1 experimento
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RESULTADO E DISCUSSÃO
Uma solução de chá (erva-mate) não possui somente a cafeína em sua
composição como outras substâncias, apresentam ainda flavonóides, taninos e outros.
Como a cafeína é solúvel em água quente é este o primeiro solvente extrator que
utilizamos no processo de extração.
Desta forma, foram utilizados três sachês de erva-mate de um mesmo pacote,
para extração da cafeína.
Figura 1. Sachê de erva-mate. (Fonte: Acervo Pessoal)
Os mesmo foram pesados antes do processo de infusão. O que pode ser
observado na tabela abaixo. Os valores referem-se aos sachês da esquerda para direita
respectivamente.
Tabela 1. Peso dos sachês utilizados para extração da cafeína.
Sachês Peso (g)Sachê 1 2,04 Sachê 2 1,95Sachê 3 2,01Total 6,00
Após a pesagem dos sachês os mesmo foram colocados em infusão em um
béquer de 250 ml de água destilada próximo a temperatura de ebulição, os mesmo
foram deixados por 1 minuto, controlados com auxilio de um cronometro, sendo ainda
abafado com um relógio de vidro, logo após os saquinhos foram removidos e prensados
entre 2 vidros de relógio e descartados em seguida.
Figura 2. Chá sendo resfriado. (Fonte: Acervo Pessoal)
O Chá depois foi resfriado dessa forma evitando a evaporação do solvente
diclorometano que foi utilizado durante o processo.
Depois de resfriado o chá foi transportado para um funil de decantação, o
material foi levado à capela de exaustão para que fosse possível acrescentar os
primeiros 20 ml de diclorometano.
Figura 3. O Chá no funil de decantação, logo após os 20 ml de diclorometano adicionado e depois a
retirada do material orgânico. (Fonte: Acervo Pessoal)
O diclorometano é utilizado como solvente extrator pelo fato de a cafeína
apresentar uma alta solubilidade com este solvente bem como os taninos e os
flavonoides, que conforme o andamento do processo foi eliminado pela extração, ou
seja, "na extração líquido-líquido ocorre a partição da amostra entre duas fases
imiscíveis (orgânica e aquosa). A eficiência da extração depende da afinidade do soluto
pelo solvente de extração, da razão das fases e do número de extrações.” (QUEIROZ;
COLLINS; JARDIM, 2001, p. 68).
Com agitação foi possível observar a formação de duas fases no funil de decantação
uma fase superior, menos densa, uma solução de cor castanha e uma fase inferior, mais
densa, a chamada fase orgânica onde está o diclorometano e a cafeína e outras
substâncias, não possuindo coloração. Em seguida a fase orgânica foi retirada e
processo foi repetido mais duas vezes, acrescentado 20 ml de diclorometano.
Logo após a solução de coloração castanha foi descartada. E a fase orgânica que
tinha sido obtida permaneceu no béquer até o momento em que o funil passou por um
novo processo de limpeza. O conteúdo existente no béquer foi adicionado ao funil de
decantação, sendo adicionada em seguida 20 ml de Na2CO3, carbonato de sódio,
convertendo-os em sais de sódio, os sais de sódio são insolúveis em compostos
orgânicos, o que acaba tornando-os insolúveis ao diclorometano, formando assim duas
novas fases.
Figura 4. Adição de carbonato de sódio (Na2CO3) no funil de decantação, seguido pela agitação formando assim duas fases novamente. (Fonte: Acervo Pessoal)
Foi separado em outro béquer a parte orgânica, a parte aquosa foi lavada com
clorofórmio, evaporamos a parte aquosa com sulfato de sódio anidro (agente secante)
dentro da capela.
Agente secante é um sal inorgânico anidro que auxilia na remoção de água dos
solventes e também capaz de adsorver a água (higroscopia), por causa de sua natureza
higroscópica, deve ser mantido em recipientes fechados. (CORRÊA et al., 2002, p. 16).
Em seguida a fase orgânica foi retirada e lavada com água, tendo como objetivo
a extração do excesso de sal.
Figura 5. Lavagem do extrato orgânico com água. (Fonte: Acervo Pessoal)
O funil de decantação mostra nitidamente o que é miscível e imiscível na
mistura, não apresentaram diferenças na coloração, somente na turbidez. O
diclorometano é miscível a parte orgânica, já que se faz uso deste para a remoção
precisa, enquanto a parte aquosa (possui água) é imiscível ao diclorometano, isto é, não
se misturava e por ser menos denso se manteve acima da parte orgânica. A fase
superior, mais densa e turva, continha água e sais. A fase inferior, menos e densa e
nítida, continha o extrato orgânico.
Após a lavagem, retirou-se apenas a parte orgânica, descartando a superior
adicionando o anidrido de sódio para retirar o restante da água da lavagem. Deixando a
solução na capela para a evaporação do diclorometano restando como final a cafeína.
Referência.
CORRÊA, Paulo César et al. Equilíbrio higroscópico e atividade de água para ovo integral processado em “spray dryer”. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande: v. 4, n.1, p. 15-22, 2002. Disponível em: < http://www.deag.ufcg.edu.br/rbpa/rev41/Art413.pdf>. Acesso em: 25 de Novembro de 2015.
QUEIROZ, Sonia C. N.; COLLINS, Carol H.; JARDIM, Isabel C. S. F. Métodos de extração e/ou concentração de compostos encontrados em fluidos biológicos para posterior determinação cromatográfica. Revista Química Nova, v. 24, n. 1, p. 68-76, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/qn/v24n1/4452.pdf>. Acesso em: 25 de Novembro de 2015.