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A gramática da frase: termos A gramática da frase: termos ligados ao nome e ao verbo - Iligados ao nome e ao verbo - I

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Relações sintagmáticas dentro do sintagma verbal Relações sintagmáticas dentro do sintagma verbal

Relações sintagmáticas dentro do sintagma nominal Relações sintagmáticas dentro do sintagma nominal

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As relações sintagmáticas dentro do sintagma As relações sintagmáticas dentro do sintagma nominalnominal

O adjunto adnominal

O poeta modernista Mário de Andrade foi generoso com a alma brasileira.

Algumas palavras não têm sua carga significativa completa e, por isso, necessitam de outras palavras ou termos que completem, que integrem seu sentido; outras, com carga significativa completa, podem vir acompanhadas de modificadores, determinantes ou circunstanciais, que ampliam, descrevem, determinam ou caracterizam seu sentido.

Os adjuntos nominais, por gravitar em torno de um substantivo, equivalem a um adjetivo.

Todos os exemplos que não têm fonte especificada foram retirados do material SER – Ensino Médio – 1ª série.

As funções dentro dos sintagmas maioresAs funções dentro dos sintagmas maiores

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O poeta modernista Mário de Andrade foi generoso com a alma brasileira.

artigo adjetivo artigo adjetivo

adjuntos adnominais adjuntos adnominais

No período simples, o adjunto adnominal pode ser representado pelo próprio adjetivo ou por uma locução adjetiva, um numeral adjetivo, um pronome adjetivo, um artigo ou um pronome pessoal oblíquo (quando equivalente a um pronome possessivo). Isto é, sempre exerce função adjetiva.

As relações sintagmáticas dentro do sintagma As relações sintagmáticas dentro do sintagma nominalnominal

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oração adjetiva explicativa

O poeta modernista Mário de Andrade, que escreveu Macunaíma, morreu em 1945. adjunto adnominal representado por oração subordinada

oração adjetiva restritiva

O poeta modernista Mário de Andrade que escreveu Macunaíma morreu em 1945. adjunto adnominal representado por oração subordinada

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O aposto

Sujeito Mário de Andrade, o poeta modernista, foi generoso com a alma brasileira. núcleo aposto do sujeito

Trata-se de um termo acessório que se relaciona ao núcleo de outro termo - via de regra, um substantivo ou palavra com valor de substantivo – para esclarecê-lo ou explicá-lo, ao mesmo tempo que o retoma.

Normalmente, por representar ruptura na ordem direta da frase, o aposto aparece isolado por sinais de pontuação, sendo mais comum aparecer entre vírgulas ou então introduzido por dois-pontos.

Mário de Andrade escreveu vários livros: Macunaíma, Amar, verbo intransitivo, Contos novos.

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O aposto também pode estar representado por uma oração no período composto: trata-se de uma oração subordinada (é termo de uma oração principal) substantiva (tem valor de substantivo) apositiva (funciona como aposto).

oração substantiva apositiva

A obra de Mário de Andrade tinha um objetivo: que a cultura brasileira ganhasse destaque.

aposto representado por oração subordinada

As relações sintagmáticas dentro do sintagma As relações sintagmáticas dentro do sintagma nominalnominal

Temos um caso particular de aposto – o aposto especificativo, ou de especificação -, que individualiza um substantivo de sentido genérico e aparece ligado a ele sem pontuação.

A rua Direita nos leva à Catedral.

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O complemento nominal

O poeta Mário de Andrade contribuiu para a formação da brasilidade.

Alguns nomes não apresentam sentido completo (é o caso de alguns substantivos, adjetivos e advérbios), necessitando de complemento que, por oposição ao complemento verbal, é chamado complemento nominal e apresenta-se sempre antecedido de preposição.

Nome (substantivo), cujo significado transita. Tem valor passivo: é sobre ele que recai a ação.

As relações sintagmáticas dentro do sintagma As relações sintagmáticas dentro do sintagma nominalnominal

É comum uma ligeira confusão entre adjunto adnominal e o complemento nominal. A confusão só ocorre quando o termo em dúvida está antecedido por preposição e relacionado a um substantivo; sem preposição, será um adjunto adnominal.

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No período simples, o complemento nominal é representado geralmente por um substantivo ou palavra com valor substantivo.

No período composto, podemos ter uma oração inteira funcionando como complemento nominal; trata-se de uma oração subordinada (é termo de uma oração principal) substantiva (tem valor de substantivo) completiva nominal (exerce a função de complemento nominal).

Mário de Andrade acreditava na necessidade de resgatar o folclore.

complemento nominal representado por oração subordinada substantiva completiva nominal

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O vocativo O poeta Mário de Andrade, alunos, foi generoso com a alma brasileira.

Ricardo, você já leu algum livro de Mário de Andrade?

Além dos termos que mantêm relações dentro das orações e dos sintagmas, há um outro termo independente, que não faz parte de nenhum dos dois grandes sintagmas que compõem a oração (daí ser sempre marcado por pausa, na oralidade, e por sinal de pontuação, na escrita).

Esse termo é o vocativo, que, como o próprio nome indica, serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético.

As relações sintagmáticas dentro do sintagma As relações sintagmáticas dentro do sintagma nominalnominal

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Vilão do bem

Se os termos acessórios aparecem numa frase bem elaborada, é porque eles nos passam informações, ou seja, desempenham uma função, também importante, para a compreensão plena da mensagem. Não é o mesmo dizer vilão e vilão do bem. Assim, os adjuntos tornam-se relevantes e importantes para completar o sentido do que se quer expressar num determinado enunciado.

adjunto adnominal

aposto

complementonominal

termos acessórios

termo integrante

As relações sintagmáticas dentro do sintagma As relações sintagmáticas dentro do sintagma nominalnominal

A relevância dos termos adicionais do nomeA relevância dos termos adicionais do nome

Informação que qualifica e/ou especifica o nome (vilão).

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A pontuação – gramática e expressividade - Mamãe! Mamãe! Olhe Carlos!

- Mamãe! Me largue, Carlos! Me largue!

Alguns termos são marcados, na fala, por pausa; na escrita, essa pausa é representada por sinais de pontuação. O vocativo, por exemplo, sempre aparece isolado por sinais de pontuação.

O nome, não delimitado por sinais de pontuação, completa o verbo transitivo: trata-se de um objeto direto.

O nome está separado por uma vírgula e está invocando a segunda pessoa do discurso: trata-se de um vocativo.

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Ensaio, gravação, entrevista, nisso se resume a vida do artista.

Os poetas, antenas da raça, recriam a vida.

O artista trabalha em várias frentes: televisão, cinema, teatro.

O aposto é outro termo marcado por pausa (salvo o aposto de especificação). Quando o aposto é explicativo, ou resumidor, ou comparativo, via de regra apresenta-se separado do elemento a que se refere por vírgula, travessão ou parênteses. No caso do aposto enumerativo, o mais comum é o emprego de dois-pontos.

A escolha de um ou outro sinal vai depender do estilo e da intencionalidade (dar mais ou menos destaque para o aposto) do produtor do texto. Mas há, claro, sempre uma regra: a clareza.

aposto resumidor

aposto comparativo

aposto enumerativo

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As relações sintagmáticas dentro do sintagma As relações sintagmáticas dentro do sintagma verbalverbal

Os termos do sintagma verbal Dizer sim ou não com autoridade.

Não preciso de um subchefe.

objeto direto

objeto indireto

complementosverbais

Alguns verbos não têm sua carga significativa completa e, por isso, necessitam de outras palavras ou termos que completem, que integrem seu sentido.

Esses complementos verbais são chamados objetos, que podem ser diretos (não introduzidos por preposição; integram o sentido de um verbo transitivo direto) ou indiretos (introduzidos por uma preposição; integram o sentido de um verbo transitivo indireto).

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As relações sintagmáticas dentro do sintagma As relações sintagmáticas dentro do sintagma verbalverbal

Objetos representados por pronomes oblíquos • Os pronomes o, os, a, as exercem exclusivamente a função de objeto direto:

Eu conheci Maria no baile. / Eu a conheci no baile.

• Os pronomes lhe, lhes exercem exclusivamente a função de objeto indireto:

Pediram explicações ao professor. / Pediram-lhe explicações.

• Os pronomes me, te, se, nos, vos tanto podem exercer a função de objeto direto como de objeto indireto:

Pediram-me explicações. Receberam-me muito bem.

objeto direto

objeto indireto objeto direto

objeto indireto

objeto direto

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Objetos representados por orações

No período composto, podemos ter uma oração inteira funcionando como objeto: trata-se de uma oração subordinada (é termo da oração principal) substantiva (tem valor de substantivo) objetiva direta ou indireta (exerce a função de objeto direto ou indireto).

oração objetiva direta

Hagar achou que não ia dar certo.

objeto direto representado por oração subordinada

oração objetiva indireta

Hagar lembrou-se de que precisava de um subchefe.

objeto indireto representado por oração subordinada

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O adjunto adverbial Hagar vive na Escandinávia.

As relações sintagmáticas dentro do sintagma As relações sintagmáticas dentro do sintagma verbalverbal

Adjunto adverbial é o termo da oração que indica uma circunstância do verbo, ou intensifica e modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio.

Os adjuntos adverbiais podem ser agrupados de acordo com a circunstância que expressam: lugar, tempo, modo, negação, afirmação, dúvida, intensidade, etc.

No período simples, os adjuntos adverbiais são representados por advérbios ou locuções adverbiais.

Com certeza, este será o Carnaval mais animado dos últimos tempos.

O termo destacado está modificando o verbo, indicando uma circunstância de lugar.

locução adverbial (afirmação)

advérbio (intensidade)

locução adverbial (tempo)

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No período composto, podemos ter uma oração inteira funcionando como adjunto adverbial: trata-se de uma oração subordinada (é o termo de uma oração principal) adverbial (tem valor de advérbio).

oração adverbial temporal

Quando ele chegou, todos se levantaram.

adjunto adverbial representado por oração subordinada

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O agente da passiva

A cidade será inundada pelo rio.

Eddie Sortudo foi chamado por Hagar e Helga.

O agente da passiva é um termo que só aparece em orações cujo verbo está na voz passiva analítica (verbo auxiliar mais particípio do verbo que exprime o fato). Designa o ser que pratica a ação (daí ser chamado agente) e vem sempre precedido por preposição. Na voz passiva, o sujeito da frase é o ser que sofre a ação (daí ser chamado paciente).

Agentes da passiva representados por orações: No período composto, podemos ter uma oração inteira funcionando como agente da passiva; trata-se de uma oração subordinada (é termo de uma oração principal) substantiva (tem valor de substantivo) agente da passiva (exerce a função de agente da passiva).

oração com função de agente da passiva

Eddie Sortudo foi chamado por quantos moravam na Escandinávia.

agente da passiva representado por oração subordinada

O agente da passiva será sempre representado por substantivos ou palavras com valor substantivo.

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As relações sintagmáticas dentro do sintagma As relações sintagmáticas dentro do sintagma verbalverbal

O objeto direto preposicionado

Ele tinha que dar uma entrevista a Clarice Lispector para a Manchete, e convidou a mim e a Cecília para ir com ele. Fomos no fusquinha azul-claro do Tom.

Disponível em: <http://marieclaire.globo.com/edic/ed116/rep_inspiracao2.htm>.

Acesso em: 22 mar. 2010.

O uso da preposição é obrigatório, segundo a gramática normativa, quando o objeto direto estiver representado por um pronome pessoal oblíquo tônico – embora, na linguagem informal, seja comum casos de omissão da preposição com os pronomes tônicos da terceira pessoa.

Outro caso em que podemos encontrar um objeto direto preposicionado: quando o objeto direto está constituído de substantivo próprio, a preposição pode anteceder o objeto em função do realce (sempre que não haja outro termo precedido de preposição).

O sujeito nunca vem precedido de preposição. => Ao tigre matou o caçador.

substantivo próprio

pronome pessoal

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O objeto pleonástico

O troféu, ganharam-no com louvor.

Aos aposentados, recusa-lhes o benefício!

Por ser uma redundância, esse objeto é chamado pleonástico.

objeto direto

objeto direto

objeto indireto

Os objetos iniciam as frases e são retomados, logo em seguida, pelos pronomes oblíquos.

objeto indireto

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A omissão do agente da passiva: um caso de indeterminação

Comenta-se nos corredores do SBT que Sílvio Santos prepara grandes investimentos na programação da sua emissora.

Extraído de: <www.tribuna.inf.br/anteriores/2003/dezembro/26/bis.asp?bis-netto>. Acesso em: 26 dez. 2003.

Comentam que Sílvio Santos prepara grandes investimentos na programação da sua emissora.

Nos dois casos, resta uma questão: quem pratica a ação de comentar? O agente continua desconhecido. Não se sabe ou não se quer dizer quem faz o comentário. Da mesma forma que temos um sujeito indeterminado, podemos falar em agente da passiva indeterminado.

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A pontuação e o adjunto adverbial

Comercialmente, os chinelos ornamentais podem ser um sucesso.

A ordem convencional do adjunto adverbial é ao lado do verbo ao qual ele acrescenta informação, sem necessidade de sinais de pontuação.

No entanto, alguns adjuntos adverbiais, especialmente os de modo, quando deslocados para o começo do enunciado, acrescentam uma informação que se aplica além do verbo, ou seja, eles modificam a frase como um todo. Então, para preservar a compreensão da frase, pode vir separado por vírgula.

Quando o advérbio é de pequena extensão e não interfere nem trunca o fluxo do enunciado, não vem marcado por pausa e, na escrita, dispensa a pontuação.

Sempre pesquiso os preços antes de comprar.

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Relações sintáticas dentro do sintagma nominal

Relações sintáticas dentro do sintagma verbal

• adjunto adnominal• aposto• complemento nominal• vocativo

• objeto direto• objeto indireto• adjunto adverbial• agente da passiva