1 - Noções Básicas de Psicanálise

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Curso Livre de Formação em PsicanáliseDisciplina: Noções Básicas de Psicanálise FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA CURSO LIVRE DE FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE www.fic.vcx.com.br

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Psicanalise

Transcript of 1 - Noções Básicas de Psicanálise

Curso Livre de Formao em PsicanliseDisciplina: Noes Bsicas de PsicanliseFIC SERVIOS EDUCACIONAIS LTDA

FIC SERVIOS EDUCACIONAIS LTDA

CURSO LIVRE DE FORMAOEM PSICANLISEDISCIPLINA: NOES BSICAS DE PSICANLISE

NOES BSICAS DE PSICANLISEO objetivo da presente apostila apresentar de maneira concisa, coerente e seletiva, algumas informaes bsicas sobre a Psicanlise. Destacando os elementos de maior interesse e importncia da rea.

1 As Cinco Premissas da Psicanlise:

1. Existe um inconsciente dinmico.

2. Existe uma sexualidade infantil.

3. O ncleo da neurose o complexo de dipo.

4. A neurose do adulto a repetio da neurose infantil.

5. O indivduo adoece com a diminuio da capacidade de amar.

O inconsciente dinmico exerce grande influncia na conduta dos pacientes.

A sexualidade infantil o conjunto de transformaes no corpo e no psiquismo que se iniciam no nascimento e culminam na fase flica.

A neurose est ligada a uma tendncia a repetir situaes traumticas.

Freud: focalizava suas teorias no complexo de dipo e na sexualidade infantil.

PsFreudianos: focalizavam nas primeiras experincias emocionais infantis.

2 AS DUAS HIPTESES FUNDAMENTAIS DA PSICANLISE:As duas hipteses fundamentais so o determinismo psquico e o inconsciente.

Teoria Psicanaltica um corpo de hipteses sobre o funcionamento e desenvolvimento da mente humana.

O Determinismo Psquico afirma que nada acontece por acaso na mente, tudo est relacionado com algo anterior. Os sonhos tambm esto sujeitos a essa regra.

A Tcnica Psicanaltica so mtodos indiretos para o estudo de fenmenos psquicos ocultos.

A Associao Livre a essncia da tcnica psicanaltica.

O Prconsciente detm tudo aquilo que de fcil acesso, como memrias e lembranas que podem facilmente tornarse conscientes.

O Inconsciente detm aquele contedo de difcil acesso e exerce grande influncia na vida mental.

Os Atos falhos ocorrem por influncia do inconsciente.

3 IMPULSOSImpulsos so foras instintivas que, juntamente s percepes sensoriais, vinculam a Psicanlise com a Biologia.

A diferena entre instinto e impulso est na resposta motora do impulso que mediada pelo Ego.

Os impulsos so dinmicos, pois possuem uma fonte, uma finalidade, um objeto e uma fora, empregado energia psquica (catexia); so inatos e internos ao organismo; esto no limite entre o somtico e o psicolgico (no limite entre as necessidade fisiolgicas e as necessidades psicolgicas); pertencem ao inconsciente, mas tornamse conscientes quando se ligam a um afeto ou a uma representao.

Representaes abrangem sensaes e experincias emocionais primitivas que ficam impressas no Ego.

Pulses (impulsos) so dinmicas, originamse do corpo (fonte), visam obter satisfao (finalidade), possuem um objeto que pode ser uma pessoa ou a prpria pessoa, e empregam uma energia e intensidade (fora/catexia) que constante enquanto no h satisfao.

As pulses passam por vicissitudes, que so a transformao ou deslocamento da energia psquica de uma pulso para outra.

Tenso o estado de excitao psquica provocada por um impulso que impele o indivduo a buscar alguma gratificao.

A Energia Psquica a energia envolvida na tenso provocada por um impulso.

Catexia a quantidade de energia psquica associada representao mental de uma pessoa ou objeto.

Libido a energia com um componente ertico originria de um impulso sexual. A libido abrange todas as pulses que se relacionam ao amor.

Destruto a energia com um componente destrutivo originria de um impulso agressivo.

Fases do desenvolvimento psicossexual so fases de fluxo gradual e varivel, denominadas fase oral, fase anal, fase flica, latncia e fase genital. Os nomes esto relacionados ao objeto e modalidade de gratificao em que est investida grande energia psquica.

As trs primeiras fases (oral, anal e flica) compreendem o desenvolvimento psicossexual da criana. A fase oral e a fase anal so conhecidas tambm como a fase narcsica.

Tanto o impulso libidinal quanto o impulso agressivo participam da progresso das fases.

As pulses normais so aquelas observadas no desenvolvimento psicossexual.

Intercmbio de pulses podem ser exemplificadas quando o sadismo vira masoquismo ou o voyeurismo vira exibicionismo.

A transformao de pulses pode ser exemplificada pelos mecanismos de sublimao quando a energia da pulso sexual empregada em outra atividade; represso quando a energia reprimida para o inconsciente; e pela formao reativa quando a energia manifesta de uma forma contrria pulso original.

Compulso a repetio tratase da tendncia de voltar a catexia para objetos que j foram altamente catexizados e repetir a modalidade de gratificao.

Fixao da libido a permanncia de forte catexia libidinal em algum objeto ou modalidade de gratificao de uma fase passada.

Refluxo ou regresso quando, na progresso normal do desenvolvimento psicossexual, a catexia libidinal retorna para um objeto de alguma fase anterior. Quando desencadeada por um impulso trata se de uma regresso instintiva.

Autoerotismo voltar a catexia libidinal dispensada a um objeto para o prprio corpo.

Infantilismo psicossexual: referese quelas pessoas que se tornam fixadas em algum estgio do desenvolvimento psicossexual e no atingem a maturao para a heterossexualidade.

4 O APARELHO PSQUICOA mente dinmica em seu amadurecimento e funcionamento. As fases no possuem uma diviso bem definida e eventos marcantes em cada fase costumam influncia a vida mental por um longo tempo.

A diferena entre prconsciente e inconsciente que aquilo que est no prconsciente tornase consciente facilmente.

A Psicologia Profunda (ou do Ics.) trata dos contedos e processos mentais impedidos de atingir a conscincia por alguma fora psquica.

As trs hipteses do Aparelho Psquico:

1. Hiptese Telescpica (ou do Trauma): modelo funcional uma percepo ou sensao chega a mente e provoca uma resposta motora (sistema perceptivo mente sistema motor). Paradigma: o neurtico possui remanescncias que precisam ser revividas.

2. Hiptese Topogrfica: dividia a mente em consciente, prconsciente e inconsciente. Paradigma: o que inconsciente precisa se tornar consciente.

3. Hiptese Estrutural: divide a mente em Id, Ego e Superego. Paradigma: onde h Id precisa haver Ego.

Diferena entre a 2a e a 3a Hiptese: a 3a hiptese mais dinmica.

Id onde residem os impulsos. Ego onde a mente interage com o ambiente e onde os impulsos do Id so intermediados com os preceitos morais do Superego. Superego onde residem os preceitos morais.

As funes do Ego so o controle motor, a percepo sensorial, as lembranas, os sentimentos e os pensamentos.

A Prova da Realidade uma funo do Ego que consiste em distinguir os estmulos do ambiente (externos) dos impulsos e desejos do Id (internos).

Os fatores de desenvolvimento gradativo do ego so dois: o crescimento fsico sistema nervoso central (maturao) que geneticamente determinado e os fatores experienciais.

O corpo do beb tem uma importncia fundamental para o desenvolvimento do Ego, pois, diferente dos demais objetos, o corpo no apenas sentido, mas tambm sente. Isso define o Ego corporal.

Identificao o processo que enriquece o ego para melhor ou para pior.

A identificao com o agressor ocorre quando um objeto catexizado pela energia agressiva e o indivduo sente satisfao de participar ele prprio, pelo menos em fantasia, do poder e da glria que atribui ao seu oponente.

O Superego formado durante o complexo de dipo, como subproduto do medo da castrao uma instncia psquica que se separou do ego. a internalizao simblica da figura paterna e da cultura ideal. O Superego age como conscincia, mantendo o senso de moral e de proibio, e por tender a ficar em constante oposio aos desejos do Id acaba sendo agressivo com o Ego. Diz se que o Superego o herdeiro do complexo de dipo por sua formao estar marcada pelas proibies paternais que impedem a realizao dos desejos incestuosos dessa fase. Ele emerge da soluo dada pela criana a esse impedimento, na forma da introjeo dos pais para si (identificao).O Superego tambm encontra a energia para sua formao no sentimento de hostilidade da criana para consigo mesma.

As trs funes principais do Superego so:

Autoobservao;

Conscincia moral responsvel pela culpa;

Ideal responsvel pelo sentimento de inferioridade.

Ideal do Ego uma subdiviso do ego, relativamente autnoma, que surge com a perda do narcisismo individual e permite a submisso de grupos figura de um lder.

Ego Auxiliar so objetos do Superego que se organizam como aliados do Ego, estabelecendo limites e impondo valores de forma no agressiva

Processo primrio o modo original como funciona aparelho psquico, caracterstico de um Ego imaturo. No processo primrio a energia psquica se desloca e descarrega no Id ou no Ego imaturo. A tendncia a gratificao imediata, a facilidade com que a catexia pode ser deslocada do objeto original ou a facilidade com que um mtodo de descarga pode ser substitudo por outro so caractersticas do processo primrio.

O deslocamento est ligado ao modo como o Ego originalmente se manifesta, at evoluir e se tornar capaz de retardar a descarga da energia catxica.

O pensamento do processo primrio ilgico, atemporal, confuso, no verbalizado e sem seqncia.

So trs os aspectos do pensamento do processo primrio:

Deslocamento: uma parte representa o todo ou o todo representa uma parte de uma idia ou objeto.

Simbolismo: linguagem inconsciente para objetos e idias proibidas.

Condensao: vrias idias so representadas por uma idia ou parte de uma idia.

Renegao: o indivduo acredita em nvel inconsciente ter sofrido a castrao, sem ter sido deveras castrado.

Perverso polimrfico: a capacidade de utilizar qualquer tipo de objeto como fonte de prazer. caracterstico das fases iniciais do desenvolvimento psicossexual, a catexia fica dispersa em vrios rgos.

O processo secundrio o modo caracterstico de funcionamento do Ego maduro. So caractersticas do processo secundrio o pensamento consciente, primariamente verbal que obedece as leis habituais da sintaxe e da lgica.

Neutralizao colocar a energia de um impulso a servio do Ego. No processo primrio a energia do impulso no neutralizada. No processo secundrio a energia do impulso neutralizada.

A frustrao importante para a maturao e desenvolvimento do Ego pois estabelece os limites entre o "eu" e o "no eu".

O Ego pode oporse aos impulsos e desejos do Id, e at mesmo combatlos.O desenvolvimento do Ego determina inevitavelmente um certo grau de enfraquecimento do Id.

Os processos de gratificao fantasiosa so devaneios ou sonhos onde os desejos do Id se encontram parcialmente realizados, trazendo uma certa gratificao.

O Princpio do Prazer a tendncia da mente em obter prazer e evitar o desprazer. O Id dominado pelo princpio do prazer e pelo processo primrio.

importante notar a diferena entre o princpio do prazer e o processo primrio: o processo primrio objetivo, enquanto o princpio do prazer subjetivo.

5 DUAS TEORIAS DA ANSIEDADE1. Teoria da Ansiedade: a ansiedade seria resultado da transformao da libido represada.

2. Teoria da Ansiedade: a ansiedade seria conseqncia da influncia de estmulos que podiam emanar dos impulsos ou do ambiente.

A ansiedade causada por estmulos internos do Id ou externos do ambiente que ficam represados e no so adequadamente assimilados pelo Ego, dando origem a uma situao traumtica.

Ansiedade de alarme uma funo do ego que visa prevenir o trauma por meio da antecipao da ansiedade de uma situao traumtica, em uma situao de perigo ou de perigo eminente.

A funo normal da ansiedade permitir ao Ego inibir os impulsos e desejos perigosos do Id.

6 MECANISMOS DE DEFESA DO APARELHO PSQUICODefesa (atividade defensiva do Ego) o controle exercido pelo Ego sobre os impulsos do Id, usando a ansiedade que age sobre o "onipotente" princpio do prazer.

Contracatexia a energia empregada pelos mecanismos de defesa e que faz oposio s catexias.

Supresso: atividade consciente de "esquecer" um contedo.

Mecanismos de Defesa:

Represso: atividade inconsciente em que um contedo bloqueado ao acesso do consciente.

Formao reativa: transformar um sentimento em seu oposto.

Isolamento do sentimento: uma fantasia ou pensamento aparece no consciente isolada de seu respectivo sentimento.

Anulao: ao que visa anular suposto dano.

Projeo: atribuir impulso ou desejo seu a outra pessoa.

Voltarse contra si prprio: utilizarse como meio de gratificao a um impulso destrutivo.

Negao: negar a realidade externa.

Identificao: introjetar as caractersticas de outrem.

Regresso: voltar a uma fase anterior relacionada ao trauma que desencadeia o mecanismo.

Sublimao: gratificar os impulsos por meio de uma atividade produtiva e aceita pelo Superego.

Os mecanismos de defesa raramente so empregados de modo isolado ou mesmo aos pares, ao contrrio, muitos so usados em conjunto. Em geral um ou dois mecanismos sobressaemse como sendo os mais importantes.

7 AS TRANSFORMAES SOFRIDAS PELO EGOSegundo Freud no haveria ego no recmnascido, no incio apenas o Id est presente. Madeleine Klein e outros refutam essa idia, para os psfreudianos o ego inato.

O Ego Arcaico (ou Ego do prazer puro) j permite interao com o mundo exterior, mas incapaz de diferenciar o "eu" do "no eu" por no possuir condies neurobiolgicas para tanto. Nesta fase o beb expele (projeta) tudo que for desagradvel e retm (introjeta) tudo o que for agradvel.No Ego da Realidade Primitiva persiste a indiscriminao entre o "eu" e o "outro", a realidade exterior. O processo de representaes no ego est em pleno andamento.

O Ego da Realidade Definitiva o estgio em que a criana procura reencontrar no exterior um objeto real que corresponda representao de um objeto primitivamente satisfatrio e perdido.

8 AS FUNES DO EGOFreud definiu o Ego como sendo um conjunto de funes e de representaes a nvel inconsciente e consciente. Na Psicanlise Clssica a preocupao era com os conflitos que se processavam no plano inconsciente entre as pulses e as defesas; j na Psicanlise Contempornea Vincular, embora persista a valorizao da abordagem clssica, concedida grande importncia a muitos outros aspetos do plano consciente.

As Funes Egicas apresentam implicaes inconscientes mas manifestamse principalmente no plano consciente. Esto intimamente ligadas aos rgos dos sentidos, contatam diretamente a realidade externa com a finalidade adaptativa.

As funes inconscientes do Ego so os mecanismos de defesa e a ansiedade.

Atividades com participao consciente do Ego:

Percepo: como o indivduo percebe o mundo exterior e a possvel inteno dos outros, e como o indivduo percebe a si prprio.

Pensamento: a capacidade para pensar de forma eficaz tem origem no plano inconsciente do ego. Depende da capacidade do sujeito se deprimir para possibilitar a formao de smbolos que permitam a generalizao e abstrao do pensamento. O ato de pensar requer o estabelecimento de confrontos e correlaes entre idias, fatos presentes e passados e entre aspectos contraditrios de si mesmo.

Juzo Crtico: supe a capacidade do ego em articular e discriminar diversos pensamentos que so separados entre si, relacionase a capacidade de raciocnio (articulao de diversos juzos).

Capacidade de Sntese: consiste em juntar e integrar os mesmos elementos que esto sendo pensados, mas com um novo arranjo combinatrio de modo a possibilitar um novo significado.

Conhecimento: funo egica importante na prtica psicanaltica pois permite tomar cincia das verdades penosas, externas e internas.

Linguagem e Comunicao: d boa ou m resoluo das funes do pensamento e conhecimento, e resultar na qualidade da estrutura lingstica e comunicacional.

Ao: funo do ego que se refere ao plano comportamental . Depende da harmonia entre as funes de pensamento de conhecimento com as funes de conduta (ao). A falha nesta funo egica acarretar na reproduo das vivncias de impotncia infantil e na descarga da ansiedade na forma de actings e de condutas sintomas.

Diferena entre a viso Psicanaltica da viso Behaviorista do comportamento: os Psicanalistas valorizam a participao do Ego (mundo interior) na conduta do indivduo, j os Behavioristas preocupamse apenas com os estmulos positivos e inibitrios provenientes do ambiente, que geram a resposta ou conduta exterior.

Atividades com participao inconsciente do Ego:

Formao de ansiedade: dividese em dois tipos de angstia. A angstia automtica ocorre quando h um excesso de estmulos que o Ego no consegue processar e, por isso, reprimeos. A angstia sinal concebida como "sinal" emitido pelo ego diante de uma amea, para ento processarse a represso.

Mecanismos de defesa, tambm so uma atividade inconsciente do Ego.

9 ANSIEDADES E ANGSTIAS IDENTIFICADAS POR FREUDAnsiedade: receio sem relao com qualquer contexto de perigo de causa psicolgica inconsciente.

Angstia: ansiedade ou aflio intensa.

Angstia de Nascimento: situao traumtica primal.

Angstia de Desamparo: deriva da incapacidade do ego em processar os traumas psquicos e pode ser considerada como o prottipo de todas as demais angstias. Manifestase com uma terrvel sensao de desvalia e abandono.

Angstia de perda: ocorre em momentos de separao do objeto catexizado.

Angstia de perda do amor dos pais: ocorre no complexo de dipo e importante no desenvolvimento psicossexual da criana.

Angstia de castrao: tambm ocorre no complexo de dipo. Quando mal resolvida pode gerar problemas como insegurana.

Angstia de culpa e medo diante do Superego: ameaa de punio em nvel de vida mental caso houver transgresso do cdigo de valores impostos pelo Superego.Angstia devido presena do instinto de morte (thanatos): desejo inato ao ser humano de autodestruio.

1. Teoria da Ansiedade: a ansiedade resultado da descarga de um represamento inadequado da libido. A ansiedade era a libido transformada em uma manifestao patolgica.

2. Teoria da Ansiedade: a ansiedade o problema central da neurose e tinha uma base biolgica herdada. Sendo o ego o local de todas as emoes, a ansiedade deveria, portanto, ser sentida no ego. Quanto mais desenvolvido for o ego mais ele ser capaz de dominar ou descarregar os estmulos produzidos quer sejam eles de ordem interna ou externa. A situao se tornaria traumtica apenas quando esses estmulos superarem a capacidade do ego de digerlos adequadamente.

Diferena entre a 1 Teoria da Ansiedade e a 2 Teoria da Ansiedade: na primeira teoria a ansiedade originada por estmulos internos, na segunda teoria a ansiedade pode tanto ser originada por estmulos internos quanto externos.

10 MECANISMOS DE DEFESA DO EGOSo processados pelo Ego e so praticamente inconscientes. Quanto mais imaturo e menos desenvolvido estiver o ego, mais primitivas e carregadas de magia sero as defesas. O mecanismo fundamental do ego rejeitar de qualquer forma a vivncia e a tomada de conhecimento de experincias emocionais ansiognicas.

A importncia dos mecanismos de defesa: todos os mecanismos de defesa participam do enriquecimento do Ego, ou seja, so estruturantes para a poca do seu surgimento. A forma e o grau do emprego destes mecanismos diante da ansiedade que vai determinar a natureza da formao de uma normalidade ou patologia nas diferentes estruturas psquicas. 11 SMBOLOSA Formao de Smbolos uma capacidade exclusiva do ser humano e por meio dela que a criana ter acesso a outras capacidades de conceituar, generalizar, abstrair, verbalizar, construir metforas e criar, sendo que a aquisio e a verbalizao da palavra que designa fatos e idias caracterstica do processo secundrio representa um dos mais nobres smbolos.

12 IDENTIFICAOIdentificao a aquisio de um sentimento de identidade coesa e harmnica resulta do reconhecimento e da elaborao de diferentes identificaes parciais que foram sendo incorporadas aos indivduos pela introjeo dos valores dos pais que, por sua vez, transmitem os valores que assimilaram da sociedade.

Dois tipos de identificao

Protoidentificao: tem natureza arcaica e dividese em 4 modalidades:

Adesiva, quando h uma fuso e no se forma uma identificao acompanhada de uma necessria individuao (o indivduo absorve a caracterstica como ela , sem adaptla sua subjetividade).

Especular, comum na infncia quando a criana comportase como se fosse uma mera imagem que s reflete os desejos da me.

Aditiva, quando o indivduo no encontra sua identidade prpria e tornase dependente de certas pessoas que complementam as lacunas de sua personalidade.

Imitativa, que a identificao saudvel, quando a criana introjeta as caractersticas sem anularse, sem tornarse dependente, e adaptandoas s sua subjetividade.

Identificao propriamente dita aquela que resulta dos processos de introjeo de figuras paternais dentro do ego sob a forma de representao objetais smbolos e no superego.Tipos e causas das identificaes propriamente ditas

Com a figura amada e admirada, tipo mais sadio e harmnico de identificao;

Com a figura idealizada, costuma ser frgil devido pequena tolerncia s decepes e custa ao indivduo um esvaziamento de suas capacidades afetivas;

Com a figura odiada, que configura a identificao com o agressor;

Com a figura perdida, base do processo depressivo;

Com a figura que, na realidade ou na fantasia, foi atacada identificao com a vtima;

Com valores impostos pelos pais, mais evidente ao final do complexo de dipo.

A identificao pode se dar por meio da projeo , onde caractersticas do prprio indivduo que, de incio, no podem ser assimiladas por ele, so projetadas em outrem para ento serem introjetadas.A aquisio do sentimento de identidade se d em vrios planos sexual, social, profissional e iniciase com as mltiplas identificaes parciais ou totais, saudveis ou no. A identidade sofre contnuas transformaes ao longo da vida. Existem vrios transtornos do sentimento de identidade, tais como os normais como a adolescncia , at as formas patolgicas que aparecem em indivduos psicopatas.

Falso Self uma percepo errada que o indivduo possui de si mesmo, que o leva a agir de maneira diferente quela que seria de se esperar de sua formao.

Difuso de identidade quando o indivduo projeta suas caractersticas nos outros e as encontra de maneira desintegrada em si mesmo. www.fic.vcx.com.br