1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE … · UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE...
Transcript of 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE … · UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE...
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA
KELLINA OLIVEIRA DE SOUZA
QUALIDADE E METABOLISMO ANTIOXIDANTE NO DESENVOLVIMENTO
DE FRUTOS DE CLONES DE ACEROLEIRA
FORTALEZA-CE
2012
2
KELLINA OLIVEIRA DE SOUZA
QUALIDADE E METABOLISMO ANTIOXIDANTE NO
DESENVOLVIMENTO DE FRUTOS DE CLONES DE ACEROLEIRA
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Fitotecnia. Área de concentração: Fisiologia e Tecnologia Pós-Colheita. Orientador: Profa. Dra. Maria Raquel Alcântara de Miranda. Co-orientador: Dr. Carlos Farley Herbster Moura.
FORTALEZA
2012
3
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará
Biblioteca de Ciências e Tecnologia
S715q Souza, Kellina Oliveira de.
Qualidade e metabolismo antioxidante no desenvolvimento de frutos de clones de aceroleira / Kellina Oliveira de Souza. – 2012. 84 f. : il. color., enc. ; 30 cm.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Programa de Pós-Graduação em Agronomia: Fitotecnia, Fortaleza, 2012. Área de concentração: Fisiologia e Tecnologia Pós-Colheita. Orientação: Profa. Dra. Maria Raquel Alcântara de Miranda. Coorientação: Prof. Dr. Carlos Farley Herbester Moura.
1. Malpighiaceae – Metabolismo. 2. Acerola – Fisiologia pós-colheita. 3. Antioxidantes. I. Título.
CDD 631
4
KELLINA OLIVEIRA DE SOUZA
QUALIDADE E METABOLISMO ANTIOXIDANTE NO DESENVOLVIMENTO
DE FRUTOS DE CLONES DE ACEROLEIRA
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Fitotecnia. Área de concentração: Fisiologia e Tecnologia Pós-Colheita.
Aprovado em:______/______/______.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________
Profa. Dra. Maria Raquel Alcântara de Miranda (Orientador)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
______________________________________________
Dr. Carlos Farley Herbster Moura (Co-orientador)
Embrapa Agroindústria Tropical
______________________________________________
Dr. Edy Sousa de Brito
Embrapa Agroindústria Tropical
5
A Deus.
A minha mãe, Zenilda,
Ao meu esposo, Paulo Rogério,
A minha querida filha, Lara.
Foi por vocês que cheguei até aqui, e é
por vocês que seguirei em frente.
6
AGRADECIMENTOS
A Deus em primeiro lugar, que tornou possível agradecer a todos os outros.
A minha mãe, Zenilda por seu estÍmulo e pelo enorme esforço que se
desprendeu para que eu alcançasse meus objetivos, por todo amor e carinho.
A minha irmã Kelliana, por sempre se fazer presente em minha vida, mesmo
nas diversidades.
Ao meu esposo Paulo Rogério, pela cumplicidade, confiança e incentivo em
todos os momentos.
A minha filha Lara, simplesmente pelo fato de sua existência.
As minhas grandes amigas, Karla Batista, Nara Vieira e Denise Josino, por
estarem sempre ao meu lado e terem me presenteado com uma amizade sincera, algo
que conquistamos juntas e farei questão de preservar.
Aos colegas do mestrado, Eveline, Ingrid, Rafa, Dani, Selma, Karla,
Viviane, Lineker e Francelino, pela ótima convivência e solidariedade durante o curso.
Aos colegas do Laboratório de Bioquímica de Frutos, em especial a Jessika,
Marcela e Mônica, pela excelente convivência e pelas boas conversas que tivemos.
Aos colegas do Laboratório de Fisiologia e Tecnologia Pós-Colheita da
Embrapa Agroindústria Tropical e em especial ao Abel, pela sua valiosa ajuda durante o
desenvolvimento experimental desse trabalho.
A Márcia Silveira e Hilton Magalhães, Analistas da Embrapa Agroindústria
Tropical, por toda sua disposição em ajudar no que fosse preciso.
A Profa. Dra. Maria Raquel Alcântara de Miranda, pela excelente
orientação, incentivo, ensinamentos e amizade, contribuindo para o meu crescimento
profissional e intelectual.
Ao Dr. Carlos Farley Herbster Moura, pela co-orientação e confiança
durante o mestrado.
Ao Dr. Edy Brito, pelas valiosas colaborações e sugestões na conclusão
deste trabalho.
Ao CNPq, pelo apoio financeiro com a manutenção da bolsa de auxílio.
À Universidade Federal do Ceará, em especial ao Departamento de
Fitotecnia, onde tenho tido grandes realizações.
À EMBRAPA, pelo financiamento do projeto de dissertação.
7
Ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Frutos Tropicais (INCT-
Frutos Tropicais), pelo apoio financeiro.
8
RESUMO
O fruto da aceroleira (Malpighia emarginata D.C.) apresenta potencial já consolidado
para industrialização uma vez que é consumido sob forma de sucos, utilizada no
enriquecimento de produtos alimentícios e na forma de nutracêuticos. O
amadurecimento de frutos é um processo complexo do desenvolvimento, envolvendo
inúmeras mudanças nas características bioquímicas, fisiológicas e sensoriais, bem como
no metabolismo oxidativo determinando seus atributos de qualidade e propriedade
antioxidante. Desta forma, esse trabalho estudou as alterações nos metabólitos
antioxidantes e na capacidade antioxidante total de frutos de diferentes clones de
aceroleira durante o seu desenvolvimento e amadurecimento. Os frutos de clones de
aceroleira, FS, FB e BRS 366, foram analisados em diferentes estádios do
desenvolvimento quanto às variáveis de qualidade pós-colheita, compostos
antioxidantes, atividade antioxidante total (AAT) e atividade das enzimas antioxidantes.
Durante o processo de desenvolvimento dos frutos da aceroleira o conteúdo de sólidos
solúveis aumentou, principalmente nos frutos do clone de aceroleira FS, o conteúdo de
vitamina C e de polifenóis extraíveis totais (PET) diminuiu resultando em um declínio
da atividade antioxidante dos frutos. A atividade das enzimas antioxidantes dismutase
do superóxido (SOD), catalase (CAT) e peroxidase do ascorbato (APX) diminuiu ao
longo do amadurecimento dos frutos. O amadurecimento dos frutos estados foi
acompanhado por um aumento do estresse oxidativo, o qual pode contribuir para as
alterações observadas na qualidade pós-colheita dos frutos e para um declínio em seu
potencial antioxidante.
Palavras-chaves: Malpighia emarginata D.C; Atividade antioxidante; Enzimas
antioxidantes; Compostos bioativos; Maturação.
9
ABSTRACT
Acerola (Malpighia emarginata DC) has already established the potential for
industrialization since it is consumed in the form of juices and jellies, used in the
enrichment of food products and as nutraceuticals. The fruit ripening is a complex
process of development, involving numerous changes in the biochemical, physiological
and sensory as well as in oxidative metabolism by determining its quality attributes and
antioxidant properties. This research was to study changes in antioxidant metabolites
and total antioxidant capacity of fruits of different clones of acerola during development
and maturation. Acerola fruits, FS, FB and BRS 366, were analyzed at different
maturity stages for quality parameters post-harvest, antioxidant compounds, total
antioxidant activity (TAA) and antioxidant enzymes activity. During the development
of acerola soluble solids content increased, especially in the fruits of acerola clone FS,
the vitamin C content and total extractable polyphenols (TEP) decreased resulting in a
decline in antioxidant activity of fruits. The activities of oxygen-scavenging enzymes
superoxide dismutase (SOD), catalase (CAT) and ascorbate peroxidase (APX)
decreased during the ripening of fruits. The maturation of the tropical species studied
was accompanied by an increased oxidative stress, which may contribute to the
observed changes in the postharvest quality of fruit and a decline in their antioxidant
potential.
Keywords: Malpighia emarginata D.C; Antioxidant activity; Antioxidant enzymes;
Bioactive compounds; Maturation.
10
SUMÁRIO
RESUMO 8
1. INTRODUÇÃO 11
2. OBJETIVO 12
3. REVISÃO 13
3.1. Aspectos botânicos da aceroleira 13 3.2. Importância sócio-econômica do cultivo da aceroleira 14 3.3. Melhoramento genético da aceroleira 15 3.4. Desenvolvimento e qualidade pós-colheita dos frutos da aceroleira 17 3.4.1. Pós-colheita dos frutos da aceroleira 20 3.4.2. Atributos de qualidade pós-colheita 21 3.5. Metabolismo antioxidante e amadurecimento de frutos 24 4. MATERIAL E MÉTODOS 30
4.1. Obtenção e manuseio das amostras 30 4.2. Condução do experimento 31 4.3. Análises físicas 32 4.3.1. Peso 32 4.3.2. Firmeza 32 4.3.3. Cor 32 4.4. Análises físico-químicas e químicas 32 4.4.1. Acidez titulável (AT) 32 4.4.2. Sólidos solúveis (SS) 33 4.4.3. Relação sólidos solúveis e acidez titulável (SS/AT) 33 4.4.4. Açúcares Solúveis (AS) 33 4.4.5. pH 33 4.5. Compostos antioxidantes 34 4.5.1. Flavonóides amarelos e antocianinas totais 34 4.5.2. Vitamina C total 34 4.5.3. Polifenóis extraíveis totais e Atividade antioxidante total (AAT) 35 4.6. Atividade das enzimas antioxidantes 36 4.6.1. Extrato enzimático 36 4.6.2. Conteúdo de proteínas solúveis totais 36 4.6.3. Dismutase do superóxido(SOD) 36 4.6.4. Catalase (CAT) 37 4.6.5. Peroxidase do ascorbato (APX) 37 4.7. Delineamento experimental e análise estatística 38 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 39
5.1. Qualidade pós-colheita e compostos antioxidantes não enzimáticos 39 5.2. Compostos fenólicos 47 5.3. Atividades das enzimas antioxidantes 51 5.4. Correlação de Pearson dos compostos e enzimas antioxidantes com a atividade antioxidante total 56 6. CONCLUSÃO 57
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58
11
1. INTRODUÇÃO
O fruto da aceroleira compara-se a outros frutos excepcionalmente ricos em
ácido ascórbico como o camu-camu (Myrciaria dubia H.B.K. McVaugh) e, portanto,
passou a ter importância econômica para o consumo in natura ou sob formas
processadas, além de ser utilizada também como matéria-prima na indústria
farmacêutica.
Dependendo do aproveitamento comercial, os frutos podem ser colhidos e
utilizados em diferentes estádios. A utilização de frutos verdes dos frutos da aceroleira
como matéria-prima é feita preferencialmente pela indústria farmacêutica, pois
apresentam teores mais elevados de vitamina C do que o fruto maduro.
No Brasil, a cultura distribui-se nas regiões Nordeste, Norte, Sul e Sudeste
(RITZINGER; RITZINGER, 2004), e a produtividade média dos pomares brasileiros é
de 29,65 toneladas dos frutos da aceroleira por hectare ao ano, equivalente a 59,3
kg/planta/ano (AGRIANUAL, 2010).
Três tipos principais de pigmentos ocorrem nos produtos vegetais: clorofila,
carotenoides e antocianinas. A perda de clorofila e, consequentemente, da cor verde
indica maturidade. O verde intenso no fruto jovem perde intensidade até tornar-se
verde-claro, ou quando há completa perda do verde, aparecem os pigmentos amarelos,
vermelhos ou púrpuros (CHITARRA; CHITARRA, 2005). Em frutos de aceroleiras, a
coloração vermelha obtida com o avanço da maturação é decorrente da degradação da
clorofila e do aumento na concentração de antocianinas (LIMA et al., 2003).
A associação entre o consumo de frutos e legumes e uma diminuição do
risco de doença cardiovascular e câncer é apoiada por consideráveis evidências
epidemiológicas (HERTOG et al., 1995;. OMS, 2006). Este efeito benéfico é devido à
ação de compostos antioxidantes, que são capazes de neutralizar os radicais livres
e reduzir o dano oxidativo no corpo (CLIFFORD, 1995).
Por esta razão, o interesse na avaliação da atividade antioxidante de frutos e
vegetais aumentou substancialmente e numerosos estudos foram realizados
(CHINNICI et al, 2004;. KOLAYLI et al, 2003; ROESLER et al, 2006; SILVA et al.,
2004). Neste sentido, a atividade antioxidante dos frutos da aceroleira é um tema
de interesse, mas poucos dados têm sido relatados ainda.
12
Além de o fruto da aceroleira possuir compostos antioxidantes, como
antocianinas, carotenoides e vitamina C, Oliveira et al. (2011) verificaram na polpa de
frutos de aceroleira presença das principais enzimas, (Dismutase do superóxido-SOD,
catalase-CAT e peroxidase do ascorbato-APX), constituintes do sistema de defesa
antioxidante, as quais juntamente com os compostos antioxidantes não enzimáticos,
através de interações sinergística e/ou antagonística entre eles, contribuíram para o
elevado potencial antioxidante apresentado por este fruto.
Os frutos são alimentos comercialmente importantes e nutricionalmente
indispensáveis sendo órgãos altamente especializados das plantas superiores oferecendo
uma variedade de características sensoriais como aroma, cores exóticas, suculência e
textura. Portanto, exercem uma importante função para a nutrição humana por fornecer
fatores necessários como vitaminas, minerais e compostos fenólicos (antioxidantes)
(PRASANNA; PRABHA; THARANATHAN, 2007).
2. OBJETIVO
Estudar as alterações nos metabólitos antioxidantes e na capacidade
antioxidante total de frutos de diferentes clones de aceroleira durante o seu
desenvolvimento e amadurecimento com a finalidade de fundamentar conhecimnetos
para utilização na agroindústria.
13
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. Aspectos botânicos da aceroleira
A aceroleira é uma dicotiledônea da família Malpighiaceae (ASENJO,
1959). Uma abordagem mais profunda sobre a denominação da aceroleira é feita por
Alves e Menezes (1995) e Nogueira (1997) e é confirmada pelo comitê Internacional de
Recursos Genéticos de Plantas (IBPGR, 1989), então correspondendo à espécie
Malpighia emarginata D.C.
A aceroleira é originária das Antilhas e da América Central, porém
espalhou-se até o norte da América do Sul levada pelos índios em suas migrações
(MARINO NETO, 1986). No Nordeste do Brasil, foi introduzida inicialmente em
Pernambuco, em 1956, pela Professora Maria Celene Cardoso de Almeida da
Universidade Federal Rural de Pernambuco que trouxe algumas sementes de Porto
Rico. Na ocasião, o governo daquela ilha se empenhava em divulgar e disseminar a
extraordinária fruteira (COUCEIRO, 1985). Porém, segundo Marino Neto (1986), em
1940, viveiristas de Limeira-São Paulo já produziam e comercializavam mudas dos
frutos da aceroleira.
A planta é um arbusto ou árvore de pequeno porte que atinge 3 a 4 m de
altura com hábito de ramificação vertical ou curvado. A diferenciação do botão floral
ocorre entre 8 e 10 dias e a antese, após 15 e 17 dias. Suas flores são de coloração rósea
e em algumas cultivares pode ter coloração branca apresentando 5 sépalas, 5 pétalas, 10
estames e 3 carpelos concrescidos formando um ovário único e súpero (MARTINS et
al., 1999). O fruto é uma drupa trilobada, geralmente ovóide-achatada, com 1 a 3 cm de
diâmetro, com peso entre 3 a 16 g e coloração da casca variando de amarela a vermelho-
escura, sendo esta um epicarpo fino e delicado. A polpa geralmente tem cor alaranjada e
é macia e suculenta, constituindo um mesocarpo com células grandes e um endocarpo
com três caroços duros contendo ou não uma semente no seu interior. (MARTINS et al.,
1999; LOPES e PAIVA, 2002) (FIGURA 1: A, B, C, D).
Essa espécie se desenvolve bem em clima tropical e subtropical, podendo
ser cultivada na região semiárida, desde que disponha de água, pois cresce bem em
quase todos os tipos de solo, adaptando-se melhor aos profundos argilo-arenosos.
14
Figura 1 - Aspectos botânicos da aceroleira (Malpighia emarginata D.C.) A: Planta, B:
Flores, C: Frutos verdes e D: Frutos maduros.
Fonte: SOUZA, 2012.
3.2. Importância sócio-econômica do cultivo da aceroleira
A importância econômica de uma cultura pode ser avaliada sob vários
aspectos. Dentre eles, se destacam as formas de aproveitamento da matéria-prima
obtida; o volume produzido e comercializado; a área plantada e até mesmo os esforços e
as atividades de pesquisa, tudo isso demonstrando de maneira direta a maior ou menor
demanda de tecnologia para produzir a cultura. O cultivo da aceroleira, cuja importância
econômica se acentua de forma persistente, tem despertado grande interesse entre os
produtores e consumidores, tanto brasileiros como estrangeiros, em virtude
principalmente do aumento da procura por esse fruto seja para o consumo in natura ou
para o aproveitamento de subprodutos (ALVES e MENEZES, 1995).
A B
C D
15
O fruto da aceroleira apresenta potencial já consolidado para
industrialização, uma vez que é consumida sob forma de sucos e geleias, utilizada no
enriquecimento de produtos alimentícios e na forma de nutracêuticos como
comprimidos ou cápsulas (CARPENTIERI-PÍPOLO et al., 2002). No entanto, as
formas mais comuns de comercialização são o fruto in natura, a polpa congelada e o
suco engarrafado (YAMASHITA et al., 2003).
A cultura do fruto da aceroleira tem importância social em virtude da
exigência de mão de obra intensiva, principalmente nas etapas de colheita e de
classificação dos frutos, que são feitas manualmente e tratando-se de uma fruteira cuja
produção em áreas irrigadas é quase ininterrupta e assim, proporciona emprego durante
o ano todo tanto no campo como nas indústrias (LOPES e PAIVA, 2002).
3.3. Melhoramento genético da aceroleira
Por ser uma espécie que se propaga vegetativamente, o genótipo de cada planta
pode ser transmitido integralmente por meio das gerações. Os genótipos multiplicados
via clonagem permitem assim, uma avaliação através de experimentos realizados em
diversos locais (ambientes) com os delineamentos apropriados (PAIVA et al., 2003).
Dentro desse contexto, surgem os programas de melhoramento genético visando avaliar
e selecionar genótipos com alta produtividade adaptados às condições climáticas e
sistemas de produção locais, tolerantes a pragas e doenças e que produzam frutos com
alto conteúdo de vitamina C (RITZINGER et al., 2003).
Então, o aumento da lucratividade dos pomares dos frutos da aceroleira por
meio da utilização de cultivares com maior produtividade e conteúdo de vitamina C
constitui-se no principal desafio do melhoramento genético. Os programas de
melhoramento tem a responsabilidade de gerar clones ou populações com maior
uniformidade genética propiciando a produção de frutos de modo a viabilizar a
conquista dos mercados mais exigentes. O melhoramento genético das plantas envolve
um conjunto de procedimentos com fundamentação científica e cujo objetivo é a
alteração de características-alvo (LOPES e PAIVA, 2002).
Os primeiros trabalhos visando à seleção de aceroleira com características
de interesse agronômico foram realizados em Porto Rico, na Flórida (JACKSON e
PENNOCK, 1958) e no Havaí (NAKASONE et al., 1968). Entre as cultivares obtidas
pelos autores estão Flórida Sweet e B-15. A seleção desses genótipos foi baseada
16
principalmente na produtividade, em características do fruto (tamanho, conteúdo de
vitamina C e açúcares) e na conformação da copa. A aceroleira ‘Flórida Sweet’
apresenta hábito de crescimento ereto com crescimento aberto, frutos grandes (31 mm
de diâmetro), casca espessa, sabor semi-doce e alta produção. O conteúdo de ácido
ascórbico varia entre 1.500 e 2.000 mg.100g-1 de polpa e é muito comum na Califórnia
(MORTON, 1987).
No Brasil, somente na década de 90, os trabalhos de melhoramento genético
de aceroleiras foram iniciados e conduzidos por instituições de pesquisa nos Estados de
Pernambuco (IPA e Embrapa Semiárido), Paraíba (EMEPA), Paraná (UEL), Bahia
(Embrapa Mandioca e Fruticultura) e Ceará (Embrapa Agroindústria Tropical)
conforme Lopes e Paiva (2002). De maneira geral, pode-se estabelecer os seguintes
caracteres como base para a seleção de variedades:
• Variedades para consumo “in natura” (frutos do tipo doce): frutos de
tamanho grande (≥ 15 g), relação sólidos solúveis/acidez de
aproximadamente 10:1, polpa vermelha e consistente, boa palatabilidade,
alta relação polpa/semente. A planta deve apresentar copa globular, com boa
aeração e pilosidade ausente ou baixa nas folhas.
• Variedades para indústria (frutos do tipo azedo): frutos de tamanho médio
ou grande (≥ 9 g), sólidos solúveis acima de 8%, conteúdo de ácido
ascórbico superior a 1.500 mg.100g-1 de polpa, alta relação polpa/semente,
polpa vermelha ou amarela (utilizada para enriquecer suco de outros frutos).
A planta deve apresentar copa globular, com boa aeração, produtividade
acima de 50 t/ha e pilosidade ausente ou baixa nas folhas (LOPES e
PAIVA, 2002).
O programa de melhoramento com aceroleira desenvolvido pela Embrapa
Semiárido foi pautado basicamente na introdução de germoplasma e teve como
principal objetivo introduzir 50 novos acessos e selecionar clones para cultivo nas áreas
irrigadas do Nordeste brasileiro. As informações obtidas e analisadas, ao longo do
tempo, possibilitaram a identificação e seleção de genótipos promissores resultando no
lançamento da variedade denominada Sertaneja (GONZAGA NETO, 1999).
A Embrapa Agroindústria Tropical iniciou em 1995, um programa de
melhoramento de aceroleiras selecionando 100 plantas matrizes com boa formação de
copa e demais características desejáveis de planta e de fruto utilizando o método de
17
seleção massal (PAIVA et al., 1999). Em 1998 a Embrapa fez a aquisição de 5000
garfos de 5 clones dos frutos da aceroleira, dentre eles o Flor Branca, da empresa
TECPLANTA em Belém-PA, esses garfos foram enxertados no campo experimental de
Pacajus-CE. A partir da identificação de plantas com características favoráveis de
conformação de copa, aspecto fitossanitário e teor de vitamina acima de 1.500 mg.100
g-1 de polpa, estas foram clonadas, para atender a uma demanda especifica de produção
de mudas clonais. Em 1997 e Embrapa iniciou uma parceria com a Secretaria de
Desenvolvimento Econômico/Companhia de Desenvolvimento do Ceará – CODECE. A
partir dessa parceria a Embrapa passou a prestar apoio técnico no desenvolvimento de
estudos para seleção de novos materiais genéticos dos frutos da aceroleira de elevada
qualidade, onde os critérios usados para seleção de clones foram: plantas com conteúdo
de vitamina C acima de 1.560 mg. 100g-1. Dos 33 clones analisados, 6 adaptaram-se
com eficiência as condições de cultivo promovidas pela Empresa, dentre eles destacou-
se o AC 69, atualmente registrado pelo MAPA como BRS 366.
Os conhecimentos das pragas e doenças e a relação planta-ambiente são
incipientes, limitando-se tão somente a relatos de sua ocorrência. Conquanto um
número considerável de patógenos já esteja catalogado para a cultura do fruto da
aceroleira no Brasil, nenhum deles pode ser considerado, até o momento, como fator
limitante ao sucesso comercial da cultura, especialmente no Nordeste brasileiro, região
extremamente favorável ao seu cultivo (FREIRE, 1995). No entanto, com o
desenvolvimento e a expansão da cultura, é bem provável que a utilização de porta-
enxertos venha a se tornar uma necessidade (BEZERRA e LEDERMAN, 1995). Esses
porta-enxertos deverão apresentar resistência à nematoides das galhas, sistema radicular
vigoroso e induzir adequada conformação de copa (LOPES e PAIVA, 2002).
3.4. Desenvolvimento e qualidade pós-colheita dos frutos da aceroleira
Os frutos após a colheita continuam sofrendo reações metabólicas e mantem
os processos fisiológicos por tempo considerado durante todo o período pós-colheita. O
fruto da aceroleira, assim como os outros frutos tropicais, passa por uma série de
alterações durante os processos de maturação, amadurecimento e senescência (ALVES,
1993).
O desenvolvimento de um fruto pode ser dividido nas fases de crescimento,
maturação, maturidade fisiológica, amadurecimento e senescência em função dos
18
processos fisiológicos (FIGURA 2). Estas fases descrevem os diferentes processos
desde a formação até a morte do órgão. Entretanto, muitos processos são comuns entre
as fases, dificultando a clara distinção entre as mesmas (TAIZ; ZEIGER, 2009).
Decorrem sete dias desde o aparecimento do botão floral à antese da flor, que está
diretamente relacionada à temperatura, verificando-se frequentemente nas regiões
tropicais, de 6 a 8 períodos de floradas - frutificações/ano (ARAÚJO; MINAMI, 1994).
A formação do fruto é rápida, abrangendo 22 dias desde o florescimento até a
maturação (MARINO NETTO, 1976).
Bleinroth et al. (1992) citam que mesmo durante a fase de crescimento os
frutos estão quase sempre perdendo água e após a colheita, este processo continua com
o agravante de que a água evaporada dos tecidos não pode mais ser reposta. Portanto,
como a turgescência das células depende principalmente da presença de água, essa
perda é uma das principais causas da deterioração destes produtos.
Figura 2 - Fases do desenvolvimento de frutos.
Fonte: Modificado de Watada et al., 1984.
A maturidade fisiológica corresponde ao momento em que o fruto acumulou
a maior parte das reservas e portanto, atingiu seu tamanho máximo com coloração verde
ou verde-amarelado. Quando esse estádio do desenvolvimento é atingido, um fruto de
padrão respiratório climatérico pode ser colhido e amadurecerá normalmente desligado
da planta, sem que isso venha interferir na qualidade final do mesmo (CHITARRA e
CHITARRA, 2005).
19
O amadurecimento é uma etapa intermediária entre o final do
desenvolvimento e o início da senescência, no qual os frutos são transformados em
produtos aptos para o consumo, do ponto de vista agronômico (CHITARRA;
CHITARRA, 2005). Esse processo é altamente coordenado, geneticamente programado
e irreversível (FONSECA et al., 2007; PRASANNA; PRABHA; THARANATHAN,
2007).
O etileno é o principal hormônio responsável pelo desencadeamento e
coordenação dos eventos do amadurecimento em frutos climatéricos (MORAIS et al.,
2008). Antes do amadurecimento, ocorre um aumento natural na produção de etileno
que catalisa o climatério respiratório dando o suporte energético para as rápidas
transformações na aparência, flavor e textura características dos frutos prontos para
serem consumidos (VILAS BOAS, 2003).
O fruto da aceroleira apresenta maturação e senescência muito rápidas
dificultando o manuseio, armazenamento e a conservação pós-colheita. Isso resulta de
uma atividade respiratória muito intensa do fruto, característica dos frutos climatéricos
(FIGURA 3).
Figura 3 - Atividade respiratória dos frutos da aceroleira mantidos em câmara de
maturação à 25 °C e 95% de umidade relativa.
Fonte: ALVES et al., 1992.
20
3.4.1. Pós-colheita dos frutos da aceroleira
Devido ao seu padrão climatérico de amadurecimento, frutos de aceroleira
colhidos na maturidade fisiológica ou “de vez” e armazenadas sob condição ambiente
têm uma vida útil pós-colheita de apenas quatro dias, a qual pode ser extendida para até
12 dias sob refrigeração (12 °C) e modificação da atmosfera de armazenamento por
filme de PVC (FORNASIERI; SCALON, 2004).
Portanto, é importante que o produtor dos frutos da aceroleira defina
claramente o tipo de mercado que pretende atingir. Pois, para a extração de vitamina C,
o ponto de colheita ideal é verde ou “de vez”, devido a redução dessa vitamina que
ocorre com a maturação dos frutos da aceroleira, conforme pode ser observado na tabela
1 (ALVES et al., 1995). Assim, os frutos são destinados a fabricação de produtos em
pó, cápsulas e concentrados para o enriquecimento de outros alimentos. Para o consumo
in natura, os frutos deverão ser colhidos "de vez", o que permite o transporte por longas
distâncias e, por conseguinte, um maior período até o consumo ou processamento, ou
maduros, para o consumo imediato em mercados locais ou quando destinados ao
congelamento sob a forma de "bola de gude", visando à sua conservação para posterior
processamento.
A produção de polpa é uma atividade rentável e de grande importância, pois
permite que o fruto perecível seja armazenado e processado em períodos mais propícios.
Todavia, Yamashita et al. (2003) comentam que a estabilidade de vitamina C em
produtos dos frutos da aceroleira depende tanto do tipo de processamento quanto da
temperatura de armazenagem e que a combinação de pasteurização e congelamento
apresentam a sua maior retenção.
A Instrução Normativa nº 01 de 07/01/2000 do MAPA, estabelece os
seguintes parâmetros mínimos para a produção de polpa dos frutos da aceroleira: pH
2,80, sólidos solúveis 5,5 ºBrix, acidez total 0,80 g.100 g-1, açúcares totais 4,0.100 g-1 e
vitamina C 800 mg.100 g-1. Entretanto, as exigências para a exportação do fruto da
aceroleira para Europa e Japão são maiores como frutos vermelhos com conteúdo
mínimo de sólidos solúveis igual a 7,0 e de vitamina C igual a 1.000 mg.100 g-1
(GONZAGA NETO e SOARES, 1994).
21
Tabela 1 - Composição química dos frutos de aceroleira em diferentes estádios de
maturação (VENDRAMINI; TRUGO, 2000).
Características
Estádio de maturação
Verde Intermediária
(de vez) Vermelha
Vitamina C (mg.100g-1) 2.164 1.065 1.074
Proteína (g.100g-1) 1,2 0,9 0,9
pH 3,7 3,6 3,7
Sólidos solúveis (°Brix) 7,8 7,7 9,2
Açúcar redutor (g.100g-1) 3,3 4,2 4,4
Açúcar total (g.100g-1) 4,4 4,3 4,4
3.4.2. Atributos de qualidade pós-colheita
Entende-se por qualidade o conjunto de atributos ou propriedades que
tornam o fruto apreciável como alimento. Para se determinar a qualidade de um fruto,
vários parâmetros podem ser adotados sejam físicos como massa, comprimento,
diâmetro, forma, cor e firmeza ou químicos como sólidos solúveis, pH e acidez titulável
(FAGUNDES et al., 2001). Diversos fatores influenciam a qualidade e, a consequente
aceitação do fruto da aceroleira pelos consumidores como a irrigação, a adubação e as
pragas e doenças (ALVES et al., 1999).
O peso e o tamanho são características físicas inerentes às espécies ou
cultivares, mas são utilizados como atributos de qualidade para seleção e classificação
dos produtos de acordo com a conveniência do mercado consumidor (CHITARRA;
CHITARRA, 2005). O peso do fruto da aceroleira madura varia de 2 a 15 g (ALVES;
MENEZES, 1995; MOURA et al., 2002; FRANÇA; NARAIN, 2003).
Durante o amadurecimento, também ocorre o amaciamento que tem relação
direta com a turgescência e com os constituíntes da parede celular. Através de alterações
na composição e na estrutura da parede celular mediada pela ação de enzimas, as quais
promovem a solubilização completa ou parcial de polissacarídeos, como celulose e
pectinas (CHITARRA; CHITARRA, 2005; PRASANNA; PRABHA;
THARANATHAN, 2007). Batista et al. (2000) estudaram o fruto da aceroleira em
22
diferentes estádios de maturação e verificaram que a resistência mecânica média dos
frutos da aceroleira verdes superou os frutos maduros em 3 vezes.
A mudança na cor durante o amadurecimento dos frutos da aceroleira é
devida a degradação da clorofila que torna visíveis pigmentos pré-existentes e/ou
síntese de novos pigmentos como antocianinas e carotenóides, sendo o processo de
degradação da clorofila promovido pelas enzimas clorofilase, lipoxigenase e peroxidase
(CHITARRA; CHITARRA, 2005; PRASANNA; PRABHA; THARANATHAN, 2007).
A cor é quase sempre o primeiro atributo que leva o consumidor a aceitar ou a rejeitar
um produto alimentício qualquer (NAZARÉ et al., 2006) e nfrutos de aceroleira, quanto
maior o conteúdo de antocianinas, melhor a aceitação do produto pelo consumidor
(MOURA et al., 2002).
Já a qualidade do aroma e sabor (flavor), características de grande
importância na aceitação de frutos é atribuída à produção de uma complexa mistura de
compostos voláteis como ésteres, cetonas e terpenos e à degradação de flavonóides e
taninos, os quais contribuem para a adstringência. O desenvolvimento do sabor também
é fortemente influenciado pelo aumento na douçura resultante da hidrólise de
polissacarídeos como o amido, bem da gluconeogênese e ainda, da diminuição da acidez
devido ao consumo dos ácidos orgânicos como substratos na respiração, levando a um
aumento na relação açúcar/ácido.
Além da acidez, o pH é o método mais viável para determinar a qualidade
de produtos processados podendo os alimentos serem classificados como de baixa
acidez (pH > 4,5), ácidos (pH 4,0 < pH< 4,5) ou muito ácidos (pH < 4,0) (Santos et al.,
2009). O fruto da aceroleira é um fruto muito ácido com pH variando entre 2,5 e 3,9
(Lima et al., 2002)
Os sólidos solúveis presentes no fruto representam os compostos que são
solúveis em água. Sua determinação normalmente é uma estimativa da quantidade
principalmente de açúcares solúveis, além de pectinas, fenólicos, vitaminas, sais, ácidos,
aminoácidos e algumas proteínas. (HOBSON; GRIERSON, 1993; COCOZZA, 2003).
Segundo Nogueira et al. (2002), os conteúdos de sólidos solúveis são mais elevados
frutos de aceroleira maduras variando desde 3,7 a 14,1 °Brix, porém podem ser
reduzidos pela chuva ou irrigação excessiva, em virtude da diluição do suco celular.
Em frutos de aceroleira, há uma grande variação no conteúdo de vitamina C
entre 779 e 3.094,43 mg.100g-1 de polpa (GONZAGA NETO et al., 1999; SANTOS et
al., 2002), sendo que esse conteúdo diminui durante o processo de maturação. Butt
23
(1980) atribui este decréscimo à atuação da enzima ácido ascórbico ou ascorbato
oxidase, isolada em frutos de aceroleira por Asenjo et al. (1960). Esses autores
verificaram que essa atividade enzimática era maior nos frutos maduros que nos verdes,
fato que pode explicar as perdas encontradas no decorrer da maturação. Segundo
Nakasone et al. (1966), a síntese e retenção da vitamina C em frutos de aceroleira são
alteradas por diversos fatores e a concentração dessa vitamina atinge um pico entre o
16° e 18° dia após a abertura das flores. Além disso, os frutos de plantas propagadas
sexuadamente apresentam conteúdos menores que os de plantas obtidas por via
assexuada. O sombreamento e/ou a exposição direta dos frutos aos raios solares por
mais de quatro horas durante a colheita causa perda significativa no conteúdo de ácido
ascórbico (LOPES et al., 2000; MUSSER et al., 2005; PAIVA et al., 2001).
Aranha et al. (2004) relataram os benefícios do fruto da aceroleira para a
saúde humana, quando foi observado que o consumo de suco dos frutos da aceroleira
(500 mg de vitamina C) durante 20 dias foi satisfatório para a normalização dos níveis
séricos de vitamina C em idosos e crianças, aumentar significativamente os níveis de
hemoglobina em crianças com anemia e regular o crescimento de células anormais na
fase de promoção da tumorigênese pulmonar em ratos.
O suco dos frutos da aceroleira, sendo uma fonte natural de vitamina C,
pode ocasionar uma absorção mais rápida do que na forma de comprimido (fonte
sintética). É possível, ainda, que a presença de flavonóides no fruto da aceroleira
aumentea absorção de ácido ascórbico e sua estabilização (GUILLAND; LEQUEU,
1995).
Os polifenóis são compostos oriundos do metabolismo secundário que
desempenham uma variedade de funções ecológicas importantes nos vegetais (TAIZ;
ZEIGER, 2009). Segundo Oliveira (2012), o conteúdo de polifenóis no fruto da
aceroleira pode variar entre 2.131 a 4.202 mg de ácido gálico equivalente (AGE).100g-1
de polpa nos frutos verdes e entre 931 a 1.679 mg AGE.100g-1 de polpa em frutos
maduros. Heim et al. (2002) afirmam que os compostos fenólicos são os maiores
responsáveis pela atividade antioxidante em frutos, entretanto, o seu conteúdo depende
de fatores intrínsecos como gênero, espécie, cultivar e extrínsecos com manejo
agronômico, ambiental, manuseio e armazenamento pós-colheita (TOMÁS-
BARBERÁN; ESPÍN, 2001).
Lima et al. (2005) verificaram uma redução nos compostos fenólicos em
frutos de aceroleiras com o decorrer do desenvolvimento e em diferentes épocas do ano.
24
Para os frutos maduros, os mesmos autores encontraram uma variação de 896 a 1.888
mg.100g-1 na estação seca, enquanto que na estação chuvosa os valores variaram de 737
a 1.653 mg.100g-1.
Segundo Vendramini e Trugo (2004), os principais fenólicos presentes em frutos
de aceroleiras são os flavonóides amarelos e as antocianinas. Os flavonóides, como os
pigmentos antocianinas e flavonoides amarelos atuam atraindo polinizadores e
disseminadores de sementes de plantas. Além da pigmentação, os flavonóides também
têm importantes funções na sinalização entre plantas e micróbios, na fertilidade de
algumas espécies, na defesa como agentes antimicrobianos e na proteção à radiação
ultravioleta (WINKEL-SHIRLEY, 2001.). As antocianinas são os flavonóides
responsáveis pelas tonalidades de rosa e vermelho até roxa, azul e preta, dos vegetais
(VENDRAMINI et al., 2004; GAMARRA et al., 2009). Frutos de aceroleira
apresentaram alta concentração de antocianinas, podendo variar de 3,81 a 47,36
mg.100g-1 de polpa. Quanto ao conteúdo de flavonoides amarelos em frutos de
aceroleiras, este pode variar de 7,0 a 18,46 mg de quercetina. 100g-1 de polpa (LIMA et
al., 2002).
3.5. Metabolismo antioxidante e amadurecimento de frutos
O amadurecimento e a senescência são fenômenos nos quais predominam os
processos oxidativos. Especialmente o início da senescência, quando a atividade de
enzimas antioxidantes decresce e radicais livres acumulam-se em níveis tóxicos aos
tecidos induzindo a peroxidação lipídica, por meio da qual iniciam-se as mudanças
deteriorantes dos tecidos associadas com o amadurecimento.
O termo radical livre é frequentemente usado para designar qualquer átomo
ou molécula com existência independente contendo um ou mais elétrons não pareados,
nos orbitais externos. Um elétron não pareado é aquele que ocupa um orbital atômico ou
molecular isoladamente (HALLIWEL, 1992). Entre as várias espécies de radicais livres
estão as derivadas do oxigênio e os metais de transição. As principais espécies de
radicais livres derivadas do oxigênio juntamente com sua meia-vida estão listadas na
Tabela 2.
25
Tabela 2 - Algumas espécies reativas de oxigênio, juntamente com sua meia-vida em
segundos.
Espécies Reativas de Oxigênio Meia-vida (segundos)
HO Radical hidroxilar 10-9
HO2 Radical hidroperoxilar Instável
RO Radical alcoxilar 10-6
ROO Radical peroxilar 7
H2O2 Peróxido de hidrogênio (enzimático)
O2- Radical superóxido (enzimático)
O2 Oxigênio singleto 10-5
Q Radical semiquinona Dias
NO Radical óxido nítrico 1 – 10
NOCL Ácido hipocloroso Estável
Fonte: VANNUCCHI et al., 1998.
Os radicais livres (especialmente O2
-) e outras espécies reativas de oxigênio
(H2O2) são normalmente produzidos in vivo. Consequentemente, os organismos
desenvolveram sistemas antioxidantes de defesa para proteção, como também para a
reparação da oxidação (DIPLOCH, 1991; GOODE; WEBSTER, 1993).
Entre os antioxidantes, destacamos vitaminas como a E e C e, além de,
várias enzimas que fazem um papel protetor contra os danos oxidativos causados pelos
radicais livres, atuando sempre em sinergismo (ALLEN; VONKAHA, 1992; JONES et
al., 1995). O termo “antioxidante” é amplamente utilizado, porém frequentemente
limitado aos inibidores da peroxidação lipídica. No entanto, os radicais livres danificam
muitas outras estruturas além dos lipídios incluindo as proteínas e DNA. Uma definição
ampla para o termo antioxidante é “uma substância que, presente em baixas
concentrações comparada ao substrato oxidável, inibe ou previne significativamente a
oxidação desse substrato”.
Portanto, o sistema antioxidante é constituído por componentes enzimáticos
e não enzimáticos. As enzimas antioxidantes incluem a dismutase do superóxido (SOD),
a catalase (CAT), a peroxidase do guaiacol (G-POD) e as enzimas do ciclo ascorbato-
glutationa: peroxidase do ascorbato (APX), redutases do mono e dehidroascorbato
(MDHAR e DHAR) e redutase da glutationa (GR) (HUANG et al., 2007). Entre os
antioxidantes não enzimáticos, podem-se destacar os compostos fenólicos, os
carotenóides, o α-tocoferol e o ácido ascórbico.
26
Flavonóides são metabólitos secundários sintetizados pelas plantas e
pertencem ao grupo dos compostos fenólicos. A estrutura dos flavonóides é baseada no
núcleo que consiste de dois anéis fenólicos A e B e um anel C, que pode ser um pirano
heterocíclico, como no caso de flavanóis (catequinas) e antocianidinas, ou pirona, como
nos flavonóis, flavonas, isoflavonas e flavanonas, que possuem um grupo carbonila na
posição C-4 do anel C, compreendendo as principais classes dos flavonóides (FIGURA
4).
Figura 4 - Estrutura química das principais classes de flavonóides.
Fonte: MARCO et al., 2008.
Os flavonóides vêm despertando um grande interesse devido a estudos
epidemiológicos que mostram que uma dieta rica nestes compostos está associada ao
baixo risco de doenças cardiovasculares (HERTOG 1995; HERTOG et al., 1997;
YOCHUM et al., 1999) e algumas formas de câncer (FRANKE et al., 1998;
NEUHOUSER, 2004).
Acredita-se que as propriedades relacionadas à saúde humana exercida pelos
flavonóides, são baseadas na sua atividade antioxidante, atuando como sequestradores
de radicais livres e como quelantes de metais (SILVA et al., 1998, TERAO; PISKULA,
1999). A quercetina possui um excelente potencial antioxidante in vitro, sendo o
flavonóide com o maior poder sequestrador de espécies reativas de oxigênio. Este
elevado poder antioxidante se deve à presença do grupo catecol no anel B e do grupo
hidroxila na posição 3 do anel C (HEIJNEN et al., 2002). Narayan et al, (1999)
descrevem que as antocianinas são potentes antioxidantes comparados ao α-tocoferol
(vitamina E) e que, quando adicionado a alimentos, além de conferir a coloração aos
alimentos propicia uma prevenção contra auto-oxidação e peroxidação de lipídeo.
27
A vitamina C é um termo genérico para os compostos que exibem a
atividade biológica do ácido ascórbico (AA), o qual possui duas formas: a
biologicamente ativa ácido L-ascórbico e a oxidada ácido L-deidroascórbico (DHA)
(FIGURA 5).
Figura 5 - Estrutura do ácido L-ascórbico e ácido L-deidroascórbico.
Fonte: ZAMUDIO, 2007.
A Vitamina C cumpre uma função importante no sistema imunológico dos
animais, ajudando na luta contra infecções e contra células cancerosas. A estimulação
dos leucócitos, de anticorpos, neutrófilos e fagócitos é obtida pela suplementação com
vitamina C, dando um reforço no sistema imunológico (GLASSER et al., 2000). Um
estudo mostrou que crianças anêmicas e/ou com hipovitaminose, ao consumirem um
copo de suco dos frutos da aceroleira por 35 dias apresentaram melhora nos níveis
séricos de vitamina C e aumento na concentração de hemoglobina de forma significativa
(COSTA et al., 2005).
Para prevenir o escorbuto é recomendada a ingestão de 46 mg.dia-1 em
homens e mulheres não fumantes. Em condições de estresse como com o consumo de
cigarro e álcool, quando a absorção de vitamina C é afetada, a IDR (Ingestão Diária
Recomendada) aumenta de 60 a 120 mg.dia-1. Um copo de suco dos frutos da aceroleira
pode ter de 1.000 a 1.500 mg de vitamina C ou 5 a 10 frutos pode suprir as necessidades
de uma pessoa adulta em condições de estresse, esta dieta diminui o risco de doenças
28
crônicas como o câncer, doença cardiovascular e catarata pela ação antioxidante desta
vitamina. (NATIONAL ACADEMY OF SCIENCE, 2004).
As enzimas antioxidantes, além de contribuírem para a neutralização dos
radicais livres como os antioxidantes não enzimáticos, também estão envolvidas com a
regulação de importantes processos fisiológicos. Mudanças na atividade das enzimas
antioxidantes têm sido descritas durante o amadurecimento de frutos, sendo observadas
evidências contrastantes na atividade das enzimas dentre e entre espécies.
Estudos com frutos de duas variedades de melão Clipper e Jerac, com vida
útil pós-colheita longa e curta, respectivamente, mostraram que os melões ‘Clipper’
apresentavam níveis até dez vezes mais altos de SOD e CAT do que melões ‘Jerac’, no
pós-climatério (LACAN; BACCOU, 1998). Assim, os autores observaram que essas
enzimas antioxidantes estavam contribuindo para o retardo da senescência na cultivar
longa-vida Clipper. Em experimentos com maçãs ‘Fuji’ e ‘Golden Delicious’, Masia
(1998) mostrou que a atividade das enzimas antioxidantes SOD e CAT aumentava
concomitante ao pico de etileno no climatério e decrescia no pós-climatério. Além
disso, os frutos da cultivar Fuji apresentaram níveis mais baixos de SOD e CAT, o que
refletiu em uma menor vida útil pós-colheita do que os da cultivar Golden Delicious.
Torres e Andrews (2006) analisando mudanças do desenvolvimento em
quatro genótipos de tomate observaram que embora as atividades das enzimas
antioxidantes variassem entre os genótipos, houve um aumento com o desenvolvimento
seguido por uma diminuição com o amadurecimento. Em pêssegos, Camejo et al.
(2010) relataram aumento na atividade das enzimas envolvidas no metabolismo
antioxidante junto com a manutenção ou diminuição de oxidantes como O2- e H2O2
evidenciando a proteção contra danos oxidativos durante o amadurecimento.
Portanto, a perda na habilidade de remover os radicais livres durante o
amadurecimento e senescência é resultado principalmente do decréscimo na atividade
de enzimas antioxidantes como SOD, APX e CAT (LURIE, 2003).
As peroxidases são enzimas antioxidantes essenciais para o sistema de
detoxificação celular que regula os níveis internos de peróxido de hidrogênio,
reduzindo-o às custas da oxidação de outros compostos. Em vegetais, as peroxidases
são encontradas na forma de várias isoenzimas, variando no tipo de substrato doador de
elétrons utilizado, estabilidade térmica, peso molecular, ponto isoelétrico e propriedades
imunológicas (ROBINSON, 1991). A peroxidase do ascorbato (APX, EC 1.11.1.1) é a
29
mais importante na detoxificação do H2O2 catalisando sua redução usando o poder
redutor do ácido ascórbico (NOCTOR; FOYER, 1998).
Essas enzimas promovem um grande número de reações e
consequentemente possuem uma versatilidade que não é excedida por nenhuma outra
enzima. Existem vários compostos fenólicos, além da vitamina C que podem ser
oxidados pelas peroxidases na presença de uma pequena quantidade de peróxido de
hidrogênio. Devido à diversidade dos compostos suscetíveis à oxidação causada por
essas enzimas, a variedade de produtos formados (os quais promovem as características
indesejáveis citadas) é muito extensa (ROBINSON, 1991).
Como as peroxidases, a catalase (CAT, EC 1.11.1.6) é uma enzima que
participa na remoção de peróxidos, mais especificamente convertendo o peróxido de
hidrogênio em água e oxigênio molecular. As plantas possuem várias isoformas de
catalase, as quais estão presentes nos peroxissomas e glioxissomas. As catalases podem
ser divididas em três classes: catalases da classe 1 removem o H2O2 produzido durante a
fotorespiração em tecidos fotossintéticos; catalases da classe 2 são produzidas em
tecidos vasculares e podem exercer uma função de lignificação, mas sua exata função
biológica permanece desconhecida; e na classe 3, estão as catalases presentes
abundantemente em sementes e plantas jovens e cuja atividade está relacionada à
remoção do H2O2 produzido durante a degradação dos ácidos graxos, no glioxissoma.
Segundo Oliveira et al. (2011) a atividade dessa enzima em frutos de aceroleira varia de
3,91 a 137,73 µmol H2O2. mg -1 proteína. min-1.
A dismutase do superóxido (SOD, EC, 1.15.1.1) é uma metaloenzima
existente em vegetais em três isoformas, manganês-SOD (Mn-SOD), Ferro-SOD (Fe-
SOD) e cobre-zinco-SOD (CuZn-SOD), as quais diferem entre si pelo tipo de metal
utilizado como cofator (SANTOS et al., 2000; MORAN et al., 2003). Essa enzima
catalisa a dismutação do radical superóxido (O2•-) a peróxido de hidrogênio (H2O2). As
plantas, normalmente, têm Cu/Zn. Oliveira et al. (2011) determinaram a atividade da
SOD em polpa dos frutos da aceroleiras de diferentes cultivares que variava entre 75 e
415 UAE.mg de proteína-1.
30
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Obtenção e manuseio das amostras
Os frutos de aceroleira utilizadas neste trabalho foram provenientes do
Campo Experimental de Pacajus distante 50 km de Fortaleza-CE, pertencente à
Embrapa Agroindústria Tropical. Essa é uma região de transição entre o litoral e o
semiárido com latitude 4º 11' 26,62'' S, longitude 38º 29' 50,78'' W e altitude de 60
metros acima do nível do mar. Os pomares foram cultivados sob irrigação (60 L/planta),
adubação foi feita com superfosfato simples (100 g/planta) e cloreto de potássio (100
g/planta). e a pluviosidade referente ao período de 2011 está demonstrada na Tabela 3.
Tabela 3 - Pluviosidade durante o ano de 2011 no município de Pacajus, CE.
Pluviosidade (mm)
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Total 286.9 187.5 184.3 349.0 203.6 25.2 58.0 21.6 1.2 61.4 10.0 0.0
Máx. 53.4 57.0 33.0 81.4 85.0 17.6 27.8 20.0 1.2 34.0 4.5 0.0
Mín. 1.4 0.7 1.0 0.4 4.0 1.6 8.0 1.6 1.2 0.2 1.5 0.0
Fonte: FUNCEME - Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, 2012.
Os frutos de três clones de aceroleiras ‘FS (Flórida Sweet)’, ‘Flor Branca’ e
‘BRS 366’ foram colhidos manualmente no período de março a maio de 2011. A
colheita dos frutos foi realizada em diferentes estádios de maturação com base na cor da
casca: frutos imaturos com coloração totalmente verde (I), maturidade fisiológica com
coloração predominantemente verde (II), coloração predominantemente vermelho (III) e
coloração totalmente vermelho (IV) (Figura 6). Os frutos foram acondicionados em
caixas de colheita forradas com espuma de poliestireno e transportados para Fortaleza –
CE.
31
Figura 6 - Frutos dos clones da aceroleira ‘Flor Branca (FB)’, ‘FS’ e ‘ BRS 366’ em
quatro estádios de desenvolvimento.
Fonte: Kellina Oliveira de Souza, 2012.
4.2. Condução do experimento
No laboratório de Fisiologia e Tecnologia Pós-Colheita da Embrapa
Agroindústria Tropical em Fortaleza-CE, os frutos foram separados em três repetições
com aproximadamente 400 g e inicialmente analisados quanto às variáveis físicas.
Então, a polpa dos frutos foi extraída e processada utilizando uma centrífuga doméstica
Walita®. A polpa foi analisada quanto às variáveis físico-químicas e compostos
antioxidantes no laboratório da Embrapa e quanto à atividade das enzimas antioxidantes
e atividade antioxidante total no Laboratório de Bioquímica e Fisiologia de Frutos do
Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal do Ceará
também em Fortaleza-CE.
FB
FS
BRS 366
32
4.3. Análises físicas
4.3.1. Peso
Foi determinado em balança semi-analitica e os resultados expressos em
gramas (g).
4.3.2. Firmeza
Foi realizada nos frutos íntegros com penetrômetro manual Magness-Taylor
modelo FT 02 usando ponteiras de 2 mm de diâmetro. Foram feitas duas leituras por
fruto em lados opostos, sendo o resultado expresso em N.
4.3.3. Cor
Foi determinada utilizando um colorímetro portátil (Konica Minolta,
modelo: CR-400), o qual nos forneceu os valores de L* (luminosidade), a* e b*, através
de duas leituras efetuadas em pontos aproximadamente equidistantes. Juntos estes três
parâmetros definem a intensidade da cor conforme a CIE (Commission Internacionale
de L’Eclaraige), de acordo com a metodologia descrita por McGuire (1992).
4.4. Análises físico-químicas e químicas
4.4.1. Acidez titulável (AT)
Determinou-se por titulometria conforme AOAC (2005). A polpa (1,0 g) foi
diluída em 50 mL de água destilada e titulada com uma solução de NaOH (0,1 N) até
pH 8,1 em titulador potenciométrico, sendo os resultados expressos em percentagem de
ácido málico.
33
4.4.2. Sólidos solúveis (SS)
Foi determinada de acordo com a metodologia recomendada por AOAC
(2005). A polpa foi filtrada em papel de filtro e o conteúdo de sólidos solúveis foi
medido em um refratômetro digital Atago® modelo PR-101 Pallete, sendo os resultados
expressos em oBrix.
4.4.3. Relação sólidos solúveis e acidez titulável (SS/AT)
Essa relação SS/AT foi obtida através da razão entre os valores de sólidos
solúveis e da acidez titulável.
4.4.4. Açúcares (A)
Determinados pelo método da Antrona segundo Yemn e Willis (1954). Utilizou-
se 1,0 g (estádios I e II) e 0,5 g (estádios III e IV) de polpa diluída em 50 mL de água
destilada. A absorbância foi medida em espectrofotômetro Varian® Cary com
comprimento de onda de 620 nm e o resultado expresso em percentagem (%).
4.4.5. pH
Foi medido diretamente na polpa utilizando um potenciômetro digital
Mettler® DL 12, conforme metodologia recomendada pela AOAC (2005).
34
4.5. Compostos antioxidantes
4.5.1. Flavonóides amarelos e antocianinas totais
Foram determinadas conforme metodologia de Francis (1982). A polpa (0,5
g) foi suspensa em 20 mL de etanol-HCl 1,5 N, na proporção 85:15. As amostras foram
processadas utilizando um homogeneizador de tecidos Turrax® por 2 min e transferidas
para um balão volumétrico âmbar de 25 mL, aferindo-se o volume com a solução
extratora. O conteúdo do balão foi acondicionado em frasco âmbar e deixado descansar
por 12 h em refrigerador a 4 °C. Posteriormente, o material foi filtrado utilizando papel
de filtro qualitativo 80 g.m-2 e o filtrado teve sua absorbância a 374 nm e a 532 nm para
os flavonóides amarelos e antocianinas totais, respectivamente. O conteúdo de
flavonóides amarelos e de antocianinas totais foram calculados utilizando coeficiente de
extinção molar 76,6 e 96 L mol-1 cm-1, respectivamente e os resultados expressos em
mg.100g-1 de polpa.
4.5.2. Vitamina C total
Foi determinada por titulação direta com solução de Tillman (2,6-dicloro-
fenol-indofenol, 0,02% - DFI) de acordo com Strohecker e Henning (1967). Amostras
(0,2 g) da polpa foram diluídas em 25 mL de ácido oxálico 0,5%. Então, 2,0 mL dessa
solução foram diluídos em 50 mL de água destilada e titulados com solução de Tillman
até mudança de cor permanente. Os resultados foram expressos em mg.100g1 de polpa.
35
4.5.3. Polifenóis extraíveis totais e Atividade antioxidante total (AAT)
O extrato utilizado para determinar o conteúdo de polifenóis extraíveis
totais (PET) e a atividade antioxidante total foi obtido conforme metodologia de
Larrauri, Ruperez e Saura-Calixto (1997). Amostras (1,0 g) de polpa foram suspensas
em 4,0 mL de metanol 50%, homogeneizadas e deixadas em repouso por 1 h, à
temperatura ambiente. Posteriormente, o material foi centrifugado a 16.000 g, por 15
min, a 20 °C e o sobrenadante recolhido. O precipitado dessa extração foi ressuspenso
em 4,0 mL de acetona 70%, homogeneizado, deixado em repouso por 1 h em ambiente
e então, centrifugado a 16.000 g por 15 min, a 20 °C. O sobrenadante foi recolhido,
colocado em balão volumétrico junto ao primeiro e o volume aferido para 10 mL com
água destilada, sendo considerado o extrato para as análises a seguir.
O conteúdo de polifenóis extraíveis totais (PET) foi determinado pelo
método de Folin-Ciocalteau (OBANDA; OWUOR, 1997) adaptado por Rufino et al.,
(2006). As leituras das absorbâncias foram realizadas a 700 nm. O conteúdo de PET foi
calculado com base em uma curva padrão de doses crescentes de ácido gálico 98% (0 –
50 µg), utilizado como referência, e os resultados foram expressos em mg de ácido
gálico equivalente (AGE) 100g-1 de polpa.
A atividade antioxidante total (AAT) foi determinada pelo método ABTS
conforme metodologia desenvolvida por Re et al. (1999) adaptada por Rufino et al.
(2006). A técnica envolve a produção direta do radical cromóforo ABTS.+ através da
reação de oxidação entre a solução ABTS (2,2’-azinobis-3-etilbenzotiazolina-6-ácido
sulfônico) 7 mM com a solução de persulfato de potássio 140 mM mantida no escuro à
temperatura ambiente por 12 h. A solução ABTS.+ foi diluída em etanol absoluto para
uma absorbância de 0,70 ± 0,02 a 734 nm. A leitura espectrofotométrica foi realizada
exatamente após 6 min, a partir da mistura do radical com o extrato em um
comprimento de onda de 734 nm. Utilizou-se uma alíquota de 30 µL de amostra e 3 mL
de radical ABTS•+. A curva gerada a partir dos valores das absorbâncias e das
concentrações das amostras foi calculada. Os valores da AAT foram obtidos
substituindo-se o valor de y na equação da reta pela absorbância equivalente a 1.000 µM
Trolox, sendo os resultados expressos em µM Trolox. g-1 polpa.
36
4.6. Atividade das enzimas antioxidantes
4.6.1. Extrato enzimático
Alíquotas (1,0 g) da polpa foram diluídas em 5,0 mL de tampão fosfato de
potássio 0,1M (pH 7,0) contendo ácido etilenodiamino tetra-ácetico (EDTA) 0,1 mM, e
centrifugadas a 3248 g por 40 minutos a 4 °C, segundo Yang, Zheng e Cao (2009). O
sobrenadante (extrato enzimático) foi utilizado para determinar o conteúdo de proteínas
totais e a atividade das enzimas antioxidante.
4.6.2. Conteúdo de proteínas solúveis totais
Foi determinado segundo Bradford (1976) utilizando como padrão albumina
sérica bovina – BSA (SIGMA). Alíquotas (0,1 mL) do extrato enzimático foram
adicionadas a 1,0 mL do reagente de Bradford e homogeneizadas em agitador Vortex®.
Após 15 min, as absorbâncias foram medidas a 595 nm e os resultados expressos em mg
de proteína g-1 de polpa.
4.6.3. Dismutase do superóxido (SOD)
Foi determinada segundo Giannopolitis e Ries (1977) baseada na
fotorredução do azul de nitrotetrazolio (NBT) pela luz na presença de riboflavina e
metionina. Alíquota de 0,05 mL do extrato enzimático foi diluída em 1,0 mL do tampão
fosfato de potássio a 50 mM, (pH 7,8) contendo EDTA 0,1 mM e metionina 19,5 mM.
Na ausência de luz, foram adicionados 0,15 mL de NBT 750 mM e 0,3 mL de
riboflavina 10 mM. A mistura de reação foi exposta à luz sob uma lâmpada fluorescente
de 20 W por 15 min e a absorbância monitorada a 560 nm. Os resultados foram
expressos em UAE mg-1 de proteína, considerando que uma unidade de atividade
enzimática (UAE) é definida como a quantidade da enzima da SOD necessária para
promover 50% de inibição da taxa de fotorredução do NBT (BEAUCHAMP;
FRIDOVICH, 1971).
37
4.6.4. Catalase (CAT)
Foi determinada conforme método descrito por Beers Jr e Sizer (1952), com
base na redução do peróxido de hidrogênio (H2O2). Em banho-Maria a 30 °C, o tampão
fosfato de potássio 0,1 M (pH 7,0) contendo EDTA 0,1 mM foi aquecido durante 5 min
e após, foram adicionados 0,06 mL de H2O2 0,5 M e 0,03 mL do extrato enzimático,
iniciando a reação. A atividade da CAT foi monitorada pelo decréscimo na absorbância
a 240 nm durante 10 min e quantificada utilizando o coeficiente de extinção molar do
H2O2 (36 M-1. cm-1). Os resultados foram expressos em µmol H2O2 mg-1 de proteína
min-1.
4.6.5. Peroxidase do ascorbato (APX)
Foi determinada conforme metodologia descrita por Nakano e Asada (1981)
baseada na oxidação do ascorbato pelo peróxido de hidrogênio (H2O2). Em banho-Maria
a 30 °C, o tampão fosfato de potássio 50 mM (pH 6,0) contendo EDTA 0,05 mM foi
aquecido durante 5 min e após, foram adicionados 0,05 mL de H2O2 0,03 M, 0,05 mL
de ácido ascórbico 15 mM e 0,02 mL do extrato enzimático, iniciando a reação. A taxa
de oxidação do ascorbato pelo H2O2 foi monitorada pelo decréscimo da absorbância a
290 nm durante 10 min sendo quantificada como Índice de Oxidação do Ascorbato
utilizando o coeficiente de extinção do ascorbato (2,8 mM-1. cm-1). Os resultados foram
expressos em µmol H2O2 mg-1 de proteína min-1.
38
4.7. Delineamento experimental e análise estatística
O experimento foi desenvolvido em um delineamento inteiramente
casualizados em regime fatorial 3 x 4 (clones x estádios de desenvolvimento). As
amostras foram divididas em 3 repetições, cada uma representando uma unidade
experimental com 400 g de frutos e as análises foram realizadas em triplicata.
Os resultados foram relatados como média ± desvio padrão. Os dados foram
submetidos à análise de variância (ANOVA) realizada com auxílio do software
SISVAR versão 3.01 e as médias das análises foram comparadas pelo teste de Tukey a
0,05 de significância. Análise de correlação de Pearson da atividade antioxidante versus
compostos e enzimas antioxidantes foi realizada para cada clone.
39
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Qualidade pós-colheita e compostos antioxidantes não enzimáticos
Mudanças importantes relacionadas com a melhoria da qualidade dos frutos
ocorreram nas variáveis físico-químicas durante o desenvolvimento de frutos de
aceroleira, as quais caracterizam os processos de crescimento, maturação e
amadurecimento.
Observou-se um aumento gradativo do peso individual dos frutos com o
avanço da maturação em todos os clones dos frutos da aceroleira estudados (FIGURA
7). O menor peso do fruto totalmente verde (estádio I) foi encontrado no clone Flor
Branca (5,35 g) e o maior peso no BRS 366 (6,86 g); nos frutos completamente
maduros (estádio IV) o clone BRS 366 mais uma vez destacou-se possuindo 13,16 g de
peso total, resultado bastante promissor devido a atração que o tamanho do fruto exerce
sobre os consumidores. Esse valor é superior ao encontrado por Moura et al. (2002) que
encontraram frutos maduros com peso de até 11,75 g; já os clones FS e Flor Branca
apresentaram um menor peso total, com 7,85 e 6,11 g, respectivamente. Em trabalho
realizado por Moura et al. (2007), onde foram analisadas características físicas de 45
clones de aceroleiras, apenas 7% dos frutos apresentaram peso superior a 10 g. Esses
resultados comprovam a grande diversidade genética dessa espécie.
Figura 7 - Peso dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes estádios de
desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE, 2011.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
I II III IV
Pes
o (g
)
Estádios
FS
FB
BRS 366
40
A importância do peso também está diretamente relacionada ao rendimento
de polpa, que representa 80% do seu peso total e é um dos principais produtos de
comercialização (CARVALHO, 2000).
A firmeza é considerada um dos principais atributos que garantem a
qualidade e aceitabilidade de frutos in natura (MANRIQUE; LAJOLO, 2004). De um
modo geral, os frutos avaliados perderam firmeza no decorrer do processo de maturação
(FIGURA 8).
Figura 8 - Firmeza dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes estádios de
desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE, 2011.
Apesar das citações existentes caracterizarem os frutos como de polpa
macia e suculenta, epicarpo fino e delicado (MARINO NETO, 1986; ALVES, 1992;
ALVES, 1996), poucos estudos são encontrados na literatura relacionando valores
numéricos com a firmeza de frutos da aceroleira. A média geral obtida por Moura et al.
(2007) foi de 3,59 N para os 45 clones de aceroleira analisados no estádio maduro.
Com o amadurecimento dos frutos de aceroleira houve mudanças
significativas nos valores de L*, a* e b*, os quais determinam a relação entre a cor e o
estádio de maturação do fruto. O índice de luminosidade (L*) representa o brilho numa
escala que varia de 0 (preto) a 100 (branco) e diminuiu gradualmente com o
amadurecimento, de 59,97 (FS) no estádio I para 36,57 (BRS 366) no estádio IV
(TABELA 4). Adriano et al. (2011), estudando a qualidade de frutos de aceroleira em
dois estádios de maturação, observaram que com o avanço da maturação, a
luminosidade diminuiu. Esses resultados estão corroborando com os obtidos por
Oliveira (2012) que avaliou as alterações durante o desenvolvimento de frutos de clones
0
1
2
3
4
5
6
7
8
I II III IV
Fir
mez
a (N
)
Estádios
FS
FB
BRS 366
41
de aceroleiras, onde a variação foi de 58,02 no fruto verde imaturo (BRS 236) a 37,05
no fruto maduro (II 47/1).
Tabela 4 – Parâmetros de cor (L* – luminosidade; a* – verde ao vermelho; b* – azul ao
amarelo) dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes estádios de
desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE, 2011.
Clone Estádio Cor
L* a* b*
FS
I 59,97 ± 4,24Ca -20,75 ± 2,26Aa 42,18 ± 2,64Ca
II 62,08 ± 7,03Cab -6,55 ± 9,34Ba 38,66 ± 4,63Ca
III 52,90 ± 5,87Ba 16,65 ± 11,16Ca 31,65 ± 3,70Ba
IV 37,85 ± 3,23Aa 36,75 ± 4,51Da 23,15 ± 5,34Aa
Flor branca
I 58,79 ± 4,41Ca -19,46 ± 1,19Aa 42,03 ± 2,10Ca
II 58,58 ± 4,72Ca -5,11 ± 9,66Ba 41,54 ± 4,40BCa
III 52,65 ± 0,72Ba 14,53 ± 7,66Ca 36,43 ± 5,40Bb
IV 37,26 ± 3,10Aa 37,43 ± 4,20Da 22,47 ± 4,25Aa
BRS 366
I 59,93 ± 2,31Ca -18,18 ± 2,34Aa 40,41 ± 2,63Ba
II 63,56 ± 8,57Cb -1,92 ± 10,10Bb 42,38 ± 8,56Ba
III 53,17 ± 4,94Ba 31,36 ± 5,15Ca 38,25 ± 6,0Bb
IV 36,57 ± 3,63Aa 37,34 ± 4,69Ca 22,59 ± 10,42Aa
Estádios de maturação: "I" totalmente verde; "II" predominantemente verde; “III” predominantemente vermelho; “IV” totalmente vermelho. Para cada variável, letra maiúscula diferente indica diferença estatística em P<0.05 entre os estádios de acordo com teste de Tukey. Para cada variável, diferente letra minúscula indica diferença estatística em P<0.05 entre as cultivares de acordo com teste de Tukey. Os dados representam a média de 3 repetições ± desvio padrão.
Com relação ao índice a*, o qual representa mudança da cor verde para
vermelha, os frutos de clones de aceroleira apresentaram um aumento significativo com
o amadurecimento como resultado da degradação da clorofila e evidenciado pelo
acúmulo do conteúdo de antocianinas totais, variando de -20,75 (estádio I) até 37, 43
(estádio IV) (TABELA 4). O índice b* (TABELA 4), que indica mudança da cor azul
para amarela, decaiu significativamente com o amadurecimento (de 42,18 para 22,47).
Os frutos no estádio maduro apresentaram valores de b* menores do que a*
42
demostrando uma menor intensidade da cor amarela em relação ao vermelho. Resultado
semelhante foi observado por Adriano et al. (2011) e Oliveira (2012).
Essa mudança é desejável já que o mercado busca frutos com coloração
avermelhada, os quais são mais atrativos aos consumidores. Na indústria de sucos e
polpas, a intensidade da cor é importante, pois será a primeira impressão dada ao
consumidor. Segundo o IBRAF (1995) a indústria aceita frutos dos frutos da aceroleira
com coloração mais de 80% rosada, passando para vermelho.
Durante o amadurecimento, o conteúdo de sólidos solúveis (SS) aumentou
significativamente, sendo maior no estádio IV (FIGURA 9). Os frutos do clone FS
apresentaram os maiores valores (9,46 °Brix) enquanto, os do clone BRS 366 (6,33
°Brix), o menor. De acordo com Shwartz et al. (2009), SS é uma das variáveis mais
utilizadas para caracterizar a qualidade das frutas e aumentos semelhantes no conteúdo
de SS em frutos de aceroleira também foram relatados por Nogueira et al. (2002),
Adriano et al. (2011) e Oliveira (2012).
Figura 9 – Sólidos solúveis dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes estádios
de desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE, 2011.
Silva (2008) estudando a qualidade em frutos de variedades de aceroleira
encontrou teor de sólidos solúveis superior ao encontrado nesse trabalho, 11,70 °Brix no
clone FS. Recentemente, em estudo com clones de aceroleira foi demonstrado que o
conteúdo de SS estava positivamente correlacionado com o conteúdo de polifenóis e de
antocianinas (OLIVEIRA et al., 2011).
0
2
4
6
8
10
12
I II III IV
SS (
°Bri
x)
Estádios
FS
FB
BRS 366
43
O amadurecimento de frutos é caracterizado pelo desenvolvimento do sabor,
para uma melhora na doçura, como resultado do acúmulo de SS e declínio da acidez. O
aumento do conteúdo de SS pode ser explicado pela hidrólise de polissacarídeos como o
amido, bem como pela gluconeogênese, enquanto a diminuição da acidez pode resultar
do consumo de ácidos orgânicos como substrato na respiração, levando a um aumento
na relação açúcar/ácido (PRASANNA; PRABHA; THARANATHAN, 2007).
Assim como os sólidos solúveis, o conteúdo de açúcares (A) aumentou
significativamente com o avanço da maturação, de 1,60% (estádio I) a 6,03% (estádio
IV) (FIGURA 10). O clone FS apresentou o maior conteúdo (6,03%), no estádio IV,
enquanto que os clones Flor Branca e BRS 366 não diferiram estatisticamente entre si e
apresentaram conteúdo de açúcares de 2,75 e 2,32%, respectivamente.
Figura 10 – Açúcares dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes estádios de
desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE, 2011.
0
2
4
6
8
10
12
I II III IV
A (
%)
Estádios
FS
FB
BRS 366
44
Esses resultados discordam de França e Narain (2003), onde o conteúdo de
açúcares não diferiu estatisticamente entre os frutos verdes e maduros, mas estão de
acordo com Hanamura (2008). Conforme Chitarra e Chitarra (2005) há uma relação
direta entre os sólidos solúveis e a concentração de açúcares, justificando assim o alto
valor de sólidos solúveis encontrado no clone FS. Segundo Kluge et al. (2002) e
Cocozza (2003), os açúcares constituem a maior parte dos sólidos solúveis encontrados
em frutos, podendo ocorrer consideráveis variações no seu conteúdo de acordo com a
cultivar, tipo de solo, condições climáticas, entre outros fatores.
A acidez titulável (AT) também foi avaliada como uma medida da qualidade
dos frutos (FIGURA 11). Durante o amadurecimento dos frutos dos clones de
aceroleiras houve uma diminuição significativa da acidez, uma vez que, geralmente, os
ácidos orgânicos diminuem durante a maturação quando são usados como substratos
respiratórios ou convertidos em açúcares. Os frutos maduros do clone FS destacaram-se
com uma menor acidez de 0,61% ácido málico. O clone BRS 366 apresentou a maior
acidez, variando de 1,46% ácido málico (estádio I) a 1,06 % (estádio IV).
Figura 11 – Acidez titulável dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes estádios
de desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE, 2011.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
I II III IV
AT
(%
)
Estádios
FS
FB
BRS 366
45
Esses resultados estão de acordo com Moura et al. (2002), França e Narain
(2003) e Brunini et al. (2004). A acidez obtida por Oliveira (2012) foi superior aos
determinados no presente trabalho. Referindo-se ao suco dos frutos da aceroleira,
Asenjo (1980) afirma que a acidez varia proporcionalmente ao conteúdo de ácido
ascórbico, embora não seja uma relação linear, o que indica a presença de outros ácidos,
como o málico.
Conforme descrito anteriormente, a relação SS/AT define o sabor da fruta e,
em frutos de aceroleiras, o seu sabor ligeiramente ácido é evidenciado pela baixa
relação SS/AT observada, quando comparada com a da banana, 8,26 (THAIPHANIT;
ANPRUNG, 2010). Dentre os clones de aceroleira estudados, os frutos maduros do FS
apresentaram a maior relação SS/AT, 15,42 (FIGURA 12).
Figura 12 – Relação SS/AT dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes estádios
de desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE, 2011.
A literatura reporta valores inferiores ao encontrado para esse clone.
Matsuura et al. (2001) encontraram valor máximo de 11,59 e o maior valor obtido por
Aguiar (2001) foi 14,38.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
I II III IV
SS/A
T
Estádios
FS
FB
BRS 366
46
Os valores do pH aumentaram ligeiramente, com excessão do BRS 366,
durante a maturação do fruto da aceroleira de 3,17 para 3,68 (FIGURA 13). O valores
do pH variaram pouco entre os clones de aceroleira e tendiam a estar diretamente
relacionado com o decréscimo da acidez (FIGURA 11), ocorrida com o avanço da
maturação dos frutos. Um aumento nos valores de pH durante o desenvolvimento do
fruto da aceroleira foi também observado por Nogueira et al. (2002), França e Narain
(2003), Adriano (2011) e Oliveira (2012) durante a maturação de frutos de aceroleiras.
Estes resultados sugerem a existência de um saldo líquido devido às diferenças
apresentadas no grau de dissociação do ácido ascórbico, o qual diminuiu ao longo do
amadurecimento e dos outros ácidos orgânicos que podem ter aparecido durante a
maturação.
Figura 13 - pH dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes estádios de
desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE, 2011.
O conteúdo de vitamina C (FIGURA 14) decaiu durante o amadurecimento
de 1.501,17 a 2.534,06 mg. 100 g-1 polpa no estádio verde (I) para 862,86 a 1363,70
mg. 100 g-1 polpa no estádio maduro (IV). Entre os clones estudados, destaca-se o BRS
366 por apresentar maior conteúdo de vitamina C nos estádios I e IV, respectivamente.
Embora, o FS tenha se destacado nas características de qualidade anteriormente
descritas, ficou abaixo do mínimo exigido pelo IBRAF (1995) (1.200 mg.100 g-1 de
polpa), com 862,86 mg.100 g-1 de polpa. Este resultado concorda com os de diversos
autores (MOURA et al., 2007; NOGUEIRA et al., 2002; OLIVEIRA, 2012).
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
I II III IV
pH
Estádios
FS
FB
BRS 366
47
Figura 14 – Vitamina C dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes estádios de
desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE, 2011.
O decréscimo da vitamina C durante o processo de maturação dos frutos
ocorre devido a atuação da enzima ácido ascórbico oxidase (ascorbato oxidase), isolada
em frutos de aceroleira por Asenjo et al. (1960), os quais verificaram que a atividade
enzimática é maior nos frutos maduros.
Apesar do decréscimo registrado, os frutos de clones de aceroleira ainda
apresentaram elevados conteúdos de vitamina C. A vitamina C como ácido ascórbico e
suas formas oxidadas estão abundantemente presentes nas células vegetais e exercem
muitas funções biológicas que incluem o controle redox e a atividade antioxidante
(KULKARNI; ARADHYA, 2005; SHWARTZ et al., 2009). Além disso, a ingestão de
5 a 10 frutos de aceroleira podem suprir as necessidades de uma pessoa adulta em
condições de estresse que necessita de 1.000 a 1.500 mg de vitamina C (NATIONAL
ACADEMY OF SCIENCE, 2004)
5.2. Compostos fenólicos
O conteúdo de polifenóis extraíveis totais (PET) diminuiu
significativamente durante o desenvolvimento dos frutos de aceroleira (FIGURA 15). O
clone Flor Branca apresentou o maior conteúdo de polifenóis, 4.338,89 mg GAE. 100 g-
1 polpa no estádio I, enquanto que o clone BRS 366 apresentou o maior conteúdo no
estádio IV, 2.631,34 mg GAE.100 g-1 de polpa.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
I II III IV
Vit
C(m
g 10
0 g-1
)
Estádios
FS
FB
BRS 366
48
Figura 15 – Polifenóis extraíves totais dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes
estádios de desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE,
2011.
Segundo Kulkarni e Aradhya (2005), a diminuição no conteúdo de
polifenóis durante o amadurecimento reduz a adstringência do fruto, o que consiste em
uma qualidade sensorial desejável. Esse declínio evidenciado pode ser devido a sua
polimerização ou oxidação pela atividade da enzima polifenoloxidase (SHWARTZ et
al., 2009).
Lima et al. (2005) e Oliveira (2012) estudaram diferentes genótipos de
aceroleira em diferentes estádios de desenvolvimento e também relataram uma
diminuição significativa no conteúdo de polifenóis durante o amadurecimento.
Comportamento semelhante também foi relatado em outros frutos, como romã
(SHWARTZ et al., 2009), Vaccinium macrocarpon (CELIK et al., 2008) e goiaba
(BASHIR; ABU-GOUKH, 2003).
Um estudo relatou que compostos fenólicos são eficientes contribuintes para
atividade antioxidante total dos alimentos que os contêm, embora sua relevância
nutricional seja incerta pela sua pobre absorção e rápida metabolização, associada a sua
limitada ação antioxidante in vivo (ZULUETA et al., 2007).
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
I II III IV
PE
T(m
g A
GE
. 100
g-1
)
Estádios
FS
FB
BRS 366
49
Flavonóides representam um grupo de compostos fenólicos incluindo as
antocianinas com funções fisiológicas na reprodução de plantas e mecanismos de defesa
contra microorganismos e fotooxidação, além de contribuir para as características de
qualidade de produtos alimentares frescos e transformados, incluindo adstringência,
sabor, textura e cor (HARUENKIT et al., 2010; VVEDENSKAYA; VORSA, 2004).
A intensa cor vermelha característica do fruto da aceroleira (TABELA 4),
um dos mais importantes indicadores de maturação e de qualidade comestível, é devida
aos pigmentos antociânicos sintetizados durante o amadurecimento dessa fruta. O
conteúdo de antocianinas se manteve baixo até o estádio predominantemente vermelho
(III) apresentando, no entanto, um rápido aumento com o amadurecimento (estádio IV)
(FIGURA 16). Entre os clones avaliados, o maior conteúdo de antocianinas no fruto foi
apresentado pelos frutos do clone Flor Branca com 12,37 mg. 100g-1 polpa, embora o
parâmetro de cor vermelho intenso não foi tão elevado nesse clone, e sim no BRS 366
no estádio maduro (TABELA 4).
Figura 16 – Antocianinas totais dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes
estádios de desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE,
2011.
0
2
4
6
8
10
12
14
I II III IV
AnT
(mg
100
g-1)
Estádios
FS
FB
BRS 366
50
O acúmulo de antocianinas durante a maturação também foi encontrado em
ameixa (USENIK et al., 2008), romã (SCHWARTZ et al., 2009) e Vaccinium
macrocarpo (CELIK et al., 2008). Estudo realizado por Musser et al. (2004) mostrou
que o conteúdo de antocianinas em frutos de aceroleira variava com a cultivar entre 3,8
à 47,4 mg. 100 g-1 polpa. Esses resultados corroboram com Oliveira (2012) que estudou
o desenvolvimento de clones de aceroleiras no qual, com o desenvolvimento, o
conteúdo de antocianinas variou de 0,19 a 17,72 mg. 100 g-1 de polpa.
Segundo Oliveira (2012) e Hanamura, Uchida e Aoki (2008), na fase final
do amadurecimento do fruto da aceroleira, o intenso aumento do conteúdo de
antocianinas totais a torna o principal polifenol presente nos frutos maduros.
Durante o desenvolvimento do fruto da aceroleira, o conteúdo de
flavonóides amarelos variou de modo associado à mudança de cor observada no fruto
com o amadurecimento (FIGURA 17). Os frutos dos clones de aceroleira estudados
apresentaram pequena variação no conteúdo de flavonóides amarelos com o
desenvolvimento, destacando-se no estádio maduro, o clone Flor Branca com o maior
(9,82 mg. 100 g-1 polpa) conteúdo. Contudo e apesar deste clone ter apresentado o
maior conteúdo de flavonóides amarelos, possivelmente outros pigmentos se destacam
como as antocianinas, determinando a sua cor vermelha resultante do amadurecimento.
Castrejón et al. (2008) relataram que a biossíntese de flavonóides está fortemente
associada com os estádios do desenvolvimento.
51
Figura 17 – Flavonóides amarelos dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes
estádios de desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE,
2011.
Silva (2008) avaliando a qualidade de frutos de variedades de aceroleiras obteve valor inferior ao encontrado nesse trabalho para o clone BRS 366 (3,68 mg.100 g-1 de polpa) no estádio maduro. Vendramini e Trugo (2000), analisando frutos de aceroleiras provenientes do Rio Grande do Norte, encontraram conteúdo de flavonóides amarelos de 11,02 mg.100 g-1 de polpa, para o clone Flor Branca.
5.3. Atividades das enzimas antioxidantes
Sendo o amadurecimento de frutos descrito como um fenômeno oxidativo,
surgiram indagações como, se o aumento do estresse oxidativo que acompanha o
amadurecimento estaria associado a uma redução da capacidade de catabolizar as
ERO’s pelas enzimas antioxidantes. Pois, observamos que em frutos de aceroleiras os
componentes antioxidantes não enzimáticos não são os únicos responsáveis pela
neutralização das ERO’s. Assim, a atividade das enzimas antioxidantes foi determinada
durante o desenvolvimento do fruto da aceroleira.
As enzimas antioxidantes catalase (CAT) e peroxidase do ascorbato (APX)
estão envolvidas com a neutralização de H2O2 nas células vegetais. Os resultados
mostram que a atividade da CAT difere significativamente entre os clones (FIGURA
18). Com o amadurecimento foi observado um declínio significativo na atividade em
todos os clones. O clone Flor Branca apresentou maior atividade no estádio I (9.544,43
0
2
4
6
8
10
12
I II III IV
FA
(mg
100
g-1)
Estádios
FS
FB
BRS 366
52
µmol H2O2. mg-1 proteína. min-1). No entanto, os frutos dos clones FS e BRS 366,
apresentaram atividade bastante elevada, principalmente, no estádio I. A diminuição na
atividade da CAT foi também relatada por Oliveira (2012).
Figura 18 – Atividade da catalase dos frutos dos clones de aceroleiras em diferentes
estádios de desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA, Pacajus-CE,
2011.
A CAT é uma importante enzima na proteção contra danos oxidativos
(MITTLER, 2002), onde sua presença nos clones estudados pode ser benéfica, não só
do ponto de vista fisiológico como também da manutenção da qualidade das polpas.
A atividade da peroxidase do ascorbato (APX) diminuiu significativamente
com o desenvolvimento em todos os clones analisados (FIGURA 19). Embora a APX
seja considerada a principal forma de proteção das células vegetais contra a ação de
peróxido de hidrogênio (ASADA, 1992), os resultados aqui apresentados não mostram
isso, pois como pode-se verificar, os valores da atividade dessa enzima foi de modo
geral bastante inferior aos da catalase (CAT), sendo a CAT possivelmente a principal
eliminadora do peróxido de hidrogênio e outras ERO’s nas polpas dos clones
analisados.
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
I II III IV
CA
T(µ
mol
H2O
2 m
g-1P
rote
ína.
min
-1)
Estádios
FS
FB
BRS 366
53
Figura 19 – Atividade da peroxidase do ascorbato dos frutos dos clones de aceroleiras
em diferentes estádios de desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA,
Pacajus-CE, 2011.
O clone Flor Branca foi o que apresentou a maior atividade (26,04 µmol
H2O2. mg-1 proteína. min-1) no estádio verde e o clone BRS 366 (8,04 µmol H2O2. mg-1
proteína. min-1) no estádio maduro. Esses dados foram inferiores aos encontrados por
Oliveira (2012), onde os valores da atividade variaram de 94,59 a 365,38 µmol H2O2.
mg-1 proteína. min-1, sendo estes valores inferiores aos da atividade da CAT.
A enzima dismutase do superóxido (SOD), pertence a uma classe de
metaloenzimas que catalisa a degradação do ânion superóxido (O2.-) em peróxido de
hidrogênio (H2O2) e oxigênio (O2), sendo considerada uma defesa essencial contra a
potencial toxicidade do oxigênio (HUANG et al., 2007). Ao longo do desenvolvimento
do fruto da aceroleira, a atividade da enzima SOD diminuiu significativamente
(FIGURA 20). Apesar da redução observada, no estádio maduro, os frutos dos clones de
aceroleira FS e BRS 366 apresentaram maior atividade da SOD (532,09 e 519,53 UAE.
mg-1 proteína, respectivamente) quando comparada as observadas por Oliveira et al.
(2011) que encontraram atividade de 415,0 UAE. mg-1 proteína nos frutos do clone
BRS 152. A redução da atividade da SOD ocorreu de forma mais intensa nos frutos do
clone Flor Branca, de 3.330,50 para 373,09 UAE. mg-1 proteína.
0
5
10
15
20
25
30
35
I II III IV
AP
X(µ
mol
H2O
2 m
g-1P
rote
ína.
min
-1)
Estádios
FS
FB
BRS 366
54
Figura 20 – Atividade da dismutase do superóxido dos frutos dos clones de aceroleiras
em diferentes estádios de desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA,
Pacajus-CE, 2011.
Wang e Jiao (2001) observaram que durante o amadurecimento e
senescência de amora preta tanto a atividade das enzimas SOD, CAT, APX como o
conteúdo de antioxidantes não enzimáticos como ácido ascórbico decresciam levando a
um desequilíbrio oxidativo que resultava em danos às membranas biológicas e a
integridade dos tecidos do fruto, característicos dessas etapas do desenvolvimento.
Assim, os mesmos autores postularam que frutos com melhores sistemas enzimáticos
antioxidantes apresentavam uma redução nos danos às membranas o que estava
relacionado com maiores períodos de conservação pós-colheita devido a retardos na
senescência.
O sistema de defesa enzimático antioxidante presente nos frutos de
aceroleiras analisados parece estar relacionado à remoção de radicais livres gerados pelo
estresse oxidativo, como um mecanismo de proteção contra as ERO’s.
A atividade antioxidante total (AAT) para os três clones de aceroleira foi
significativamente reduzida durante o desenvolvimento (FIGURA 21) e a maior AAT
foi observada nos frutos no estádio verde (I). Estes resultados podem ser justificados
pela redução ocorrida nos conteúdos de vitamina C e de polifenóis (Figuras 14 e 15).
No estádio maduro, o clone BRS 366 apresentou o maior valor com 42,36 µM Trolox.
g-1 polpa, podendo estar associado ao elevado conteúdo de vitamina C e de polifenóis
totais observado nesse clone.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
I II III IV
SOD
(UA
E m
g-1P
rote
ína)
Estádios
FS
FB
BRS 366
55
Righetto et al. (2005) também atribuíram a atividade antioxidante total em
frutos de aceroleira não somente ao seu alto conteúdo de vitamina C, mas também ao
compostos fenólicos. Em estudo realizado por Oliveira et al. (2011) foi observado que a
AAT de aceroleiras estava fortemente correlacionada com o conteúdo de SS, assim
como os polifenóis e a vitamina C. Oliveira (2012) estudando o desenvolvimento de
frutos de clones de aceroleiras verificou também uma diminuição na atividade
antioxidante total em todos os clones estudados durante o amadurecimento, e encontrou
atividade variando de 59,75 a 160,46 µM Trolox. g-1 polpa.
Figura 21 – Atividade antioxidante total dos frutos dos clones de aceroleiras em
diferentes estádios de desenvolvimento, oriundos do jardim clonal da EMBRAPA,
Pacajus-CE, 2011.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
I II III IV
AB
TS
(µM
Tro
lox
g-1M
F)
Estádios
FS
FB
BRS 366
56
5.4. Correlação de Pearson dos compostos e enzimas antioxidantes com a atividade antioxidante total
Na análise de correlação de Pearson (TABELA 5), pode-se verificar que a
vitamina C, os polifenóis e a atividade da catalase e da dismutase do superóxido
contribuíram de forma direta para a atividade antioxidante total, onde foi verificada uma
correlação fortemente positiva para os polifenóis (p < 0,01; r ≥ 0,95) em todos os
clones analisados. A atividade da peroxidase do ascorbato também teve correlação
positiva com a AAT no clone Flor Branca (p < 0,01; r = 0,79).
Tabela 5 - Correlação entre as variáveis antioxidantes e a atividade antioxidante total através do coeficiente de correlação de Pearson durante o desenvolvimento de frutos de três clones de aceroleiras oriundos do jardim clonal da Embrapa Agroindústria Tropical, Pacajus-CE, 2011.
Variáveis Correlação com AAT (µM Trolox. g-1 polpa)
FS Flor Branca BRS 366
VC (mg.100 g-1 polpa) 0,721** 0,761** 0,997**
FA (mg.100 g-1 polpa) - - -
AnT (mg.100 g-1 polpa) - - -
PET (mg GAE.100 g-1 polpa) 0,959** 0,969** 0,989**
CAT (µmol H2O2.mg-1 proteína.min-1) 0,900** 0,982** 0,964**
APX (µmol H2O2.mg-1 proteína.min-1) - 0,790** -
SOD (UAE mg-1 proteína) 0,844** 0,982* 0,764*
Vitamina C (VC), Flavonoides Amarelos (FA); Antocianinas Totais (AnT); Polifenois Extraiveis Totais (PET); Catalase (CAT); Peroxidase do Ascorbato (APX); Dismutase do Superóxido (SOD); Atividade Antioxidante Total (AAT). *Correlação significativa ao nivel 5% de probabilidade. **Correlação significativa ao nível de 1% de probabilidade.
Segundo Du et al. (2009), a atividade antioxidante total teve forte correlação
com o conteúdo de polifenóis e vitamina C, em kiwi. Rufino et al. (2010), ao analisarem
a correlação entre os compostos bioativos e atividade antioxidante total pelo método
ABTS em dezoito espécies frutíferas tropicais, obtiveram correlações positivas e
significativas para o conteúdo de vitamina C (r = 0,70, p<0,01) e de compostos
fenólicos (r= 0,92, p<0,01). Entretanto, não foi obtida correlação significativa para o
conteúdo de antocianinas e flavonóides amarelos.
57
6. CONCLUSÃO
Dentre os frutos dos clones estudados o BRS 366 apresentou o maior conteúdo de
vitamina C e de fenólicos totais no estádio verde, podendo ser considerado de interesse
para a indústria que usa extratos bioativos dos frutos da aceroleira.
O clone BRS 366 destacou-se ainda pela coloração vermelha, já no estádio III, sendo
uma característica atrativa para os consumidores.
O clone FS destacou-se pelo elevado conteúdo de sólidos solúveis e açúcares totais,
sendo o clone mais indicado para consumo in natura.
A enzima catalase foi a que apresentou a maior atividade, mostrando ser a principal
enzima responsável pelo sistema de defesa antioxidante em frutos de aceroleira.
Com o amadurecimento dos frutos dos clones de aceroleiras o metabolismo antioxidante
foi inibido como um todo, devido à redução no conteúdo de vitamina C, fenólicos totais
e pela diminuição da atividade das enzimas antioxidantes, refletindo na atividade
antioxidante total.
58
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADRIANO, E.; LEONEL, S.; EVANGELISTA, R. M. Qualidade de fruto da aceroleira
cv. Oliver em dois estádios de maturação. Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal, SP, v.
especial, p. 541-545, 2011.
AGRIANUAL: anuário da agricultura brasileira. São Paulo: FNP Consultoria e
Comércio, 2010. 520 p.
AGUIAR, L. P. β-caroteno, vitamina C e outras características de qualidade dos
frutos da aceroleira, caju e melão em utilização no melhoramento genético. 2001.
87 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos), Universidade Federal do
Ceará, Fortaleza. 2001.
ALLEN, R. G. & VONKAHAJ, V. S. Oxidants and antioxidants in development and
differentiation. J. Nutr.,122: 631-635, 1992.
ALVES, R. E. Acerola (Malpighia emarginata D.C.): Fisiologia da maturação e
armazenamento refrigerado sob atmosfera ambiente e modificada. Lavras: ESAL,
1993. 99f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade Federal de Lavras,
Minas Gerais, 1993.
ALVES, R. E. Características das frutas para exportação. In: MINISTERIO Da
AGRICULTURA, DO ABASTECIMENTO E DA REFORMA AGRARIA. Acerola
para exportação: procedimentos de colheita e pós-colheita. Brasília:
EMBRAPA/FRUPEX, 1996. P. 9-21.
ALVES, R. E. Cultura do fruto da aceroleira. In: DONADIO, L. C.; MARTINS, A.
B. G.; VALENTE, J. P. Fruticultura Tropical. Jaboticabal: FUNEP, 1992, p. 15-37.
ALVES, R.E. Características das frutas para exportação. In: NETTO, A.G.; ARDITO,
E.F.G.; GARCIA, E.E.C.G.; BLEINROTH, E.W.; FREIRE, F.C.O.; MENEZES, J.B.;
BORDINI, M.R.; SOBRINHO, R.B.; ALVES, R.E. Acerola para exportação:
59
procedimentos de colheita e pós-colheita. MAARA/SDR – Brasília: EMBRAPA – SPI,
1996, 30p. (EMBRAPA – SP, Publicações Técnicas Frupex, 21).
ALVES, R.E. Cultura do fruto da aceroleira. In: DONADIO, L.C.; MARTINS, A.B.G.;
VALENTE, J.P. (editores). Fruticultura Tropical. Jaboticabal: FUNEP, 1992. p.15-37.
ALVES, R.E.; BRITO, E.S.; RUFINO, M.S.M.; SAMPAIO, C.G. Antioxidant activity
measurement in tropical fruits: a case study with acerola. Acta Horticulturae. v. 773,
p. 299-306, 2008.
ALVES, R.E.; MENEZES, J.B. Botânica da aceroleira. In: SÃO JOSÉ, A.R.; ALVES,
R.E. (Ed.). Acerola no Brasil: produção e mercado. Vitória da Conquista, BA:
DFZ/UESB, 1995.160p.
ANGELO, P.M.; JORGE, N. Compostos fenólicos em alimentos – Uma breve revisão.
Instituto Adolfo Lutz. v. 66, n. 1, p. 1-9, 2007.
ANTONIALI S; LEAL PAM; MAGALHÃES AM; FUSIKI RT; SANCHES J.
Respiração de pimentão amarelo sob influência do estádio de maturação e da
temperatura de armazenamento. Horticultura Brasileira 24: 71-74. 2006.
ARANHA, F.Q.; MOURA, L.S.A.; SIMÕES, M.O.S. et al. Normalização dos níveis
séricos de ácido ascórbico por suplementação com suco dos frutos da aceroleira
(Malpighia glabra L.) ou farmacológica em idosos institucionalizados. Revista de
Nutrição, Campinas, v.17, n.3, p.309-317, 2004.
ARAÚJO, P.S.R. de.; MINAMI, K. Acerola. Campinas: Fundação Cargill, 1994. 8 p
ARCHIVIO, M.; FILESI, C.; BENEDETTO, R.; GARGIULO, R.; GIOVANNINI, C.;
MASELLA, R. Polyphenols, dietary sources and bioavailability. Ann Ist Super
Sanità, Roma, v. 43, n. 4., p. 348-361., 2007
ARUOMA, O.I. Methodological considerations for characterizing potential antioxidant
actions of bioactive components in plant foods. Mutation Research. 523-524: 9-20,
2003.
60
ASADA, K. Ascorbate peroxidase- a hydrogen peroxide- scavenging enzyme plants.
Physiologia plantarum, v. 85, p. 235-241, 1992.
ASENJO, C. F. Acerola. In: NAGY, S. SHAW, P. E. Tropical e subtropical fruits:
composition, properties and uses. Westport: AVI, 1980. p. 341-374.
ASENJO, C. F.; PENALOZA, A.; MEDINA, P. Characterization of ascorbase present
in the fruit of the Malphigia punicifolia L. Federation of America Societies for
Experimental Biology. Bethesda, v.29, n. 1, p.1, 1960.
ASENJO, C.F. Aspectos químicos y nutritivos de lo fruto da aceroleira
(M. punicifolia L.). Ciencia, México, v.19, n.6/7, p.109-118, 1959.
ASENJO, C.F. Aspectos químicos y nutritivos de lo fruto da aceroleira (Malpighia
punicifolia L.). Ciência, México, v. 19, n. 6-7, p. 219, 1946.
ASENJO, C.F.; FREIRE de GUZMAN, A.R. The High Ascorbic Acid Content of the
West Indian Cherry. Science, 103 (1946), p. 219.
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official methods of
analysis of the association of official analytical chemists. 18.ed. Maryland. 2005.
BALASUNDRAM, N.; SUNDRAM, K.; SAMMAN, S. Phenolic compounds in plants
and agri-industrial by-products: Antioxidant activity, occurrence and potential uses.
Food Chemistry, v. 99, p. 191-203, 2006.
BASHIR, H.A.; ABU-GOUKH, A.A. Compositional changes during guava fruit
ripening. Food Chemistry. v. 80, p. 557-563, 2003.
BATISTA, M.S.; FIGUEIREDO, R.M.F.; QUEIROZ, A.J.M. Parâmetros físicos e químicos do fruto da aceroleira (Malphigia punicifolia, L.) em diferentes fases de maturação. Rev.Bras. de Produt. Agroindustriais, Campina grande, v.2, n.2, p.19-24, 2000.
61
BEAUCHAMP, C.O. and FRIDOVICH. I. Superoxide dismutase: improved assays and
an assay applicable to acrylamide gels. Anal. Biochem. 44: 276-287. 1971.
BEERS, Jr R.F.; SIZER I.W. A Spectrophotometric method for measuring the
breakdown of hydrogen peroxide by catalase. J. Biol. Chem., v. 195, p.133-140, 1952.
BEZERRA, J.E.F.; LEDERMAN, I.E.; CARVALHO, P.S.; MELO NETO, M.L.
Avaliação de clones de aceroleira na região do vale do rio Moxotó-PE. I - Plantas
juvenis. In: Congresso brasileiro de fruticultura, 13., 1994, Salvador. Anais. Salvador:
SBF, 1994. p.85.
BLEINROTH, E.W. et al. Tecnologia pós-colheita de frutas tropicais. Campinas: ITAL, 1992. 203 p.
BRADFORD, M.M. A rapid and sensitive method for the quantitation of microgram quantities of protein utilizing the principle of protein dye binding. Analytical Biochemistry, v.72, p.248-254, 1976.
BRAVO, L. Polyphenols: chemistry, dietary sources, metabolism and nutritional
significance. Nutrition Reviews. v. 56, p. 317-333, 1998.
BRUNINI, M. A. et al. Caracterização física e química dos frutos da aceroleiras
provenientes de diferentes regiões de cultivo. Revista Brasileira de Fruticultura, v.
26, n. 3, p. 486-489, 2004.
BUENO, S. M. R. V.; GRACIANO, R. A. S.; FERNANDES, E. C. B.; GARCIA-
CRUZ, C. H. Avaliação da qualidade de polpas de frutas congeladas. Rev. Inst. Adolfo
Lutz, São Paulo, v. 62, n. 2, p. 121-126, 2002.
CALBO, A. G.; MORETTI, C. L.; HENZ, G. P. Uso do porômetro em estudos de
pós-colheita de frutas e hortaliças. Brasília, DF: Embrapa Hortaliças, 2007. 12
p. (Embrapa Hortaliças. Comunicado Técnico, 52).
62
CAMEJO, D.; MARTÍ, M.C.; ROMÁN, P.; ORTIZ, A.; JIMÉNEZ, A. Antioxidant
system and proteína pattern in peach fruits at two maturation stages. Journal of
Agricultural and Food Chemistry. v. 58, p.11140-11147, 2010.
CARPENTIERI-PÍPOLO, V.; PRETE, C.E.C.; GONZALEZ,M.G.N. et al. Novas
cultivares dos frutos da aceroleira (Malpighia emarginata D.C.). UEL 3 (Dominga) -
UEL 4 (Lígia) - UEL 5 (Natália). Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal,
v.24, n.1, p.124-126, 2002.
CARVALHO, R.A. Análise econômica da produção dos frutos da aceroleira no
município de Tomé-Açú, Pará. Belém: Embrapa Amazônia Oriental (Documento, 49),
2000. 21p.
CASTREJÓN, A.D.R.; EICHHOLZ, I.; ROHN, S.; KROH, L.W.; HUYSKENS-KEIL,
S. Phenolic profile and antioxidant activity of highbush blueberry (Vaccinium
corymbosum L.) during fruit maturation and ripening. Food Chemistry. v. 109, p. 564-
572, 2008.
ÇELIK, H.; ÖZGEN, M.; SERÇE, S.; KAYA, C. Phytochemical accumulation and
antioxidante capacity at four maturity stages of cranberry fruit. Scientia Horticulturae.
v. 117, p. 345-348, 2008.
CHEN, P. M.; SPOTTS, R. A.; VARGA, D. M.; CERVANTES, L. A. Ripening
behavior and combined fungicide and prestorage heat effects on decay control of ‘Bosc’
pears in air or step-wise low oxygen storage. Postharvest Biology an Technology,
Amsterdam, v. 6, p. 235-248, 1995.
CHINNICI, F., BENDINI, A., GAIANI, A., RIPONI, C., 2004. Radical scavenging
activities of peels and pulps from cv. golden delicious apples as related to their phenolic
composition. Journal of Agricultural and Food Chemistry 52, 4684–4689, 2003.
CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutas e hortaliças:
fisiologia e manuseio. 2 ed. Lavras: UFLA, 2005. 785 p.
63
CLIFFORD, M.N. Understanding the biological effects of dietary complex phenols and
tannins and their implications for the consumer0s health and well being. (Report of the
European project FAIR-CT95-0653. European Community Programme for Research,
Technological Development and Demonstration in the field of Agriculture and
Fisheries). 1995.
COCOZZA, F. del M. Maturação e conservação de manga Tommy Atkins à
aplicação pós-colheita de 1-metilciclopropeno. 2003. 198 f. Tese (Doutorado em
Tecnologia de Pós-Colheita) - Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 2003.
COSTA, C.; SANTOS, C.; NASCIMENTO, S. C.; MOURA, M.; SOUZA, K.; ASSIS,
D. Gravidez na adolescência: associação de variáveis sócio demográficas e biomédicas
materna com resultado neonatal. Rev. baiana saúde pública, 2005; 29(2):300-312.
COSTA, M. J. C.; TERTO, A.L.Q.; SANTOS, L.M.P. et al. Efeito da Suplementação
com acerola nos níveis sanguíneos de vitamina C e de hemoglobina em crianças pré-
escolares. Revista Nutrição, Campinas, v.14, n.l, p.13-20, 2001.
COUCEIRO, C.M. Curso de extensão sobre a cultura do fruto da aceroleira. Recife:
UFRPE, 1985. 45 P.
DIPLOCH, A. Antioxidant nutrients and disease prevention an overview. Am. J. Clin.
Nutr., 53, 189-193, 1991.
DU, G.; LI, M.; MA, F.; LIANG, D. Antioxidant capacity and relationship with
polyphenol and vitamin C in Actinidia fruits. Food Chemistry, Barking, v. 113, p. 557-
562, 2009.
FAGUNDES, G.R.; YAMANISHI, O.K. Características físicas e químicas de frutos de
mamoeiro do grupo 'Solo' comercializados em 4 estabelecimentos de Brasília-
DF. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.23, n.3, 2001.
64
FAO. Oficina Regional para América Latina y el Caribe (Tabla de composición de
alimentos de América Latina). 2007. Disponível em:
<http://www.rlc.fao.org/bases/alimento/grupo.htm> Acesso em 10 de abril de 2012.
FENNEMA, O.R. Química de los alimentos. Zaragoza : Acribia, 1993. 1095p.
FERREIRA, M.D. (Ed.). Tecnologias pôs-colheita em frutas e hortaliças. São Carlos,
SP: Embrapa Instrumentação, 2011. 286 p.
FIORUCCI, A. R.; SOARES, M. H.; SOARES, F. B.; CAVALHEIRO, É. T. G. Ácidos
orgânicos. Química Nova na Escola, n. 15., 2002.
FONSECA, M.J.de O.; LEAL, N.R.; CENCI, S.A.; CECON, P.R.; BRESSAN-SMITH,
R.E.; BALBINO, J.M. de S. Evolução dos pigmentos durante o amadurecimento de
mamão ‘Sunrise Solo’ e ‘Golden’. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 29, p. 451-
455, 2007.
FORNASIERI, J.L.; SCALON, S.P.Q. Temperatura e atmosfera modificada na conservação pós-colheita dos frutos da aceroleira. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 18, 2004, Florianopolis. Anais...Florianopolis: CBF, 2004. 1 CD-ROM.
FRANÇA, V. C.; NARAIN, N. Caracterização química dos frutos de três matrizes dos
frutos da aceroleira (Malpighia emarginata). Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.
23, n. 2, p. 157-160, 2003.
FRANCIS, F.J. Analysis of anthocyanins. In: MARKAKIS, P. (ed.). Anthocyanins as
food colors. New York: Academic Press, 1982. p.181-207.
FRANKE, A. A. et al. Inhibition of neoplastic transformation and bioavailability of
dietary flavonoid agents. In: MANTHEY, J. A.; BUSLIG, B. S. Flavonoids in the
living system. New York: Plenum, 1998. p.60.
65
FREIRE, F.C.O. Doenças do fruto da aceroleira no Brasil. In: SÃO JOSÉ, A.R.;
ALVES, R.E. Acerola no Brasil: produção e mercado. Vitória da Conquista:
DFZ/UESB, 1995. p. 71-76.
GAMARRA, F. M. C.; LEME, G. C.; TAMBOURGI, E. B.; BITTENCOURT, E.
Extração de corantes de milho (Zea mays L.). Ciência Tecnológica de Alimentos,
Campinas, v.29., n.1., p. 62-69., 2009.
GAVA, A. J. Princípios de tecnologia de alimentos. São Paulo: Nobel, 1999. 284p.
GIANNOPOLITIS, C.N.; RIES, S.K. Superoxide Dismutase. I. Occurrence in higher
plants. Plant Physiology, V. 59, P. 309-314, 1977.
GIEHL, M. R.; BOSCO, S. M. D .; LAFLOR, C. M.; WEBER, B.Eficácia dos
flavonóides da uva, vinho tinto e suco de uva tinto na prevenção e no tratamento
secundário da aterosclerose. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 17., n.3., p.145-155.,
2007.
GLASER, R.; RABIN, B.; CHESNEY, M.; COHEN, S.; NATELSON, B.
Stressinduced immunomodulation: implications for infectious diseases. Jama . v. 28, n.
2268 - 2270, 2000.
GOMES JÚNIOR, J.; MENEZES, J.B.; NUNES, G.H.S.; COSTA, F.B. SOUZA, P.A.
Qualidade pós-colheita de melão tipo cantaloupe, colhido em dois estádios de
maturação. Horticultura Brasileira. Brasília, v.19, n.3, p.356-360, 2001.
GOMES, J. C. Análise de alimentos. Viçosa: UFV, 1996. 126p.
GOMES, J.E.; PAVANI, M.C.M.D.; PERECIN, D.; MARTINS, A.B.G. Morfologia
floral e biologia reprodutiva de genótipos de aceroleira. Scientia Agricola, v. 58, n.3, p.
519-523, jul./set. 2001.
66
GONZAGA NETO, L.; MATHUZ, B.; SANTOS, C.A.F. Caracterização agronômica de
clones de aceroleira (Malpighia spp) na região do submédio São Francisco. Revista
Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal , v.21, n.2, p.110-115, 1999.
GOODE, H. F. & WEBSTER, N. R. Free radicals and antioxidants in sepsis. Crit. Care
Med., 21 (1): 1770-1776, 1993.
GUILLAND JC, LEQUEU B. As vitaminas do nutriente ao medicamento. São
Paulo: Santos; 1995.
HALLIWEL, B.; et al. Free radicals, antioxidants, and human disease: Where are we
now? J. Lab. Clin. Med., 119: 568-620, 1992.
HALLIWELL, B.; GUTTERIDGE, J. M. C. Free Radical Biology and Medicine (4th
ed.). Oxford: Oxford University Press. 2007.
HANAMURA, T., HAGIWARA, T., KAWAGISHI, H. Strustural and functional
characterization of polyphenols isolated from acerola (Malpighia emarginata DC.) fruit.
Bioscience Biotechnology Biochemistry 69 (2), 280–286. 2005
HANAMURA, T; USHIDA, E; AOKI, H. Changes of the composition in acerola
(Malpighia emarginata D.C) fruit in relation to cultivar, growing region and maturity.
Journal of the Science of Food and Agriculture. v. 88, p. 1813–1820, 2008.
HAPONIK, C. A.; REBOLÇAS, A. F.; PAIVA, W. O. de; ALMEIDA, A.da. S.;
MOSCA, J. L.; SILVA, de. O.; ALVES, R. E. Seleção de Progênie de Melões ‘Tupã’
para a Qualidade e Valor Nutricional. Proceedings of the Flórida State Horticultural
Society , Flórida, n.47., p.58-60., 2003.
HARUENKIT, R.; POOVARODOM, S.; VEARASILP, S.; NAMIESNIK, J.;
SLIWKAKASZYNSKA, M.; PARK, Y.S.; HEO, B.G.; CHO, J.Y,.; JANG, H.G,.;
GORINSTEIN, S. Comparison of bioactive compounds, antioxidant and
antiproliferative activities of Mon Thong durian during ripening. Food Chemistry. v.
118, p. 540–547, 2010.
67
HASSIMOTO, N.M.A.; GENOVESE, M.I.; LAJOLO,F.M. Antioxidant activity of
dietary fruits, vegetables and commercial frozen fruit pulps. Journal of Agricultural
and Food Chemistry. v. 53, p. 2928-2935, 2005.
HEIJNEN, C. G. et al. Protection of flavonoids against lipid peroxidation: the structure
activity relationship revisited. Free Rad. Res., v. 36, 575-581, 2002.
HEIM, K.E. et al. Flavonoid antioxidants: chemistry, metabolismo and structure activity
relationships. J. Nutr. Biochem, v.13, p.572-584, 2002.
HERTOG, M. G. L. et al. Flavonoid intake and longterm risk of coronary heart disease
and cancer in the Seven Countries study. Arch. Intern. Med., v.155, p.381-386, 1995.
HERTOG, M. G. L.; FESKENS, E. J. M.; KROMHOUT, D. Antioxidant flavonols and
coronary heart disease risk. Lancet, v.349, p.699-699, 1997.
HOBSON, G. E.; GRIERSON, D. Tomato. In: SEYMOUR, G. B.; TAYLOR, J. E.;
TUCKER, G. A. (Ed.). Biochemistry of fruits ripening. London: Champman & Hall,
1993. Cap.13, p. 405-442.
HUANG, R.; XIA, R.; HU, L.; LU, Y.; WANG, M. Antioxidant activity and
oxygenscavenging system in orange pulp during fruit ripening and maturation. Scientia
Horticulturae, v. 113, p. 166 - 172, 2007.
IBPGR- International Board for Plant Genetic Resources. Directory of germoplasm
collections: 6.II - temperate fruits and tree. Rome, 1989. 296p.
INSTITUTO BRASILEIRO DE FRUTAS – IBRAF. Soluções fruta a fruta: acerola.
São Paulo: IBRAF, 1995.
INSTRUÇÃO NORMATIVA. Fixação dos Padrões de Identidade e Qualidade para
Polpa de Frutas. Instrução Normativa nº 1 de 07/01/2000. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Brasília, nº 6, 10/01/2000. p54-58.
68
ITOO, S., AIBA, M., ISHIHATA, K. Comparison of ascorbic acid content in acerola
fruit from different region depend on degree of mature, and its stability by processing.
Journal of the Japanese Society for Food Science and Technology 37, 726–729. 1990.
JACKSON, J.C.; PENNOCK, W. Fruit and vitamin C production of five and six years
old acerola trees. Journal of Agricultural University of Puerto Rico, v.42, p.196-199,
1958.
JONES, D. P. et al. Impact of nutrients on cellular lipid peroxidation and antioxidant
defense system. Fundam Appl Tocoxicol 26: 1-17, 1995.
KING, A.; YOUNG, G. Characteristics and occurrence of phenolic phytochemicals.
Journal of the American Dietetic Association, v. 50, p. 213-218, 1999.
KNEKT, P. et al. Dietary flavonoids and the risk of lung cancer and other malignant
neoplasms. Am. J. Epidemiol., v.146, p.223-230, 1997.
KOLAYLI, S., KUCUK, M., DURAN, C., CANDAN, F., DINCER, B., Chemical and
antioxidant properties of Laurocerasus officinalis Roem. (Cherry Laurel) fruit grown in
the Black Sea Region. Journal of Agricultural and Food Chemistry 51, 7489–7494.
KLUGE, R. A. et al. Fisiologia e manejo pós-colheita de frutas de clima temperado.
Campinas: Livraria e Editora Rural, 2002. 214 p.
KULKARNI, A.; ARADHYA, S.M. Chemical changes and antioxidant activity in
pomegranate arils during fruit development. Food Chemistry. v. 93, p. 319-324, 2005.
KUSKOSKI, E.M.; ASUERO, A.G.; MORALES, M.T.; FETT, R. Frutos tropicais
silvestres e polpas de frutas congeladas: atividade antioxidante, polifenóis e
antocianinas, Ciência Rural, v.36, n.4, jul-ago, 2006.
KUSKOSKI, E.M.; ASUERO, A.G.; TRONCOSO, A.M.; MANCINI-FILHO, J.;
FETT, R. Aplicacion de diversos métodos químicos para determinar actividad
69
antioxidant en pulpa de frutos. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.25, n.4, p.726-
732, 2005.
LACAN, D.; BACCOU, J. High levels of antioxidant enzymes correlate with delayed
senescence in nonnetted muskmelon fruits. Planta, v. 204, p. 377-382, 1998.
LARRAURI, J. A.; RUPÉREZ, P.; SAURA-CALIXTO, F. Effect of drying temperature
on the stabilitity of polyphenols and antioxidant activity of red grape pomace peels. J.
Agric. Food Chem. v.45, p. 1390-1393.1997.
LIM, Y.Y.; LIM, T.T.; TEE, J.J. Antioxidant properties of several tropical fruits: A
comparative study. Food Chemistry. v. 103, p. 1003-1008, 2007.
LIMA, V. L. A. G. de; MÉLO, E. de A. ; MACIEL, M. I. S.; LIMA, D. E. da S.
Avaliação do teor de antocianinas em polpa dos frutos da aceroleira congelada
proveniente de frutos de 12 diferentes aceroleiras (Malpighia emarginata. D.C.).
Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 23, n. 1, p. 101-103, 2003.
LIMA, V. L. A. G.; MELO, E. A.; LIMA, L. S. et al. Polpa congelada dos frutos da
aceroleira: efeito da temperatura sobre os teores de antocianinas e flavonóis totais.
Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 24, n. 3, p. 669-670, 2002.
LIMA, V. L. A. G.; PINHEIRO, I. O.; NASCIMENTO, M. S.; GOMES, P. B.;
GUERRA, N. B. Identificação de antocianidinas em frutos de aceroleiras do banco ativo
de germoplasma da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Ciência e Tecnologia
de Alimentos, Campinas, v. 26, n. 4, p. 927-935, out./dez. 2006.
LIMA, V.L.A.G.; MÉLO, E.A.; MACIEL, M.I.S.; PRAZERES, F.G.; MUSSER, R.S.;
LIMA, D.E.S. Total phenolic and carotenoid contents in acerola genotypes harvested at
three ripening stages. Food Chemistry. v. 90, p. 565-568, 2005.
LOPES, R.; BRUCKNER, C.H.; LOPES, M.T.G. Polinização e vingamento de frutos
em aceroleira (Malpighia punicifolia L.). Revista brasileira de fruticultura, v.22, n.3,
p. 314-317, 2000.
70
LOPES, R.; PAIVA, J.R. Aceroleira. In: BRUCKNER, C.H. Melhoramento de
fruteiras tropicais. Editora Universidade Federal de Viçosa/UFV, p. 63-99, 2002.
LURIE, S. Antioxidants. In: Hodges, D.M. Postharvest oxidative stress in horticultural
crops. New York: Food Products Press p. 131-150, 2003.
MAIA, G.A.; SOUSA, P.H.M.; SANTOS, G.M. et al. Efeito do processamento sobre
componentes do suco dos frutos da aceroleira. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.
27, n.1, p.130-134, 2007.
MANICA, I. & CARVALHO, R.I.N. Acerola, pesquisa e extensão no Rio Grande do
Sul. In: SÃO JOSÉ,A.R. & ALVES,R.E. (Ed.) Acerola no Brasil, produção e
mercado. Vitória da Conquista, DFZ/UESB, p.133-141. 1995
MANRIQUE, G. D.; LAJOLO, F. M. Cell-wall polysaccharide modifications during
postharvest ripening of papaya fruit (Carica papaya). Postharvest Biology and
Technology, v. 33, n. 01, p. 11-26, 2004.
MAPA. Ministério da Agricultura e Abastecimento. Regulamento Técnico Geral para
MARCHIONI, D. M. L.; SLATER, B.; FISBERG, R. M. Aplicação das Dietary
Reference Intakes na avaliação da ingestão de nutrientes para indivíduos. Rev. Nutr.,
Campinas, v. 17, n. 2, p. 207-216, 2004.
MARCO, P. H.; POPPI, R. J.; SCARMINIO, I. S. Procedimentos analíticos para
identificação de antocianinas presentes em extratos naturais. Quím. Nova[online].
2008, vol.31, n.5, p. 1218-1223 .
MARINO NETTO, L. Acerola: a cereja tropical. São Paulo: Nobel; Dieberguer, 1986.
MARINO NETO, L. Acerola, a cereja tropical. São Paulo: Nobel, 1986. 94p.
71
MARTINS, C.G.M.; LORENZON, M.C.A.; BAPTISTA, J.L. Eficiência de tipos de
polinização em frutos de aceroleira. Caatinga, Mossoró, v.12, n.1, p. 55-59, dezembro,
1999.
MASIA A. (1998). Superoxide dismutase and catalase activities in apple fruit during
ripening and post-harvest and with special reference to ethylene. Physiologia
Plantarum 104 (4): 688-672.
MATSUURA, F.C.A.U., CARDOSO, R.L., FOLEGATTI, M.I.S., OLIVEIRA, J.R.P.,
OLIVEIRA, J.A.B., SANTOS, D.B. Avaliações físico-químicas em frutos de diferentes
genótipos dos frutos da aceroleira (Malpighia punicifolia L.). Revista Brasileira de
Fruticultura. Jaboticabal, SP, v.23, n.3, p.602-606, 2001.
McGUIRE, R. G. Reporting of objective colour measurements. HortScience,
Alexandria, v.27, n.12, p. 1254-1255, 1992.
MELLO, L. D.; KUBOTA, L. T.. Biosensors as a tool for the antioxidant status
evaluation. Talanta, 72, 335–348. 2007.
MELO, E. A.; MACIEL, M. I. S.; LIMA, V. L. A. G. de.; NASCIMENTO, R. J. do.
Capacidade antioxidante de frutas. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas,
São Paulo, v. 44., n.2., 2008.
MENEZES, J.B.; ALVES, R.E. Fisiologia e tecnologia pós-colheita do pedúnculo do
caju. Fortaleza, 1995. 20p. (EMBRAPA-CNPAT. Documentos, 17).
MEZADRI, T., FERNÁNDEZ-PACHÓN, M.S., VILLANO, D., GARCÍA-
PARRILLA, M.C., TRONCOSO, A.M. The acerola fruti: composition, productive
characteristics and economic importance. Archivos Latino-americanos de Nutrición.
56, 101–109. 2006.
MEZADRI, T.; VILLAÑO, D.; FERNÁNDEZ-PACHÓN, M.S.; GARCÍA-
PARRILLA, M.C.; TRONCOSO, A.M. Antioxidant compounds and antioxidante
72
activity in acerola (Malpighia emarginata D.C) fruits and derivatives. Journal of Food
Composition and Analysis. v. 21, p. 282-290, 2008.
MEZQUITA, P.C., VIGOA, Y.G., Lo fruto da aceroleira. Fruta marginada de América
con alto contenido en ácido ascórbico. Alimentaria 1, 113–125. 2000.
MILLER, N.J.; RICE-EVANS, C.A.; DAVIES, M.J.; GOPINATHAN, V.; MILNER,
A. A Novel method for measuring antioxidant capacity and its application to monitoring
antioxidant status in premature neonates. Clin. Sci. V.84, p.407-412, 1993
MITTLER, R. Oxidative stress, antioxidants and stress tolerance. Trends Plant Sci., 7
(2002), pp. 405–410.
MORAIS, P.L.D. de; LIMA, L.C. de O.; MIRANDA, M.R.A. de; ALVES, J.D.;
ALVES, R.E.; SILVA, J.D. Enzyme activities and pectin breakdown of sapodilla
submitted to 1-methylcyclopropene. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.43,
n.1, p.15-20, 2008.
MORAN, J.F.; JAMES, E.K.; RUBIO, M.C.; SARATH, G.; KLUCAS, R.V.;
BECANA, M.l Functional characterization and expression of a cytosolic iron-
superoxide dismutase from Cowpea root nodules. Plant Physiol, v. 133, p. 773–782,
2003.
MORTON, Julia F. Fruits of Warm Climates, Julia F. Morton, Publisher, 1987, p.
204-209.
MOURA, C. F. H.; ALVES, R. E.; PAIVA, J. R.; FIGUEIREDO, R. W.;
FILGUEIRAS, H. A. C.; QUEIROZ, D. L. Avaliações físicas e físico-químicas de
frutos de clones de aceroleira (Malpighia emarginata D.C.). Ciência Agronômica,
Fortaleza, v. 38, n. 1, p. 52- 57, 2007.
MOURA, C.F.H.; ALVES, R.E.; PAIVA, J.R. et al. Avaliação de clones de aceroleira
(Malpighia emarginata D.C.) na região da Chapada do Apodi-CE. In: CONGRESSO
73
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 17., 2002, Belém, Anais... Belém: SBF, 2002.
CD-ROM.
MURRAY, R.; GRANNER, D.; RODWELL, MAYESW. Bioquímica de Harper. Ed.
Manual Moderno, 1993.
MUSSER, R. D. S.; LEMOS, M. A.; DE LIMA, V. L. A. G.; MELO, E. D. A.;
LEDERMAN, I. E.; DOS SANTOS, V. F. Caracteristicas fisicoquimicas dos frutos da
aceroleira do banco ativo de germoplasma em Pernambuco. Ciência e Tecnologia de
Alimentos. v. 24, p. 556–561, 2004.
MUSSER, R. S.; LEMOS, M. A.; LIMA, V. L. A. G.; MELO, E. A.; LEDERMAN, I.
E.; SANTOS, V. F. Caracterização física e de produção dos frutos da aceroleira do
banco ativo de germoplasma em Pernambuco. Revista Brasileira de Fruticultura,
Jaboticabal, v. 27, n. 2, p. 320-323, agosto 2005.
NAGAMINE, L; AKIYAMA, T.; KAINUMA, M. et al. Effect of acerola cherry
extract on cell proliferation and activation of Rãs signal pathway at the promotion stage
of lung tumongenesis in mice. Journal of Nutritional Science and Vitaminology,
Tokyo, v.8, n.l, p.69-72, 2002.
NAKANO, Y.; ASADA, K. Hydrogen Peroxide is Scavenged by Ascorbate-Specific
Peroxidases in Spinach Chloroplast. Plant cell physiol., v. 22, p. 867-880, 1981.
NAKASONE, H.Y.; YAMANE, G.M.; MIYASHITA, R.K. Selection, evaluation, and
naming of acerola (Malpighia. glabra L.) cultivara. University of Hawaii. 1968.19p.
(Circular n. 65).
NARAYAN, M.S.; AKHILENDER NAIDU, K.; RAVISHANKAR, G.A., et al.
Antioxidant effect of anthocyanin on enzymatic and non-enzymatic lipid peroxidation.
Prostagiandins, Leukotrienes and Essential Fatty Acids, v. 60, n.1, p. 1-4, 1999.
NATIONAL ACADEMIES Of SCIENCES. Dietary Reference Intakes for Vitamin C,
Vitamin E, Selenium, and Carotenoids. Washington: National Academies Press, 2000.
74
Disponível em: <http://www.ksre.ksu.edu/humannutrition/vitamin%20DRIs.pdf>
Acesso em 03 abr. 2012.
NAZARÉ, R.F.R.; OLIVEIRA, M. do S.P.; CARVALHO, J.E.U. Avaliação de
progênies de açaizeiro como fonte de corantes naturais para alimentos. In:
Contribuição ao desenvolvimento da fruticultura na Amazônia. Belém, PA, 2006,
p. 79-84.
NEUHOUSER, M. L. Dietary flavonoids and cancer risk: evidence from human
population studies. Nutr. Canc., v.50, p.1-7, 2004.
NOCTOR, G.; FOYER, C.H. Ascorbate and glutathione keeping active oxygen under
control. Annu. Rev. Plant Physiol Plant Mol Biol. v.49, p.249-279. 1998.
NOGUEIRA, R. J. M. C.; MORAES, J. A. P. V.; BURITY, H. A.; SILVA JÚNIOR, J.
F. Efeito do estádio de maturação dos frutos nas características físico–químicas dos
frutos da aceroleira. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 37, n. 4, p. 463–
470, 2002.
NOGUEIRA, R.J.M.C. Expressões fisiológicas do fruto da aceroleira (Malpighia
emarginata DC.) em condições adversas. (Tese de doutorado). São Carlos, SP: UFSC,
1997. 205p.
OBANDA, M.; OWUOR, P.O. Flavanol composition and caffeine content of green leaf
as quality potential indicators of kenyan black teas. Journal of the science of food and
agriculture, Malden, Massachusetts, v. 74, n. 2, p. 209-215, 1997.
OLIVEIRA, L. S. O. Avaliação do metabolismo antioxidante durante o
desenvolvimento de frutos de clones de aceroleira e sapotizeiro. 2012. Tese
(Doutorado em Bioquímica) – Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará,
Fortaleza, 2012.
OLIVEIRA, L.S.; RUFINO, M.S.M.; MOURA, C.F.H.; CAVALCANTI, F.R.; ALVES,
R.E.; MIRANDA, M.R.A. The influence of processing and long-term storage on the
75
antioxidant metabolism of acerola (Malpighia emarginata D.C) purée. Brazilian
Journal of Plant Physiology. v. 23, n. 2, p. 151-160, 2011.
PAIVA, J. R.; ALVES, R. E.; BARROS, L. M.; CRISÓSTOMO, J. R.; MOURA, C. F.
H.; ALMEIDA, A. S. Seleção de clones dos frutos da aceroleira (Malpighia
emarginata) no Estado do Ceará, Brasil. Proc. Interamer. Soe. Trop. Hort., v. 47, p.
99-102, outubro 2003.
PAIVA, J. R.; CAVALCANTI, J. J. V.; NETO, H. S.; FREITAS, A. S. M., SOUSA, F.
H. L. Variabilidade genética em caracteres morfológicos de populações de plantas
jovens dos frutos da aceroleira. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 23,
n. 2, p. 350-352, 2001.
PAIVA, J.R.; ALVES, R.E.; BARROS, L.M. Melhoramento genético da aceroleira
(Malpighia emarginata D.C.) na Embrapa Agroindústria Tropical. In: Recursos
genéticos e melhoramento de plantas para o Nordeste Brasileiro. Petrolina:
Embrapa Semiárido/ Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 1999.
Disponível em: <http://www.cpatsa.embrapa.br> Acesso em: 17 de abril de 2012.
PETINARI, R. A.; TARSITANO, M. A. A. Análise Econômica da Produção dos frutos
da aceroleira para Mesa, em Jales-SP: Um estudo de caso. Revista Brasileira de
Fruticultura, Jaboticabal, v.24, n.2, p. 411- 415, agosto, 2002.
PRASANNA, V.; PRABHA, T.N.; THARANATHAN, R.N. Fruit ripening phenomena
- an overview. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, v.47, p.1-19, 2007.
PRIOR, R.L. Fruits and vegetables in the prevention of cellular oxidative damage.
American Journal of Clinical Nutrition, v. 78, p. 570-578, 2003.
RE, R., PELLEGRINI, N., PROTEGGENTE, A., PANNALA, A., YANG, M. & RICE-
EVANS, C. Antioxidant activity applying na improved ABTS radical cation
decolorization assay. Free radical Biology & Medicine. 26, 1231-1237, 1999.
76
RIGHETTO, A.M.; NETTO, F.M.; CARRARO, F. Chemical composition and
antioxidant activity of juices from mature and immature acerola (Malpighia
emarginata DC). Food Sci. Technol. Int., Washington,v.11, n.4, p.315-321, 2005.
RITZINGER, R.; KOBAYASHI, A. K.; OLIVEIRA, J. R. P. A cultura do fruto da
aceroleira. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2003. 198p.
RITZINGER, R.; RITZINGER, C.H.S.P. Acerola: aspectos gerais da cultura. Cruz das
Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, 2004. 2p. (Boletim Técnico)
ROBINSON, D. S. Peroxidases and their significance in fruits and vegetables, Food
enzymology, v. 1, p. 399–425, 1991.
ROESLER, R., MALTA, L.G., CARRASCO, L.C., PASTORE, G. Evaluation of the
antioxidant properties of the Brazilian cerrado fruit Annona crassiflora (Araticum).
Journal of Food Science 71, C102–C107, 2006
RUFINO, M. do S. M; ALVES, R. E.; BRITO, E. S. da; MANCINI FILHO, J.;
MOREIRA, A. V. B. Metodologia científica: determinação da atividade
antioxidante total em frutas no sistema β-caroteno/ácido linoléico. Comunicado
Técnico EMBRAPA. n. 126: Fortaleza, 2006
RUFINO, M. S. et al. Bioactive compounds and antioxidant capacities of 18 non-
traditional tropical fruits from Brazil. Food Chemistry, n. 121, p. 996-1002, 2010.
RUFINO, M.S.M.; ALVES, R.E.; BRITO, E.S.; MORAIS, S.M.; SAMPAIO, C.G.;
PÉREZ-JIMENEZ, J.; SAURA-CALIXTO, F.D. Metodologia Científica:
Determinação da atividade antioxidante total em frutas pela captura do radical
livre ABTS.+. Embrapa Agroindústria Tropical, 2006. 4 p. (Embrapa Agroindústria
Tropical. Comunicado Técnico, 128).
SANTOS, A. F. dos; SILVA, S.de M.; MENDONÇA , R. M. N.; ALVES, R. E.
Conservação pós-colheita de mangaba em função da maturação, atmosfera e
77
temperatura de armazenamento. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 29,
n. 1, p. 85-91, 2009.
SANTOS, G.M.; MAIA, G.A.; SOUSA, P.H.M.; COSTA, J.M.C.; FIGUEIREDO,
R.W.; PRADO, G.M. Correlação entre atividade antioxidante e compostos bioativos de
polpas comerciais de açaí (Euterpe oleracea Mart) Archivos Latinoamericanos de
Nutricion, vol. 58 Nº 2, 2008.
SANTOS, R.; HE´ROUART, D.; PUPPO, A.; TOUATI, D. Critical protective role of
bacterial superoxide dismutase in Rhizobium-legume symbiosis. Molecular
Microbiology, v. 38, p. 750–759, 2000.
SANTOS-SEREJO, J. A.; DANTAS, J. L. L.; SAMPAIO, C.V. ; COELHO, Y.S. .
Fruticultura Tropical: espécies regionais e exóticas. 1. ed. Brasília: Embrapa
Informação Tecnológica, 2009. 509 p.
SHWARTZ, E.; GLAZER, I.; BAR-YA’AKOV, I.; MATITYAHU, I.; BAR-ILA, I.;
HOLLAND, D.; AMIR, R. Changes in chemical constituents during the maturation and
ripening of two commercially important pomegranate accessions. Food Chemistry. v.
115, p. 965-973, 2009.
SILVA, B.M., ANDRADE, P.B., VALENTAO, P., FERRERES, F., SEABRA, R.M.,
FERREIRA, M.A. Quince (Cydonia oblonga Miller) fruit (Pulp, Peel, and Seed) and
jam: antioxidant activity. Journal of Agricultural and Food Chemistry 52, 4705–
4712, 2004.
SILVA, C. R. M.; NAVES, M. M. V. Suplementação de vitaminas na prevenção de
câncer. Revista de Nutrição, Campinas, v. 14, n. 2, p. 135-143, maio./ ago., 2001.
SILVA, L. et al. Quercetin metabolites inhibit copper ion-induced lipid peroxidation in
rat plasma. FEBS Lett., v.430, p.405-408, 1998.
78
SILVA, M. R.; LACERDA, D. B. C. L.; SANTOS, G. G. S.; MARTINS, D. M. de O.
Caracterização química de frutos nativos do cerrado. Ciência Rural, Santa Maria, v.38,
n.6, p.1790-1793, 2008.
SILVA, P. S.; MENEZES, J. B.; OLIVEIRA, O. F.; SILVA, P. I. B. Distribuição do
teor de sólidos solúveis totais no melão. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 21., n.1.,
p.31-33., 2003.
SILVA, W. S. Qualidade e atividade antioxidante em frutos de variedades de
aceroleira. 2008. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) – Centro de
Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.
SPORMANN, T. M., ALBERT, F.W., RATH, T., DIETRICH, H., WILL, F.,
STOCKIS, J. P., et al. Anthocyanin/polyphenolic-rich fruit juice reduces oxidative cell
damage in an intervention study with patients on hemodialysis. Cancer Epidemiology,
Biomarkers & Prevention, 17(12), 3372–3380. 2008.
STROHECKER, R., HENNING, H.M. Analisis de vitaminas: Métodos comprobados.
Madrid: Paz Montalvo, 1967, 428p.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. Porto Alegre, 4° Ed., Artmed, 2009, 848p.
TEIXEIRA, L. N.; STRINGHETA, P. C.; OLIVEIRA, F. A. de. Comparação de
métodos para quantificação de antocianinas. Revista Ceres, Viçosa, v.55., n.4., p.297-
304., 2008.
TERAO, J.; PISKULA, M. K. Flavonoids and membrane lipid peroxidation inhibition.
Nutrition, v.15, p.790- 791, 1999.
THAIPANIT, S.; ANPRUNG, P. Physicochemical and flavor changes of fragrant
banana (Musa acuminata AAA group ‘Gross michel’) during ripening J. Food
Process. Preserv., 34 (2010), pp. 366–382.
TOMAZ-BARBERAN F, ESPÍN J.C. (2001). Phenolic compounds and related enzymes
as determinants of quality in fruits and vegetables. J. Sci. Food Agric. 81: 853-876.
79
TORRES, C.A.; ANDREWS, P.K. Developmental changes in antioxidant metabolites,
enzymes, and pigments in fruit exocarp of four tomato (Lycopersicon esculentum Mill.)
genotypes: beta-carotene, high pigment-1, ripening inhibitor, and 'Rutgers'. Plant
Physiology and Biochemistry. v. 44, n. 11-12, p. 806-818, 2006.
TSUJI H, SEABRA MEG, MATSUBARA BB, BURINI RC. Efeito de idade, sexo e
estresse físico sobre os níveis séricos de vitamina C em indivíduos sadios. Rev Bras
Patol Clin 1993; 29:83-6
USENIK, V.; KASTELEC, D.; VEBERIC, R.; STAMPAR, F. Quality changes during
ripening of plums (Prunus domestica L.). Food Chemistry. v. 111, p. 830-836, 2008.
VANNUCCHI H et al. Papel dos nutrientes na peroxidação lipídica e no sistema de defesa antioxidante. Medicina, Ribeirão Preto, 31: 31-44, jan./mar. 1998.
VASCONCELOS, S. M. L., GOULART, M. O. F., MOURA, J. B. F., MANFREDINI,
V., BENFATO, M. S.; KUBOTA, L. T. (2007). Reactive oxygen and nitrogen species,
antioxidants and markers of oxidative damage in human blood: Main analytical methods
for their determination. Química Nova, 30, 1323–1338.
VENDRAMINI, A. L. A.; TRUGO, L. C. Phenolic compounds in acerola fruit
(Malpighia punicifolia, L.). Journal of the Brazilian Chemical Society, v. 15, n. 5, p.
664-668, 2004.
VENDRAMINI, A.L., TRUGO, L.C., Chemical composition of acerola fruit
(Malpighia punicifolia L.) at three stages of maturity. Food Chemistry 71, 195–198.
2000.
VILAS BOAS, E. V. de B.; CORREA, M. A.; BARCELOS, PÍCCOLO; M. de F.;
PEREIRA, J. Noções Básicas de Tecnologia de Alimentos e Atributos de Qualidade.
Lavras: Editora UFLA, 2003. 129 p.
80
VVEDENSKAYA, I.O.; VORSA, N. Flavonoid composition over fruit development
and maturation in America cranberry, Vaccinium macrocarpon Ait. Plant Science. v.
167, p. 1043-1054, 2004.
WATADA, A.E.; HERNER, R.C.; KADER, A.A.; ROMANI, R.J.; STABY, G.L.
Terminology for the description of developmental stages of horticultural crops.
HortScience, v. 19, n.1, p. 20-21, 1984.
WEBER, P., BENDICH, A., SCHALCH, W. Vitamin C and human health: a review of
recent data relevant to human requirements. International Journal for Vitamin and
Nutrition Research, Bern, v.66, n.1, p.19-30, 1996.
WINKEL-SHIRLEY, B. Flavonoid biosynthesis. A colorful model for genetics,
biochemistry, cell biology, and biotechnology. Plant Physiol., v.126, p.485-493, 2001.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global school-based student health survey.
Core Questionnaire Modules, 2006, 14 p. Disponível em: <http://www.who.int/chp/
gshs/en/>. Acesso em: 12 abr. 2012.
YAMASHITA, F. et al. Produtos dos frutos da aceroleira: estudo da estabilidade de vitamina C. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 1, p. 92-94, 2003.
YAMASHITA, F.; BENASSI, M.T.; TONZAR, A.C. et al. Produtos dos frutos da
aceroleira: estudos da estabilidade de vitamina C. Ciência e Tecnologia de Alimentos,
Campinas, v.23, n.1, p.92-94, 2003.
YANG, Z.; ZHENG, Y.; CAO, S. Effect of high oxygen atmosphere on quality,
antioxidante enzymes, and DPPH-radical scanvenging activity of Chinese bayberry
fruit. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.57, p.176-181, 2009.
YEMN, E. W.; WILLIS, A. J. The estimation of carbohydrate in plant estracts by
anthrone. The Biochemical Journal, London, v. 57, p. 508-514, 1954.
81
YOCHUM, L. et al. Dietary flavonoid intake and risk of cardiovascular disease in
postmenopausal women. Am. J. Epidemiol., v.149, p.943-949, 1999
YUYAMA, K.; AGUIAR, J.P.L.; YUYAMA, L.K.O. Camu-camu: Um fruto fantástico
como fonte de vitamina C. Acta Amazonica, Manaus, v.32, n.1, p.169-174, 2002.
ZAMUDIO, L.H.B. Caracterização de vitamina C em frutos de camu-camu
(Myrciaria dúbia H.B.K.) em diferentes estágios de maturação do Banco Ativo de
Germoplasma da Embrapa. Monografia (especialização), Universidade de Brasília,
2007.
ZEASHAN, H.; AMRESH, G.; SINGH, S.; RAO, C.V. Hepatoprotective activity of
Amaranthus spinosus in experimental animals. Food Chemistry. v. 46, n. 11, p. 3417-
3421, 2008.
ZULETA, A.; ESTEVE, M. J.; FRASQUET, I &FRÍGOLA, A. Vitamin C, vitamin A,
phenolic compounds and total antioxidant capacity of new fruit juice and skim milk
mixture beverages marketed in Spain. Food Chemistry, v. 103, p. 1365-1374, 2007.
82
ANEXOS
Tabela 6 - Média dos valores das determinações de peso e firmeza de frutos de clones de aceroleira em diferentes estádios de maturação. Pacajus-CE, 2011.
Clone Estádio Peso (g) Firmeza (N)
FS
I 5,60Aa 6,38Ba II 6,68Ab 3,69Aa III 7,67Bb 2,95Aa IV 7,85Ba 2,37Aa
Flor branca
I 5,35Aa 5,66Ba II 5,37Aa 5,59Bb III 5,73Aa 3,06Aa IV 6,11Aa 1,87Aa
BRS 366
I 6,86Ab 5,57Ca II 7,99Ab 3,76Ba III 11,05Bc 2,15ABa IV 13,16Cb 1,23Aa
Média Geral 7,46 3,70
CV (%) 15,70 44,00 Estádios de maturação: "I" – cor da casca totalmente verde; "II" - cor da casca predominantemente verde; “III”- cor da casca predominantemente vermelho; “IV”- cor da casca totalmente vermelho. Para cada variável, letra maiúscula diferente indica diferença estatística em P<0.05 entre os estádios e letra minúscula indica diferença estatística em P<0.05 entre as cultivares de acordo com teste de Tukey. Os dados representam a média de 3 repetições.
83
Tabela 7 - Média dos valores das determinações de sólidos solúveis, açúcares, acidez titulável, relação SS/AT e pH de frutos de clones de aceroleira em diferentes estádios de maturação. Pacajus-CE, 2011.
Clone Estádio Sólidos solúveis (°Brix)
Açúcares (%)
Acidez titulável (% ácido málico)
SS/ AT pH
FS
I 7,06Ab 3,59Ab 0,90Ba 7,80Ab 3,55Ac II 7,76Bb 3,77Ab 0,84Ba 9,24Bb 3,56Ac III 9,10Cc 5,72Bb 0,83Ba 10,96Cb 3,56Ab IV 9,46Ca 6,03Bb 0,61Aa 15,42Db 3,68Bc
Flor Branca
I 5,50Aa 1,60Aa 1,15Bb 4,78Aa 3,29ABb II 5,63Aa 1,55Aa 1,14Bb 4,95Aa 3,27ABb III 6,40Bb 2,47Ba 1,19Bb 5,39Aa 3,23Aa IV 6,76Bb 2,75Ba 0,97Ab 6,99Ba 3,32Bb
BRS 366
I 6,66Cb 2,11ABa 1,46Cc 4,56Aa 3,19Aa II 5,96ABa 1,72Aa 1,24Bc 4,80ABa 3,17Aa III 5,46Aa 2,48Ba 1,17Bb 4,67Aa 3,20Aa IV 6,33BCc 2,32Ba 1,06Ac 5,98BCa 3,18Aa
Média Geral 6,84 3,01 1,04 7,13 3,35 CV (%) 4,16 8,43 3,83 7,68 1,05 Estádios de maturação: "I" – cor da casca totalmente verde; "II" - cor da casca predominantemente verde; “III”- cor da casca predominantemente vermelho; “IV”- cor da casca totalmente vermelho. Para cada variável, letra maiúscula diferente indica diferença estatística em P<0.05 entre os estádios e letra minúscula indica diferença estatística em P<0.05 entre as cultivares de acordo com teste de Tukey. Os dados representam a média de 3 repetições.
84
Tabela 8 - Média dos valores das determinações dos compostos antioxidantes (vitamina C, polifenóis, antocianinas e flavonóides de frutos de clones de aceroleira em diferentes estádios de maturação. Pacajus-CE, 2011.
Clone Estádio Vitamina C Polifenóis Antocianinas Flavonóides
(mg.100 g-1 polpa)
FS
I 1.501,17Ca 4.019,42Ca 2,29Aa 7,26Ba II 1.273,31Ba 2.124,11Ba 2,40ABa 5,99Aa III 1.239,60Ba 2.126,93Ba 2,85Ba 6,01Aa IV 862,86Aa 1.740,75Ab 6,34Cb 7,36Ba
Flor branca
I 1.966,44Cb 4.338,89Db 2,55Aab 8,17Bb II 1.672,85Bb 2.539,83Cb 2,49Aa 7,05Ab III 1.629,91Bc 2.010,79Ba 3,23Ba 6,62Aab IV 1.104,57Ab 1.561,67Aa 12,37Cc 9,82Cc
BRS 366
I 2.534,06Cc 4.203,72Db 2,78Ab 8,08Bb II 1.799,46Bc 3.279,51Cc 2,41Aa 6,99Ab III 1.328,40Ab 2.465,18Ab 3,32Ba 7,28Ab IV 1.363,70Ac 2.631,34Bc 5,07Ca 8,08Bb
Média Geral 1.523,03 2.753,51 4,01 7,39 CV (%) 1,78 2,41 5,88 4,56 Estádios de maturação: "I" – cor da casca totalmente verde; "II" - cor da casca predominantemente verde; “III”- cor da casca predominantemente vermelho; “IV”- cor da casca totalmente vermelho. Para cada variável, letra maiúscula diferente indica diferença estatística em P<0.05 entre os estádios e letra minúscula indica diferença estatística em P<0.05 entre as cultivares de acordo com teste de Tukey. Os dados representam a média de 3 repetições.
85
Tabela 9 - Média dos valores das determinações das enzimas antioxidantes (CAT, APX, SOD) e atividade antioxidante total (AAT) de frutos de clones de aceroleira em diferentes estádios de maturação. Pacajus-CE, 2011.
Clone Estádio CAT APX SOD AAT
(µmol H2O2. mg-1 proteína. min-1) (UAE. mg-1 proteína) (µM trolox.g-1 de polpa)
FS
I 7.255,66Cb 23,73Cb 2.027,05Ca 104,96Ca II 3.535,07Bb 15,11Bb 1.261,16Ba 36,28Ba III 2.563,50Bb 29,76Cb 1.053,06Ba 42,64ABa IV 844,97Aa 4,75Aab 532,09Ab 32,93Aa
Flor branca
I 9.544,43Cc 26,04Bb 3.330,50Cb 120,93Ca II 2.336,81Ba 2,94Aa 1.147,89Bb 49,90Bb III 915,57Aa 3,48Aa 596,62Aa 46,17ABa IV 555,57Aa 5,20Aa 373,09Aa 39,20Aab
BRS 366
I 5.504,80Ca 11,35ABa 1.133,82Bb 140,04Ca II 3.289,81Bb 18,32Bb 1.116,62Bc 75,33Bc III 1.915,19Ab 13,59Bb 750,44Ab 41,04Aa IV 938,23Aa 8,04Ab 519,53Ac 42,36Ab
Média Geral 3.266,64 12,37 1.153,48 64,32 CV (%) 13,57 20,53 10,91 6,26
Catalase (CAT), Peroxidase do ascorbato (APX) e Dismutase do superóxido (SOD). Estádios de maturação: "I" – cor da casca totalmente verde; "II" - cor da casca predominantemente verde; “III”- cor da casca predominantemente vermelho; “IV”- cor da casca totalmente vermelho. Para cada variável, letra maiúscula diferente indica diferença estatística em P<0.05 entre os estádios e letra minúscula indica diferença estatística em P<0.05 entre as cultivares de acordo com teste de Tukey. Os dados representam a média de 3 repetições.