1 Eleição de Presidente de Junta de Freguesia e seu ... · em todo o país nos mais diversos...
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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Aos vinte e um dias do mês de Setembro do ano 2012, pelas vinte e uma horas e trinta
minutos, no Salão Nobre do Edifício Sede do Município realizou-se uma Sessão Ordinária da
Assembleia Municipal, com a seguinte Ordem do Dia:
1 – Eleição de Presidente de Junta de Freguesia e seu substituto para representação no
XX Congresso (extraordinário) da ANMP;
2 – Alteração aos Estatutos da AMRS;
3 – Concurso “Fornecimento de combustíveis em postos de abastecimento público”
- Encargos Financeiros em anos seguintes;
4 – Actos da Câmara.
Substituições verificadas e presentes ao plenário da Assembleia Municipal:
- Susana Cristina Condeço Prates é substituída nesta sessão por Fabrício António de Sousa
Pereira.
- António Manuel Fernandes da Costa é substituído nesta sessão por Luís Ricardo Gonçalves
Martins.
- Vanda Isabel da Costa Figueiredo é substituída nesta sessão por José António Soares
Pereira.
- Andrea da Conceição Plácido Corte Real é substituída nesta sessão por Edivaldo Isaías
Carvalho Évora Monteiro.
- O presidente da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário foi substituído pela sua substituta legal,
Lina Isabel da Silva Gomes.
Foi verificada a identidade dos membros substitutos.
ACTA N.º 05.12
21.09.12 X Mandato
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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Estiveram presentes os seguintes Membros do Executivo Camarário:
Sr. Presidente da Câmara João Manuel de Jesus Lobo e os Srs. Vereadores António José
Gonçalves Duro, Vítor Manuel Rodrigues Cabral, Joaquim Inácio Raminhos Cabaça, Miguel
Francisco Amoêdo Canudo e Maria João Aleixo Carvalho.
Foi dada a palavra ao público:
Vítor Gama
Vem alertar por causa da situação das garagens do lote 12 de Alhos Vedros. No dia 9/3/2012
houve uma reunião com o senhor presidente da Câmara, na qual foi combinado que seria visto
o diâmetro do passeio, circulação e outras coisas. Solicita se existe informação da situação
que foi consensualizada, pois verificam que não está a ser cumprida, sendo que, diz, não estão
aqui para derrubar garagens, não estão contra projectos, estão aqui contra situações que não
estão a ser cumpridas pela parte do construtor que está a fazer a obra.
Nazaré Martins
Diz ser residente no concelho da Moita, animadora cultural, e especializada em teatro. Pediu a
palavra para realçar a sensibilidade e empenhamento que vê na autarquia no apoio ao
desenvolvimento cultural da nossa terra. Isto é só o resultado do que é anunciado em
documentos, disse, mas também é resultado da sua experiência pessoal. Recentemente pediu
apoio para um projeto de teatro comunitário e tem recebido os apoios da Junta de Freguesia
da Baixa da Banheira e o apoio logístico das coletividades União Desportiva e Cultural
Banheirense e Ginásio Atlético Clube.
Sobre a positiva realidade cultural do nosso concelho o que contrasta com o estado “troikano”
de tudo destruir e promover o empobrecimento de todas as áreas da vida nacional, não pode
deixar de denunciar o estrangulamento financeiro e a perversão de todo o serviço público que
deve ser a cultura, em consequência dos graves constrangimentos financeiros colocados a
todos os municípios e às suas populações na fruição cultural para a melhoria da sua qualidade
de vida. Ainda recentemente como grito de revolta, continuou, assistimos à recusa da escritora
Maria Teresa Horta de receber o prémio literário D. Dinis das mãos do primeiro-ministro do
governo PSD/CDS, a escritora considerou este governo como o coveiro da cultura. Esperemos
que haja uma mudança, este estado de coisas coloca a cultura muito abaixo da subsistência o
que se agrava com os custos da austeridade imposta pela troika subscrita pelo PS e
servilmente executada pelo PSD e CDS; antes com o “PECs”, agora com o memorando, tendo
o atual secretário de estado justificado os cortes à cultura com uma patética argumentação de
distribuição equitativa das diferentes áreas do governo, argumento desonesto e absurdo.
Senão vejamos, disse, o Orçamento de Estado para 2012 estabeleceu para toda a cultura cortes
que se agravaram relativamente ao recebido em 2011 reduzindo para as artes e para a cultura
uns míseros 6,7% do que até agora o estado já entregou à banca, nomeadamente para dar
cobertura ao buraco do BPN, que resultou do roubo feito por dirigentes e ex-ministros do
PSD. A austeridade na cultura não destrói só o que existe, destrói o que fica impedido de
existir. A criação contemporânea, os apoios aos teatros nacionais e ao cinema encaminha-se
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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para uma maior desresponsabilização do Estado e para uma simples entrega de mecanismos
de mercado que como conhecemos são verdadeiras aves necrófagas. A cultura é um elemento
central na formação da consciência e da identidade nacional, não podemos esquecer aquilo
que somos, a cultura tal como a emancipação do trabalho é factor essencial do património do
futuro. No governo da troika a cultura situa-se num adereço de sociedade ou de um privilégio
de elites. O tempo de pôr fim a este desastre é o tempo de hoje de protesto e de recusa, tempo
de mobilização de toda a inteligência de toda a criatividade, de toda a liberdade, de toda a
cólera contra o que se chama a austeridade, a imposição de um brutal retrocesso histórico e
cultural em todas as áreas da vida social do homem. É tempo de dizer basta, que viva a
cultura, que viva o actor social, viva dar voz ao povo.
Ricardo Cochicho
Vem, em nome dos subscritores do manifesto em defesa da cultura, dar a conhecer a esta
assembleia as razões do nosso movimento e consequentemente do nosso manifesto.
Senhor presidente da Assembleia Municipal, senhor presidente da Câmara Municipal,
senhores deputados municipais, algumas palavras sobre a cultura e as preocupações que nos
afligem, neste campo de actividade humana, algumas palavras sobre a situação do sector, a
situação da cultura em Portugal em tentar sobreviver à criminosa austeridade e ao retrocesso
civilizacional a que está a ser submetido o povo português em nome de fundamentalismos
exclusivamente ideológicos. Preocupamo-nos porque estamos convictos que a cultura é
determinante para o desenvolvimento da pessoa humana e que pelas mesmas razões ela pode
desenvolver um papel crucial na sociedade portuguesa em particular neste período histórico
em que vivemos. O que traz este grupo de cidadãos a esta reunião é a urgência em contrariar
este excesso de degradação, de estrangulamento e de ameaça por medidas de forças
governamentais ofensivas, o que nos traz a esta reunião é a urgência de reunir esforços e
responder de forma firme a estas políticas. Somos ativistas de todo o movimento que cresce
em todo o país nos mais diversos locais e sectores de atividade em torno do manifesto em
defesa da cultura, portanto manifesto em defesa da democracia. É um movimento de cidadãos
que não dissocia a luta por uma verdadeira democracia cultural, da luta geral dos
trabalhadores e do povo português pelos seus direitos. O manifesto em defesa da cultura é um
projeto de dimensão política, não se trata de uma plataforma de artistas, mas sim de um
movimento que engloba nos mesmos objetivos os trabalhadores da cultura, os artistas e outros
cidadãos indistintamente da sua actividade produtiva. Entre outras ações o movimento
desenvolve uma campanha que visa exigir o cumprimento das recomendações da UNESCO e
da Agenda 21 para a cultura, secundadas aliás pela própria União Europeia no sentido de
assegurar que o investimento do Estado em Portugal atinja pelo menos valores equivalentes a
1% do Orçamento Geral do Estado para a cultura. Recordamos que neste momento contamos
com 0,1% do OGE, muito longe desse objetivo, ainda com a ameaça de mais e maiores cortes.
Após 38 anos do libertador 25 de Abril nunca essa meta foi alcançada, com o prejuízo
inevitável para a preservação do património imaterial e material para a criação artística do
presente e do futuro e para o desenvolvimento da coesão social que a cultura pode e deve ser
um alicerce essencial. Às senhoras e senhores eleitos por este concelho compete naturalmente
a defesa dos interesses dos cidadãos e por conseguinte da natureza deste órgão autárquico pu-
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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gnar pela defesa da cultura nas suas diversas vertentes, do património às suas tradições
populares, tal como a criação artística do presente e do futuro. É exigido uma tomada de
posição em face à atual situação, contra todos os tipos de austeridade que ameaçam os direitos
das populações, visando a mercantilização e a evidente elitização da cultura. Pela plena
democratização cultural, um direito fundamental do povo, pelos subscritores do manifesto em
defesa da cultura.
Carlos Albino
A participação cívica e política dos jovens, Lei nº 8/2009, alterada pela Lei nº 6/2112, cria o
regime jurídico dos Conselhos Municipais da Juventude. A Lei é de Fevereiro deste ano, foi
aprovada nesta Assembleia Municipal uma recomendação para a criação desse mesmo
Conselho Municipal de Educação a 29 de Junho de 2012 e a data limite que consta na Lei
para a sua implementação era 10/8/2012. Tendo em consideração que já passaram 224 dias da
aprovação da lei, já passaram 87 dias da recomendação e já passam 42 dias do prazo limite
para a implementação dessa mesma Lei, quer saber da parte da Câmara, o que é que estão a
fazer relativamente a esta situação, quando teremos o cumprimento dessa lei e quantos dias
teremos que estar à espera.
Flávio Martins
Refere que é a primeira vez que vem à Assembleia Municipal e fica satisfeito de ver que as
intervenções anteriores foram direccionadas para a cultura. Diz também vir falar sobre a
cultura. Vem falar sobre o que se passa há mais de sete anos no Fórum José Manuel
Figueiredo e para quem não o conhece, diz que em 2005 foi contratado por uma avença, ou
seja recibos verdes, juntamente com mais dois técnicos, uma directora técnica e uma
administrativa. Entrou em 2005 fazendo parte da equipa que abriu o Fórum e que se manteve
intacta até ao passado mês de Maio. Passados mais de sete anos de serviço recebe uma carta
registada a informar da cessação de serviços com o argumento de haver um decréscimo da
actividade cultural, não tendo direito a consulta como trabalhador ou qualquer reunião. Já
questionou em reuniões de Câmara Municipal esse decréscimo como argumento válido, mas
não é isso que vem fazer hoje. Vem apenas fazer uma pergunta à Mesa da Assembleia, outra
pergunta ao senhor Presidente da Câmara. Infelizmente houve uma reunião da Assembleia
Municipal em que gostaria de ter vindo expor a sua situação e não o pôde fazer. Sabe, no
entanto, que uma cidadã da Moita veio perguntar à Assembleia se há a noção do que é que se
passa no Fórum José Manuel Figueiredo no que diz respeito à precaridade laboral dos seus
técnicos que há muitos anos estão a recibos verdes. O que quer colocar à Assembleia
Municipal, disse, é se já investigou de alguma forma, se já tomou alguma medida e quais; ao
senhor Presidente da Câmara pergunta porque foi a sua pessoa e não qualquer outro dos seus
colegas a ser dispensado, até porque não teve qualquer reunião para o efeito, quais foram os
critérios.
António Arantes
Congratula-se com a abertura das instalações da Segurança Social na Baixa da Banheira, as
quais foram vandalizadas ao longo de cinco anos, “parece que vão abrir no dia 1 de Outubro”,
disse.
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Mais uma vez traz à assembleia os problemas referentes à poluição sonora na sua habitação.
Pode dizer que na última semana com a intervenção da Câmara Municipal da Moita foram
feitas mais duas medições na sua habitação, além dessas medições acústicas que fez
particularmente, das quais deram procedentes os ruídos que se fazem sentir na sua habitação.
Diz estar tudo na mesma, tal como há cerca de 11 anos e solicita mais uma vez aos senhores
vereadores e aos senhores deputados que tomem as devidas providências. Acontece que como
retaliação de um dos estabelecimentos, foi posto há duas semanas um cartaz em substituição
de um horário de abertura passado pela Câmara Municipal, em que esse horário de abertura é
às sete e trinta da manhã, mas acontece que às seis e trinta já andam a bater, a fazer barulho
para tirar as borras do café, o que faz bastante poluição sonora e tem uma pessoa doente em
casa. Todas as medições efetuadas ultrapassaram os limites da lei, as pessoas em questão já
foram informadas que têm que fazer obras e nada fizeram. Em pura retaliação informaram
abrir aos domingos de manhã, o que é claramente uma afronta à própria Câmara Municipal.
Se a Câmara não pedir a intervenção da GNR diz que irá fazer pessoalmente esse pedido e o
estabelecimento irá encerrar ao domingo de manhã se não tiver autorização para tal, mas se
tiver autorização irá perguntar às autoridades competentes quem autorizou essa abertura
estando há cerca de 12 anos a decorrer um processo de poluição sonora. Parece-lhe um caso
de arrogância e pede uma intervenção da própria Câmara Municipal.
Por outro lado chamar a atenção para outra situação, sobre a construção de um edifício na
retaguarda do prédio onde reside: esse edifício foi construído com algumas anomalias, que
estão no ministério público e na polícia judiciária, todavia acontece, que num fim-de-semana,
fizeram-se mais obras no edifício sem ter havido qualquer fiscalização. Chama também a
atenção para uma mudança de um candeeiro de iluminação perto da sua casa sem qualquer
justificação.
Queria por último perguntar ao senhor vereador Miguel Canudo se já tomou as suas
providências em relação ao estacionamento em frente ao túnel da Baixa da Banheira.
Isilda Costa
Mora em Alhos Vedros na Rua António da Silveira. Informou ter escrito primeiramente à
senhora presidente da Junta porque vive sozinha num apartamento de rés-do-chão. Tem receio
porque o amigo do alheio sobe aos apartamentos, facilitado pelo facto de não existir
iluminação pública. A essa carta não obteve resposta. Escreveu uma carta ao senhor
presidente da Câmara Municipal, carta essa que também foi ignorada, agradece de saber o que
é que se passa para bem da sua segurança.
Joaquim Gonçalves, Presidente da Assembleia Municipal
Relativamente a este período do público, informou, como todos sabem a Assembleia
Municipal não é um órgão executivo, é um órgão deliberativo e fiscalizador; estes assuntos
são registados em acta, naturalmente serão tidos em conta pela Câmara Municipal, tem
conhecimento que sim, uns com boa resolução, outros estão a fazer caminho. Antes de passar
a palavra à Câmara Municipal e como foi interpelado pelo senhor Flávio Martins, dizer que
esse assunto já foi suscitado e amplamente discutido nesta Assembleia Municipal e objecto de
esclarecimento pelo senhor vice-presidente que estava a representar a Câmara Municipal
nessa sessão.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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João Lobo, Presidente da Câmara Municipal
Diz que estes assuntos estão a ser acompanhados, tiveram os seus procedimentos, já foram
apresentados em reuniões da Câmara Municipal onde foram devidamente esclarecidos. A
Câmara poderá remeter ao presidente da mesa da Assembleia e a qualquer membro da
Assembleia todos os processos.
Uma nota sobre a recomendação da Assembleia Municipal de Junho: A Câmara está a avaliar,
a senhora vereadora Vivina Nunes que não está presente, está a estudar a forma como o
Conselho Municipal da Educação poderá ser implementado.
Luís Morgado
Esta Assembleia foi informada por uma jovem, de nome Joana, do caso do Flávio Martins.
Julga que como toda a gente estava informada pela comunicação social, exactamente a sua
pessoa é que levantou o problema na Assembleia Municipal, a resposta que obteve não o fez
entrar no contraditório porque aqui não é um tribunal para tratar dum caso laboral, entretanto
espantou-se que nesta assembleia pouca gente se tivesse pronunciado, do lado que esperava
houve um silêncio sinistro e houve a informação que o trabalhador não foi acolhido pelo
respectivo sindicato, não colheu qualquer apoio. Não houve nenhum debate na Assembleia,
não houve nenhum esclarecimento na Assembleia, e houve o livre arbítrio naquela decisão
contratual, que entende ser ilegal. A resposta que obteve foi de tal forma fria, de tal forma
seca, própria de um qualquer pequeno burguês que nunca passou por situações semelhantes.
Diz ter obtido uma resposta com frieza própria de qualquer patrão reacionário que quando o
trabalhador não serve “dá-se-lhe o chuto”. O senhor disse que o assunto teria sido tratado, não
o foi.
Sobre as outras questões acha que é muito mau o senhor presidente e os senhores vereadores
não darem qualquer resposta e fica triste pelo senhor presidente da Assembleia Municipal
compaginar por esse caminho.
Manuel Borges
Em nome do Partido Socialista quer saudar a presença de bastante público e quer saudar as
intervenções efetuadas. Parece que não fica bem por parte do senhor presidente da Câmara
dizer que toma nota daquilo que foi colocado, pois os membros da Assembleia Municipal
deveriam ser informados do porquê de algumas coisas. Tivemos em determinada altura
algumas informações sobre os assuntos mas o tempo avança e posteriormente outras questões
se colocam e é preciso actualizar as situações, porque só por isso se justifica que tenha havido
público a colocar as questões, “chutar para canto” não lhe parece bem. Quanto à questão das
garagens ficará para a história do concelho como se fazem garagens daquela forma, com as
questões de segurança que se levantam entre outras. Quer prestar homenagem aos apoios das
ações culturais que se realizam no concelho e gostaria de saber como está a situação do
Conselho Municipal da Juventude, não lhe parece que a resposta dada se justifique. Sobre as
questões colocadas e sobre o problema laboral gostava de saber porque existem situações de
avenças há mais de sete anos no fórum José Manuel Figueiredo e era curioso saber porque é
que foi o trabalhador que está cá hoje despedido e nenhum dos outros, foi a questão colocada
e não respondida.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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Manuel Madeira
Diz ter ouvido com atenção as intervenções dos munícipes e houve duas situações que lhe
merecem uma atenção particular: - A primeira foi a questão que um ex-trabalhador da Câmara
colocou à Assembleia Municipal através do seu presidente. Assim informa esse munícipe,
dado que ele não pôde estar presente nessa sessão, que na altura o senhor vice-presidente da
Câmara prestou uma informação sobre o que estava a acontecer e, segundo o mesmo, os
recibos verdes existentes na Câmara Municipal da Moita verificam-se pelo facto desses
trabalhadores não terem cinco dias seguidos de trabalho por semana, vinte e dois dias de
trabalho por mês e não obedecerem a um horário de trabalho fixo semanal de oito horas por
dia. Esse enquadramento à face da lei integra-se nos chamados recibos verdes.
As outras duas intervenções que lhe mereceram maior atenção foram as relacionadas com a
cultura, o que tem a dizer sobre isso é que não poderia estar mais de acordo. Efectivamente
não há ninguém com toda a razão que não se queixe, desde o património edificado, aos
museus, às bibliotecas, aos sítios arqueológicos, aos arquivos, são exemplos pela política
neoliberal de direita de uma catástrofe em resultado do corte cego e criminoso em verbas e em
pessoal levado à prática pelos neoliberais instalados no governo que com a mentira
enganaram os portugueses e assaltaram o poder. Em defesa e em nome da cultura é urgente
manifestarmo-nos e exigirmos uma alternativa política e uma política alternativa que
obviamente não pode passar pelo governo PSD e CDS que são a parte do problema e não a
sua solução. Na defesa e em nome da cultura temos todos de sair da comodidade dos nossos
sofás e juntarmos a nossa voz às centenas de milhares de portugueses que numa onda
crescente por todo o país vêm reclamando uma politica alternativa patriótica uma política que
tenha como centro e exclusivos usufrutuários os trabalhadores, as populações, os idosos e a
juventude. Desse ponto de vista não podia estar mais de acordo em defesa da cultura e
aproveitar para que, sugeriu, todos participemos nas largas e crescentes manifestações que se
realizam e vão realizar por todo e país e muito concretamente no próximo dia 29 deste mês e
que pretende encher o Terreiro do Paço e que é contra esta política de direita que está a levar
o país à ruina e à catástrofe.
Joaquim Gonçalves, Presidente da Assembleia Municipal
Afirma que não vale a pena as pessoas do público presente estarem a gravar esta sessão,
porque a sessão está a ser gravada pelos serviços, da qual será lavrada uma ata e divulgada
publicamente, é isso que sempre fazemos.
Como presidente da Assembleia Municipal gosta de ser interpelado porque isso é
competência dos membros da Assembleia Municipal, mas seria bom que não me avaliassem,
a avaliação será feita politicamente pela população.
Quando diz que os assuntos aqui colocados pelo público são tratados, pode garantir que o são,
como serão tratados depois se verá e como a própria mesa da Assembleia o entender. Agora o
que aqui se trata é tão só a intervenção do público, se a Assembleia Municipal quiser
continuar a discussão poderá fazê-lo, tem meios para isso, através das comissões permanentes
e até do próprio plenário na discussão dos actos da Câmara. Agora estarmos aqui com
chicanas políticas não é bom para a Assembleia Municipal, para o poder local democrático,
tal como nós o conhecemos e que está a ser tão atacado pelo Poder Central. Apela para que
tenhamos a calma suficiente para tratarmos as coisas nos sítios próprios, chicanas políticas
preanunciadas por jornalecos com nome de bestas só contribuem para o desprestígio desta
Assembleia Municipal.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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Esgotado o ponto de intervenção do público conforme determina o Regimento da Assembleia
Municipal, o presidente da mesa pretendeu passar ao ponto seguinte pelo que o que foi
interrompido de forma tumultuosa, tendo sido forçado a interromper os trabalhos da
Assembleia Municipal por cinco minutos.
PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA
- Acta nº 04 de 29.06.12
Depois de ter sido submetida à discussão, não havendo intervenções, a ata nº 4 foi aprovada
por maioria com 30 votos a favor, sendo16 da CDU, 8 do PS, 2 do PSD, 3 do BE, 1 do
CDS/PP; 3 abstenções, sendo 2 da CDU, 1 do PS.
Luís Chula
Em nome do Partido Socialista apresentou a seguinte Saudação:
SAUDAÇÃO ao 5 de Outubro
“Dentro de alguns dias comemora-se e festeja-se, no dia 5 de Outubro, o aniversário da
implantação da República em Portugal.
Na Moita, onde tal acto ocorreu na madrugada de 3 para 4 de Outubro de 1910, antecipando
em cerca de 30 horas a proclamação oficial ocorrida em Lisboa, um grupo de bravos
republicanos da nossa terra, hastearam a bandeira verde-rubra nos mastros do edifício desta
Câmara Municipal, expondo-se corajosamente, às consequências de qualquer possível
inversão da revolução em curso.
Este ano, esta efeméride reveste-se de especial significado dado o facto de, por determinação
do governo da República, ser a última vez que esta comemoração se realiza num feriado que
instituído há mais de cem anos, convidava os portugueses a reflectirem e a festejarem a queda
da Monarquia e a instituição do Republicanismo, regime politico que é a matriz daquele em
que vivemos na actualidade.
O 5 de Outubro sendo uma referência para todos os portugueses, não pode, nem deve ser
comemorado num qualquer domingo subsequente, nem servir de moeda de troca para
aumentar níveis de produtividade, matando, a pouco e pouco, aquilo que é a alma de um
povo.
Por tal acontecimento ser tão marcante da nossa história local e nacional, a Assembleia
Municipal da Moita, reunida em 21 de Setembro de 2012, saúda a implantação da República e
os Moitenses que naquela madrugada de 1910 a proclamaram nestes Paços do Concelho,
manifestando o vivo repúdio pela atitude economicista do governo da República que elimi -
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nando o citado feriado nacional, procura fazer esquecer a história e os valores do povo
português.”
Viva o 5 de Outubro.
Viva o 4 de Outubro.”
Tita Maurício
Solicita para não considerar a sua presença, embora o seu partido não tenha uma posição
contra o 5 de Outubro e a implantação da República, mas como é monárquico não votará esta
saudação.
Submetida a saudação à votação, foi a mesma aprovada por maioria com 30 votos a favor,
sendo 18 da CDU, 9 do PS, 3 do BE; 2 abstenções do PSD.
Filomena Ventura
Em nome do Partido Socialista apresentou a seguinte Saudação:
SAUDAÇÃO AOS PROFESSORES
“A Assembleia Municipal da Moita, reunida no dia 21 de Setembro, saúda todos os
professores no próximo dia 5 de Outubro.
O Dia Mundial dos Professores, criado pela Unesco em 1994, tem como “objectivo lembrar o
papel essencial dos professores para uma educação de qualidade para todos, em todos os
níveis de ensino.”
Os eleitos da Assembleia Municipal da Moita saúdam todos os professores que
quotidianamente, no ensino público, cooperativo e provado pugnam para a qualidade do
ensino, quando assumem a responsabilidade de educar gerações futuras para que possam
construir sociedades baseadas no desenvolvimento sustentável, na paz, na democracia, nos
direitos humanos e na igualdade.
Dezoito anos após a sua criação, o lema deste Dia Mundial dos Professores, “Valorizemos os
Professores”, tem um significado especial num início de ano lectivo, com mudanças
substanciais para a Escola Pública:
. Reduziu-se drasticamente o Orçamento do Estado para a Educação;
. Extinguiram-se com as áreas não curriculares como a Formação Cívica;
. Instituíram-se e banalizaram-se os exames;
. Desvalorizou-se a Educação Física no Ensino Secundário;
. Mantiveram-se ou diminuíram-se os valores de financiamento às Cooperativas de Educação
Especial;
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. Aumentou-se o número de alunos por turma;
. Reorganizou-se a carga horária das disciplinas hierarquizando-as, menorizando o “saber
fazer”e o “saber ser”;
. A constituição de Mega-agrupamentos;
.O maior despedimento colectivo de docentes que há memória em Portugal, desperdiçando
recursos humanos valiosos e destruindo a qualidade do ensino público;
. Destruição de carreiras.
mudanças estas que colocam em risco a ESCOLA PÚBLICA como local privilegiado da
igualdade de oportunidades para TODOS.
Os eleitos da Assembleia Municipal da Moita, reunidos em 21 de Setembro consideram a
ESCOLA como a comunidade onde, por excelência, se procura e efectiva a equidade nas
soluções de futuro, e valorizam, em especial, os professores das escolas do concelho pelo
trabalho que fazem tornando as Escolas num espaço de aprendizagem, formação, qualificação
e de cidadania.”
Hélder Fernandes
Diz não poder estar contra esta saudação até porque é professor, por enquanto porque não
sabe o dia de amanhã, pois no sector do ensino vive-se uma grande incerteza em relação ao
futuro. Esta saudação tem razão de ser em face do contexto atual, embora considere a
saudação incompleta, mas as questões que se colocam do ataque ao ensino são tantas que não
é possível serem todas enumeradas. Propõe que se acrescente na saudação a redução do
Orçamento Geral do Estado relativamente à educação, a constituição dos mega agrupamentos
e o maior despedimento coletivo de que há memória no sector dos professores e dos
trabalhadores em geral, desperdiçando recursos humanos valiosos para a qualidade do ensino
público e também a destruição das carreiras dos professores tais como as questões salariais, as
questões de vinculo e da precariedade.
Filomena Ventura
Intervém para aceitar as recomendações apresentadas por Hélder Fernandes pois diz serem
consensuais na sua bancada, as quais já se encontra no texto apresentado nesta acta.
Submetida à votação foi a saudação aprovada por maioria com 30 votos a favor, sendo 18 da
CDU, 9 do PS, 3 do BE; 2 votos contra do PSD; 1 abstenção do CDS/PP.
Jorge Beja
Em nome do PS apresenta a seguinte Moção:
Pela Rejeição da proposta de aumento da Taxa Social Única
“O governo da República entre as diversas medidas de austeridade que se prepara para
introduzir no próximo Orçamento de Estado anunciou recentemente a descida da Taxa Social
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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Única (TSU) para as empresas, aumentando, em simultâneo, a mesma Taxa para os
trabalhadores em 7 pontos percentuais.
Incompreensivelmente, este aumento da TSU sobre os trabalhadores, traduz-se num valor
superior a 60% sobre a Taxa actual, reduzindo substancialmente o rendimento das famílias,
com reflexos acentuados nas que já vivem com baixos salários, numa inédita e inusitada
medida em que retira rendimentos aos trabalhadores para os entregar às empresas.
O governo da República pretende justificar estas e outras medidas com o Memorando de
Entendimento assinado com a Troika, no qual as mesmas não se encontram plasmadas,
conforme se constata das afirmações dos respectivos responsáveis internacionais, bem como
no recente Acórdão do Tribunal Constitucional, revelando uma leitura enviesada e deturpada
do mesmo.
Considerando que, nas circunstâncias actuais, no quadro da crise nacional e internacional em
que vivemos, os sacrifícios devem ser partilhados por todos os portugueses, mas de forma
equitativa e justa, tendo em conta os respectivos rendimentos, a Assembleia Municipal da
Moita reunida em 21 de Setembro de 2012, rejeita as alterações propostas à TSU por as
considerar socialmente injustas e proporcionadoras do agravamento das desigualdades na
sociedade portuguesa.”
João Faim
Esta medida da TSU é tão aberrante e reúne um unanimismo tão grande que só poderíamos
estar de acordo com esta moção. No entanto, este quase unanimismo em relação à TSU é algo
enganador porque a malfeitorias da política seguida em consequência do acordo feito com a
troika não se resumem a esta única medida, a esta maldade que é o aumento da taxa social
única para os trabalhadores porque senão vejamos os efeitos do pacto de agressão e do acordo
com a troika: - Verificam-se a redução das pensões e dos subsídios aos reformados, a
legislação laboral foi alterada em prejuízo dos trabalhadores com o corte de salários, com a
facilitação dos despedimentos e a precarização do emprego, verificou-se também o aumento
sobre o IRS e os impostos sobre os salários, a baixa do poder de compra, o aumento do
desemprego, o roubo do subsídio de férias e de natal, etc. Estando de acordo com a moção
não quereríamos deixar de referir que a questão da TSU não esgota em si as malfeitorias que a
política do pacto de agressão tem nas consequências junto dos trabalhadores.
Tita Maurício
Está de acordo na generalidade com o documento apresentado pelo PS, embora tendo dúvidas
de acordo com a interpretação feita sobre o acórdão do tribunal constitucional. Faz uma pro -
posta em relação ao título, porque a palavra recuo acaba por ser um pouco inibidora de alguns
comportamentos. Sugere, a exemplo do que se diz nas conclusões, que se substitua pela
palavra rejeição, ficando: “pela rejeição da taxa social única”.
Independentemente do Partido Socialista aceitar ou não a sua sugestão vai votar
favoravelmente a presente moção.
Tem que esclarecer porque é eleito pelo CDS, partido que pertence à coligação governamental
que fez uma proposta com a qual não está de acordo e que passou à oposição não socialista
em relação ao governo, até porque acha que a proposta da taxa social única tal como ela está
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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apresentada, é uma proposta que é contrária aos princípios que o levaram a votar no CDS,
pois o que se deveria fazer era permitir o aumento do rendimento das pessoas para sustentar
de alguma forma o consumo e a qualidade de vida e a solução é exactamente a oposta. Aqui
não é tanto a questão da transferência dos 7% dos trabalhadores para a entidade patronal
embora também tenha a sua importância, é uma redução de 7% do rendimento médio
disponível das pessoas e se isso já era mau, passa a ser estúpido.
Luís Morgado
Refere as declarações que têm vindo a surgir de todos os quadrantes. Há dias foi interpelado
por uma pessoa que pôs em dúvida as declarações de Bagão Felix, respondeu que é natural
que aconteça tal reacção pois trata-se de uma pessoa animada com convicções assentes na
doutrina social da igreja. É absolutamente normal que surjam atitudes destas tendo em conta
os parâmetros civilizacionais que a sociedade portuguesa já atingiu e o ataque a que tudo isto
corresponde. Não é a altura de explorar outros fatores ou outros vetores, é a altura de se
proceder como exactamente tem feito, na última manifestação inorgânica esteve com os seus
netos e na próxima do dia 29 lá estará e julga que também irá toda a família. É importante que
se unam vontades e quem não quiser levar cravos, leve camélias ou outras flores e cada um
leva a flor que quiser mas afirme-se e a forma de o fazer é levando os filhos e os netos.
Jorge Beja
Intervém para dizer que aceita a sugestão de Tita Maurício, quanto ao título da moção, o qual
já se encontra inscrito na redação desta ata.
Luís Ricardo
Regista com agrado que o deputado municipal Tita Maurício assuma publicamente e perante a
Assembleia a sua concordância com a moção apresentada pelo PS. De facto isso reflete de
alguma forma o que se passou no último fim-de-semana, ou seja aquilo que se passou com a
TSU e todas as outras coisas que foram rejeitadas na rua é transversal à sociedade portuguesa
e atravessa todos os quadrantes políticos e não políticos, o que significa que quando há uma
injustiça normalmente o povo levanta-se e manifesta-se. Já é assim historicamente em
Portugal, desde as crises de 1383, de 1640 e dos tempos de Fontes Pereira de Melo, significa
isto que ninguém está acima do povo quando o povo se manifesta e dá o seu parecer
inequívoco.
Os encargos sociais da responsabilidade das empresas, ou seja o que aos patrões cabe de
responsabilidade social pagar são cerca de 23% e os trabalhadores descontam 11%, o que si -
gnifica que nós seremos aumentados 7% e que as entidades patronais veêm reduzida a sua
compensação, afinal é mais que 7% o que a entidade patronal vê reduzida a sua
responsabilidade social, o que corresponde a milhares de euros anuais. Os trabalhadores não
podem suportar esta situação, sobretudo os reformados ou aposentados da função pública.
Nada melhor que uma moção destas para demonstrar que na Assembleia Municipal da Moita
se fez história.
António Chora
Sugere que tendo em conta a movimentação transversal a toda a sociedade, esta moção deverá
ser encaminhada para a Assembleia da República e para o primeiro-ministro.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
13
Carromeu Gomes
Antes de mais queria dar os parabéns ao autor da moção porque fez um texto conciso que diz
tudo é que é preciso dizer, forte na avaliação e nas conclusões e não pretende atingir nenhum
quadrante político, faz uma avaliação interessante da situação criada com a TSU. Em segundo
lugar queria dizer que não é muito militante de manifestações, mas desta vez ficou tão irritado
que teve mesmo que ir à praça de Espanha porque era impossível ficar em casa. Em terceiro
lugar diz que fez esta e fará todas as que se fizerem para este fim, porque é grave o que se
passa no país e fará tudo ao seu alcance para impedir esta situação.
Diz que ficaria melhor a palavra recuar do que rejeitar, porque recuar é um acto que emenda a
tempo aquilo que poderá estar mal feito, rejeitar implica lutar porque há alguém teimoso do
outro lado, provocar o recuo seria mais leve e elegante, nem o governo ficava mal, mas se
insiste na palavra rejeição não se incomoda.
Sempre disse que era vantajoso termos um governo de esquerda quando a crise rebentou e não
está arrependido de ter dito isso nesta assembleia, hoje estamos a colher alguns frutos de ter
chegado à área do executivo de uma gente que persegue uma agenda ideológica na definição
dos tempos modernos, essa gente terá sempre a sua oposição. Há gente desta que não
percebeu o que é a construção europeia, não percebeu desde 1994 o que foi a União Europeia,
não percebem que não podem expulsar a Grécia, pois ninguém pode expulsar um braço,
porque faz parte de um corpo, a legislação europeia está correta quando diz que não se pode
expulsar um país, não é nenhuma lacuna, há incompetência de quem acha isso, porque a união
é um corpo inteiro e solidário. No momento em que expulsarem a Grécia, afirma que também
quer sair porque essa Europa não é aquela que quis construir, não é a sua.
Manuel Madeira
Vai votar favoravelmente esta moção, porque ela refere a rejeição ou o recuo do aumento da
taxa social única, mas não pode deixar de referir que no quarto parágrafo quando é afirmado
que todos os sacrifícios devem ser partilhados por todos os portugueses, mas de forma
equitativa e justa, tem o entendimento que isso não deveria acontecer porque a crise em que
nós vivemos não foi provocada por todos os portugueses, foi provocada por alguns
portugueses, foi provocada pelo capital e têm também a responsabilidade as políticas dos
últimos trinta e oito anos, que começou com o partido socialista, com a destruição das pescas,
com a destruição da industria, com a destruição da agricultura, com o aumento do desempre
go, com o enfraquecimento económico do país, que nos conduziu a par da crise internacional
a esta situação. Dizer ainda que, quanto aos sacrifícios terem de ser partilhados por todos,
deve dizer que isso não seria necessário. Este governo neoliberal do PSD e CDS assaltou o
poder, porque mentiu aos portugueses, porque não anunciou o que ia fazer, antes pelo
contrário até disse que a última coisa que iriam fazer era penalizar os trabalhadores, e
fizeram-no através do roubo dos salários. Este governo devia ser forte com o capital e passar
ao lado dos trabalhadores, mas não, é forte com os trabalhadores e é fraco com o capital. Um
exemplo: em resultado de um acordo entre o governo português e a Suíça, as autoridades
portuguesas foram informadas que nos últimos dois anos foram depositados em bancos da
Suíça, dezasseis mil milhões de euros por parte de figuras portuguesas. Quer dizer que
estamos a falar de dinheiro que fugiu ao controle fiscal do nosso país, não pagaram impostos.
Como diz Medina Carreira isto deve ser dinheiro da economia paralela. O governo do PSD e
do CDS tem conhecimento disto e não fizeram nada, já não diz que lhes perguntasse qual era
a origem desse dinheiro, mas que no mínimo os taxassem na base da percentagem de quem no
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
14
nosso país maiores rendimentos tem, que anda à volta dos 46% e, se assim fosse, tínhamos
uma receita para o OGE de oito mil milhões de euros, que é superior aos seis mil milhões, que
este governo de cobardes, poupam aos ricos e ao capital, atacando os trabalhadores, roubando
os salários e com esta medida que se preparam avançar com a TSU, por isso como o povo
cada vez mais diz, está na hora deste governo do PSD e CDS se ir embora.
Submetida a moção à votação, foi aprovada por unanimidade.
Serafim Sousa faz a seguinte declaração de voto:
“O nosso voto reflete a nossa posição pessoal dos elementos do PSD eleitos para este órgão
autárquico quanto a este assunto. Também pesou neste voto a posição da comissão política do
PSD da Moita que é semelhante.”
José Pereira
Em nome da CDU apresenta a seguinte Moção:
Por um Portugal com Futuro
“Atravessamos uma época de grandes dificuldades sociais e económicas para a população em
geral. A crise internacional, uma crise do sistema capitalista, agudiza ainda mais a crise
nacional, uma crise originada pelo desmantelamento do aparelho produtivo nacional, pelo
ataque aos serviços públicos e aos direitos sociais.
Mudou o governo, mas chegados aqui, nada de novo. A receita continua a mesma o que
origina o encerramento de empresas, o acréscimo do desemprego, a desvalorização do fator
trabalho, uma injusta concentração de riqueza em meia dúzia de grandes fortunas e o
empobrecimento da grande maioria dos trabalhadores e do povo português. Citando Einstein:
“Insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.
Com esta política e com este rumo os portugueses estão condenados. Assim e porque é
urgente e necessário desenvolver uma política alternativa que tenha por base a produção
nacional, a valorização do trabalho, os serviços públicos de qualidade, a justiça social e que
anule as medidas agora propostas e as que se perspectivam no próximo Orçamento de Estado,
consideramos que:
- As várias acções de luta e de denúncia desta política devem ser valorizadas;
- As grandes acções de massa provam que com a união dos portugueses é possível rasgar os
compromissos internacionais que condenam o país e construir uma política alternativa que
esteja ao serviço dos portugueses e de Portugal;
- As grandes manifestações de dia 15 de Setembro mostraram claramente que os portugueses
rejeitam esta política e que condenam veemente as suas consequências;
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
15
- A luta deve continuar e atingir expressões que levem a que o governo e as forças políticas
que o suportam ou apoiam, mudem de rumo e que rejeitem mais agressões e roubos ao povo
português e aos trabalhadores;
- A Assembleia Municipal da Moita saúda a população do concelho da Moita que de forma
consciente tem lutado contra este rumo e esta política e apela à participação de todos nas
próximas acções de luta, em particular na Manifestação Nacional convocada para o próximo
dia 29 de Setembro pela CGTP e na Marcha Contra o Desemprego, promovida também pela
CGTP, a realizar entre os dias 03 e 15 de Outubro.”
Carromeu Gomes
Diz não defender a demissão do governo, se o governo recuar totalmente na posição da
proposta que fez relativamente à TSU, não há razão para que o governo caia e não há razão
que haja um qualquer governo sem o líder do PSD, tal como não gostou que há cerca de um
ano tivesse sido sugerido que houvesse um governo do PS sem o seu líder, também não gosta
agora que se sugira o mesmo para o PSD e não gosta de ver um partido que aparece agora nas
sondagens com 34%, sem a possibilidade de governar, pois acha que não faz muito sentido os
portugueses serem convocados em irem às urnas de ano a ano. A estrutura partidária do nosso
país não permite grandes alternativas, normalmente o PSD tem um partido à sua direita que
lhe permite formar governo, o PS não tem isso à sua esquerda, necessita de maioria absoluta.
Não acha que este governo tenha perdido legitimidade em poucos meses, todavia estes
acontecimentos deram a revelar aquilo que há pouco falou, na lógica que este governo tem, aí
sim o governo pode perder não só a legitimidade, pode perder a base social de apoio que
assenta o governo, mas pode perder todo o país e aí por insanidade, o governo pode ser
derrubado. O texto é votável a favor, mas não sabe ainda se votará, porque a CDU ao fazer
textos não procura a forma consensual, numa frase de um parágrafo deixa sempre a
possibilidade que alguém não vote favoravelmente, pois tal como disse nas suas duas
intervenções não há nada de semelhante entre este governo e o anterior.
Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, Nuno Cavaco
Ao contrário do que disse Carromeu Gomes, o texto foi feito com algum esforço para que seja
votável por todos, porque não pode ser desmentido, relata o que aconteceu no passado recente
e não peca por ser agressivo.
Faz uma citação do presidente da Assembleia de Freguesia da Baixa da Banheira, ele diz que
se um marciano aterrasse aqui na terra agora, pensava que o PS nunca tinha sido governo, na
verdade há um memorando de entendimento, há um estado do país que se vai degradando, há
um resgate financeiro, há uma hipoteca de futuro com uma coisa que não se consegue pagar e
que tem por base um acordo com o PS, o PSD e o CDS, que assinaram com três entidades, a
troika, uma coisa que nós vimos agora que não se consegue cumprir e é uma política que
falhou, é o que se diz na moção. Nós saudamos a população em luta, que não é só a do PCP, é
também a do PS, do PSD, do CDS e pessoas sem partido, pessoas que estão indignadas não só
com a TSU, na manifestação viam-se cartazes com diversas palavras de ordem, no castelo de
Guimarães estava um cartaz a dizer “basta!”. A TSU é uma gota de água, existem medidas
aprovadas em conselho de ministros se calhar ainda mais gravosas que a TSU. É uma questão
ideológica como o Carromeu Gomes também disse, há um ataque aos trabalhadores e há uma
camada da população que tem sido protegida e o povo acordou e tem dúvidas que o governo
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
16
tenha base social de apoio que o sustente neste momento. Na moção não se exige a demissão
do governo, o que está aqui na moção é uma questão de perspetiva, o povo está descontente e
quer mudar de política, não se faz menção às forças políticas e é necessário mudar de rumo
para construir um país melhor.
Luís Ricardo
Diz que não se deve esquecer que chegámos a esta situação porque em tempos houve na
Assembleia da República, forças políticas que votaram uma moção de censura que derrubou o
governo do Partido Socialista. Se não fosse isso provavelmente o país estaria noutro rumo e
não estaria nas aflições que hoje se encontra, as atitudes e as responsabilidades ficam para
quem as pratica.
Em relação às crises internacionais, a União Europeia tem forma e tem conteúdo, mas falta-
lhe uma coisa desde o princípio a personalidade jurídica, uma constituição da própria europa,
ou seja, não fala a uma só voz, mas fala a diferentes vozes, quando a União Europeia tiver
esse estatuto orgânico, chamada a constituição europeia. Estamos assim em sérias
dificuldades para dialogar com os Estados Unidos da América e a Federação Russa. As crises
internacionais refletem-se sempre sobre os estados, nomeadamente nos estados mais pequenos
que é o nosso caso, com economias pequenas e não suportadas pelas grandes empresas.
Responsabiliza também a CDU por chegarmos à situação atual.
António Chora
Diz que a CDU nesta moção tentou apanhar o maior consenso possível, é claro que ninguém
pode esquecer que houve um governo antes deste, no entanto é claro o agravamento da
situação social com este governo e que agravou ainda mais as políticas que tinham sido feitas
no governo anterior. A moção reconhece essa situação e também não pede em lado nenhum a
demissão do governo, palavras que ouviu milhares de pessoas pedir no passado dia 15. Foi
então esta moção ponderada para merecer o maior consenso desta assembleia. Tem apenas
uma dúvida em relação às datas da marcha contra o desemprego, pois pensa que é de 3 a 15,
se for caso disso é um pormenor que pode ser emendado.
Victor Barros
Diz concordar com Carromeu Gomes, poi fica chocado com alguma linguagem excessiva e
agressiva que impede alguns consensos. A palavra e o vocábulo rasgar os compromissos in -
ternacionais não lhe agrada, devia dizer-se negociar condições mais favoráveis, ou cortar este
parágrafo, seria capaz de votar favoravelmente esta moção, sendo assim não consegue votar
favoravelmente, embora concorde com o essencial da moção, portanto vai abster-se.
Submetida à votação foi a mesma aprovada por maioria com 24 votos a favor, sendo 18 da
CDU, 4 do PS, 2 do BE, 3 votos contra, sendo 2 do PSD, 1 do CDS/PP; 6 abstenções, sendo 5
do PS, 1 do BE.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
17
Presidente da Junta de Freguesia da Moita, João Miguel
Saúda as festas da Moita pelo sucesso que tiveram e pela grandiosidade que continuam a
manter há mais de 300 anos, deixando também um reconhecimento à comissão de festas pelo
trabalho feito e aos trabalhadores da Câmara Municipal pelo trabalho de apoio que deram à
festa. Já que agora, que tanto se fala em freguesias alarga também o seu reconhecimento a
todas aquelas que já fizeram as suas festas e com as respectivas comissões, conseguiram
erguer as festas que dão identidade a esses locais. As festividades fazem falta, são as ligações
da sua terra à sua história e fazem com que o povo se liberte, de certa forma, de alguns
percalços que tem vivido, as festas não resolvem os problemas, mas de certa forma ajudam a
ultrapassar mentalmente algumas dificuldades que vão vivendo no dia-a-dia.
Luís Chula
Subescreve as intervenções de João Miguel enquanto presidente da Junta de Freguesia da
Moita, todos os reconhecimentos que fez são justos.
Pediu a palavra para saudar a presença do senhor presidente da Câmara Municipal nesta
sessão, que há muito tempo não nos honrava coma sua presença.
Filomena Ventura
Presta uma informação obtida hoje de manhã na União de Sindicatos de Setúbal, a marcha
contra o desemprego termina no dia 15 de Outubro, passa na praça da República na Moita no
dia 12 às 8H30, termina no Seixal nesse dia, no dia 13 faz o percurso Seixal, Almada.
Portanto a marcha começa efetivamente no dia 3 e termina no dia 15 de Outubro.
Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, Joaquim Gonçalves
Informa que a Mesa da Assembleia Municipal vai convocar a sessão extraordinária para a
pronuncia sobre as Freguesias do concelho da Moita, no dia 4 de Outubro às 21 horas e 30
minutos.
PERÍODO DA ORDEM DO DIA
1 – Eleição de Presidente de Junta de Freguesia e seu substituto para representação no
XX Congresso (extraordinário) da ANMP;
- Foram apresentadas e votadas por escrutínio secreto duas propostas, sendo a proposta
“A” da CDU e a proposta “B” do PS.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
18
Filomena Ventura
Pergunta qual a metodologia da eleição e sugere que numa próxima vez a mesa conjuntamen-
te com a ordem de trabalhos envie um regulamento para o efeito.
Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, Nuno Cavaco
Sugere ao Partido Socialista que também indique um substituto. Quanto à eleição diz que a
votação terá que ser por voto secreto.
Filomena Ventura
Refere que concorda com o presidente da Junta da Baixa da Banheira, pois que segundo o
parecer do tribunal constitucional, quando se votam nomes terá que se votar de forma secreta.
Alerta para a dificuldade do PS apresentar dois nomes para este efeito.
Luís Morgado
Segundo Roque Laia, quando estão em causa votação de nomes, o voto é secreto. Diz
simpatizar com a sugestão de Nuno Cavaco, mas tem dúvidas na sua aplicação.
Presidente da Assembleia Municipal
Conclui que o voto é secreto e que tem sido praxe da Assembleia votar secretamente e por
lista.
Tita Maurício
Concorda com a metodologia apresentada pelo presidente e refere da não necessidade de ser
apresentado um candidato substituto.
Por voto secreto foi aprovada a proposta “A”, de onde resultou a eleição do Presidente da
Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, Nuno Cavaco, sendo o seu substituto a Presidente
da Junta de Freguesia de Alhos Vedros, Fernanda Gaspar, com a seguinte votação:
Proposta A – Efectivo, Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira; Suplente,
Presidente da Junta de Freguesia de Alhos Vedros - 18 votos
Proposta B – Efectivo, Presidente da Junta de Freguesia de Sarilhos Pequenos - 12 votos
Votos brancos – 1 voto
Votos nulos – 1 voto
2 – Alteração aos Estatutos da AMRS;
“As contas da AMRS foram, nos últimos anos, auditadas por um revisor oficial de contas
dada a participação da AMRS, enquanto accionista da empresa pública societária CDR –
Cooperação e Desenvolvimento Regional, SA.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
19
Considerando que a Assembleia Geral da CDR, SA deliberou no sentido da dissolução e
liquidação desta empresa, importa, agora regularizar os Estatutos da AMRS no que concerne
em instituir a figura de Conselho Fiscal.
Assim ao abrigo da alª f) do nº1 do art. 8º dos Estatutos da AMRS, propõe-se que a Câmara
Municipal delibere aprovar as alterações constantes no documento em anexo, bem como de
acordo com a alª m) do nº2 do art. 53º da Lei nº169/99, de 18/08 submeter à Assembleia
Municipal.”
Presidente da Câmara Municipal, João Lobo
Com a extinção da CDR importa reestruturar a Associação de Municípios da Região de
Setúbal ao novo contexto legal, tendo sido criado um Conselho Fiscal e é nesse sentido que a
proposta é presente a esta Assembleia Municipal, a criação nos novos estatutos de um
Conselho Fiscal.
Manuel Borges
Coloca a questão porque é que a AMRS, acionista da empresa pública societária CDR
necessita agora de um Conselho Fiscal que anteriormente não era necessário, é uma questão
que para si não é clara.
Presidente da Câmara Municipal, João Lobo
De acordo com a Lei, anteriormente não havia Conselho Fiscal, havia sim um revisor oficial
de contas, a partir da extinção da CDR, a legislação define que tenha que haver um Conselho
Fiscal.
Luís Chula
Diz não ter percebido a explicação, percebe que a CDR fazia auditoria às contas da
associação, essa empresa acabou, “não poderia haver substituto para fazer essas auditorias
sem a necessidade de um Conselho Fiscal?”, perguntou. Porque nas empresas de sociedades
por quotas existe um Conselho Fiscal e também existem auditores externos.
Presidente da Câmara, João Lobo
Isso tem a ver com estrutura da empresa CDR, porque a AMRS sendo a empresa pública
societária CDR, a sua estrutura AMRS obrigava a ter um revisor oficial de contas. Sendo uma
associação de municípios para fins específicos, segundo a legislação existente há alguns anos,
sob o ponto de vista jurídico, era assim que acontecia, agora o que nos foi informado é que a
AMRS não necessita de um revisor oficial de contas, mas necessita de ter na sua estrutura,
para além da Assembleia Intermunicipal e de um Conselho Directivo, um Conselho Fiscal
para fiscalizar as suas contas.
Submetida à votação foi a proposta da Câmara Municipal aprovada por maioria com 23 votos
a favor, sendo 18 da CDU, 2 do PS, 2 do BE, 1 do CDS/PP; 5 abstenções do PS.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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3 – Concurso “Fornecimento de combustíveis em postos de abastecimento público”
- Encargos Financeiros em anos seguintes;
“Através da deliberação da Câmara Municipal de 14 de março de 2012, foram tomadas as
decisões de contratar, de autorizar a realização da despesa inerente ao contrato a celebrar e de
escolha do procedimento constante do artigo 259.º do CCP para celebração do contrato ao
abrigo do “Acordo Quadro ANCP – n.º 2.1 - “Combustíveis Rodoviários”.
Nesta sequência foi aberto procedimento para aquisição de combustíveis rodoviários em
postos de abastecimento públicos ao abrigo do referido Acordo Quadro, por convite enviado
aos co-contratantes.
Desenvolvido o procedimento foi submetida à aprovação da Câmara Municipal, em 20 de
Junho de 2012, a proposta de adjudicação à Empresa “Petróleos de Portugal – Petrogal, SA,
pelo valor de € 715.183,00 (Setecentos e quinze mil cento e oitenta e três euros), acrescido do
IVA de 23% que perfaz o valor global de € 879.675,09 (Oitocentos e setenta e nove mil
seiscentos e setenta e cinco euros e nove cêntimos), pelo período de dois anos.
Assim, e porque, o contrato agora a celebrar produz efeitos financeiros nos anos económicos
de 2013 e 2014, propõe-se o envio da presente proposta à Assembleia Municipal com vista à
autorização da repartição de encargos nestes dois anos.”
Presidente da Câmara Municipal, João Lobo
Ao abrigo da autoridade nacional das contas públicas desenvolvemos o contrato de
fornecimento para as viaturas da Câmara Municipal em Março deste ano e em Junho foi
apresentada em sessão da Câmara Municipal a melhor proposta da empresa Petróleos de
Portugal e como o contrato tem implicações nos anos de 2013 e 2014, ou seja efeitos
financeiros em anos subsequentes e também por solicitação do Tribunal de Contas entendeu-
se trazer o assunto à Assembleia Municipal, embora já tenhamos uma autorização genérica
deste mesmo Órgão deliberativo.
Não havendo intervenções foi a proposta da Câmara Municipal sujeita a votação e aprovada
por maioria com 20 votos a favor, sendo 18 da CDU, 2 do BE; 10 abstenções, sendo 8 do PS,
1 do PSD, 1 do CDS/PP.
4 - Actos da Câmara.
Filomena Ventura
Gostava que a Mesa tomasse nota de um pedido de esclarecimento, porque foi aqui dito hoje,
por um munícipe, que existe uma situação laboral precária no Fórum Cultural José Manuel
Figueiredo. O munícipe saiu muito zangado, disse que estava numa situação de precariedade
desde 2005, que não considerava estar numa situação de serviços pontuais porque tinha uma
folga por semana pelo que gostava de ver clarificado este assunto. A segunda situação que
coloca à Mesa da Assembleia é para saber quais as diligências que fez tendo em conta o
cumprimento da Lei que institui o Conselho Municipal da Juventude.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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António Chora
Há umas sessões atrás foi solicitado que na avenida Capitães de Abril na Baixa da Banheira
fossem deslocados uns contentores de reciclagem que estavam em frente a uma passadeira,
esse trabalho foi feito mas simultaneamente não foi feito o rebaixamento do passeio e vê
pessoas com dificuldade de mobilidade e em cadeiras de rodas subirem aquele passeio e num
dos lados o passeio tem uma grande altura. Assim, solicita que se façam trabalhos para
melhoramento de tal situação.
Manuel Borges
Diz ter sido contactado por dois munícipes para que colocasse duas situações numa sessão
pública; uma delas tem a ver com a necessidade, por altura das festas em que milhares de
pessoas frequentam a Moita, que houvessem mais casas de banho públicas. Mais perguntou
como é feita a distribuição das casas de banho por ocasião das festas.
A segunda questão tem a ver com o trânsito durante as festas da Moita, no caso concreto da
entrada da vila barrada junto ao restaurante Horizonte Azul. Na maior parte dos dias não
houve problemas na passagem das viaturas por essa barreira de sentido proibido para possível
estacionamento, mas num dia a polícia pediu aos condutores a carta de condução para
verificação da sua morada na Moita, se tal não acontecesse a viatura não passava, o que
provocou um grande constrangimento no trânsito. Vejamos, por exemplo, que quem queria
seguir para o Rosário podia ver vedada a passagem. Entende que existe um bom
estacionamento na zona da urbanização de S. Sebastião que deve ser melhor aproveitada,
admite o controlo, mas este deve ser feito mais abaixo.
João Faim
Alerta para uma travessa que dá acesso à urbanização de S. Sebastião que faz ligação à rua
dos Marítimos, numa travessa pedonal, onde havia uma guarda de proteção de tubo, essa
guarda foi retirada por altura das festas da Moita e ainda não foi reposta, sendo uma situação
potencialmente perigosa, especialmente para as crianças.
Pede esclarecimento sobre uma carrinha abandonada junto ao tribunal da Moita que é um
potencial foco de algum vandalismo e de insegurança por quem ali passa e pergunta se é um
carro abandonado ou se está à guarda do tribunal.
Luís Chula
Pergunta à Câmara Municipal se tem informações sobre a desproporcional carga efectuada
pela GNR na intervenção da noite da última sexta-feira da festa em Honra de Nossa Senhora
da Boa Viagem, na Moita, se há a noção dos motivos que levaram a fazê-lo, porque a
população mostrou-se de alguma forma incomodada, pela desproporção dos meios da carga
policial efetuada.
Luís Morgado
Corrobora as palavras do Presidente da Junta de Freguesia da Moita falou relativamente às
festas da Moita, porque correram bem tendo em conta a sua dimensão. Chama a atenção para
muitas ruas e travessas tais como a travessa da Piedade e a zona do cais, pelo cheiro
nauseabundo que deve ser tido em conta na realização das festas seguintes, com, por exemplo
desinfecção a meio da festa ou qualquer outra ação que mitigue tal situação. Há que ter em
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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atenção a questão dos urinóis públicos e situá-los com a devida identificação. Deixa para
reflexão nessa iniciativa das festas, em que a Câmara Municipal tem uma presença forte, a
iniciativa do dia do fogareiro, que é excelente, mas as coisas estão a tomar formas que podem
estragar a iniciativa e deixa para pensar se será de rever a existência da largada nessa noite de
sexta-feira. Poderia haver um prolongamento de iniciativas de carater popular por essa noite,
evitando a marcação de uma largada para essa hora. A situação da intervenção policial não se
deve repetir porque houve um excesso da actuação das forças policiais, houve situações de
pânico relativamente à desproporção dos meios e da carga policial.
Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, Nuno Cavaco
Nós vivemos tempos maus e falar de melhoria de algumas festas, diz ser muito complicado,
embora haja necessidade de mais urinóis públicos, mas o preço é muito elevado, sabe que é
assim porque participa nas festas da Baixa da Banheira, mas isso não tira a razão às pessoas.
A tarde do fogareiro é um ato popular e se a Câmara Municipal mexe muito nisso podemos
perder a tarde do fogareiro que é uma das melhores iniciativas do país, o que temos que fazer
é apelar ao civismo e tentar evitar alguns excessos. E, para terminar, desejar que corra tudo
bem na festa de Sarilhos Pequenos e que seja uma grande festa.
Luís Ricardo
A primeira pergunta prende-se com a Baixa da Banheira: - Quando se retira o aviso “piso em
mau estado” na rua que vai da avenida 1º de Maio à escola D. João I? De facto o piso está em
muito mau estado e o seu arranjo tem carácter de urgência.
A segunda pergunta tem a ver com a passagem aérea em Alhos Vedros, junto à Vinha das
Pedras; por uma questão de mobilidade, principalmente o para os deficientes, a forma como
ela está construída vai contra as próprias directivas comunitárias.
A terceira pergunta, para quando os arranjos exteriores no Vale da Amoreira na zona G, pois
há mais de vinte anos que tudo se encontra na mesma.
Jorge Beja
Diz que durante as festas, no último sábado, quando houve largada presume que não foi
regada a avenida porque estava muita poeira no ar. Um outro reparo que é mais difícil de
controlar: - Depois do desfile dos cavalos, houve um pequeno ajuntamento junto à sede do
clube de râguebi e havia muitos excrementos de cavalo no chão. Mais, a rua que é dedicada à
gastronomia, Rua 5 de Outubro, estava imunda. Poderia ser feito o mesmo que se faz na
passagem da procissão, um varrimento após o desfile dos cavalos, pois não dá uma boa
imagem no centro da festa e em frente à Câmara Municipal.
Presidente da Câmara Municipal, João Lobo
Quando das questões colocadas pelos munícipes, como é costume nós registamo-las. Pergunta
ao presidente da mesa se autorizou a filmagem dos trabalhos desta sessão, porque está um
jovem a filmá-la e pessoalmente não autoriza a publicação da sua imagem, porque pensa que
a filmagem deve ser feita exclusivamente pela comunicação social, devidamente credenciada
para o efeito.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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Presidente da Assembleia Municipal, Joaquim Gonçalves
Informa que já falou com o referido jovem para parar com as filmagens, ele já saiu da sala e
parece-lhe ter verificado que está a ser instigado para continuar tal processo, tendo voltado
para a sala. O senhor presidente da Câmara Municipal tem toda a razão, não há autorização
nesta sessão para filmagens, pede para parar com tal iniciativa da qual não tem conhecimento
formal e quer presumir que seja de carater individual.
Presidente da Câmara Municipal, João Lobo Em relação à questão colocada sobre o fórum cultural, o senhor vice-presidente, que tem a
área do pessoal, já esclareceu o assunto pormenorizadamente numa sessão em que ele próprio
não pôde estar por razões da sua vida pessoal. Foi então explicado, mas volta a explicar , que
a atividade do fórum cultural é sempre uma atividade pontual, ou seja, desde o princípio que
os técnicos de som e de imagem foram contratados com avenças porque se há um dia que se
pode trabalhar para um grupo que vai actuar, com os ensaios, podem estar das dez da manhã
até ao outro dia até às duas da manhã. Pode acontecer que seguidamente estarão três dias sem
lá estar, ou ter uma actividade ao fim de semana e estar o resto da semana sem lá ir. Não há
regime de horário fixo, a situação em que se enquadrava era numa prestação de serviço por
avença, não há um horário com continuidade. Em dada altura foi tentado que esses
trabalhadores fossem para um enquadramento na Câmara Municipal, só que os trabalhadores
teriam que ir para o início da carreira, o que os prejudicaria no vencimento relativamente ao
que recebiam como avençados. Como era extremamente prejudicial, não aceitaram e até a
pessoa em causa escreveu que queria manter a sua situação. “Porquê ser aquele trabalhador e
não outro?”; A actividade no fórum tem vindo a diminuir, funciona cada vez mais ligada “à
prata da casa” e face às restrições que fomos obrigados a efectuar, conclui-se que três pessoas
não seriam necessárias, duas pessoas eram suficientes e que deveríamos dispensar uma. Os
serviços analisaram sobre as características e sobre as condições de trabalho e chegou-se a
uma decisão, tal como aconteceu com a redução de avenças a vários níveis na Câmara
Municipal. Por exemplo, na piscina municipal temos aumentado o regime dos horários dos
avençados, reduzindo assim o seu número. Afinal a pessoa sentiu-se porque foi com ele,
porventura se fosse outro também se sentiria, na verdade foi necessário reduzir os avençados
com a redução da actividade.
Relativamente ao Conselho Municipal da Juventude, vai solicitar à vereadora Vivina Nunes
que prepare uma informação a apresentar à Mesa da Assembleia sobre o assunto.
Em relação aos arranjos exteriores do Vale da Amoreira, é do conhecimento público que no
âmbito da candidatura “Vale Construir o Futuro” havia o compromisso do IHRU de quatro
milhões e oitocentos mil euros para implementação dos arranjos exteriores que já eram da
responsabilidade do IGAPHE, onde alguns trabalhos foram iniciados e depois degradaram-se
e foram novamente retomados, como é o caso do Bairro das Descobertas. O que aconteceu foi
que o IHRU para além de ter fechado a iniciativa governamental dos bairros críticos, diz
que não têm dinheiro e não fazem mais nada, o que levou a todos os parceiros envolvidos no
projeto a tomarem uma posição conjunta que foi enviada para a tutela. A Câmara, na praceta
dos Lírios, fez a intervenção que lhe competia como parceiro, no restante há o
posicionamento directo do IHRU de não fazer, alegando restrições financeiras. Esta situação
foi uma alternativa para o que não tinha sido feito na iniciativa denominada “bairros críticos”,
que por sua vez serviu para dar continuidade àquilo que não tinha sido feito na reabilitação ur-
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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bana da vila da Baixa da Banheira, esperemos que a seu tempo haja condições para retomar as
intervenções que estariam previstas, quando não sabemos, acrescentou.
Na sexta-feira do dia da intervenção pessoal estava presente na Moita, assistiu e constatou que
foi criada uma situação de pânico. Houve um ataque forte às forças de segurança, mas já foi
reconhecido que eles também “se esticaram” porque houve cargas policiais desmedidas. Mas
em determinada altura houve um ataque ao posto da GNR, com tentativa de ocupação do
mesmo, daí a GNR ter montado um perímetro de segurança, depois o problema foi que
“choviam” copos e garrafas pelo ar. O primeiro foco foi no bar Mau Maria com uma zaragata
entre duas pessoas, vai ser feito um balanço numa reunião a realizar na próxima segunda-feira
onde se vai avaliar aquilo que aconteceu e onde também serão avaliadas as questões do
trânsito.
Esteve nos dias de tais acontecimentos, no posto a falar com o comando, viu um guarda
ferido, foi informado do que se passou e foram disparadas três balas de borracha para o ar.
Vereador Miguel Canudo As festas da Moita têm vindo a ter aspectos positivos e negativos que têm variado de ano para
ano. No ano passado foi verificado que o desfile a cavalo e depois o convívio, colidiu de certa
forma com a prova de atletismo dos 8 Km ribeirinhos, com cruzamento de cavalos com
atletas. Este ano conseguimos que os cavaleiros fossem para uma herdade do Cabeço Verde,
mas como as pessoas participantes nesse convívio gostam de vir à festa, realmente não foi
conseguida a coordenação entre eles e a comissão coordenadora da festa, daí a falha.
Em relação aos WC portáteis, informou que temos oito casas de banho portáteis, mas não
chegam para os milhares de pessoas que visitam a festa e os cafés a certa altura fecham as
portas das casas de banho. A questão é saber como resolver o problema sem aumentar os
custos, os quais foram reduzidos este ano em 25%, o que cria alguns constrangimentos.
Vamos tentar melhorar, vamos fazer reuniões específicas; segunda-feira com a GNR para
fazer o balanço relativamente à questão do trânsito que é preocupante, por causa das ruas
fechadas, por causa dos transportes públicos e da camionagem. Haverá também uma reunião
com os bares da Praça da República e outros, os quais mantêm e participam na festa. Irá
também haver uma reunião para falar na tarde do fogareiro e das largadas. Registámos as
opiniões desta Assembleia, os vereadores também costumam dar opiniões, falamos com a
Junta de Freguesia e no balanço final que se faz à festa serão tidas em conta todas essas
opiniões. Calcula-se que passem pela festa da Moita cerca de 500 mil pessoas, o tempo esteve
espetacular, o que levou a visitam-nos muitas pessoas e muitos jovens. As ruas são
desinfetadas, existiram muitas ruas que foram muito sacrificadas pelos vários despejos, mas é
muito difícil fazer intervenções a meio das festas com os trabalhadores de higiene e limpeza
que temos; calcula-se que na tarde do fogareiro foram apanhadas cerca vinte toneladas de
lixos.
No que respeita às questões do trânsito na Baixa da Banheira, na avenida José Gomes
Ferreira, não há dinheiro para fazer a pavimentação daquela estrada, portanto a sinalização
que lá está de estrada em mau estado, vai lá estar até conseguirmos fazer a repavimentação
daquela estrada como de outra na avenida 1º de Maio na Baixa da Banheira e uma estrada no
Penteado que dá acesso à nova passagem desnivelada.
Relativamente à questão da baia, colocada por João Faim, ela vai ser recolocada tal como
estava. Relativamente à carrinha informa que esta está à guarda do tribunal e o rebaixamento
do passeio colocado por António Chora irá ser feito quando houver oportunidade.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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Quanto à questão colocada por Luís Ricardo sobre a passagem desnivelada é uma questão que
está dependente da REFER e não da Câmara Municipal.
Filomena Ventura
Agradece os esclarecimentos do presidente da Câmara, mas tem uma preocupação do
Conselho Municipal da Juventude, que é uma legislação que foi publicada no dia 10 de
Fevereiro e tem no seu último artigo que ela entra em vigor no último dia do mês seguinte à
sua publicação, portanto entrou em vigor no dia 1 de Março e no regulamento do artigo 25º da
mesma lei fala no seu regulamento que é a Assembleia Municipal que aprova o respetivo
regulamento. A Assembleia Municipal tem responsabilidades, disse. Aprovámos a acta de
Junho onde houve declarações de voto veementes sobre a publicação da mesma lei e a sua
preocupação, prende-se com ponto 2 do artigo 27º, que diz que os municípios que não se
encontrem dotados à data da sua publicação desse conselho devem fazê-lo no prazo de seis
meses. O PS trouxe a esta Assembleia Municipal uma recomendação em Junho alertando para
o cumprimento da lei, neste momento a Assembleia Municipal está em incumprimento visto
que não estão a ser cumpridos os prazos da lei. Podemos não estar de acordo com uma lei,
temos o dever de cidadania de lutar contra ela, mas quando ela está em vigor teremos que
cumpri-la. Lança o desafio ao presidente da Assembleia Municipal para que na próxima
sessão extraordinária de Outubro tenhamos na Ordem do Dia o tal regulamento como segundo
ponto.
Tita Maurício
Relativamente aos campos de ténis das Baixa da Banheira diz que a maior parte das vezes não
é praticável fazer uma reserva com 48 horas de antecedência, sabe que há um clube que fez
uma proposta à Câmara Municipal para que esse fizesse a gestão dos campos, querendo saber
qual a fase em que está esse processo.
Edgar Cantante
Diz que no “Período do Público” da Assembleia Municipal, temos uma hora para ouvir o
público e depois este frequentemente não obtém resposta. Lembra-se de uma senhora de
Alhos Vedros que diz que enviou duas cartas à Junta de Freguesia e uma carta à Câmara
Municipal, diz não ter obtido resposta veio cá colocar a sua questão e saiu daqui sem ter
obtido resposta. Não lhe parece este funcionamento o melhor, temos que o repensar pois isto
também contribui para que haja uma maior separação entre os eleitos e os eleitores. O
executivo devia tomar nota do telefone e da morada do munícipe e contactá-lo
posteriormente.
Estamos em momento de dificuldades, disse, e pertencendo a uma associação cultural que
também as tem, questionou o facto de estarmos nos finais de Setembro e os subsídios deste
ano ainda não terem sido atribuídos. De certa maneira também começa a complicar a vida das
associações. Falou-se nas festas da Moita que foram este ano gastos menos 25%, se fossem
por exemplo 28% ficaria mais algum dinheiro para apoio às associações ou evitar o atraso nos
subsídios.
Manuel Borges
Solicita ao vereador Miguel Canudo que lhe diga mais alguma coisa sobre o trânsito
relativamente à sua intervenção anterior.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA
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Presidente da Câmara Municipal, João Lobo
Regista a intervenção de Filomena Ventura e referiu que dificilmente, com objectividade,
poderá vir qualquer regulamento na sessão extraordinária de Outubro.
Em relação aos campos de ténis há uma proposta que está nas mãos do senhor vice-
presidente, que pertence a área do desporto e que está em avaliação sob os pontos de vista
técnico e jurídico.
Relativamente ao apoio ao movimento associativo, o ano passado decidiu-se os apoios quase
no final do ano; por dificuldades de tesouraria, alguns pagamentos transitaram para este ano,
queremos que isso não se volte a repetir e durante o mês de Outubro teremos que decidir
sobre esse assunto. Não é novidade que o presidente e os vereadores, e até hoje está a adjunta
a tomar as devidas notas, registam as intervenções. Hoje, por exemplo, tomou nota do nome e
da morada da referida senhora e até já houve contacto telefónico com os munícipes, só que se
esqueceu de dizer às pessoas que estava a dar-lhes a devida atenção.
A avaliação do trânsito nas festas da Moita terá que ser feita com a GNR. De facto tem
conhecimento de opiniões de elementos da GNR e do pessoal do trânsito, do município. Sobre
essa matéria e com a reunião que vai ser feita, os factos vão ser analisados para melhorar o
funcionamento das Festas.
Não havendo mais intervenções, foi lida a acta em minuta a qual, não havendo objecções, foi
submetida à votação tendo sido aprovada por unanimidade, para efeitos de aplicação imediata.
Não havendo mais nada a tratar, foi encerrada a sessão, eram uma hora e quarenta e cinco
minutos do dia vinte e dois de Setembro de 2012, da qual se lavrou a presente acta que vai ser
assinada pelos membros da Mesa da Assembleia Municipal.
O Presidente,
O 1.º Secretário
A 2.ª Secretária