1 INTRODUÇÃO - Segurança do Trabalho -...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL – UFMS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – CCET DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL - DEC SEGURANÇA DO TRABALHO Alunos: Douglas Jeronymo João Longo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL – UFMS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – CCET

DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL - DEC

SEGURANÇA DO TRABALHO

Alunos: Douglas Jeronymo

João Longo

JUNHO / 2014

CAMPO GRANDE – MS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL – UFMS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – CCET

DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL - DEC

SEGURANÇA DO TRABALHOEPI e EPC

Trabalho exigido como avaliação

parcial da nota da disciplina de

Segurança do Trabalho, ministrada

pela prof. Elisabeth Spengler Cox de

Moura Leite

JUNHO / 2014

CAMPO GRANDE - MS2

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Índice

1. Introdução...............................................................................................42. Equipamentos de Proteção Individual (EPI‘s) ....................................4

a. Quando utilizar ............................................................................5b. Tipos de EPI‘s .............................................................................5

i. Proteção para os Membros Superiores..........................5ii. Proteção para os Membros Inferiores ............................7iii. Proteção para Corpo Inteiro ............................................9iv. Proteção Auditiva ...........................................................10v. Proteção Respiratória ....................................................10vi. Proteção para Olhos e Face ..........................................11

vii. Proteção Contra Quedas ...............................................13c. Restauração, Lavagem e Higienização de EPI........................14

3. Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)........................................14a. Tipos de EPC..............................................................................15

i. Utilização de EPC's na Construção Civil .....................204. Legislação.............................................................................................24

a. Obrigações do empregador .....................................................24b. Obrigações do empregado ......................................................25c. Obrigações do fabricante e do importador ............................25d. Certificado de Aprovação - CA ................................................26e. Da competência do ministério do trabalho e emprego / MTE 27

5. Bibliografia............................................................................................27

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1. Introdução

Os acidentes do trabalho constituem a face visível de um processo de

desgaste e destruição física de parcela da forca de trabalho no sistema capitalista.

Segundo a Organização Mundial de Saúde os acidentes e doenças do trabalho são

responsáveis por mais de 120 milhões de lesões e pelo menos 220 mil mortes por

ano no plano mundial. O Brasil, depois de ocupar durante a d´década de 70 o t

´título de campeão mundial de acidentes de trabalho, continua, com base nos dados

da Organização Internacional do Trabalho - OIT de 1995, posicionado entre os dez

piores no plano mundial, ao lado da Índia, quanto ao índice de acidentes em relação

ao número de trabalhadores empregados na indústria.

A despeito das medidas de controle e campanhas implantadas no país para

redução dos acidentes a partir da década de 70, começaram a surgir leis para

regulamentação de medidas de proteção e prevenção de acidentes de trabalho.

Uma delas, exigindo o uso obrigatório de instrumentos que tem por finalidade evitar

ou amenizar riscos desses acidentes. Sendo eles os equipamentos de proteção

individual e de porte¸˜ao coletiva. Atualmente o uso desses ´e regulamentado pela

NR-6.

Este trabalho tem o intuito de demonstrar a necessidade do emprego de

equipamentos de proteção individual (EPI’s) e equipamentos de proteção coletiva

(EPC’s) principalmente na construção civil, suas formas de obtenção e utilização,

bem como, a regulamentação do uso dos mesmos.

2. Equipamento de proteção individual (EPI’s)

EPI’s são quaisquer meios ou dispositivo destinados a ser utilizados por uma

pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o

exercício de uma determinada atividade. Um equipamento de proteção individual

pode ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a

proteger o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. O uso deste tipo de

equipamentos só deverá ser contemplado quando não for possível tomar medidas

que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade.

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As recomendações hoje existentes para o uso de EPI´s são bastante genéricas e

padronizadas, não considerando variáveis importantes como o tipo de equipamento

uti- lizado na operação, os n´níveis reais de exposição¸˜ao e até mesmo das

características ambientais e da cultura onde o produto será´ aplicado. Estas

variáveis acarretam muitas vezes gastos desnecessários, recomendações

inadequadas e podem aumentar o risco do trabalhador, ao invés de diminuí-lo.

a. Quando Utilizar

Quando o trabalhador se expõe diretamente a riscos não controláveis por

outros meios técnicos de segurança.

• Em casos de emergência, ou seja, quando a rotina do trabalho é quebrada por

qualquer anormalidade, exigindo o uso de proteção complementar e temporária

pelos trabalhadores envolvidos.

• Quando o trabalhador se expõe a riscos apenas parcialmente controlados por

outros recursos técnicos.

• A título precário, em período de instalação, reparos ou substituição de dispositivos,

para impedir o contato do trabalhador com o fator de risco.

O EPI deve cumprir as seguintes características:

• Proteger adequadamente;

• Serem resistentes

• Serem práticos

• De fácil manutenção

b. Tipos de EPI’s

i. Proteção para os Membros Superiores

Luvas5

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Um dos equipamentos de proteção mais importantes, pois protege as partes

do corpo com maior risco de exposição¸˜ao: as mãos. Existem vários tipos de luvas

no mercado e a utilização deve ser de acordo com o tipo de formulação do produto a

ser manuseado. A luva deve ser impermeável ao produto químico. Produtos que

contem solventes orgânicos, como por exemplo, os concentrados emulsionáveis,

devem ser manipulados com luvas de BORRACHA NITR´ILICA ou NEOPRENE,

pois estes materiais são impermeáveis aos solventes orgânicos. Luvas de LA´ TEX

ou de PVC podem ser usadas para produtos sólidos ou formulações que não

contenham solventes orgânicos. De modo geral, recomenda-se a aquisição¸˜ao das

luvas de “borracha NITRILICA ou NEOPRENE”, materiais que podem ser utilizados

com qualquer tipo de formulação.

Existem vários tamanhos e especificações de luvas no mercado. O usuário

deve certificar-se sobre o tamanho ideal para a sua mão, utilizando as tabelas

existentes na embalagem.

Creme Protetor

Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra

agentes químicos, de acordo com a Portaria SSST no 26, de 29/12/1994.

Manga

a) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra choques

elétricos;

b) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes

abrasivos e escoriantes;

c) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes

cortantes e perfurantes;

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d) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade

proveniente de operações com uso de água;

e) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes

térmicos.

Braçadeira

Braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes

cortantes.

Dedeira

Dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e

escoriantes.

ii. Proteção para os Membros Inferiores

Botas

Devem ser impermeáveis, preferencialmente de cano alto e resistente aos

solventes orgânicos, por exemplo, PVC. Sua função é a proteção dos pés. É o único

equipamento que não possui CA.

Calçado

a) Calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos

sobre os artelhos;

b) Calcado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;

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c) Calcado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;

d) Calcado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e

escoriantes;

e) Calcado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade

proveniente de operações com uso de água;

f) Calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de

produtos químicos.

Meia

Meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

Perneira

a) Perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e

escoriantes;

b) Perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;

c) Perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos

químicos;

d) Perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e

perfurantes;

e) Perneira de segurança para proteção da perna contra umidade proveniente de

operações com uso de água.

Calça

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a) Calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e

escoriantes;

b) Calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos

químicos;

c) Calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;

d) Calca de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de

operações com uso de água.

iii. Proteção para Corpo Inteiro

Avental

Produzido com material resistente a solventes orgânicos (PVC, bagum, tecido

emborrachado aluminado, nylon resinado ou não tecidos), aumenta a proteção¸˜ao

do aplicador contra respingos de produtos concentrados durante a preparação da

calda ou de eventuais vazamentos de equipamentos de aplicação costal.

Jaleco e calça hidro-repelentes

São confeccionados em tecido de algodão tratado para se tornarem hidro-

repelentes, são apropriados para proteger o corpo dos respingos do produto

formulado e não para conter exposições extremamente acentuadas ou jatos

dirigidos.

É fundamental que jatos não sejam dirigidos propositadamente a vestimenta e

que o trabalhador mantenha-se limpo durante a aplicação.

Os tecidos de algodão com tratamento hidro-repelente ajudam a evitar o

molhamento e a passagem do produto tóxico para o interior da roupa, sem impedir a 9

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transpiração, tornando o equipamento confortável. Estes podem resistir até 30

lavagens, se manuseados de forma correta. Os tecidos devem ser

preferencialmente claros, para reduzir a absorção de calor e ser de fácil lavagem,

para permitir a sua reutilização. Ha calcas com reforço adicional nas pernas, que

podem ser usadas nas aplicações onde exista alta exposição do aplicador a calda

do produto (pulverização com equipamento manual, por exemplo).

iv. Proteção Auditiva

Protetor auditivo

a) Protetor auditivo circum-auricular para proteção¸˜ao do sistema auditivo contra

níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;

b) protetor auditivo de inserção¸ para proteção do sistema auditivo contra níveis de

pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;

c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de

pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II.

v. Proteção Respiratória

Respiradores

Geralmente chamados de máscaras, os respiradores têm o objetivo de evitar

a inalação de vapores orgânicos, nevoas ou finas partículas tóxicas através das vias

respiratórias. Existem basicamente dois tipos de respiradores: sem manutenção

(chamados de descartáveis) que possuem uma vida útil relativamente curta e

recebem a sigla PFF (Peça Facial Filtrante), e os de baixa manutenção que

possuem filtros especiais para reposição, normalmente mais duráveis. Os

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respiradores mais utilizados nas aplicações de produtos fitossanitários são os que

possuem filtros P2 ou P3. Para maiores informações consulte o fabricante.

Os respiradores são equipamentos importantes mas que podem ser

dispensados em algumas situações, quando não há presença de nevoas, vapores

ou partículas no ar, por exemplo:

a) aplicação tratorizada de produtos granulados incorporados ao solo;

b) pulverização com tratores equipados com cabines climatizadas.

Devem estar sempre limpos, higienizados e os seus filtros jamais devem estar

saturados. Antes do uso de qualquer tipo de respirador, o usuário deve estar

barbeado, além de realizar um teste de ajuste de vedação, para evitar falha na

selagem. Quando estiverem saturados, os filtros devem ser substituídos ou

descartados.

É importante notar que, se utilizados de forma inadequada, os respiradores

tornam-se desconfortáveis e podem transformar-se numa verdadeira fonte de

contaminação. O armazenamento deve ser em local seco e limpo, de preferência

dentro de um saco plástico.

vi. Proteção para Olhos e Face

Viseira Facial

Protege os olhos e o rosto contra respingos durante o manuseio e a

aplicação. A viseira deve ter a maior transparência possível e não distorcer as

imagens. Deve ser revestida com viés para evitar corte. O suporte deve permitir

que a viseira não fique em contato com o rosto do trabalhador e embace. A viseira

deve proporcionar conforto ao usuário e permitir o uso simultâneo do respirador,

quando for necessário. Quando não houver a presença ou emissão de vapores ou

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partículas no ar o uso da viseira com o boné árabe pode dispensar o uso do

respirador, aumentando o conforto do trabalhador.

Existem algumas recomendações de uso de óculos de segurança para

proteção dos olhos. A substituição dos óculos pela viseira protege não somente os

olhos do aplicador mas também o rosto.

Boné Árabe

Confeccionado em tecido de algodão tratado para tornar-se hidro-repelente.

Protege o couro cabeludo e o pescoço de respingos e do sol.

Capuz ou Touca

Peça integrante de jalecos ou macacões, podendo ser em tecidos de algodão

tratado para tornar-se hidro-repelente ou em não tecido. Substituem o boné árabe

na proteção do couro cabeludo e pescoço.

a) Capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem

térmica;

b) Capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de

produtos químicos;

c) Capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de

contato com partes giratórias ou moveis de máquinas.

Máscara de Solda

a) Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos

de partículas volantes;

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c) Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação

ultravioleta;

d) Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação

infravermelha;

e) Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra

luminosidade intensa.

Capacete

a) Capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;

b) Capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;

c) Capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos provenientes

de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.

vii. Proteção Contra Quedas

Dispositivo Trava-Queda

Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em

operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão

de segurança para proteção contra quedas.

Cinturão13

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a) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em

trabalhos em altura;

b) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no

posiciona- mento em trabalhos em altura.

Dentre muitos outros EPI´s que são encontrados no mercado para diferentes áreas.

c. Restauração, Lavagem e Higienização do EPI

Os EPIs passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão definidos

pela comissão tripartite constituída, na forma do disposto no item 6.4.1, desta NR,

devendo manter as características de proteção original.

3. Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)

Como o próprio nome diz, equipamentos de proteção coletiva são dispositivos

utiliza- dos no ambiente laboral com o objetivo de proteger os trabalhadores dos

riscos inerentes aos processos. Normalmente os EPC’s envolvem facilidades para

os processos industriais colaborando no aumento de produtividade e minimizando os

efeitos de perdas em função de melhorias nos ambientes de trabalho.

Via de regra quando se pensa nos equipamentos de proteção coletiva vem à

mente investimentos altos de retorno duvidoso. A bem da verdade, isso raramente

ocorre, pois em se tratando de técnicas prelecionistas, as ideias que maiores

resultados apresentam são as que conciliam baixo custo e alta durabilidade às

condições ideais de proteção. Outra verdade inquestionável é a de que os

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detentores do maior conhecimento de soluções ideais de proteção são os próprios

trabalhadores que estão expostos aos riscos. Comprova-se isso facilmente,

lembrando-se dos resultados colhidos com a criação dos grupos de qualidade.

A melhoria das condições de trabalho depende, e muito, do projeto do processo

e, por isso, é preciso que se realize uma análise prévia desses sistemas, antes de

sua implantação por profissionais especializados em segurança do trabalho, para

que os riscos ocupacionais sejam identificados e as medidas de proteção

convenientes sejam adotadas antes da liberação do processo. Respeitados esses

critérios, os investimentos em melhorias do processo são melhor otimizados,

evitando-se o risco de paradas desnecessárias para correção de anomalias.

As medidas de proteção coletiva, isto é, que beneficiam a todos os

trabalhadores, indistintamente, devem ter prioridade, conforme determina a

legislação que dispõe sobre Segurança e Medicina do Trabalho. Os EPC’s podem

ser equipamentos simples, como corrimãos de escadas até sistemas sofisticados de

detecção de gases dentro de uma planta química.

Os dispositivos de segurança em maquinas, por exemplo, tem a finalidade

principal de proteger a integridade física das pessoas, quer sejam operadores ou

outros trabalhadores presentes nas áreas de processo. Essa é uma das maiores

vantagens que o EPC possui frente a outros sistemas de proteção, pois além de

proteger a coletividade, não provoca desconforto aos trabalhadores.

a. Tipos de EPC

Guarda-Corpos

Anteparos rígidos, com travessão superior, intermediário e rodapé, com tela

ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro das aberturas.

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Plataformas

a) Principal: deve ser instalada no entorno do edifício após a concretagem da 1ª

laje (1 pé direito acima do terreno) e só retirada após o término do revestimento.

b) Secundaria: instalada a cada 3 pavimentos, sendo retirada após a vedação da

periferia até a plataforma superior estiver concluída.

Tela

Barreira protetora contra projeção de materiais e ferramentas. O perímetro da

construção de edifícios deve ser fechado com tela a partir da plataforma principal de

proteção

Tapumes/Galerias

Evitam o acesso de pessoas alheias às atividades da obra e protegem os

transeuntes da projeção de materiais.

Proteção Contra Incêndio

Devem existir equipamentos de combate a incêndio e equipes especialmente

treinadas para o primeiro combate ao fogo.

Sinalização de Segurança

Visam identificar os locais que compõe o canteiro de obras, acessos,

circulação de equipamentos e máquinas, locais de armazenamento e alertar quanto

a obrigatoriedade de EPI’s, riscos de queda, áreas isoladas, manuseio de máquinas

e equipamentos.

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Barreiras de Advertência

Barreiras de advertência não garantem proteção física, mas servem só para

advertir os operadores que eles estão se aproximando da área de perigo.

Escudos

Podem ser usados escudos para assegurar a proteção contra arremesso de

partículas ou cavacos, respingos de fluídos, de metal ou gotículas.

Ferramentas Manuais

Ferramentas manuais são usadas para colocar e remover peças do ponto de

operação de uma máquina. Diversos tipos podem existir com esta finalidade:

alicates, pinças, ganchos magnéticos. As ferramentas manuais são consideradas

complementos de segurança e não devem substituir outras proteções de máquina.

Alavancas de empurrão ou bloqueio. As alavancas podem ser usadas para

alimentar uma máquina, como uma serra de disco.

Quando e necessário a proximidade das mãos do disco, a alavanca de

empurrão ou bloqueio pode garantir uma margem de segurança ao operador.

Armário para Inflamáveis

Armário de segurança para guarda de inflamáveis e combustíveis, sistema

corta chamas superior e inferior, 3 prateleiras coletoras, portas com mata chamas,

fechadura três pontos, pintura eletrostática, revestido por fibrocerâmica, até 1.000◦C.

Excede normatização nacional e internacional

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Chave Anti-Faiscante

Chave anti-faiscante com sistema universal para abertura de todas as tampas

de tambores, bombonas e latas existentes no mercado.

Bomba Manual

Bomba Rotativa Manual para transferência ou recolhimento de líquidos

combustíveis, inflamáveis, químicos leves, corrosivos, entre outros.

Paletes

Paletes de contenção para tambores e IBC’s excedendo a legislação nacional

e internacional. Fabricados em PEAD, nos modelos baixo perfil (fixos) e alto perfil

(com entrada para empilhadeira ou paletizadora), totalmente anti-faiscantes, possui

plug de dreno, cargas até 2.500 kg e volumes até 1.600 L.

Recipientes Corrosivos

Recipiente para descarte de líquidos corrosivos.

Respiro

Respiro antivácuo com duplo sistema corta-chamas, em aço, para uso em

conjunto com válvulas de segurança em tambores, permitindo o livre fluxo de líquido

e evitando aumento de pressão interna dos tambores.

Válvula

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Válvula de segurança para combustíveis e inflamáveis com sistema corta-

chama, fechamento automático, acionamento por pressão, confeccionada em

bronze, alumínio ou aço inox, classificada FM, em atendimento a toda legislação

nacional e internacional.

Instalações Sanitárias

Devem ser adequadas e em perfeitas condições de higiene e limpeza, com

lavatório, mictório e vaso sanitário, na proporção de um conjunto para cada grupo de

trabalhadores e chuveiro na proporção de um para cada grupo de 10 trabalhadores.

Refeitório

O local para as refeições deve possuir piso de material lavável e mesas com

tampos lisos e laváveis. O refeitório não pode estar localizado em subsolos ou

porões das edificações.

Alojamento

Se os empregados morarem no canteiro de obras, a empresa deve

proporcionar-lhes dormitórios confortáveis e arejados e também lavanderia e área de

lazer.

Bebedouros

Toda obra deve ter bebedouros com água filtrada e potável na proporção de 1

bebedouro para cada grupo de 25 trabalhadores.

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Entre Outros

1. extintores de incêndio (H2O - PQS - CO2)

2. chuveiros de segurança;

3. lava olhos;

4. pia para lavagem de mãos;

5. capelas de fluxo laminar;

6. capelas de exaustão;

7. exaustores;

8. recipientes para rejeitos;

9. caixa de primeiros socorros;

10. recipientes especiais para transporte de

11. material contaminado, etc.

i. Utilização de EPC´s na Construção Civil

Proteções Coletivas para a Estrutura

O projeto de proteção coletiva para atividades na fase de estrutura deve ser

baseado no projeto estrutural e no de montagem e confecção de formas. A

necessidade de proteções de periferia durante a execução leva a alimentar estes

projetos de dados como a existência de furacões em vigas para emprego de sistema

de Guarda corpo-Rodapé (GcR) e/ou hastes concretadas as lajes que servem de

esperas para suportes das mãos-francesas que sustentam o sistema das

plataformas de limitação de quedas de materiais. O GcR deve ser executado antes 20

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do lançamento da armação das vigas, mas para que este sistema possa ser

instalado devem ser aproveitadas as escoras da laje que sustentam o pavimento

que será concretado. Deve estar definido o tipo de material a ser empregado no

cimbro mento da laje e conjuntamente ou através do projeto de fôrmas.

Como a partir da desforma da laje, o pavimento novamente encontra-se

desprotegido devido a desmontagem do GcR, há necessidade de previsão de novo

equipamento de proteção para a fase anterior às vedações. Para isso, sugere-se

que o projeto de segurança do GcR deva prever um tipo de passagem (tubo) a ser

colocado dentro da viga durante a fase de execução. Existem cones

estabilizadores de fôrmas e tubos de PVC rígido, que são encaixados e prensados

dentro das fôrmas, podendo também ser utilizados para passagem de arames para

amarração da caixaria de modo que garantam sua estabilidade e estanqueidade. O

projeto deve apresentar distâncias e cotas entre montantes do sistema de proteção

para posicionamento das passagens e a altura em nível que estes devem ficar

dentro da fôrma, sem interferir no sistema de fixação das mesmas e na amarração

de estribos e armaduras.

Para instalação de proteções nos poços de elevadores pode-se pensar em

utilizar sistema móvel sem perfuração na estrutura, de forma que não atrapalhe os

serviços de acabamento interno do poço e não precise ser desmobilizado. Existem

sistemas elaborados por empresa americana que consiste em encaixes de peças

em pesos que são fixados diretamente sobre as lajes. Quanto às plataformas de

limitação de quedas de materiais, as hastes que suportam o sistema de bandejas

devem ser calculadas e dimensionadas para resistir aos esforços e as sobrecargas

de materiais que se depositarão nas plataformas.

Salienta-se que a plataforma principal tem largura superior as demais,

devendo ser a primeira a ser instalada e a última a ser desmobilizada, passando por

várias etapas de execução do empreendimento. Devem ser elaboradas plantas

baixas e/ou cortes especificando em quais pavimentos serão instaladas as

plataformas secundárias e ou terciarias, seguindo as recomendações da NR18.

Quanto ao tipo de material a ser adotado, pode-se utilizar vigas de madeira ou

suportes metálicos, avaliando-se o custo benefício da aquisição de peças metálicas

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que podem ser reaproveitadas em outras edificações da empresa. Para a instalação

das proteções deve-se instalar hastes para fixação do cinto de segurança na

estrutura da edificação. As hastes usualmente utilizadas são as fixas, concretadas

nas lajes.

Outro sistema de segurança contra quedas que pode ser utilizado são as

redes de polietileno de alta densidade em conjunto com GcR formando um sistema

integrado de proteção contra quedas. Este sistema evita o deslocamento da equipe

de carpintaria para desmobilização e remontagem das bandejas secundárias,

podendo ser instalado por equipe de mecânica ou de manutenção dos elevadores.

Da mesma forma que no caso das plataformas, o projeto estrutural deve

apresentar as passagens em vigas para instalação do sistema. O sistema é

composto de: abraçadeiras metálicas onde são fixadas as forças nos pavimentos;

forca principal que compõe a estrutura metálica que suporta a rede de polietileno;

ganchos metálicos, cordas e cordéis de polietileno para fixação da parte inferior da

rede e a rede de polietileno de alta densidade. Este sistema é usualmente utilizado

com GcR fixados nos montantes da forca.

Cabe ao projetista de segurança indicar o limite mínimo de sobreposição de

panos de telas para realização da costura que garanta a durabilidade e evite rasgos

da tela. A costura não deve ser feita com arame recozido. Alguns fornecedores

indicam a utilização de fitilho aditivado, para costurar a tela nas duas laterais de uma

corda de polietileno de 10 mm de diâmetro para que não haja cisalhamento da rede.

Proteções Coletivas para as Fases de Vedação e Revestimentos Internos

O GcR instalado na fase de estrutura deve ser mantido até que a vedação

externa do pavimento atinja a altura de 1,20m. Portanto, é importante que o sistema

de proteção adotado na fase de estrutura permaneça pelo maior tempo possível.

Para sistemas não tradicionais ou mistos, como no emprego de estrutural glassing

e/ou painéis cimentíceos, deve-se detalhar outros tipos de medidas de proteção,

pois tanto o GcR quanto as plataformas de limitação de quedas de materiais não se

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adequam aos procedimentos de produção da edificação. Nestes casos deve-se

empregar sistema de barreira com rede, telas de advertência e restrições de acesso

a pavimentos.

Quanto a proteção das aberturas em vão de piso e paredes nos pavimentos,

verifica-se que existem várias formas de proteção que devem estar detalhadas

conforme a situação de emprego, sendo importante que a solução não cause

tropeços e quedas. Os detalhes devem ser baseados em cálculos que garantam a

quantidade de apoios necessários para resistir às cargas de trabalho.

Proteções Coletivas para a Fase de Revestimento Externo e Acabamentos Externos

Para fixação do cinto de segurança nos serviços de revestimento e

acabamento externo, sugere-se que seja detalhado dispositivo de aço inox, a ser

instalado na platibanda na edificação, contanto é claro, que seja verificada a

resistência estrutural da peça. O ponto de ancoragem para cordas de segurança

deve ser projetado em todas as fachadas e deve ser locado de forma a não coincidir

com as esperas deixadas para a instalação do andaime suspenso.

Neste mesmo dispositivo pode-se fixar o cabo-guia para acoplagem do

mosquetão do cinto de segurança em serviços sobre os telhados, diminuindo

detalhamentos e especificações de projeto.

Manutenção de Máquinas

Além de aumentar o tempo de vida da máquina, a manutenção preventiva e

preditiva (que se baseia no tempo de vida útil dos componentes) é fundamental para

assegurar a efetividade dos dispositivos de segurança. A manutenção preditiva e

preventiva pode assegurar que componentes como uma chave de fim de curso de

uma porta de segurança por exemplo, seja substituída antes da sua danificação,

evitando assim a ocorrência de acidentes. Um programa de manutenção voltado

para a segurança das máquinas deve ser documentado em ficha, formulário

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específico ou livro para cada máquina, que contenha minimamente: data da revisão;

serviços e trocas efetuadas; recomendação de data para próxima revisão; nome e

assinatura dos responsáveis pelo serviço e autorização ou permissão para o

funcionamento da máquina.

A atividade de manutenção e teste da máquina expõe os trabalhadores desta

atividade a riscos específicos que não estão presentes na rotina de funcionamento

da máquina. Em algumas situações o trabalhador de manutenção tem que ingressar

com o corpo inteiro na zona de operação de uma máquina. Para a realização da

tarefa de manutenção, todas as fontes de energia devem estar em situação neutra.

Tais fontes são energia elétrica, fluídos hidráulicos sobre pressão, ar

comprimido, molas, partes suspensas escoradas e outras fontes que podem gerar

um movimento mecânico inesperado. Nestas situações é também importante que o

operador possua o controle absoluto da energização do equipamento, (recomenda-

se a posse, pelo operador manutenção, de chave de acesso ao sistema de

acionamento, de modo a impedir o acionamento acidental da máquina por terceiros).

Quando forem realizados testes que necessitam da energização da máquina,

medidas adicionais como calços ou barreiras mecânicas provisórias podem ser

necessárias para ingresso do trabalhador em zona de risco.

4. Legislação

Uso de EPI e EPC é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de

suas Normas Regulamentadoras. O não cumprimento poderá acarretar em ações

de responsabilidade cível e penal, além de multas aos infratores.

a. Obrigações do Empregador

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a) adquirir o tipo adequado a atividade do empregado;

b) Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTA e de empresas

cadastradas no DNSST/MTA;

c) Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;

d) Tornar obrigatório o seu uso;

e) Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;

g) Comunicar ao MTA qualquer irregularidade observada no EPI.

b. Obrigações do Empregado

Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a:

a) Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;

b) Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;

c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso.

c. Obrigações do Fabricante e do Importador

O fabricante nacional ou o importador obrigam-se, quanto ao EPI, a:

a) Comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;

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b) Renovar o CA, o Certificado de Registro de Fabricante - CRF e o Certificado de

Registro de Importador - CRI, quando vencido o prazo de validade estipulado pelo

MTA;

c) Requerer novo CA, quando houver alteração das especificações do equipamento

aprovado;

d) Responsabilizar-se pela manutenção da mesma qualidade do EPI padrão que deu

origem ao Certificado de Aprovação - CA;

e) Cadastrar-se junto ao MTA, através do DNSST.

d. Certificado de Aprovação - CA

Para que se tenha a certeza de que um EPI é válido para uma determinada

atividade, deve-se observar a presença do CA ou Certificado de Aprovação que é

uma prova de que o EPI foi avaliado e testado por órgãos competentes do governo,

e consequentemente, servem para a atividade que lhe foram determinadas

O CA de cada EPI, para fins de comercialização, terá validade de 5 (cinco) anos,

podendo ser renovado, A SSMT (Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho) fica

reservado o direito de estabelecer prazos inferiores ao citado acima, desde que as

características do EPI assim o exijam. Todo EPI deverá apresentar, em caracteres

indeléveis bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante ou importador e o

número de CA. 6.9.1. Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá

validade:

a) De 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não

tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;

b) Do prazo vinculado a avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO,

quando for o caso;

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c) De 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação desta

Norma, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais,

oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios,

sendo que nesses casos os EPI terão sua aprovação pelo órgão nacional

competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação

e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de

fabricação.

e. Da Competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE

a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;

b) Receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;

c) Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;

d) Emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;

e) Fiscalizar a qualidade do EPI;

f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e cancelar o

CA.

5. Bibliografia

VILELA, R. A. G. Acidentes do trabalho com Máquinas - Identificação de Riscos

e Prevenção. Cadernos de Saúde do Trabalhador, Piracicaba-SP.

Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST.

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Ministério do Trabalho.

Fundacentro.

MARTINS, M. S.; SERRA, S. M. B. Medidas de Proteção Contra Quedas De

Altura na Construção Civil - Projeto de Segurança. Departamento de Engenharia

Civil da Universidade Federal de São Carlos - SP.

Norma Regulamentadora - NR 6, Portaria SIT n° 108, de dezembro de 2004

10/12/04.

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