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1) Dados de Identificação
Professor PDE: Maria de Lourdes Polizelli Nonciboni
Área PDE: Biologia
NRE: Paranavaí
Escola de Implementação: Colégio Estadual São Vicente de Paula.
Público Objeto de Intervenção: Alunos do 2º ano do Ensino Médio
Professor orientador IES: Marcia Regina Royer
IES Vinculada: UEM/FAFIPA
Tema: Produção e plantio de mudas de orquídeas em árvores
Título do projeto: Orquidário Natural: Uma ferramenta para Educação Ambiental
2) Apresentação/ Plano Norteador
Este trabalho é resultado do Programa de Desenvolvimento Educacional -
PDE, desenvolvido sob a forma de Capacitação Continuada dos professores da rede
pública de ensino fundamental e médio do Estado do Paraná. O formato dessa
Produção Didático-Pedagógica é Unidade Didática, que é a elaboração que
desenvolve um tema, aprofundando-o de forma teórica e metodológica.
A presente Produção Didática foi elaborada com o objetivo de desenvolver
atividades através do cultivo de orquídeas e desta forma propiciar uma reflexão
sobre o respeito e a preservação do meio ambiente.
Atualmente estamos vivendo em um tempo de mudanças rápidas e profundas
no campo científico, um acelerado avanço na tecnologia, na economia, e uma
grande mudança na questão ambiental e educacional. Diante dessas mudanças a
educação ambiental poderá dar sua contribuição à formação do cidadão. É mais fácil
preparar as novas gerações para as questões de preservação ambiental,
desenvolvendo metodologias que enfatizem a iniciativa pessoal, o trabalho em grupo
e a autonomia, adquirindo confiança na própria capacidade de enfrentar desafios,
pois são elas que vão sentir os estragos que as velhas gerações provocaram, por
falta de conhecimento de sustentabilidade, uso correto dos recursos naturais e o
crescente e desordenado consumo.
O tema desenvolvido nessa produção é: Produção de mudas e plantio de
orquídeas em árvores.
A justificativa desse tema surgiu a partir do princípio que os alunos se
interessam mais por atividades extraclasses: trabalho de campo, visitas,
experiências, visando mobilizar o aluno para questões ecológicas e de preservação
do ambiente. Acreditamos que o trabalho com orquídeas, possibilitará uma reflexão
sobre as relações harmônicas ou não entre os seres humanos que refletem nas
questões ambientais.
A educação ambiental constitui um inovador caminho educacional como parte
da solução para problemática da degradação ambiental que preocupa e envolve
todos os setores da sociedade.
Sendo assim os trabalhos com orquídeas podem ser utilizado como
estratégias metodológicas valiosa para educação ambiental desenvolvendo algumas
das competências e habilidades em biologia previstas nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN), promovendo a participação dos educandos com vistas à mudança
de comportamento frente às questões ambientais incluindo várias atividades com o
engajamento de toda a comunidade escolar e segmentos sociais.
O processo de preparação, cultivo e espera da florada de orquídeas permite
que os educandos percebam o quanto é longo o percurso de reequilíbrio do meio
ambiente.
3) Procedimentos/Material Didático
3.1) Fundamentação sobre Orquidário Natural e Educação Ambiental
O conteúdo que vai ser abordado nesta Unidade Didática é Educação
Ambiental, pois considerando que o homem é quem destrói o equilíbrio natural,
muitas vezes por falta e informações, é necessário que seja realizado trabalhos
atrativos relacionado ao meio ambiente com o intuito de orientar a comunidade
escolar, procurando fazer com que se reflita sobre a necessidade de equilibrar o
Ecossistema para recuperar a qualidade de vida, diminuindo o stress, embelezando
e tornando nosso ambiente mais agradável.
Cada tempo tem seu homem e as suas lutas. Houve tempo em que a luta
diária era pela sobrevivência na alimentação, ao frio, sobrevivência aos ataques de
feras e inimigos. Hoje, a luta pela sobrevivência da humanidade passa pela defesa
do meio ambiente. As relações entre as sociedades humanas têm gerado, ao longo
da história, inúmeros problemas sobressaindo-se a degradação ambiental do
planeta.
É preciso reverter o quadro crítico, e para tal é fundamental a auto-reflexão e
ação individual de cada habitante. É nesse sentido que o aluno deve ser integrado
como agente que interioriza as mudanças de atitudes em relação ao meio que está
inserido e também agente transformador e participativo, desde o seu lar, sua rua,
escola e sociedade.
Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente celebrada em
Estocolmo, em 1972, definiu-se o meio ambiente da seguinte forma:
“O meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e
sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo,
sobre os seres vivos e as atividades humanas”.
Segundo o art. 225 da Constituição Federal “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
qualidade de vida impondo-se ao Poder público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
A sociedade como um todo é responsável pela preservação do meio
ambiente, então, é preciso agir da melhor maneira possível para não modificá-lo de
forma negativa, pois isso terá consequências para a qualidade de vida da atual e
das futuras gerações, entendendo que:
“O meio ambiente concebido, inicialmente, como as condições físicas e químicas, juntamente com os ecossistemas do mundo natural, e que constitui o habitat do homem, também é, por outro lado uma realidade com dimensão do tempo e espaço. Essa realidade pode ser tanto histórica (do ponto de vista do processo de transformação dos aspectos estruturais e naturais desse meio pelo próprio homem, por causa de suas atividades) como social (na medida em que o homem vive e se organiza em sociedade produzindo bens e serviços destinados a atender “as necessidades e sobrevivência de sua espécie”) (EMÍDIO, 2006, p.127).
O espaço ocupado pelo homem está a todo o momento sofrendo
modificações relacionadas ou impostas pelo próprio homem, que podem ser
danosas ao meio quando não administradas corretamente.
Contudo, não nos deixemos dominar pelo entusiasmo em face de nossas
vitórias sobre a natureza. Após cada uma dessas vitórias a natureza adota sua
vingança. E verdade que as primeiras consequências dessas vitórias são previstas
por nós, mas em segundo e terceiro lugar aparecem consequências muito diversas,
totalmente imprevistas e que, com frequência, anulam as primeiras (VYGOTSKY,
2007, p. 28).
Diariamente, encontramos notícias que indicam como o Planeta está
ameaçado pelo egoísmo, pela ganância de alguns e pela desinformação de muitos,
que ainda acreditam que desenvolvimento é sinônimo de uso predatório da
natureza. No entanto, é possível buscar a prosperidade de forma mais equilibrada,
sem recorrer à prática que podem trazer lucros e progressos em curto prazo, mas
certamente comprometerão a continuidade da vida em nosso planeta.
Aos poucos, o progresso científico e tecnológico tem mostrado ao homem
que seu modo de agir está provocando alterações no planeta e ameaçando a própria
vida. Muitas pessoas já tomaram consciência da necessidade de buscar o
desenvolvimento sem contribuir para a degradação do meio ambiente.
Segundo Branco (1997), o grande problema da civilização moderna, industrial
e tecnológica é talvez o de ela não ter percebido que ainda depende da natureza, ao
menos em termos globais. Que sua liberação ainda não é total e que provavelmente,
nunca será; que não é possível produzir artificialmente todo o oxigênio necessário à
manutenção da composição atual da atmosfera, nem toda a matéria orgânica
necessária ao seu próprio consumo; que não é possível manter, sem a participação
da massa vegetal constituída pelas florestas, savanas e outros sistemas, os ciclos
naturais da água de modo a garantir a estabilidade do clima, a constância e a
distribuição normal das chuvas e a amenidade da temperatura.
Portanto, é nesta construção dos processos do desenvolvimento humano,
responsável pelas estruturas das políticas de conhecimento, pela mudança de
mentalidades, bem como pela formação de novas identidades sociais, que a
Educação Ambiental parece surgir, como mediadora à problemática socioambiental
e caracterizada como um fenômeno social complexo.
Em função da LDB, são aprovados em 1997, os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNS) pelo MEC, que definem temas transversais, como saúde, ética,
orientação sexual, pluralidade cultural e meio ambiente, a serem inseridos em todas
as áreas de conhecimento no ensino fundamental. A interdisciplinaridade questiona
os conhecimentos fragmentados, e a transversalidade está relacionada a uma
prática educativa que relaciona o aprender sobre a realidade.
O Plano Nacional de Educação (PNE), lei nº 10172/2001, reafirma em seu
artigo 28, que a educação ambiental, tratada como tema transversal, deverá ser
desenvolvida como prática integrada, o que reforça um currículo integrado.
Conforme Leff (2002), com a expansão da educação ambiental no cenário
mundial e nacional, observa-se um avançar na discussão de uma educação
ambiental como prática educativa socioambiental crítica, que seja de aprender a
complexidade ambiental, “reconhecendo que o ato de perceber o mundo parte do
próprio ser de cada sujeito, reconhece o conhecimento e contempla o mundo como
potência e possibilidade e entende a realidade como construção social.
Assim, destacamos que a educação ambiental diante de sua própria
trajetória, delimitou caminhos aproximando a teoria e a prática, através de uma
metodologia, buscando por meio da interdisciplinaridade e complexidade contribuir
para a formação de sujeitos políticos, capazes de agir criticamente na sociedade e
consequentemente com o meio ambiente.
Atualmente o objetivo central da educação Ambiental é a promoção do
desenvolvimento sustentável, denominada de Sociedades Sustentáveis, porque de
nada adianta termos desenvolvimento econômico, sem termos desenvolvimento
social. Também de nada adianta termos os dois, sem que tenhamos um ambiente
saudável, ecologicamente equilibrado. O desenvolvimento sustentável é um modelo
de desenvolvimento que permita à sociedade e a distribuição dos seus benefícios
econômicos e sociais, enquanto se assegura a qualidade ambiental para as
gerações presentes e futuras. Como já dissemos anteriormente, é o
desenvolvimento sustentável que prevê sociedades sustentáveis.
Podemos representar o desenvolvimento sustentável assim:
D.S= Desenvolvimento Sustentável que busca compatibilizar as necessidades das atividades econômicas e sociais com as necessidades de preservação ambiental.
DesenvolvimentoSocial
DesenvolvimentoEconômico
Preservação Ambiental
D.S.
Para que isto ocorra, a Educação Ambiental deve fugir do estágio de
contemplação para assumir uma postura de tomada de decisões, fazer acontecer.
Segundo Dias (1994), uma das falhas mais comuns em projetos de Educação
Ambiental, ocorre quando se tenta envolver pessoas em determinadas ações e elas
não participam. Isso tem ocorrido, com frequência, porque se trabalha apenas com
informação, sem incluir atividades de sensibilização. Se a pessoa não é
sensibilizada, ela não valoriza o que esta sendo degradado ou ameaçado de
degradação. Sem a valorização, não há envolvimento. O ser humano é movido por
emoções. Caso elas não sejam estimuladas, a resposta não ocorre.
Devemos traçar a ação baseada na identificação de problemas ambientais
concretos da nossa comunidade, quer seja iniciado pela sala de aula, pátio, prédio,
escolar, circunvizinhança, comunidade. Precisamos sair da posição sentantes para
pensantes. Precisamos ser atuantes (DIAS, 1994, p.124).
Faz-se necessário utilizar todos recursos pedagógico disponíveis,
concomitantemente realizar atividades práticas, porque Educação Ambiental
pressupõe Ação.
Toda mudança deve ser planejada para que ocorra da forma mais positiva
possível. Esse planejamento é a base da Agenda 21, que é uma lista de
compromissos que nós seres humanos, individualmente ou por meio de nossas
comunidade, organização, empresas e governos deveríamos assumir parra mudar
nossa vida e as condições em que se encontra o planeta.
Sociedades sustentáveis não é uma utopia. São viáveis, desde que haja
interesse e vontade política em concretizá-la. O desenvolvimento da consciência de
que todos os seres humanos têm os mesmos direitos é o ponto de partida desse
desenvolvimento. Em outras palavras: se quisermos melhorar o mundo, precisamos
primeiro melhorar a nós mesmos (BORN e HORN, 2006).
3.2) Orquídeas
Não se sabe ao certo quando as orquídeas passaram a ser cultivadas pelo
homem e nem se este cultivo foi motivado por razões estéticas ou medicinais. Na
história dos antigos povos das Américas, também são feitas referências as
orquídeas. Antigas inscrições astecas falam de como a fava da Vanilla era usada
pelos seus ancestrais para perfumar a bebida feita a partir do cacau. Hoje a Vanilla é
usada como aromatizante em todo o mundo, conhecido como baunilha.
A família Orchidaceae é a mais numerosa do reino vegetal, presente em
todas as partes do globo, exceto no pólo sul. O Brasil é um dos países mais rico em
orquídeas, comparável somente à Colômbia e ao Equador. Estudos recentes
registram cerca de duas mil e trezentas espécies para o território brasileiro. Elas
vivem nos mais diversos ambientes, desde regiões frias a quentes; de secas a muito
úmidas; de elevadas até baixas altitudes. Existem em maior número de espécies nas
regiões tropicais e subtropicais, em altitudes não superiores a dois mil metros.
Segundo Raquel Patro (2011), muitas orquídeas, principalmente as que vivem
nas regiões frias ou temperadas, crescem no solo, sendo chamadas de terrestres.
Já nas zonas tropicais e subtropicais, a predominância das espécies ocorre nas
florestas, onde a umidade atmosférica é muito alta, com dias relativamente quentes
e noites mais frescas. Na sua maioria, vivem sobre as árvores e são denominadas
de epífitas.
Conhecer as funções biológicas de uma orquídea ajuda a compreender a
melhor forma de cultivo.
3.3) Desenvolvimento das Atividades
O projeto de intervenção pedagógica será desenvolvido no segundo semestre
de 2011 com os alunos do 2° ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual São
Vicente de Paula, localizado no município de Nova Esperança, Estado do Paraná.
Buscando promover uma melhor compreensão do meio ambiente em que
vivemos, de seu valor, bem como refletir sobre as atividades em relação ao mesmo,
e ainda a conscientização dos alunos com vista a mudança de comportamento serão
desenvolvidas atividades que estimulem a socialização, a pesquisa e organização, a
criatividade e a cidadania através de dinâmicas de grupo, debates, vídeos, leitura e
análise de textos, visitas culturais, e demais recursos disponíveis para que a aula se
torne dinâmica.
A primeira atividade será visitar o orquidário já existente na escola para
conhecer algumas espécies de orquídeas destacando a que iremos cultivar
Dendrobium nobilis, onde terão informações sobre sua classificação, morfologia
(figura 1a e 1b) e a importância destas epífitas para os ecossistemas, relembrando
que as orquídeas não são parasitas, apenas utilizam as árvores como suporte e
proteção para seu desenvolvimento.
Fonte: http://jardineiro.net/br/banco/dendrobium_nobile.php.
Fonte:
http://orquidea.base33.net/duvidas/47-o-que-sao-as-orquideas
Figura 1a: Morfologia de uma orquídea. Figura 1b: Morfologia de uma orquídea.
Atividade 1:
Conteúdos a ser desenvolvidos:
• Morfologia dos vegetais, destacando principalmente as orquídeas;
• Classificação das orquídeas;
• Relações ecológicas.
Os alunos observarão uma orquídea reconhecendo suas partes e em seguida
cada um fará seu desenho indicando seus órgãos principais.
Sobre a classificação, receberão informações sobre:
Nome científico: Dendrobium nobilis
Nome Popular: Olho-de-boneca, Denbróbio
Família: Orchidaceae
Origem: Ásia
Ciclo de vida: Perene
- Classificação Científica:
Reino: Plantae
Classe: Liliopsida
Ordem: Asparagales
Família: Orchidaceae
Gênero: Dendrobium
Espécie: nobile
- Etimologia
De acordo com as regras de nomenclatura botânica, o nome da família deve
ser escrito em latim.
Orchidaceae (derivado do grego Orchis). O termo Orchis, que significa
testículos, foi usado pela primeira vez por Thephrastus (372-287 a.C.), filósofo
grego, discípulo de Aristóteles.
Theophrastus comparou as raízes tuberosas de algumas orquídeas
mediterrâneas com os testículos humanos. Por este motivo desde a idade Média,
propriedades afrodisíacas são atribuídas às orquídeas.
Os termos que indicam gênero até reino devem ter inicial maiúscula; o gênero
é sublinhado ou escrito em itálico. A espécie dever ser escrita com inicial minúscula.
Os alunos também farão uma pesquisa sobre Relações Ecológicas, e sua
importância para o meio ambiente.
Atividade 2:
Conteúdo a ser abordado:
As relações entre os seres vivos e interdependência com o meio ambiente.
As relações ecológicas e a importância da interdependência dos seres vivos e
o meio ambiente será estudado através de visitas de campo no Sítio Água Cristalina.
Os alunos terão uma palestra com o proprietário mostrando a propriedade e
explicando toda a ocupação anterior e sua recuperação com plantio de árvores
frutíferas pupunhas e palmitos; mata ciliar com preservação de uma mina e também
oportunizará o plantio de uma árvore marcando suas presenças no sítio.
Irão observar muitas árvores nativas identificando-as com nomes científicos,
observando que muitas já tornaram um orquidário natural.
Cada aluno fará um relatório descrevendo sua experiência deste dia de
campo.
Atividade 3:
Visitaremos o orquidário da UEM localizado no MUDI (Museu Dinâmico
Interdisciplinar) oportunizando os alunos de conhecer técnicas de plantio e cultivo de
orquídeas.
Atividade 4:
No orquidário da escola serão repassadas informações aos alunos como
regras de montagem das mudas e o seu plantio da Dendrobium nobilis.
O orquidário da escola localizado no pátio será utilizado para grande parte da
execução do projeto. Existente desde 1998 construído com madeira, coberto com
sombrite (50%) com área de 6,20 m de comprimento, 3,60 m de largura e 2,50 m de
altura, com prateleiras em toda lateral, isto é, bancadas com altura de mais ou
menos 70 cm, confortável para os alunos trabalharem.
O orquidário já foi cercado com bambu, depois com garrafas descartáveis e
atualmente restam os fios de arame com algumas cercas viva conforme pode ser
visualizado nas figuras 2A, 2B e 2C (imagens do próprio autor).
2A. 2B.
2C.
Figura 2: A- Orquidário cercado com bambu; B- Orquidário cercado com garrafas descartáveis; C- Orquidário cercado com fios de arame, cerca viva e garrafas descartáveis.
A montagem contemplará as seguintes atividades:
- As mudas (pseudobulbos) serão coletadas pelos alunos acompanhado do
professor em árvores de propriedades particulares (com permissão prévia do
proprietário). As mudas que apresentarem raízes serão destacadas e transplantadas
em outras árvores.
− Os pseudobulbos serão levados ao orquidário e divididos em três
partes. Cada parte será plantada verticalmente na areia lavada (esta já se encontra
embaixo da bancada do orquidário), conforme podemos observar na figura 3
(Imagem do próprio autor).
Figura 3: Procedimento para o plantio das orquídeas.
- As mudas serão molhadas pelo menos duas vezes por semana,
preferencialmente no horário das aulas de biologia.
As mudas originadas dos pseudobulbos também serão cultivadas no viveiro
municipal em parceria com a Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente, onde
poderemos contar com um funcionário auxiliar e um técnico agrícola que irão dar
assistência necessária para a irrigação das mudas (Figura 4 – Imagem do próprio
autor).
Figura 4: Pseudobulbos cultivados no viveiro municipal de Nova Esperança.
Os alunos visitarão o viveiro a cada 10 dias, para acompanhar o
desenvolvimento das orquídeas e paralelo ao viveiro acompanharão mais
continuamente o orquidário da escola (Figura 5 – Imagem do próprio autor).
Figura 5: Orquidário da escola.
Após o enraizamento, as mudas serão transplantadas em paus podres ou
cascas de árvores as quais serão coletadas em uma serraria da cidade. As mudas
serão amarradas nas cascas com auxilio de barbantes, preferencialmente de
algodão, para evitar ferimentos aos brotos. Posteriormente estas mudas serão
colocadas sobre as mesas do orquidário. Serão molhadas três vezes por semana no
verão e de uma a duas vezes no período do inverno (Figura 6 – Imagem do próprio
autor).
Figura 6: Procedimento para transplantar e irrigar as orquídeas.
Quando as raízes das mudas estiverem bem fixadas no suporte,
possivelmente no início da primavera, senão conduzidas e amarradas às árvores
pré-determinadas como árvores do pátio da escola, ao redor da escola e algumas
praças conforme mostra a figura 7 ( Imagem do próprio autor).
Este suporte com as mudas serão amarrados com auxilio de barbante, de
preferência nas forquilhas, isto é nas bifurcações a certa altura para garantir a
segurança de sua multiplicação.
Figura 7: Suportes para fixação das orquídeas cultivadas.
4) Proposta de avaliação
Para uma melhor compreensão dos resultados, esta atividade tem por
objetivo levar o aluno a uma mudança de comportamento, postura e respeito para
com o meio ambiente.
Segundo as Diretrizes Curriculares (2002, p.33), a concepção de avaliação
não deve ser uma escolha individual do professor, mas deve envolver toda a
comunidade escolar para que concretize um trabalho pedagógico relevante para a
formação dos alunos.
Atendendo esta concepção, após concluir a aplicação da Produção Didático
pedagógica com os alunos o projeto será exposto e apresentado numa mostra para
toda comunidade escolar, visando a socialização deste projeto, com objetivo de
inseri-lo na proposta pedagógica do colégio.
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FREIRE, P. Conscientização: Teoria e Prática da Libertação – uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3ª ed. São Paulo: Centauro, 2001.
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