1 Relatorio Lata de Alumínio Thatiana

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS ENGENHARIA DE SUPERFÍCIES Lata de Alumínio Discente: Thatiana Cristina P. de Macedo Professor: Marciano Furukava Natal, 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS ENGENHARIA DE SUPERFÍCIES

Lata de Alumínio

Discente: Thatiana Cristina P. de Macedo Professor: Marciano Furukava

Natal, 2013

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Lata de Alumínio

Os materiais a base de alumínio são utilizados em diversas áreas,

inclusive no setor alimentício, nas latas para armazenamento de condimentos e

bebidas diversas, por exemplo. Esse uso está associado a segurança das

embalagens desse tipo de material, além da manutenção das características

originais do produto embalado. Além disso, seu uso elevado pode ser

associado ao potencial reciclável das latas de alumínio.

O Brasil, por exemplo, recicla 98% das latas de alumínio fabricadas,

sendo esse setor responsável pela movimentação de R$ 1,8 bilhão por ano,

por meio da reciclagem de 13 bilhões de latinhas (G1, 2012).

Além do potencial para reciclagem, o alumínio apresenta características

como ser atóxico, resistente e maleável sendo, por isso, tão utilizados no

acondicionamento de alimentos, produtos de higiene e beleza. Portanto, as

latas de alumínio são seguras para o consumidor, mais leves que o vidro, não

quebram, enferrujam, sendo, ainda, associadas a economia de energia e a

melhoria de sustentabilidade ambiental.

Na maioria das aplicações do alumínio, ele é utilizado sem nenhum

tratamento superficial, visto que para muitas aplicações o acabamento natural

do alumínio é totalmente satisfatório, tanto do ponto de vista de aparência

como de durabilidade (ABAL, 2007). Mesmo assim, algumas aplicações

necessitam de tratamentos de superfície, utilizando técnicas como a

anodização, abrilhamento químico, acabamentos mecânicos e aplicação de

tintas.

A anodização é um processo que torna a superfície do alumínio porosa,

facilitando a absorção de tintas. Para tanto, utiliza-se um ânodo e eletrólito a

fim de que seja formado um filme de óxido natural sobre a superfície do

alumínio. Esse processo serve como base para impressões e acabamentos.

Para abrilhantar a superfície do alumínio, utiliza-se a técnica de

abrilhamento químico, na qual, fazendo uso de corrente elétrica, ácidos fortes e

soluções alcalinas, há a dissolução do metal, havendo o nivelamento da

superfície e tornando-a mais brilhante.

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Os acabamentos mecânicos são utilizados para proporcionar texturas na

superfície do alumínio. O relevo desejado é gravado em chapas que moldam a

superfície do alumínio conforme se deseja.

Por fim, outra técnica é a de aplicação de tintas, geralmente feita sobre

“primer” de cromato de zinco, ou tendo por base acrílicos, vinilas e outros

plásticos, são tipos de acabamentos para o alumínio. Quando utilizam pré-

tratamento como a anodização, tem boa aderência, podendo também serem

utilizados Filmes plásticos aplicados de forma laminada, permitindo o uso de

revestimentos em relevo mais espessos. Tintas e vernizes aderem facilmente

ao alumínio (ABAL, 2007).

Esses são alguns tipos de tratamentos superficiais aos quais passam os

materiais com base de alumínio. Dada a importância das latas de alumínio, é

necessário saber, ainda, o processo de fabricação, além do método utilizado

para estampagem e pintura de marcas e informações dos produtos nas

mesmas. Inicialmente, para produzir as latas, é feita a formação dos copos por

meio de prensagem, onde rolos de chapas de alumínio são cortados e tomam o

formato de pequenos copos. Esses copos passam por uma prensa com o

estiramento das paredes externas por meio de pressão para formar o corpo da

lata.

Figura 1 – copos utilizados em latas de alumínio.

Fonte: ABRALATAS, 2011.

A lata é lavada com uso de tensoativos, ácido sulfúrico e ácido fluorídrico,

sendo essa etapa seguida pela impressão do rótulo que é feita pelo processo

chamado flexografia. A flexografia é um processo de impressão parecido com a

técnica utilizada nos carimbos, em que se utiliza formas de borracha ou

fotopolímero. Para tanto, é feito uso de tintas altamente secativas, a base de

água e solvente, por exemplo. Após aplicação da tinta, a lata recebe uma

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camada externa de verniz incolor, para dar melhor acabamento e brilho, além

de evitar desgaste da tinta, e outra camada no fundo da lata, para garantir

mobilidade da lata. Após essa etapa, elas são levadas a gorno para secagem e

cura do verniz de proteção externa.

Dando continuidade na fabricação das latas, após a flexografia é feito o

revestimento interno com uso de verniz para que não haja contato do produto

enlatado com o alumínio. A lata e novamente levada ao forno para secagem

dessa camada interna de verniz. Para finalizar, é feita a moldagem do perfil da

boca da lata, para que seja encaixada a tampa, após envase.

Dessa forma, foi possível observar os diferentes tipos de técnicas para

tratamento das superfícies do alumínio, assim como entender a técnica

utilizada especificamente nas latas de embalagens alimentícias e sua

fabricação na indústria.

Referências

G1. Brasil recicla 98 das latas de alumínio fabricadas. Disponível em:

http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-paulo-mais-limpa/noticia/2012/04/brasil-

recicla-98-das-latas-de-aluminio-fabricadas.html. Acesso em: 20 fev. 2013.

ABAL. Fundamentos e aplicações do alumínio. 2007. Disponível em:

www.abal.org.br/servicos/biblioteca/fundamentos.asp. Acesso em: 20 fev.

2013.

ABRALATAS. Da chapa a lata. 2011. Disponível em:

http://www.abralatas.org.br/. Acesso em: 20 fev. 2013.