menor peso, são adotadas as placas
de gesso acartonado (figura 10), podendo estas serem normais, resistentes ao fogo ou
hidrófugas. As empregabilidades dessas placas simplificam e aceleram o processo de
fechamento.
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Figura 10 - Fechamento interno em placas de gesso acartonado
Fonte: Acervo Construlight Steel Frame (2016)
O isolamento termo acústico é feito entre o fechamento externo e o interno. É
executado após ter finalizado o isolamento externo, as passagens de tubulações, mas antes do
fechamento interno. O material utilizado para tal isolamento é lã de vidro ou rocha.
2.2.5 Cobertura
A cobertura (figura11) destina-se a proteger as edificações da ação das intempéries.
Pode ser vista também como um dos elementos de importância estética do projeto,
merecendo, por isso, materiais que atendam tanto ao desempenho técnico como às exigências
arquitetônicas. A definição da cobertura da edificação depende, entre outros fatores, de:
dimensões dos vãos que deverão ser vencidos; ações da natureza; opções arquitetônicas e
estéticas; condições locais e a relação custo-benefício. (Revista Téchne,2009)
De um modo geral, os elementos das coberturas são: vedação propriamente dita
(telhas), que pode ser de diversos materiais, a armação ou conjunto de elementos que dão
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suporte à cobertura, como as ripas, caibros, terças, tesouras, treliças, elementos de
contraventamento, o sistema de escoamento das águas pluviais, como condutores, calhas e
rufos.
A solução mais comum nas coberturas de residências e pequenos galpões são as
treliças inclinadas, geralmente conhecidas como tesouras. Dependendo das condições do
projeto, as tesouras podem possuir diversas conformações para atender às ações e às flechas
pertinentes a cada projeto. Para executar estruturas de coberturas de steel frame utilizam-se os
mesmos perfis de aço galvanizado empregados na estrutura das paredes, que são os perfis U e
Ue, com alma de 90 mm, 140 mm ou 200 mm de altura.
Construtivamente, as coberturas próprias para light steel frame possuem as mesmas
características e princípios das estruturas convencionais. Portanto, podem ser utilizadas com
telhas metálicas, cerâmicas, fibrocimento e shingle, entre outras.
Figura 11 - Estrutura de telhado
Fonte: Acervo Construlight Steel Frame (2015)
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2.3 COMPARAÇÃO ENTRE O SISTEMA CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAME
Para que possa haver uma melhor visualização das vantagens e desvantagens de um
sistema em relação ao outro, serão apresentadas tabelas que relacionarão a produtividade e o
custo de cada sistema. Para a comparação serão consideradas somente as fases de estrutura,
fechamento e revestimento.
Tabela 1: Produtividade do sistema light steel frame
Descrição homem hora/m2
Montar estrutura em aço
0,25
Fechar com OSB
0,85
Isolar com lã de vidro
0,42
Fechar com gesso acartonado
0,85
Pintura em látex
0,85
Total (homem hora/m2) 3,22
Fonte: Domarascki e Fagiani, 2009
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Será considerada uma residência econômica com fechamento de duzentos metros
quadrados, com duas equipes com dois oficiais e dois ajudantes cada, tendo no total oito
funcionários. Nas equações 1 e 3, será multiplicado a área da residência pelo valor da
produtividade de casa sistema (tabela 1 e tabela 2). Já nas equações 2 e 4, será dividido o
valor encontrado nas equações 1 e 3 por 64, resultando então na quantidade de dias
necessários para a execução em cada sistema.
1) Sistema light steel frame
200𝑚! 𝑥 3,22ℎℎ 𝑚! = 644 ℎℎ (1)
2 equipes com 4 operários = 8 operários x 8 horas por dia = 64 ℎℎ 𝑑𝑖𝑎
644 ℎℎ 64 !!!"#
= 10,07 𝑑𝑖𝑎𝑠 (2)
2) Sistema convencional
200𝑚! 𝑥 9,36ℎℎ 𝑚! = 1872 ℎℎ (3)
2 equipes com 4 operários = 8 operários x 8 horas por dia = 64 ℎℎ 𝑑𝑖𝑎
1872 ℎℎ 64 !!!"#
= 29,25 𝑑𝑖𝑎𝑠 (4)
2.3.1 Preço
Como já explicado anteriormente, serão considerando apenas estrutura e fechamento
como parâmetros. No sistema light steel frame ainda não existe nenhuma órgão de grande
referência que disponibilize dados detalhados, portanto foram usados dados da empresa Zárya
Arquitetura e Engenharia. Para o cálculo foi considerado uma residência padrão popular com
área de fechamento de duzentos metros.
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2.3.1.1 Light Steel Frame
Na tabela 3, é apresentada a composição do custo por metro quadrado no sistema light steel frame, tendo como base uma planilha apresentada pela empresa Zárya Arquitetura e Engenharia e seus valores atualizados.
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2.3.1.2 Alvenaria Convencional
As tabelas 4,5,6,7,8 e 9 servirão de base para a composição final do custo unitário por metro quadrado de alvenaria convencional apresentado na tabela 10. Cada tabela traz o detalhamento de cada serviço para a formação do preço.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com a comparação dos dois sistemas, apesar de não ter sido efetuado cálculos, foi
possível observar que o sistema construtivo light steel frame leva vantagem com relação à
fundação, pois o peso das paredes diminuem e o tipo de carga muda, passando de cargas
pontuais na alvenaria convencional para cargas lineares. Dependendo da situação, de acordo
com Carregari (2016), a fundação para o light steel frame chega a representar somente 5% do
custo total da obra contra 12% da alvenaria convencional.
Por se tratar de um sistema industrializado, no light steel frame as paredes e portas tem
precisão milimétrica, não sendo necessário quebra de parede para passagem de tubulação,
aumentando assim a produtividade. Na alvenaria convencional o isolamento térmico é
mínimo, sendo protegido por nada além da própria alvenaria, ao contrário do light steel frame
que tem bom isolamento térmico ocasionado pela lã de vidro nas paredes e em alguns casos
no teto.
Um fato que chama atenção é diferença da quantidade de água utilizada nos sistemas.
Alguns autores classificam o método light steel frame como sistema construtivo “a seco”
devido ao baixíssimo uso de água durante o processo construtivo. Além do racionamento da
água, esse método evita que haja desperdício, gerando então pouco resíduo.
Foi satisfatória a diferença na produtividade de um para o outro. Já era de se esperar
que o light steel frame levasse vantagem, tendo em vista que o outro método é considerado
artesanal e depende muito da qualificação do operário. A comparação da tabela 1 e 2 deixou
claro que em um processo mais industrializado, a produtividade aumenta significativamente,
tendo um aumento de 190,68% em relação ao sistema de alvenaria convencional.
O sistema light steel frame ainda apresenta um custo 9,80% mais elevado, mas em
geral, os métodos industrializados ficam mais viáveis dependendo da quantidade de unidades
construídas. Pois tende a ter seu custo reduzido conforme a quantidade de volume produzido.
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4 CONCLUSÃO
Com a ponderação dos dois sistemas construtivos, é perceptível a enorme diferença
entre eles. Foi observado que no light steel frame, há um aumento significativo da
produtividade com relação ao sistema de alvenaria convencional, porém o método
convencional ainda mostra-se mais em conta.
No quesito geração de resíduos e qualidade de materiais, o light steel frame leva
vantagem, pois ele reduz consideravelmente a quantidade de cortes no local, já que grande
parte dos materiais já vem cortados de fábrica.
Além do custo ainda ser 9,80% mais elevado, outros fatores contribuem para que esse
método construtivo ainda não seja utilizado em larga em escala no Brasil.
O primeiro fator contribuinte é o conservadorismo popular a um novo modelo de
construção. Essa questão cultural faz com que os processos construtivos industrializados,
tenham um difícil desenvolvimento no Brasil. Por mais que apresentem características
estruturais e arquitetônicas semelhantes, a população prefere não mudar.
Outro grande fator, é a enorme oferta de operários para o ramo da construção civil
tradicional, já que a mesma é a maior empregadora de mão de obra não qualificada.
Substituindo grande parte do processo tradicional por industrializado haveria uma necessidade
menor de funcionários, sendo assim o índice de desemprego aumentaria consideravelmente.
Concluindo, é melhor manter um custo mais em conta com a mão de obra do que mudar o
método construtivo.
O pouco número de profissionais técnicos especializados em light steel frame, tais
como engenheiros, arquitetos e operários, é mais um fator que dificulta a difusão do sistema.
Poucos são os profissionais que falam com propriedade a respeito da técnica.
Não foi possível no presente trabalho ter uma pesquisa de aceitação do sistema
construtivo light steel frame pelos consumidores, mas em um trabalho posterior seria
interessante considerar tal pesquisa de acordo com as faixas de renda.
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5 REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 6355: Perfis Estruturais,
de Aço, Formados a Frio – padronização. Rio de Janeiro : ABNT, 2003
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 15370-1: Blocos
cerâmicos para alvenaria de vedação – parte 1. Rio de Janeiro: ANBT, 2005
BRUMATTI, Dioni. Uso de pré-moldados – Estudo e viabilidade. 2008. 54 f. (Especialização
em Construção Civil) – Departamento de Engenharia Civil, Escola de Engenharia,
Universidade Federal de Minas Gerais, Vitória. Disponível em: <
http://pos.demc.ufmg.br/novocecc/trabalhos/pg1/Monografia%20Dioni%20O.%20Brumatti.p
df>. Acesso em: 17 mar. 2016
COELHO, André. Light steel frame – recomendações de projeto, processo construtivo e
detalhes orçamentários. 2014. 86 f. Trabalho de curso (Graduação) – Faculdade de Tecnologia
e Ciências Sociais Aplicadas, Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2014. Disponível em:
<http://repositorio.uniceub.br/bitstream/235/6377/1/20949958.pdf>. Acesso em: 27 mai.
2016.
CRASTO, R. C. M. Arquitetura e tecnologia em sistemas construtivos industrializados: light
steel framing. 2005. 231 f. Dissertação (Mestrado em Construção Metálica) – Escola de
Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2005. Disponível em:
<http://www.propec.ufop.br/index/tese.php?idtese=95>. Acesso em: 15 mar. 2016.
DOMARASCKI, C. S.; FAGIANI, L. S. Estudo comparativo dos sistemas construtivos: steel
frame, concreto PVC e sistema convencional. Trabalho de Conclusão de Curso. 2009. 75 f.
(Graduação em Engenharia Civil) – Fundação Educacional de Barretos, Centro Universitário,
Barretos, 2009. Disponível em: <http://www.feb.br/cursos_engcivsc/ConradoLucas.pdf>.
Acesso em: 15 mar. 2016.
FREITAS, A. M. S.; CRASTO, R. C. M. Steel framing: arquitetura. Rio de Janeiro:
IBS/CBCA, 2006. 121 p
31
SANTIAGO, A. K.; FREITAS, M. S. A.; CRASTO, C. M. Steel Framing: arquitetura. 2.ed.
Rio de Janeiro: IBS/CBCA, 2012. 152p. (Série Manual da Construção Civil).
TERNI, A. W.; SANTIAGO, A. K.; PIANHERI, J. Casa de steel frame: instalações (parte 4).
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TERNI, A. W.; SANTIAGO, A. K.; PIANHERI, J. Como construir, Steel frame: cobertura
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http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/144/artigo285759-2.aspx>. Acesso em 25 mai.
2016