1 Quem tem medo da Geopolítica - Mackinder

5/11/2018 1 Quem tem medo da Geopoltica - Mackinder

1/30

o TE11A E 0 PROBLEMA~O"'o:rn\~ ,.. S : r < " \ Y v . - ~ , . ~

A def'inicao do tema


2/30

1~O TEMP. E 0 PROBLEMAExposta inicialmente numa monografia densa e concisa.

a teoria do poder terrestre foi retomada na Primeir a GrandeGuerra e desenvolvida mais extensamente por Mackinderno livro Democ ra ti c I de al s a nd R eal it y, editado durante as ne-gocia


3/30

14 (J TEMA E 0 PROBLEMA,:)sua historia foi subor.dinada a dinamica da historia asia-

tica.Essa abordagem baseou-se numa singular concepcao geois-torica que enfatizava especificamente a . i .9~~g~lQ};L


4/30

o TEMAI'. 0 Pt{OBL1 ! .MA 17gernonia no continenre americana: co~ter 0 expansionismoj(l~~~~~~ne_~~()~~?-l~~_~rLe_ba~}nglaterra a supremac2.'::'~~l!!.~1}l':_~n:'!.n(hal.. . 'A 'part i~--d~s~;: ;-P-~~o de f tm.4c? qu;:;t(Ic)" os rnais argutosobservadores ja v \slumbravam gra'Ves rachaduras n o s is te maI ",in ternacional, ~ que ~:eah~ou sua "revgtldQ.D co-pernicana" . ao fcolocar em xeque a Ico nsagrad a teoria dopoder maritimo. ~vol~~\ao _~2n-~!~.t j \ ,h.n~_fQJIU.lJ. la. (, ' .3 .o. . -da~o r1~...< :~ E9 ~l~ E ..~.~r~29:f..,__~yja._pe..d[a."ang.lJlar ~r4.Q"I{_a1!..~:Jestrateg~.~o at ri"bY!~l9._~Eiv._l_! .t1U: .g,,=."~_J:~g_i~9-=piy6119-.v,cliti-c3" '~i~odeL,9 .~~~_$E~E. ,0 ' (~~J2 .?_~~ES~,~ . : . .Ot:~nnoJ::'~_~t Area de-~ignava 0 granc~-Q c on tin ep te e ur as i{ lt iZ ;; -~ lS1~~1;T~~_~.5:-0;~~dia"p2._~~gll i. tj_~J __;t().gig21~_t~~.~o~rri-t6rio cia Russi~-~~ a. exp_l_?~"~i.~oos imensos recursosdaquela re_gi~gJ?g.J! . .i t lL.dj jJ".i . 'U.I.Q..E_l itad:Q~.q~~.e ..~~C~QntrOJassecon--~\I5~~~~!:~A~~.:1ly'9.1~WJLUa.ec0.110mi"auta:r:quic~('~UITlinex-J?. .~gD~yeLP_Q.dJ ' : J ;_, t e . rLesm. ,_1~2"~~_rj . .1;s .~~.~~~0 .~~"_~_coras:aodoYlhQ."C.Q.tl1ille.rlr"~_-8s~p>}Q.@,r-t-e.f"Fest-re.a:bltG-sui,ciente_p...~-"~:!.~_~...i1~ir!lQ.,"~,,seqio e a2-~6 . e .s~dQ. "p .QdeLJJ l a i l l iD22. , _Ql j_


5/30

18 C ..MA E . 0 PROBLEMApoder anffbio, que viesse ultrapassar 0 poder maritima brita-nieo, foi urna preocupac;:io eonstante e reeorrente na ref lexaogeopolitica e estrategica do geografo britanico. E, ;1a vi:~~~.~zinder (1962 e 1943), ~co~1tece~-I~01ava.:3_Pjy_Q1..Area-eur:a.siana...s.e__al..t1sse a Ale-(~er:OSO_Estl1.ilQ_c;.Qntin~!2tal.~ur:p::16 .A formula


6/30

20 0'rEMA EO PROBLEMA o ' IEMA E 0 PROBLEMA 21, arnpliado a escal d 1o .' c a 0 munr 0 contemporaneo. Con-, poder aereo acrescenta uma outra dimensao a'q 1

H;~nT"0 d ,. . . ue ede tr~n o~mlo oentifico do espac;;:o pelos novos mei-I .c S p , l O I te e d,e.cornunicacao atenua a oposicao chis-c os est] os marrnmo e terrestre.""

Em resurno, por tres vezes ao longo deste seculo =: 1918, 1945e 1991-, os fatos da hist6ria real parecem tef replicado dura-mente a filosofia cia hist6ria do ge6grafo britanico.No plano da reflexao te6rica, as duras replicas da hist6ria

ja haviam sido registradas por Raymond Aron quase tresdCc~das antes da queda do Muro de Berlini. Em 1962, quan-do foi publicado Paz e Guerra Entre as Nacoes, 0 pensadorfrances empreendeu um balance critico da teoria de Mac-kinder, passando em revista seu suposto "esquematismo geo-grafieo", 0 fracassO de sua zona-tampao separando russos ealemaes, assim como sua inf luencia sobre a ideologia geo-grifica do espaco vital, desenvolvida pela Geopolitih alernasob as auspicios do general Karl Haushofer e da Escola deMunique. Ao fim e ao cabo, 0veredito do pensador francessobre a obra de Mackinder foi deveras incisive:

.. ias'bbastaria cirar 'outrostre'chos para verificar que ases aseadas na conce - ." ,. p


7/30

~")011! ,MA E 0 PROBLEMA, N continente asiatico, contudo,Okinawa e por Formosa. d t . a Coreia do Sul . " IOd C ., beca- e-pone.s6 dispoem e uma

l"ilJ.illmente:- - dern deixar de ser tempo-"Muitas aliancas sao e nao po U. d . a Russia teria,',. ivalidade entre os Estados ill. os e _ramls, and Alemanha e do Japao,. de . do esmagamento anascido, epOIs .' sovietico na Russia;- 1 ouvesse um regImemesmo que nao 1 ~ " S_ uma continental, af . .d las grandes potenciacom e .eito, as l . todas as partes do mUD-.. ' maritima - se chocanam em '. . . . , .:utra . . . . d.' onas intermediaries .. 1 . desapareClmento as z(to, devic 0 ao _ entes ou pelo menosr que sao perman. ,H a outras.:a iancas . '. G --Bretanha e asrna a que existe entre a raduradouras, co _. d. a situacao O'eopo-. ue estao aSSOCl


8/30

24 0 r \. 0 PROBLEMAo desafio de repensar as mesrnas evidencias-historicas a luzde outro tipo de abordagem e de questionaroproprio vere-dicto aroniano, ainda que reconhecendoa estarura e a legiti-midade intelectual de quem 0formulou, Issoposto, os crite-rios que inspirarn 0 prosseguimento destatarefasao a ado-~ao de uma postura de duvida sisterndtiea.e a busca de umafundarnentacao te6rica e empfrica.quealieercefunn-as (on-clusces. 'A premissa ~ cons..i1lJia}IDnt(')de.~~~a

. c~e..q .. -,,~'~tachtirromor-to" - como dizia Marx sobre Hegel, Emou~_l~~laVTas, meso,,-..__....-.. ~~ - -~mo apos 0fim d~.~~~t~m


9/30

26 l .eMAEO PROBLEMAte-americana: 0 ge6grafo polit ico Nicholas Spykman, forrnu-lador da teor ia do Rimland e precursor da estrategia de con-tencao do pes-guerra, e 0 cientista politico Zbigniew Brze-zinski , autor de urna relevante analise geopoli tica e estrategi-casobre a confrontacao sovietico-americana,( p Finalrnente, procura-se testar 0valor explicative da teo-ria do-poder terrestre e discutir a questao da obsolescenciaou atualidade do pensamento de Mackinder no contexto donovo ordenamento mundial, ernergente da vitoria incruentacia ilha-continente americana sabre 0Estado-pivo eurasiano.

HALFORD MACKINDERE A GEOPOLITICA DO Hl!-~RTLAND

A concepcao histor ico-geografica

Ateoria do poder terrestre 56 aclquire pleno sig-nificado quando analisada no contexte rnaisamplo da concepcao _hi~~~0_~~:g_t:.~g~aficaque perpassa 0pensamentogcop;-lf"tico de Mackinder, Essa concepcao terncomo elementos ~E51.ep ' . ldS>.~~_! l_y_i_saoOmp-I~gn..siyg_dQmun-~ ~ ~ __ . _~o,." .. __ __ ~_~ ,_ ___~_."'" .. _._ . ~do como sistertl.': ..E~~!~~,s.Q_techado.,_ajg"~!fLde....hlstQr.@_uni-r---__"___ _- .........___versal baseada na causalidade J~$:9g~~_(iE~. ~ _ 9 . _ . p _ o f i t u . l a . Q . ? dal u l a p e r a s ; ; P i i i . : m : i . ~ { ~ , ~ , n t i - ~ . ~ ; : _ p , o d e l ; . m 4 . r J . ~ i m o0poder ter---festrC".-~~ --"'~V-~_"_""'_'""_."_'~'"- - _ .JJ 0MUNDO COMO SISTEMA POLITICO FECHADONo que diz respeito a visao do munclo como sistema poli-

tico fechado, e importante recordar que, na epoca da confe-rencia de Mackinder, em 1904, a expansao das grandes po-tencias europeias estava praticamente concluidaj Com issofechava-se 0 cicIo hist6rico que 0 ge6grafo britanico derio-minou epoca colornbiana, inic iado quatro seculos antes pardois outros movirnentos expansicnistas realizados simulta-neamente a partir clos pontes extremos da Europa, A ociden-

27


10/30

RD MACIUNDER E A GEopoLiTICA DO HE.tIRTLANDI~! navegando pelo Atlantico e realizando o[periplo africa-n, :1 expansao maritima portuguesa ern busca do caminhoIJarfilas Indias; a oriente, partindo do Crao-Ducado de Mos-CClL l t: ultrapassando os montes Urais, a expansao territorialrussa em direcao aos vastos espa~os da Siberia.Embora pouca divulgada no Ocidente, obscu:recida que

lui pela., epopeia das grandes navega\=oes, a conquista dasestepes siberianas pelos russos produziu, a lango prazo, con-'1'q(lencias tao relevantes quanto a descoberta da rota doCabo pelos portugueses e 0 dominic do Novo Mundo peloscspanhois, Essa.dupla.expansao ~ 0controle dos mares p e - l1M europeus ocidentais e a posse da mais extensa,lnassa ter-1fWrialconunLi3.-(lo- phmeta peIos HISSOS -.dem~cou nos '"' ,r .kulos seguintes a oposi.:;:ao oceanismo l!t:7sus.continentalis-lll~les c0rtinO~~_.=~~_~r.io do embate _entre o,P,oder_mad t~.- ,~1110 e 0 poeler terr~.~_~E~Ee1;dg;gemoUla iliU ru;I~aL . . )o terceir? surto exp~nsioi1ist~ realizado em.",ins, do seculluXIX, na Africa e na Asia, completoua integmiodas dife-1 entes regi6es da superflcie terrestre num.a~~~tl~deintern: clonal unificada. Com 0 advento do barco a vapor e doscanais inreroceanicos, da locorriotiva edas ferrovias trans- .9r ounnentais, todas aquelas areas estavamsendoinzerligadasllnf urn sistema de transportes ruarftimos e terrestres e sen-I I , ) tota:rn~nte envAolvi~as por u~a redede f'e:laC;~;Rolitica:Je economicas de ambIto mundial. .~D.~e.rs.amente do, Fcorrido. na ep~ca pr~cede~te, na re- ~~l\~l:.Ulluada_.er:a_p_Qs~~blana, naG havla Illalso.ceano..:_ ~\ '\ .)lfi{n()"~?...~..~~pJra~~~ descorihecidas a descobrir ou 0 < : . ,. ___ - - - - - - . _ _ .--:----:'':':-----t~~.9.jLCQnlin.entes...a...c.anq~I. N'2_PJan.2_Eolitico;,%socie-,lo!c1einternacion


11/30

ORO MACIUNDER E A GEOPOLfTICA DO HEARTLANDA . anarquia internacional e 0 "estado de natureza" hobb e-

I-liano, que caracterizavam as relacoes entre as grandes po-I{~ncias, prenunciavam 0 conf l ito general izado que implodi-i: - L 0 concerto .europeu e~11. 1914. ~:;'ma; ;~. f~O_~,~cul0 presenClO~~ntn.....d 1I I,' era ' . e ~,I~~ns~erQ.adeiramente mundial, do qual naot'~~_l_~,~hum pais. ou nenh~ regiao ec .~-raioII . a~gencia ~eu(Ji3.::Se-pertf::)Ek)~~s,r- -Esse processo de interconexao fisica, militar, p~liticaecconornica da ordem interriacional foi, pela primeira vez,npontado pOl' Mackinder, que afirrnou, no corneco do secu-1('),em sua confer encia na Real Sociedade Ceografica:

"De agora em diante, na era pos-colornbiana, novamen-te nos defrontaremos com um sistema politico fechado e,o que nao tern rnerios importancia, a sua esfera de' acaosera 0mundo inteiro. Todas as explosoes de forcas sociaisque se pro duzarn, em vez de se dissiparem Dum circuitocircunvizinho de espaco desconhecide uo-qual.dominama barbarie e 0 caos, serao fielrnente ref'leeidas desde osmais distantes rinc6es do g'lobo e, devido a rsso, os ele-mentos debeis do organismo politico e economico d omundo serao destruidos."?

Contudo, 0 verdadeiro significado e as enorrnes impli-cncoes geopolfticas e estrategicas do processo demundia-l iz~l~aodas relacoes internacionais nao foram percebidos pos-sivelrnerite por muitos dos ouvintes da celebre copferen-u Mackinder , Halford]. "The Geographi cal Pivot of Hisrory". lsv Democratic Idml:

arut I!.ealiy (wilh additional papers). Nova YOlk : The Norton Library. 19t:i.2, p.N2.

-~---

HALFORD MACIUNDER E A GOPOLITICA DO HEflRT'Lt1NO ~Jcia e, seguramente, pela maioria de seus conternporaneos.Vista na perspectiva de 1996, a afirrnacao de Mackinder

~';;"";;";"; ':: ': ':" ' ':;:;; ': ';:;; '' :;; ':;;: ':: ' ' ' ;;; ' ';;; ':;Jt :;;,d ;;:L::.r '::::J-a: e repetir um a verdadeauto-evi-dente que raia a s beiras daobviedade. Porern, quando secontextualiza tal afirrnacao, verifica-se que 0ge6grafo brita- Inico antecipou em uma decada a guerra geral dos "Trinta e ' f \~. ,._ j : . .pyD : 'Urn Anos" (1914-1945), que envolveu as g randes potenciasr-, . '"n0'~. iAprirneiro em ambito europeu e depois em escala rnundial". c l . p ~ ' .rDito de outra forma, 0 que e atualmente uma constatacao "{"",I


12/30

S? . HALFORD MACKINDER E A GEOPOLITICA DO HEARTLANDinterior do concerto europeu estava em curso urn processode polarizacao pohtico-militar que acabaria agrupando aspotencias rivais em dois blocos antag6nicos: a Triplice Alian-ca e a Triple'.Entente.Por outro lado, na periferia do concerto europeu estavam

em ascensao, na America do Norte e na Asia Oriental, duas

que se sentia no umbigo do mundo, ao olhar 0 mapa deprojecao Mercator, aquelas duas potencias emergentes situa-vam-se nos antipodas do plan eta. Em rigor, os conternpor a-neos deMackinder chegaram mUlto tardjam..cr:te a conscien-.---cia de guea Qf_derrLinteI:nagGnal.-d.g~~Q.nc.er-_ _< . .:~~uropeu para torflar-se urn sistema phme:ti .iio. Esse fatoocorreu arenas em 1917, quando, coIrt ainte'rve~wao militardos Estados Uriidos, a "g..11e T ci euroBela" transf6fill'5 -

A CAUSALIDADE GEOGR..l"FICA NA HIST6RIA. tlNIVIJlS'>.L

Awn, Raymond. Esiudos polilicos. 2.' ed, Brasilia: EditoraHNls; 1985, p. 428.

HALFORD MACKINDl?R E A GEOPOLITICA DO HEARTLAND ~H\~ neralizar e correlacionar as realidades geogrificas globals i ' : l~ os processes historicos globais: si~tetizando.os numa forrnu-1 la abrangente e capaz de expnrmr

"alguns aspectos cia causalidade geografica na historiauniversal.:"

5 Macki nde r, Hal fo rd ]. "The Geographical P ivo t o f Hi st or y". In : Democratic Idealsand Reality (with additionaljJapen). Nova YO l k : The Norton Library, 1962, p.2412.

. . . . . . . ' ; - . . .


13/30

34 'ALFORD MACIONDER E A GEOPOLiTICA DOHEARTLAND

"os homens fazern sua propria historia, mas nao a fazerncomo quercm; nao a fazem sob circunstancias de sua es-coiba e sim sob aquelas com que se defrontam diretamen-

~ ; . , ' f : J ' l' d d -: te, 19a as e rransmiti as pelo .;:;:d::~~ ..;.(,e. \ e . J . . . . .Y~N~~i.ndeh--, ; p J , , , . . ~ 11.} ~ li e 0homern e nao a natureza quem inicia, rnase a nature-za quem dirige ern grande parte.?"

os gregos na Antiguidade, assimcomo os portugucses, osespanh6is, os holandeses e os ingleses na Era Moderlla.No segundo case, paises mediterrsneos ou de conforma-~ao predominantemente terrestre favoreciam em s s.po- ~,J',.;I19lJ?_jesenv_01viment~ de u~aLe-de '~I""'


14/30

36 . o,LFORD MACKINDER E A GEOPOLiTICA DO HEARTLANDrnedievo, assirn como os alemaes e os russos na Epoca Con-ternpor anea.Entre os dais extremes situavam-se, numa pOSlt;aO inter-

mcdiaria, aqueles paises que possuiam urn adequado equilf-brio entre sua massa territorial e sua fachada litoranea, Aqui,os fatores geograficos imprimiarn aos povos urn carater na-ci0n~d hfbrido au anffbio, que condicionava 0 desenvolvi-menta altern ado ou sirnultaneo de arnbas as vocacoes. Esseseria 0 cas a dos cartagineses e romanos no mundo antigo,clos bizantinos e sarracenos na Idade Media, bern como dosfranceses e norte-arnericanos na Era Contemporanea.Destarte, a analise hist6rica baseada no primado geografi-

c~y()ssibilito2:_l~l1~


15/30

38 - I.LFORD MACIUNDER E A GEOPOLTTICA DO HEARTLANDprolongado conflito entre a Franca continental e a Inglater-ra insular: a primeira, uma potencia terrestre que aspiravaao dominio do Velho Continente e a segunda, uma potenciainsular para a qual a manutencao do equilibrio de po dereuropeu era indispensavel a preserva


16/30

40 IALFORD MACKINDER E A GEOPOLITrCA DO HEARTLANDos cartagineses e tornou-se a poder marftirno dorninante doMediterraneo ocidental.r E ~!32e.9!tame ~~@,.fio:uaLq~ ara ageD rao britanico, eramh e 1 n mais propfdas as condic;:6es , ara 0_oder u::rrestre cons-Truir um_'_l..esqu2.c:!:~ lal15P-se ao oc~partir de sua plata-~~~m~ :;:~:0:::;t,,l,~,~,: : ' " E ~ , ' , ~ , , _ ' , ~ ~ - , , ' - , ~ , "~d",T,aritimo zTg;~izar u m dexersito e lan~::~=~:~~.~EI,a,~ p_~nlLst~~ua bas~illl~!~r. _)' - ' ~ P 0 r - c e ; : t ~ : ' - ~ ~ - e ; i ~ossivel redarguir a esse argumento comalgumas contraprovas. Nas guerras greco-persica-, a Persiaapoiou-se em sua base continenta1 paraconstruir urna pode-rOSiLfreta com 0 intuito de conquistar a C-recia, frota estaque acabou sendo destrufda peIos atenienses'ua batalha na-val de Salarnina. E mais ainda, posteriorrnenre foi a propriaPersia que terrninou sendo dOIilinadapeIO"poder terrestreI-jreco-maced6nico que conquistou 0 Oriente. Por ern, 0 es-}f~' ncial e registrar a suhstancia do ,n:g1liD.enl:O-cem~al =--__al i~e"C l'c,:(~n ahundaut.es...fS!jdendas..hist6ricas..=-:queJ.oi-ililp_

. - t ; - t !o par Mackind.el~ara alertar as elites e cirtulos d~-1~_!:l_.}2afs_s.ohre___o_p_erigQ_que repn::sen~i-

f'~ 0 insular eo poderio maritime cia I~lareITa Unlii~e'J.e.ntual:ln , ~ a emL~_1!S_Qg(,_ls:gi~~~es potencias continentals euro-pl:ias: a Alernanha e a Russias':-' --- _-"-~---_-teorra do Heartland

o 1J.~~!},clo_~gQ_~ounidade compacta, 0prirnado da causalidn(: :g:_o_g_'~_e_a oposi~ra~mar c~_t_It_l_[e_n_]_,-",p_O_l_'S_,s

M:\f'kll1dcr, Halford. "The Geographical Pivot of History", In: Democratic Idealsand ftullity (with additional tJape?-s). Nova Y O l - k : The Norton Library , 1962, p _'(3211.Vel' trunbem do rnesmo autor "The Round World & the Peace". Ibidem,p,272~.

I

HALFORD MACKINDE.R J! A GEopoLfTICA DO HEARTLAND 41 '~ndes_I?-ilar.ts__ cia filosc~D_ul~6ri~~i-gem da teori~_slD po_deL1f '. .r restre . Como inter pretacao do--...--- , .senti do de conjunto do pass ado humano, tal filosofia da his-t6ria leva Mackinder a questicnar e a repensar, sobre novosIundarnentos, algumas verclacles estabelecidas e universali-zaclas como senso conium pela geografia fisica de seq tem-po. Essa reelabor acao intelectual culmina na substituicao de,uma visao estereotipada do espaco e cIa posicao dos conti-nentes e oceanos por outra percepcao inedita das mutuasinter acoes entre a superficie liquida e as massas terrestresdo planeta.A IU-{A MUNDIAL E 0 CORA(.Ao CONTINENTAL

De acordo com 0conhecimento arraigado e difundido pelaciencia geografica da vir ada do seculo, existiam na Terra qua-tro oceanos - Atlantico, Pacifico, Indico e Artico -; seis con-tinentes - Europa, Asia,Africa, America, Australia e a recem-explorada Antartida -; e numerosos mares e arquipdagossubsidiar ies. Esses axiomas do saber geogr3Jico consagradofor am colocados em xeque par Mackinder ao postular pelaprimeira vez a unicidade da superffcie liquida do planeta.

. ~

, " ~~. :- 1 : .i

II1. ~


17/30

42 ALFORDMAClUNDE.R E. A GEOPOLiTICA DOHEARTLAND HALFORD MACKINDER E A GEOl'OLf' tICA DO HEARTLAND 43dinamica mais ab.r.angellte.da"b.i'~l().l:ia-a-8ia.~i-ea.tbe(l)~1!Lnj 'Jjj a Europa deixa d.e._.s_eL.eIlfuQlda como U;;; continente aparte, separado da Asia peJa barreira dos Urais, para ~for~~~!:.uma das pel1lru!lli!.s da Euras~~.l_!i~o~;;~;:~~a Europa foi deslocada do. rosicao axial qu~ipavam~

. -projecao Mercator, cedendo seu Iugar a Pivot A?'ea, regiaobasi lar da massa terrestre eurasiat ica,Com efeito, na inovadora concepcao do cient:ista britani-

co, a Eurasia possufa um grande nucJ~o mediterraneo - a,~ c--- 1 ~A riA """,,1 cP~plVo au corac;ao contlhenta -, er!L_tru:r~~articulavam quatro pen[ns~11~~~,~~~pillit~o-pa, 0 Oriente Proximo, a India e a China, Enguanto 0 piv6_.eUfasi tico era e scas sari1J] l te ,_p~QYQ..ado-po.r._b_~!t~9.sa .urias

SuI, ernbora Iigadas pela estreita cintura do istmo paname-nho, "eram duas ilhas-continente distintas que, juntas com aAustralia, gravitavam em torno da Ilha Mundial.

coricentr ados na grande ilha eurasico-africana. O restanteIocalizava-se nas pequenas e contiguas ilhas da Bretanha edo japao assim como nas ilhas maiores emais recuadas dasAmericas e da Australia". Dessa fonna, a posi~ao basilar __guea World Island oC~__~ : : , a em ~lac;~lO a s outras ilhas circur:dan-tes era conse~p1en~ia....d.a__:oD1Qi!laQ!,o(blJ,.(}_~en-s r c ; ej2.aLiaL.cam__uajntensa.de.nsid.ade..p .Qttul~cional.-- ---.E dentro dessa nova macroestrutura que a~si


18/30

HALFORD MACKJNDER E A GEOPOLlTICA DO HEliRTLAND

neceu encurralada e isolada do mundo exterior durante va-rios seculos do medieva.As pressoes extern as ehegaram ao auge no seculo XIV

quando, depois cia unificacao polftico-militar realizada parGengis-Ca, as hordas mong6is fustigararn desde suas linhasinteriores as regioes marginais da Eurisia- Partindo da AsiaCentral, os cavaleiros das estepes conquistaram sucessiva-mente a China, 0Oriente Proximo ea.Europa Oriental. Pro-tegida pelo plato tibetano e pela cordilheira do Himaiaia,somente a India manteve-se a salvo das.irrvasocs centro-asia-ticas, POI-em, no seculo XVI foi conquistadaa'Partir do Afe-ganistao pelos descendentes de Gengi5-Ci, que fundaram,na planfcie Ifldo-Gangetica, 0imperio mogol._ ; ? 0 clesafio representado pelas invasoesprovenientes do

~_:. ">1~v.h~;lte.J,~~~e~duPk rea~ europeiaa oressio dasll~''''~ ~rdas eeJ1~[o-a;'j_aticas: a e;xpansao tenitorial.russa e a ex-- p~~ o~1nica,.ib;gr~A expansao.:tnSs~,:re:prese~tou urn

contra-ataque dire to e frontal, que tolo~:.pa.~ tras e colocouna defensiva as horclas mongois; a expansao.ponuguesa as-sumiu a forma de uma estrategia deap:rQx~tna(ao indireta,desbordando pelo flaneo e pression~d~,~la, retaguarda aposicao estrategica central dos mvasores asi~ticos- Vistas poresse prisrna, as grandes navegacoes aparecem como umacontra-ofensiva bem-sucedida, que maugura a era colombia-na do poder maritima e ci a suprernacia mundial europeia,que se estendeu ate 0 comeco do seculo XX,1\._?~ca das imasoes asia~as versus reaio europeia for-

~~e~2~_corrda


19/30

.1 L HALFORD MAGKINDER E A GEOPOLITIC. ., . DO HEARTLANDNo toe ante a geografia ffsica, a Eurasia possuia uma ex-

t cnsao de 5''}milhoes de krn", dos quais as regi6es central esetentriorial forrnavarn a area-pivo Oll coracao continental, c:lL~(l'Je abrangia 23 milhoes de km". No sentido norte-sui, essa /' f(1area nuclear estendia-se das costas do oceano Artico aos de-sertos e planaltos cia Asia Central e, na direcao leste-oeste,dO's confins da Siberia ao terri to rio russo situ ado entre osmares Branco e Caspio. (RG5Vt: "r{~ . IEm terrnos geoestrategicos, as regi6es anffbias eurasianas " ""~\;\}"'f\.Odo rlotlnoder terrest~'e Q!le . : :d~ basilar eura- :1'~~ . ~~siano, procurava cong.Jg;g:_as regjoes perifericas e obter saL \~~ara 0oceano,fundo em~; a const~~.!:llP vodermarftitnc:JPor outre lado, a Crescente Interno era tambem abarreira ffsica de conten


20/30

IALFORD MACIUNDER E A GEOPOLlTICA DO HEARTL.4ND

o

HALFORD MACKINDc.R A GEOPOLlTICA DO HEARTLAND 4' 1do pocier terreslr..e._domi mJnte...l : : t(),-nUcleo,-ba,s.iJ;;rr~euusiau.p..._

~o Outer Crescent locali~e as grancles potencias mar I otimas,como a Inglaterra, Estados Unidos. e Japuo, alem c1os-

~ britailicos do CanaQ.~ Africa do SuI e Austr{tlia~,~lrou_a_impor:.tan.cia.....s. con~onamen-

tos impostos a g~g[a(ia_p.d.Q._desenvolvimento cia tecnolo- I---~ "-'-- .,_._~ia,Com deito,' a ciencia 'aplicacla t inha 0poder de alter ar ,\e.{\,t.~"~:0h'"~_elati~~.fi._


21/30

ii( 5 C _1ALFORDMACIUNDER E A GEopoLfTICA DO HEARTLANDi' t \I~ F' Cof' i' duas grandes consequencias: aumentcu-se a mobilidade do~' poder maritime diante do poder terrestre e encurtou-se a

r' distancia entre 0Ocidente e 0Oriente. A velocidade do bar-co a vapor superava em muito a do cavalo e a da carruagern,assirn como a construcao do canal tornava obsoleta a antigae extensa rota do Cabo. A ascensao da Inglaterra e a instau-racao cia Pax Britannica no sistema internacional representa-ram 0coroarnento dessa epoca de ouro do poder marftimo.Entretanto, as ultimas decadas do seculo foram rnarcadas

pelo advento de novas tecnologias que potenciaram 0siste-ma de transporte terrestre: a invencao da locomotiva e a cons-trucao das fer rovias. 0 trans porte ferroviario conectou osgrandes espacos interiores entre si, estabelecendo tambern aliga(.ao destes corn as regioes costeiras de cada continente.Na America, Eurasia e Africa, a locornoriva estava subst ituin-do os arcaicos meios de transporte baseados na forca de tr a -- . 1 - I \cao aruma e, simu taneamente, sua velocidade encurtava notempo e no espac;:o as enormes di~plncias continentais.f f a ~ iQ de rvI~ckiI'lci~ a gener~lizac;:ao dessa tecnologiapoderia significar 0 dobre de finados da era colombiana dopoder maritimo e 0 corneco da era pos-colombiana de pre-poriderancia do poder terrestre, A locomotiva e as ferro~i.


22/30

5 z HALFORD MACK1NDER E A GEOPOLITICA DO HEARTLANDsob dominio tureo que ligava a mar Negro ao Mediterraneo.A posse desse garga]o daria a esquadra russa, engarrafadano mar Negro, uma safda para 0Mediterraneo, de acordocom a tendencia geoistorica grio-russa de abrir saidas paraos mares abertos.No segundo caso, ao atingir 0golfo Persico aquela ferroviap6deria neutralizar a posicao estrategica do canal de Suez e

colocar em xeque a supremacia britanica no oceano Indico. Amaior mobilidade e os menores custos do transporte ferro-viario refletiam-se na concorrencia anglo-alcma, em relacaoa s vantagens comparativas com 0trans porte marfrimo. A fer-rovia transcontinental ameacava interpor-se entre as linhas decomunicacao mariti mas britanicas, colocando a pujante eco-nomia alerna em contato direto com os merca~los asiaticos edesalojando os produtos britanicos das prac ;as orientais.Simultaneamente a ferrov ia Berlim=Bagda, a A1emanha

iniciou tambern uma corrida naval para a construcao de umaesquadra, capaz de rivalizar no curto prazo com 0 poderrnaritirno britanico. A ascensao ciaAlemal1h~Bai\?aG-.depote12cia__;m.fn) ia__n1p ; :Z -g .n~v . a~Hi -- do i s. . .. s ecu [ a r e s ax io mas d a_ . . _ _ c _p~1~~~~.~_~,~_._P0d~"c.J;lJ::itftW.Q!;_,rubveIfia~radicionaI equili-bri?_etIX9p..s:JLe.aID.e.al;ava,a.,?_\1_EIS;_meia._Jll;riti~a.~r'Como foi vis to, Mackinder acreditaza ser mais faciL!Jl;_~p~!: i~_ ten:estre _~ltilizar sua plataforina continental J?ar~ae~.!Y_~~_!:_1}2LP.O~~ri!irho~e u~~i-,-- .ca apolar-se el !L;;JJ iLJ)_Q.s ,~ , (;; . ;; i .Q_ins .ulaJ . : . ..p2. J : ,: : J . .. . .o~at . l i2:U1m po-cfe-rurresrre. Ponanto, uma' , '. . 'lft zt lprl


23/30

J 5'1, "'ALFORD MACIUNDER E A GEOPOLITICA DO HEARTLANDS~!~~-':~~~~~ peID ~Eoder naval britanico 0 podert~~kmao exau;i~Hefur:9~ateriais e humanos_~~~ , .... ~ ~'~,..............r '- ro_~~1tr~~,_p_:?l?Eg!lE~~~~,~!E~";I;:,;;i~,-d-efe;:ao r u s s - a soc::.:)rreu quando as fDn;:as germ~nicas estav~rn-cta~exaustao e_fQLm.m.I1en_s..~_~~]muhaneue'Il~ento1~~e_r.:~S3-1!}~s?2!!11~s~Na visao de NIackmdd, roi ape-na,? na ultima fase de 1917-8 que a guerra assumiu a feicaode urna classica confrontacao entre 0oceanismo ano-lo-ame-ricano e 0continentalismo alemao, culminando na vitoriado poder maritime sobre 0poder terrestre.,Jv.~/t~..Para 0 geografo britanico, a CUTSa da guerra foi tambem

(1,1


24/30

5 HALFORD MACKINDER E A GEOPOLITICA DO HEARTLANDterrestre dorninante poderia veda-los a s potencias insulares,blcqueando os estreitos de Copenhague, ao norte, e Cons-tautinopla, ao sul. ~n, 0 poder politico-n~ilit~_g~1-lrQlas.:.::__~_~~~~~:~.!Jos~~J.~I!d.?_5_?_~ alernao, po der ia utili-

. . . . . - - - - . . ~,__---"'~ .zar os recurso00 co[(u,:ao cC2ntinental e os portOSdos mares,@fad_


25/30

58 _lAUORD MACKINDER E A GEOPOLITICA DO HEARTLANDo "CORDAo SANITARIO" SEGUNDO M.\CKINDER (1919)

1'111I1C: Mackinder, Halford]. Democ ra t ic I d ea ls a n d R eal it y . Nova York: The Norton.1IIJl


26/30

60 LFORD MACKINDER E A GEopoLfTICA DO I-IEARTLANDE~_~LQ_p_Q_der.JfTfs:stre sovietico . . : g e l 0poder mari-timo anglo-americano. Na Asia, 0 pader rnarUllTIOdo] apaoinsula~~en'~id'o pelo poder In '~~~i t imoa ilha-fortaieZa~~~:E~-t~rm~~os,a guerradesenrolou-se principalmente em dois teatros distintos , si--~.--,~-~-. . . . .----, ~____..~tuados nos extremos da Eurasia: 0 continente europeu e 0~,,~.e.~l~?.r,~:Y;JliJ.:o.s operacoes milirares no cenar~ufor am predominantemente terrestres e secundariamente na-vais, ao passo que no teatro asiatico foram principalrnentenavais e subsidiariamente ter restres.~~__~l!E.9J?,~~~~uerra foi, sobretudo, uma confrontar;ao

en~12od~teu;MH..g&~As op~-(Oes navais foram, em geral, ativielaeles de apolO a s opera-(oes ter restres, como os desembarques da Sicilia e cia Nor-mandia, No Pacifico, a guerra foi principalmente um en-frentamento entre duas porencias maririmas e insulates: 0japao e os Estados Unidos. As operacoes foram quase scm-pre de carater anffbio, com as f01"


27/30

62 lALFORD MACKINDER E A GEOPOLITICA DO HEARTLltNDmente dos objetivos, embora muito uteis, nao passam depaliativos e nao vao alern de cenos limites. A esquadraque tenha perdido por completo 0 dominic do ceu estafadada a impotencia e a destruicao, ao passo que as for casaereas, mesmo sem apoio das esquadras, continuam mui-to eficazes no mar, como 0 prova 0 combate do mar deBismarck."!"

[nfim, no pos-guerr!l. !.~.aviat;:ao deixou de ser uma annat~0_caou urn aRendice da,.' !p '_arinha e do exerci to, para trans-forrnar-se numa forca independente, com organiza


28/30

I6t h lALFORD MACIUNDERA GEOPOLiTICA DO HEARTLANDA I::VDLUC:AO ESPACl,\L DO HE.ARTLAND (1904,1919,1943)

~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -,

. . . . . . .' 1 0 ; . . . . .

Fonte: Parker, Geoffrey, Westert1 Geopolitical Thought in the Twentieth. Century, Lon,dres: CroomHelm, 1985, P: 123. "

HALFORD MACI\JNDER E A GEOPOLfTICA DO HEARTLAi'lJJ ( ) ! 3mente no inicio do seculo, 0 COHl.

do Atlantico Norte, com seus mares subsidiarios (Caribe,


29/30

66 ~-IALFOR1)MACKINDER E A GEOPOLiTICA DO HEARTLt1.NDca e a continental - estavam situaclas i10hernisferio norte eeram circundadas par urn vasto cinturao de areia e gelo,habitado por uma populacao rarefeita. Esse cinturao contor-nava quase todo 0planeta, margeando tanto o Heartland comoo Midland Ocean: eomec;:ava no deserto do Saara, continuavanas regioes aridas e montanhosas cia Arabia, Tibete e Mon-g~lia e atingia depois as areas polares cia Lenalandia siberia-na. Assim, dadas as suas car acteristicas ffsicas e clemografi-cas, a Lenalandia deixava de fazer parte do Heartland parase incorporar ao areo envolvente das duas unidacles gemeas:a continental e a oceanica.o gigantesco cinturao transcontinental funcionava comoimensa zona-tampao que cercava 0hernisferio norte, isolan-do-o das regioes subdesenvolvidas do hernisferio sul. Nesteultimo, a oeste estavam as grandes areas das florestas tropi-cais da America do SuI e da Africa; a leste, as vastas e super-povoadas regioes monconicas da india e da China.Com efeito, Mackinder tracou sinteticamente as gran des

linhas de sua nova descoberta:

fJ?essa proposta nasce rneu segundo conceito geografi-co, 0 de Midland Ocean - 0Atlantico Norte -, corn seus

:1";:hnaresdependentes e as bacias de seus rios. Sem entrar nos) ~Iyr ' t o . dessa r -. , 1" \ V . : 1- porrnenores essa nocao, perrrutam-rne apresenta- a em seus)1 ',b (res elementos: uma cab~s:a-d!;:ponte~ Fra l}? : l um aero-

d~rot~I2Qr f~~(2~,~~!.Le_s~.ircundan-f " - te:L.:~glatcrLa""~llm.

de ~l!LsQ......i1gLi.CQl~,_-,~".industd4,i,$.)1J;>~l~~~~d.Qs...Esados, . . . . . - - . . -:-~~~!!_g~~,.c:l~No que cliz respeito ao potencial belico,(,lnto Estados Unidos como Canada sao paises atlanticos, eenquanto se tiver em conta a eventualidacle de urna guerra

HALFORD MAtIUNDER E AGEoPoLiTIC\. DOHEARTUND 67

!.-' . Tfl.vr_W8D7wttntiMiWfW~i$~4'EjJi1bQA!:n;;.s6lri5~;7:;-;~ij;~~::':::-~:i~::';;;;'~~7;~"I:~;~:'::::':':'

\\"-\\\\\\\\\\\I.

o'"Z::0: : : :,.0W

",j"' .

II II

I I 'II

"I

. tIl I'I


30/30

08 HALFORD MACKlNDERE A GEOPOLITICA DOHEARTLANDterrestre, tarnbem a eabe

1 Quem tem medo da Geopolítica - Mackinder

Documents

Transcript of 1 Quem tem medo da Geopolítica - Mackinder