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1 KOH + CO 2 KHCO 3 CO 2 KHCO 3 Pressão no frasco Leitura do líquido O Respirômetro de Otto Warburg - 1920 - Era usado para medir a produção de CO 2 . - Permitia determinar a estequiometria das reações. Glicose + 6O 2 6CO 2 + 6H 2 O

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KOH + CO2 KHCO3CO2 KHCO3

Pressão no frascoLeitura do líquido

O Respirômetro de Otto Warburg - 1920

- Era usado para medir a produção de CO2.

- Permitia determinar a estequiometria das reações.

Glicose + 6O2 6CO2 + 6H2O

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Os experimentos de Szent-Gyorgyi

A: Piruvato (C3) + 3O2 3CO2 + 3 H2OB: Piruvato (C3) + ácidos dicarboxílicos (C4) + 7O2 7CO2 + 7 H2O

A

Tempo (min)

Moles CO2 produzidos

0 5 10 15 20

B3210

Músculo de peito de pombo

- Usando o respirômetro de Warburg ele revela que 3 mols de CO2 são produzidos por mol de piruvato.

- A adição de ácidos dicarboxílicos (C4) (Malato, Oxaloacetato, Succinato e Fumarato) acelerava a geração de CO2 e o consumo de O2 mas gerava os mesmos 3 mols de CO2.

- Os ácidos dicarboxílicos não eram consumidos na reação!

- Szent-Gyorgyi não conseguiu dar uma boa explicação de porque os ácidos C4 aceleravam a produção de CO2 e o consumo de O2 mas não eram consumidos na reação.

- Ele postulou que os ácidos C4 eram carreadores de hidrogênio entre os substratos energéticos e os citocromos.

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Os experimentos de Hans Krebs- Observando os dados disponíveis na época Krebs destaca os trabalhos de Thumberg entre 1906 e 1920 usando tecidos musculares. Ele testou a oxidação de cerca de 60 substâncias orgânicas e descobriu que a forma ionizada de vários ácidos como o lactato, succinato, fumarato, malato, citrato, eram rapidamente oxidadas.

- Krebs então testa outros ácidos dicarboxílicos. Em 1935 descobre que um deles, o α-cetoglutarato, com 5 carbonos, assim como nos experimentos de Szent-Gyorgyi, aceleravam a produção de CO2 e não eram consumidos na reação.

Moles CO2 produzidos

3210

0 6 12 18 24 30

Piruvato

- Em 1937 Krebs testa ácidos tricarboxílicos como citrato, isocitrato e aconitato, agora com 6 carbonos, e observa que a produção de CO2 também era estimulada e esses intermediários não eram consumidos.

Moles CO2 produzidos

3210 0 6 12 18 24 30

Piruvato

Tempo (min)

Tempo (min)

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- Segundo Krebs, outra contribuição significativa para suas descobertas veio dos estudos de Martius e Knoop, em 1937, que elucidaram a transformação oxidativa de citrato até α-cetoglutarato.

- Krebs observou nos trabalhos de Shiffield em 1937 que a formação de citrato (C6) ocorria rapidamente após a adição de oxaloacetato (C4) em diversos tecidos. Concluiu então que a formação desse composto de 6 carbonos poderia se originar da ligação de um produto de 4 carbonos (oxaloacetato) mais dois carbonos vindos provavelmente da degradação da glicose.

- Juntando as seguintes informações:

1- ácidos di e tri carboxílicos aceleravam a formação de CO2 em diversos tecidos mas não eram consumidos na reação.

2- algum composto de 2 carbonos vindo provavelmente da glicólise se combinava com oxaloacetato e formava um composto de 6 carbonos (citrato) que iniciava uma via de interconversão, Krebs conclui e postula um modelo que ele chamou de “Ciclo do Ácido Cítrico” ou dos “Ácidos Tricarboxílicos”.

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Krebs então postula que:“O piruvato, ou um derivado vindo da glicólise (acetato), se condensa com o oxaloacetato e forma citrato. Por uma sequência de reações que envolvem cis-aconitato, isocitrato, α-cetoglutarato, succinato, fumarato, malato e oxaloacetato como intermediários, um ácido acético é oxidado e o oxaloacetato necessário para a reação inicial de condensação é regenerado. Isso explica a ação catalítica dos ácidos di e tricarboxílicos (de 4,5 e 6 carbonos), bem como a capacidade que esses ácidos possuem

de se oxidar nos tecidos que oxidam carboidratos.”

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Os experimentos de Fritz Lipmann- Naquela época já se sabia que a Coenzima A estava envolvida em reações de transferência de carbono e que ela era derivado do ácido pantotênico, uma vitamina pertencente ao complexo B.

- Lipmann demonstra que o consumo de O2 é aumentado na presença de CoA quando se fornece glicose-fosfato para leveduras

- A síntese de citrato aumenta na presença de coenzima A

- A coenzima A é uma molécula ubíqua nos tecidos

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Ciclo de Krebs

- Também é conhecido como ciclo dos ácidos tricarboxílicos ou ciclo do ácido cítrico.

- As principais reações envolvidas são de descarboxilação, com conseqüente liberação de CO2 e desidrogenação, com redução de intermediários metabólicos como NAD e FAD e conservação de energia.

- É uma via central no metabolismo onde intermediários do catabolismo de açúcares, lipídeos e proteínas convergem e alimentam o ciclo enquanto que reações anabólicas drenam alguns de seus intermediários.

A produção de acetato – o esqueleto carbônico da glicose (piruvato) é convertido no interior das mitocôndrias a acetato e depois complexado com CoA originado Acetil-CoA, um dos principais intermediários que alimenta o ciclo. Essa reação é catalizada por um complexo de três enzimas conhecido como Piruvato Desidrogenase. As reações desse complexo são de descarboxilação oxidativa e necessitam de muitos cofatores.

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O Complexo Piruvato Desidrogenase

- Esse complexo é formado por três enzimas que agem em sequência. São elas: Piruvato Desidrogenase (E1), Dihidrolipoil Transacetilase (E2) e Dihidrolipoil Desidrogenase (E3).

- Os cofatores necessários para a atividade da enzima são: FAD, NAD, CoA, TPP (Tiamina Pirofosfato) e Lipoato.

A descarboxilação oxidativa de piruvato para acetil-CoA catalizada pelo complexo piruvato desidrogenase ocorre as seguinte forma

São 5 reações em sequência:

1- o piruvato se liga a E1 através da TPP e é descarboxilado.

2- o acetato é oxidado e os dois elétrons removidos reduzem o lipoato ligado em E2.

3- E2 catalisa a esterificação do grupamento acetil na CoA, formando Acetil-CoA e reduzindo completamente o lipoato.

- As próximas duas reações do complexo tem como objetivo regenerar o lipoato oxidado ligado em E2 que foi reduzido nos passos 1,2 e 3 e preparar a enzima para mais um round de oxidação.

4- E3 promove a transferência de elétrons do lipoato reduzido até o FAD, regenerando o lipoato

5- O FAD reduzido ligado em E3 transfere então elétrons para o NAD e a enzima está pronta para mais uma catálise.

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As Reações do Ciclo de Krebs

PiruvatoNAD+

NADH

CO2

CoA-SH

Mitocôndria

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1° Reação:

2° Reação:

A enzima possui um centro Fe-S importante para sua catálise que a torna muito susceptível ao estresse oxidativo.

3° Reação:

Ocorre a primeira descarboxilação oxidativa com liberação com conservação de energia na forma de NADH

4° Reação:

Ocorre outra descarboxilação oxidativa com conservação de energia.

A catálise do complexo α-cetoglutarato desidrogenase é similar ao da piruvato desidrogenase

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5° Reação:

6° Reação:

Ocorre conservação de energia na forma de FAD reduzido.

A succinato desidrogenase é a única enzima do TCA que está ligada à matriz mitocondrial

7° Reação:

8° Reação:

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Balanço Final – Cada molécula de Acetil-CoA que entra no ciclo gera:

•3 NADH

•1 FADH2

•1 GTP ou ATP

Componentes do TCA são importantes intermediários anabólicos

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O catabolismo de proteínas gera diversos intermediários do TCA

Reações anapleróticas repõem intermediários metabólicos importantes para o TCA

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A Regulação do Ciclo de Krebs