1. Manual de Bolso (PADRÃO)

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Corpo de Bombeiros Militar de SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL MANUAL BOLSO DE PRIMEIROS SOCORROS Suporte Básico de Vida prestado por pessoa treinada nas escolas e comunidades

Transcript of 1. Manual de Bolso (PADRÃO)

Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco

SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL

MANUAL BOLSO DE PRIMEIROS SOCORROS

Suporte Básico de Vida prestado por pessoa treinada nas escolas e comunidades

2012

Governador do EstadoEduardo Henrique Accioly Campos

Vice Governador do EstadoJoão Lyra Neto

Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar de PernambucoCel BM Carlos Eduardo Poças Amorim Casa Nova

Subcomandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar de PernambucoCel BM Manoel da Cunha Filho

Coordenador Médico do Programa de Ensino e Pesquisa em Emergências, Acidentes e Violências

Dr. Jacques Pincovsky de Oliveira

Coordenadora de Enfermagem do Programa de Ensino e Pesquisa em Emergências, Acidentes e Violências

Dra. Elizabeth de Souza Amorim

Major BM Edson Marconni Almeida da Silva

Capitão BM Fábio RodriguesSargento BM Alberto Rodrigues da Silva

Cabo BM Marcius Andrey

Comissão Coordenadora

Produção Intelectual

Equipe Técnica

SUMÁRIO

Aos usuários informamos:

Esse Guia de Bolso de Primeiros Socorros destina-se as pessoas treinadas, dentre as quais destacamos alunos das escolas públicas, estaduais e municipais do Estado de Pernambuco, assistidas pelo Projeto Bombeiro Amigo da Escola – Brigada de Emergência Escolar (BEE) - do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco.

Visa auxiliar a assistência pré-hospitalar básica seja na escola, via pública ou domicílio até a chegada do socorro especializado. Reforçamos a importância primordial, ou melhor dizendo, imperiosa de se estabelecer os cuidados pré-primeiros socorros no que referimos a bio-proteção e segurança do ambiente, indispensáveis a todos socorristas.

No Guia de Bolso perceberemos uma imagem que auxiliará o usuário a encontrar rapidamente a informação desejada, facilitando a identificação da ocorrência. Ao lado, visualizaremos a resposta da pergunta “O QUE É?” que define de maneira simples o agravo sofrido pela vítima. Em destaque temos os sinais e sintomas típicos da emergência.

Por fim, observaremos três ícones indicativos de condutas:

Orientações para os primeiros socorros

Orientações avançadas

Situações que indicam gravidade e risco

Os projetos operacionalizados pelo Núcleo de Ações Preventivas, seguem diretrizes da Secretaria de Defesa Social (Secretário Dr. Wilson Damázio), Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (Comandante Geral - Cel BM Casa Nova), Gerência de Prevenção e Articulação Comunitária (Gerente João Evangelista), Núcleo de Ações Preventivas (Gestor – Maj BM Edson Marconni) com o apoio precioso da URBAL.

O Guia de Bolso foi elaborado pelo Major BM Edson Marconni Almeida da Silva do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, atual Comandante do Centro Tecnológico em Emergências e Defesa Civil, Co-coordenador do Programa de Ensino e Pesquisa em Emergências, Acidentes e Violências da Universidade de Pernambuco, especialista em Atendimento Pré-Hospitalar às Emergências e Trauma, Gestão de Crise Gestão de Emergência e Desastre, Professor da Pós-Graduação em Engenharia de Segurança, Professor convidado da Graduação de Medicina, Enfermagem e Educação Física da Universidade de Pernambuco, Instrutor de Atendimento Pré-Hospitalar da Academia Integrada de Defesa Social, Corpo e Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil de Pernambuco.

Infarto agudo do miocárdio

O que é?Infarto agudo do miocárdio é quando as artérias do coração ficam entupidas e deixam de fornecer oxigênio ao músculo cardíaco, denominado miocárdio.

01

Sinais e sintomasDor no peito opressora (sensação de aperto), angustiante e insuportável.Duração maior que 10 minutosDor não diminui com o repousoIrradiação para a mandíbula e membros superiores, particularmente para o braço esquerdo, eventualmente para o estômago (abdome superior medial).

OrientaçõesPosicionar a pessoa na posição supina (tronco levemente inclinado posição confortável)Afrouxe as roupas, remova os sapatosSe a vítima perder os sentidos monitore a respiraçãoSe a vítima parar de respirar iniciar, deite a vítima completamente e inicie massagem cardíaca até a chegada do bombeiro ou a vítima voltar a respirar.

Transporte preferido para HOUC, PROCARDIO outro com especialidade em cardiologiaTransporte preferencial com vítima na posição de supinaMonitoras sinais vitais e instalar Desfibrilador Externo Automático (DEA)Administrar O2 em baixo fluxo (4 litros/minuto)Iniciar RCP, se parada cardíaca

Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Situações que indicam gravidade e risco

Orientações para os primeiros socorros

Orientações avançadas

Legenda:

Ataque epilético

O que é?A epilepsia é uma perturbação neurológica que se caracteriza perda de consciência súbita, espasmos musculares, riscos de traumas associados devido à queda desamparada provocada pelo desmaio.

Sinais e sintomasPerda de consciência seguida de contratura muscular (10 a 20 seg)Sucessivas contraturas musculares (espasmos musculares) com hipersalivação (baba excessiva) (30 a 120 seg)Pós-crise há relaxamento muscular com urina e/ou fezesPaciente letárgico (não lembra o que aconteceu), confuso e sonolento (2 a 25 minutos)

OrientaçõesTente amparar a queda da vítima para evitar lesões decorrentesAfaste os objetos próximos, criando uma zona de segurançaApoie a cabeça do doente com as mãos evitando as sucessivas pancadas no soloNão coloque nada na boca da vítimaNão coloque sal e não dê qualquer tipo de bebidaNão bata na face ou pés do doenteAguarde a convulsão cessar, nunca abandone a vítimaPode-se facilitar o escoamento da salivação excessiva lateralizando a cabeçaQuando a crise terminar deite a vítima lateralmenteSe a vítima retomar a consciência, não existir lesão e puder caminhar, conduza-a para um local reservado para que possa se higienizar

02

Repetidas convulsões pode repercutir em déficit de oxigenação cerebral

Transporte obrigatório a UPASe for a primeira crise convulsivaRepetidas crises convulsivas durante o diaConvulsão persiste por mais de 10 minutos

Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Engasgo: adulto

O que é?Obstrução respiratória por corpo estranho levando a insuficiência respiratória, inconsciência e morte, se não forem adotadas condutas corretivas.

Sinais e sintomasA vítima leva as mãos ao pescoço e não consegue falarAusência de sons ou sons inexpressivosAusência de tosse ou tosse ineficazPele arroxeadaDesmaio quando a obstrução persistir

Orientações (vítima em pé)Traquilize a vítimaAbrace a vítima por traz segurando as mãos acima do umbigo e abaixo das costelasRealize uma sequência de compressões abdominais (trazendo as mãos contra o abdome), descrevendo o movimento semelhante a letra “J”, realize esse movimento lançando as vísceras contra o diafragma.Repita o movimento até o objeto ser expelido ou a vítima desmaiar

03

Não pode cessar as compressões até o objeto ser expelido e a vítima voltar a respirar

Transporte obrigatório a UPASe ocorrer desmaio ou objeto não for expelido completamenteIncentivar a tosse efetivaAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minuto se existir tosse

Orientações (vítima desmaiou)Deite a vítima de costas no solo (superfície rígida)Realize compressões torácica com as mãos (igual a massagem cardíaca), compressões fortes e rápidas (uma compressão a cada contagem 1,2,3,4,5...), mesmo com pulso presenteManter as compressões até o objeto ser expelido e vítima voltar a respirar

“Não precisa realizar respiração boca a boca”

Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Engasgo: gestante, obeso ou criança de 01 (um) a 08 (oito) anos de idade

O que é?Obstrução respiratória por corpo estranho levando a insuficiência respiratória, inconsciência e morte, se não forem adotadas condutas corretivas.

Sinais e sintomasA vítima leva as mãos ao pescoço e não consegue falarAusência de sons ou sons inexpressivosAusência de tosse ou tosse ineficazPele arroxeadaDesmaio quando a obstrução persistir

Orientações (vítima em pé)Traquilize a vítimaAbrace a vítima por traz envolvendo o tóraxRealize uma sequência de compressões para trásRepita o movimento até o objeto ser expelido ou a vítima desmaiar

Não pode cessar as compressões até o objeto ser expelido e a vítima voltar a respirar

Transporte obrigatório a UPASe ocorrer desmaio ou objeto não for expelido completamenteIncentivar a tosse efetivaAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minuto se existir tosse

Orientações (vítima desmaiou)Deite a vítima de costas no solo (superfície rígida)Realize compressões torácica com as mãos (igual a massagem cardíaca), compressões fortes e rápidas (uma compressão a cada contagem 1,2,3,4,5...), mesmo com pulso presenteManter as compressões até o objeto ser expelido e vítima voltar a respirar

“Não precisa realizar respiração boca a boca”

04Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Engasgo: crianças menores de 01 (um) ano de idade

O que é?Obstrução respiratória por corpo estranho levando a insuficiência respiratória, inconsciência e morte, se não forem adotadas condutas corretivas.

Sinais e sintomasA vítima não consegue respirarAusência de sons ou sons inexpressivosAusência de tosse ou tosse ineficazPele arroxeadaDesmaio quando a obstrução persistir

OrientaçõesApoie o corpo do bebê no seu braço (face voltada para baixo), segurando a cabeça firme pela mandíbula e posicionando o corpo inclinado para baixoEfetue 05 (cinco) tapas nas costasApoie o outro braço nas costas e gire o corpo do bebê para cimaRealize 05 (cinco) compressões torácicasVeja se a criança voltou a respirar (choro é um sinal que a vítima respira)Observe se o objeto pode ser visualizado na boca, se for: remova-o com utilizando o dedo mínimoSe a obstrução persistir realize 02 (dois) sopros na boca da vítima, gire o corpo apoiando o tórax no braço e repita os procedimentos (05 tapas nas costas – 05 compressões torácicas – inspeção da boca – 02 sopros)Não parar até a vítima voltar a respirar (sinal clássico é o choro)

Não pode cessar as compressões até o objeto ser expelido e a vítima voltar a respirar

Transporte obrigatório a UPATransportar para o hospital mesmo que o objeto tenha sido expelidoAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minuto no transporte, se objeto expelidoManter manobra, se vítima continuar engasgada sem respirar

05Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Acidente vascular cerebral - Derrame

O que é?Obstrução de um vaso sanguíneo que irriga o encéfalo, pode ser classificada como isquêmico (vasos não rompem) ou hemorrágico (ruptura do vaso e extravasamento de sangue intracraniano).

Sinais e sintomasFraqueza muscular com dormência subida num dos lados do corpoConfusão mental, dificuldade de falar e responder a estímuloDificuldade para enxergarDificuldade para andar, tontura ou falta de coordenaçãoDor de cabeça forte sem causa aparenteBoca torta quando sorrir

Desequilíbrio e falta de coordenação motora

OrientaçõesAplicar a escala de Cincinatti

Sugerir o transportar o paciente para uma UPA Urgente, se houver proximidade, informando que estará mantendo contato com equipe médica da unidade escolhidaO transporte por viatura de resgate é aconselhado se estiver muito próxima do local

Transporte obrigatório a UPAAferir PA, pulso, FR, SpO2 e aplicar escala de CincinattiFornecer O2 se SaO2<92%Determinar hora do início dos sintomasRegistrar fatores de risco: hipertensão arterial, diabetes mellitus, tabagismo, dislipidemia (colesterol e triglicérides), histórico de AVC ou de infarto.

06Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Choque elétrico

O que é?É a passagem da corrente elétrica através do corpo causando queimadura, lesões de músculos e órgãos ou mesmo arritmias cardíacas.

Sinais e sintomasContratura muscular enquanto o corpo estiver energizadoQueimaduras, sendo possível visualizar na maioria das vezes um ponto de entrada e saída da corrente elétrica

OrientaçõesDesligue a rede elétrica. Não toque na vítima enquanto a rede elétrica não estiver ligadaAssegure-se que a chave geral realmente está desligada

Utilize um isolante elétrico para remover fios ou equipamentos em contato com a vítima e/ou a afastar vítima do contato com a fonte energizada

Quando não houver mais risco de choque elétrico, posicione a vítima deitada de costas e verifique se ela está respirandoSe respiração ausente abra a boca e desenrole a línguaSe respiração permanecer ausente inicie massagem cardíaca (não é necessário realizar respiração boca a boca)Se vítima respira, afrouxe as roupas e remova sapatos agasalhando a vítimaCubra a área queimada com um pano limpo umedecido

07

O choque elétrico pode causar parada cardíaca (fibrilação ventricular), prováveis queimaduras internas e fraturas tardiasNão toque o paciente se rede elétrica energizada

Transporte obrigatório a UPACobrir a queimadura com compressas estéreis umedecidas por soro fisiológico, água destilada ou ringer lactatoAgasalhar a vítimaAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minutoInstalar desfibrilador externo automático (DEA), monitorando os sinais vitaisRealizar RCP, se parada cardíaca

Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Queimadura térmica

O que é?Lesão da pele e seus anexos provocados pela exposição e/ou contato com agente térmico.

OrientaçõesInterromper o processo térmicoMolhar a área afetada repetidas vezes (avalie a possibilidade de mergulhar a região)Não romper bolhasNão usar gelo ou água geladaRemover as roupas da área queimada, sem remover tecidos grudadosRemover joias, anéis e adereçosProteja as partes queimadas com panos limposPossível proteger área queimada com filme plástico estéril (utilizado para envolver alimentos)Borrifar água repetidas vezes sobre a pele alivia a dor

Queimaduras graves: Queimadura de face, seios, genitália, períneo, mãos, pés e as que atingem articulaçõesQueimaduras químicas, elétricas (incluindo raios)Queimaduras associada ao trauma, idosos e/ou criançasQueimaduras com mais de 10% da superfície corporal Queimaduras de 3º e 4º graus

Transporte obrigatório a UPAProteger a área queimada com compressas cirúrgicas estéreis umedecidas com água destilada, soro fisiológico ou ringer lactato, se área queimada menor que 10% da superfície corporalProteger a área queimada com compressas cirúrgicas estéreis secas, se área queimada maior que 10% da superfície corporalAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minuto no transporteImpedir contato das superfícies queimadas da pele entre si evitar dobras articulares, contato entre dedos

08

Sinais e sintomas

Queimadura de 1º Grau(epiderme)VermelhidãoDolorosaPele quente e

seca

Queimadura de 2º Grau(epiderme + derme)Bolhas+ DolorosaPele úmida e

brilhante

Queimadura de 3º Grau(todas as camadas)NecroseDor ao redorPele seca,

esbranquiçada, cor de couro, chamuscada

Queimadura de 4º Grau(camadas + órgãos)Além do tecido

adiposo atinge: músculos, ossos e órgãos internos

Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Queimadura química

O que é?Lesão da pele e seus anexos provocados por substâncias químicas.

Sinais e sintomas

09

Queimadura de 1º Grau(epiderme)VermelhidãoDolorosaPele quente e

seca

Queimadura de 2º Grau(epiderme + derme)Bolhas+ DolorosaPele úmida e

brilhante

Queimadura de 3º Grau(todas as camadas)NecroseDor ao redorPele seca,

esbranquiçada, cor de couro, chamuscada

Queimadura de 4º Grau(camadas + órgãos)Além do tecido

adiposo atinge: músculos, ossos e órgãos internos

OrientaçõesInterromper o processo térmicoLavar abundantemente a área afetada com água corrente (mínimo de 10 minutos)Não romper bolhasNão usar gelo ou água geladaRemover as roupas da área queimadaRemover joias, anéis e adereçosProteja as partes queimadas com panos limpos

Queimaduras graves: Queimadura de face, seios, genitália, períneo, mãos, pés e as que atingem articulaçõesQueimaduras químicas, elétricas (incluindo raios)Queimaduras associada ao trauma, idosos e/ou criançasQueimaduras com mais de 10% da superfície corporal Queimaduras de 3º e 4º graus

Transporte obrigatório a UPAProteger a área queimada com compressas cirúrgicas estéreis umedecidas com água destilada, soro fisiológico ou ringer lactato, se área queimada menor que 10% da superfície corporalProteger a área queimada com compressas cirúrgicas estéreis secas, se área queimada maior que 10% da superfície corporalAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minuto no transporteImpedir contato das superfícies queimadas da pele entre si evitar dobras articulares, contato entre dedos

Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Queimadura provocada por caravelas

O que é? Lesão da pele e seus anexos provocados por substâncias urticantes alojadas em vesículas dos tentáculos das caravelas ou águas-vivas.

Sinais e sintomasDor localQueimaduras, sendo possível visualizar na maioria das vezes um ponto de entrada e saída da corrente elétrica

OrientaçõesNão aplicar gelo ou água “doce” na área afetadaO socorrista deve proteger as mãos e derramar vinagre sobre a área afetada (30 segundos) e cuidadosamente remover os tentáculos aderidos à peleA imersão em água quente tolerável é o tratamento após remoção dos tentáculosNão utilize água doce (a água doce rompe vesículas que armazenam a substância urticante que provoca a queimadura)Não esfregue a área atingida, aumenta a queimadura e possibilita infecçõesNão urinar sobre a superfícieNão remover tentáculos com as mãos desprotegidas

Não utilizar água doceRisco de reação alérgica se for observado tosse e falta de arQueimaduras na região abdominal e torácica podem comprometer a respiração

Transporte obrigatório a UPARemover tentáculos ainda agregados à peleProteger a área afetada com compressas estéreisAvaliar respiraçãoAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minuto no transporte

10Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Parada cardíaca - adulto

O que é?É quando o coração para de funcionar como bomba, consequentemente, deixa de promover a circulação sanguínea.

Sinais e sintomasAusência de respiraçãoNão reage a dorNão emite sons

OrientaçõesConfirmar se a vítima não respira: repouse uma mão sobre a parte inferior do tórax e início do abdomeSe vítima não respira iniciar massagem cardíacaPosicionar as mãos sobrepostas no tórax no meio do peito, sobre o osso denominado esterno (mantenha o braço estendido)Comprimir o tórax para baixo mantendo um ritmo de 100 massagens/minutoPermitir o retorno completo do tórax após a compressão, sem perder o contato das mãos com o tóraxManter a massagem até a vítima voltar a respirar ou a chegada da equipe de bombeiro

Não cessar a RCP até a chegada do Corpo de BombeirosNão é necessário a respiração boca a boca (a massagem cardíaca garante circulação e respiração)

Transporte obrigatório a UPAConfirmar a parada cardíaca avaliando a respiraçãoSe respiração ausente: realizar RCP e solicitar o desfibriladorInstalar desfibrilador esterno automático (DEA) enquanto realiza RCPQuando o equipamento estiver instalado e ligado, seguir orientação de voz do equipamentoSe choque indicado afastar todos e proceder ao choque e retomar a massagem cardíaca imediatamente após descarga elétricaSe choque não indicado continuar RCPConectar o ventilador manual (AMBU) no O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minuto no transporte, conectando a bolsa reserva de oxigênio, se disponívelNão desconectar o DEA // Manter massagem cardíaca por 3x[5x(30:2)] // observar protocolo de conduta para CESSAR ESFORÇOS NA RCP

11Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Parada cardíaca – criança

O que é?É quando o coração para de funcionar como bomba, consequentemente, deixa de promover a circulação sanguínea.

Sinais e sintomasAusência de respiraçãoNão reage a dorNão emite sons

OrientaçõesConfirmar se a vítima não respira: repouse uma mão sobre a parte inferior do tórax e início do abdomeSe vítima não respira iniciar massagem cardíacaPosicionar uma das mãos no tórax no meio do peito, sobre o osso denominado esterno (mantenha o braço estendido)Comprimir o tórax para baixo mantendo um ritmo de 100 massagens/minutoPermitir o retorno completo do tórax após a compressão, sem perder o contato das mãos com o tóraxManter a massagem até a vítima voltar a respirar ou a chegada da equipe de bombeiro

Não cessar a RCP até a chegada do Corpo de BombeirosNão é necessário a respiração boca a boca (a massagem cardíaca garante circulação e respiração)

Transporte obrigatório a UPAConfirmar a parada cardíaca avaliando a respiraçãoSe respiração ausente: realizar RCP e solicitar o desfibriladorInstalar desfibrilador esterno automático (DEA) enquanto realiza RCPQuando o equipamento estiver instalado e ligado, seguir orientação de voz do equipamentoSe choque indicado afastar todos e proceder ao choque e retomar a massagem cardíaca imediatamente após descarga elétricaSe choque não indicado continuar RCPConectar o ventilador manual (AMBU) no O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minuto no transporte, conectando a bolsa reserva de oxigênio, se disponívelNão desconectar o DEA // Manter massagem cardíaca por 3x[5x(30:2)] // observar protocolo de conduta para CESSAR ESFORÇOS NA RCP

12Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Parada cardíaca – bebê

O que é?É quando o coração para de funcionar como bomba, consequentemente, deixa de promover a circulação sanguínea.

Sinais e sintomasAusência de respiraçãoNão reage a dorNão emite sons

OrientaçõesConfirmar se a vítima não respira: repouse uma mão sobre a parte inferior do tórax e início do abdomeSe vítima não respira iniciar massagem cardíacaLocalizar o centro do peito com um dedo (entre os mamilos)Com dois dedos comprima o tórax (imediatamente abaixo ao centro do peito) mantendo um ritmo de 100 massagens/minutoPermitir o retorno completo do tórax após a compressão, sem perder o contato dos dedos com o tóraxManter a massagem até a vítima voltar a respirar ou a chegada da equipe de bombeiro

Não cessar a RCP até a chegada do Corpo de BombeirosNão é necessário a respiração boca a boca (a massagem cardíaca garante circulação e respiração)

Transporte obrigatório a UPAConfirmar a parada cardíaca avaliando a respiraçãoSe respiração ausente: realizar RCP e transportar para o hospital mais próximoConectar o ventilador manual (AMBU) no O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minuto no transporte, conectando a bolsa reserva de oxigênio, se disponível

13Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Desmaio

O que é?É a perda da consciência geralmente associada à falta de açúcar ou oxigênio no cérebro

Sinais e sintomasPalidez (lábios descorados)Suor frioFalta de forçasPulso fraco

OrientaçõesTraquilize a vítima e deite-a com costas no soloAfrouxe as roupasRemova sapatosFacilite a respiração (peça para se afastarem)Eleve as pernas um palmo do solo

Não oferecer nada para comer ou beberNão esfregar álcool, éter ou outras substâncias no nariz ou corpo do vitimado

Transporte obrigatório a UPAAvaliar respiraçãoSe respiração ausente realizar RCPAfrouxar roupasRemover sapatosEleve membros inferiores de 20 a 30 centímetrosAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minutoAferir a pressão arterial

14Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Intoxicação por plantas venenosas

O que é?É a intoxicação do organismo decorrente da mastigação ou ingestão de substâncias ou plantas venenosas

Sinais e sintomasSensação de queimaçãoInchaço dos lábios e línguaNáuseas e vômitosDiarreia ou cólicaSalivação abundantePele friaDificuldade de engolir, asfixiaVermelhidão, queimadura ou lesões na peleDistúrbios cardíacosConfusão mental, sonolência ou inconsciência

OrientaçõesRetire cuidadosamente o resto da planta da boca da criançaEnxague a boca da vítima com água em abundânciaGuarde amostra da planta num recipiente para ser apresentada ao médico no hospitalProcure saber o nome da plantaTransportar a vítima para a UPA mais próxima

Não oferecer nada para comer ou beber

Transporte obrigatórioAvaliar respiraçãoSe respiração ausente realizar RCPAfrouxar roupasRemover sapatosAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minutoAferir a pressão arterialTransportar para o Hospital da Restauração (CEATOX)

15Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Intoxicação por substâncias químicas sólidas

O que é?É a intoxicação do organismo decorrente da ingestão de substâncias químicas na fase sólida

Sinais e sintomasNáuseas e vômitosCólicaSalivação abundantePele friaDificuldade de engolir, asfixiaVermelhidão na peleDistúrbios cardíacosConfusão mental, sonolência ou inconsciência

OrientaçõesIncentivar o vômito da substância ingeridaGuarde amostra do medicamento ou recipiente para ser apresentada ao médico no hospitalAgasalhar a vítimaProcure saber o nome do medicamentoTransportar a vítima para a UPA mais próxima

Monitorar respiração todo o tempo

Transporte obrigatórioAvaliar respiraçãoSe respiração ausente realizar RCPAfrouxar roupasRemover sapatosAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minutoAferir a pressão arterialTransportar para o Hospital da Restauração (CEATOX)

16Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Intoxicação por substâncias químicas líquida

O que é? É a intoxicação do organismo decorrente da ingestão de substâncias químicas na fase líquida

Sinais e sintomasSensação de queimaçãoInchaço dos lábios e línguaNáuseas e vômitosDiarreia ou cólicaSalivação abundantePele friaDificuldade de engolir, asfixiaVermelhidão, queimadura ou lesões na peleDistúrbios cardíacosConfusão mental, sonolência ou inconsciência

OrientaçõesIncentivar o vômito da substância ingeridaNão incentivar o vômito se a substância for corrosiva ou derivada de petróleoGuarde amostra do medicamento ou recipiente para ser apresentada ao médico no hospitalAgasalhar a vítimaProcure saber o nome do medicamentoTransportar a vítima para a UPA mais próxima

Monitorar respiração todo o tempo

Transporte obrigatórioAvaliar respiraçãoSe respiração ausente realizar RCPAfrouxar roupasRemover sapatosAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minutoAferir a pressão arterialTransportar para o Hospital da Restauração (CEATOX)

17Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Animais peçonhentos

O que é?É a intoxicação do organismo decorrente da inoculação de veneno através da peçonha do animal

Sinais e sintomasInchaço e dores, com sensação de formigamento no local da picadaSangramento no local da inoculação do venenoPulso aceleradoFraqueza e visão turvaNáuseas, vômitos e dificuldade para respirarSensação de frioDistúrbios cardíacosConfusão mental, sonolência ou inconsciência

OrientaçõesLavar o local com água e sabãoManter a vítima deitada e evitar que ela fique se movimentando para mão favorecer a absorção do venenoTransportar para a UPA ou hospital mais próximoNão faça torniqueteNão perfure nem corte a peleNão chupe a área da picadaNão dê nada para a vítima beberRemova o ferrão da abelha raspando o local com um cartão

Não realizar torniquete

Transporte obrigatórioAvaliar respiraçãoSe respiração ausente realizar RCPAfrouxar roupasRemover sapatosAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minutoAferir a pressão arterialTransportar para o Hospital da Restauração (CEATOX)

18Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Sangramento - Hemorragia

O que é?É a perda sanguínea decorrente de uma lesão vascular (artéria ou veia)

Sinais e sintomasBatimentos cardíacos acelerados (taquicardia)Sangramento ou mancha roxa na área da lesãoPulso fino e rápidoPele pálida ou arroxeadaPele fria e úmidaRetorno sanguíneo nas pontas dos dedos lento (superior a 2 segundos)Sede

OrientaçõesTraquilize a vítima e deite-a com costas no soloComprimir o local com compressas de pano limpoFaça um curativo para manter a pressão realizadaSe o sangramento não estancar aplique um torniquete sem afrouxarDeite a vítima de costas no solo (superfície rígida)Afrouxe as roupasRemova sapatosFacilite a respiração (peça para se afastarem)Eleve as pernas um palmo do soloCubra o vitimado com um cobertor para manter a temperatura corporal

Indicado reposição volêmica se: FC > 120bpm Pressão de pulso (PP) tendendo a zero (PP (Pressão de pulso) = PA Sistólica – PA Diastólica)Perfusão capilar periférica > 2 segundosComa

Transporte obrigatórioControlar sangramento com o curativo mais adequadoAferir FR, FC, pressão arterialPrevenir o choque hemorrágico:Afrouxar roupas e remover sapatosElevar membros inferiores de 20 a 30 centímetros, se não houver TCE associadoAgasalhar a vítima para prevenir hipotermiaAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minutoSolicitar regulação médica para repor volemia

19Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Fratura exposta

O que é?É a quando o osso fratura foi exposto ao meio ambiente.

Sinais e sintomasExposição do osso ao meio ambienteIncapacidade total ou parcial dos movimentosFerimento associado a fraturaDiminuição de perfusão

OrientaçõesEstabilize a fratura segurando o membro pelas articulaçõesCubra o ferimento com compressa ou panos limposPosicione uma tala maior que o tamanho do membroObserve a circulação periférica, pressionando a extremidade do dedo vítima (membro que está sendo estabilizado)Conte o tempo necessário para ocorrer o retorno venoso (tempo de referência)Fixe a tala utilizando tiras de pano ou atadurasApós realizar a estabilização cheque novamente a circulação periférica, pressionando a extremidade do dedo vítima (membro que está sendo estabilizado)Afrouxe e refaça o procedimento se o tempo de retorno venoso aumentar, a vítima reclamar de “formigamento” ou “dormência”, isso indica que está muito apertadaLembre-se: a imobilização não pode ficar muito apertada, nem muito folgadaEleve as pernas um palmo do soloCubra o vitimado com um cobertor para manter a temperatura corporal

Fraturas são perigosas se associadas a lesão vascularFraturas na bacia (pelve) e fêmur são fraturas instáveis com risco de choqueOssos sangram e doem, controlar o sangramento e estabilizar a fratura garantem o transporte emergencial adequadoIndicado reposição iniciar prevenção do choque hemorrágico se FC > 100bpm

Transporte obrigatórioControlar sangramento com o curativo mais adequadoGarantir a estabilidade da imobilizaçãoAferir FR, FC, pressão arterialTransportar para UPA

20Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

Choque hemorrágico

O que é?É colapso do sistema cardiovascular

Sinais e sintomasBatimentos cardíacos acelerados (taquicardia)Sangramento ou mancha roxa na área da lesãoPulso fino e rápidoPele pálida ou arroxeadaPele fria e úmidaRetorno sanguíneo nas pontas dos dedos lento (superior a 2 segundos)Sede

OrientaçõesTraquilize a vítima e deite-a com costas no soloComprimir o local com compressas de pano limpoFaça um curativo para manter a pressão realizadaSe o sangramento não estancar aplique um torniquete e não afrouxarDeite a vítima de costas no solo (superfície rígida)Afrouxe as roupasRemova sapatosFacilite a respiração (peça para se afastarem)Eleve as pernas um palmo do soloCubra o vitimado com um cobertor para manter a temperatura corporal

Indicado reposição volêmica se: FC > 120bpm Pressão de pulso (PP) tendendo a zero (PP (Pressão de pulso) = PA Sistólica – PA Diastólica)Perfusão capilar periférica > 2 segundosComa

Transporte obrigatórioControlar sangramento com o curativo mais adequadoAferir FR, FC, pressão arterialPrevenir o choque hemorrágico:Afrouxar roupas e remover sapatosElevar membros inferiores de 20 a 30 centímetros, se não houver TCE associadoAgasalhar a vítima para prevenir hipotermiaAdministra O2 em alto fluxo de 12 a 15 litros por minutoSolicitar regulação médica para repor volemia

19Maj BM Edson Marconni Almeida da Silva

SECRETARIA DE DEFESA SOCIALCORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE PERNAMBUCO

DIRETORIA DE GESTÃO DE PESSOASCENTRO TECNOLÓGICO EM EMERGÊNCIAS E DEFESA CIVIL

2012

Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco