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Tema: (Geral) Mulher, Autonomia e Desenvolvimento territorial. Temas Transversais: 1) Mulheres do Meio Rural 2) Acesso às Políticas Públicas nos Territórios; 3) Contexto Político Atual na Perspectiva Feminina V. 2, N. 2 (2019): JUNHO-JULHO - 2019 1º Encontro Estadual de Mulheres dos Colegiados Territoriais de Pernambuco Realizado dias 05 e 06 de julho de 2016 sob a coordenação dos Núcleos de Extensão e Desenvolvimento Territorial NEDET. CADERNOS ACADÊMICOS

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Tema: (Geral) Mulher, Autonomia e Desenvolvimento territorial.

Temas Transversais: 1) Mulheres do Meio Rural 2) Acesso às Políticas Públicas nos Territórios;

3) Contexto Político Atual na Perspectiva Feminina

V. 2, N. 2 (2019): JUNHO-JULHO - 2019

1º Encontro Estadual de Mulheres dos Colegiados

Territoriais de Pernambuco Realizado dias 05 e 06 de julho de 2016 sob a coordenação dos

Núcleos de Extensão e Desenvolvimento Territorial – NEDET.

CADERNOS ACADÊMICOS

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EXPEDIENTE Conselho Editorial: Gáudia Maria Costa Leite Pereira - Zootecnista (UFRPE); Mestrado (UNIVASF); Doutoranda (UFRPE/UNIVASF) - [email protected] - Lattes: http://lattes.cnpq.br/4930112340399956 João Batista de Oliveira - Licenciado em Filosofia (UNICAP); Mestrando (UPE) – [email protected] - Lattes: http://lattes.cnpq.br/1667883209249861 Delma Josefa da Silva - Socióloga (UFPE); Mestrado (UFPE); Doutorado em Educação (UFPE) - [email protected] - Lattes: http://lattes.cnpq.br/7052629642041138 Xenusa Pereira Nunes - Nutricionista (UFPE); Mestrado (UNIVASF); Doutoranda (UNIVASF) - Lattes: - http://lattes.cnpq.br/1223167662824910 Deiziane Lima Cavalcante - Agrônoma (UFC); Mestrado (PRODEMA UFC); Doutoranda (UFRPE / UNIVASF) Lattes: http://lattes.cnpq.br/0574168239549926 Periodicidade: Bimestral Idiomas: Português Autor Corporativo: Versátile Serviços e Representações

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1º Estadual de Mulheres do Estado de Pernambuco Realizado dias 05 e 06 de julho de 2016 sob a coordenação dos Núcleos de Extensão e

Desenvolvimento Territorial – NEDET.

Objetivo Geral: Fortalecer a participação das mulheres no espaço do Colegiado Territorial.

Objetivo Específico:

1. Incentivar as mulheres para uma participação qualificada nos espaços de empoderamento para o acesso e controle das políticas públicas no Território;

2. Reunir em grupos para debater questões pertinentes à autonomia das mulheres; 3. Discutir e validar em plenária os assuntos abordados nos grupos de discussão.

Tema: (Geral) Mulher, Autonomia e Desenvolvimento Territorial

Temas Transversais:

1) Mulheres do Meio Rural 2) Acesso às Políticas Públicas nos Territórios; 3) Contexto Político Atual na Perspectiva Feminina

Temas para os grupos de trabalho Grupo 1: Mulheres nos Espaços de debates das políticas públicas; Grupo 2: Inclusão Produtiva: a mulher e sua participação no mundo do trabalho e renda; Grupo 3: Violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha (11.340) e Lei do Feminicídio (13.104);

Grupo 4: Mídia como ferramenta de enfraquecimento ou empoderamento da mulher? Grupo

5: Diversidade feminina: o discurso feminista e a autonomia das mulheres.

Orientação para que cada grupo traga para a Plenária: Identificar problemas ligados ao tema do grupo (mínimo 5, máximo 10 problemas); Estratégias de enfrentamento aos problemas citados (até 3 estratégias para cada problema).

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Toré Feminista

José, José – prepare teu café

João, João – cozinhe teu feijão

Ôh, Zeca! Ôh, Zeca! – Lave tua cueca.

Ernesto, Ernesto – aprenda a fazer sexo

Zequinha, Zequinha – só com camisinha

Tião, Tião – Com violência não. E não, é não.

Simone, Simone – bote a boca no trombone

Cristina, Cristina – olhe tua vagina

Mulher, Mulher – seja O QUE QUISER.

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Apoio

Aleide Correia dos Santos Aline Oliveira Alysson Paulo dos Santos Godoi Anayra Ferreira de Lima

Anne Karoline Batista das Montanhas Bárbara de Menezes Teixeira Cíntia Emanuelle Ribeiro Ferreira Flávia Regina Paes da Rocha Guilhermina Flávia Libório rocha Isabelle de Couto Mauricio Vita Ivanir Bezerra dos Santos Jaciele Beserra de Lira Jadson Vieira de Melo Jamille de Freitas Batista Jose Barbosa de Freitas Jose Rafael Severo Cavalcante Joyce Myrelle da Conceição Januário

Kattylla Maria Ferreira Felix

Responsáveis pelo Evento:

Coordenadores NEDET Prof. Victor Pereira de Oliveira - UFRPE

Prof. Tarcísio Augusto Alves da Silva- UFRPE Prof. Gevson Silva Andrade - UPE Prof. Moacir Cunha Filho - UFRPE

Profª. Lucia Marisy Souza Ribeiro – UNIVASF

Sistematização do Relatório, Diagramação e Fotografias João Batista de Oliveira - ATGS

Moderadoras/Sistematizadoras dos grupos

Maria Helena Peixoto de Oliveira Nayra Luiza de Oliveira Souza Ivanir Bezerra dos Santos

Gizelia Barbosa Ferreira Normeide Souza Farias Uedislaine de Santana

Organização

Lusivan Siqueira Lino Alexsandra Bezerra da Silva

Xenusa Pereira Nunes Maria Gorete Nunes Barbosa Simone Maria da Silva Prof Victor Pereira de Oliveira Mauricelia Lino da Silva Ane Flávia de Souza Rodrigues

João Batista de Oliveira Karla Patrícia Medeiros de Brito Patrícia Karla de Oliveira Alysson Paulo dos Santos Godoi

Moema K. Nogueira de Sá Gáudia Maria Costa Leite Pereira José Barbosa de Freitas

Klecianny Bezerra de Melo Maria Goretti Prohmann Maria Julie Ane Tenório da Silva Mariana Machado Cunha Matheus Nunes da Silva Natália do Nascimento Correia Pedro Francisco Nunes Neto Quitéria Iara Nunes doa Santos Rafaela Ferreira Silva Raíza Monique da Paixão Carneiro Sílvio Rômulo Miranda de Freitas Neves Mauricelia Lino da Silva

Jadson José da Silva Alessandro Francisco de Lima Maria Beatriz do Nascimento Silva Maria Gorete Nunes Barbosa Lígia Anny Alves de Carvalho Farias Washington Pedro Barbosa da Silva

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Sumário

1. Siglas .......................................................................................................................................... 5

2. Apresentação .............................................................................................................................. 6

3. Introdução .................................................................................................................................. 7

4. Programação do Evento .............................................................................................................. 8

5. Apresentação de Joana Santos - Assessora da SDT ..................................................................... 10

6. Relação detalhada das Políticas Públicas Específicas ................................................................... 13

7. Resultado dos Grupos ............................................................................................................... 16

a. Resultado Grupo 1 ................................................................................................................ 16

b. Resultado Grupo 2 ................................................................................................................ 18

c. Resultado Grupo 3 ................................................................................................................ 20

d. Resultado Grupo 4 ................................................................................................................ 21

e. Resultado Grupo 5 ................................................................................................................ 23

8. Manifestações em Plenária: Destaques, protestos, considerações .............................................. 25

9. Considerações finais.................................................................................................................. 26

10. Anexos ................................................................................................................................. 27

a. Perfil das Educadoras ATGEs ................................................................................................. 27

b. Registro Fotográfico.............................................................................................................. 35

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1. Siglas

AGROAMIGO - Programa de Microfinança Rural do Banco do Nordeste;

AJCS – Associação de Juventude Construindo Sonhos;

ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações;

APP – Software para Celular;

ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural;

ATGEs – Assessoras Territoriais de Gênero;

ATGS - Assessor Territorial para Gestão Social;

CMDRS – Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável;

CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento;

COOPANEMA – Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares Vale do Ipanema e Agreste Meridional;

CNDRSS - Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário;

DAP – Declaração de Aptidão ao PRONAF;

DFDA – Delegacia Federal do Ministério de Desenvolvimento Agrário;

DPMR/MDA - Diretoria de Políticas para as Mulheres Rurais - Ministério Desenvolvimento Agrário;

DPMRQ – Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais e Quilombola;

FETAPE – Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco;

IADH – Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano;

IFAM – Instituto Federal do Amazonas;

IFSP – Instituto Federal de São Paulo;

INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária;

IPA - Instituto Agronômico de Pernambuco;

LOA – Lei Orçamentária Anual;

MDA – Ministério Desenvolvimento Agrário;

MDS – Ministério do Desenvolvimento Social;

MMTR – Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais;

NEDET – Núcleo de Extensão e Desenvolvimento Territorial;

PAA – Programa de Aquisição de Alimentos;

PLANAPO - Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica;

PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar;

PNRA – Plano Nacional de Reforma Agrária (para assentamentos);

PROINF - Programa de Apoio à Infraestrutura nos Territórios Rurais;

PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar;

PRONATEC - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego;

PRORURAL - Programa Estadual de Apoio ao Pequeno Produtor Rural;

PROUNI – Programa Universidade Para Todos;

SDT – Secretaria de Desenvolvimento Territorial;

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas;

SEPPIR – Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial;

SIPRA - Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária;

UFFS – Universidade Federal da Fronteira Sul;

UFRPE/UAG – Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Garanhuns

UFRPE/UAST – Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmcia de Serra Talhada;

UGT – Unidade Gestora Territorial do PRORURAL;

UNIFESSPA – Universidade Federal do Sul e Sudoeste do Pará;

UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São Francisco;

UNOPAR – Universidade Norte do Paraná;

UPE – Universidade de Pernambuco.

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2. Apresentação

Esse relatório traz os principais elementos tratados no 1º Encontro de Mulheres dos

Colegiados Territoriais do Estado de Pernambuco. O Encontro foi promovido pelos Núcleos

de Extensão e Desenvolvimento Territorial – NEDET vinculados a universidades públicas

nos Territórios de Pernambuco: Mata Sul, Mata Norte, Agreste Central, Agreste

Setentrional, Agreste Meridional, Sertão São Francisco, Sertão Pajeú e Itaparica-BA.

A abertura foi dia 05/07/2016 à noite, quando foi composta uma mesa com os

coordenadores/as do NEDET, representantes de mulheres e a reitora da UFRPE, que

declarou aberto o Encontro.

Dia 06/07/2016, durante todo o dia, pela manhã trabalhos em grupos e à tarde

apresentação em Plenária dos resultados dos grupos.

No corpo desse documento, são apresentados a programação do encontro, a apresentação

das Políticas Públicas para as Mulheres e os resultados dos grupos, bem como posições

durante a Plenária, relativas à atual situação política do Brasil e o perfil das educadoras –

Assessoras Territoriais de Gênero – ATGEs.

Para o Evento se inscreveram 321 pessoas, incluindo aí a equipe de apoio (lista acima).

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3. Introdução

O tema de Gênero é urgente e vem sendo tratado com uma disposição muito positiva por

vários setores da sociedade, embora ainda insuficiente. O grande interesse pelo debate

pode-se verificar no grande número de pessoas desejosas em participar de um encontro

desse porte, há um grande anseio e vontade de contribuir, com presença de importantes

lideranças feministas de diferentes lugares sociais como sindicatos de trabalhadoras rurais,

movimentos feministas e universidades (estudantes e professoras).

O mesmo tema visto por vários aspectos enriquece e dá sentido à causa que transcende

agrupamentos particulares e se torna universal. Essa perspectiva universalista não só não

neutraliza anseios e necessidades particulares, mas ao contrário, os agudizam ao colocar

foco e luzes sobre situações de cada mulher, no seu contexto, que mereçam reflexões e

tomadas de decisões gerais. Exemplo: em relação à Violência, leis que atendam e protejam;

sobre a Exclusão social, Políticas Públicas que atendam situações particulares; quanto à

renda, crédito específico e compra direta...

Os temas transversais do Encontro: Mulheres do Meio Rural, Acesso às Políticas Públicas

nos Territórios, Contexto Político Atual na Perspectiva Feminina evidenciam o caráter

ambicioso do Encontro em formular diretrizes que norteiem as ações concretas para as

mulheres, desde seu lugar social onde vive a família, perpassando pelas políticas públicas

já existentes e seus impactos reais para a mudança na qualidade de vida das mulheres, bem

como aponta uma análise da situação atual do Brasil e que lugar estará reservado às

mulheres nesse futuro que se vislumbra.

Nas discussões feitas nos grupos, as mulheres trouxeram respostas diretas e apresentaram

soluções que esperam ver implantadas pelos governos, como também esperam de si

mesmas maior capacidade de articulação e proposição; querem ver as políticas públicas

efetivamente implementadas e ao alcance das mulheres; que tais políticas sejam cada vez

mais específica e tenham maior abrangência; e que novas formas de relação social sejam

construídas nas escolas, famílias, comunidades... de modo que as mulheres consigam maior

liberdade e autonomia.

Numa análise rápida do conteúdo resultante dos grupos, percebemos os principais gargalos

apontados como impeditivos para que as mulheres consigam mais autonomia e

empoderamento e se sintam mais livres e autoconfiantes para lidar com as injustiças

arraigadas que as oprimem. Alguns termos apareceram várias vezes nos grupos e essa

recorrência aponta rumos e pode servir de indicadores para a formulação de estratégias

que sejam de fato eficientes. Por ordem decrescente, segue enumerada as vezes em que

apareceram algumas expressões: dificuldade de acesso às Políticas Públicas/burocracia/

falta de informação e divulgação/ desconhecimento – 50 vezes; ausência dos temas gênero,

feminismo, sexualidade, direitos, saúde e violência contra a mulher na sociedade - 37

vezes; educação/ formação inadequadas/ falta de assistência técnica – 27 vezes; mulheres

rurais (mais abandonadas) - 18 vezes; necessidade de empoderamento e autonomia – 8

vezes.

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4. Programação do Evento

DIA 05/07/2016 – ABERTURA

18:00 – Grupo artístico 18:30 – Abertura – Mestre Cerimônia 18:40 - Contextualização do evento

19:00 - Composição da Mesa e falas iniciais 19:30 – Apresentação dos Temas pelas assessoras 20:30 – Jantar.

DIA 06/07/2016 – DISCUSSÕES E PRODUÇÃO

8:30 – Resgate da contextualização e seu significado para as mulheres de Pernambuco e para o Colegiado Territorial;

8:50 – Informações operacionais, logística e apresentação das equipes de apoio, ATGEs e assessoria;

9:00 – Temas e Metodologia de trabalho: Divisão das participantes em cinco grupos com os seguintes temas:

Grupo 1: Mulheres nos Espaços de debates das políticas públicas; Grupo 2: Inclusão Produtiva: a mulher e sua participação no mundo do trabalho e renda; Grupo 3: Violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha (11.340) e Lei do Feminicídio

(13.104);

Grupo 4: Mídia como ferramenta de enfraquecimento ou empoderamento da mulher?; Grupo 5: Diversidade feminina: o discurso feminista e a autonomia das mulheres.

Orientação para que cada grupo traga para a Plenária: Identificar problemas ligados ao tema do grupo (mínimo 5, máximo 10 problemas); Estratégias de enfrentamento aos problemas citados (até 3 estratégias para cada problema).

9:30 – Divisão dos grupos 9:40 – Apresentação das assessorias dos respectivos grupos e locais onde irão se reunir. 10:00 – Lanche e ida para os grupos;

12:30 – Almoço a) Intervalo de visitação às barracas de produtos típicos regionais.

14:30 – Plenária – (20 min para cada grupo) = 10 min para apresentação das propostas e 10 min para apresentação de uma experiência exitosa de algum membro do grupo;

16:30 – Lanche e autógrafos do livro doado pela trabalhadora rural e escritora dona Ilda Pereira, do MMTR

17:00 – Validação das apresentações dos grupos – 15 min para cada grupo; 17:30 – Evento cultural 18:00 – Entrega do kit de sementes crioulas - Moema 19:00 – Evento Cultural 20:00 – Jantar.

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Roteiro de orientação para MODERADORAS e SISTEMATIZADORAS dos Grupos

Tema: (Geral) Mulher, Autonomia e Desenvolvimento Territorial

Temas Transversais:

1) Mulheres do Meio Rural 2) Acesso às Políticas Públicas nos Territórios; 3) Contexto Político Atual na Perspectiva Feminina

Temas para cada grupo: Grupo 1: Mulheres nos Espaços de debates das políticas públicas; Grupo 2: Inclusão Produtiva: a mulher e sua participação no mundo do trabalho e renda;

Grupo 3: Violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha (11.340) e Lei do Feminicídio (13.104); Grupo 4: Mídia como ferramenta de enfraquecimento ou empoderamento da mulher? Grupo 5: Diversidade feminina: o discurso feminista e a autonomia das mulheres.

Governança do tempo:

10:40 – Boas vindas e apresentação da equipe: moderadora, sistematizadora e apoio. Apresentação das participantes;

10:50 – Apresentação e problematização do TEMA; 11:00 – Rodada de falas considerando: Avanços, Desafios e Perspectivas sobre o tema do grupo;

11:30 – Seleção de 5 a 10 problemas (desafios) dentre os mencionados; 11:50 – Levantamento de Estratégias de Solução, (sendo no máximo 3 para cada problema);

12:20 – Identificar uma experiência de vida entre as participantes de cada grupo, para ser apresentado na plenária da tarde.

12:30 – Encerramento e segue para Almoço

Apresentar na Plenária:

1. Problema 1: Primeira Estratégia de Solução Segunda Estratégia de Solução Terceira Estratégia de Solução

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5. Apresentação de Joana Santos - Assessora da SDT

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6. Relação detalhada das Políticas Públicas Específicas

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais e Quilombolas - DPMRQ

Ed. Palácio da Agricultura. SBN Quadra 1, Bloco F, 9º andar. Brasília - DF. CEP: 70.040-908

Fone: (61) 2020-0400

Políticas Públicas para as Mulheres Rurais

Política/Programa Como acessar?

Titulação Conjunta da Terra (Portaria nº981/2003 do INCRA) – os lotes de assentamento passam a ter o nome do homem e da mulher e em caso de separação e quando a mulher tem a guarda dos filhos ela tem o direito de permanece no lote;

Lotes já titulados - procurar a Superintendência Regional do INCRA para solicitar a inclusão do nome da mulher no Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (SIPRA) e no processo administrativo do lote. Apresentar os documentos pessoais do casal (CPF, RG, Certidão de Nascimento, Título de Eleitor) e os de regularização fundiária do assentamento.

Titulação em curso – procurara Superintendência Regional do INCRA e requerer a inclusão do nome da mulher na titularidade do lote, no processo administrativo e no Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (SIPRA) apresentando os documentos que comprovem a união entre ambos.

Programa de Organização Produtiva de Mulheres Rurais – financia projetos para desenvolver ações de apoio a grupos produtivos e redes de mulheres, realização de feiras e mostras de economia feminista e solidária, formação em políticas públicas, intercâmbios e trocas de experiências, etc.;

O MDA através da Diretoria de Políticas para as Mulheres lança Chamadas Públicas para seleção de projetos.

Podem participar entidades e instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos. (Organizações Não Governamentais, Associações, Prefeituras, Organizações de mulheres).

http://www.mda.gov.br/sitemda/chamadas- publicas/chamamento-p%C3%BAblico-de-apoio- organiza%C3%A7%C3%A3o-produtiva-de-mulheres- rurais-n%C2%BA001-2014

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Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural – criado em 2004 emite documentação gratuita (RG, CPF, Carteira de Trabalho, Bloco de Notas, etc.) através da realização de Mutirões nos assentamentos e comunidades rurais de todo o país.

Procurar informações junto à Delegacia do MDA, Superintendência do INCRA e/ou Prefeitura do seu município sobre a realização de mutirões no seu município ou região.

Programa Terra Forte (INCRA): oferece apoio à agregação de valor da produção da reforma agrária (atende cooperativas e associações);

O INCRA realiza Chamadas Públicas para seleção dos projetos a serem atendidos pelo Programa.

Devem-se buscar informações junto a Superintendência do INCRA e/ou entidades de assistência técnica.

Programa Terra Sol (INCRA): oferece apoio à comercialização e agregação de valor da produção da reforma agrária (projetos individuais). Em 2014 o INCRA e Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais realizou uma Chamada Pública para apoiar projetos específicos para mulheres;

O INCRA realiza Chamadas Públicas para seleção dos projetos a serem atendidos pelo Programa.

Deve-se procurar informações junto a Divisão de Desenvolvimento da Superintendência Regional do INCRA e das cooperativas e associações.

PROINF: apoia a implantação de infraestruturas produtivas, de abastecimento e escoamento da produção nos Territórios da Cidadania e Territórios Rurais. A partir de 2014 foi determinado que 40% dos recursos seriam destinados a metas específicas para atender mulheres, jovens e povos tradicionais;

O MDA através da SDT lança Chamada Pública para seleção de projetos. Podem apresentar projetos entidades privadas sem fins lucrativos que elaboram a proposta e inserem no SICONV.

Existem metas específicas para mulheres.

Devem-se informar junto aos Colegiados Territoriais, Delegacias do MDA, entidades de assistência técnica, associações, cooperativas ou na própria SDT.

Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): Em 2012 foi definido que 5% do recurso do PAA seriam destinados a financiar projetos específicos de grupo produtivos de mulheres rurais.

Também foram estabelecidas cotas mínimas para participação das mulheres rurais como fornecedoras nas modalidades Compra com Doação Simultânea e Compra Direta Local a cota mínima é de 40% de mulheres e nas modalidades Formação de Estoque e PAA Leite a cota mínima é de 30% de mulheres;

O acesso pode ser individual ou coletivo, por meio de associações e cooperativas.

Pode-se buscar informação junto a CONAB, INCRA, Delegacias do MDA, Prefeituras, associações e cooperativas, organizações de mulheres do seu município e/ou estado e entidades que prestam assistência técnica.

Pronaf Mulher – linha de crédito de acesso exclusivo das mulheres rurais. A

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partir de 2014 a linha do Pronaf Mulher aumentou seu valor para até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), será operada pela metodologia do Microcrédito Produtivo Orientado em todo o Brasil.

É necessário ter a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). O projeto técnico, individual ou coletivo, deve ser encaminhado para análise do banco ou cooperativa de crédito.

Fomento Mulher (antigo Apoio Mulher): voltado à implantação de projeto produtivo sob responsabilidade da mulher titular do lote, no valor de até R$ 3 mil, em operação única, por família assentada.

Grupos produtivos compostos de, no mínimo, três (3) mulheres. Não há necessidade de formalização do grupo. O projeto técnico, elaborado por equipes de Assistência Técnica e Extensão Rural (antiga ATES) e/ou por servidores (as) das Superintendências Regionais do INCRA, deve ser encaminhado à Superintendência Regionais do INCRA para análise.

Ater Mulheres: assistência técnica especifica para atender mulheres rurais;

O MDA e INCRA contratam entidades para prestar serviços de assistência técnica às mulheres.

Atende Agricultoras familiares, extrativistas, quilombolas, mulheres indígenas, pescadoras artesanais, aquicultoras e ribeirinhas.

Plano Safra 2015-2016: ATER para as

Mulheres

• 50% de mulheres atendidas em todas as chamadas públicas de ATER

• 30% dos recursos de assistência técnica para atividades específicas

As entidades prestadoras de serviços e credenciadas devem se candidatar às Chamadas Públicas lançadas pela DPMR/MDA.

ATER Mulher Agroecologia

http://www.mda.gov.br/sitemda/chamadas- publicas/chamada-p%C3%BAblica-n%C2%BA- 012014-ater-mulheres-agroecologia

ATER Mulher Semiárido

http://www.mda.gov.br/sitemda/chamadas- publicas/chamada-p%C3%BAblica-n%C2%BA- 022014dpmrqmda-ater-mulheres-semi%C3%A1rido

Quilombolas

http://www.mda.gov.br/sitemda/chamadas- publicas/chamada-quilombola-0062014

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7. Resultado dos Grupos

a. Resultado Grupo 1

Tema Geral do Encontro Mulher, Autonomia e Desenvolvimento Territorial.

Tema do Grupo 1: Mulheres nos Espaços de debates das políticas públicas;

Temas Transversais:

1) Mulheres do Meio Rural 2) Acesso às Políticas Públicas nos Territórios; 3) Contexto Político Atual na Perspectiva Feminina

Problemas Identificados e Soluções Estratégicas:

Problemas Soluções/Estratégias

01

Dificuldade de acesso as políticas públicas de pessoas tanto que fazem parte de grupos específicos ou não (quilombolas, pescadores e outros).

Mais organização, na base, das pessoas que fazem as políticas públicas, tem que afinar o que está no papel com o vai ser executado.

02

Acesso das políticas públicas por pessoas descomprometidas com as causas/as associações.

03

Burocracia no processo de documentação para acessar as políticas públicas.

04 Custeio para acessar os programas.

05

Falta de divulgação de algumas políticas públicas (população sem conhecimento).

06 Difícil acessar as políticas de ATER. Criar programas de ATER permanentes.

07

Problemas com o PAA e PNAE. Estabelecer metas para ampliar o número de produtores da agricultura familiar.

08 Falta de incentivo para organização das associações.

09

Recursos para a política nas mãos de políticos descomprometidos e corruptos (para receber alguns bens

Desburocratização desses processos para que os agricultores tenham acesso direto as políticas públicas.

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tem que ser no nome das prefeituras, por que não pode vir diretamente para as associações?).

10

Discutir orçamento público nos municípios e o acompanhar na execução.

Curso do Tribunal de Contas sobre Transparências.

11 Falta de autonomia nos orçamentos participativos.

12 Falta de autonomia dos organismos de mulheres.

Criação de câmaras específicas de mulheres nos Territórios

14

Pouco orçamento para discutir dentro dos Territórios. (Espaço privilegiado para discutir e formular Políticas Públicas)

1. Parceria com entidades públicas e civis; 2. Formação no campo (sobre os caminhos)

de acesso às políticas públicas;

3. Envolver a juventude nos processos nas comunidades com capacitação em novas tecnologias.

15 Insuficiência de ATER. Fazer ATER continuada

16

Escoamento de Produção. Criar condições para mulheres comercializarem seus produtos

17 Falta de parceria.

18

A ausência de políticas relativas a saúde das mulheres trabalhadoras rurais/do campo e da população negra no campo.

Criar tais Políticas

19 Educação no campo e para o campo abandonada.

Escolas e currículos contextualizados

20 Modificação da Legislação no que se refere ao PROINF;

Buscar o legislativo para modificar a lei existente.

21

Dificuldades de acesso aos programas (PRONAF/Mulher, Terra Pronta, Cisternas, PNAE, PAA, DAP, PNRA e outros).

1. Melhorar o acesso das mulheres as políticas e ao comércio;

2. Modificação da Legislação no que se refere ao PROINF, buscar poio do legislativo;

3. Capacitação para elaboração de projetos para facilitar o acesso;

4. Ampliar os órgãos para emissão de DAP, além do IPA;

5. Divulgar as políticas públicas/programas no Território;

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6. Estabelecer metas para ampliar o número

de produtores da agricultura familiar atendidos.

22

Dificuldades para elaborar projetos. Formação para elaboração de projetos e captação de recursos.

25

Dificuldade da população Quilombola em acessar o Minha Casa, Minha Vida Rural (por causa da DAP).

26

Dificuldade de acesso ao PNRA Reduzir o tempo burocrático de acesso a política.

27 Saúde da população negra no campo (doenças específicas);

b. Resultado Grupo 2

Tema Geral do Encontro Mulher, Autonomia e Desenvolvimento Territorial

Tema do Grupo 2: Inclusão Produtiva: a mulher e sua participação no mundo do trabalho e renda;

Temas Transversais:

1) Mulheres do Meio Rural 2) Acesso às Políticas Públicas nos Territórios; 3) Contexto Político Atual na Perspectiva Feminina

Problemas Identificados e Soluções Estratégicas:

Problemas Soluções/Estratégias

01

Comercialização

1. Aumentar a participação das agricultoras nos espaços de tomada de decisão (colegiados, instituições públicas e privadas);

2. Construir espaços de formação na área de processamento e beneficiamento de matéria prima;

3. Formação diversificada: refletir sobre o papel da mulher, meio ambiente, Agroecologia e outros temas;

4. Criação das secretarias de mulheres nos municípios que ainda não possuem e fortalecer as secretarias existentes, construindo as políticas, programas e projetos em conjunto com outras secretarias (Agricultura, saúde, meio ambiente, social e outras):

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5. Fortalecer e expandir o programa chapéu de palha

mulher em todos os municípios

02

Falta de acesso as políticas públicas

1. Dar publicidade às políticas públicas (PAA e PNAE), cobrar dos prefeitos, CONAB e estado;

2. Na Lei Orçamentária Anual - LOA já destinar um recurso para o Garantia Safra;

3. Construir e fortalecer políticas públicas para a mulher.

3

Falta de Assistência Técnica

1. Ampliação do quadro efetivo de extensionistas na prestação de serviços de ATER;

2. Ampliar as Chamadas Públicas para mulheres com foco na Agroecologia;

3. Garantir o que está previsto na lei de ATER; 4. Fomentar que as extensionista tenham formação em

Agroecologia; “Sem feminismo não há Agroecologia”.

4

Violência e Desigualdade de Gênero

1. Criar espaços de formação para empoderamento das mulheres;

2. Criar e utilizar cartilhas na educação do campo e para o campo;

3. Criar espaços para denúncia dentro dos municípios.

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c. Resultado Grupo 3

Tema Geral do Encontro Mulher, Autonomia e Desenvolvimento Territorial

Tema do Grupo 3: Violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha (11.340) e Lei do Feminicídio (13.104);

Temas Transversais: 1) Mulheres do Meio Rural 2) Acesso às Políticas Públicas nos Territórios; 3) Contexto Político Atual na Perspectiva Feminina

Problemas Soluções/Estratégias

01

Violência contra as mulheres: avanço – Lei Maria da Penha

1. Policiais e agentes femininas para fazer o atendimento nas delegacias que não são específicas no atendimento às mulheres;

2. Treinamento para todos os policiais, delegados e agentes penitenciários;

3. Delegacia aberta 24 horas; 4. Aumento do número de delegacias especializadas no

atendimento às mulheres;

5. Fortalecimentos das campanhas pontuais sobre gênero, realizadas pelas secretárias estaduais nos municípios;

6. Discussão nos grupos de mulheres, associações, Grupos de mulheres evangélicas, Católicas;

7. Mais rigidez na Lei e o fim da fiança.

02

Aumento dos casos de feminicídio: avanço – aumento do número de notificações

1. Fortalecimento da Lei do Feminicídio;

2. Utilização dos meios de comunicação para divulgação das Leis Maria da Penha e da Lei do Feminicídio;

3. Formação continuada, sobretudo nas comunidades rurais.

03

Falta de informação dos direitos das mulheres

1. Inserção nas grades curriculares, das escolas, a

igualdade de gênero, raça e etnia;

2. Melhor divulgação das Leis Maria da Penha e da Lei do

Feminicídio;

3. Divulgação dos direitos e das Leis que envolvem gênero

com as mulheres rurais;

4. Ampliar a formação dos núcleos de gêneros nas

escolas.

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d. Resultado Grupo 4

Tema Geral do Encontro Mulher, Autonomia e Desenvolvimento Territorial

Tema do Grupo 4: Mídia como ferramenta de enfraquecimento ou empoderamento da mulher?

Temas Transversais:

1) Mulheres do Meio Rural 2) Acesso às Políticas Públicas nos Territórios; 3) Contexto Político Atual na Perspectiva Feminina

Problemas Soluções/Estratégias

01

Dificuldade do agente educador no uso de mídias e novas mídias na educação.

1. Primeira Estratégia de Solução: Capacitação profissional dos educadores focando o uso de mídias educacionais;

2. Segunda Estratégia de Solução: Contextualização especifica sobre mídia para os educadores do campo – Precisamos que o profissional da educação seja um comunicador/facilitador e não um mero repassador de informação;

3. Terceira Estratégia de Solução: Maior acesso de recursos educacionais (material educacional) – Equipamentos de produção e difusão de informação/conhecimento

02

Falta de acesso da mídia no campo

1. Primeira Estratégia de Solução: Políticas públicas que permitam a ampliação da distribuição de antenas (ANATEL) que permitam maior alcance no uso de mídias;

2. Capacitação contextualizada especifica para o campo sobre mídia;

3. Terceira Estratégia de Solução: Adequar a estratégia de educação midiática a situação do sócio econômica do aluno.

03

A mídia na formação de cidadãos robóticos

1. Primeira Estratégia de Solução: Politicas de conscientização de formação do cidadão (cidadão e mídia);

2. Segunda Estratégia de Solução: Conscientização no uso de mídias focado no meio rural.

3. Terceira Estratégia de Solução: União dos atores educacionais na descentralização da mídia.

04

Descaracterização da mídia (rádios comunitárias no campo)

1. Espaço obrigatório e garantido nas rádios comunitárias para o agricultor através do ministério da comunicação;

2. Desburocratização para facilitar outorgas de novas rádios comunitárias;

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3. Facilitar a compra e instalação dos materiais utilizados nos circuitos fechados de rádios para o campo (sindicatos, associações, etc.).

05

Dificuldade do acesso da mulher as políticas públicas através das mídias.

1. Criar uma ferramenta (APP) para facilitar o acesso. (UAG se propôs a criar o aplicativo);

2. Segunda Estratégia de Solução: Ampliar a comunicação dos territórios para as mulheres do campo;

3. Terceira Estratégia de Solução: Conscientização das pessoas na divulgação de mídias.

06

Como a mídia apresenta o tema “feminismo” para as mulheres da zona rural

1. Primeira Estratégia de Solução: Debates e discussões desmitificando o termo. Entender feminismo como um sentimento, sentimento de que temos direito e podemos SER;

2. Segunda Estratégia de Solução: Uso de espaços (associações) para a discussão do tema.

3. Terceira Estratégia de Solução: Fortalecer os discursos sobre o feminismo por meio das mídias existentes no campo.

07

Enfraquecimento da mulher através da mídia

1. Divulgar a lei do Marco da Internet de forma maciça e ampla;

2. Conscientização do uso da imagem da mulher; 3. Maior rigor e severidade no julgamento de racismo,

feminicídio e todos os tipos de violência contra mulher.

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e. Resultado Grupo 5

Tema Geral do Encontro Mulher, Autonomia e Desenvolvimento Territorial

Tema do Grupo 5: Diversidade feminina: o discurso feminista e a autonomia das mulheres.

Temas Transversais: 1) Mulheres do Meio Rural 2) Acesso às Políticas Públicas nos Territórios; 3) Contexto Político Atual na Perspectiva Feminina

Problemas Soluções/estratégias

01

Segurança das mulheres rurais pensando no contexto geral: crianças, jovens e idosas.

1. Tirar as delegacias de defesa as mulheres do papel e criar logo as mesmas nos municípios;

2. Criação dos conselhos de defesa dos direitos das mulheres municipais;

3. Incluir o tema combate a violência a mulher nos espaços educacionais.

02

Divulgação das políticas públicas para as mulheres e como podem ter acesso as mesmas.

1. Levar para a zona rural as unidades móveis de saúde;

2. Assegurar as políticas públicas, já conquistadas, nem um direito a menos;

3. Cobrar dos governos o acesso das mulheres a terra, ao credito e a assistência técnica diferenciada na perspectiva agroecológica;

4. Garantir acesso à terra às jovens mulheres, ao PRONAF mulher e jovem.

Combater a violência a pessoa idosa, visando a questão de filhos e netos que usam de violência para fazer uso indevido de suas aposentadorias.

1. Que os municípios executem assistência social na pratica, saindo dos discursos.

2. Promover acompanhamento permanente das pessoas idosas em especial mulheres;

3. Se inteirar e apoiar para ajudar os movimentos sociais nas práticas exercidas nos municípios voltados para as mulheres, tais como as ouvidorias e acompanhamentos.

Assegurar o acompanhamento e levantamento da produção das mulheres, identificando a potencialidade para o real envolvimento da agroecologia.

1. Priorizar para as assistências técnicas as companheiras já formadas nos municípios, para valorização de suas formações;

2. Promover e incentivar mulheres e jovens a estarem nas formações técnicas de

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agroecologia e outros que podem contribuir para o seu empoderamento das mesmas.

Não aceitar a política de preço atual da CONAB com relação ao projeto do programa de aquisição de alimentos (PAA)

1. Respeitar a tabela de preço local; 2. Assegurar este e outros projetos como PNAE,

já que os mesmos são grande fonte de renda para agricultura familiar.

Quando for ocupar os espaços políticos não visar o dinheiro, nem a cadeira por nome apenas (laranja), mas se empoderar para desenvolver, o trabalho para o bem de todos em especial contribuindo na luta das mulheres.

1. Formação política já;

2. Mulheres dos movimentos se desafiar a ocupar cargos políticos, buscar parcerias com as lideranças regionais;

3. Ocupar os espaços políticos para debater e mostrar o papel da mulher na sociedade, estimulando a participação na vida institucional.

Esclarecimento da luta feminista e do que é feminismo

1. Formação feminista para a base sendo esta continuada, já que os espaços de debates estão em constante renovações;

2. Propor nos espaços territoriais e conselhos municipais formações para as mulheres e homens nos diversos temas.

Como promover a mulher jovem a ter sua autonomia e gerar sua própria renda no meio rural?

1. Garantir o acesso das mesmas ao credito fundiário;

2. Aprimorar a divulgação dos projetos que vem, já que as vezes as mesmas não tomam conhecimento, e unir forças sem visar faixa etária.

3. Financiamentos para projetos de grupos de mulheres.

Incluir a educação do campo nas grades curriculares

1. Colocar a educação para o campo no campo 2. Não deixar a mesma ser extinta da sala de

aula, assim como diversos temas importantes que estão sendo ameaçados, tais como gênero e sexualidade.

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8. Manifestações em Plenária: Destaques, protestos, considerações

Solicitação de que sejam feitas algumas moções:

1. Contra as perdas dos direitos das mulheres nesse governo golpista;

2. Pela perda de valor dos produtos da Agricultura Familiar na nova tabela da CONAB;

3. Moção pela Educação do Campo, que está sendo negligenciada ou mesmo

destruída, escolas sendo fechadas;

4. Contra extinção dos Ministérios da Mulher e Igualdade Racial e MDA

Destaques:

1. As Políticas públicas são conquistas da sociedade civil e as mulheres precisam estar

atentas, conscientes e atuantes para frear as perdas de direitos e conquistas de

mais espaços de participação na sociedade e na política;

2. A maioria dos(as) eleitores(as) são mulheres, mas não temos essa representação

nos espaços de poder. Votamos em partidos “golpistas” que tiram direitos das

mulheres. Hoje, período de eleição, são procuradas pelos candidatos. Como

faremos?

3. Vamos sair daqui com o compromisso de não votar nos homens. Vamos, nós

mulheres, conquistar o poder. São as mulheres que irão transformar essas leis.

Avanços:

Atualmente, existem várias Políticas Públicas e Programas que, em sendo bem

implementados, contribuem efetivamente para a melhoria da qualidade de vida das

mulheres: PRONAF Mulher, Um Milhão de Cisternas, ATER/Mulher, Agroamigo, PROUNI,

SEPPIR, BANCO DE SEMENTES, GARANTIA SAFRA, PAA, PENAE, PRONATEC, FOMENTO

MULHER, BIO DIGESTOR.

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9. Considerações finais

Considerando o Objetivo Geral do Encontro: Fortalecer a participação das mulheres no espaço do Colegiado Territorial, é possível perceber, a partir dos resultados desse encontro, avanços significativos que ajudarão na formulação de estratégias para que a inclusão das mulheres tanto nos debates, como também como beneficiárias das Políticas Públicas, seja incrementada.

Os debates também levantaram algumas questões: por que as Políticas Públicas não chegam, a contento, até as beneficiárias? Por que, nos processos de educação e formação, esses temas - gênero, feminismo, sexualidade, violência -, são relegados? Por que os canais de informação/comunicação sobre as Políticas Públicas não funcionam bem? Por que a burocracia (que deveria facilitar e dar as condições necessárias) funciona como uma trava para o acesso às Políticas Públicas? Por que os serviços de ATER negligenciam as mulheres?

Ao adentrar a esse debate, os NEDETs pretendem contribuir, principalmente com as dinâmicas territoriais, fortalecendo os setores que compõem o Colegiado Territorial e que a partir desse espaço se consiga qualificar os debates, levantar com clareza as demandas, propor ações e monitorar suas execuções. Entretanto, os resultados apresentados aqui poderão compor ao debate sobre gênero para além do espaço do Território em questão, pois foram trazidas questões de relevância estadual e nacional.

Por exemplo, ao identificar os motivos que impedem uma Política Pública, tida como boa pelas próprias mulheres, chegar até às beneficiárias, cujo acesso é negado por diferentes fatores, isto precisa ser enfrentado e corrigido. Pois, se um público alvo de uma Política Pública não acha meios para acessa-la, então ela é estéril e o erro não está em quem não consegue alcança-la, mas em quem formulou os critérios dificultadores de acesso.

Com tempo insuficiente para aprofundar, no próprio evento, as várias questões levantadas, fica o desafio premente de que essa temática é relevante, motivadora, urgente e exige que a sociedade a leve em conta, que os pesquisadores coloquem luzes para facilitar os entendimentos, que o sistema de educação a considere em suas grades de conteúdos, que os canais de comunicação incluem e divulguem informações pertinentes e que as associações e organizações afins, bem como o poder público local, estejam mais atentos e capazes para implementar políticas públicas específicas.

Enfim, as mulheres organizadas do Estado de Pernambuco colocaram aqui suas experiências e anseios. Mostraram-se dispostas a seguir adiante nessa construção que, aliás, já está bem adiantada. Há um histórico de lideranças heroínas, muito simbolismo e muita construção objetiva.

Há aqui, pois, um esforço de síntese dos pensamentos atuais sobre gênero, colocados pelas próprias mulheres e que exigem atenção especial para que haja avanços efetivos sobre essa temática.

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10. Anexos

a. Perfil das Educadoras ATGEs

Xenusa Pereira Nunes

Comecei a atuar como ATGE em 2014, através

de um convite da Professora Dra. Lúcia Marisy,

Pró-Reitora de Extensão da UNIVASF. A cada dia

aprendo mais com as mulheres do nosso

Território, é uma troca de experiências bastante

prazerosa e rica em aprendizado.

É muito gratificante poder contribuir com o

desenvolvimento local, principalmente com a

identidade de gênero, fortalecendo cada vez mais

a participação das mulheres e enaltecendo sua

importância no desenvolvimento das comunidades em que atuam, bem como poder transmitir um

pouco de meus conhecimentos como nutricionista, abordando temas importantes que contribuem

para uma vida saudável.

As mulheres do Território São Francisco estão de parabéns, pois cada vez mais se esforçam em

querer mudar as situações que aparentemente são aceitas como normais, adotando um novo jeito

de pensar a vida, a família e a sociedade, através de uma postura mais politizada e participante nas

ações que envolvem gênero.

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Alexsandra Bezerra da Silva

Licenciada em História, pela Faculdade de

Formação de Professores da Mata Sul (2005), 32

anos, especialista em Gestão de Projetos Sociais,

pelo Instituto Aleixo (2008) e Pós-Graduanda em

Gestão Pública (não concluída), pela Faculdade

Joaquim Nabuco e cursando Serviço Social

UNOPAR. Militante da Articulação de Mulheres

da Zona da Mata Sul, Fórum de Mulheres de

Pernambuco, Centro das Mulheres de Joaquim

Nabuco e de outras organizações populares e

sociais. Atualmente está enquanto Coordenadora

do ProRural UGT Palmares e ATGE NEDET Mata Sul. Com experiência e conhecimento nas áreas de:

movimentos sociais rurais, com foco em mulheres, juventude e assentados rurais, garantindo o

fortalecimento da fala pública e da intervenção social. “Sou apaixonada pelo meu trabalho, através

dele consigo empoderar as mulheres e homens desse território, desenvolvendo um trabalho com

ética, dedicação e solidariedade. A realização deste trabalho de assessoria as mulheres rurais junto

a UFRPE e as instancias territoriais tem proporcionado no/ao Território da Mata Sul novas

possibilidades, novas escolhas, novo caminhar, estamos aprendendo e ensinando ao mesmo tempo

em uma só linguagem”.

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Maria Gorete Nunes Barbosa

Sou Maria Gorete Nunes Barbosa, moro na

comunidade Sítio São José de Pilotos, município

de Santa Cruz da baixa Verde - PE, Sertão do

Pajeú, sou formada em Engenharia Agronômica

pela UFRPE - UAST. Faço parte da Rede de

Mulheres Produtoras do Pajeú, com sede em

Afogados da Ingazeira a qual é composta por

grupos de mulheres de vários municípios. Através

dessa associação e outras instituições parceiras

houve a formação do grupo de mulheres.

Desenvolvo um trabalho como coordenadora há 10 anos. O grupo Doce Esperança é formado por

20 mulheres, as atividades desenvolvidas são artesanato (crochê, bordados, etc.) e a produção

agrícola (hortas, frutíferas, etc.), sendo esta produção comercializada na Feira Agroecológica de

Serra Talhada. Apesar das dificuldades encontradas, o grupo continua na tentativa de

fortalecimento das mulheres. O que me motiva realizar esse trabalho é ver a satisfação das

mulheres ao fazer algo que realmente gostam e a experiência que possuem, há uma troca de

conhecimentos e isso é gratificante. Por isso, há a necessidade de Assistência Técnica para dar

suporte ao trabalho dessas mulheres tornando-as mais fortes e empoderadas.

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Mauricélia Lino

Sou Mauricélia Lino, mãe de dois filhos

(Dhouglas Felipe com 20 anos e a pequena

Maria Eduarda com 11 anos). Pedagoga com

Especialização em Psicopedagogia pela UPE

Campus – Mata Norte. Edifiquei minha vida

profissional a partir do movimento feminista,

planejando, avaliando, elaborando projetos,

articulando parceiros, participando de

fortalecimentos temáticos e conhecimento

na área do desenvolvimento humano.

Este conjunto de experiências me proporcionou oportunidades de compreender e fazer-

me presente em mudanças e comportamentos no universo feminino (crianças,

adolescentes e mulheres adultas) onde convivemos numa sociedade culturalmente

machista.

Nos meus 26 anos de trabalho social, construí através do aprendizado com as mulheres,

a ser uma mulher com confiança sobre minha vida. Aprendi que para termos atitudes,

precisamos quebrar tabus, ergue a cabeça e sobre tudo buscar em outra pessoa, forças

positivas e humanas.

Falar do SER HUMANO, é falar do projeto, mais perfeito que Deus criou... E esta é minha

missão enquanto conscientemente, vida eu tiver.

Hoje, faço parte do NEDET – Recife, como Assessora Territorial de Gênero da Mata Norte

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Patrícia Karla de Oliveira

Meu nome é Patrícia Karla de Oliveira,

tenho 43 anos, sou técnica em agroecologia,

estou como coordenadora do CMDRS de

Sanharó, estou cursando 8º período de

Pedagogia, tenho dois filhos lindos que amo

mais que tudo, morei em São Paulo por 10

anos, voltando para minha cidade natal

ingressei em uma associação de moradores,

em seguida fundamos a Associação das

Mulheres Artesãs e Agricultoras de Mulungu-

Sanharó-PE - “ASMUSAS”, da qual fui presidente por dois mandatos, decidimos nos dedicar

aos trabalhos com mulheres devido a falta de assistência para com as mesmas, por termos

uma grande quantidade de rendeiras na nossa comunidade e as mesma se submetiam a

trabalhar para os chamados atravessadores, vendendo seus produtos por um preço abaixo

do mercado e com isso desvalorizando seus trabalhos tão preciosos: Devido a necessidade

da devida valorização para com as Mulheres.

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Karla Patrícia Medeiros de Brito

Olá, Chamo-me Karla Patrícia Medeiros de Brito, m 2002

um amigo de infância convidou-me para participar de uma

experiência até no momento para mim desconhecida que

era o movimento social, através de um fórum. O Fórum

“Engenho de Sonhos” era um projeto inovador que tinha

como eixo à união de várias instituições não

governamental, Universidade Federal e o patrocínio da

Fundação internacional “Kellogg”, tendo como objetivo

quebrar do ciclo da pobreza na região Oeste de Natal

através de formação sócio política, oficinas culturais e

esportivas, intercâmbio e geração de renda. Durante 3 anos atuou em cinco bairro da

mesma, no final de 2005 tivemos uma última reunião com a equipe Kellogg no qual

recebíamos a notícia que o nosso patrocínio seria suspenso. Decidimos que continuaríamos

os trabalhos e no dia 16 de setembro de 2005 nascia a “Associação de Juventudes

Construindo Sonhos” - AJCS, que tinha o objetivo de dar continuidade ao trabalho iniciado

pelo Fórum Engenho de Sonhos, mas com uma visão totalmente diferente, de agora em

diante as lideranças seriam pessoas nascidas e criadas nas comunidades que sabe e sente

na pele as necessidades de um povo cheio de talento.

A AJCS, de início, atuava em 5 bairros tendo depois de 2 anos e meio aumentado esse

nº para 10, buscando trabalhar em forma de parcerias com as escolas estaduais,

municipais, postos de saúde, etc., desenvolvendo nos jovens o protagonismo através de

oficinas de esporte, cultura, lazer e formação sociopolítica. Foi através dessas duas

experiências que tive meu trabalho como finalista do Prêmio Itaú Unicef 2007 “Todos pela

educação”. A minha visão de transformação é casar o social com a área empreendedora,

através da educação alcançar a transformação para a cidadania.

Tenho experiência como alfabetizadora, sou educadora desde os 15 anos de idade. Sou

formada em Recursos Humanos e técnica em Agroecologia e atuo como educadora

agroecológica desde 2008. Acredito que minha contribuição para a sociedade seja expandir

todo o conhecimento que tenho adquirido, mas a maior de todas será ajudar no

crescimento enquanto ser humano, que a pessoa se torne mais participativa e protagonista

de um processo de mudanças sociais que quebre o ciclo de pobreza.

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Simone Maria da Silva

Eu me chamo Simone Maria da Silva, tenho 40

anos moro na cidade de Tacaimbó, sou casada,

tenho um casal de filhos, sou professora formada

em geografia com especialização também em

geografia sou técnica agroecológica, minha

trajetória começou na adolescência quando

comecei a participar das CEBS depois que me casei

continuei na luta para ajudar a pessoas das

comunidades rurais fui voluntaria da pastoral da

criança, fui coordenadora do MEB Movimento de

Educação de Base, fui professora de jovens e adultos, fundei junto com uma amiga uma

associação de agricultores onde compramos uma fazenda pelo credito fundiário e

assentamos vinte famílias onde estão produzindo na sua terra e sobrevivendo de lá depois

fundei mais outra associação, atualmente estou como a coordenadora do conselho

municipal de desenvolvimento atuo também como técnica de campo de uma cooperativa

mais continuo executando vários trabalhos junto as famílias da zona rural e urbana do

município.

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todos, que respeita suas

Gáudia Maria Costa Leite Pereira

Eu sou Gáudia Maria Costa Leite Pereira,

olindense, criada, com muito amor, em

Garanhuns. Moro em Belo Jardim e por

necessidade do trabalho, passo a maior parte do

tempo em Garanhuns. Sou casada e tenho um

marido maravilhoso, que me apoia e incentiva.

Sou Zootecnista e Licenciada em Ciências

Agrícolas pela UFRPE.

Desde estudante atuo na área de extensão

rural, trabalhei muito, para muita gente, até que

tive coragem de montar minha própria empresa de elaboração de projetos, ATER

e consultoria, atuando com Desenvolvimento Sustentável. Tenho vasta experiência em

assessorias, consultorias, capacitações, mediações e negociações de conflitos.

Desde dezembro de 2013, atuo como Assessora Territorial de Inclusão Produtiva em

convênio da COOPANEMA/IADH/MDA. A partir de fevereiro de 2014, passei a atuar

também como Assessora Territorial de Gênero do NEDET para o Agreste Meridional. Nunca

tinha trabalhado especificamente com o tema de Gênero, sempre trabalhando com

mulheres, mas não com um trabalho voltado para elas. Aceitei o desafio e venho me

envolvendo e adquirido uma sensação de que os trabalhos de Gênero não são apenas

necessários, mas também são urgentes. As mulheres precisam de assessoria qualificada,

de apoio e de políticas públicas voltadas para elas.

O trabalho com o Território me abriu os olhos para novos horizontes, me colocou

em contato com novas pessoas – como o Prof. Victor, nosso Coordenador que acredita

em nós e nos apoia, inclusive nos motivou e proporcionou sonhar com novos estudos,

como agora, estou tentando uma vaga para fazer Mestrado em Desenvolvimento

Territorial na UNIVASF, em Juazeiro-BA.

Quero poder continuar somando na busca de um verdadeiro

Territorial, um desenvolvimento que respeita a todas e a

histórias, seus anseios, suas esperanças. Um desenvolvimento humano.

Desenvolvimento

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b. Registro Fotográfico

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